Leis e Direitos - Autismo e Realidade

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Convivendo com o TEA

LEIS E DIREITOS

Sancionada em 8 de janeiro de
2020, a Lei 13.977, conhecida
como Lei Romeo Mion, cria a
Carteira de Identificação da
Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista (Ciptea). A
legislação vem como uma
resposta à impossibilidade de
identificar o autismo
visualmente, o que com
frequência gera obstáculos ao
acesso a atendimentos
prioritários e a serviços aos
quais os autistas têm direito,
como estacionar em uma vaga
para pessoas com deficiência.
O documento é emitido de
forma gratuita por órgãos
estaduais e municipais. É
importante ressaltar que as
pessoas com TEA têm os
mesmos direitos garantidos a
todos os cidadãos do país pela
Constituição Federal de 1988 e
outras leis nacionais. Dessa
forma, as crianças e
adolescentes autistas possuem
todos os direitos previstos no
Estatuto da Criança e
Adolescente (Lei 8.069/90), e os
maiores de 60 anos estão
protegidos pelo Estatuto do
Idoso (Lei 10.741/2003).

A Lei Berenice Piana (12.764/12)


criou a Política Nacional de
Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista, que
determina o direito dos
autistas a um diagnóstico
precoce, tratamento, terapias e
medicamento pelo Sistema
Único de Saúde; o acesso à
educação e à proteção social;
ao trabalho e a serviços que
propiciem a igualdade de
oportunidades. Esta lei
também estipula que a pessoa
com transtorno do espectro
autista é considerada pessoa
com deficiência, para todos os
efeitos legais.

Isto é importante porque


permitiu abrigar as pessoas
com TEA nas leis específicas de
pessoas com deficiência, como
o Estatuto da Pessoa com
Deficiência (13.146/15), bem
como nas normas
internacionais assinadas pelo
Brasil, como a Convenção das
Nações Unidas sobre os
Direitos das Pessoas com
Deficiência (6.949/2000).

Sancionada em 8 de janeiro de
2020, a Lei 13.977, conhecida
como Lei Romeo Mion, cria a
Carteira de Identificação da
Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista (Ciptea). A
legislação vem como uma
resposta à impossibilidade de
identificar o autismo
visualmente, o que com
frequência gera obstáculos ao
acesso a atendimentos
prioritários e a serviços aos
quais os autistas têm direito,
como estacionar em uma vaga
para pessoas com deficiência.
O documento é emitido de
forma gratuita por órgãos
estaduais e municipais.
Além destas políticas públicas
mais abrangentes, vale
destacar algumas legislações
que regulam questões mais
específicas do cotidiano.

Lei 13.370/2016: Reduz a jornada


de trabalho de servidores
públicos com filhos autistas. A
autorização tira a necessidade
de compensação ou redução
de vencimentos para os
funcionários públicos federais
que são pais de pessoas com
TEA.

Lei 8.899/94: Garante a


gratuidade no transporte
interestadual à pessoa autista
que comprove renda de até
dois salários mínimos. A
solicitação é feita através do
Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS).

Lei 8.742/93: A Lei Orgânica da


Assistência Social (LOAS), que
oferece o Benefício da
Prestação Continuada (BPC).
Para ter direito a um salário
mínimo por mês, o TEA deve
ser permanente e a renda
mensal per capita da família
deve ser inferior a ¼ (um
quarto) do salário mínimo. Para
requerer o BPC, é necessário
fazer a inscrição no Cadastro
Único para Programas Sociais
do Governo Federal (CadÚnico)
e o agendamento da perícia no
site do INSS.

Lei 7.611/2011: Dispõe sobre a


educação especial e o
atendimento educacional
especializado.

Lei 7.853/ 1989: Estipula o apoio


às pessoas portadoras de
deficiência, sua integração
social, institui a tutela
jurisdicional de interesses
coletivos ou difusos dessas
pessoas, disciplina a atuação
do Ministério Público e define
crimes.

Lei 10.098/2000: Estabelece


normas gerais e critérios
básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida.

Lei 10.048/2000: Dá prioridade


de atendimento às pessoas
com deficiência e outros casos.

Lei 14.624: A Lei Cordão de


Girassol identifica pessoas com
deficiências ocultas através do
uso de um cordão de fita com
desenhos de girassóis. Pode ser
utilizado por autistas, mas é
importante ressaltar que
mesmo utilizando o cordão é
necessário utilizar documento
que comprove a deficiência,
caso seja solicitado.

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com ferramentas e dicas sobre o cotidiano
dos autistas.

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