Decompositores

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Detritos, Decompositores, “Microbial

loop”

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Biologia
3 Marinha

Detritos
• Um percurso de energia e matéria importante nos ecossistemas
marinhos porque serve de alimento a muitos organismos

• Leva a matéria orgânica de volta à teia alimentar

Matéria orgânica perdida

Sai da teia alimentar dos herbívoros e predadores


mas não se perde do sistema

Decompositores (bactérias, fungos, etc.)

• Degradam os detritos e convertem-nos


nos seus componentes originais: agua,
CO2, nutrientes
• Ocorre tanto na coluna de agua como
nos sedimentos

Regeneração de nutrientes (mineralização)


Conversão dos nutrientes na forma orgânica para a forma inorgânica, ~~~~~~~~~
tornando-os disponíveis de novo para os produtores primários
Biologia
3 Marinha
Fluxos de matéria

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Biologia
3 Marinha

Detritos (cont.)
Detritos: toda a matéria orgânica morta, que se distingue da matéria
orgânica viva e matéria inorgânica:

• Matéria orgânica particulada: 10% da matéria orgânica total


• Matéria orgânica dissolvida: 90% da matéria orgânica total

• Substancias não-húmicas:
Carbohidratos, proteínas, péptidos, aminoácidos, gorduras, pigmentos, e
outras substancias orgânicas de baixo peso molecular. Lábeis, fáceis de
serem degradadas e utilizadas pelos microorganismos, baixas
concentrações instantâneas na agua

• Substancias húmicas (80% da matéria orgânica)


Ácidos húmicos, ácidos fúlvicos.
A formação das substancias húmicas ocorre durante a degradação de
material de plantas superiores terrestres ou aquáticas (pe. celulose) pelos
fungos e bactérias. Esta matéria perde-se por fotólise, decomposição
microbiana, agregação e sedimentação e transporte horizontal

Fontes:
• Autóctones: o carbono orgânico é sintetizado e circulado dentro do
sistema ~~~~~~~~~
• Alóctones: introdução de carbono orgânico por fontes externas ao Biologia
ecossistema que entra e circula no sistema 3 Marinha
Cadeia alimentar dos detritos
• Qualquer percurso pelo qual a energia química contida no
carbono orgânico dos detritos se torna disponível para o biota

• Inclui a circulação de carbono orgânico dos detritos, tanto


dissolvidos como particulados, para o biota por heterotrofia
directa

• Enfatiza a ligação trófica entre detritos e organismos vivos e


reconhece a actividade metabólica das bactérias ligadas às
substancias dos detritos como uma transferência trófica

Factores que afectam a decomposição


1. Qualidade e quantidade da matéria orgânica
2. Parâmetros físicos: temperatura, estratificação, tamanho das partículas
3. Parâmetros químicos: níveis de oxigénio

Decompositores
• As bactérias aquáticas são geralmente limitadas por nutrientes
• O numero de bactérias aumenta com o aumento da produtividade e
concentrações de matéria orgânica
• O numero de bactérias no zona eufotica varia entre 5x106 ml-1 e 108 ml-1 ~~~~~~~~~
na presença de material nutritivo e ausência de predadores Biologia
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Micróbios
• Pequenos, elevada área de
superfície corporal que permite um
maior contacto com o meio
ambiente, um potencial de uptake
mais elevado para nutrientes e uma
A vida em pequenas escalas conversão mais rápida de matéria
orgânica e nutrientes do que
1. Picoplâncton (< 2 µm) organismos maiores
• No atlântico norte, 60% da produção primária
• Em mares oligotróficos, 80-90% da produção
primária • Taxas de afundamento lentas e
com tendência a permanecer nas
2. Bactérias camadas superficiais dos oceanos
• Consumem 20-60% da produção primária por longos períodos antes de
• Três percursos fundamentais: afundarem. Assim, os nutrientes
Fezes e “sloppy feeding” do zooplâncton por eles incorporados tem maior
libertação de exsudados das algas
hidrolise de partículas orgânicas pelas bactérias
probabilidade de permanecer na
zona fótica por mais tempo do que
3. Vírus aqueles incorporados por
metazoários com taxas de
4. Protozoários (bacterivoros dominantes) afundamento mais elevadas
• Microflagelados e protozoários ciliados
• Taxas intrínsecas de crescimento elevadas. ~~~~~~~~~
Bacterivores activos. Biologia
• “pastam” o picofitoplankton 3 Marinha
• Mineralizam os nutrientes de uma forma eficiente.
“Microbial loop” (Azam et al., 1983)
Modelo dos percursos do ciclo do carbono e nutrientes através dos componentes
microbianos das comunidades aquáticas pelágicas

• O “microbial loop” é a teia alimentar microbiana que é responsável por


reintroduzir os nutrientes da matéria orgânica dissolvida na restante cadeia
alimentar

• As bactérias podem utilizar carbono orgânico de várias formas em diferentes


condições; os organismos que se alimentam das bactérias trazem o carbono
de volta para a cadeia alimentar

• Sem esta ligação, a maior parte do carbono orgânico ficaria na forma de


matéria orgânica dissolvida ou nas bactérias

• Grande parte da enorme quantidade de detritos produzida na zone fotica é


reciclada dentro do sistema. A regeneração de nutrientes no oceano é uma
componente vital da interacção entre os níveis tróficos inferiores e superiores

• O “microbial loop” inclui fitoplâncton, bactérias, protozoários, vírus, rotíferos,


etc., numa variedade de interacções

• È uma componente fundamental das complexas teias alimentares nos ~~~~~~~~~


ecossistemas oceânicos Biologia
3 Marinha

Variações sazonais na produção primária e


bacteriana
• Durante o crescimento exponencial
do fitoplâncton as bactérias
dependem da matéria orgânica
dissolvida (metabolitos) libertados
como resultado dos processos
metabólicos do crescimento do
fitoplâncton.

• No fim do bloom, quando as algas


entra na fase senescente, verifica-se
uma acumulação de fitodetritos
(partículas derivadas do fitoplâncton)
e uma aumento na libertação de
matéria orgânica dissolvida

• É especial nestas alturas que as


bactérias conseguem utilizar estas
fontes de energia para se
multiplicarem, produzindo assim um ~~~~~~~~~
bloom Biologia
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Feedback bactérias – fitoplâncton

Matéria orgânica Fitoplâncton


dissolvida (C,N,P)
Matéria orgânica
dissolvida (C)

Nutrientes
Bacterioplâncton
Nutrientes

Com abundância de
nutrientes Com falta de
nutrientes
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Vírus
Os vírus são mais abundantes que as bactérias nos sistemas marinhos (entre 107 e
108 ml-1

A importância dos vírus na teia alimentar do “microbial loop” reside no facto de


controlarem a população de bactérias e a libertação de carbono orgânico dissolvido

A infecção viral provoca a lise das células dos hospedeiros, libertando os seus
conteúdos na forma de matéria orgânica dissolvida

A população de hospedeiros tem de exceder uma densidade critica para os vírus


sobreviverem; assim que a população de hospedeiros ultrapassa este nível, os vírus
propagam-se rápido e reduzem a população

Como consequência da actividade dos


vírus, forma-se um “viral loop” como
componente do “microbial loop”

Pode ser importante para evitar que os


competidores dominantes controlem o
sistema (paradoxo do plâncton).

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