Fichamento Do Livro - Terapia Cognitivo Comportamental - Cap03
Fichamento Do Livro - Terapia Cognitivo Comportamental - Cap03
Fichamento Do Livro - Terapia Cognitivo Comportamental - Cap03
As reações das pessoas sempre fazem sentido depois que sabemos o que elas
estão pensando. As pessoas podem operar um nível de pensamento de forma
simultânea com um nível de pensamento mais óbvio e superficial. Enquanto
parte da mente está concentrada em algo, em outro nível a pessoa pode estar
tendo pensamentos rápidos e avaliativos sobre a situação que está vivenciando.
Essas cognições são chamadas de pensamento automáticos, que não são
resultantes de deliberação ou raciocínio.
Pessoas que têm uma história de ser menos sadias psicologicamente, ou que
vivem em ambientes físicos ou interpessoais mais perigosos, tendem a ter um
funcionamento mais deficiente, podendo ter relacionamentos perturbados e
possuir crenças nucleares mais negativas, são as crenças negativas
disfuncionais. Essas crenças podem ou não ter sido realistas e/ou úteis quando
se desenvolveram inicialmente. Na presença de um episódio agudo, no entanto,
essas crenças tendem a ser extremas, irrealistas e altamente mal-adaptativas.
Exemplos: “Não consigo fazer as coisas”; “Sou inútil comparado aos outros”;
“Sou inferior”.
Os clientes podem ter crenças em uma, duas ou todas três categorias, e podem
ter mais de uma crença em uma determinada categoria. Quando a crença
nuclear negativa está ativa, o cliente interpreta as situações através das lentes
dessa crença, mesmo que a interpretação possa, em uma base racional, ser
patentemente inválida.
O cliente negligencia ou ignora informações contrárias, pois como a sua crença
negativa está ativada, ele automaticamente interpreta a situação de forma
altamente negativa e autocrítica, se caracterizando em um modo distorcido de
processar a informação.
Assim, quando essa crença negativa está ativa, as situações negativas que
ocorrem com o cliente contribuem para reforçar a sua crença e torná-la mais
forte, e as situações positivas são ignoradas automaticamente ou transformadas
em negativas para que se encaixem no esquema (exemplo: positiva “fui
elogiado por meu chefe em um projeto” - negativa “mas é porque ele está
querendo me agradar, não porque de fato fiz um trabalho bom”).
Na maioria dos casos, é possível trabalhar tanto direta quanto indiretamente nas
crenças positivas desde o começo do tratamento, mas em geral primeiro é
preciso trabalhar indiretamente as crenças nucleares negativas, e mais
diretamente depois.
Há muitos tipos de situações desencadeantes internas e externas sobre as quais
os clientes tem pensamentos automáticos:
Essas regras e atitudes são muitas vezes conectadas aos valores do cliente ou
podem servir para proteger o cliente da ativação da crença nuclear. Os
pressupostos amplos dos clientes em geral refletem suas regras e atitudes e
associam suas estratégias de enfrentamento mal-adaptativas à crença nuclear.
Em algum ponto, o terapeuta apresentará o quadro mais amplo aos clientes para
que eles possam entender: