Ensaios de Laboratório
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ENSAIOS DE LABORATÓRIOS
Fevereiro, 2021
Instruções para os relatórios
1) TÍTULO DO ENSAIO
a) Exatamente como está na norma utilizada
2) INTRODUÇÃO
Fazer uma breve introdução sobre o conteúdo ilustrando a utilização e importância do tema
estudado
3) OBJETIVO
5) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
6) RESULTADOS E DISCUSSÕES
7) CONCLUSÕES
8) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
1 - ACONDICIONAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE QUANTIDADES DE
AMOSTRAS PARA ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO, COMPACTAÇÃO E
CBR/ISC.
OBJETIVO
Estas instruções têm como objetivo orientar o engenheiro e/ou técnico incumbido de
coletar amostras de solos, no sentido de proceder de modo adequado no acondicionamento e
identificação dessas amostras, bem como no sentido de que as mesmas sejam representativas e
em quantidades suficientes para realização dos ensaios.
ACONDICIONAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Obra ou estrada;
Indicação precisa do local de amostragem ou estaca;
Profundidade da amostragem;
Aplicação prevista do material;
Interessado no resultado dos ensaios;
Data da amostragem;
Descrição ou classificação expedita de campo do material coletado.
QUANTIDADES
1. OBJETIVO
Este método fixa o modo pelo qual se procede à preparação de amostras de solo para
ensaios de caracterização, compactação e CBR/ISC.
2. REFERÊNCIAS:
NBR 6457 [ABNT], M2-61 [DER / SP], ME 041 [DNER], EM 035 [DNER], NBR 9604
[ABNT].
Nas peneiras mais finas, existe uma dupla nomenclatura. Quando uma peneira é designada
pelo número, esse número se refere a quantidade de malhas por polegada. (ASTM, AASHO)
3.1. Espalhar toda a amostra de solo em uma ou mais bandejas ou tabuleiros, colocando-as em
local bem ventilado a fim de permitir a evaporação das águas livres nela existentes.
3.4 Usando o almofariz e a mão de gral, desmanchar os torrões existentes em cada fração,
isoladamente, com o cuidado de não triturar partículas individuais.
O solo foi separado em frações para facilitar esta operação de desagregação, e garantir uma
rigorosa eliminação de torrões (também chamados grumos).
Terminadas estas operações, a amostra está pronta para dela serem tomadas partes para a
execução dos diversos ensaios.
Determinação da umidade:
50g do material que passa na peneira nº 10 (2,0mm).
Índices físicos:
200g do material que passa na peneira nº40
Compactação:
6.000g para solos argilosos ou siltosos que passam na peneira de 3/4” (19 mm);
7.000g para solos arenosos ou pedregulhosos que passam na peneira de ¾” (19 mm);
CBR ou ISC
6.000g para solos argilosos ou siltosos que passam na peneira de 3/4” (19 mm);
7.000g para solos arenosos ou pedregulhosos que passam na peneira de ¾” (19 mm);
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3 – DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DE SOLOS
1. REFERÊNCIAS:
Balanças que permitam pesar 200 g, 1,5 kg e 5 kg, com resoluções de 0,01g,
0,1g e 0,5g, respectivamente, e sensibilidades compatíveis;
Estufa capaz de manter temperatura entre 60-65oC e entre 105-110oC;
Dessecador com agente de absorção de umidade (tipo sílica gel);
Recipientes adequados, confeccionados com material não corrosível, como:
cápsulas metálicas com tampa ou pares de vidro de relógio com grampo, de
dimensões adequadas;
Pinças metálicas com aproximadamente 30 cm. de comprimento e 15 cm de
abertura.
EXECUÇÃO DO ENSAIO:
5
3. Tampar e transferir a cápsula da estufa para o dessecador, onde deve permanecer
até atingir a temperatura ambiente. Pesar o conjunto, com a resolução
correspondente, e anotar como P2.
Há casos em que tal precisão não pode ser exigida (por exemplo, quando a
amostra não pode ser homogeneizada). É preciso distinguir entre casos em que se
determina a média entre as determinações válidas de uma amostra (homogeneizada)
e casos em que se determina a média entre teores de umidade de amostras diferentes
de um mesmo solo (tomar como exemplo uma amostra indeformada, coletada com o
objetivo de determinação da massa específica aparente seca, da qual se colhem três
amostras distintas para a determinação do teor de umidade médio).
6
É preciso cuidado para evitar erros grosseiros, como a troca de tampas das
cápsulas. Para evitá-lo, recomenda-se que durante a secagem, a tampa da cápsula
permaneça sob ela, como se fosse uma bandeja.
7
4 - DETERMINAÇÃO DA UMIDADE PELO MÉTODO “SPEEDY”
(Speedy Moisture Test)
O Speedy” tem base na reação química da água existente em uma amostra com
o carbureto de cálcio, realizada em ambiente confinado.
APARELHAGEM:
8
ENSAIO: (Aqui é o ensaio é descrito para o modelo denominado “alemão”)
(Se a leitura manométrica for menor que 20 kpa [0,2 kg/cm2], o ensaio deve ser
repetido com peso de amostra imediatamente superior ao empregado, conforme a
tabela. Se a leitura for maior que 150 kPa [1,5 kg/cm2], interromper o ensaio,
afrouxando a tampa do aparelho devagar, e repetir o ensaio com um peso
imediatamente inferior. Apenas na faixa de 0,2 a 1,5 kg/cm2 o aparelho fornece leituras
confiáveis.)
9
5 - DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE “IN SITU”
V = Va – Vp
CÁLCULOS:
Ms=100.(M1-Mc)/(100+h)
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5.3 - DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE “IN SITU” COM
EMPREGO DE CILINDRO DE CRAVAÇÃO
1. OBJETIVO
3. APARELHAGEM
O cilindro prescrito pela NBR 9813 tem 115 mm de diâmetro externo, 110 mm de diâmetro
interno e altura 116 mm. As dimensões do cilindro de cravação e soquete de cravação podem
variar, desde que a relação abaixo definida esteja entre 10 e 15%:
Cv = 100. Vd / Vc
onde:
4.1 Determinar, com resolução de 0,1 mm, a altura e o diâmetro interno do cilindro em quatro
posições igualmente espaçadas e calcular o volume utilizando as médias dos valores assim
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obtidos. Anotar como Vc. Tomar quatro medidas do diâmetro externo do cilindro, calcular o
volume externo Ve e anotar Vd =Ve – Vc. Pesar o cilindro e anotar a massa Mc.
4.2 Verificar periodicamente Cv e se o corte da borda cortante apresentar-se insatisfatório ou se
partes do cilindro estiverem danificadas ou deformadas, providenciar reparo ou descartá-lo, e
proceder à nova determinação de Cv.
4.3 Operando com mais de um cilindro, proceder de forma análoga, identificando cada cilindro.
5. EXECUÇÃO DO ENSAIO
5.1 Nivelar e limpar o terreno de partículas soltas. Assentar o cilindro de cravação, cujo interior
deve estar levemente lubrificado em óleo;
5.2 Montar o restante do equipamento e iniciar a cravação do cilindro por meio de queda livre
do soquete de cravação, mantendo a haste em posição vertical. A cravação deve ser contínua,
até que o cilindro fique com sua borda superior cerca de um (1) cm abaixo da superfície do
terreno;
5.3 desmontar o conjunto de cravação e com auxílio da pá e picareta escavar o terreno em volta
do cilindro, evitando esbarrar no mesmo. Cortar o solo em volta e em baixo do cilindro com as
espátulas, e a uma profundidade mínima de 5 cm abaixo da borda inferior. Com uma espátula,
remover o excesso de solo e rasar ambas as faces do corpo de prova, com auxílio da régua
biselada.
5.5 A massa do cilindro contendo o material (Mt) deve ser determinada imediatamente, de modo
a evitar perda de umidade, com resolução de 1g. Remover então o corpo de prova do cilindro,
e do centro do mesmo tomar uma amostra para determinar o teor de umidade (h), de acordo
com a NBR 6457. Neste momento verificar se houve alguma das ocorrências descritas em (5.4).
Nos casos em que seja impraticável a utilização de estufa, o teor de umidade pode ser
determinado por outro método, devendo o mesmo ser explicitamente indicado na apresentação
dos resultados.
ρnat = (Mt-Mc) / Vc
onde:
6.2 Calcular a massa específica aparente seca do solo “in situ”, por:
ρs = 100.ρ / (100+h)
14
7. RESULTADOS
7.1 A massa específica aparente natural (ou seca) do solo “in situ” deve ser expressa com três
algarismos significativos, em g/cm3, e o teor de umidade com aproximação de duas casas
decimais.
7.2 Caso o teor de umidade não tenha sido obtido em estufa, indicar o processo usado.
Para exercitar:
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5.4 - DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE “IN SITU” COM
O MÉTODO DO FRASCO DE AREIA
APARELHAGEM
16
Trabalho prévio no laboratório:
Preparação da areia:
1. Secar ao ar;
2. Peneirar com as peneiras 1,2 mm e 0,59 mm, recolhendo a areia entre elas;
3. Lavar na peneira 0,59 mm;
4. Secar em estufa;
5. Peneirar na peneira 0,59 mm.
1. Colocar sobre uma superfície plana a placa de vidro. Sobre a mesma colocar
a bandeja de metal onde se encaixa o furo maior do funil;
2. Pesar o conjunto frasco + funil (M1) estando o frasco cheio de areia. Colocar
o conjunto frasco + funil + areia encaixado na bandeja e abrir o registro do funil,
deixando a areia escoar livremente até cessar seu movimento. Fechar o registro do
funil. Retirar o conjunto frasco + funil + areia restante, pesando-o [M2]. A diferença M3
= M1-M2 é a massa de areia que preencheu funil e orifício.
3. Repetir (2) várias vezes (sugere-se cinco vezes), até obter pelo menos três
valores M3 que não difiram da respectiva média mais que 1% do valor da média.
4. Adotar a média dos valores M3 que atendam esta especificação (3) como peso
de areia no cone.
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3. A massa de areia que enche o cilindro será
M6 = M4 - M5 - M3
4. Repetir as operações (1) e (2) várias vezes. Compor a média dos valores M6,
não aceitando valores que difiram da respectiva média mais que 1% do valor da
média.
ρ areia = M6 / V
onde:
onde:
Caso o teor de umidade não tenha sido determinado com o uso da estufa, indicar
o processo utilizado.
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6 - DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS DE SOLO
NBR 6508
1) OBJETIVO
Determinar a massa especifica dos grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm, por meio
de picnômetro, através da realização de pelo menos 2(dois) ensaios.
2) APARELHAGEM
1) EXECUÇÃO DO ENSAIO
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• Adicionar água destilada até metade do volume do picnômetro. A seguir aplicar a
pressão de vácuo de no mínimo 88 kPa (66 cm de hg a 0ºC) durante pelo menos 15 min,
agitando o picnômetro durante intervalos regulares;
• Acrescentar água destilada até cerca de 1cm abaixo da base do gargalo e aplicar a
pressão de vácuo por 15 min;
• Acrescentar água destilada até cerca de 1cm abaixo da marca de calibração do
picnômetro;
• Deixar, em seguida, o picnômetro em repouso até que a temperatura do mesmo se
equilibre com a do ambiente;
• Com auxílio do conta-gotas, adicionar água destilada no picnômetro até que a base do
menisco coincida com a marca de referência;
• Enxugar a parte externa do picnômetro e a interna do gargalo acima da marca do
menisco;
• Pesar o conjunto picnômetro + solo + água, com resolução de 0,01g, e anotar como M2.
• Determinar logo a seguir, com resolução de 0,1g, a temperatura T do conteúdo do
picnômetro. Com esse valor, obter na curva de calibração correspondente, com
resolução de 0,01g, a massa do picnômetro cheio de água até a marca de referência, e
anotar como M3;
• Calcular a massa específica dos grãos do solo utilizando a fórmula:
𝑀1 𝑥100/(100 + ℎ)
𝜌𝑔 = 𝑥𝛿
[𝑀1 𝑥100/(100 + ℎ)] + 𝑀3 − 𝑀2 𝑇
• Onde:
• g = Massa específica dos grãos de solo em g/cm3;
• M1 = Massa do solo úmido;
• M2 = Massa do solo + picnômetro + água na temperatura T do ensaio;
• M3 = Massa do Picnômetro cheio de água até a marca de referência na temperatura T
do ensaio;
• T = massa específica da água, na temperatura T do ensaio, obtida na tabela anexa.
2) RESULTADOS
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TABELA 1: Registros dos dados coletados no ensaio
1 2 3
Média (g)
23
24
7 –GRANULOMETRIA COM SEDIMENTAÇÃO
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
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DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA
1. Estufa capaz de manter a temperatura entre 60o C e 65o C e entre 105oC e 110oC;
2. Balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,5 kg, 5 kg e 10 kg, com
resoluções de 0,01g, 0,1g, 0,5g e 1g, respectivamente, e sensibilidades
compatíveis;
5. Proveta de vidro, com cerca de 450 mm de altura, com traço de referência indicando
1.000 cm3 a 20o C;
26
7. Béquer de vidro, com capacidade de 250 cm3;
8. Tanque para banho, com dimensões adequadas à imersão das provetas até o traço
de referência, capaz de manter a temperatura da suspensão aproximadamente
constante durante a fase de sedimentação. Este banho é dispensável quando o
ensaio for efetuado em ambiente com temperatura aproximadamente constante.
12. Agitador mecânico de peneiras com dispositivo para fixação de até seis peneiras,
inclusive tampa e fundo;
16. Peneiras de 50, 38, 25, 19, 9,5, 4,8, 2,0 mm (peneiramento grosso), 1,2, 0,6, 0,42,
0,25, 0,15,e 0,075mm (peneiramento fino), conforme a NBR 5734;
1. Preparação da amostra
27
2. Operações preliminares
Basicamente, o ensaio será dividido em três partes, o que pressupõe a existência das
seguintes amostras:
b.1) cerca de 100 g são usados para determinação da umidade, executada com três
amostras de pelo menos 30 g ;
Lavar a parte retida na peneira de 2,0 mm (#10) a fim de eliminar o material fino
aderente e secar em estufa a 105o–110oC, até constância de massa.
3.1 Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50, 38,
25,19, 9,5, 4,8 e 2,0mm. Anotar com a resolução indicada em 4.2.1 as massas
retidas acumuladas em cada peneira. A soma de todas essas massas retidas (ou
o retido acumulado na peneira de 2,0 mm) será anotada com MG (massa do
material graúdo).
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Nota: Quando não se vai fazer o ensaio de sedimentação*, e a determinação da
distribuição granulométrica for feita apenas por peneiramento, proceder como se
segue com a fração fina:
a) Do material passado na peneira de 2,0 mm, tomar cerca de 120 g. Pesar esse
material com resolução de 0,01 g e anotar como Mh. Tomar ainda cerca de 100 g
para três determinações de umidade higroscópica [h] , de acordo com a NBR
6457; O valor do fator de correção da umidade deve ser anotado com quatro casas
decimais.
b) Lavar na peneira de 0,075 mm (nº200) o material assim obtido, vertendo-se
água potável à baixa pressão;
(recomenda-se usar junto uma peneira intermediária, como a de 0,25 mm, para
não sobrecarregar
a peneira nº 200, para aumentar sua durabilidade e evitar transbordamento, com
perda de solo. )
c) Proceder como descrito a partir de (5).
* A decisão de não fazer a sedimentação poderá ser tomada quando se verificar
que a proporção do material fino for tão baixa que este material não terá influência
significativa no comportamento do solo.
4. Sedimentação
4.1 Do material passado na peneira de 2,0 mm tomar cerca de 120 g, no caso de solos
arenosos, ou 70 g, no de solos siltosos e argilosos, para a sedimentação e o
peneiramento fino. Pesar esse material com resolução de 0,01 g e anotar como
Mh. Tomar ainda cerca de 100 g para três determinações de umidade
higroscópica (h), de acordo com a NBR 6457, o teor de umidade deve ser
expresso em porcentagem e calculado com duas casas decimais e o fator de
correção com quatro casas decimais;
4.2 Transferir o material assim obtido para um béquer de 250 cm3 e juntar, com auxílio
de proveta, como defloculante, 125 cm3 de solução de hexametafosfato de sódio
[3] com a concentração de 45,7 g do sal por 1 000 cm3 de solução. Agitar o béquer
até que todo o material fique imerso e deixar em repouso, no mínimo 12 horas.
29
4.3 Verter a mistura no copo de dispersão, removendo-se com água destilada, com
auxílio da bisnaga, o material aderido ao béquer. Adicionar água destilada até que
a hélice fique imersa e submeter à ação do aparelho dispersor durante cerca de
quinze minutos [4].
[4] Solos que contenham grãos susceptíveis de quebra podem ser dispersos em um intervalo
de tempo menor.
4.4 Transferir a dispersão para a proveta e remover com água destilada, com auxílio
da piceta, todo o material aderido ao copo. Juntar água destilada até atingir o traço
correspondente a 1 000 cm3; em seguida, colocar a proveta no tanque para banho
ou em local com temperatura aproximadamente constante. Agitar freqüentemente
a baqueta de vidro para manter, tanto quanto possível, as partículas em
suspensão. Logo que a dispersão atinja a temperatura de equilíbrio, tomar a
proveta e tampando-lhe a boca com uma das mãos, executar, com auxílio da
outra, movimentos enérgicos de rotação, durante 1 minuto, de forma que a boca
da proveta passe de cima para baixo e vice-versa.
[5] Recomenda-se repetir as três primeiras leituras. Para tanto, agitar novamente a
proveta, conforme descrito em (4.3.4) e refazer as leituras para os tempos de 0,5,
1,e 2 minutos.
4.6 Cerca de quinze a vinte segundos antes de cada leitura, mergulhar cuidadosa e
lentamente o densímetro na dispersão. Todas as leituras devem ser feitas na parte
superior do menisco, com interpolação de 0,0002, após o densímetro ter ficado
em equilíbrio. Assim que uma dada leitura seja efetuada, retirar o densímetro da
dispersão e colocá-lo em uma proveta com água limpa, à mesma temperatura da
dispersão.
30
Secar o material retido na peneira de 0,075 mm (nº. 200) em estufa, à
temperatura de 105o–110o C até constância de massa, e, utilizando-se o agitador
mecânico, passar nas peneiras de 1,2, 0,6, 0,42, 0,25,0,15, 0,075 mm. [6] Anotar com
resolução de 0,01g as massas retidas acumuladas em cada peneira.
[6] No caso de solos muito uniformes, pode ser necessário utilizar, tanto no
peneiramento fino como no grosso, peneiras intermediárias àquelas indicadas.
6. CÁLCULOS
MS = (MT-MG).fc + MG
onde:
MS = massa total da amostra seca;
MT = massa da amostra seca ao ar;
MG = massa do material seco acumulado retido na peneira de 2,0 mm;
fc = fator de correção da umidade = 100 / (100 + h);
h = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2 mm.
6.2 Calcular as porcentagens de materiais que passam nas peneiras de 50, 38, 19,
9,5, 4,8, e 2,0 mm, utilizando a expressão:
onde:
Qs = N.δ.V.δc.Lc / [(δ-δd).Mh.fc)]
onde:
Qs = porcentagem de solo em suspensão no instante da leitura do densímetro;
N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm, calculado como
indicado em (6.2);
δ = massa específica dos grãos do solo, em g/ cm3 ;
δd = massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g/ cm3 ;
V = volume da suspensão, em cm3;
δc = massa específica da água, à temperatura de ensaio, em g/cm3;
31
Lc = leitura corrigida = L – Ld + (erro causado pelo menisco)*;
L = leitura do densímetro na suspensão;
Ld = leitura do densímetro no meio dispersor ( ver anexo ), na mesma temperatura da
suspensão, durante o ensaio;
Mh = massa do material úmido submetido à sedimentação, em g ;
h = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm.
Para efeito de cálculo, considerar: δd = 1 g/cm3 ; V = 1 000 cm3 e δc = 1 g/cm3
onde:
6.5 Calcular as porcentagens dos materiais que passam nas peneiras de 1,2, 0,6,
0,42, 0,25, 0,15 e 0,075mm, utilizando-se a expressão
Qf = N.(Mh.fc-Mi)/(Mh.fc)
onde:
7. RESULTADOS
Q / Lc = N × δ / (Ps (δ -1))
33
34
TABELA DE PENEIRAS:
Tabela de abertura (mm) das peneiras da ASTM (mesh), utilizadas para a granulometria de
solos:
Peneira Abertura
(Mesh) (mm)
- 50,0
- 38,0
- 25,4
- 19,0
- 12,5
- 9,5
4 4,76
10 2,0
16 1,20
20 0,84
30 0,60
40 0,42
50 0,30
60 0,25
80 0,175
100 0,150
140 0,105
200 0,075
Observação: Tanto pode utilizar a abertura em Mesh (superior) quanto em milímetros (inferior).
Utilizar a unidade que tiver.
35
Classificação
NBR 6502/1995
36
DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO MÁXIMO DAS PARTÍCULAS PELO NOMOGRAMA
DE CASAGRANDE
A determinação do diâmetro máximo das partículas pela Lei de Stokes pode ser feita
utilizando-se o nomograma elaborado por Casagrande. A figura 7 fornece as indicações
necessárias para sua elaboração e a figura 8 apresenta um nomograma já construído. O
nomograma, constitui uma representação gráfica da Lei de Stokes, e é adaptável a
qualquer densímetro, desde que se tenha feito a correlação entre as alturas de queda e
as leituras do densímetro. Esta correlação pode ser feita no próprio nomograma,
marcando-se contiguamente à escala das alturas de queda as leituras correspondentes
do densímetro, lembrando, porém, que a correlação para as três primeiras leituras,
correspondentes aos tempos de sedimentação de 0, 5, 1 e 2 minutos, é diferente daquela
para as leituras subseqüentes. A chave para a utilização do nomograma está apresentada
na figura 8.
A) ligar os valores 2,56 e 21 , das respectivas escalas δ e T, por uma reta que cortará a
escala A no ponto 11,6;
C) uma terceira reta, ligando esse valor ao ponto 11,6 , na escala A, cortará a escala d no
ponto 0,028, que é o diâmetro máximo procurado das partículas em suspensão, para esse
exemplo.
37
38
8 – LIMITES DE ATTERBERG
Referências
Aparelhagem
EXECUÇÃO DO ENSAIO
39
2. Transferir parte da mistura para a concha, moldando-a de forma que na parte central a
espessura seja da ordem de 10 mm, evitando que fiquem bolhas de ar no interior da
mistura;
3. Dividir a massa de solo em duas partes, passando o cinzel através da mesma, de modo
a abrir uma ranhura em sua parte central, normal à articulação da concha, como indicado
na figura (4). O cinzel deve ser deslocando perpendicularmente à superfície da concha;
9. Repetir as operações (7) e (2) a (6) de modo a obter pelo menos mais três pontos do
ensaio, cobrindo o intervalo de 50 a 10 golpes de forma bem distribuída.
CÁLCULOS:
C1. Com os resultados obtidos, construir um gráfico no qual as abscissas (em escala
logarítmica) são os números de golpes e as ordenadas (em escala aritmética) são os
teores de umidade correspondentes e ajustar uma reta pelos pontos assim obtidos;
40
C2. Obter na reta o teor de umidade correspondente a 25 golpes, que é o limite de liquidez
do solo.
Cápsula
N° de Golpes
Massa Bruta Úmida (g)
Massa Bruta Seca (g)
Tara da Cápsula (g)
Massa da Água (g)
Massa do Solo Seco (g)
Umidade (%)
41
8.2 LIMITE DE PLASTICIDADE
Referências:
Aparelhagem:
De uma amostra previamente preparada de acordo com a norma NBR 6457 (seca
ao ar, destorroada, homogênea) deve ser separada por sucessivas passagens no
repartidor de amostras uma quantidade que permita que do passante na peneira 40
(0,42mm) sejam tomadas 250 gramas, para a execução dos três ensaios. Para cada
ensaio de determinação do LP serão separados cerca de 100 gramas.
ENSAIO:
42
2. Tomar cerca de 10 g da amostra assim preparada e formar com os dedos uma pequena
bola, que deve ser rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente da palma da
mão para lhe dar forma de cilindro (melhor usar os dedos, posicionados de forma
inclinada em relação à direção de movimento da mão);
6. Repetir as operações (2) à (5) para obter pelo menos três valores de umidade que
difiram de sua respectiva média menos que cinco por cento do valor dessa média. Na
prática, obtêm-se cinco ou seis valores, para que haja boa probabilidade de que pelo
menos três valores satisfaçam à esta condição (os que não a satisfaçam são
descartados).
IP = LL - LP
43
8.3 LIMITE DE CONTRAÇÃO
REFERÊNCIAS
APARELHAGEM
44
ENSAIO
45
RESULTADOS:
Onde:
Onde:
46
9 – COMPACTAÇÃO DE SOLOS
1. REFERÊNCIAS
2. INTRODUÇÃO
3. OBJETIVO
4. EQUIPAMENTOS
47
5. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
- Toma-se uma certa quantidade de material seco ao ar e faz-se o destorroamento até que
não haja torrões maiores que 4,8mm;
- Peneira-se a amostra na peneira no .4 (4,8mm) e em seguida determina-se sua umidade
higroscópica.
6. PROCEDIMENTO
- Adiciona-se água à amostra até se verificar uma certa consistência. Deve-se atentar para
uma perfeita homogeneização da amostra;
- Compacta-se a amostra no molde cilíndrico em 3 camadas iguais (cada uma cobrindo
aproximadamente um terço do molde), aplicando-se em cada uma delas 25 golpes
distribuídos uniformemente sobre a superfície da camada, com o soquete caindo de
0,305m;
- Remove-se o colarinho e a base, aplaina-se a superfície do material à altura do molde e
pesa-se o conjunto cilindro + solo úmido compactado;
- Retira-se a amostra do molde com auxílio do extrator, e partindo-a ao meio, coleta-se
uma pequena quantidade para a determinação da umidade;
- Desmancha-se o material compactado até que possa ser passado pela peneira nº
4 (4,8mm), misturando-o em seguida ao restante da amostra inicial (para o caso de reuso
do material);
- Adiciona-se água à amostra homogeneizando-a (normalmente acrecenta-se água numa
quantidade da órdem de 2% da massa original de solo, em peso). Repete-se o processo
pelo menos por mais quatro vezes.
7. CÁLCULOS
γd = (Sr.γs.γw)/(w.γs+Sr.γw)
Sr - Grau de saturação
w - Umidade
γs - Peso específico das partículas sólidas
γw- Peso específico da água.
48
8. RESULTADOS
8. RELATÓRIO E QUESTÕES
- Se usássemos um soquete mais pesado e caindo de uma altura maior, em que posição
ficaria a curva de compactação em relação a curva original?
49
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO – PROCTOR NORMAL
50
CURVAS DE COMPACTAÇÃO e SATURAÇÃO
s (g/cm3)
w (%)
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10 – ÍNDICE DE SUPOTE CALIFORNIA (ISC) ou CBR
1. REFERÊNCIAS
2. INTRODUÇÃO
3. EQUIPAMENTOS
4. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Expansão
- Coloca-se o disco espaçador no cilindro, cobrindo-o com papel filtro;
- Compacta-se o corpo de prova à umidade ótima (05 camadas e 55 golpes do
soquete caindo de 45cm) e, invertendo-se o cilindro, substitui-se o disco espaçador pelo
52
prato perfurado com haste de expansão e pesos. Esse peso ou sobrecarga corresponderá
ao do pavimento e não deverá ser inferior a 4,5kg;
Obs: Entre o prato perfurado e o solo coloca-se outro papel-filtro.
- Imerge-se o cilindro com o corpo de prova e sobrecarga no tanque durante 96
horas, de tal forma que a água banhe o material tanto pelo topo quanto pela base;
- Realizam-se leituras de deformação (expansão ou recalque) com aproximação de
0,01mm a cada 24h (Quadro 1);
- Terminada a “saturação”, deixa-se escorrer a água do corpo de prova durante 15
minutos e pesa-se o cilindro + solo úmido.
QUADRO 1
Tempo Data Hora Leitura no Diferença de
decorrido extensômetro leitura no
(dias) (mm) extensômetro
(mm)
Início
1
2
3
4
Altura inicial do
corpo de prova
(mm)
1. Penetração
- Instala-se o conjunto, molde cilíndrico com corpo de prova e sobrecarga, na
prensa;
- Assenta-se o pistão da prensa na superfície do topo do corpo de prova, zerando-
se em seguida os extensômetros;
- Aplica-se o carregamento com velocidade de 1,27 mm/min, anotando-se a carga
e a penetração a cada 30 segundos até decorridos o tempo de 6 minutos. Quadro 2.
53
QUADRO 2
6. CÁLCULOS
6.1 Expansão
Para calcular a expansão (%) do solo num dado instante usa-se o quociente:
54
Do gráfico obtém-se, por interpolação, as pressões associadas às penetrações de
2,5 e 5,0mm.
Gráfico de correção
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CBR ou ISC = [(Pressão calculada ou corrigida) / (Pressão padrão)] x100.
Obs: A pressão a ser utilizada será a carga obtida dividida pela área do pistão.
QUADRO 3
Penetração Pressão (MPa) ISC (%)
(mm) Calculada Corrigida Padrão
2,54 6,9
5,08 10,35
7. RESULTADOS
O resultado final para o CBR determinado, será o maior dos dois valores encontrados
correspondentes às penetrações de 2,5 e 5,0mm.
56
57
58
9. RELATÓRIO E QUESTÕES
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