4.2 Gestão de Resíduos em Serviços de Saúde

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FACULDADE ANHANGUERA DE RONDONÓPOLIS

Gestão de resíduos
em serviços de
saúde
Prof. Ma. Adriana Cristina Pavoni de Carvalho
RESÍDUOS PRODUZIDOS PELOS SERVIÇOS
DE SAÚDE
Pequena parcela do total dos dejetos sólidos produzidos
Segurança ocupacional dos funcionários
Saúde pública
Qualidade do meio ambiente
Não podem ser mal gerenciados
Condutas seguras no manuseio, no acondicionamento, no
armazenamento, no transporte, no tratamento e na forma de
disposição final dos resíduos evita os riscos de acidente e os
impactos ambientais.

Implantação de estratégias planejadas através do


programa de gerenciamento de resíduos
Os resíduos de serviços de saúde são gerados em todos os locais em que é
prestado atendimento à saúde humana ou animal, utilizado em seu
atendimento, inclusive no programa de assistência domiciliar e, também, os
produzidos em pesquisa médica, farmacêutica e produção de medicamentos.
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
Principal objetivo
Conhecer melhor as suas especialidades — o tipo de resíduo a ser
descartado.

ABNT — NBR nº 12.808/93, classifica os resíduos em 3 grupos


Resoluções 5/93 e 283/01 Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
classificam-nos em 4 grupos.
Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde — RDC 222/18 — ANVISA
Classificação da ANVISA

Grupo A • potencialmente infectantes


Possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem
apresentar risco de infecção.

É identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico,


com rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos,
acrescido da expressão RESÍDUO INFECTANTE.
Subgrupos A

A1: microrganismos;
A2: peças anatômicas c/ microrganismos;
A3: peças anatômicas;
A4: materiais provenientes de assistência à saúde, órgãos e tecidos;
A5: tecidos com alta infectividade para príons.
Grupo B • químicos
Produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio
ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e
quantidade.

É identificado por meio de símbolo e frase de risco


associado à periculosidade do resíduo químico.
Observação: outros símbolos e frases também podem
ser utilizados.
Grupo C • rejeitos radioativos
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionucleideos em quantidades superiores aos limites e para os quais a
reutilização é imprópria ou não prevista.

MATERIAL RADIOATIVO
É representado pelo símbolo internacional de presença
de radiação ionizante (trifólio de cor magenta ou púrpura)
em rótulo de fundo amarelo, acrescido da expressão
MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO RADIOATIVO ou
RADIOATIVO.
Grupo D • resíduos comuns
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares.

Deve ser identificado conforme definido pelo órgão de


limpeza urbana
Grupo E • perfurocortantes
Objetos e instrumentos que contêm cantos, bordas, protuberâncias rígidas
e agudas capazes de cortar ou perfurar. Materiais perfurocortantes ou
escarificantes.

Identificado pelo símbolo de risco


biológico, com rótulo de fundo branco,
desenho e contorno preto, acrescido
da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE.
Resíduos Resíduos comuns Resíduos
potencialmente Resíduos químicos Resíduos radioativos perfurocortantes
infectantes
(sondas, curativos, luvas de (fraldas, frascos e garrafas (agulhas, lâminas de bisturi,
(reveladores, fixadores de (cobalto, lítio) pets vazias, marmitex,
procedimentos, bolsa de raio x, prata) frascos e ampolas de
colostomia) copos, papel toalha) medicamento)

Devem ser descartados Devem ser descartados Devem ser descartados


Devem ser descartados Devem ser descartados
em lixeiras revestidas em galões coletores em lixeiras revestidas
com sacos brancos específicos em caixas blindadas com sacos pretos em coletor específico
PARA LEMBRAR!
Grupo A = Animal — grupo dos materiais biológicos.
Grupo B = Bagulho = gíria para se referir à droga — resíduos químicos.
Grupo C = Chernobyl — local onde aconteceu o pior acidente nuclear da
história. Portanto, é o grupo dos materiais radioativos.
Grupo D = Domicílio — grupo dos resíduos equiparados ao lixo domiciliar.
Grupo E = Escalpe — perfurante — grupo dos materiais perfurocortantes e
escarificantes.
GERÊNCIA DE
RESÍDUOS
Gerência de resíduos

Conjunto de atividades técnicas administrativas aplicáveis à minimização


da geração de resíduos, segregação, coleta, manuseio, tratamento,
acondicionamento, transporte, armazenamento, bem como eliminação e
disposição final dos resíduos.
Objetivos:
assegurar a proteção da saúde humana e a qualidade do meio
ambiente contra possíveis riscos associados à natureza diversa
desse resíduo.
reduzir os custos que possam advir de sua geração,
principalmente nas operações de tratamento e disposição final.
Sistema de gerenciamento dos resíduos de serviços de
saúde

fase intraestabelecimento de saúde: etapas ocorridas desde o ponto


de geração até a colocação dos resíduos para a coleta externa.
fase extraestabelecimento de saúde: procedimentos de coletas
externas e disposição final.
Cabe aos proprietários ou responsáveis pelo estabelecimento a
responsabilidade de gerenciar seus resíduos desde a produção até a
disposição final.

Exige-se da administração do estabelecimento, no plano de


gerenciamento de ações de manejo, aprovação desse plano
pelos órgãos de saúde e meio ambiente, esfera de
competência e leis vigentes, assim como a indicação de um
responsável técnico registrado em conselho profissional para
coordenação e supervisão das ações de gerenciamento dos
resíduos, por exemplo, um engenheiro.
ETAPAS DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

geração
minimização
manuseio
segregação na origem
acondicionamento
coleta e transporte
armazenamento externo
transbordo
tratamento
disposição final
PROGRAMA DE
MANEJO DE
RESÍDUOS
Programa de manejo de resíduos

O estabelecimento prestador de
serviços de saúde deve
inicialmente estruturar seu
Programa de Manejo de
Resíduos (PMR) a fim de facilitar
a elaboração e implantação do
Plano de Gerenciamento dos
Resíduos de Serviços de Saúde
(PGRSS).
PROGRAMA DE MANEJO DE RESÍDUOS
Deve estar de acordo com os aspectos legais e normativos
estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio ambiente.

Inicia-se com a formulação dos objetivos do planejamento das ações, sendo


interessante que haja programa de segurança e de controle de qualidade do
sistema de gestão e que estejam de acordo com o programa de gestão de
resíduos.
3 fases: o desenvolvimento de políticas e procedimentos, a implantação e a
verificação com vistas à melhoria constante
Um programa de manejo de resíduos deverá considerar os
seguintes aspectos:

Objetivos
Responsabilidades
Identificação dos problemas na gestão de resíduos
Avaliação da direção composição dos resíduos
Definição de estrutura do manejo
Elaboração do plano de contingência para
enfrentar situações de emergência e acidente
envolvendo resíduos.
Elaboração e desenvolvimento do PGRSS
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE
Todo serviço gerador deve dispor de um PGRSS

Uma instituição voltada para a preservação da saúde tem


obrigação de cuidar para que seus resíduos não sejam
promotores de impactos no meio ambiente e na saúde
pública, gerando novos usuários dos seus serviços e
estabelecendo um perverso círculo vicioso.
Documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos,
contemplando os aspectos referentes à geração, identificação, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e disposição
final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à saúde
pública, do trabalhador e do meio ambiente.
Obrigada!

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