A Historia de Um Grupo de Samba Que Tomo
A Historia de Um Grupo de Samba Que Tomo
A Historia de Um Grupo de Samba Que Tomo
e prática 106
encarte do professor
Samba é filosofia,
fidalguia do salão
O samba como uma forma de enfrentar a vida
“O
samba só não acabou porque o O samba como expressão cultural espontânea, rica,
povo não deixou”, defende Pau- variada e, sobretudo, carregada do conteúdo que o
linho da Viola em entrevista ao “povo” – o que quer que isso seja – quer expressar.
jornal El País.1 Nessa frase, o De outro lado, a indústria cultural, conceito in-
sempre sensato sambista se refere a um momento troduzido por um grupo de ilósofos alemães – co-
especíico da história do samba: a década de 1970. nhecidos como Escola de Frankfurt – nos ajuda a
Mas ela também sintetiza a relação tensa entre o interpretar a dinâmica econômica de um setor em
samba e o mercado musical. E tem um sentido mais formação na transição dos séculos XIX e XX, mas
amplo, que pode ser pensado a partir de outros gê- também – e mais importante – os efeitos sociais da
neros musicais e outras manifestações culturais além apropriação da cultura pelos circuitos de produção e
da música. A frase explicita uma das contradições de distribuição de bens culturais.
mais importantes existentes entre a cultura e a in- A experiência do grupo Fundo de Quintal, como
dústria cultural. veremos a seguir, é esclarecedora desse momento da
De um lado temos a cultura, tema estudado pela história do samba porque, ao mesmo tempo em que
Filosoia, Antropologia e Sociologia. E que pode se tornou um fenômeno comercial, manteve parale-
ser entendida, no contexto em que fala Paulinho da lamente um espaço de convivência – samba, futebol
Viola, como tudo aquilo que compõe a experiência e festa – em que sempre se produziu música/cultura
humana e que emerge da convivência e da neces- não necessariamente limitada às demandas da in-
sidade de expressar-se, nesse caso, musicalmente. dústria cultural.
1
Cultura, 8/2/2016
Fernando Pedrazolli Filho é mestre em sociologia (UFSCar). Professor de Sociologia na E.E. Residencial São José, Paulínia-SP.
Lucas Andrietta é economista e mestrando em Economia Social e do Trabalho pela Unicamp.
Raul Pinheiro da Silva é músico e graduando em Física.
Robson Gabioneta é mestre em Filosoia pela Unicamp. Professor de Filosoia da prefeitura de Itupeva e do Colégio Visconde de Porto Seguro em Valinhos.
36 • ciência&vida
ETaPa i – FundO dE QuinTal:
bErçO dE TErrEirO dE bambas
Em meados dos anos 1970, no A mídia – um dos agentes da me sucesso – projeta de uma vez por
subúrbio da região da Leopoldina- indústria cultural, segundo os i- todas Beth Carvalho como cantora
-Rio de Janeiro, surgia o grupo lósofos da Escola de Frankfurt – de samba e consolida sua relação de
Fundo de Quintal, que marcaria obcecada pela uniformização, cri- madrinha com o grupo.
como um giz o cenário do samba ticava a falta de padrão do samba Depois de quase 20 anos de
na música brasileira. Criados nas feito pelo Fundo de Quintal, ao bloco e sambas, o grupo consegue
rodas de bambas que eram realiza- ponto de alguns antigos sambistas lançar seu primeiro disco, Samba é
das às quartas-feiras na quadra do não reconhecerem a música deles no Fundo de Quintal (RGE, 1980).
Cacique de Ramos, os pagodeiros como samba. 2 Os pagodes estavam tão quentes e
do Fundo começaram a chamar a O pagode do Cacique já estava era tanta música boa que rolava por
atenção no cenário do samba cario- ganhando nome dentro do mundo ali que, já no ano seguinte, o grupo
ca com seus novos instrumentos e do samba no Rio de Janeiro na déca- lança Samba é no Fundo de Quintal –
técnicas, além de uma levada muito da de 1970, inclusive com a presença Vol. 2 (RGE, 1981) e, graças à con-
suingada de se fazer samba. Can- de sambistas já famosos. Mas o re- vivência que todo brasileiro conhece
tando o cotidiano como nas mú- conhecimento midiático começa a – samba, futebol, comida e cerveja
sicas Pela hora e Papo de Samba e surgir em 1978, com um convite feito –, não parou mais.
fazendo da vida poesia expressão po- por Beth Carvalho para que os mole-
pular foram aos poucos conquistan- ques atrevidos do Cacique gravassem Cacique de Ramos: um doce refúgio
do seu espaço. Hoje, possuem mais com ela o álbum De pé no chão (RCA pra quem quer cantar
de 30 discos gravados e milhões de Victor, 1978). Vale destacar aqui o “É ali no subúrbio/Um doce refúgio
cópias vendidas. papel exercido pela madrinha do pra quem quer cantar/É o Cacique.”3
O time de pagodeiros responsá- samba (Beth), abrindo as portas da Era fundado – não por aca-
veis por mostrar que o grupo Fundo indústria para que o pagode se popu- so – no dia 20 de janeiro de 1961,
de Quintal é berço de terreiro de bam- larizasse. O disco – que fez um enor- dia de São Sebastião (Oxóssi no
bas e que o pagode é o samba é enorme 2
Para aprofundar o assunto ver o exercício proposto
– traremos alguns deles ao longo do na página 38. 3
Doce Refúgio de Luiz Carlos da Vila
texto. Os primeiros integrantes do
grupo foram: Neoci, Almir Guine-
to, Jorge Aragão, Sereno, Sombri-
nha e os irmãos Ubiraja (Bira Pre-
sidente) e Ubirany.
Apesar do enorme sucesso e
relativo reconhecimento na atua-
lidade, foi enfrentando no peito um
certo preconceito e muito desdém que o
grupo passou boa parte da carreira.
Muitos sambistas da época, e prin-
cipalmente a “mídia”, criticavam1 o
grupo e sua forma de fazer samba,
tentando transformá-los em sambis-
tas menores.
1
Uma das razões da crítica é a difícil adequação da roda
imagens: shutterstock
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ninha do Gantois aos 16 anos de
exercício i
idade e mais tarde teve um im-
portante terreiro em Nova Iguaçu. O grupo Fundo de Quintal fala
Existe, na quadra do Cacique de muito sobre sua forma de fazer
Ramos, uma tamarindeira (árvore samba e o que eles pensam ser
que dá o fruto tamarindo) muito o samba. Por outro lado, outras
cantada pelo grupo, a qual se atri- pessoas, tanto internas como ex-
bui a mística do lugar e o sucesso ternas ao universo musical, tam-
dos que ali passaram. Dona Con- bém falam o que elas pensam
ceição foi a responsável por tornar ser o samba. Confronte algumas
as tamarindeiras da poesia guardiãs, delas: Feitiço decente do Carlos
“preparando” a árvore com o “axé” Sandroni, o documentário di-
enviado pelo caboclo Sete Mon- vidido em três episódios Brasil,
tanhas, garantindo que “aqueles Brasil (https://www.youtube.com/
que ali pisassem [...] para o bem” watch?v=9WOgH4gs0R8) e as le-
O documentário Brasil, Brasil produzido teriam suas virtudes destacadas tras do Fundo de Quintal (po-
pela BBC mostra a música brasileira a e conquistariam seus objetivos.4 dem-se somar a elas letras dos
partir do nascimento do samba Seus frutos são inquestionáveis: compositores que izeram parte
Dudu Nobre, Anderson Molejo, do grupo, entre eles, Jorge Ara-
candomblé) e do aniversário do Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, gão, Arlindo Cruz, Sombrinha,
seu Domingos (pai de Bira e Ubi- Arlindo Cruz e muitos outros que Almir Guineto).
rany), o bloco de embalo Cacique faltariam páginas para citar. Pesquise a trajetória e a obra
de Ramos, que viria a fazer muito Dentro da riqueza de culturas do de alguns artistas que passaram
barulho nos carnavais carioca. O bloco e das pessoas que por lá pas- pelo Cacique de Ramos e izeram
Bloco, originalmente chamado saram, podemos ver o quão grande, carreira solo: Jorge Aragão, Almir
Caciques da Boa Boca, é fruto diversiicada e complexa era a “raiz” Guineto, Zeca Pagodinho, Arlin-
da união entre três famílias que do grupo. É desse caldeirão cultural do Cruz, Sombrinha e Jovelina
tinham em comum, entre muitas que surge o grupo Fundo de Quin- Pérola Negra. Escolha cinco artis-
outras coisas, a forte religiosida- tal, que atualmente possui a seguin- tas do seu Estado: um músico, um
de afro-brasileira e o gosto pelo te formação: Bira, Ubirany, Sereno, ator, um artista plástico, um escri-
samba e pelo carnaval. A família Ronaldinho, Mario Sergio e Ade- tor e um cineasta. Pesquise a vida
Félix do Nascimento (Bira, Ubi- mir Batera. e obra de cada um deles. Como
rany e Ubiraci), a família Oli- 4
a indústria cultural inluenciou a
Importante destacar, como aponta Renato Ortiz, que
veira (Walter, Chiquita, Sereno, a Escola de Frankfurt não discute cultura valendo-se
trajetória de cada um?
Alomar, Jorginho e Mauro) e a da rica produção da Antropologia.
família Espírito Santo (Aymoré
e Conceição).
Bira Presidente matrícula 000 e
Ubirany matrícula 001 são ilhos de
pais muito representativos no mun-
do do samba e dentro das religiões
de terreiro (umbanda/candomblé).
O pai, Domingos Félix do Nasci-
mento, boêmio e sambista, frequen-
tava as mais importantes rodas de
samba e choro no Rio de Janeiro.
Amigo de ícones como Pixingui-
nha, Cartola e Aniceto do Império
foi responsável por “batizar” os i-
lhos na Estação Primeira de Man-
gueira, quando eles ainda tinham
por volta de 7 anos.
A mãe dessa família, Dona
Conceição de Souza Nascimento, No carnaval de 2012, a Estação Primeira de Mangueira homenageou o grupo Fundo de
foi ilha de santo da Mãe Meni- Quintal e Cacique de Ramos com o samba-enredo Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira
38 • ciência&vida
ETaPa ii – CulTur a POPular:
vOCê nãO samba mas
TEm QuE aPlaudir
Esse samba é pra você / que vive a
falar / a criticar / querendo esnobar /
querendo acabar / com a nossa cultura
popular / É bonito de se ver / o samba
correr / do lado de cá / fronteira não há
/ pra nos impedir /você não samba mas
tem que aplaudir.
Tratar, genericamente, do ter-
mo “cultura popular” não é uma
tarefa simples.5 Esse conceito,
pelo fato de referir-se a muitas
coisas diferentes, pode carregar
um vazio em seu signiicado. Mais
importante é reconhecermos que
se trata de um elemento discursivo
em disputa por vários segmentos
políticos, culturais, econômicos e
que atende a interesses diversos.
A ideia de música popular, por
exemplo, foi e continua sendo ob-
jeto de estudo há pelo menos um
século. Isso sem falar na ambi-
guidade (política) que carrega a
palavra “popular” e os preconceitos
de cor, travestidos de “bom ou mau
gosto” que envolvem qualquer dis-
cussão sobre ela.
Para icarmos com apenas um
exemplo da diiculdade do uso do
termo, detemo-nos em um caso
histórico, importante para a discus- O termo “popular” representa uma idealização do povo brasileiro, com características
demasiadamente forjadas e romantizadas por certos setores artísticos e intelectuais
são proposta nesta seção. Conside-
remos o “P” da sigla MPB (Música
Popular Brasileira). O “Popular” aí portamento tipicamente colonial “Brasil profundo” como arma ideo-
representado pode ser considerado de “olhar pra fora” –, buscando a lógica para combater a “invasão es-
síntese de um processo histórico beleza na “rusticidade”, “força” e trangeira” – os “estrangeirismos” –
que tem origem nos anos 1950. “resistência” do “povo brasileiro”, especialmente a norte-americana,
A metáfora do “olhar para den- foi chamada de “nacional popular”. no meio cultural.6
tro do Brasil” – ação contrapos- Todas essas aspas que cobrem tais Essa atitude ideológica foi
ta à da elite brasileira e seu com- características do povo brasileiro absorvida pela indústria e se tor-
revelam a carga de romantização da nou hegemônica no meio artís-
realidade. Esses artistas e intelec- tico, principalmente na música
5
Inclusive um estudioso da Escola de Frankfurt,
prof. da USP Vladimir Safatle, recomenda que não
mais usemos esse termo: https://www.youtube.com/ tuais, geralmente de esquerda, bus-
watch?v=yMWZWrcnXf4. Acesso em 16 fev. 2016 cavam valorizar a genuinidade do 6
RIDENTI, 2010
Justamente por serem respon-
sáveis pelo resgate de formas pas-
sadas de se cantar e tocar samba, o
que gerou importantes inovações
artísticas que, hoje, já fazem parte
de certa tradição do samba, o gru-
po Fundo de Quintal encontra-se
certamente na fronteira entre al-
guns tipos de samba: o partido-
-alto e o samba romântico, o tra-
dicional e o pós-bossa nova, mas,
principalmente, entre o samba de
raiz e o pagode. O violão tocado
com “a unha seca”, o “contato di-
reto” da mão com os instrumen-
tos, sem intermediários, são al-
guns dos elementos tradicionais
introduzidos nas rodas do Caci-
que. O que significa, em termos
práticos, estar nessa fronteira?
Qual o significado da confusão
O pagode está sempre associado a festas populares animadas com música, bebida e comida (não diferenciação) que eles pró-
prios estabelecem entre samba de
popular – importante lembrar o os fundos de quintais, relembran- raiz e pagode?
quão restrito e elitista era o cam- do o que acontecia no mundo do Exemplo disso são os trechos
po artístico e intelectual brasilei- samba no início do século X X. das músicas: Pois o samba mar-
ro nos anos 1950/60. É desse pro- Como vimos, as rodas de samba ca como um giz, é eterno porque é
cesso que surge o termo “Música do Cacique de Ramos formavam raiz; cantou a dupla Arlindo Cruz
Popular Brasileira”. um legítimo pagode. Termo que e Sombrinha, comissão de frente
Voltando ao samba, um dos des- também passou a designar o esti- do grupo (em 1986 – lançamento
dobramentos desse processo foi a lo de samba por eles cantado, para do disco). Três anos antes, Jorge
utilização do termo “raiz” para de- diferenciá-lo dos outros tipos de Aragão, já em carreira solo, can-
signar a legitimidade do samba. A samba, devido ao posterior suces- tava: resiste quem pode à força dos
impertinente e confusa diferencia- so comercial do grupo. nossos pagodes.
ção entre samba de raiz e qualquer Tão logo o estilo se comerciali- Mais do que responder à ques-
outro tipo de samba se conigura, za, surgem as críticas e a inevitável tão, interessa-nos evidenciá-la,
portanto, como uma atitude deriva- comparação com os sambas de ou- mostrar o quão contraditório po-
da daquele processo. Confusa, por- trora. A alcunha de “pagode” pas- dem ser tais discursos que apelam
que o chamado “samba raiz” pas- sa a ser depreciada em detrimen- para o termo “raiz” em nome de
sou a designar coisas tão diferentes to do samba “autêntico”, de raiz. uma suposta autenticidade de tal
quanto os interesses de venda do Essa alcunha é elevada ao extre- ou qual samba. Entretanto, para
produto. E impertinente, pela insis- mo quando surgem os pagodeiros nos ajudar a pensar a questão, re-
tência no erro e pelo elevado grau de de São Paulo dos anos de 1990, corremos aos próprios protagonis-
elitismo que ela carrega. muitos deles apadrinhados pelo tas dessa história. A confusão que
Dando um longo salto na Fundo de Quintal. O problema se faz do tipo de samba cantado
História, evidencia-se nos anos que queremos abordar se dá pela por eles mesmos, na verdade de-
1970/1980 no Rio de Janeiro o confusão atual entre os termos. monstra uma lucidez histórica de
movimento dos “pagodes” que, Hoje, os considerados sambistas quem não se prende a convenções
como explica Leci Brandão, sig- de raiz são justamente aqueles criadas estranha e externamente
nifica originalmente uma cele- pertencentes à geração forma- por pessoas (físicas ou jurídicas)
bração do samba e dos amigos, es- da pelo Cacique de Ramos. Ou, alheias ao processo. Dizem que o
pontânea e natural, com música, mesmo, como ocorre muitas ve- pagode é moda, o samba de roda é
comida e bebida fartas. Observa- zes, quando os próprios sambistas o partido-alto, mas isso já vem da
-se nesse período uma recondu- referem-se às suas músicas, ora antiga, a onda de briga é coisa do
ção do samba para as ruas e para como pagode, ora samba de raiz. asfalto. Ou, como resume Sereno:
40 • ciência&vida
exercício ii:
imagem: divulgação
O grupo Fundo de Quintal participou três vezes do programa Ensaio da TV Cultura. Em 1991, em1996 e, por último, em 2015
42 • ciência&vida
exercício iii
Cacique era o partido-alto (um tipo de Como canta Nélson Sargento: sam-
samba caracterizado pelo refrão ixo e ba agoniza mas não morre. Vieram
versos de improviso) executado de uma também a proissionalização dos
forma bem peculiar, que se diferencia- músicos, uma maior abertura – ain-
va do jeito “tradicional” de se tocar esse da que pequena – no mercado das
gênero. Concomitante às (re)invenções gravadoras e um aumento nas ven-
do grupo acontece também um traba- das de instrumentos de samba, es-
lho de “resgate da raiz”, como no caso palhando as rodas de pagode pelo
do banjo tocado por Almir Guineto, Brasil. Fundo de Quintal berço de ter-
que fora usado no maxixe e por alguns reiro de bambas/Vamos que o pagode é
sambistas mais antigos, mas que havia o samba eh laiá laiá.
sido esquecido e deixado de lado; além
do(a) tam-tam introduzido por Neoci
e Sereno e do repique de mão inven- PEREIRA, Carlos Alberto Messeder.
tado por Ubirany, ambos tocados sem Cacique de Ramos Uma História que deu
baqueta; isso sem falar da levada suin- Samba. Ed. Frutos, 2003.
gada do pandeiro do Bira Presidente RIDENTI, Marcelo. Brasilidade
revolucionária: um século de cultura e
e das lindas harmonias criadas por política. São Paulo: Unesp, 2010.
Cleber Augusto, Sombrinha, Arlindo SANDRONI, Carlos. Feitiço decente:
Cruz e tantos outros compositores. transformações no samba do Rio de Janeiro
Aos poucos, e com o crescimento (1917-1933). Rio de Janeiro, Ed. Zahar, 2ª
edição 2012.
da roda do Cacique, começa a surgir no
subúrbio do Rio de Janeiro um “mo-
Audiovisual
vimento de pagode”, que rapidamente
Programa O Som do Vinil - De Pé no Chão,
chegaria a outros locais e posterior- Beth Carvalho - Canal Brasil
mente chamou a atenção da indústria Programa Ensaio com Fundo de Quintal (TV
cultural. Essa cena abriu espaço para Cultura, 1991)
os compositores dos morros voltarem a Programa Ensaio com Fundo de Quintal (TV
divulgar seus sambas, trazendo o pro- Cultura, 2015)
tagonismo de volta para o subúrbio.9 Programa Samba na Gamboa com Fundo de
Quintal (TV Brasil, 2015)
O Patuá Tamarindo. Dirigido por Eduardo
9
No artigo anterior, Revista Filosoia Ciência & Maruche e Natara Ney (GLP Marketing,
REFERêNCIAS