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REDE DE CABOS

Luis Santos
Manual: Pág.34-51 [email protected]

CABLAGEM
Permite o transporte e distribuição dos serviços
de comunicações eletrónicas nos edifícios.

NOTA: Esquema ITED3

Classes mínimas de desempenho da reação ao


fogo (RPC)
O RPC define como produto da construção todos aqueles
destinados a serem incorporados de forma permanente nas obras
de construção.

Os cabos são os únicos produtos elétricos classificados como


produto da construção. cabos de energia, de telecomunicações, dados e controlo.

Estão excluídos os cabos destinados à ligação de aparelhos ou


de cablagem interna de equipamentos ou aparelhos elétricos e
todos os cabos que não sejam utilizados como cabos para a
construção .

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Classes mínimas de desempenho da reação ao
fogo (RPC)
O RPC estabelece, da mais exigente até à mais permissiva, as
classes de reação ao fogo Aca, B1ca, B2ca, Cca, Dca, Eca e Fca, onde o
sufixo ca designa cabo (cable em inglês).

Na Classe Dca existem três


parâmetros que devem ser
considerados:
s - produção de fumo (s1, s2,
s3);
d - gotículas ou partículas
incandescentes (d0, d1, d2);
a - pH e condutividade (a1, a2, a3).

Classes mínimas de desempenho da reação ao


fogo (RPC)

Classes mínimas de desempenho da reação ao


fogo (CPR)
Os chicotes de interligação, que permitem o estabelecimento de
interligação num painel, constituem um ponto de grande
acumulação de cabos, pelo devem cumprir com a classe mínima.
Os cabos provenientes do exterior do edifício (FCA)*, podem
percorrer o interior do edifico até às zonas de ligação a
equipamentos, desde que essa distância não ultrapasse os 15 m.
Os chicotes de equipamentos e cabos dos operadores que
chegam aos edifícios, não fazem parte do ITED, pelo que não têm
que cumprir.
* cabos dos sistemas de antenas ou vindos das ITUR

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Classes mínimas de desempenho da reação ao
fogo (CPR)

Cablagem - Pares de Cobre (PC)

Cabos de Pares de Cobre

Cabos de pares de cobre (PC) - Categoria 6, ou superior.

É proibida a instalação de cabos de pares de cobre de alumínio


cobreado e de aço cobreado - CCA (copper clad aluminium) e
CCS (copper clad steel).

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Cabos de Pares de Cobre

Caraterização das classes e das categorias Caraterísticas mecânicas

Designação dos Cabos


U/UTP (UTP) - Sem blindagem.
F/UTP (FTP) - Blindagem conjunta com uma fita (lâmina).
FF/UTP (F2TP) - Blindagem conjunta com duas fitas.
SF/UTP (SFTP) - Blindagem conjunta com malha (trança) e uma fita.
U/FTP - Sem blindagem conjunta, pares individualmente blindados com fita.
S/FTP (STP) - Blindagem conjunta com malha, pares individualmente
blindados com fita.
F/FTP - Blindagem conjunta com fita, pares individualmente blindados
com fita.

Cabo U/UTP, cat.6 Cabo F/FTP, cat.7

Chicote de interligação (Patch Cord)


Dispositivo que permite estabelecer ligações num painel.
É constituído por um cabo com conetores RJ45 macho nos
extremos

Patch Cord

Devem ser constituídos por condutores flexíveis

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Conetor
São do tipo RJ45, permitem a ligação de 4 pares de cobre e
podem ser macho ou fêmea

Conetores RJ45, macho e fêmea

Conetor

Ligação de tomadas - Esquemas A e B

Conetor

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Tecnologia PoE (Power over Ethernet)
Deve-se ao aumento da oferta do número de dispositivos
com comunicação baseada em IP (Internet Protocol).
Permite alimentar dispositivos remotos através do cabo
de pares de cobre.

A alimentação de dispositivos remotamente ligados é


efetuada através da injeção de corrente no cabo de
pares de cobre, com uma tensão média de 48 V DC.

Não tem qualquer influência no desempenho da


comunicação de dados existente no mesmo cabo.

Tecnologia PoE (Power over Ethernet)

VANTAGENS:
a) Facilidade de controlo sobre a alimentação de dispositivos
ligados remotamente no edifício ou fogo, conduzindo a um
aumento da eficiência energética global;
b) Fácil suporte, através dos cabos de pares de cobre, da
alimentação elétrica socorrida a sistemas críticos, como por
exemplo, câmaras de segurança e telefones IP;
c) Redução da infraestrutura elétrica do edifício, com
consequente redução dos cabos e de custos de instalação.

PoE – Principio de Funcionamento


A alimentação de dispositivos remotamente ligados é efetuada
através da injeção de corrente no cabo de pares de cobre,
com uma tensão média de 48 V DC, após uma negociação
prévia entre o dispositivo a alimentar e a fonte de energia.

Equipamento fonte integrado no switch

1. Utilização de um equipamento de comunicação ethernet nível 2 (switch), com


capacidade de PoE, que será responsável pela gestão da energia nos cabos, em
cada uma das portas físicas.

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PoE – Principio de Funcionamento

Utilização de injetor PoE

2. Utilização de um equipamento injetor de energia, que recebe os dados do switch


sem suporte de PoE e injeta a corrente necessária à alimentação do dispositivo
remoto. Neste caso será este equipamento o responsável pela gestão de energia
em cada porta física.

Exemplo: Injetor PoE e Divisor de PoE

PoE – Exemplos de aplicação


- O equipamento fonte de energia deverá ficar localizado num PD.
- Poderá ficar contemplada, no projeto, a instalação de uma fonte
socorrida para alimentação destes dispositivos.
- Todos os dispositivos ativos terão de ficar instalados em PD, sendo a
energia injetada nas ligações permanentes de pares de cobre.

Exemplos de aplicação de PoE

Cablagem - Cabo Coaxial (CC)

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Cabo Coaxial
Categoria TCD-C para frequências até 3 GHz

Caraterização da categoria TCD-C

NOTA: Para aplicações em exterior devem utilizar-se cabos coaxiais resistentes à humidade.
Adicionalmente, os cabos expostos diretamente à radiação solar devem ser em negro de fumo e resistentes
aos raios ultravioleta.

Cabo Coaxial

NOTA: Maior qualidade do cabo

Requisitos mínimos

Cabeça de Rede
Equipamentos, ativos e passivos, colocados entre o sistema
de receção - antenas recetoras ou outras fontes de sinal - e a
rede de distribuição.

As CR têm como principal função a receção, equalização e


amplificação dos sinais de S/MATV a distribuir. (Tratamento e repartição do sinal)

Cabeça de Rede - CR

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Amplificador
Equipamento ativo, alimentado local ou remotamente, tendo
como função amplificar os sinais de radiofrequência presentes
na sua entrada, dentro da banda de resposta para a
qual foi dimensionado.

Repartidor e Derivador
Dispositivos passivos que dividem os sinais presentes na
entrada, por várias saídas

Tomadas
Dispositivo passivo que permite a ligação a equipamentos de
cliente, através dos respetivos pontos de ligação.

As TT coaxiais podem apresentar vários pontos de ligação,


nomeadamente do tipo IEC macho, fêmea e do tipo F.

Abranger as frequências dos 5 MHz aos 2400 MHz

Conetores e acessórios
O conetor F de compressão é o único tipo permitido para a
terminação dos cabos coaxiais.
É permitida a utilização de conetores do tipo F de ligação rápida, apenas nas ligações que
terminem diretamente numa TT.

Conetores de compressão do tipo F, fêmea e macho Acessório e adaptador do tipo F

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Filtros RF
São circuitos de frequência seletiva que deixam passar
algumas frequências e rejeitam outras.
Esses filtros são úteis para atenuar ou eliminar sinais
interferentes acima da frequência de corte, como por exemplo
nos sistemas de receção do sinal TDT.

Recomenda-se a utilização de antenas ou amplificadores com filtro RF integrado, que amplificam a banda
UHF e atenuam as frequências acima das da TDT (como por exemplo LTE/4G e 5G)

Descarregador de sobretensão (DST)


Dispositivo intercalado entre as antenas e o amplificador com
a função de estabelecer a ligação à terra das correntes
associadas a eventuais descargas atmosféricas, contactos
com linhas de energia ou às resultantes de indução
eletromagnética.

Descarregador de sobretensão – 90V

Carga
Componente a instalar em todas as saídas não utilizadas dos
repartidores e derivadores da rede coaxial, de MATV e CATV
Impedância caraterística de 75 Ω

Cablagem - Fibra Ótica (FO)

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Fibra Ótica
Os cabos de fibra ótica são definidos em termos da sua
construção física (diâmetros de núcleo/bainha) e categoria.

Categorias de Fibra Ótica

A fibra ótica monomodo é o único tipo de fibra que pode ser


instalado nas ITED.
Os dispositivos a instalar, devem ser compatíveis com a
terminação em conetores SC/APC.
Os cabos devem ser marcados com a classe de reação ao fogo, de acordo com o RPC

Fibra Ótica – cabos para interior

- Baixa sensibilidade a raios de curvatura apertados;


- Dielétricos;
- Adequada resistência mecânica à tração.

Exemplos de cabos de fibra ótica para interiores

Fibra Ótica – cabos para exterior

- Proteção anti humidade;


- Totalmente dielétricos;
- Instalação pelo método de tração ou sopragem;
- Adequada resistência mecânica à tração.

Exemplo de cabo multifibras

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Fibra Ótica

Exemplo fibra ITU-T G.657

Raio de curvatura mínimo


Atenuação em função dos raios de curvatura mínimos

Segurança dos Dispositivos de Fibra Ótica


As tomadas de fibra ótica devem conter uma proteção, painel
de acesso, janela basculante, ou dispositivo de bloqueio, não
amovível e integrado nas tomadas, que impeça o acesso de
pessoas a níveis superiores ao LEA para a Classe 1.
LEA - Limite de Emissão Aceitável

Exemplo de dispositivos com proteção (bloqueadores laser)

Segurança dos Dispositivos de Fibra Ótica


Nas tomadas de fibra ótica os respetivos conetores devem
ficar dispostos na vertical, ou o mais vertical possível.

Exemplo de tomadas de telecomunicações com conetores óticos

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Cabos Mistos ou Híbridos
São conjuntos de dois ou mais cabos, de iguais ou diferentes
tecnologias, de iguais ou diferentes diâmetros, cujas bainhas
exteriores se encontram continuamente solidárias.

Podem ser separados permanecendo cada um deles com as


propriedades mecânicas e elétricas correspondentes a um
cabo simples.

Exemplo de um cabo Híbrido

Ligações Permanentes Aptidão

Luis Santos
[email protected]

LP – Redes de Pares de Cobre


Comprimento máx. 90 metros

Para comprimentos superiores deve ser instalado um PDS para


possibilitar a regeneração dos sinais ou a utilização de cabos de
fibra ótica e respetivos equipamentos de conversão PC/FO e
FO/PC

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LP – Redes de Cabos Coaxiais

Soluções para garantir a classe de ligação:


- Escolha de cabos coaxais com atenuações mais baixas, ou a instalação de
PDS em pontos estratégicos da rede;
- Para as ligações entre PD, pode ser considerada a utilização de cabos
de fibra ótica e respetivos equipamentos de conversão CC/FO e FO/CC.
Solução de Hybrid Fiber Coaxial (HFC)

LP – Redes de Fibra Ótica

Para comprimentos de fibra até 300 m, devem ser considerados os


seguintes valores máximos para a ligação permanente:
- Para fibra categoria OS1a: 1,8 dB;
- Para fibra categoria OS2: 1,62 dB.
Para comprimentos de fibra superiores a 300 m deve ser adicionado
aos dois valores máximos anteriormente mencionados, 0,001 dB/m
para a fibra OS1a e 0,0004 dB/m para fibra OS2.

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