0% acharam este documento útil (0 voto)
24 visualizações27 páginas

Aula 07

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 27

CAPACIDADE

DE CARGA DE
FUNDAÇÕES
DIRETAS

UNIDADE 3 –
DIMENSIONAMENTO DE
FUNDAÇÕES DIRETAS
Capacidade de carga de fundações diretas
PASSOS PARA DEFINIR A FUNDAÇÃO:
• Investigação do solo;
• Escolher o tipo de fundação;
• Analisar como a fundação e o solo atuarão em conjunto (tensão
admissível);
Análise do Prever o
elemento comportamento
estrutural do solo

2
Capacidade de carga de fundações diretas
• Prever a capacidade de carga (tensão de ruptura) - pressão que
provoca a ruptura do maciço de solo em que a fundação rasa está
apoiada ou embutida;
Capacidade de carga da fundação:

Carga do pilar (kN ou tf) v

Tensão de ruptura da
𝑷 𝑷
𝝈𝒓 = = Maior dimensão da base da
fundação (kN/m2 ou tf/m2) 𝑨 𝑩. 𝑳
v sapata (m)
Área da base da sapata (m2) v

Menor dimensão da base da


3 sapata (m)
Capacidade de carga de fundações diretas
• Avaliar a capacidade de carga considerando a interação com o solo;
• Modo de ruptura do solo:

Ruptura geral – solos mais


resistentes

Ruptura local – solos menos


resistentes

Ruptura por punção – solos


mais deformáveis
4
Capacidade de carga de fundações diretas
• Métodos teóricos – parâmetros de resistência da mecânica dos solos;
• Métodos semiempíricos – relacionando resultados de ensaios de
campo com tensões admissíveis (NBR 6122, 2010);
• Métodos empíricos – prova de carga sobre placa, simulando o
comportamento do sistema in loco.

FSg = 3

5
Capacidade de carga de fundações diretas
• Equação de Terzaghi para capacidade de carga (tensão de ruptura):

𝟏
𝝈𝒓 = 𝒄. 𝑵𝒄 . 𝑺𝒄 + 𝒒. 𝑵𝒒 . 𝑺𝒒 + . 𝜸. 𝑩. 𝑵𝜸 . 𝑺𝜸
𝟐

c = coesão do solo (kN/m2 ou tf/m2)


Nc, Nq e Nγ = fatores de capacidade de carga (admensionais)
Sc, Sq e Sγ = fatores de forma (admensionais)
q = tensão efetiva do solo (γ – peso específico do solo x h – espessura da camada =
kN/m2 ou tf/m2)
γ = natural se não tiver NA, com NA reduzir o peso específico da água (10 kN/m3).
6
Capacidade de carga de fundações diretas
• Fatores de capacidade de carga:

7
Capacidade de carga de fundações diretas
• Fatores de forma:

8
Capacidade de carga de fundações diretas
• Tensão admissível:
𝝈𝒓
𝝈𝒂𝒅𝒎 =
𝑭𝑺𝒈

• Tensão admissível combinando os valores de ensaio SPT:


• Fator de segurança de 3 está embutido na equação;

𝑵𝒔𝒑𝒕
𝝈𝒂𝒅𝒎 = + 𝒒 , 𝑐𝑜𝑚 5 ≤ 𝑁𝑠𝑝𝑡 ≤ 20
𝟎, 𝟎𝟓

9
Capacidade de carga de fundações diretas
• Bulbo de tensões – profundidade igual a duas vezes a menor
dimensão da base da sapata (B) – simplificação;
• Dimensão mínima permitida para sapatas – 60 cm.

10
Capacidade de carga de fundações diretas
• Ensaio de prova de carga (NBR 6489, 1968) – redução do fator de
segurança para 2;
• Aplicação de carga em placa apoiada na cota prevista para a
fundação;
• Gráfico tensão x deformação (recalque) – tensão de ruptura;

11
Capacidade de carga de fundações diretas
Deformações (recalques):
• Causas diversas;
• Rebaixamento do lençol freático;
• Presença de solo colapsível;
• Escavações em áreas adjacentes à fundação e vibrações;
• Heterogeneidade do subsolo;
• Variações das cargas previstas para a fundação;
• Imprecisão dos métodos de cálculo.

12
Capacidade de carga de fundações diretas
Deformações (recalques):
• Recalque total ou absoluto (s) - deslocamento total e individual do
elemento de fundação superficial;
• Recalque diferencial ou relativo (δ) –
diferença entre os recalques totais
de dois elementos de fundação vizinhos;
• Distorção angular ou recalque
diferencial específico (δ/l) - razão entre
o recalque diferencial entre dois elementos
de fundação e a distância (l) entre eles.
13
Capacidade de carga de fundações diretas
Deformações (recalques):
• Recalque imediato (considerado elástico) – Teoria da elasticidade:

𝟏 − 𝝂𝟐
𝝆 = 𝝈. 𝑩. . 𝑰𝒑
𝑬𝒔

σ = tensão aplicada pela base da fundação no solo (kN/m2 ou tf/m2)


B = menor dimensão da base da fundação (m)
ν = coeficiente de Poisson do solo
Es = módulo de elasticidade do solo (kPa)
Ip = fator de influência
14
Capacidade de carga de fundações diretas
Deformações (recalques):
• Recalque imediato (considerado elástico) – Teoria da elasticidade:

15
Capacidade de carga de fundações diretas
Deformações (recalques):
• Limites para recalque diferencial específico (δ/l):

16
Capacidade de carga de fundações diretas
1) A planta de pilares enviada pelo engenheiro estrutural para construção de um
almoxarifado indica cargas de 12 tf. A sondagem demonstra solo superficial com
resistência compatível e, pela limitação de acesso de máquinas grandes, a melhor
solução são as sapatas. Estime a cota de apoio das sapatas e a sua tensão
admissível.
γ = 16 kN/m3

γ = 17 kN/m3

γ = 18 kN/m3

17
Capacidade de carga de fundações diretas
1º PASSO: Adotar uma geometria inicial para a sapata (quadrada - 60
cm)
𝐵 = 0,60 𝑚
Profundidade máxima – bulbo com duas vezes a menor dimensão

γ = 16 kN/m3

Nspt = 8

18
Capacidade de carga de fundações diretas
2º PASSO: Determinação da tensão admissível

𝑁𝑠𝑝𝑡 8
𝜎𝑎𝑑𝑚 = +𝑞 = + 1,2.16 = 𝟏𝟕𝟗, 𝟐 𝒌𝑵/𝒎𝟐
0,05 0,05

3º PASSO: Verificação da tensão solicitante na fundação (P = 12 tf ou


120 kN)
𝑃 120
𝜎𝑟 = = = 𝟑𝟑𝟑, 𝟑 𝒌𝑵/𝒎𝟐 > 𝟏𝟕𝟗, 𝟐 𝒌𝑵/𝒎𝟐
𝐴 0,60.0,60

Não está OK!


19
Capacidade de carga de fundações diretas
4º PASSO: Nova geometria para a sapata (quadrada - 80 cm)
𝐵 = 0,80 𝑚
Profundidade máxima – bulbo com duas vezes a menor dimensão

γ = 16 kN/m3

𝟖 + 𝟏𝟐
𝑵𝒔𝒑𝒕 = = 𝟏𝟎
𝟐

20
Capacidade de carga de fundações diretas
5º PASSO: Determinação da tensão admissível

𝑁𝑠𝑝𝑡 10
𝜎𝑎𝑑𝑚 = +𝑞 = + 1,6.16 = 𝟐𝟐𝟓, 𝟔 𝒌𝑵/𝒎𝟐
0,05 0,05

6º PASSO: Verificação da tensão solicitante na fundação (P = 12 tf ou


120 kN)
𝑃 120
𝜎𝑟 = = = 𝟏𝟖𝟕, 𝟓 𝒌𝑵/𝒎𝟐 < 𝟐𝟐𝟓, 𝟔𝒌𝑵/𝒎𝟐
𝐴 0,80.0,80

OK!
21
Capacidade de carga de fundações diretas
2) Você está estudando uma obra que já passou por problemas de recalques na
sua primeira fase de construção e agora a cobrança pelos bons resultados está
muito maior. Por isso, você decidiu usar todos os dados disponíveis e calcular a
tensão admissível por duas metodologias, a teórica e a semiempírica baseada no
SPT. As sapatas terão dimensões de 2 x 2 m, apoiada a uma profundidade de 2 m.

Argila siltosa rija à dura

c = 200 kN/m2

Φ = 20°

γ = 19 kN/m3

22
Capacidade de carga de fundações diretas
1º PASSO: Tensão admissível pelo método de Terzaghi
Fatores de capacidade de carga

Nc = 15
Nq = 6
Nγ = 2

23
Capacidade de carga de fundações diretas
2º PASSO: Tensão admissível pelo método de Terzaghi
Fatores de forma

Sc = 1,2 Sq = 1,0 Sγ = 0,8

24
Capacidade de carga de fundações diretas
3º PASSO: Tensão admissível pelo método de Terzaghi

1
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
2

1
𝜎𝑟 = 200.15.1,2 + 2.19 . 6.1,0 + . 19.2.2.0,8 = 3858,4 𝑘𝑁/𝑚2
2

𝝈𝒓 𝟑𝟖𝟓𝟖, 𝟒
𝝈𝒂𝒅𝒎 = = = 𝟏𝟐𝟖𝟔, 𝟑 𝒌𝑵/𝒎𝟐
𝑭𝑺𝒈 𝟑

25
Capacidade de carga de fundações diretas
4º PASSO: Tensão admissível pelo método semiempírico (SPT)
Profundidade do bulbo (2x2) = 4 metros

Profundidade da
sapata = 2 m

Profundidade do
bulbo = 4m

𝟐𝟎 + 𝟐𝟏 + 𝟏𝟗 + 𝟐𝟎
𝑵𝒔𝒑𝒕 = = 𝟐𝟎
𝟒

26
Capacidade de carga de fundações diretas
4º PASSO: Tensão admissível pelo método semiempírico (SPT)

𝑁𝑠𝑝𝑡 20
𝜎𝑎𝑑𝑚 = +𝑞 = + 2.19 = 𝟒𝟑𝟖 𝒌𝑵/𝒎𝟐
0,05 0,05

5º PASSO: Escolha da tensão admissível a ser utilizada

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟏𝟐𝟖𝟔, 𝟑 𝒌𝑵/𝒎𝟐

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟒𝟑𝟖 𝒌𝑵/𝒎𝟐

Tensão admissível a favor da segurança


27

Você também pode gostar