FACULDADE MARTHA FALCÃO WYDEN

CURSO DE DIREITO

O DIREITO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA

REDE PÚBLICA ESCOLAR.

Manaus - AM
2024
 Daniel Barreto
Fernanda do Carmo
Matheus Lima
Marcelo Andrade
Milena Suany
Vitória Avinte
Vera Lopes
Victor Castro
Werley Coutinho

O DIREITO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DA

REDE PÚBLICA ESCOLAR

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de

Direito, como atividade de extensão avaliativa,
parte dos requisitos necessários à obtenção da
média na matéria de Fundamentos
Antropológicos e Sociológicos .

Professor: Alvarenga.

MANAUS-AM
2024
 1. JUSTIFICATIVA
A inclusão escolar é um processo que tem como objetivo a integração e a manutenção de
estudantes com necessidades educacionais especiais no ambiente escolar, amparada pelo artigo
208 da Constituição Federal, é estabelecido que cabe ao Estado assegurar a educação para todos
os brasileiros, “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I ensino
fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a
ele não tiveram acesso na idade própria”. Sendo assim, é necessário que a educação seja de
qualidade e inclusiva, sendo das instituições o dever de atender todos os alunos de forma
igualitária.
É importante salientar que estas necessidades especiais estão relacionadas às deficiências que
dizem respeito às condições fisiológicas, sociais, emocionais e sensoriais, pois quando tratamos de
Pessoas com Deficiência - PCDs na condição de alunos e sua inclusão no ambiente escolar, não se
trata apenas de estarem em uma mesma sala de aula ou de estarem juntos até mesmo com alunos
sem alguma deficiência que necessite de atenção diferenciada, mas sim, a quebra de barreiras
atitudinais, proporcionando oportunidade de ajuda, de trocas significativas, de constatações
positivas diante dos colegas PCDs e a construção de vínculos. Além disso, a inclusão contribui
significativamente para a socialização das crianças e adolescentes, uma vez que elas convivem
com a diversidade e aprendem a respeitar as diferenças e particularidades de cada um, podendo
desenvolver entre os jovens a empatia, estimulando a socialização, promovendo a diversidade e a
tolerância entre os estudantes em suas diferenças. A colaboração proporciona um aumento da
percepção das necessidades e dos desafios a serem enfrentados, permitindo que as políticas e ações
sejam mais eficazes e adequadas à realidade.
No entanto, um dos possíveis problemas desse processo pode ser a falta de preparo e
desconhecimento dos professores e do ambiente escolar, assim como de alunos e familiares com
relação as legislações que amparam o Direito à inclusão educacional de crianças e adolescentes
com deficiência, por isso é indispensável e relevante o conhecimento dos direitos estabelecidos em
Lei e da temática apresentada para a posterior intervenção e contribuição da garantia desses direitos
dispostos em lei para que não se tornem letras sem aplicação e efetividade, e sem a progressão da
acessibilidade nas escolas brasileiras, em especial neste trabalho em Manaus, Amazonas.
 No oportuno, destaca-se que os governos podem apoiar e incentivar a criação e o
desenvolvimento de práticas inovadoras no campo da inclusão social, e ainda, no investimento em
pesquisas e projetos que aperfeiçoem as políticas e práticas inclusivas contribuindo para a
construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. É indispensável que o Governo, as instituições
de ensino e os responsáveis por essa área da Educação trabalhem em conjunto para atingir um
objetivo comum extremamente importante para o benefício de uma sociedade melhor.
Nesse contexto, é importante destacar o importante papel das instituições de ensino superior
com a realização das atividades complementares e projetos de intervenção contribuindo nesse
processo, sendo imprescindível salientar que uma das iniciativas que foi identificada como
impulsionadora dessa efetividade, é a disseminação do conhecimento, com a divulgação dos
direitos dispostos em Lei, aos profissionais, alunos e familiares inseridos nesse cenário da rede
pública de ensino, intervindo para o exercício da cidadania, em que, instrumentalizados do
conhecimento, exijam o cumprimento das Leis, justificando dessa forma, a relevância da temática
apresentada neste Projeto.

2. PÚBLICO
Considerando que o projeto é voltado para a inclusão de pessoas com deficiência que
necessitam de suporte para a realização de atividades no ambiente escolar, o objetivo é alcançar
pessoas que convivem diariamente com pcd’s, profissionais do ambiente escolar como:
- Professores: capacitando-os para lidar com as necessidades especiais dos alunos de
maneira adequada e inclusiva. Isso inclui estratégias de ensino diferenciadas, técnicas de
avaliação adaptadas e o conhecimento de recursos disponíveis;
- Pessoas com deficiência: Pois são os destinatários dos serviços e programas no ambiente
escolar, e que devem estar envolvidos enquanto jovens adolescentes protagonizando e
contribuindo, pois possuem propriedade enquanto sujeitos sociais que vivenciam esse
processo no dia a dia, além de atender uma das prerrogativas e lema dos PCDs que é: Nada
sobre nós, sem nós!
- Pais/Responsáveis: a família desempenha um papel importantíssimo para o apoio às
crianças com necessidades especiais. A escola deve conversar com os pais sobre como os
 alunos se desenvolvem no meio escolar, como estão se saindo emocionalmente e
socialmente e para os pais terem mais conhecimento sobre seus próprios filhos. É
importante envolver todos na educação e criar um ambiente de trabalho em equipe.
- Instituições: é importante estabelecer parcerias com instituições e profissionais
especializados, como centros de reabilitação, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e
fisioterapeutas.

3. RESULTADOS ESPERADOS

Por se tratar de minoria, é fundamental que sejam colocadas em pauta metodologias para
que haja inclusão onde pessoas com algum tipo de deficiência possam estar inseridas, pois além
de terem que lidar com as dificuldades de sua própria deficiência em seus lares, por diversos fatores
também têm que lidar com situações de difícil acesso no meio social, e um desses ambientes é o
escolar. Com mais de um milhão de alunos com deficiência matriculados no ensino básico, as
escolas brasileiras não são referência em questão de acessibilidade aos estudantes pcd’s, sobre o
direito de pessoas com deficiência: Devem ser assegurados sistemas educacionais inclusivos em
todos os níveis, pois crianças e jovens com necessidades especiais são encaminhados diariamente
para suas escolas em busca de socialização e educação para um bom desenvolvimento, porém
muitas vezes a realidade é muito mais complexa.

São inúmeras instituições de ensino que não possuem qualquer tipo de item de
acessibilidade, como: rampas realmente eficazes, corrimões, elevadores, pisos táteis ou sinais
sonoros suaves em caso de sensibilidade auditiva, aulas de libra, auxiliares e uma boa equipe de
psicopedagogos ou profissionais da área, esses são alguns dos principais métodos de acessibilidade
e inclusão para pessoas com deficiências, não descartando também pessoas que não possuem
nenhum tipo específico de deficiência, podendo ser utilizado como meio de conscientização e
prevenção de um diagnóstico tardio em casos de deficiências neurológicas.

Destarte, o que se espera obter como resultado com a implantação deste Projeto de
intervenção, é ampliação do conhecimento das principais legislações e direitos à educação
inclusiva pelos atores que estão inseridos e fazem parte do ambiente escolar, assim como, a
instrumentalização de professores e profissionais da área, com o conhecimento das legislações para
o acolhimento, compreensão das diferenças apresentadas pelos alunos com deficiência, captando
esses profissionais na proteção e defesa desses direitos, e ainda, empoderar as pessoas com
deficiência na condição de alunos da rede pública para o exercício de sua cidadania, na exigência
consciente do direitos que lhe é assegurado em Lei, criando um ambiente favorável, acolhedor,
com a compreensão e implementação de uma prática de inclusão efetiva onde todos se identifiquem
e assumam a corresponsabilidade pelo cumprimento da lei e, por uma rede pública de ensino mais
inclusiva com direitos cumpridos.

4. OBJETIVO GERAL

Numa escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda ação educacional,
garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem e de construção das competências
necessárias para o exercício pleno da cidadania e, por outro lado, objetivo primeiro de toda ação
educacional. Portanto a inclusão social tem como objetivo permitir e garantir que as pessoas com
deficiência que estão sendo marginalizadas e excluídas, tenham acesso às atividades mais
acessíveis e formas que potencializam o bom desempenho social proporcionando assim, uma vida
de qualidade, fomentando a diversidade no ambiente educacional, permitindo que estudantes de
diversas origens, habilidades e traços de personalidade compartilhem suas vivências. Isso ajuda a
criar uma cultura de tolerância e respeito às diferenças desde o início, preparando os estudantes
para viverem em uma sociedade plural.

Portanto, destaca-se como objetivo geral:

• Disseminar os direitos dispostos nas legislações sobre educação inclusiva como

instrumento de exercício da cidadania e garantia de seu cumprimento na rede pública
de ensino.
 5. CRONOGRAMA

Descrição da
Fevereiro Março Abril Maio Junho
Atividade

Revisão
Bibliográfica

Elaboração do
Projeto

Submissão ao
Comitê de
Ética

Coleta de
dados em
campo

Digitação e
Análise dos
Dados

Discussão dos
Resultados

Relatório Final

Apresentação dos Resultados