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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Número do 1.0000.22.289229-1/000 Númeração 2892291-


Relator: Des.(a) Beatriz Pinheiro Caires
Relator do Acordão: Des.(a) Beatriz Pinheiro Caires
Data do Julgamento: 15/03/2024
Data da Publicação: 21/03/2024

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI


MUNICIPAL, DE INICIATIVA PARLAMENTAR, QUE DISPÕE SOBRE A
PUBLICAÇÃO, NO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, DOS NOMES E
OUTRAS INFORMAÇÕES RELACIONADAS AOS EMPREGADOS DAS
EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS -
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL POR VÍCIO DE INICIATIVA - NÃO
CARACTERIZAÇÃO - INICIATIVA CONCORRENTE - NORMA DIRIGIDA
INDISTINTAMENTE AOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO -
INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL - OBRIGATORIEDADE DE
DIVULGAÇÃO DOS SALÁRIOS PAGOS POR EMPRESAS PRIVADAS A
EMPREGADOS TERCEIRIZADOS QUE PRESTEM SERVIÇO À
ADMINISTRAÇÃO, BEM COMO DE INFORMAÇÕES RELACIONADAS A
TODOS OS EMPREGADOS DESSAS EMPRESAS, MESMO AQUELES
CUJAS ATIVIDADES NÃO TENHAM CORRELAÇÃO COM O PODER
PÚBLICO - VIOLAÇÃO DO DIREITO À INTIMIDADE - EXIGÊNCIA
DESPROPORCIONAL - CONSTITUCIONALIDADE DA DIVULGAÇÃO DE
OUTRAS INFORMAÇÕES RELACIONADAS AOS EMPREGADOS
TERCEIRIZADOS - INTERESSE PÚBLICO PRESENTE - PEDIDO
JULGADO PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. Tendo em vista que a norma
impugnada versa sobre transparência nas contratações realizadas pelo
Poder Público municipal, não tratando da estrutura ou da atribuição de
órgãos do Poder Executivo, nem do regime jurídico de seus servidores
públicos, descabe falar em reserva de iniciativa para deflagrar o projeto de lei
respectivo. 2. Consoante decidido pelo Supremo Tribunal Federal, é
inconstitucional a obrigatoriedade de divulgação dos salários pagos por
empresas privadas a empregados terceirizados que prestem serviço à
administração direta e indireta do município, por caracterizar violação à
privacidade dos envolvidos, considerando que os pagamentos não derivam,
necessária e integralmente, do contrato administrativo. 3. De

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igual forma, afigura-se inconstitucional a obrigatoriedade de divulgação dos


dados de todos empregados contratados pelas empresas que prestem
serviço à Administração, incluindo aqueles cujas atividades não estejam
relacionadas com a prestação de serviços ao ente estatal, por não haver
interesse público que legitime a divulgação de tais informações, preservadas
pelo direito à privacidade. 4. É compatível com as Constituições Estadual e
Federal a previsão, em lei, da necessidade de divulgação de informações
relativas aos empregados terceirizados que prestem serviços em órgãos e
entidades da Administração - como o "nome", "cargos que ocupam", "órgãos
de lotação", "empresa a qual estão ligados", "número do contrato" e "data
inicial e final do devido contrato de prestação de serviços" -, porque presente
o interesse público, no que concorre para exercício do controle externo
institucional e popular, não representando violação do direito à privacidade e
não constituindo dados pessoais sensíveis (vide artigo 5º, inciso II, da Lei
13.709/2017 - LGPD). 5. Inexistência, ademais, de outros vícios na legislação
impugnada, sejam formais, sejam materiais.

AÇÃO DIRETA INCONST Nº 1.0000.22.289229-1/000 - COMARCA DE


ITABIRITO - REQUERENTE(S): PREFEITO MUNICIPAL DE ITABIRITO -
MG - REQUERIDO(A)(S): PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE
ITABIRITO

ACÓRDÃO

Vistos etc., acorda, em Turma, o ÓRGÃO ESPECIAL do Tribunal de


Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos,
em JULGAR PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO DA AÇÃO
DIRETA PARA DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL DO
ARTIGO 1º DA LEI 3.779/2022 DO MUNICÍPIO DE ITABIRITO/MG.

DESA. BEATRIZ PINHEIRO CAIRES

RELATORA

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DESA. BEATRIZ PINHEIRO CAIRES (RELATORA)

VOTO

Trata-se de ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida


cautelar, proposta pelo Prefeito do Município de Itabirito/MG, buscando a
declaração de inconstitucionalidade da lei municipal 3.779/2022, que "dispõe
sobre a publicação, no portal da transparência do Município, dos nomes e
outras informações relacionadas aos empregados das empresas prestadoras
de serviços terceirizados que atuam junto à Administração Pública direta e
indireta no Município".

Aponta-se a inconstitucionalidade formal subjetiva da norma, por vício de


iniciativa, porquanto a citada Lei teria tratado da organização e estrutura do
Poder Executivo, "incluindo contratação de pessoal e sistema de
armazenamento de dados para alimentação do portal da transparência
municipal", o que caracterizaria violação ao princípio da separação entre os
poderes.

Sustenta-se, nesse sentido, que a lei municipal, "ao criar a


obrigatoriedade de publicação dos nomes e outras informações relacionadas
aos empregados das empresas prestadoras de serviços terceirizados que
atuam junto à Administração Pública Municipal Direta e Indireta, adentra
nitidamente em matéria tipicamente administrativa, cujas premissas se
inserem diretamente na esfera de exclusiva iniciativa do chefe do Poder
Executivo".

Invoca-se como parâmetro de controle de constitucionalidade, sob a ótica


formal, os artigos 66, inciso III, alíneas "b", "e" e "f", e 90, incisos II, V e XIV,
combinados com os artigos 173, 176 e 177 da Constituição do Estado de
Minas Gerais.

Defende-se, ainda, a existência de vício material na norma

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impugnada, tendo como parâmetro o artigo 5º, incisos X, XII e XXXIII, da


Constituição Federal, à alegação de violação do "princípio do sigilo das
informações de terceiros alheios à competência da Administração Pública
sem sua anuência, o que culmina em contrariedade à Lei Geral de Proteção
de Dados - LGPD e aos Princípios Constitucionais".

Relativamente ao pedido de medida cautelar, a Câmara Municipal


pugnou pelo seu indeferimento, quanto a douta Procuradoria-Geral de
Justiça se manifestou no sentido do indeferimento.

Na sessão de 09 de agosto de 2023, o Órgão Especial deste Tribunal, à


unanimidade, deferiu parcialmente o pedido de medida cautelar para
suspender, com efeitos ex nunc, a expressão "vencimentos mensais",
constante do artigo 1º da Lei Municipal 3.779/2022.

O Presidente da Câmara Municipal reiterou, no mérito, a


constitucionalidade da lei questionada, seja formal ou material, ao
fundamento de que "não cria deveres para o Poder Executivo municipal que
lhe onerem, não extrapolando limites constitucionais, pois apenas pede no
portal da transparência municipal, de nomes e outras informações
relacionadas aos empregados das empresas prestadoras de serviços
terceirizados que atuam junto à Administração Pública direta e indireta do
Município de Itabirito/MG".

Por sua vez, a Procuradoria-Geral de Justiça se manifestou no sentido da


procedência do pedido.

É o relatório.

Conforme relatado, o Prefeito do Município de Itabirito ajuizou a presente


ação direta questionando a constitucionalidade da Lei Municipal 3.779/2022,
cujos dispositivos são os seguintes:

Art. 1º O Poder Executivo e Legislativo, bem como os demais órgãos da


Administração Pública direta e indireta do Município de Itabirito, deverão
publicar em seus sítios na internet, a cada mês, o nome dos

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empregados, cargos que ocupam, vencimentos mensais, órgãos de lotação e


empresa a qual estão ligados, número do contrato e data inicial e final do
devido contrato de prestação de serviços, e deverão constar todos os
funcionários ativos lotados em empresas que prestam serviços à
Administração Pública direta e indireta no Município de Itabirito/MG, no
Executivo e Legislativo.

Art. 2º As empresas que prestam serviços ao Município, e aos demais órgãos


e entidades mencionadas no art. 1º deverão fornecer relação mensal de
todos os empregados por elas contratados, que estejam exercendo suas
atividades em cada entidade específica.

Art. 3º Entende-se por empresas prestadoras de serviços de mão de obra,


para os fins desta lei, aquelas contratadas pela Administração para fornecer
serviços de limpeza, vigilância, segurança, serviços de saúde, atendimento
ao público e mão de obra em geral.

Art. 4º A publicação da relação dos empregados, conforme estabelecida


nesta lei, deverá constar em local visível e destacado no sítio da entidade ou
órgão público específico que contratar o serviço.

Art. 5º Esta lei entra em vigor 30 (trinta) dias da data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.

Segundo o autor, tal diploma seria formalmente inconstitucional, por ter


sido o projeto de lei deflagrado por parlamentar e versar sobre matéria de
iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, bem como seria
materialmente inconstitucional, por violar o sigilo de dados pessoais de
terceiros contratados pelo Poder Público.

Primeiramente, sob o ângulo formal, não constato a alegada invasão de


competência atribuída ao Chefe do Poder Executivo para deflagrar o
processo legislativo sobre o tema, por não versar sobre regime jurídico de
servidores públicos, nem criação, estruturação e atribuições dos órgãos da
Administração Pública, tampouco implica em aumento direto de despesa
(vide STF, ADI 2472 MC, Relator(a): MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno,
julgado em 13/03/2002, DJ 03-

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05-2002 PP-00016 EMENT VOL-02067-01 PP-00081).

Na mesma linha, mutatis mutandis, tem-se que "Lei que obriga o Poder
Executivo a divulgar na imprensa oficial e na internet dados relativos a
contratos de obras públicas não depende de iniciativa do chefe do Poder
Executivo" (ADI 2444, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em
06-11-2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-021 DIVULG 30-01-2015
PUBLIC 02-02-2015).

Trata-se de norma que busca incrementar a transparência na gestão das


contratações, pela Administração, de empregados terceirizados, aplicável
indistintamente ao Legislativo e ao Executivo, incluindo a administração
indireta, não havendo nas Constituições Federal ou Estadual norma que
restrinja a iniciativa do projeto de lei sobre essa matéria.

Com efeito, tem-se, aqui, uma norma veiculando a obrigatoriedade de


divulgação de informações de relevante interesse público, sendo certo que a
efetividade dos princípios da transparência e da publicidade, corolários do
princípio democrático, depende da ampla divulgação dos atos praticados
pela Administração Pública, como forma de viabilizar o controle pelo povo.

É natural, portanto, que o particular, ao contratar ou prestar serviços à


Administração Pública, fique sujeito a ônus e restrições decorrentes do
regime público, aí incluída a mitigação, em alguma medida, dos direitos à
intimidade e ao sigilo de dados, desde que observado o princípio da
proporcionalidade.

Ademais, cumpre anotar que se trata de norma geral, dirigida


indistintamente aos órgãos e entidades vinculadas tanto ao Poder Executivo
como ao Poder Legislativo, de molde que não resta caracterizada violação à
separação entre os poderes.

Assim, não se verifica inconstitucionalidade formal da norma impugnada,


restando, então, examinar a alegada inconstitucionalidade material,
sustentada pelo Prefeito Municipal sob o fundamento de que

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lei "amplia sobremaneira a divulgação de dados pessoais e financeiros de


terceiros alheios aos contratos públicos, invadindo seara privada restrita a
publicidade pelos princípios constitucionais".

Quanto à primeira parte do artigo 1º da Lei Municipal 3.779/2022, tem-se,


como já destacado, norma dirigida indistintamente aos Poderes Executivo e
Legislativo do Município, bem como à sua administração indireta,
determinando a publicação mensal, em suas páginas eletrônicas, do nome
dos empregados, cargos que ocupam, vencimentos mensais, órgãos de
lotação e empresa a qual estão ligados, número do contrato e data inicial e
final do devido contrato de prestação de serviços.

Consoante posicionamento exteriorizado no julgamento do pedido de


medida cautelar, não se afigura compatível com a constituição a expressão
"vencimentos mensais", constante do artigo 1º da lei impugnada, no que
instituída a obrigatoriedade de divulgação dos salários pagos por empresas
privadas a empregados terceirizados que prestem serviço à administração
direta e indireta do município, por constituir imposição desproporcional, que
viola a privacidade dos envolvidos.

Neste ponto, em caso análogo, a Ministra Cármen Lúcia no Recurso


Extraordinário 1.304.294/SP, julgado em 23 de março de 2021, assim
decidiu, in verbis:

No caso dos autos, a lei questionada expunha dados que não se


relacionavam, necessária nem diretamente, com a prestação de serviços
pela empresa contratada pelo ente estatal, como os salários dos
empregados, que podem, em parte, derivar do pagamento pela contratação
administrativa, em parte, não. A divulgação ampla de todos os dados não
preserva a privacidade das pessoas. Empregados de empresas contratadas
pelo ente público podem ser remunerados por serviços que não decorrem
daquela contratação nem advém de cofres públicos, pelo que não é de ser
acessado livremente como posto na legislação questionada.

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No que diz respeito às demais informações, como o "nome dos


empregados, cargos que ocupam, [...] órgãos de lotação e empresa a qual
estão ligados, número do contrato e data inicial e final do devido contrato de
prestação de serviços", entendo que a exigência de transparência se mostra
legitima, porquanto amparada pelo interesse público, de molde a viabilizar o
controle externo institucional e popular.

Ressalto, inclusive, que a resolução 102/2009 do Conselho Nacional de


Justiça impõe obrigação semelhante aos Tribunais Judiciários, assim:

Art. 1º Os tribunais indicados nos incisos II a VII do Art. 92 da Constituição


Federal, o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho da Justiça Federal
publicarão, em seus sítios na rede mundial de computadores e encaminharão
ao Conselho Nacional de Justiça, observados as definições e prazos
constantes desta Resolução:

[...]

IV - a relação dos empregados de empresas contratadas em exercício nos


órgãos;

Art. 3º Sem prejuízo do disposto nos artigos 1º e 2º desta Resolução, os


órgãos referidos no caput do art. 1º publicarão, nos respectivos sítios
eletrônicos na rede mundial de computadores, e encaminharão ao Conselho
Nacional de Justiça: (Redação dada pela Resolução nº 326, de 26.6.2020)

[...]

IV - a relação completa dos empregados de empresas contratadas, em


exercício nos órgãos, na forma do Anexo VI;

Veja-se, a tal respeito, as informações que, conforme anexo VI da citada


Resolução, devem ser divulgadas pelos Tribunais:

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Convém registrar, ademais, que tais informações não constituem dados


pessoais sensíveis, assim entendidos, nos termos do artigo 5º, inciso II, da
Lei 13.709/2017 (LGPD), "dado pessoal sobre origem racial ou étnica,
convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de
caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida
sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa
natural".

Assim, as informações sobre os empregados, terceirizados ou não, como


o "nome", "cargos que ocupam", "órgãos de lotação", "empresa a qual estão
ligados", "número do contrato" e "data inicial e final do devido contrato de
prestação de serviços", não representam, a meu sentir, violação do direito à
privacidade.

Portanto, dentre as exigências constantes da primeira parte do artigo 1º,


reputo inconstitucional unicamente a obrigação de divulgação dos
"vencimentos mensais" dos empregados contratados pelas empresas
contratadas pelo Poder Público municipal.

Na segunda parte do artigo 1º, verifica-se que a Lei Municipal 3.779/2022


determinou, ainda, que na referida publicação deverá "constar todos os
funcionários ativos lotados em empresas que prestam serviços à
Administração Pública direta e indireta no Município de Itabirito/MG, no
Executivo e Legislativo".

Ora, ao assim prever, a norma municipal extrapolou o interesse público


atinente à prestação do serviço público, invadindo esfera privada das
empresas prestadoras de serviços à Administração Pública.

Isso porque foi determinada a divulgação de relação de todos os


empregados, incluindo aqueles cujas atividades não estejam relacionadas
com a prestação de serviços pela empresa contratada pelo ente estatal, de
molde não há interesse público que legitime a divulgação de tais
informações, preservadas pelo direito à privacidade.

Já o artigo 2º da Lei Municipal 3.779/2022 prevê a obrigação de

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as empresas contratadas fornecerem ao órgão ou entidade contratante


relação mensal de "todos os empregados por elas contratados, que estejam
exercendo suas atividades em cada entidade específica".

Tal obrigação não se mostra desproporcional, constituindo, em verdade,


mero desdobramento do contrato administrativo, afinal, é natural que os
órgãos e entidades contratantes sejam informados a respeito dos
empregados contratados pelas empresas para execução do contrato, ou
seja, para prestar serviços ao Poder Público.

Prosseguindo, não identifico inconstitucionalidade em relação aos artigos


3º, 4º e 5º Lei Municipal 3.779/2022. O artigo 3º da Lei impugnada é um
dispositivo meramente explicativo, na medida em que traz a definição do que
se entende por empresas prestadoras de serviço público para os fins nela
disciplinados. Já o artigo 4º estabelece a forma como devem ser veiculadas
as informações de que trata a lei, isto é, em "local visível e destacado no sítio
da entidade ou órgão público específico que contratar o serviço". Por fim, o
artigo 5º trata, unicamente, da vigência do diploma.

Diante do exposto, julgo parcialmente procedente o pedido da inicial para


declarar inconstitucionais as seguintes expressões, constantes,
respectivamente, da primeira e da segunda parte, do artigo 1º da Lei
3.779/2022 do Município de Itabirito/MG:

- "vencimentos mensais"; e

- "e constar todos os funcionários ativos lotados em empresas que prestam


serviços à Administração Pública direta e indireta no Município de
Itabirito/MG, no Executivo e Legislativo".

DES. ARMANDO FREIRE - De acordo com o(a) Relator(a).

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DESA. TERESA CRISTINA DA CUNHA PEIXOTO - De acordo com o(a)


Relator(a).

DES. ALBERTO VILAS BOAS - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. DOMINGOS COELHO - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. PEDRO BERNARDES DE OLIVEIRA - De acordo com o(a) Relator(a).

DESA. EVANGELINA CASTILHO DUARTE - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. FERNANDO CALDEIRA BRANT - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. MAURÍLIO GABRIEL - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. JOSÉ MARCOS RODRIGUES VIEIRA - De acordo com o(a)


Relator(a).

DES. JÚLIO CÉSAR LORENS - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. WANDERLEY PAIVA - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. CORRÊA JUNIOR - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. MARCO AURELIO FERENZINI - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. RENATO DRESCH - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. CARLOS HENRIQUE PERPÉTUO BRAGA - De acordo com o(a)


Relator(a).

DES. FERNANDO LINS - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. KILDARE CARVALHO - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. CAETANO LEVI LOPES - De acordo com o(a) Relator(a).

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DES. MOREIRA DINIZ - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. EDILSON OLÍMPIO FERNANDES - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. WAGNER WILSON FERREIRA - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. CARLOS ROBERTO DE FARIA - De acordo com o(a) Relator(a).

SÚMULA: "JULGARAM PARCIALMENTE PROCEDENTE O


PEDIDO DA AÇÃO DIRETA PARA DECLARAR A
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL DO ARTIGO 1º DA LEI 3.779/2022
MUNICÍPIO DE ITABIRITO/MG"

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