MyHug Como Me Preparar para Amamentar

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Como me

Preparar para
Amamentar
Sobre a autora
Tatiane, 33 anos, enfermeira, facilitadora em amamentação, mãe de dois meninos,
apaixonada pelo universo materno, que através da sua necessidade viu uma
oportunidade de ajudar, apoiar e empoderar outras mães a tomar as decisões
que elas acreditam ser as melhores para os seus filhos sem medo do julgamento.
E principalmente, com a transmissão da informação e experiência de mãe, seja
possível fazer parte da sua rede de apoio transmitindo conhecimento não só
para a mãe, mas para a família que irá nascer.

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~
Introducao

~
Passamos nove meses ou 40 semanas nos preparando para a chegada do bebê.
Mesmo que planejado ainda demora uns dias para a “ficha cair” que ali dentro
da nossa barriga, estamos gerando nosso bem mais precioso. Se eu pudesse
definir o primeiro trimestre em uma palavra seria: ANSIEDADE. Ansiedade
para confirmação da gravidez, para saber o sexo, para fazer o ultrassom, para
contar à família, enfim parece que as primeiras doze semanas demoram os
nove meses. A chegada do segundo trimestre é marcada pelo BEM – ESTAR , o
alívio do cansaço e dos enjoos aparecem finalmente, a barriga começa a crescer
e aí, muitas vezes, é nesse momento que a ficha cai e parece que o tempo está
passando muito rápido e temos mil coisas para preparar e resolver. Passado
mais 12 semanas, chegamos na RETA FINAL, o tão esperado último trimestre da
gestação. Nessa fase é hora de verificar o enxoval, fazer o chá de fraldas , já não
conseguimos achar uma posição confortável para dormir , as dúvidas, os medos
surgem do nada juntamente com uma auto confiança e uma força que nem
imaginávamos que poderíamos ter. Procuramos informação de tudo quanto é
lado, ouvimos todas as mais diversas experiencias possíveis e muito mas muito
palpite. Começamos a planejar o parto, intensificamos o cuidado com a nossa
pele, afinal está tudo esticando e precisamos evitar as estrias. Começamos a
nos apertar para ver se o colostro aparece, a dúvida: será que vou ter leite ou
não martela na cabeça. A essa altura já temos mil teorias formadas e temos a
resposta na ponta da língua de como vamos fazer ou se organizar com o bebê.
Nos preocupamos muito com o parto durante toda a gestação e principalmente
nesse último semestre. Planejamos, desenhamos, comunicamos a equipe sobre
como desejamos receber nosso bebê e a grande verdade é que esquecemos do
que vem depois, no caso o puerpério, mais especificadamente a amamentação.

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O leite materno não é o melhor do
mundo? Amamentar não é para ser
um ato natural, instintivo? Então, por
que se preocupar antecipadamente?
Por que me preparar ainda na ges-
tação para o ato de amamentar?

Ninguém nos conta que o puerpério pode não ser tão fácil assim e também
ninguém nos fala que pode ser muito prazeroso e que sim, é só mais uma fase
das muitas que estão por vir. E a pergunta mais comum e que eu mais ouço
nos primeiros dias pós parto: “por que não procurei por essas informações
antes?” Calma, é por isso que estou aqui, para que através desse e-book você
que ainda espera seu bebê, possa conhecer não só a importância e o benefícios
que a amamentação pode trazer para você e sua família mas também para
frisar o quanto é indispensável procurar por informações de qualidade, ainda
na gestação, sobre o ciclo da amamentação: A DÚVIDA, A DOR, O PRAZER E
A SATISFAÇÃO.

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Por que amamentar?
Parece óbvio, mas quando ainda na maternidade começamos a enfrentar
algumas dificuldades, nos perguntamos por alguns instantes: “mas porque
tudo isso?” “Será que vale a pena?”
Por essas e outras perguntas é que devemos estar muito bem informadas não
só sobre os benefícios do leite materno, mas também sobre todo o processo
fisiológico, psicológico e hormonal da amamentação.
Os benefícios e vantagens são inúmeras. Vou citar os principais defendidos
arduamente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde
(MS) para a mãe e bebê:

Para o Bebê:
»
»Maior contato com a mãe;
»
»Melhora a digestão e minimiza as cólicas;
»
»Reduz o risco de doenças alérgicas;
»
»Previne contra doenças contagiosas, como a diarreia.

Para a Mãe:
»
»Diminui o sangramento no pós-parto;
»
»Acelera a perda de peso;
»
»Reduz a incidência de câncer de mama, ovário e endométrio;
»
»Evita a osteoporose;
»
»Protege contra doenças cardiovasculares, como o infarto;
» tem custo;
»Não
» sempre na temperatura certa.
»Está

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Antes de mais nada, o desejo da mãe deve ser sempre ouvido e respeitado. Vale
lembrar que saber mais afundo sobre essas informações ainda na gestação,
facilita no enfrentamento das dificuldades que podem surgir ou não.
Segundo o ministério da saúde qualquer criança, pode, e deve, se alimentar
apenas de leite materno nos primeiros meses de vida, não precisando comer ou
beber água ou chás, pois nele há tudo que o bebê necessita para estar nutrido,
crescer e se desenvolver com saúde.
O leite materno é o único alimento que fornece nutrientes importantes para
o desenvolvimento cerebral, que combate infecções, protege a criança contra
bactérias e vírus, e evita diarreias. O ministério da saúde ainda alega que
crianças amamentadas com leite materno tendem a se recuperar como mais
facilidade quando ficam doentes.
A natureza é perfeita. O corpo se encarrega e se responsabiliza em produzir um
alimento “poderoso” e bem específico para nossos bebês. Não podemos esquecer
que todo esse processo é fisiológico e natural e isso não significa que seja fácil,
mas sim que só devemos confiar em nosso corpo e que salvo alguns casos, não
precisamos de nenhum estímulo mecânico ou artificial para que o processo
ocorra.

É como dizem:
Na gravidez é que
a mágica acontece.

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Quais as dificuldades mais comuns relatadas
~ relacionadas ao ato de amamentar?
pelas maes
Muitas vezes, nos primeiros dias de vida do bebê, uma série de sentimentos nos
invadem e inúmeras perguntas surgem na nossa cabeça. É comum pensarmos
que essas dificuldades só acontecem com a gente , afinal todo mundo ao redor
fala que amamentar é maravilhoso, prazeroso e faz muito bem ao neném. A
verdade é que em alguns meses realmente tudo se torna fácil, automático e
acabamos esquecendo que só atendemos nosso desejo devido a muita paciência,
treino e uma rede de apoio efetiva.
Compartilho com vocês algumas dúvidas que surgem e que pode acreditar: É
COMUM A TODAS. Sim, em algum momento na gestação ou no pós parto, essas
dúvidas são NORMAIS e elas são necessárias para que desperte em vocês mães
a necessidade de procurar as respostas o quanto antes para que quando chegar
a hora de colocar o bebê para mamar vocês se mantenham tranquilas e seguras.
Separei 5 perguntas das mais comuns que inclusive
vivenciei nas minhas duas gestações e vivencio quase
todos os dias nos meus atendimentos.
Vale ressaltar que as respostas são baseadas em
estudos científicos reconhecidos e orientados pela
Organização Mundial de Saúde, porém o desejo
de cada mulher é único e deve ser respeitado. O
limite da mãe é o que deve prevalecer.
1) O meu bebê está satisfeito?
2) O meu leite é suficiente?
3) Quanto tempo o bebê precisa ficar no seio?
4) Quanto tempo tenho que colocar para arrotar?
5) Meus seios estão feridos, o que devo fazer?

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O comportamento do bebê nos primeiros dias de vida varia muito. É difícil
afirmar o nível de saciedade dele através da quantidade de leite ingerida, isto
a gente não sabe. Porém, precisamos prestar atenção em alguns sinais bem
importante que vão muito além daquilo que a gente quer ver: o leite.

O leite propriamente dito irá


“descer” aproximadamente de
três a cinco dias após o parto,
independente do tipo de parto.

O colostro é o alimento do bebê nas primeiras/dias de vida. O estômago do bebê tem


uma capacidade gástrica de mais ou menos 5 a 6 ml mais ou menos no primeiro
dia de vida, ou seja, algumas gotas de colostro são capazes de saciar o bebê.
E aí que vem a grande dúvida? Será mesmo suficiente essa quantidade , uma
vez, que ele pede/procura o seio o tempo todo?
E a resposta é: SIM.
Pois o recém nascido tem a necessidade de
contato, vínculo, sucção e não vai querer estar
no peito mamando somente por saciedade.
Uma vez que, a mãe e a rede de apoio têm
essa informação, a mãe se entrega para o
ato de amamentar , o bebê faz inúmeros
estímulos fisiológicos fazendo com que a
fácil a “descida do leite” aconteça de forma
natural e gradual como deve ser.
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O que a dupla mãe – bebê precisam é de muita paciência e treino, por isso nos
primeiros dias é indispensável que a mãe procure ficar tranquila e confortável e
de preferência com o bebê no peito para que consiga o “encaixe perfeito”. Dessa
maneira, é imprescindível que não se estabeleça TEMPO para o bebê mamar,
seguir a livre demanda a fim de que as necessidades do bebê nesse momento
sejam atendidas.
Quando o bebê largar o peito aí sim é a hora de colocá-lo para arrotar. Lembrando
que o arroto é originado do ar que possivelmente engolimos. Portanto, caso o
bebê não tenha engolido ar é provável que não arrote. Mesmo assim, após a
ingestão de leite materno ou fórmula, o bebê SEMPRE deve ser colocado de
“pezinho” sobre o ombro por mais ou menos 20 min antes de deitá-lo no berço,
carrinho ou qualquer outro lugar.
As fissuras também podem aparecer e ser um
fator dificultador para mãe durante o período da
amamentação nosprimeirosdias.Primeiramente,
precisamos identificar a pega desse bebê ao seio
da mãe, geralmente pega incorreta machuca os
mamilos da mãe. Uma vez que corrigida a pega,
os machucados ainda podem surgir devido ao
atrito da língua/boca do bebê ao mamilo da
mãe, pois são “poucas” gotas de colostro para
um bebê que vai e deve sugar muito o peito
dessa mãe. O cicatrizante mais eficiente que o
Ministério da Saúde recomenda é o próprio leite
materno passado sobre os ferimentos deixando
os mamilos secarem “sozinhos” sem estarem em
contato com absorventes de seios, conchas etc.
Alguns médicos obstetras recomendam o uso
de pomadas à base de lanolina que também
podem ajudar. além disso, a laserterapia está sendo muito recomendada por
vários profissionais como tratamento adjuvante nas fissuras mamilares.
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O preparo das mamas para
~ durante a gestacao
amamentacao ~

~
~
Antes de falarmos sobre o que e como devemos preparar mamas e mamilos para
a amamentação durante a gestação, vamos entender como o corpo se prepara
fisiologicamente para o ato de amamentar.
Desde o primeiro trimestre de gestação as mamas sofrem ação hormonal
capaz de multiplicar o sistema ductal. Um aumento e escurecimento da aréola
também fica perceptível.
As glândulas de montegomery (glândulas da aréola) aumentam, alongam e
secretam uma substância capaz de fazer a proteção da aréola e do mamilo.
Com o passar dos trimestres , glândulas, ductos e alvéolos vão se multiplicando
com o intuito de garantir uma boa produção de leite .
Mas porque saber de tudo isso? Para entender de que não precisamos passar
NADA nas mamas e nos mamilos durante a gestação. O corpo se encarrega de
prepara -los para o ato de amamentar.

Mas e o que eu posso fazer então


para me preparar para amamentar?

Conhecer seu corpo é fundamental, como por exemplo, o volume dos seios, o tipo
de mamilo. Não utilizar buchas para “calejar” os mamilos, isso pode tirar toda
a proteção realizada pelas glândulas presentes na aréola. Não utilizar bicos ou
conchas para “ fazer o bico”, isso pode acarretar trabalho de parto prematuro
devido ao estímulo.
E por fim, mas não menos importante é fundamental preparar a mente, confiar
no poder que você tem para produzir o alimento para seu filho.
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~
Tipo de Parto x Amamentacao

~
Qual é o melhor tipo de parto?
O melhor tipo de parto é o tem a melhor indicação clínica. E o tipo de parto
interfere na amamentação? De forma alguma. Nenhum tipo de parto interfere
ou impede que a mãe amamente seu bebê. O que ocorre é que por algum motivo
o leite, em algumas mães submetidas a cesariana, pode demorar para descer.
O nome técnico da descida do leite chama-se apojadura. A apojadura nada
mais é que o “empedramento”, mamas cheias, endurecidas e doloridas. Esse
fenômeno ocorre entre o terceiro e quinto dia pós - parto. Para a aquela mãe
que teve sua cesárea agendada e que não entre trabalho de parto tem a descida
do leite por volta do quinto dia, fato que leva a mãe a pensar que não tem leite
ou que seu leite é insuficiente.
A verdade é que nas primeiras horas de vida, o bebê ingere o colostro chamado
por alguns especialistas de a “primeira vacina” do bebê que serve mais como
uma proteção do que alimento propriamente dito. Quanto antes o estímulo de
sucção iniciar no peito da mãe e quanto mais esse bebê sugar, mais cedo pode
ocorrer a descida do leite.
O ato de amamentar é natural e fisiológico. O bebê a termo (que nasce a partir
das 37 semanas) possui o reflexo de busca e ao contato com a mãe se
dirige ao seio dela instintivamente (na maioria das vezes).
Com uma ajudinha aqui outro ajuste ali é possível a dupla mãe – bebê
consigam o encaixe perfeito e a amamentação se torna prazerosa e
indolor.
Se mãe e bebê estiverem em boas condições, o contato pele a
pele e a amamentação logo após o nascimento poderão ser
realizados, seja parto normal ou cesariana.

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~
A hora ouro da amamentacao

~
A “Golden hour” como é conhecida mundialmente nada mais é que a
amamentação imediata ou até dentro de uma hora após o parto. A OMS
(Organização Mundial de Saúde) recomente que o bebê seja amamentado o
quanto antes após o nascimento se a dupla mãe – bebê estiverem em boas
condições e se for o desejo da mãe.
O início precoce da amamentação protege o recém-nascido de infecções e reduz
a mortalidade neonatal, e é provável que todo o processo para a descida do leite
seja mais rápido e mais tranquilo e, consequentemente, traz tranquilidade para
mãe fazendo com o que a amamentação se prolongue por muito mais tempo. O
aleitamento materno exclusivo por seis meses traz inúmeros benefícios não só
para o bebê, mas para a mãe também.
A Sociedade Brasileira de Pediatria afirmar que “a sucção da criança faz a mãe
produzir e liberar a ocitocina, um hormônio que ajuda na contração do útero,
fazendo com que a mãe perca menos sangue após o parto e, consequentemente,
tenha menor risco de desenvolver anemia. Se o bebê sugar antes de a placenta sair,
a ocitocina liberada pela amamentação pode acelerar a expulsão da placenta.
A amamentação logo após o parto é importante também para o vínculo afetivo
entre a mãe e o bebê, além de ajudar na “descida do leite”. Nem todo o recém-
nascido está pronto para sugar imediatamente após o parto, mas ele deve ser
colocado em contato direto pele a pele no abdômen/tórax da mãe,
se ambos estiverem em boas condições e se esse for o desejo da
mulher. Hoje se sabe que o contato pele a pele logo após o parto
faz o recém-nascido se adaptar mais rapidamente à vida
fora do útero, promove o vínculo mãe-bebê e é bom para
o estabelecimento da amamentação. Além disso, esse
contato íntimo entre mãe e filho faz com que a mãe passe
para o bebê os micróbios de sua pele, que vão protegê-lo
contra infecções.”
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Chegamos em casa... e agora?
Como saber se meu leite e´ suficiente?
Quando chegamos em casa com o bebê, dentre outras muitas dúvidas e medos
que surgem, um deles é saber se o leite é suficiente. Como eu citei anteriormente,
a descida do leite pode ocorrer alguns dias após o parto. E é normal associarmos
o fato de o bebê chorar por horas ou querer ficar muito tempo sugando o peito
da mãe com a fome.
A verdade é que bebe não chora só de fome ele também quer segurança. E o
lugar mais seguro será no colo da mãe e muitas vezes sugando.
O segredo está na mulher confiar e acreditar que seu próprio corpo é capaz de
produzir o alimento para seu filho. O estado psicológico influencia diretamente
na produção de leite materno.
E como saber se o bebê está fazendo uma transferência de leite efetiva?
Primeiramente, esse bebê precisa sugar no peito da mãe o quanto ele quiser por
quantas vezes ele pedir, isso se chama livre demanda. As eliminações do bebê
nos primeiros dez dias nos dizem muito sobre o quanto ele está ingerindo. Um
bebê que mama leite materno exclusivo deve aparecer sempre xixi na fralda e o
cocô é praticamente a toda mamada e no quinto dia espera-se que a cor esteja
bem amarela. O peso do bebê nem sempre será o único indicativo de que ele está
mamando o suficiente, será levado em consideração uma série de fatores, como
os citados acima.

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~
O quarto trimestre da gestacao

~
Os primeiros três meses de vida do bebê é considerado o quarto trimestre de
gestação por alguns autores. Isso porque, acredita -se que o bebê ‘’ainda não sabe
que saiu da barriga da mãe’’ e tende a reproduzir que o que fazia no ambiente
intra – uterino. Nessa fase a mãe precisa de cuidados tanto quanto o bebê. E a
rede de apoio efetiva dessa mãe é que vai garantir que ela se mantenha calma,
tranquila a fim de passar a segurança que o bebê deseja e necessita.
Esse período dos três meses pós parto também é chamado de exterogestação em
vez da placenta, o colo passaria a simular o ambiente quente e seguro, necessário
para o desenvolvimento da criança. Quem descreve essa teoria é o antropólogo
antropólogo inglês Ashley Montagu mas a teoria ficou mesmo reconhecida
quando o Dr Harvey Karp criou técnicas para acalmar recém-nascidos através da
reprodução do ambiente em que antes viviam. E assim surgiu a “Técnica do 5 “S”:
1) Swaddling (embrulhar): embrulhe o bebê em um
cueiro;
2) Side-lyung (deite-o de lado): com ele embrulhado,
vire-o de lado, segurando-o como se fosse uma bola de
futebol americano, com a barriguinha um pouco para
baixo.
3) Shushing ( fala “shhh”): isso é instintivo, mas
não custa lembrar: este som tem efeito
calmante.
4) Swinging (balançar): é instintivo
balançar ou embalar o bebê, de
forma rítmica.
5) Sucking (sugar): quando o bebê usa
os músculos para sugar.

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E é por isso que a livre demanda é tão importante. Não estabelecer horários e
tempo de duração das mamadas faz com que o bebê sinta se mais seguro e a
mãe não tenha necessidade de introduzir estímulo de sucção mecânico , como
a chupeta por exemplo caso esse não seja um desejo dela.
É importante lembrar que o bebê nunca chora à toa. O choro nos primeiros meses
de vida é a única forma de comunicar que algo está errado. Ainda que ele esteja
limpo e bem alimentado, muitas vezes chora por necessidade de aconchego e
calor humano. Por isso, falar que bebê novinho (recém-nascido até 3 meses ou
mais) chora para manipular “negativamente” os pais não têm sentido. Bebês
novinhos simplesmente não tem maturidade neurológica para tanto.
O som que o bebê ouvia dentro do útero,
semelhante ao ‘’shshhshh” que fizemos,
muitas vezes por instinto, é semelhante
ao som do secador de cabelo ou máquina
de lavar e aspirador de pó. Hoje é possível
baixar esses sons denominados de
ruídos brancos em aplicativos próprios
para bebê. Lembre-se de ligar esses sons
quando estiver tentando acalmar o bebê,
mas cuidado para o aparelho celular
para não deixar muito próximo ao bebê.

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~
Rede de apoio e a amamentacao

~
O que você entende sobre rede de apoio? Pois bem, a rede de apoio não se trata
somente do pai do bebê ou da mãe da mãe. A rede pode ser construída por
amigas, parentes, vizinhos , colegas de trabalho e profissionais, enfim pessoas
em que a mãe confia e que estarão ao lado dela sem que ela manifeste um
pedido de ajuda.
Cada grupo desses tem seu papel fundamental na nova fase da família. É uma
ajuda mútua.
Uma rede de apoio precisa ser presente, mas não só lá na hora da visita ou da
“passadinha”. A rede de apoio efetiva deve perceber os primeiros sinais de que
a mãe precisa de ajuda seja na casa, seja para sair, seja com o bebê. Ela precisa
estar presente desde a barriga, encorajando essa mãe que vai nascer.
A mãe deve elencar sua rede de apoio ainda na gestação, contando com as
pessoas que apoiam e respeitam suas decisões.
A presença da figura paterna (quando houver) no momento da amamentação
faz toda a diferença servindo de alicerce para a mãe durante toda a mamada.
Familiares e amigos mais próximos devem respeitar o desejo da mãe em relação
as visitas. Oferecer ajuda quanto aos afazeres domésticos e principais refeições.
Evitar palpites desnecessários e manter a mãe segura, tranquila e reservada
caso esse seja o desejo dela.
A mulher deve ser muito bem informada ainda na gravidez sobre a amamentação.
E esse é o papel dos profissionais de saúde que irão acompanhar a gestação e o
puerpério.
O grande desafio hoje é empoderar não só a mãe, mas também toda a família
que nasce junto com o bebê. Estamos vindo de uma geração, no qual, acredita
que a fórmula infantil é tão melhor quando o leite materno. Porém, salvo raras
exceções, a mulher deve ser empoderada a manter o aleitamento materno
exclusivo até os 6 meses, caso seja esse o desejo dela.
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~
E qual o segredo da amamentacao

~
A verdade é que não há segredo, nem uma fórmula mágica. Mas se eu pudesse
descrever em palavras o que precisamos ter para que o ato de amamentar seja
realmente prazeroso eu citaria:

PACIÊNCIA, TÉCNICA,
CONFIANÇA E TREINO

»
»PACIÊNCIA = talvez vocês sintam dor nesse período e o bebê vai demandar
muito peito, vão ser várias mamadas em intervalos curtos. Deixe o bebê sugar,
capriche nas massagens e deixe a aréola bem macia, assim irá facilitar para o
bebê abocanhar.
»
»TREINO = para conseguir fazer aquele encaixe perfeito- a famosa “pega
correta”.
»
»TÉCNICA = para posicionar o bebê a fim de manter a dupla mãe/bebê
confortáveis e tornar esse momento prazeroso.
»
»CONFIANÇA = para que naqueles momentos em que você passar horas como
bebê no peito e ele ainda continuar chorando você saber que não é fome, que
ele chora por outros motivos e que o peito não é só alimento é acalento.

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~
Consideracoes Finais

~
Durante o e-book eu citei algumas vezes que a amamentação é um processo
biológico e natural. Porém. Não nascemos sabendo abocanhar a aréola da mãe
e fazer o movimento e sugar, respirar e engolir de maneira coordenada. Sim
temos o instinto, mas precisamos treinar até que definitivamente seja realmente
automático.
O que eu desejo a você mãe? É que tenha muita paciência e curta cada minuto
desse momento maravilhoso que talvez você só irá entender quando estiver com
seu pequeno em seu seio, pois a sensação é indescritível.
O mantra “é só uma fase e vai passar’’ é real, os primeiros dias passam e em
pouco tempo temos a sensação de que nascemos para isso.
Treine, informe-se durante a gestação e no pós parto , assim você vai garantir
uma experiência extraordinária.

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Bibliografia
»
»Carvalho, Marcus Renato de Amamentação: bases científicas/ Marcus
Renato de Carvalho, Cristiane F. Gomes – 4 ed. Rio de Janeiro : Guanabara
Koogan,2019.

»
»Manual de aleitamento materno – 1 edição : DCAM – SBP : Departamento
Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria

»
»Diretrizes para promoção do aleitamento materno. Disponível em: https://
www.paho.org/bra/index

»
»Amamentação. Disponível em: http://www.aleitamento.com

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»»Educação do Sono
»»Introdução Alimentar
»»Amamentação e cuidados com o Bebê

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