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ESTUDO DE TÉCNICAS DE MPPT EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Robson Ruiz Spaduto, Luiz Carlos Gomes de Freitas


Núcleo de Pesquisa em Eletrônica de Potência (NUPEP); Faculdade de Engenharia Elétrica (FEELT);
Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Av. João Naves de Ávila, 2160 - Bloco 3N - Uberlândia - MG - Brasil
[email protected]; [email protected]

Resumo – Devido à natureza intermitente da energia corresponding experimental results will be presented in
solar, conversores estáticos destinados ao future work.
condicionamento da energia proveniente de módulos
fotovoltaicos precisam ser capazes de extrair máxima Keywords – Boost, DSP, MPPT, Photovoltaic Energy,
potência em qualquer condição de irradiância e/ou Perturb and observe.
temperatura. É neste contexto que se insere o presente
trabalho que prima pelo estudo e implementação de uma I. INTRODUÇÃO
técnica comumente utilizada para o Rastreamento do
Ponto de Máxima Potencia de módulos fotovoltaicos No Brasil, a principal fonte de obtenção de energia
(MPPT - Maximum Power Point Tracking), a qual é elétrica baseia-se na geração hidráulica, tendo também a
denominada Perturbe e Observe (P&O - Perturb and geração térmica com parcela significativa. As fontes
Observe). Os módulos fotovoltaicos foram acoplados a um alternativas e renováveis para geração de energia elétrica
conversor Boost para promover a elevação da tensão vêm apresentando um expressivo crescimento com o uso da
proveniente dos módulos e um Processador Digital de biomassa, dos ventos e de pequenas centrais elétricas. Todas
Sinais (DSP – Digital Signal Processor) foi utilizado para essas fontes foram impulsionadas principalmente pelo
implementação do código de controle desenvolvido. Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Resultados de simulação são apresentados para (PROINFA) [1].
comprovação da teoria exposta e um protótipo Outra fonte que vem merecendo atenção devido ao
experimental foi construído em laboratório para significativo crescimento nos últimos anos é a energia solar.
verificação da eficácia da referida técnica de controle. Os Essa energia é proveniente do sol, que pode ser utilizada
respectivos resultados experimentais serão apresentados como fonte térmica (aquecimento de fluidos, ambientes e
em trabalhos futuros. para geração de potência mecânica) e como fonte de geração
de energia elétrica. A primeira contribui para redução do
1Palavras-Chave – Boost, DSP, Energia Fotovoltaica, consumo de energia elétrica principalmente em residências,
MPPT, Perturbe e Observe. onde uma das maiores fontes de gastos com energia está
atrelada ao uso do chuveiro elétrico, a segunda está
condicionada ao uso de módulos fotovoltaicos, os quais,
STUDY OF MPPT TECHNIQUES IN
dependendo do arranjo adotado, pode tornar a instalação
PHOTOVOLTAIC SYSTEMS autossuficiente em energia. Por isso o inversor solar utilizado
para condicionamento da energia elétrica proveniente dos
Abstract - Due to the intermittent nature of solar módulos é dotado de técnicas de extração de máxima
energy, static converters for the conditioning of energy potência, devido à inerente característica intermitente da
extracted from photovoltaic (PV) modules need to be able energia solar.
to extract maximum power in any irradiance and/or No cenário da geração de energia elétrica a partir da
temperature condition. It is in this context that the energia solar, a utilização de módulos fotovoltaicos já se
present work once it concerns the study and tornou uma realidade. Há de se destacar que a Agência
implementation of a technique commonly used for Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a Audiência
maximum power point tracking of photovoltaic modules Pública n. 042/2011, que busca aumentar a instalação de
(MPPT - Maximum Power Point Tracking), which is geração distribuída de pequeno porte e alteração do desconto
called Perturb and Observe (P&O). The photovoltaic nas Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e
modules have been coupled to a boost converter to Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) para
promote the rise of the voltage from the PV modules, and usinas com fonte solar.
a Digital Signal Processor (DSP) was used to implement É neste contexto que se insere o presente trabalho que,
the control code developed. Simulation results are devido à necessidade de desenvolvimento de técnicas que
presented to prove the theory exposed and an possibilitem o uso mais eficiente da energia provinda dos
experimental prototype was built in the laboratory to painéis fotovoltaicos, tem como objetivo o estudo e
verify the effectiveness of this control technique. The implementação de técnicas de MPPT (Maximum Power
Point Tracking) em sistemas inversores para painéis
fotovoltaicos, utilizando, para tanto, uma plataforma didática
composta por um conversor Boost (estágio cc-cc) e um
inversor em ponte completa (Full-Bridge), consistindo,
portanto, numa configuração tipicamente encontrada em
sistemas inversores para painéis fotovoltaicos.

1
II. COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO varia com a irradiância de forma diretamente proporcional. A
ANALISADO tensão mantém-se praticamente constante.

A. Módulos Fotovoltaicos
O efeito fotovoltaico dá-se em materiais da natureza
denominados semicondutores que se caracterizam pela
presença de bandas de energia onde é permitida a presença
de elétrons (banda de valência) e de outra totalmente "vazia"
(banda de condução). As células fotovoltaicas são fabricadas,
na sua grande maioria, usando o silício (Si) e podendo ser
constituída de cristais monocristalinos, policristalinos ou de
silício amorfo. Uma célula individual, unidade de base de um
sistema fotovoltaico, produz apenas uma reduzida potência
elétrica, o que tipicamente varia entre 1W e 3W, com
uma tensão menor que 1V. A maioria dos módulos
Fig. 2. Curvas características da potência e da corrente pela tensão
comercializados é composta por 36 células de silício de um módulo fotovoltaico.
cristalino, conectadas em série, sendo que quanto maior for o
módulo, maior será a potência e/ou a corrente disponível,
ilustrado na Figura 1.

Fig. 1. Módulos fotovoltaicos

A característica de um módulo fotovoltaico, normalmente,


é dada por sua potência máxima (Pmáx). Devido a isso, este
valor acaba sendo considerado o mais importante, quando se
trata de caracterizar um determinado módulo. Porém, há
outros parâmetros que também apresentam a funcionalidade Fig. 3. Características da tensão e corrente em diferentes
do mesmo e que devem ser considerados, são eles: temperaturas – Módulo KD135SX-UPU
 Tensão de Circuito Aberto (Voc): é o máximo valor da
tensão nos terminais do módulo fotovoltaico, quando
nenhuma carga está conectada a ele. O seu valor é fornecido
pelo fabricante para determinadas condições de radiação e
temperatura;
 Corrente de curto-circuito (Icc): Corrente máxima que o
painel pode fornecer, sob determinadas condições de
radiação e temperatura, quando a tensão nos seus terminais é
nula e consequentemente a potência também é nula;
 Ponto de máxima Potência (MPP): Em um painel
fotovoltaico, para uma dada condição climática, só existe um
ponto na curva I x V onde a potência máxima pode ser
alcançada. Este ponto corresponde ao produto da tensão de
Pmáx e corrente de Pmáx.
A Figura 2 ilustra os parâmetros citados anteriormente.
Nas Figuras 3 e 4 são apresentadas as características
supracitadas para um módulo fotovoltaico da Kyocera
(KD135SX-UPU). Na Figura 3 observa-se que quanto maior
a temperatura, menor é a tensão nos terminais do módulo,
alterando, por consequência, o ponto de máxima potência.
Conforme evidenciado na Figura 4, o resultado de uma
mudança na intensidade de irradiância é uma variação na Fig. 4. Características da tensão e corrente em diferentes
irradiâncias - – Módulo KD135SX-UPU
corrente de saída para qualquer valor de tensão. A corrente

2
B. Estágio cc-cc – Conversor Boost

O conversor cc-cc a ser utilizado é o conversor Boost,


também conhecido como elevador de tensão, ou seja, tem a
possibilidade da elevação do nível de tensão na saída do
conversor. Com o controle do tempo de condução e bloqueio
da chave, controla-se a transferência da energia armazenada
no indutor de entrada que, por sua vez, será transferida para a
carga quando a chave estiver aberta. O conversor Boost a ser
analisado neste trabalho, o qual deve operar como estágio
cc-cc elevador de tensão dotado de técnica de MPPT para
conexão de um inversor conectado à rede elétrica (conversor
cc-ca) [2].

C. Estágio cc-ca – Conversor Full-Bridge


Fig. 5. Curvas de potências para diferentes irradiâncias [4]
O módulo cc-ca consiste em um conversor Full-bridge
que gera uma onda senoidal a partir de uma tensão contínua.
O funcionamento do inversor consiste no chaveamento em
alta frequência com largura de pulso variável, de tal sorte que
componentes harmônicos da tensão ca gerada são eliminados
pelo filtro passa faixa (filtro LC) utilizado na saída do
conversor. Em trabalhos futuros serão apresentados os
resultados práticos a serem obtidos com a integração do
estágio cc-cc e cc-ca projetados.

III. TÉCNICA DE MPPT

Devido a não linearidade da relação entre os parâmetros


de saída das células fotovoltaicas causadas por variações
climáticas (irradiação solar e temperatura) é necessária a
utilização de técnicas de extração da máxima potência
(MPPT – Maximum Power Point Tracking) para maximizar a Fig. 6. Curvas de potências para diferentes temperaturas [4]
produção de energia elétrica por um sistema fotovoltaico e
aumentar a eficiência global do sistema. As Figuras 5 e 6
ilustram as curvas de potência com a variação de irradiação e
temperatura, respectivamente. Analisando as figuras
supracitadas, observa-se que tensão e a corrente gerada em
um módulo fotovoltaico são extremamente dependentes da
insolação diária e da temperatura ambiente e apresentam um
comportamento não linear, surgindo, portanto, a necessidade
de se implementar técnicas de controle que sejam capazes de
rastrear o ponto de máxima potência (MPPT) em qualquer
condição de irradiação e/ou temperatura [3].
Neste ambiente, destaca-se que há nove técnicas de MPPT
amplamente difundidas na literatura, que são:

1. Razão Cíclica Fixa;


2. Tensão Constante;
Fig. 7. Fator de rastreamento dos métodos [4]
3. Perturbe e Observe (P&O);
4. Perturbe e Observe (P&O) Modificado;
Dentre os métodos avaliados conforme a literatura, o Beta
5. Condutância Incremental;
apresentou melhor desempenho no rastreamento do ponto de
6. Condutância Incremental Modificada;
máxima potência, porém, o P&O modificado merece atenção
7. Método Beta;
sendo este de fácil implementação. Uma das técnicas mais
8. Oscilação do Sistema;
utilizadas para o rastreamento do MPPT é o P&O [5].
9. Correlação de Ripple.
Por essa razão, no presente trabalho, devido à sua
eficiência e simplicidade, a técnica de controle denominada
O desempenho de cada uma delas no que tange à
Perturbe e Observe foi escolhida para fins de estudo e
eficiência no rastreamento do ponto de máxima potência e,
análises computacionais. A técnica P&O opera
por consequência, na produção de energia elétrica através de
periodicamente incrementando ou decrementando a tensão de
módulos fotovoltaicos foram avaliadas, conforme evidencia a
saída terminal do módulo e comparando a potência obtida no
Figura 7 [4].

3
ciclo atual com a potência do ciclo anterior. Caso ocorra if (erro_P = = 0)
alteração, como por exemplo, um aumento de potência, o else
ponto de operação é movido nesta direção caso contrário, o {if (erro_P < 0)
ponto de operação é movido na direção oposta. O fluxograma {if(erro_V < 0)
básico deste método é apresentado na Figura 8. VRef = VRef + deltaV;
Este método necessita dos sensores de corrente e de tensão else
para obtenção dos valores instantâneos da corrente (IPV(t)) e VRef = VRef - deltaV;}
da tensão (VPV(t)) nos terminais do módulo ou arranjo de else
módulos fotovoltaicos utilizados. {if(erro_V < 0)
VRef = VRef - deltaV;
else
VRef = VRef + deltaV;}}
V_ant = V;
P_ant = P;
y1 = VRef;
y2 = P;

Para fins de análise computacional, utilizou-se nesse


trabalho a plataforma computacional PSIM®. Esse programa
possui recursos muito eficientes para a implementação de
módulos fotovoltaicos, tornando possível a utilização de um
modelo físico de módulo fotovoltaicos disponíveis no
mercado. Através da ferramenta Solar Module pode-se
realizar a simulação de módulos com as características reais
fornecidas pelos fabricantes, fornecendo resultados
condizentes com a realidade.
Neste cenário, três simulações foram feitas utilizando o
conversor Boost. As duas primeiras coinsistem no circuito de
potência de um conversor Boost tendo como fonte um
módulo fotovoltaico real com técnica de controle digital
implementada através da ferramenta “C_BLOCK”. Na
primeira simulação, conforme ilustra a Figura 9, foi utilizado
um controlador PI para determinação dos pulsos de comando
Fig. 8. Fluxograma do método P&O [4].
da chave do conversor Boost e, por consequência, controle da
IV. ANÁLISE COMPUTACIONAL tensão nos terminais do módulo fotovoltaico. Para tanto, são
utilizados sensores de tensão e corrente para leitura destes
O código que proporciona o rastreamento do ponto de parâmetros nos terminais do módulo. A Figura 10 evidencia
máxima potência, aplicado no conversor Boost utilizando um que a tensão nos terminais do módulo fotovoltaico segue a
controlador por Histerese e um controlador do tipo PI referência de tensão, conforme desejado.
(Proporcional Integral) são apresentados a seguir. Estes
códigos foram implementados na plataforma PSIM
utilizando-se a ferramenta “C_BLOCK”. Na etapa de análise
experimental, este será transferido ao DSP para fins de
verificação da eficácia da técnica de controle analisada.

static float V = 0;
static float I = 0;
static float P = 0;
static float V_ant = 0;
static float P_ant = 0;
static float VRef = 19; Fig. 9. Simulação de um conversor BOOST tendo como fonte um
static float deltaV = 0.25; painel solar real com controle em DSP e controlador PI
static float erro_P = 0;
static float erro_V = 0;

V = x1;
I = x2;
P = V*I;
erro_P = P - P_ant;
erro_V = V - V_ant; Fig. 10. Formas de onda da tensão procurada e tensão de referência
utilizando PI

4
Na segunda simulação, o contrtolador PI foi substituído ponto de máxima potência, conforme ilustra a Figura 14. A
por um controlador por Histerese, conforme ilustra a Figura fim de verificar se diante de variações da irradiação solar e,
11. Esta evidencia que a tensão nos terminais do módulo por consequência, do ponto de máxima potência, são
fotovoltaico deve seguir a referência de tensão imposta, apresentados na Figura 15 os sinais de potência disponível no
conforme mostra a Figura 12. módulo (PPV), potência extraída do módulo (Ipv x Vpv),
tensão nos terminais do módulo (VPV), sinal de referência de
tensão (Vref) e, por fim, os sinais de corrente imposta no
indutor de entrada (Iind) e corrente do módulo fotovoltaico
(Ipv). Analisando a Figura 15, é possível concluir que a
técnica de MPPT implementada promove boa eficiência na
extração da máxima potência disponível nas duas condições
de irradiação solar analisadas (1000W/m² e 500W/m²).
Observa-se ainda que a resposta dinâmica do sistema é
rápida a tensão nos terminais do módulo segue o sinal de
referência desejado.
Fig. 11. Simulação de um conversor BOOST tendo como fonte um
painel solar real com controle em DSP e controlador por Histerese

Fig. 12. Formas de onda da tensão procurada e tensão de referência


utilizando histerese
Fig. 14. Conversor Boost tendo como fonte um painel solar com
Salienta-se que, devido à utilização de um comparador por
características reais, controlado por PI e com degraus de Irradiância
Histerese, observa-se uma pequena mudança na amplitude da
resposta dos incrementos e decrementos de tensão. Tal fato
evidencia que, tanto a técnica de MPPT quanto o controlador
utilizados, proporcionam desempenho diferente no que tange
à eficiência no rastreamento do ponto de máxima potência.
Para uma comparação entre o controle por PI com por
Histerese, são mostrados nas Figuras 13.a e 13.b um detalhe
dos sinais de tensão de referência e tensão nos terminais do
módulo durante as perturbações realizadas. Conclui-se,
portanto, que o controle com PI possui uma menor variação
em torno da referência desejada, reduzindo as perdas na
extração da máxima potência quando comparado ao
desempenho do controlador por Histerese.

Fig. 15. Formas de onda das Potências, Tensões e Correntes na


saída dos módulos fotovoltaicos comparados com as referências

V. ANÁLISE EXPERIMENTAL

A validação experimental dos estudos teóricos


realizados será baseada em uma plataforma originalmente
proposta para ensino de técnicas de controle baseadas em
(a) (b) DSP. Esta é consituída de quatro placas, sendo: um
Fig. 13. Formas de onda da tensão procurada e tensão de referência conversor cc-cc (Boost), um conversor cc-ca (Full-bridge),
a) PI; b) Histerese um kit desenvolvimento DSP F28335 Delfino da Texas®,
uma placa de aquisição contendo um sensor de tensão e um
Na terceira simulação foi utilizado o conversor Boost com de corrente, conforme ilustra a Figura 16.
controlador PI e, adicionalmente, foram impostos degraus de Iniciando as confecções com o conversor Boost, mostrado
irradiância para verificação da resposta dinâmica do na Figura 17. Junto ao conversor cc-cc foi realizado a
conversor e a eficiência do controle no rastreamento do montagem de placas de aquisição de sinais, com sensores de

5
tensão e corrente, ilustrado na Figura 18, no qual fornece as VI. CONCLUSÃO
medições usadas no código mostrado neste trabalho. Para
implementação dos códigos de controle, utilizou-se o Este trabalho apresenta o estudo e desenvolvimento de
microcontrolador DSP TMS320F28335 da Texas uma plataforma a fim de utilizar técnicas de controle de
Instruments®, ilustrado na Figura 19. MPPT (Maximum Power Point Tracking) para extração da
A plataforma didática em foco proporciona a aplicação de máxima potência proveniente de módulos fotovoltaicos. Para
técnicas de controle para os conversores Boost e Full-Bridge, tanto, foram realizados estudos teóricos e análises
objetivando o estudo e execução de técnicas de controle computacionais para fins de determinação das características
Maximum Power Point Tracking (MPPT) e de conexão de de desempenho das técnicas de MPPT reportadas na
sistemas fotovoltaicos à rede elétrica. Neste projeto, o literatura técnica especializada. Neste cenário a técnica de
principal objetivo é o estudo e manuseio de técnicas de controle denominado Perturbe & Observe foi escolhida para
MPPT utilizando o conversor Boost, conforme já implementação na plataforma computacional PSIM, no qual
evidenciado. Esta fase dos trabalhos se encontra em fase de o código de controle mostrado anteriormente foi avaliado.
implementação e os respectivos resultados serão Como visto, é possível fazer o controle dos parâmetros
apresentados em trabalhos futuros. dos módulos solares, mesmo sabendo da não linearidade do
mesmo devido à suas questões climáticas (irradiância e
temperatura). E como também mostrado, é possível concluir
que não somente a técnica de MPPT utilizada pode
proporcionar diferentes desempenhos na extração de máxima
potência, como também o tipo de controlador utilizado. No
qual foi mostrado que o controlador por PI possuiu um
melhor desempenho do que o por Histerese.
Também se conclui que a técnica usada promove uma
velocidade na resposta e uma ótima dinâmica em condições
de degraus de irradiância (de 500W/m² para 1000W/m² e de
Fig. 16. Plataforma de Treinamento. a) Conversor Boost b) Placa volta para 500W/m²), circunstâncias geralmente impostas
de aquisição de sinais; c) Inversor Full-bridge; d) DSP pelo clima, nuvens e horário de funcionamento.
TMS320F28835 [2] Os resultados alcançados foram animadores e motivaram a
construção de um protótipo para avaliação experimental dos
estudos realizados e os principais resultados a serem obtidos
serão apresentados em trabalhos futuros.

VII. REFERÊNCIAS

[1] L. PORTO; PROINFA: “Política pública de energia


renovável”. Net, Fortaleza, set. 2006. Acessado em 20 de
Maio de 2012 em:
http://www.mme.gov.br/programas/proinfa/galerias/arqu
ivos/apresentacao/politica_publica.pdf.
Fig. 17. Detalhe do conversor Boost construído [2] H. R. Muhammad, Eletrônica de Potência - Circuitos,
Dispositivos e Aplicações, Makron Books Ltda, 1999.
W. Leão, G. Lima, L. C. Freitas, E. A. A. Coelho, V. J.
Farias, L. C. G. Freitas, “Plataforma didática para
desenvolvimento e aplicação de técnicas de controle
baseadas em DSP em inversores monofásicos para
módulos fotovoltaicos”, in Proc. Of Conferência
Brasileira de Automação 2011, pp. 1-6.
[3] D. R. Carrijo, R. S. Ferreira, S. C. Guimarães Jr., J. R.
Camacho. “Uma Proposta de Técnica de Rastreamento
do Ponto de Máxima Potência de um Painel
Fig. 18. Detalhe da placa de sensores de tensão e corrente Fotovoltaico”. XVIII Congresso Brasileiro de
construída Automática, Bonito-MS. Setembro de 2010.
[4] M. A. G. Brito, L. G. Junior, L. P. Sampaio, C. A.
Canesin. “Avaliação das Principais Técnicas para
Obtenção de MPPT de Painéis Fotovoltaicos”.
INDUSCON; Novembro 2010.
[5] R. Faranda, S. Leva, V. Maugeri, "MPPT techniques for
PV Systems: Energetic and cost comparison"; Power and
Energy Society General Meeting - Conversion and
Fig. 19. Detalhe da placa do kit desenvolvimento F28335 Delfino Delivery of Electrical Energy in the 21st Century, 2008
da Texas® utilizado IEEE, pp.1-6, July 2008.

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