A Cultura Do Inhame 2024

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (DCBIO)


CURSO DE AGRONOMIA
CULTURA DE RAÍZES E TUBÉRCULOS (BIO563)

A CULTURA DO INHAME

Prof.: Lucas Kennedy S. Lima

Feira de Santana - BA
2024
INTRODUÇÃO

Alternativa para
A cultura do Fonte de No Brasil ampliar o
Importante papel
inhame alimento especialmente no consumo e
Socioeconômico
(Dioscorea spp.) importante Nordeste aumentar a renda
dos agricultores

2
INTRODUÇÃO

Dioscorea cayennensis
• Inhame, Dioscorea spp.,
Classificação Monocotiledônea,
Botânica • Dioscoreaceae

• Zonas Tropicais da Ásia e


Oeste da África
Origem

Dioscorea alata
Principais • Dioscorea cayennensis
(inhame amarelo) – Oeste da
Espécies África
Cultivadas • Dioscorea alata - Ásia
3
INTRODUÇÃO
O inhame é uma planta herbácea da Rico em
família das Dioscoreaceae, originária da
África.
Vitaminas do
complexo B
A sua produção no Brasil se destaca na
Região Sudeste e Nordeste.

Carboidrato

Minerais

5
Não se transformam
Rico em carboidratos
rapidamente em açúcares ou
complexos
gorduras

Inhame Fonte de vitaminas C, A, E, K

Minerais Mg, Fe, Ca, P e K

D. insipida; D. dumetorum
Algumas espécies contem
elevados teores de alcaloides
tóxicos (dioscorina)
Causam paralisia no sistema
nervoso
6
Composição
Nutricional e
mineral

7
Devido ao elevado teor de
Bom para os ossos
Ca e P

Neutracêuticos, ajuda a
Limpeza do sangue
Inhame
expelir impurezas do corpo

Presença de antioxidantes
e vitamina C
Proteção contra radicais
livres
Associada a muitos tipos de
câncer

Controle da pressão
Devido aos teores de K
arterial
8
VALOR DE PRODUÇÃO (MIL REIAIS)

Em plantios tecnificados a
produção de túberas
comerciais poderá alcançar as
médias de 20 a 25 t/ha.

Utilizando-se os sistemas de
cultivo tradicionais, a
produtividade fica entre 9 a
12t/ha.

9
10
Produção 2017 (t)

10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000

0
2791
27256
104.285 t

69092
152.237 mil reais

3420 1727
Produção 2017 t

5000
10000
15000
20000
25000
35000
40000
45000
50000

30000

Espírito Santo 0 46003


Minas Gerais 10721
Paraíba 10046
Pernambuco 7796
Rio de Janeiro 6586
São Paulo 5782
Bahia 4706
Paraná 3236
Alagoas 3095
Rondônia 2430
Goiás 1303
Sergipe 1057
Maranhão 473
Distrito Federal 375
Roraima 255
Santa Catarina 153
Acre 56
Ceará 53
Mato Grosso 41
Rio Grande do Norte 30
Rio Grande do Sul 30
Amazonas 25
Pará 12
Tocantins 7
Mato Grosso do Sul 7
PRODUÇÃO NACIONAL

Amapá 6
Piauí 0
11
CONDIÇÕES DE CLIMA E
SOLO

12
CLIMA
Bons
Exigente
rendimentos
Temperatura
• 1000 a • 60 a 90%
1600 mm • 24 a 30 °C Não produz Fotoperíodo
bem de 12 h
anuais
Umidade
Precipitação
relativa Ambiente
sombreado

Tolerante a pequenos períodos de estiagem

Não suporta geadas e solos encharcados

No estádio de maturação pode provocar apodrecimento


13
SOLO
Solos de pH 5,5 a 6,5 Solos
textura Os solos mais compactados
arenosa e indicados são e encharcados
Produção satisfatória

Produção satisfatória

Não é recomendado
média os de baixada, Solos
Profundos, planos, com argilosos
bem boa drenagem Terrenos com
drenados, declividade
arejados e
férteis, ricos e
MO
14
SOLO

Solos argilosos
Improprio para o
Desenvolvimento Dificuldade de armazenamento e
lento penetrar no solo comercialização

Deformação Dispendiosa
Apodrecem mais
Ferimentos rapidamente
Dificuldade na inviabilizando a
colheita comercialização
Raízes danificadas

Raízes quebradas
15
ESPÉCIES, CULTIVARES E
PROPAGAÇÃO

16
T U B É R C U L O C U LT I VÁV E I S
ESPÉCIES E CULTIVARES
Dioscorea
cayennensis
Inhame é uma planta
Dioscorea
monocotiledônea rotundata
• Família Dioscoreaceae, Gênero:
Dioscorea Dioscorea alata

Herbácea, trepadeira Dioscorea trifida

• 600 espécies no gênero


Dioscorea esculenta
17
ESPÉCIES

18
Dioscorea rotundata

19
NORDESTE BRASILEIRO

Dioscorea cayennensis
cv. Da cv São
Costa Tomé

Dioscorea Dioscorea
cayennensis

Dioscorea alata
alata

Recomendada
Plantada em
e mais
menor escala
plantada
20
Dioscorea cayennensis

21
Dioscorea alata

22
MORFOLOGIA

23
PROPAGAÇÃO

Os pequenos
A propagação
Propagado por Inteiros ou pedaços pedaços inteiros
vegetativa é o
meio de tubérculos- daqueles de são superiores
método utilizado
sementes tamanho grande como material de
comercialmente
plantio

24
Explorado em regiões tropicais do mundo por Produção natural
pequenos e médios produtores

Os custos com aquisição de tubérculos sementes


Capação

Obtenção de túberas-
representam em média de 25 a 50% do custo total de
produção.

Superadensamento

semente
Nas últimas décadas

Redução da área plantada


Produção de
Indisponibilidade de mudas verdadeiras
material de propagação
de qualidade Elevado custo de
Túberas-semente
Micropropagação

Redução de oferta no Estaquia


mercado
25
PRODUÇÃO NATURAL

Com peso de até A quantidade


Colheita realizada 700 g produzida é
Cultivar Da Costa aos 270 dias após selecionadas insuficiente para
o plantio como sementes gerar um novo
ou inhaminhos plantio

A produção de Principalmente
Cultivar São
sementes é nos plantios
Tomé
significativa não adubados
26
Peso médio de 200 g.

CAPAÇÃO não necessitam se


seccionamento,
dificultando a infecção

Cavar lateralmente os Retira-se o tubérculo


matumbos ou comercial e enterra a
Técnica secularmente camalhões descobrindo planta novamente para
Colheita das raízes
utilizada pelos o tubérculo e formação de
tuberosas aos 210 dias.
agricultores separando no ponto de tubérculos pequenos
ligamento com a parte (“mamas” ou
aérea da planta sementes).

Formação de túberas
pequenas. Colhidas com
90 dias
27
SEMENTES DE
INHAME OBTIDAS POR
CAPAÇÃO

28
SEMENTES BROTADAS

29
SUPERADENSAMENTO
Plantar pedações de 70 a 100 g de inhame Espaçamento 20 x 20 Ou 25 x 25 cm (160 mil
tubérculo sementes cv Da Costa cm (250 mil plantas/ha) plantas/ha)

Para o plantio, eliminar


Canteiros com 1,20 m tubérculo-sementes Revestir os tubérculos Realizar adubação
de largura com sintomas de cortados com cinzas orgânica
nematoides

Vantagem de
Ponto de colheita
Colheita dos tubérculos apresentar um número
quando as plantas Senescência das folhas
em torno de 200 g elevado de tubérculos
alcançam à maturação
sementes
30
PRODUÇÃO DE MUDAS VERDADEIRAS

Etapas
• Condições • Plantio em
controladas sementeira
• Escolha de túbera
• Sementeiras (30 a 50 cm) • Transplantio para o
campo (20 a 30 cm)
• Tratamento
preventivo
Produção de
Etapas
mudas

31
PRODUÇÃO DE MUDAS VERDADEIRAS

Início no estado de Pernambuco

• Eficiente pois proporciona uniformidade nos


estantes de plantas.

Maior número de túberas produzidas

• Menor redução nos custos de produção.

Menor quantidade de sementes

32
MICROPROPAGAÇÃO
Estabelecimento
Seleção de Multiplicação
dos explantes in
plantas matrizes dos brotos
vitro

Alongamento e
Aclimatação das
enraizamento Individualização
plantas
dos brotos

Transferência
para campo
Processo de micropropagação de inhame, A - Corte das túberas, B - Plantio dos pedaços da túberas em
areia, C - Brotações da túberas, D - Retirada de porções do caule com gemas laterais, E - Desinfestação dos
caules, F - Redução dos caules em câmara de fluxo laminar, G - Inoculação das gemas axilares em meio de
cultura, H - Brotações das gemas inoculadas em meio de cultura e I - Plantas de inhame in vitro em estádio
de multiplicação. Fonte: Simões, 2013 33
MANEJO DO
CULTIVO

34
ESPAÇAMENTO E DENSIDADE DE PLANTIO
SEMIMECANIZADO EM SISTEMA DE
CAMALHÕES

1,20 x 0,60 m 13.888 plantas/ha Recursos


financeiros
Utilizados em para aquisição
1,20 x 0,50 m 16.666 plantas/ha função da
Mais disponibilidade
1,20 x 0,40 m 20.833 plantas/ha adensados de tubérculo
sementes
1,00 x 0,60 m 16.666 plantas/ha

1,00 x 0,50 m 20.000 plantas/ha

1,00 x 0,40 m 25.000 plantas/ha

0,80 x 0,40 m 31.250 plantas/ha


35
PLANTIO DE
INHAME EM
TUCANO-BA
PLANTIO NÃO MECANIZADO

1,20 x 0,60 m 13.888 plantas/ha Maior investimento


do agriculto

1,00 x 0,60 m 16.666 plantas/ha


Maior quantidade de
tubérculo-semente

1,20 x 0,80 m 10.416 plantas/ha


Espaçamento mais
adensado

1,00 x 0,80 m 12.500 plantas/ha Para maiores


produções

37
Parâmetro importante
para implantação

Chuva
Depende Disponibilidade de

ÉPOCA DE material propagativo

PLANTIO Feito de janeiro a


Cultivo de sequeiro março

Cultivo de Irrigado Setembro a outubro

38
PREPARO DO SOLO

Limpeza da
• Necessário para o área • Aração e gradagem
bom crescimento e antes do plantio
• Retirar materiais
desenvolvimento • Incorporar restos
que possam limitar
da planta de culturas
o desenvolvimento
do tubérculo
Preparo
Recomendação
adequado

39
PLANTIO
Os matumbos são
Camalhões com Facilita o
Pode ser realizado feitos
enleiramento desenvolvimento
em matumbos ou manualmente com
tracionado por dos tubérculos e
camalhões enxadas (0,40 x
trator 50 a 70 cm colheita
0,40 m)

Os tubérculos sementes Boa qualidade sem


Utilizar sementes Sem danos mecânicos Proveniente de culturas
devem ser plantados no podridão verde, isenta
maduras de 30 a 60 dias ou causados por pragas bem conduzida de
alto e no centro da cova de nematoides da casca
de repouso fisiológico e doenças variedade comercial
a 10 cm de profundidade preta

40
ENLEIRAMENT
O TRACIONADO
P O R T R AT O R

41
I- Estádio de dormência fisiológica

• Período do plantio à brotação das túberas-semente, de 20 a 80 dias, dependendo do tempo e das condições
de armazenamento das mesmas, que após a colheita normalmente permanecem em repouso por mais ou
menos três meses. Após este período, as túberas iniciam a brotação, em condições de armazenamento ou
plantadas.

II- Estádio vegetativo

• Período da brotação ao início do florescimento, aos 80 a 180 dias, onde a planta atinge seu crescimento
máximo aos 180 dias após o plantio. Caracteriza-se por quatro fases morfológicas bem distintas: brotação,
surgimento das primeiras folhas, formação de ramos primários e formação de ramos secundários, as quais
ocorrem aos 20 a 80, 90, 120 e 150 dias do plantio, respectivamente.

III- Estádio reprodutivo

• Período do início da floração ao secamento das flores, aos 180 a 210 dias do plantio, no qual ocorre a
maturação parcial da túbera que pode ser colhida para fim comercial, através da "capação", quando existe
demanda por sementes.

IV- Estádio fisiológico de maturação

• Período do término da floração à colheita, aos 210 a 270 dias após o plantio, sendo caracterizado pelo
murchamento e secamento do caule, ramos e folhas das plantas.
42
43
44
TAMANHO OU PESO DA TÚBERA-
SEMENTE
Semente ideal

Plantio túberas de 200 a 250 g.

Entretanto, se o solo tiver alta


fertilidade as túberas deverão ser
menores, pesando entre 100 a 150 g

45
SEMENTE D. alata – SÃO TOMÉ

46
LEIRAS OU CAMALHÕES
47
COVAS ALTAS MATUMBOS
48
ADUBAÇÃO ORGÂNICA

Para o cultivo do inhame


A adubação orgânica e um
importante meio de fornecer 12,5 t de esterco
nutrientes para o inhame
de curral ha Considerando
espaçamento de
1,20 x 0,60 m esta
O esterco bovino e de aves Ou 4 t de esterco dosagem
propiciam melhoria das
propriedades físicas químicas de aves corresponde a 900
g de esterco ou
e microbiológicas do solo 288 g de esterco
Aplicados no de aves por planta
Melhoram a textura plantio
favorecendo a aeração e
desenvolvimento das raízes e
retenção de água
49
50

DISTRIBUIÇÃO
DO ADUBO
ORGÂNICO
ADUBAÇÃO ORGÂNICA
51
ESPÉCIES
ADUBAÇÃO VERDE RECOMENDADAS

Crotalária

Inhame Guandu
• Utilização • Fonte de nitrogênio
principalmente de • Reduz a infestação de
leguminosas • Incorporadas ao solo nematoides
• Antes ou durante o antecedendo o plantio
• Infestação de plantas
cultivo • Em consórcio até a espontâneas
Alfafa
floração (90 dias após
emergência).
Adubos verdes Vantagens Feijão de
porco

Mucuna-
preta
52
MANEJO QUÍMICO DO Deverá ser realizada após análise
do solo da área de plantio,

SOLO seguindo-se recomendações de


adubação

• Em cobertura, de
forma parcelada,
Nitrogenada aos 60 e 90 dias
após o plantio

• Aplicação única no
plantio
Fosfatada

• Parcelada, no
plantio e cobertura
Potássica

53
54
Nutrients contents in plant
parts of D alata grown at a
forest site in central Côte
d’Ivoire in 2003.

55
Nutrients contents in plant parts of D. alata grown at a
forest site in central Côte d’Ivoire in 2003.

56
T O TA L N U T R I E N T S
EXPORTED BY
D I O S C O R E A A L ATA
GROWN IN A
FERRALSOL IN
CENTRAL CÔTE
D’IVOIRE. SIMILAR
PAT T E R N WA S
OBSERVED FOR D.
R O T U N D ATA .

57
58
Peso médio e
produtividade total
de túberas de inhame
colhido aos sete e
nove meses adubado
com doses de P2O5.
Areia, CCA-UFPB,
2009.

59
Produtividade comercial de túberas e percentagem de túberas classificado como primeira de inhame, colhido aos sete e
nove meses, em função de doses de fósforo. Areia, CCA-UFPB. 2009.

60
61
A aplicação de potássio exerce efeitos positivos no inhame aumentando o
rendimento produtivo da cultura e melhorando a qualidade das túberas comerciais;

A dose de 184 kg ha-1 de potássio proporciona a obtenção de máxima produtividade


econômica no inhame.
62
P R O D U Ç Ã O D E I N H A M E ( D I O S C O R E A C AY E N N E N S I S )
ADUBADO COM DOSES DE NITROGÊNIO E TIPOS DE
T U TO R A M E N TO

63
64
Afeta o meio ambiente
TUTORAMENTO pela retirada de varas

Sistema individual com Vara de 1,80 m 2,5 cm

Dois sistemas de condução


varas de comprimento
Fundamental
Planta para Sistema mais utilizado
trepadeira de orientação do
caule herbáceo crescimento da Utilizar estacas de sabia
planta ou eucalipto

2 a 2,20 m de
comprimento

Sistema de espaldeira Distância de 8 a 10 m

Máximo 50 m de arame

1,40 m de altura

65
SISTEMA INDIVIDUAL
66
TUTORAMENTO COM ESPALDEIRA
67
CUSTO
ENTRE OS
SISTEMAS
DE
CONDUÇÃO

68
MANEJO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS
Fase crítica
Quatro primeiros
meses
Reconstituição dos
Prática indispensável camalhões e matumbos
e amontoa são práticas
importantes para
Água proteger as raízes.
Manejo

Concorrência Luz

Realizar amontoa em
Cobertura Consórcio com

paralelo às capinas
CO2 morta leguminosas

Utilizada pelos
pequenos produtores
Capina manual Controle
Sombreamento
10% do custo de químico
produção
69
ALGUMAS ESPÉCIES INFESTANTES
Cenchrus echinatus Eleusine indica Mimosa sensitiva Cyperus rotundus

Capim- Capim-pé-
Malícia Tiririca
carrapicho de-galinha

Digitaria insularis Amaranthus retroflexus Portulaca oleracea Euphorbia heterophylla

Capim- Amendoim
Bredo Beldroega
amargoso bravo

70
IRRIGAÇÃO

71
Esta recomendação
A irrigação poderá ser
proporciona resultado
Para a cultura do inhame, realizada aplicando-se
satisfatório de
o fornecimento de água uma lâmina média de
crescimento,
deve ser mantido durante 22,50 mm na frequência
desenvolvimento
todo o de irrigação de cinco dias,
vegetativo e
tempo de crescimento correspondendo a uma
produtividade máxima da
dos tubérculos e floração. necessidade diária de 4,5
cultura, em solos de
mm.
texturas arenosa e média.

72
Método de irrigação
Escolha dependerá:

Superfície Qualidade e
Características
disponibilidade
do terreno
da água
Aspersão
Oferta de
Disponibilidade
Localizada material no
financeira
mercado

73
Irrigação por superfície
Menor custo de
implantação

Depende da sistematização
do terreno

Baixa eficiência no uso da


água
Baixa declividade para
evitar erosão
Na cultura do inhame pode
ser realizada via sulco
Declividade do sulco entre
0,1 e 1% valor máximo de
2%.
74
Aspersão convencional
Irrigação por aspersão

Raio de alcance que pode


Autopropelido “aspersores gigantes”
passar dos 100 m

Linha suspensa, com


Pivô central Movimento circular
diversos aspersores

Os aspersores devem ser


Toda a planta é molhada
localizados sobre as folhas

Adequada para pequenas Não utilizar mais de um Observar características


áreas tipo de aspersor da área

75
Aplicação de água Região explorada pelo Pequenas vazões de alta
Irrigação localizada
diretamente sistema radicular frequência

Em geral montados de forma Irrigação pode ser realizada


fixa por setores

Linhas laterais formadas por


Importante a presença de Perfuradas para instalação de
mangueiras de polietileno de
filtros emissores
baixa densidade

Microaspersor

Gotejador

76
ASPECTOS
FITOSSANITÁRIOS

77
PRINCIPAIS PRAGAS

• Pseudoplusia
Lagarta da
• Principal praga nos cultivos de
folhagem inhame

• Cortes irregulares e arredondados


Danos entre as nervuras
• Redução da AF

• Acúmulo de excrementos de cor


Danos negra sobre as folhas e o solo

• Período chuvoso
Surgimento • Excesso de irrigação
78
LAGARTA DA FOLHAGEM
É um lepidóptero de coloração verde-claro

Medindo de 25 a 35 mm de comprimento, possuindo uma linha clara, branco-amarelada em toda a extensão


lateral-mediana do corpo.

Os adultos são mariposas de hábitos noturnos, de


coloração marrom pardacenta.

As fêmeas depositam os ovos sobre as folhas, que servem


como alimentos durante o desenvolvimento das lagartas,
produzindo orifícios irregulares, cortes e rendilhamento
do limbo foliar, provocando sérios prejuízos à cultura.
79
80

Broca do caule Xystus arnoldi


Outras pragas

Cupim-do-solo Syntermes molestus

Broca-do-tubérculo-
do-inhame

Cochonilhas

Formigas
Atta spp.
cortadeiras
NEMATOIDES
As meloidoginoses do inhame são doenças causadas por nematoides do gênero Meloidogyne.
Duas espécies desse gênero incidem com maior frequência sobre o inhame, no Nordeste do
Brasil: Meloidogyne incognita e Meloidogyne arenaria.

Apresentando alta incidência e severidade nas áreas de produção, ocasionando, em muitos


casos, elevados prejuízos à produção e à comercialização.

O Meloidogyne incognita é o nematoide mais encontrado, que provoca danos ao sistema


radicular, com a formação de inúmeras galhas (partes hipertrofiadas) dentro das quais vive
como parasita.

Túberas parasitadas por Meloidoginose apresentam pequenos tumores superficiais ou galhas


irregularmente distribuídas sobre suas cascas, chegando a cobrir toda a extensão das mesmas.
Uma proliferação anormal de raízes secundárias é um outro sintoma frequente nas túberas de
inhame, também parasitadas pelo mesmo nematoide, tornando-as "cabeludas".
81
NEMATOIDE DA CASCA PRETA

A necrose aumenta
Agente etiológico Necrose superficial de
rapidamente e, em poucos
Scutellonema bradys; coloração negra ou
dias, toda a polpa do
Pratylenchus e nematoides marrom, que se aprofunda
tubérculo torna-se
do gênero Meloidogyne de 2 a 3 cm
inapropriada para consumo

82
Scutelonema bradys – O NEMATOIDE DA CASCA
PRETA DO INHAME
Camarões

África Nigeria
Fêmeas Machos
De 0,88 a De 0,85 a Kenia Mais 10 países
1,1 mm 1,0 mm
Índia

Ocorrência
Ásia
inhame, demostrando a região

Paquistão
anterior e a região terminal
Fêmea do nematoide-do-

América do Norte Estados Unidos

Barbados
América Central
Costa Rica Mais 11 países

Brasil
América do Sul
Venezuela
83
• São escassos na literatura
Bridge (1973) • Manifestam quando a
• Mostrando o limiar de dano população excede 1000
econômico • Baixas populações não indivíduos por 50 g de casca
resultam em lesões • Populações podem exceder
perceptíveis na casca das 300.000 nematoides por 50 g
Túberas de casca (Adesiyan et al.,
• Pequenos pontos amarelos 1975).
abaixo da casca
Sintomas
Estudos
externos

84
• Não se tem duração em relação ao ciclo
de vida de S. bradys
Biologia

• Em condições de armazenamento
Temperatura temperatura de 22 a 32 °C e UR de 40 a
85% favorece a multiplicação do
e umidade nematoide em comparação a temperatura
de 16 a 18 °C e UR de 80 a 85%.

85
Sintomas
Em plantas de inhame os nematoides se
comportam como endoparasitas migratórios Não são
Parte aérea
perceptíveis

Planta
Pontos amarelados
abaixo da epiderme

Extensas lesões
Penetram em raízes e Túberas jovens, necróticas
podendo penetrar em rachaduras Túberas
Evolui para
coloração escura

Rachaduras podem
ocorrer
Nas Túberas os nematoides se restringem aos
tecidos subepidérmicos, peridérmicos e
parenquimáticos da superfície onde se
alimenta de conteúdo celular
86
IMPORTANTE
Desde o primeiro relato do
P. coffeae nematoide Pratylenchus
coffeae em Pernambuco no
ano de 1995, nota-se
600 nematoides prevalência dessa espécie
suficiente para como agente causal da
causar danos
doença casca preta no
Nordeste do Brasil e cada
1000 causam vez menos a ocorrência de
danos severos na
qualidade das
S. bradys.
Túberas

87
88
MEDIDAS DE CONTROLE
Realizar aração
Seleção rigorosa de Limpeza e
gradagem e Calagem quando
material tratamento dos
escarificação do necessário
propagativo tubérculos semente
solo

Realizar a colheita
Incorporação de
aos 210 dias
adubos verde na Rotação de culturas Adubação orgânica
(severidade casca
floração
preta 8 meses)

Remoção de Uso de plantas Uso de


restos vegetais antagonistas manipueira
89
QUEIMA DA FOLHAGEM OU PINTA-
PRETA
A queima da folhagem conhecida também como pinta preta, Geralmente, a doença
causada pelo fungo Curvularia eragrostidis (Menezes, 1988), é ocorre em regiões com alta
responsável por grandes prejuízos à cultura do inhame, no umidade relativa do ar e com
Nordeste brasileiro. chuvas e temperatura entre 21 e
Reduzir de 30 a 40% o peso das Túberas. 30 °C

O patógeno, em condições favoráveis de temperatura e


umidade relativa do ar, afeta seriamente a plantação de
inhame, provocando a formação de manchas mais ou menos
circulares e necróticas nas folhas e nas hastes da planta.

Esta enfermidade ocorre na parte aérea da planta, ramos,


pecíolos e folhas, podendo chegar a destruir toda a folhagem
e comprometer inteiramente a produção.

90
Clorotalonil,
Controle Controle
grupo químico
preventivo integrado
isoftalonitrila

Flutriafol grupo
Comum aplicação Atenção com
químico dos
de fungicidas restos de culturas
triazóis

MAPA, 2020- dois Controle biológico


Semanal ou
produtos para (Trichoderma spp.
quinzenal
controle Bacilus)

91
ANTRACNOSE – Colletotrichum gloeosporiodes
Caule, pecíolo e Túberas
Concentrado nas folhas também podem sofres
danos

Principalmente pelo ar e
respingo de chuvas
Pequenas manchas de
Sintomas

Se espalha através de
coloração marrom escura
insetos e ferramentas
ou preta Modo geral causa maiores
danos em regiões quentes
com elevada umidade
Cercada de um halo
clorótico
Extensas necroses das
folhas
As lesões aumentam de Sobrevive em restos de
tamanho culturas
Abscisão foliar prematura e
morte do caule
Sobrevive nos tubérculos
colhidos
Reduz a eficiência
Túberas menores
fotossintética
92
Controle
Pousio da área Controle químico
preventivo

Cinco produtos
Controle integrado Rotação de culturas registrados no
MAPA

Estudos na área de
Uso de genótipos Remoção de
controle biológico
resistentes plantas infestantes
ainda são limitados

Plantio na época
Práticas culturais
adequada

93
OUTRAS DOENÇAS
Viroses

Gêneros Potyvirus e Badnavirus,


podendo ocorrer infecções simples e
mistas (ANDRADE, 2007; NJUKENG et
al., 2014).

94
DOENÇA DE PÓS-COLHEITA CAUSADAS
POR FUNGOS Fusarium spp.

As doenças de pós- Ferimentos Aspergillus spp.


colheita em túberas

Espécies que podem atacar


de inhame são
resultantes de Durante o cultivo
Rhizopus sp.

na pós-colheita
infecções por
patógenos, Ação de insetos Botryodiplodia
principalmente theobromae Pat.
fungos.
Nematoides
Muccor
circinelloides Tiegh.,
Colheita
Sclerotium rolfsii
Sacc.
Transporte
Penicillium spp.
Armazenamento
95
P O D R I D Ã O V E R D E - E S TA
DOENÇA TEM COMO AGENTE
CAUSAL O FUNGO Penicillium
sclerotigenum

Po d r i d ã o a q u o s a - A G E N T E
CAUSAL O FUNGO Rhizopus
oryzae
Tú b e r a i n fe c t a d a
apresenta, internamente,
t e c i d o s a fe t a d o s c o m u m a
podridão-aquosa, úmida,
profunda, de coloração rósea
clara.
96
97

COLHEITA
DO INHAME
Produção
Beneficiamento
• Amarelecimento das comercial • Colheita realizada aos
folhas 210 dias
• Secagem dos ramos • Nove meses após o • Utilizando a técnica de • Seleção e limpeza dos
plantio capação do inhame tubérculos e
• Os tubérculos atingem armazenamento para
a maturação total boa conservação do
produto.
Produção de
Época
sementes

Ventilação
Cura temperatura
necessária para Inspeção regular
entre 30 a 40 °C UR
remover CO2 e das Túberas
90 a 98%; 4 a 7 dias
fornecer O2
98
ARMAZENAMENTO
Abaixo dessa
Redução da
Lugar fresco e temperatura ocorre
temperatura (10 a
arejado desordem
15 °C)
fisiológica

Utilização de
Evitar
Sombreado radiação para evitar
empilhamento
a brotação

Utilização de GA
Podem ser As Túberas devem
estende a
armazenados por 3- ser limpas e
dormência entre 9 a
8 meses colocadas à sombra
13 semanas
99
100
ARMAZENAMENTO
DO INHAME

102
103
PRODUTIVIDADE Qualidade física das
sementes

Qualidade sanitária

Variação
das sementes
Irrigado
•15 a 20 Densidade de plantio
t ha •25 a 30
t ha Condições adequadas
Sequeiro de plantio

Uso de tecnologias
apropriadas

104
OBRIGADO

Lucas Kennedy S. Lima (83) 99632-7275 [email protected]

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