Resumo
Resumo
Resumo
Discentes:
Eunice Manejo
Hadassa Mandava
Júlia Lucas
Nucha Raimundo
Orquidea Forquia
Nessy Sandy
Lucas Bitone
Manuel Lucas
Docente:
1.1. Objectivos...........................................................................................................3
1.2. Metodologia........................................................................................................3
4. Conclusão.................................................................................................................10
5. Referencias Bibliográficas.......................................................................................11
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1. Introdução
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2. História da Alimentação e nutrição no passado
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modo, o sabor e o odor devem ter desempenhado um importante papel no consumo de
alimentos e na saúde do homem primitivo.
Segundo Flandrin & Montanari (1998), existem relatos que a primeira “sobremesa” foi
o mel das abelhas. Com a agricultura, o homem passou a ter uma grande oferta de
cereais (carboidratos) na alimentação, e mesmo com algumas mudanças nos hábitos
alimentares os homens primitivos não apresentavam doenças crônicas-não
transmissíveis como: diabetes, doenças cardiovasculares, pressão alta, colesterol
elevado, entre outras, pois a alimentação nesse período mesmo com a inserção da carne,
vinda da caça, era considerada saudável do que nos dias de hoje, além do grande
consumo de vegetais, como frutas, raízes e hortaliças.
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Segundo Flandrin & Montanari (1998), o sofrimento da população não impedia a classe
alta, sobretudo a nobreza feudal, de consumir produtos diferenciados daqueles que
consumiam os servos e os artesãos, no que concerne a alimentos, bebidas, vestuário,
acessórios e bens para ambientação.
Para Lima (2007, p. 25), o consumo nessa sociedade, enquanto compra de bens
(produtos) e de serviços, era reservado, exclusivamente, para a nobreza, e estava
associado ao status. Os reis e os senhores feudais podiam consumir muito e da melhor
qualidade, enquanto os servos teriam que se contentar em produzir para os dois
primeiros.
O peixe era alimento muito consumido, por ser barato e popular, e a pesca do arenque
foi responsável pela prosperidade de várias cidades. Muitos mosteiros e castelos nobres
mantinham viveiros para criação de peixes, como a truta e o salmão. Nesse período, o
consumo alimentar era mais valorizado que o luxo de outros produtos, como vestuário e
outros bens de consumo. O gosto pelas especiarias era grande, a noz-moscada e a
pimenta-do- reino, bem como o açúcar, e, sobretudo, os cereais, principalmente o trigo,
eram considerados produtos de primeira necessidade e estavam limitados à mesa dos
reis e dos senhores ricos, por serem raros e caros (Fausto, 1996, p.14).
Neste período, a base da alimentação era essencialmente carnívora. Grandes
quantidades de gado eram abatidas no início do verão, quando as forragens acabavam
no campo. A carne era armazenada e, precariamente, conservada pelo sal, pela
defumação ou simplesmente pelo sol. Esses processos, usados também para conservar o
peixe, deixavam os alimentos intragáveis, e, desse modo, os condimentos/especiarias
eram utilizados para disfarçar o sabor e o odor desagradável.
Segundo Santos (2007, s/p), a questão alimentar tinha função estruturante na
organização econômica e social na Idade Média por causa das crises periódicas na
produção de alimentos, vinculadas às penúrias causadas, sobretudo, pela falta de
cereais, principalmente do trigo. Franco Junior (2001, s/p) salienta que pelo menos
cinco períodos de fome generalizada e de grande escassez de alimentos foram
verificados em todo ocidente. Em função disso, havia forte apelo para o consumo de
cereais secundários ou outros tipos de trigos, como a cevada, a aveia, o centeio e o
milho, com os quais se produzia o pão da escassez, também conhecido como pão preto,
consumido pelos pobres.
Segundo Flandrin & Montanari (1998), no século XIV, as crises periódicas e as tensões
sociais tornaram-se mais agudas, aumentando a taxa de mortalidade em virtude da fome
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e da epidemia da peste negra e, como consequência, as cidades começaram a se esvaziar
e cada região tentou produzir tudo que necessitava.
Tais fenômenos aumentaram a insegurança alimentar; de acordo com Franco Junior
(2001, s/p), bastava uma má colheita para que a mortalidade, rapidamente, se elevasse,
pois eram grande as dificuldades de se obter alimentos em outras ou entre regiões. Tudo
isto, naturalmente, teve reflexos no setor secundário (comércio). À medida que cada
indivíduo gastava mais com alimentação, menos recursos tinha para consumir os bens
manufaturados pelas oficinas de artesãos. Com a queda da taxa de crescimento
populacional, diminuiu a procura de trigo e outros cereais produzidos no campo, e,
consequentemente, os preços destes produtos baixaram. Contudo, os preços dos
produtos artesanais manufaturados, produzidos nas cidades, continuaram subindo
(tecidos de lã, de seda, artigos de madeira, osso, couro, metais e armas, dentre outros),
reduzindo o poder de compra dos nobres (Franco Júnior, 2001, s/p).
Segundo Pedro (1995, p.128), com a diminuição do poder aquisitivo da nobreza, esta
passou a exigir que os servos pagassem os impostos feudais em dinheiro em vez de
produtos ou de trabalho. A pressão exercida pelos senhores feudais sobre os servos para
aumentar suas rendas foi chamada de segunda servidão e levou estes últimos a total
exaustão, provocando estagnação da produção. Diante da crise, surgiram ondas de
rebeliões camponesas que se estenderam até as cidades. Nas cidades, ao mesmo tempo,
a nobreza tentava limitar cada vez mais os rendimentos dos trabalhadores (artesãos), e,
revoltados com as pressões, os camponeses e os trabalhadores urbanos se rebelaram
contra a nobreza, explodindo grandes crises, conflitos que contribuíram para o
enfraquecimento da nobreza e para o fim do feudalismo.
2.3. Revolução Industrial
A revolução industrial aconteceu na Inglaterra no século XVIII e continuou pelo
mundo, ela teve grande influência nas mudanças dos hábitos de vida da população,
principalmente as mudanças dos alimentos consumidos.
Nesta época os trabalhadores deixaram o campo para trabalhar em indústrias,
prevaleceram à urbanização e as mulheres começaram a trabalhar fora de casa.
Segundo Flandrin & Montanari (1998), com o passar dos anos isso determinou uma
mudança na alimentação das famílias, aumentou o consumo de alimentos ricos em
gorduras (alimentos congelados ou prontos para consumo, salgadinhos, lanches), açúcar
refinado (refrigerante, guloseimas) e pobres em carboidratos complexos (arroz, batata,
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mandioca) e fibras (frutas e legumes). Tudo isso devido à vida corrida que o trabalhador
passou a ter.
Juntamente com as melhorias proporcionadas ao trabalhador, houve o aumento do poder
aquisitivo, da melhoria dos transportes urbanos e da diminuição da mão-de-obra
industrial e doméstica (máquina de lavar roupa, controle remoto, aspirador de pó) veio à
redução da atividade física nas populações, aumentando o sedentarismo.
Esse processo de transformação da sociedade é também o processo de transformação da
saúde e dos problemas sanitários.
O homem, desde o início dos tempos, apesar de passar de coletor e caçador a agricultor,
sempre se manteve ativo, movimentando-se em torno do seu sustento, o que não ocorre
mais hoje, onde temos pessoas cada vez mais sedentárias, que além de não terem que se
mobilizar para seu próprio sustento, não pratica os hábitos de cozinhar em suas próprias
casas, não se mobilizam na procura de alimentos mais saudáveis, comendo cada vez
mais fora de casa e sempre em busca de alimentos rápidos, prontos e industrializados.
Para Arruda (1980, p. 119), a partir do século XVIII, a Revolução Industrial provocou
transformações profundas e radicais na sociedade, consideradas revolucionárias não
apenas nas técnicas, mas também em relação ao social. Além das transformações
técnicas, comerciais e agrícolas, a Revolução Industrial pode ser considerada a
passagem da sociedade rural para a sociedade industrial, a mudança do trabalho
artesanal para o trabalho assalariado, a utilização da energia a vapor no sistema fabril,
concomitante com a energia humana.
As consequências geradas pela Revolução Industrial tiverem efeitos em todas as áreas.
A separação progressiva entre a agricultura e a produção artesanal, entre o campo e a
cidade, levou a contraposição entre os bens de consumo produzidos no campo e os
meios de produção na cidade. Gradualmente, esta separação entre os dois setores
básicos da economia, agricultura e produção artesanal, vai sendo dissolvida, a produção
capitalista de mercadoria destruiu definitivamente a unidade entre agricultura e
produção artesanal e também dissolveu outros vínculos entre diversos setores das
sociedades pré-capitalistas e, por conseguinte, penetrou, incessantemente, na produção
simples de mercadorias (Mandel, 1982, p.265).
Para tanto, segundo Pedrocco (1998, s/p), houve grande investimento no melhoramento
das ferramentas e das máquinas para a indústria e a agricultura. A utilização de novos
métodos, como a rotação de safras, as sementes selecionadas e o surgimento de novos
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equipamentos agrícolas, levou a um extraordinário aumento na produção de alimentos,
como resultado da Revolução Agrícola.
À medida que aumentavam as populações e as cidades cresciam, eram construídas as
ferrovias, seguidas depois pelas estradas, empurrando as lavouras para longe dos centros
consumidores. Nesse processo, segundo Mandel (1982, p.265), os vegetais e outros
alimentos frescos foram cedendo espaço, no comércio e na mesa das pessoas, aos
produtos alimentares que podiam ser transportados com maior facilidade e que duravam
mais tempo. Em função do aumento do consumo deste tipo de alimento, as indústrias de
alimentos começaram a demandar matérias-primas agrícolas, propiciando a
especialização crescente dos empreendimentos agronômicos.
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4. Conclusão
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5. Referencias Bibliográficas
Batista, João Marcos (2012). A evolução da economia: uma abordagem histórica sobre
os principais modelos, teorias e pensadores. RENEFARA - Revista Eletrônica de
Educação da Faculdade Araguaia - ISSN: 2236-8779. v. 2, n. 2.
Flandrin, J. L & Montanari, M. (1998). História da Alimentação, São Paulo: Estação
Liberdade.
Franco Júnior, Hilário (2001). A Idade Média: O Nascimento Do Ocidente / Hilário
Franco Júnior. 2. ed. rev. e ampl. -- São Paulo: Brasiliense.
Lima, Renato (2007). Consumo e Sociedade. Recife: Prazer e Ler.
Mandel, Ernest (1982). A expansão do Setor de Serviços, a “Sociedade de Consumo” e
a Realização da Mais-Valia. In: Capitalismo Tardio. São Paulo: Abril Cultural.
Pedro, António (1995). História Geral: compacto, 2º grau. – Ed. Atual, ampl. e
renovada – São Paulo: FTD.
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Pedrocco, G. (1998). A Indústria Alimentar e as novas Técnicas de conservação. IN:
FLANDRIN, Jean-Louis e MONTARINI, Massimo. História da Alimentação. Tradução
MACHADO, L. & TEIXEIRA, G. São Paulo: Estação Liberdade.
Souza, Nali de Jesus de (2015). Uma introdução à história do pensamento econômico.
Relatório Pesquisa da área de História Econômica, realizada no NEP PUCRS.
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