Doenças Do Trato Digestório: Prof DR Ana Lúcia Salomon

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Doenças do Trato Digestório

Profª Drª Ana Lúcia Salomon


Funções do Trato Digestório
• Função: água e nutrientes
• Ingestão
• Condução coordenada
• Digestão
• Absorção
• Excreção

CONTROLE = S. NERVOSO E ENDÓCRINO


Esôfago
• Tubo músculo-membranoso, elástico, possui glândulas tubulares de secreção –
lubrificação, digestão
• Faringe e terço superior do esôfago: m. esq, nervo vago
• Porção inferior: m. liso; PESN plexos mioentéricos
• 2 áreas de alta pressão, EES e EEI:
• Fase de relaxamento = contração
• Passagem do alimento = relaxam

• Função: peristalse (MM circulares x longitudinais)


Esôfago
• Esfíncter esofagiano inferior:
• ↑ Pressão:
• Proteína (gastrina); Carboidratos; pH alcalino
• ↓ Pressão:
• Gordura (CCK)
• Cigarro
• Bebidas a base de “cola”, alcoólicas (m. liso)
• Gravidez, obesidade, roupa apertada
• Alimentos de difícil digestão, flatulentos, ricos em purinas;
Chocolate, suco de laranja, tomate
Doença do Refluxo Gastroesofágico
-Consenso Brasileiro

“A doença do refluxo gastroesofágico é afecção crônica, decorrente


do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o
esôfago ou órgãos adjacentes ao mesmo, acarretando variável
espectro de sintomas e/ou de sinais esofagianos e/ou extra-
esofagianos,associados ou não a lesões teciduais”.
( Am J Gastro, 2002)
Fatores de Risco para DRGE
• Hérnia Hiatal
• Redução da pressão do EEI: gestação, contraceptivos
• Pressão abdominal aumentada: obesidade
• Retardo de esvaziamento gástrico
• Vômitos recorrentes como na bulimia
• Tabagismo, antiinflamatórios não esteróides, H. pylori
Espectro clínico da doença do refluxo gastresofágico

Sintom as típicos Manifestações atípicas Com plicações

•Com esofagite (40%) •Dor torácica •Úlcera


•ORL
•Sem esofagite - Laringite posterior •Estenose
- Rouquidão
•Esôfago de Barrett
•Pneumológicas
- Asma
- Tosse crônica
- Aspiração

•Estomatológicas
Conduta dietética na DRGE
• OBJETIVOS:

• Prevenir a irritação da mucosa na fase aguda

• Corrigir / manter o peso adequado

• Evitar a progressão das lesões já presentes no paciente

• Contribuir para o aumento da pressão do EEI


• Minimizar / evitar os efeitos colaterais e interações entre fármacos e
nutrientes
Prescrição Dietética
• VET → peso adequado
• PTN: hiper
• CHO: normo
• LIP: hipo
• Vits e minerais: B12 (antiácidos), Fe, Ca, A, B6 e C
• Líquidos: evitar hipo e horários
Prescrição Dietética
• Excluir: • Fracionamento
- Caldos ricos em purinas • Volume
- Flatulentos • Consistência

- Suco de laranja
- Tomate
- Chocolate
- Cafeína, bebidas alcoólicas
IBFC – 2014

60) Paciente do sexo feminino, eutrófica, vem para consulta nutricional com diagnóstico de
esofagite, decorrente de refluxo do conteúdo ácido-péptico gástrico. Deverá fazer parte de suas
orientações nutricionais:
a) Restrição calórica, visando perda de peso.
b) Dieta com 35% a 40% do valor energético total proveniente de lipídios, contribuindo para o
aumento da pressão do esfíncter esofagiano inferior.
c) Fracionamento alimentar com seis a oito refeições de pequenos volumes para evitar o refluxo.
d) Consumo de frutas ácidas, devido ao seu elevado teor de vitamina C.
IBFC – 2015
44) A esofagite consiste na inflamação da mucosa esofágica, decorrente do refluxo do conteúdo
ácido-péptico gástrico. Faz parte das recomendações nutricionais para o tratamento da esofagite:
a) Evitar alimentos que diminuem a pressão do esfíncter esofágico inferior, tais como café, mate e
bebidas alcoólicas.
b) Ingerir líquidos durante as refeições principais, auxiliando na diluição do conteúdo ácido péptico
gástrico, com menor agressão à mucosa esofágica durante os episódios de refluxo.
c) Consumir alimentos e preparações ricas em lipídios, o qual estimulará a secreção de
colecistocinina, a qual favorecerá o aumento da pressão do esfíncter esofágico inferior.
d) Consumir sucos e frutas ácidas, uma vez que, por serem ricos em vitamina C, apresentam ação
antioxidante, auxiliando na reparação da mucosa esofágica.

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