Contabilidade - Resumos
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Resumos DE Contabilidade
Noção de conta
Uma Conta é um conjunto de elementos patrimoniais agrupados e classificados, segundo a sua
natureza e função, com as mesmas características e expressas na mesma unidade de valor.
No registo das operações que ocorrem em cada organização é necessário movimentar contas através
de um quadro de contas racionalmente:
Classificadas
Ordenadas
Codificadas- código de contas
No caso português, atualmente, esse quadro de contas é o CÓDIGO DE CONTAS do: Sistema de
Normalização Contabilística (SNC)
CONTA - Requisitos:
Homogeneidade: Uma Conta só deve conter os elementos que obedeçam à característica
comum que a define;
Integralidade: Uma Conta deve conter todos os elementos que possuem a característica
comum por ela definida.
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CONTA - Classificação:
Contas Coletivas: Complexas, ou gerais (sintéticas): encontram-se subdivididas noutras
contas. (ex: conta 62 que se irá subdividir em mais)
Contas Divisionárias: Simples ou elementares (analíticas): contas que são subdivisões de
outras.
Nota: a soma dos valores das contas divisionárias é igual ao valor da conta coletiva respetiva.
Contas do Balanço
Contas de Ativo: Representam e medem os elementos do património que constituem bens e
direitos da empresa.
Contas de Passivo: Representam e medem os elementos patrimoniais que representam
recursos alheios à empresa (as obrigações que a empresa contraiu com terceiros).
Contas de Capital Próprio: Representam e medem a participação do proprietário ou
proprietários da empresa no seu financiamento.
Contas Mistas: Contas que podem figurar, simultaneamente, nos dois membros do Balanço:
Ativo e Passivo. Ex: conta 24 - EOEP.
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PARTIDAS DOBRADAS
A partida dobrada representa um registo que representa "algo que vai, simultaneamente a outro
algo que vem", portanto, são lançamentos de débito e crédito, de igual valor.
Todo o débito numa conta dá lugar a um crédito noutra(s) conta(s), de igual valor (e vice-versa). Isto
significa que todo o facto patrimonial dá origem a registo em duas ou mais contas.
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Conceito de lançamento
Relevação Patrimonial: (tornar saliente ou fazer sobressair) Todo o facto que provoque variação de
duas ou mais contas integrantes do balanço (do património) --------- Facto Contabilístico
Lançamentos - Classificação:
• Lançamentos de abertura: Saldos transportados do exercício/ano anterior;
• Lançamentos correntes: do dia a dia, ligados ao ciclo operacional;
• Lançamentos de estorno: de correção, necessidade de corrigir algo anteriormente escriturado e
será lançado um lançamento novo a substituir o errado;
• Lançamentos de regularização: de acerto, a cumprir com- relacionados com os registos das
amortizações (gastos a registar, relativamente a um exercício de um AFT);
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• Lançamentos de transferência ou apuramento de resultados: tem a ver com a classe 8, onde são
apurados os resultados;
• Lançamentos de encerramento: registo da transferência dos saldos, ano encerrado.
• Lançamentos de reabertura: passagem do ano para outros dos saldos a abrir o ano novo.
DIÁRIO
O Diário serve para registar cronologicamente, dia a dia, em assento separado, cada um dos atos que
modifiquem ou venham a modificar o património da entidade.
RAZÃO
Serve para escriturar de uma forma sistemática o movimento de todas as operações do Diário,
ordenadas a débito e a crédito, em relação a cada uma das respetivas contas. Assim, conhece-se o
estado e situação de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de todos os
lançamentos do Diário.
Deverá conter tudo quanto contém o Diário.
• Porém distribuído por contas (cada uma referente à sua especialidade);
• Mostram-se os mesmos factos, assentados no Diário, classificados pela sua diferente natureza.
Balancetes
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Através de um balancete verifica-se a situação da empresa visto efetuar uma recapitulação geral das
contas: apresenta o total do débito e o total do crédito de cada conta e o respetivo saldo.
O Balancete é um resumo do Razão
Desvantagens da Normalização:
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ARTIGO 9º
Mico entidades (NC-ME/ normas contabilísticas de micro entidades) as que não ultrapassem dois
destes três limites:
Total Balanço: 350.000 €
Total Rendimentos: 700.000 €
Nº Trabalhadores: 10 (média anual)
Pequenas entidades (NCRF-PE/ normas contabilísticas de relatos financeiros em pequenas entidades)
as que não ultrapassem dois destes três limites:
– Total Balanço: 4.000.000 €
– Total Rendimentos: 8.000.000 €
– Nº Trabalhadores: 50 (média anual)
Médias entidades (NCRF) as que não ultrapassem dois destes três limites:
– Total Balanço: 20.000.000 €
– Total Rendimentos: 40.000.000 €
– Nº Trabalhadores: 250 (média anual)
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Estrutura Conceptual
Conjunto de princípios, conceitos e definições que apoiam e fundamentam do ponto de vista teórico
a elaboração das demonstrações financeiras.
1. Introdução;
2. Objetivos das Demonstrações Financeiras;
3. Pressupostos subjacentes;
4. Características Qualitativas das DF’s;
5. Elementos das DF’s;
6. Reconhecimento dos Elementos das DF’s;
7. Mensuração dos Elementos das DF’s;
8. Conceitos de Capital e Manutenção de Capital
Pressupostos Subjacentes
Pressupostos básicos a ter como verdadeiros:
Regime do Acréscimo
As transações e outros acontecimentos são reconhecidos quando ocorrem (e não quando se
recebem ou pagam) sendo registados contabilisticamente e relatados nas DF’s dos períodos com os
quais se relacionem.
Continuidade
As DF’s são normalmente preparadas no pressuposto de que a entidade vai continuar a existir num
futuro próximo e previsível.
Consistência na Apresentação
A apresentação deve ser mantida. Se se efetuarem alterações na apresentação (por ser muito mais
adequada), a entidade tem de reclassificar a sua informação comparativa.
Materialidade e Agregação
“se uma linha e item não for individualmente material, ela é agregada a outros itens …”.
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Compensação
“os ativos e os passivos, os rendimentos e os gastos, não devem ser compensados, exceto quando tal
for permitido por uma NCRF”.
1. Compreensibilidade
A informação Financeira proporcionada nas DF’s deve ser compreensível para os utentes…
• pressupondo que estes tenham um conhecimento razoável dos aspetos empresariais, económicos
e contabilísticos e que tenham interesse em estudar a informação com razoável diligência; e
• não excluindo das DF’s qualquer informação acerca de matérias complexas.
2. Relevância
A informação é relevante quando a sua utilização ou omissão influencia as decisões económicas dos
utentes, ou seja, quando é necessária para a avaliação dos acontecimentos passados ou para a
projeção de acontecimentos futuros. A relevância da informação é afetada pela sua:
Natureza
materialidade* (alteração do sentido da decisão económica)
tempestividade* (oportunidade da sua disponibilização).
Materialidade
A informação é material quando o utilizador altera a sua opinião em presença da inexatidão do relato
de um facto patrimonial, por omissão ou por erro.
• O conceito da materialidade pode não ser uniforme para todas as situações, já que uma
informação pode alterar uma opinião e outra não.
UMA INFORMAÇÃO MATERIAL É SEMPRE RELEVANTE
Oportunidade
A informação tem esta característica quando está disponível no momento em que o utilizador
necessita dela para tomar as suas decisões.
Se a informação não é oportuna, então ela não é relevante.
3. Fiabilidade
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Para ser útil e digna de confiança a informação deve ser fiável (isenta de erros materiais e
preconceitos):
Subatributos:
• Representação fidedigna (de transações e outros acontecimentos);
• Substância sobre a forma (prevalência da forma económica sobre a jurídica);
• Neutralidade (livre de preconceitos);
• Prudência (inclusão de um grau de precaução ao fazer estimativas de modo a não sobreavaliar os
ativos/rendimentos e não subavaliar os passivos/gastos).
• Plenitude (dentro do limite da materialidade vs. custo).
Representação Fidedigna
A informação financeira deve representar de forma fiel as operações e outros acontecimentos que,
pretende representar e que se espera que represente.
Substância sobre a forma
Quando não se verifique uma coincidência entre forma jurídica e substância económica, é esta que
deve prevalecer.
Neutralidade
A informação financeira não pode ser utilizada para privilegiar um determinado grupo de utentes em
detrimento de outros, ou evidenciar mais uns factos patrimoniais do que outros.
Prudência
Deve-se incluir um certo grau de precaução ao fazer estimativas de modo a não sobreavaliar os
ativos/rendimentos e não subavaliar os passivos/gastos).
Plenitude
A informação financeira deve relatar todos os factos de forma a evidenciar os objetivos que se
propôs, pois se não relatar todos os factos pode induzir os utentes em erro.
4. Comparabilidade
Os utentes devem ser capazes de comparar:
• As sucessivas DF’s de uma empresa ao longo do tempo, a fim de nelas identificarem tendências na
posição financeira e no desempenho;
• As DF’s de diferentes empresas, a fim de avaliarem de forma relativa a sua posição financeira, o
desempenho e as alterações na posição financeira.
• Assim, a valorimetria deve ser efetuada de forma consistente* na empresa ao longo do tempo e
em relação às outras empresas.
• A comparabilidade não deve ser confundida com uniformidade, pelo que não se deve tornar num
impedimento à introdução de políticas contabilísticas melhoradas.
*se houver alterações os utentes tem que ser informados (no anexo).
Restrições ou Constrangimentos
1. Tempestividade
A demora indevida no relato da informação pode fazer com que se perca a sua relevância. O gestor
tem que balancear os méritos do relato tempestivo com o fornecimento de informação relevante e
fiável.
2. Balanceamento entre benefício e custo
Os benefícios da informação (avaliados pelo utilizador) devem exceder o custo de a proporcionar
(avaliado pelo produtor.
3. Balanceamento entre as características qualitativas
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Balanço
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição financeira no balanço são os
ativos, os passivos e os capitais próprios.
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Ciclo operacional
Nota: O ciclo operacional de uma entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para
processamento e a sua realização em caixa ou seus equivalentes.
(Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se uma
duração de doze meses.) É o período de tempo desde a compra de matéria-prima para a indústria ou
de mercadorias para serem revendidas, até o recebimento do dinheiro relativo à venda dos produtos
fabricados ou revendidos. O ciclo operacional define o longo e o curto prazo para a empresa.
. Por exemplo, os ativos correntes incluem ativos (tais como inventários e dívidas a receber
comerciais) que são vendidos, consumidos ou realizados como parte do ciclo operacional normal,
mesmo quando não se espere que sejam realizados num período até doze meses após a data do
balanço.
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Anexo
Deve:
• Apresentar informação acerca das bases de preparação das DF’s e das políticas contabilísticas
utilizadas;
• Divulgar as informações exigidas pelas NCRF que não sejam apresentadas nas DF’s previstas;
• Proporcionar informação adicional que não seja apresentada nas DF’s, mas que seja relevante para
uma melhor compreensão de qualquer uma delas.
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11- CAIXA
Conteúdo: Meios de pagamento nacionais ou estrangeiros
O seu saldo deve incluir:
• Notas de banco e moedas metálicas de curso legal, nacionais ou estrangeiras;
• Outros meios de pagamento, tais como cheques e vales postais.
O seu saldo não deve incluir:
• selos de correio;
• vales de caixa;
• cheques pré-datados;
• cheques devolvidos pelos bancos;
• Documentos justificativos de despesas.
Movimentação:
Por vezes é necessário fazer lançamentos de regularização por estarem em caixa rubricas que não
correspondem a meios de pagamento.
A débito: Contas de gastos (selos postais, …)
Conta clientes (cheques pré-datados ou devolvidos)
Outras contas de dívidas a receber (vales,…)
A crédito: Conta 11 – Caixa
. O saldo Caixa é sempre devedor ou nulo.
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12 -DEPÓSITOS À ORDEM
Meios de pagamento existentes em contas à ordem nas instituições financeiras, podendo ser
movimentados através de:
− Cheque;
− Transferência bancária;
− Cartões multibanco;
− Etc.
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NCRF RELEVANTES
NCRF 2 – Demonstrações de Fluxos de Caixa Serve de referência à construção da
“Demonstração de Fluxos de Caixa” - in-put, out-put
NCRF 23 – Os efeitos de alterações em taxas de câmbio
É com base, e em função, desta norma que os registos efetuados são ajustados quando se verificam
alterações em taxas de câmbio.
COMPRAS E VENDAS
NOÇÕES GERAIS
DOCUMENTAÇÃO CONTABÍLISTICA
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Situação 1 - neutra em termos de entrega de imposto ao Estado, porque o IVA recebido dos
clientes é igual ao IVA pago aos fornecedores.
Situação 2 - existe imposto a recuperar do Estado, o qual pode ser repercutido no período
seguinte ou objeto de reembolso. O imposto pago aos fornecedores é superior ao recebido
dos clientes, por isso o Estado devolve a diferença.
Situação 3 - existe imposto a entregar ao Estado, porque o IVA recebido dos clientes é
superior ao IVA pago aos fornecedores.
Princípio da origem
Nas operações efetuadas entre entidades residentes no território nacional a liquidação do imposto é
efetuada por quem vende os bens ou presta os serviços, vigora assim a regra da origem, porque o
imposto é liquidado na origem dos bens ou serviços.
Princípio do destino
Nas operações efetuadas entre entidades localizadas em diferentes países as operações tributadas
no país onde os bens são consumidos, impondo assim a regra do destino dos bens.
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Valor tributável - valor dos bens e serviços sobre os quais incide a taxa do IVA, ou seja, é a quantia
paga ou a pagar pelo adquirente.
. Valor tributável inclui as despesas adicionais de compra (transporte, comissões, seguros…).
. valor tributável exclui os descontos e abatimentos concedidos.
Conta 2431 – IVA suportado Conta de uso facultativo, uma vez que o imposto quando
dedutível pode ser debitado diretamente na conta 2432 – IVA dedutível ou no caso de não
ser dedutível na respetiva conta do ativo ou de gasto
O CIVA exclui do direito à dedução o imposto relacionado com diversas despesas, das quais se
salienta:
. Aquisição, locação, utilização e reparação de viaturas de turismo (exceto se estes bens constituírem
o objeto de atividade do sujeito passivo)
. Gasolina (no caso do gasóleo o imposto é dedutível na proporção de 50%)
. Despesas de representação
. Despesas de deslocação e estadia.
Conta 2432 – IVA dedutível: Esta conta é debitada pelas quantias de imposto que sejam
dedutíveis relativas a todas as aquisições de inventários, ativos fixos (investimentos) ou de
outros bens e serviços.
. 2432- IVA dedutível
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. 24321 – Inventários
. 24322 – Investimentos
. 24323 – Outros bens e serviços
Conta 2434 – IVA Regularizações Esta conta regista as regularizações de imposto que a
empresa tiver que efetuar, relativas a erros ou omissões no apuramento do imposto,
devoluções, descontos ou abatimentos, rescisões ou reduções de contratos, anulações e
incobrabilidade de créditos, roubos, sinistros, etc.
. 2434 – IVA Regularizações
. 24341 – a favor da empresa
. 24342 – a favor do Estado
Conta 2435 – IVA Apuramento Esta conta regista as operações respeitantes ao apuramento
do imposto a pagar ou a recuperar num determinado período
Conta 2435 – IVA Apuramento
. É debitada pelos saldos devedores das contas 2432 IVA dedutível e 24341 Regularizações a favor da
empresa
. É creditada pelos saldos credores das contas 2433 IVA liquidado e 24342 Regularizações a favor do
Estado
. Quando existir saldo na conta 2437 IVA a recuperar, a conta 2435 IVA apuramento é também
debitada pelo montante o crédito de imposto do período anterior
Após estas transferências:
se o saldo apurado na conta 2435 IVA apuramento for credor significa que existe IVA a
entregar ao Estado. Este saldo será transferido para a conta 2436 – IVA a pagar.
se o saldo apurado na conta 2435 IVA apuramento for devedor significa que existe IVA a
recuperar do Estado. Este saldo será transferido para a conta 2437 – IVA a recuperar.
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Vendas
Outras operações com clientes
As contabilizações dos rendimentos resultantes das atividades principais da empresa são realizadas
em duas contas, consoante a sua natureza:
Conta 71 - Vendas
• As vendas, representadas pela faturação, devem ser deduzidas do IVA e de outros impostos e
incidências, nos casos em que nela estejam incluídos.
Conta 72 - Prestações de serviços
• Respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam próprios dos objetivos ou finalidades
principais da empresa. Nela poderão ser integrados os materiais aplicados, no caso de estes não
serem faturados separadamente (no caso dos rendimentos das atividades que não estejam
relacionadas com os objetivos principais, estes devem ser contabilizados na subconta da 781 –
Rendimentos suplementares)
21-CLIENTES
Regista os movimentos com os compradores de mercadorias, de produtos e de serviços, ainda que
sejam entidades como sócios, pessoal, Estado, etc.
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Letras- espécie de um vale/acordo que se faz entre a empresa e o cliente para ele ir pagando o
serviço e isso vai para a 212.
Compras
Outras operações com fornecedores
As compras e outras operações com fornecedores a abordar enquadram-se, essencialmente, no
âmbito das contas:
31 – Compras
62 – Fornecimento e Serviços Externos
Não serão abordadas as aquisições inseridas na classe: 4 – Investimentos
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22- FORNECEDORES
Regista as operações relacionadas com compras de bens e serviços, com exceção dos
destinados aos investimentos da entidade (271 – Fornecedores de Investimentos).
Regista os movimentos com os vendedores de mercadorias, de matérias-primas, subsidiárias
e de consumo, de ativos biológicos e de FSE, ainda que sejam entidades como sócios,
pessoal, Estado, etc.
As contas de natureza passiva da classe 2 são na sua maioria, e normalmente, consideradas
como correntes.
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Devoluções
Devolução de Vendas
Quando se faz referência a devolução de vendas está implícita a devolução de bens, já que os
serviços não são suscetíveis de devolução.
As devoluções de venda constituem uma componente negativa dos rendimentos, por isso é debitada
a conta 717 – Vendas – Devoluções de Vendas.
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Devolução de compras
Quando se faz referência a devolução de compras está implícita a devolução de bens, já que os
serviços não são suscetíveis de devolução.
Registadas na subconta 317 – Compras – Devolução de Compras, desde que relativas a bens
aprovisionáveis, inicialmente contabilizados na própria conta de Compras.
Adiantamentos
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DESCONTOS
Vendas e outras operações com clientes
Descontos concedidos
Natureza comercial: Reduções do preço que resultam, em termos gerais, de todas as outras
situações que não as de natureza financeira (descontos de quantidade, rappel, etc.)
Natureza financeira: Relacionados com o pagamento da dívida (descontos de pronto
pagamento ou por antecipação de pagamento).
Descontos concedidos
Natureza comercial
• Incluídos na fatura: registar a compra pelo seu valor líquido
Valor líquido = valor bruto – valor do desconto
Descontos concedidos
Natureza financeira
• Incluídos na fatura ou fora da fatura:
São sempre contabilizados como gastos na conta:
682 – Gastos e Perdas Financeiras – Descontos de Pronto Pagamento Concedidos.
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Descontos obtidos
Natureza comercial
• Incluídos na fatura: registar a compra pelo seu valor líquido
Valor líquido = valor bruto – valor do desconto
• Fora da fatura (através de uma nota de crédito):
Crédito: conta 318 – Compras – Descontos e Abatimentos em Compras
Débito: conta 221 – Fornecedores c/c
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Natureza financeira
• Incluídos na fatura ou fora da fatura:
Quer esteja incluído na fatura ou fora dela, dada a sua natureza, deve ser sempre evidenciado na
conta 782 – Proveitos e Ganhos Financeiros – Descontos de Pronto Pagamento Obtidos.
TRANSAÇÕES COMUNITÁRIAS
EXPORTAÇÕES/IMPORTAÇÕES
MOEDA ESTRANGEIRA
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Inventários
NCRF 18 – Inventários (ex: compras de mercadorias, matéria-prima..)
Objetivo:
O objetivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento para os
inventários.
Um aspeto primordial na contabilização dos inventários é a quantia do custo a ser reconhecida
como um ativo e a ser escriturada até que os réditos relacionados sejam reconhecidos.
Definições:
Inventários (existências): são ativos:
(a) Detidos para venda no decurso ordinário da atividade empresarial (produção acabada,
mercadorias);
(b) No processo de produção para tal venda (produção em curso); ou
(c) Na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de produção ou na
prestação de serviços.
Mensuração (atribuir um valor) de inventários: -Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou
pelo valor realizável líquido, dos dois o mais baixo.
Valor realizável líquido: é o preço de venda estimado no decurso ordinário da atividade empresarial
menos os custos estimados de acabamento e os custos estimados necessários para efetuar a venda.
Custo dos inventários: - O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra, custos de
conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição
atuais.
Balanço
Inventários
3 questões:
1. Quando o reconhecemos inicialmente?
2. Como o valorizamos no momento inicial de reconhecimento?
3. Como o valorizamos nos momentos seguintes?
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Inventários
1. Reconhecimento inicial?
R:. Estrutura conceptual (2 condições)
1) Probabilidade de gerar BEF para a Empresa
2) O seu custo possa ser estimado com fiabilidade
Inventários (existências)
2. Como o valorizamos no momento inicial de reconhecimento?
Ao custo
Custo do Inventário
Custos de aquisição ou de compra
Custos de produção/transformação/conversão
Outros custos
Conta 31 – Compras
311 – Mercadorias
312 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Os custos de compra de inventários incluem:
o preço de compra,
direitos de importação e outros impostos (que não sejam os subsequentemente recuperáveis das
entidades fiscais pela entidade); e
custos de transporte, manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens
acabados, de materiais e de serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na determinação dos
custos de compra.
1- Custo específico
Os produtos são avaliados pelo seu preço real (incluindo os encargos de compra que lhe sejam
imputados). Ex: ourivesarias
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Q - Quantidade
P – Preço
Exemplo:
Aquisição sucessiva dos seguintes lotes da mesma mercadoria:
- Outubro de 2014: Quantidade – 100; Preço unitário: 10€
- Novembro de 2014: Quantidade – 200; Preço unitário: 12€ Em
- Dezembro de 2014: venda de 150 unidades Apuramento do CMV em Dezembro:
a) Custo médio ponderado
b) FIFO
Exemplo:
a) Custo médio ponderado CMVMC = (100 x 10 + 200 x 12) x 150 = 1.700
100+200
b) FIFO CMVMC= 100 x 10 + 50 x 12 = 1.600
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Sistemas de Inventário
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Neste sistema o custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas é apurado no ato da venda
ou consumo, permitindo assim a todo o momento identificar os bens (existentes em armazém)
quanto à sua natureza, quantidade, custos unitários e globais.
É o sistema previsto, em termos gerais, pelo SNC (ver art.º 12, do DL 158/2009, de 13 de Julho –
Aprovação do SNC).
Movimentos:
Conta 31 – Compras No momento da compra é debitada pelo valor das compras e
despesas de compra e creditada (além dos abatimentos e devoluções) pela entrada das
mercadorias em armazém. Deve estar sempre saldada.
Contas 32 – Mercadorias e 33 – Matérias Primas Debitadas pela entrada em armazém e
creditadas pelas saídas sempre a preço de custo (ao CMP ou FIFO). O saldo corresponde ao
valor dos stocks existentes em armazém (ao CMP ou FIFO).
Conta 611 – Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - Mercadorias
debitada pelo custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas por contrapartida
da respetiva conta de inventário. Dá-nos a todo o momento o CMVMC.
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Variação da Produção
O custo das vendas de produtos produzidos pela empresa não é registado numa conta de gasto de
vendas, dado que os gastos necessários para a sua produção já estão registados nas respetivas
contas de gastos.
Caso se voltasse a contabilizar o gasto das vendas desses produtos estar-se-ia a incorrer numa
duplicação de gastos
Por isso é utilizada a conta 73 – Variações nos Inventários da Produção.
Dado que apenas se devem reconhecer os gastos referentes ao próprio exercício económico, o gasto
dos produtos produzidos ou em curso no exercício, mas que se encontram em armazém no final do
exercício (Inventário Final), não pode ser a ele imputado, mas apenas ao exercício em que se verificar
a sua venda.
Por outro lado, o gasto dos produtos produzidos ou em curso no exercício anterior (Inventário
Inicial), mas que apenas forem vendidos no(s) exercício(s) seguinte(s), deve ser imputado a esse(s)
exercício(s).
Variação da Produção =Inventário Final P.A./P.C.+/- Regularizações PA/PC – Inventário Inicial P.A./P.C.
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Regularizações de Inventários
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NCRF 18 – Inventários
3. Como o valorizamos nos momentos seguintes?
Ao mais baixo entre o custo e o valor realiz.líquido
Necessidade de reconhecer imparidades / ajustamentos
Valor realizável líquido:
28 - O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários estiverem danificados,
se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O
custo dos inventários pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou
os custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A prática de
reduzir o custo dos inventários (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto
de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que
previsivelmente resultariam da sua venda ou uso.
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