Contabilidade - Resumos

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Resumos DE Contabilidade

Contabilidad (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra)

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CONTABILIDADE I (resumos anteriores em folhas)


Slide 40

Noção de conta
Uma Conta é um conjunto de elementos patrimoniais agrupados e classificados, segundo a sua
natureza e função, com as mesmas características e expressas na mesma unidade de valor.
No registo das operações que ocorrem em cada organização é necessário movimentar contas através
de um quadro de contas racionalmente:
 Classificadas
 Ordenadas
 Codificadas- código de contas
No caso português, atualmente, esse quadro de contas é o CÓDIGO DE CONTAS do: Sistema de
Normalização Contabilística (SNC)

CONTA - Classes: SNC


1. Meios Financeiros Líquidos
2. Contas a receber e a pagar
3. Inventários e Ativos Biológicos
4. Investimentos
5. Capital, Reservas e Result. transitados
1-5: Contas do Balanço

6. Gastos (SEMPRE DEBITADOS)


7. Rendimentos (SEMPRE CREDITADOS)
6-7: Contas de Gastos e Rendimentos (DR)

8. Resultados - classe de Contas de Resultados

CONTA - Elementos Constitutivos


 Título: Palavra (ou palavras) por que se designa a conta. É uma expressão que deve revelar
imediatamente a natureza dos elementos que a compõem, e tem como finalidade identificar
a conta e distingui-la de todas as outras.
 Compreensão (ou conteúdo): Conjunto das características comuns a todos os elementos
contidos ou agrupados na conta.
 Valor: Expresso em unidades monetárias. É um elemento variável da conta, dado que os
elementos patrimoniais estão sujeitos a variações constantes em resultado das operações
que se vão verificando.

CONTA - Requisitos:
 Homogeneidade: Uma Conta só deve conter os elementos que obedeçam à característica
comum que a define;
 Integralidade: Uma Conta deve conter todos os elementos que possuem a característica
comum por ela definida.

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CONTA - Classificação:
 Contas Coletivas: Complexas, ou gerais (sintéticas): encontram-se subdivididas noutras
contas. (ex: conta 62 que se irá subdividir em mais)
 Contas Divisionárias: Simples ou elementares (analíticas): contas que são subdivisões de
outras.
Nota: a soma dos valores das contas divisionárias é igual ao valor da conta coletiva respetiva.

Contas do Balanço
 Contas de Ativo: Representam e medem os elementos do património que constituem bens e
direitos da empresa.
 Contas de Passivo: Representam e medem os elementos patrimoniais que representam
recursos alheios à empresa (as obrigações que a empresa contraiu com terceiros).
 Contas de Capital Próprio: Representam e medem a participação do proprietário ou
proprietários da empresa no seu financiamento.
 Contas Mistas: Contas que podem figurar, simultaneamente, nos dois membros do Balanço:
Ativo e Passivo. Ex: conta 24 - EOEP.

Contas da Demonstração dos Resultados (DR)


 Contas de Rendimentos Classe 7: Representam as variações patrimoniais modificativas
positivas
 Contas de Gastos Classe 6: Representam as variações patrimoniais modificativas negativas

Representação Gráfica das Contas


A Conta é passível de ser representada graficamente para uma melhor compreensão dos seus
conteúdos e das variações ocorridas nos seus elementos.

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Título da conta: nº da classe/subclasse

Método de registo digráfico


Em qualquer transação efetuada pela empresa ocorre uma alteração da composição do seu
património:
Na compra a pronto de um computador, por exemplo, esse bem chegou à empresa e é representado
numa conta, na qual será dada entrada (no património) por um valor (“Investimentos”).
Em simultâneo, outra conta será igualmente movimentada: a que representa o dinheiro que se foi
("Caixa“).
Se a compra for a prazo, esta conta (Caixa) será substituída por uma outra que representa uma
obrigação futura chamada "Contas a Pagar".

PARTIDAS DOBRADAS
A partida dobrada representa um registo que representa "algo que vai, simultaneamente a outro
algo que vem", portanto, são lançamentos de débito e crédito, de igual valor.
Todo o débito numa conta dá lugar a um crédito noutra(s) conta(s), de igual valor (e vice-versa). Isto
significa que todo o facto patrimonial dá origem a registo em duas ou mais contas.

PARTIDAS DOBRADAS (Método Digráfico)


 São sempre movimentadas, pelo menos, duas contas.
 Se efetuarmos um débito em uma ou mais contas, devemos efetuar um crédito de valor
equivalente em uma ou mais contas.
 Não há débito sem o correspondente crédito.
 Soma dos débitos sempre igual à soma dos créditos.
 Soma dos saldos devedores igual à soma dos saldos credores.

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Movimentação das Contas


Regras de movimentação:
Contas do Ativo:
• Debitadas pelo valor inicial e pelos aumentos
• Creditadas pelas diminuições.
Contas do Passivo e Capital Próprio:
• Creditadas pelo valor inicial e pelos aumentos
• Debitadas pelas diminuições.

Regras (gerais) de movimentação:


• As contas de Gastos são debitadas;
• As contas de Rendimentos são creditadas.

Movimentação das Contas


A contabilização de qualquer facto patrimonial obedece sempre a uma das quatro fórmulas
digráficas seguintes:
 Um só débito e um só crédito;
 Um só débito e vários créditos;
 Vários débitos e um só crédito;
 Vários débitos e vários créditos;

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Conceito de lançamento
Relevação Patrimonial: (tornar saliente ou fazer sobressair) Todo o facto que provoque variação de
duas ou mais contas integrantes do balanço (do património) --------- Facto Contabilístico

Os Factos Contabilísticos devem ser:


 Contabilizados: Contabilizar determinado facto consiste em determinar quais as contas cuja
extensão variou em virtude desse facto e registar essas variações nos respetivos quadros
gráficos.
 Escrituração: Registo dos factos contabilísticos.
É efetuada através dos lançamentos e tem por objetivo:
Traduzir convenientemente as transações em débitos e créditos e identificar as contas cuja extensão
aumenta ou diminui, a fim de permitir: – O conhecimento da situação patrimonial (Balanço) e – O
conhecimento dos resultados (DR).
Portanto,
Escrituração – É efetuada através dos lançamentos.
Lançamento – É a prática da escrituração; é a notação ou registo de qualquer facto patrimonial nos
suportes de registo contabilístico.

Lançamentos - Classificação:
• Lançamentos de abertura: Saldos transportados do exercício/ano anterior;
• Lançamentos correntes: do dia a dia, ligados ao ciclo operacional;
• Lançamentos de estorno: de correção, necessidade de corrigir algo anteriormente escriturado e
será lançado um lançamento novo a substituir o errado;
• Lançamentos de regularização: de acerto, a cumprir com- relacionados com os registos das
amortizações (gastos a registar, relativamente a um exercício de um AFT);

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• Lançamentos de transferência ou apuramento de resultados: tem a ver com a classe 8, onde são
apurados os resultados;
• Lançamentos de encerramento: registo da transferência dos saldos, ano encerrado.
• Lançamentos de reabertura: passagem do ano para outros dos saldos a abrir o ano novo.

E quais serão os suportes de registo contabilístico? O diário e o razão


Sequência na contabilização dos Factos Patrimoniais
FACTOS PATRIMONIAIS – Documentos:
 DIÁRIO: Registo cronológico dos factos patrimoniais;
 RAZÃO: Registo sistemático nas contas;
 BALANCETE: Resumo agregado do Razão.
O Processo Contabilístico e as Demonstrações Financeiras
Do balancete:
-BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Resulta em: desmonstrações financeiras.

DIÁRIO
O Diário serve para registar cronologicamente, dia a dia, em assento separado, cada um dos atos que
modifiquem ou venham a modificar o património da entidade.

RAZÃO
Serve para escriturar de uma forma sistemática o movimento de todas as operações do Diário,
ordenadas a débito e a crédito, em relação a cada uma das respetivas contas. Assim, conhece-se o
estado e situação de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de todos os
lançamentos do Diário.
Deverá conter tudo quanto contém o Diário.
• Porém distribuído por contas (cada uma referente à sua especialidade);
• Mostram-se os mesmos factos, assentados no Diário, classificados pela sua diferente natureza.

Balancetes

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Através de um balancete verifica-se a situação da empresa visto efetuar uma recapitulação geral das
contas: apresenta o total do débito e o total do crédito de cada conta e o respetivo saldo.
O Balancete é um resumo do Razão

Caso o Débito for maior, o valor vai ser devedor e vice-versa.

A normalização contabilística portuguesa


A informação contabilística:
 destina-se a diversos utilizadores, com interesses antagónicos, na maior parte das vezes.
 tem de ser relevante, compreensível, fiável e comparável;
 Para isso é necessário que a Contabilidade utilize um conjunto de princípios, processos e
regras conhecidas, aceites e iguais.
Existe, assim desta forma, a necessidade de Normalização Contabilística
Que resulta da necessidade de definir regras únicas relativamente aos diferentes aspetos das
políticas contabilísticas.

Vantagens na Normalização Contabilística:


 Harmonização de conceitos;
 Uniformidade na produção, apresentação e interpretação da informação financeira (regras e
os procedimentos);
 Melhora a informação económica e financeira, tanto interna como externa;
 Facilita o trabalho da administração fiscal, das inspeções, o trabalho de revisão contabilística
e a certificação legal das contas;
 Facilidade de análise, interpretação e compreensão da informação elaborada em diferentes
países;
 Diminuição do custo de elaboração e apresentação da informação para as Multinacionais;
 Eliminação de uma barreira à livre circulação de capitais; permite a elaboração de estatísticas
sectoriais e nacionais credíveis, permitindo informação mais adequada para fundamentar
decisões de política económica;
 Ensino de contabilidade;
 Ajuda ao desenvolvimento dos sistemas contabilísticos dos países menos desenvolvidos.

Desvantagens da Normalização:

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 Restrições à criatividade dos profissionais;


 Limitação ao desenvolvimento da contabilidade;
 Informação limitada pelas regras impostas. Está muito limitada à parte quantitativa e pouco
à qualitativa.
Normalização Contabilística em Portugal- Feita através do SNC (Sistema de Normalização
Contabilística)

ARTIGO 9º
Mico entidades (NC-ME/ normas contabilísticas de micro entidades) as que não ultrapassem dois
destes três limites:
 Total Balanço: 350.000 €
 Total Rendimentos: 700.000 €
 Nº Trabalhadores: 10 (média anual)
Pequenas entidades (NCRF-PE/ normas contabilísticas de relatos financeiros em pequenas entidades)
as que não ultrapassem dois destes três limites:
– Total Balanço: 4.000.000 €
– Total Rendimentos: 8.000.000 €
– Nº Trabalhadores: 50 (média anual)
Médias entidades (NCRF) as que não ultrapassem dois destes três limites:
– Total Balanço: 20.000.000 €
– Total Rendimentos: 40.000.000 €
– Nº Trabalhadores: 250 (média anual)

Normas Contabilísticas de Relato Financeiro


NCRF – Globais (são 28 ao todo)
1- Estrutura e Conteúdo das DF
2- Demonstração de Fluxos de Caixa
3- Adoção pela primeira vez das NCRF
4- Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros
5-Divulgações de Partes Relacionadas
6- Ativos Intangíveis
7- Ativos Fixos Tangíveis
8- Ativos não Correntes detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas
9- Locações
10- Custos de Empréstimos Obtidos
11- Propriedades de Investimento
12- Imparidade de Ativos
13- Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas
14- Concentrações de Atividades Empresarias
15- Investimentos em Subsidiárias e Consolidação
16- Exploração e Avaliação de Recursos Minerais
17- Agricultura
18- Inventários

19- Contratos de Construção


20- Rédito
21- Provisões, Passivos e Ativos Contingentes

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22- Contabilização dos Subsídios e Apoios do Governo


23- Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio
24- Acontecimentos Após a Data do Balanço
25- Impostos Sobre o Rendimento
26- Matérias Ambientais
27- Instrumentos Financeiros
28- Benefícios dos Empregados

Estrutura Conceptual
Conjunto de princípios, conceitos e definições que apoiam e fundamentam do ponto de vista teórico
a elaboração das demonstrações financeiras.
1. Introdução;
2. Objetivos das Demonstrações Financeiras;
3. Pressupostos subjacentes;
4. Características Qualitativas das DF’s;
5. Elementos das DF’s;
6. Reconhecimento dos Elementos das DF’s;
7. Mensuração dos Elementos das DF’s;
8. Conceitos de Capital e Manutenção de Capital

Objetivos das demonstrações financeiras


 Fornecer informação útil acerca da posição financeira, do desempenho e das alterações da
posição financeira, que seja útil na tomada de decisões de um conjunto de utentes
 Mostrar as consequências da utilização dos recursos que foram postos à disposição da
administração da empresa
 As partes componentes das diferentes DF’s estão interrelacionadas porque refletem aspetos
diferentes das mesmas transações ou outros acontecimentos.
 Ainda que cada DF proporcione informação distinta das outras, é provável que nenhuma só
por si sirva um propósito único ou proporcione toda a informação que satisfaça as
necessidades particulares dos utentes.

Pressupostos Subjacentes
Pressupostos básicos a ter como verdadeiros:
 Regime do Acréscimo
As transações e outros acontecimentos são reconhecidos quando ocorrem (e não quando se
recebem ou pagam) sendo registados contabilisticamente e relatados nas DF’s dos períodos com os
quais se relacionem.
 Continuidade
As DF’s são normalmente preparadas no pressuposto de que a entidade vai continuar a existir num
futuro próximo e previsível.
 Consistência na Apresentação
A apresentação deve ser mantida. Se se efetuarem alterações na apresentação (por ser muito mais
adequada), a entidade tem de reclassificar a sua informação comparativa.

 Materialidade e Agregação
“se uma linha e item não for individualmente material, ela é agregada a outros itens …”.

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 Compensação
“os ativos e os passivos, os rendimentos e os gastos, não devem ser compensados, exceto quando tal
for permitido por uma NCRF”.

Características da informação financeira


 Características Qualitativas
São os atributos que tornam útil, para os seus utilizadores, a informação contida nas DF’s.
_Quanto ao Conteúdo da Informação Apresentada:
1. Compreensibilidade;
2. Relevância;
_ Quanto à Forma das DF´s:
3. Fiabilidade;
4. Comparabilidade.

1. Compreensibilidade
A informação Financeira proporcionada nas DF’s deve ser compreensível para os utentes…
• pressupondo que estes tenham um conhecimento razoável dos aspetos empresariais, económicos
e contabilísticos e que tenham interesse em estudar a informação com razoável diligência; e
• não excluindo das DF’s qualquer informação acerca de matérias complexas.
2. Relevância
A informação é relevante quando a sua utilização ou omissão influencia as decisões económicas dos
utentes, ou seja, quando é necessária para a avaliação dos acontecimentos passados ou para a
projeção de acontecimentos futuros. A relevância da informação é afetada pela sua:
 Natureza
 materialidade* (alteração do sentido da decisão económica)
 tempestividade* (oportunidade da sua disponibilização).
Materialidade
A informação é material quando o utilizador altera a sua opinião em presença da inexatidão do relato
de um facto patrimonial, por omissão ou por erro.
• O conceito da materialidade pode não ser uniforme para todas as situações, já que uma
informação pode alterar uma opinião e outra não.
UMA INFORMAÇÃO MATERIAL É SEMPRE RELEVANTE

Oportunidade
A informação tem esta característica quando está disponível no momento em que o utilizador
necessita dela para tomar as suas decisões.
Se a informação não é oportuna, então ela não é relevante.

3. Fiabilidade

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Para ser útil e digna de confiança a informação deve ser fiável (isenta de erros materiais e
preconceitos):
Subatributos:
• Representação fidedigna (de transações e outros acontecimentos);
• Substância sobre a forma (prevalência da forma económica sobre a jurídica);
• Neutralidade (livre de preconceitos);
• Prudência (inclusão de um grau de precaução ao fazer estimativas de modo a não sobreavaliar os
ativos/rendimentos e não subavaliar os passivos/gastos).
• Plenitude (dentro do limite da materialidade vs. custo).

 Representação Fidedigna
A informação financeira deve representar de forma fiel as operações e outros acontecimentos que,
pretende representar e que se espera que represente.
 Substância sobre a forma
Quando não se verifique uma coincidência entre forma jurídica e substância económica, é esta que
deve prevalecer.
 Neutralidade
A informação financeira não pode ser utilizada para privilegiar um determinado grupo de utentes em
detrimento de outros, ou evidenciar mais uns factos patrimoniais do que outros.
 Prudência
Deve-se incluir um certo grau de precaução ao fazer estimativas de modo a não sobreavaliar os
ativos/rendimentos e não subavaliar os passivos/gastos).
 Plenitude
A informação financeira deve relatar todos os factos de forma a evidenciar os objetivos que se
propôs, pois se não relatar todos os factos pode induzir os utentes em erro.

4. Comparabilidade
Os utentes devem ser capazes de comparar:
• As sucessivas DF’s de uma empresa ao longo do tempo, a fim de nelas identificarem tendências na
posição financeira e no desempenho;
• As DF’s de diferentes empresas, a fim de avaliarem de forma relativa a sua posição financeira, o
desempenho e as alterações na posição financeira.
• Assim, a valorimetria deve ser efetuada de forma consistente* na empresa ao longo do tempo e
em relação às outras empresas.
• A comparabilidade não deve ser confundida com uniformidade, pelo que não se deve tornar num
impedimento à introdução de políticas contabilísticas melhoradas.
*se houver alterações os utentes tem que ser informados (no anexo).

Restrições ou Constrangimentos
1. Tempestividade
A demora indevida no relato da informação pode fazer com que se perca a sua relevância. O gestor
tem que balancear os méritos do relato tempestivo com o fornecimento de informação relevante e
fiável.
2. Balanceamento entre benefício e custo
Os benefícios da informação (avaliados pelo utilizador) devem exceder o custo de a proporcionar
(avaliado pelo produtor.
3. Balanceamento entre as características qualitativas

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Conseguir um balanceamento apropriado entre as características qualitativas quando entram em


conflito entre si, especialmente entre a relevância e a fiabilidade.

Objetivos das DF’s


Posição Financeira ----- Balanço
Desempenho ------- D. R.
Alterações da posição financeira ------ Demonstração Alterações de Capital

Balanço
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição financeira no balanço são os
ativos, os passivos e os capitais próprios.

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 Ativo: Recurso controlado pela empresa, como resultado de acontecimentos passados, do


qual se espera que fluam para a empresa benefícios económicos futuros.
 Passivo: Obrigação presente da empresa, fruto de acontecimentos passados e da qual se
espera um exfluxo (saída de fundos da entidade)
 Capital Próprio: É definido como o valor residual dos ativos da empresa depois de se lhe
deduzir todos os seus passivos.

Ativos Correntes vs Ativos não correntes


Um ativo deve ser classificado como corrente quando satisfazer qualquer um dos seguintes critérios:
a) Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido, no decurso normal
do ciclo operacional da entidade;
b) Seja detido essencialmente com a finalidade de ser negociado;
c) Espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do Balanço; ou
d) É Caixa ou equivalente de Caixa, a menos que lhes seja limitada a troca ou uso para liquidar
passivo durante pelo menos doze meses após a data do Balanço.
 Todos os ativos que não se enquadrem em ativos correntes são considerados como ativos
não correntes.

Passivos Correntes vs Passivos não correntes


Um passivo deve ser classificado como corrente quando satisfazer qualquer um dos seguintes
critérios:
a) Espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
b) Seja detido essencialmente com a finalidade de ser negociado;
c) Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do Balanço; ou
d) A entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo
menos doze meses após a data do Balanço.
 Todos os passivos que não se enquadrem em passivos correntes são considerados como
passivos não correntes.

Ciclo operacional
Nota: O ciclo operacional de uma entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para
processamento e a sua realização em caixa ou seus equivalentes.
(Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se uma
duração de doze meses.) É o período de tempo desde a compra de matéria-prima para a indústria ou
de mercadorias para serem revendidas, até o recebimento do dinheiro relativo à venda dos produtos
fabricados ou revendidos. O ciclo operacional define o longo e o curto prazo para a empresa.

. Por exemplo, os ativos correntes incluem ativos (tais como inventários e dívidas a receber
comerciais) que são vendidos, consumidos ou realizados como parte do ciclo operacional normal,
mesmo quando não se espere que sejam realizados num período até doze meses após a data do
balanço.

Capital Próprio: Elementos


 INICIAL: Capital estatutário subscrito, que corresponde à soma das quotas-partes de capital
subscritas pelos sócios ou acionistas

 ADQUIRIDO: Capital que resultou de lucros não levantados ou distribuídos: de exercícios


anteriores ou de exercícios.

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Demonstração dos Resultados


 Rendimentos
São aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de:
• Influxos (afluência),
• Aumentos ou melhorias de ativos,
• Diminuições de passivos,
que resultem em aumentos do capital próprio não relacionados com as contribuições de sócios.
 Gastos
São diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de:
– Exfluxos,
– Redução / deperecimentos de ativos,
– Incorrência de passivos
que resultem em diminuições do capital próprio não relacionadas com a distribuição aos detentores
do Capital Próprio.

Anexo
Deve:
• Apresentar informação acerca das bases de preparação das DF’s e das políticas contabilísticas
utilizadas;
• Divulgar as informações exigidas pelas NCRF que não sejam apresentadas nas DF’s previstas;
• Proporcionar informação adicional que não seja apresentada nas DF’s, mas que seja relevante para
uma melhor compreensão de qualquer uma delas.

Demonstração de alterações do capital próprio


As alterações no Capital Próprio, entre duas datas de Balanço, refletem o aumento ou a redução nos
seus Ativos Líquidos durante esse período. Esta DF introduz o conceito de resultado integral que
resulta da agregação do resultado líquido do período com todas as variações ocorridas nos capitais
próprios não diretamente relacionadas com os detentores de capital, agindo enquanto tal (doações,
subsídios, etc).

Demonstração de Fluxos de Caixa


• Esta demonstração elucida sobre o modo como a empresa gera e utiliza o dinheiro de um
determinado período.
• Apura os saldos do período numa perspetiva de tesouraria (recebimentos/pagamentos).

MEIOS FINANCEIROS LÍQUIDOS


A classe 1 – Meios Financeiros Líquidos destina-se a registar os meios financeiros líquidos que
incluem:
 dinheiro e depósitos bancários;
 Todos os ativos e passivos financeiros mensurados ao justo valor, cujas alterações sejam
reconhecidas na Demonstração dos Resultados.

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Classe 1 - Meios Financeiros Líquidos


11 – Caixa
12 – Depósitos à Ordem
13 – Outros Depósitos Bancários
14 – Outros instrumentos financeiros
Por agora só iremos ver as contas de caixa e depósitos bancários. Ou seja, apenas estudaremos as
disponibilidades imediatas:
-Meios líquidos de pagamento, de propriedade da empresa, assim como as importâncias que ela tem
em depósitos na banca, independentemente da modalidade.

11- CAIXA
 Conteúdo: Meios de pagamento nacionais ou estrangeiros
O seu saldo deve incluir:
• Notas de banco e moedas metálicas de curso legal, nacionais ou estrangeiras;
• Outros meios de pagamento, tais como cheques e vales postais.
O seu saldo não deve incluir:
• selos de correio;
• vales de caixa;
• cheques pré-datados;
• cheques devolvidos pelos bancos;
• Documentos justificativos de despesas.

 Movimentação:
Por vezes é necessário fazer lançamentos de regularização por estarem em caixa rubricas que não
correspondem a meios de pagamento.
A débito: Contas de gastos (selos postais, …)
Conta clientes (cheques pré-datados ou devolvidos)
Outras contas de dívidas a receber (vales,…)
A crédito: Conta 11 – Caixa
. O saldo Caixa é sempre devedor ou nulo.

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12 -DEPÓSITOS À ORDEM
Meios de pagamento existentes em contas à ordem nas instituições financeiras, podendo ser
movimentados através de:
− Cheque;
− Transferência bancária;
− Cartões multibanco;
− Etc.

A conta 12 tem normalmente saldo devedor.


-Saldo credor quando autorizados, pelo banco, a movimentar valores superiores às disponibilidades
aí existentes. Nestes casos, deve ser usada a conta
 2512 – Financiamento Obtidos – Inst. de crédito e soc. financeiras – Descobertos bancários
(por débito da 12).
 Os juros decorrentes do descoberto devem ser debitados na 6911- Juros suportados – Juros
de financiamento (por crédito da 12).

OUTROS DEPÓSITOS BANCÁRIOS


 Meios financeiros com características específicas que por vezes impõem alguma limitação ao
seu uso, mas que são facilmente convertíveis em quantias conhecidas de dinheiro.
 Salientam-se os Depósitos a Prazo:
 Só podem ser movimentados após a data pré-estabelecida, sem perda dos juros acordados.
 Os levantamentos antecipados resultam na perda dos juros acordados.
 Movimentação da conta 13 semelhante ao definido para a conta 12, salvo as diferenças de
conteúdo entre ambas.

Meios Financeiros Líquidos


Mensuração ---- NCRF 27 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Todos os ativos e passivos financeiros são mensurados, em cada data de relato, quer:
a. Ao custo; ou
b. Ao justo valor
com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na DR.
Caixa e DO ---- Justo valor

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NCRF RELEVANTES
 NCRF 2 – Demonstrações de Fluxos de Caixa Serve de referência à construção da
“Demonstração de Fluxos de Caixa” - in-put, out-put
 NCRF 23 – Os efeitos de alterações em taxas de câmbio
É com base, e em função, desta norma que os registos efetuados são ajustados quando se verificam
alterações em taxas de câmbio.

NCRF 23 – OS EFEITOS DE ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO


Itens monetários em moeda estrangeira:
 Reconhecidos inicialmente na moeda funcional da entidade, pela aplicação da taxa de
câmbio (exchange rate) do dia da transação.
 Subsequentemente, itens em moeda estrangeira são expressos no Balanço ao câmbio em
vigor à data do mesmo.
 As diferenças de câmbio resultantes da liquidação de itens monetários ou do relato de itens
monetários a taxas diferentes das que foram inicialmente registadas, devem ser
reconhecidas nos resultados do período em que ocorram.
---EX-1:
. A empresa vende um lote de mercadorias para Inglaterra por 1.000 libras.
. Receberia as 1.000 libras e iria ao banco fazer a troca por euros.
. O banco compraria as libras a uma taxa de câmbio de compra de 0,855.
Ficaríamos com: 1 € → 0,855 £ x ← 1.000
X= 1.170 € (regra de 3 simples)
Nossa venda --- Banco compra
----EX-2:
. A empresa compra uma máquina a um fornecedor inglês por 1.000 libras.
. Como precisa de libras vai ao banco trocar euros por libras.
. O banco vende as libras a uma taxa de câmbio de venda 0,85.
Gastaríamos: 1 € → 0,85 £ X ← 1.000 £ X= 1.176 € // Nossa compra --- Venda do Banco.

Sublinhar no Código de Contas:


 Diferenças de câmbio desfavoráveis:
. 6863 – Diferenças de câmbio desfavoráveis (atividade de investimento)
. 6887 – Diferenças de câmbio desfavoráveis (atividade operacional)
. 6921 – Diferenças de câmbio desfavoráveis (atividade de financiamento)
 Diferenças de câmbio favoráveis:
. 7861 – Diferenças de câmbio favoráveis (atividade de investimento)
. 7887 – Diferenças de câmbio favoráveis (atividade operacional)
. 793 – Diferenças de câmbio favoráveis (atividade de financiamento)

COMPRAS E VENDAS
 NOÇÕES GERAIS
DOCUMENTAÇÃO CONTABÍLISTICA

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Na sua atividade a empresa tem de se relacionar com terceiros, estabelecendo transmissões


onerosas de bens e de serviços, nomeadamente com:
– quem lhe possa fornecer os bens e serviços que ela necessita (Fornecedores);
– quem necessita dos bens e serviços disponibilizados pela empresa (Clientes).
Conforme não poderia deixar de ser, e por motivos legais, esta transmissão tem de ser documentada.
Esses documentos serão a base da contabilização destas operações.
 Guia de Remessa: Documento emitido pelo vendedor que acompanha a mercadoria e serve
igualmente para o comprador proceder à conferência dos artigos recebidos.
 Fatura: Comprovante oficial da compra; refere-se a compras a crédito.
 Recibo: Encerra a relação comercial e é emitido quando é liquidado o valor em dívida.
 Fatura-recibo: Documento emitido quando o pagamento da transação ocorre de imediato,
ou seja, a pronto-pagamento.
 Nota de débito: Documento que retifica positivamente o valor da fatura, ou seja, aumenta o
valor em dívida.
 Nota de crédito: Documento que retifica negativamente o valor da fatura, ou seja, diminui o
valor em dívida.

O IVA na contabilização das operações


 Aspetos gerais do IVA
O IVA é calculado pelo MÉTODO INDIRETO SUBTRATIVO.
Indireto porque não exige a determinação do valor acrescentado. Subtrativo porque ao imposto
recebido nas vendas é subtraído o imposto suportado nas aquisições.

Regra geral a tomar em consideração: O IVA NÃO É UM CUSTO PARA A EMPRESA.


(embora existam exceções)
O método de cálculo do IVA permite as seguintes situações:
1. IVA debitado aos clientes = IVA debitado pelos fornecedores
2. IVA debitado aos clientes ˂ IVA debitado pelos fornecedores
3. IVA debitado aos clientes ˃ IVA debitado pelos fornecedores

 Situação 1 - neutra em termos de entrega de imposto ao Estado, porque o IVA recebido dos
clientes é igual ao IVA pago aos fornecedores.
 Situação 2 - existe imposto a recuperar do Estado, o qual pode ser repercutido no período
seguinte ou objeto de reembolso. O imposto pago aos fornecedores é superior ao recebido
dos clientes, por isso o Estado devolve a diferença.
 Situação 3 - existe imposto a entregar ao Estado, porque o IVA recebido dos clientes é
superior ao IVA pago aos fornecedores.

 Princípio da origem
Nas operações efetuadas entre entidades residentes no território nacional a liquidação do imposto é
efetuada por quem vende os bens ou presta os serviços, vigora assim a regra da origem, porque o
imposto é liquidado na origem dos bens ou serviços.

 Princípio do destino
Nas operações efetuadas entre entidades localizadas em diferentes países as operações tributadas
no país onde os bens são consumidos, impondo assim a regra do destino dos bens.

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Nas aquisições efetuadas a países comunitários:


A adquirente líquida e deduz o IVA (porque foram suprimidas desde 1 de Janeiro de 1993 as
formalidades fiscais nas fronteiras entre os países membros).
Nas aquisições efetuadas a países terceiros:
O IVA é liquidado no país de destino (no nosso caso Portugal) pelos serviços alfandegários.

Valor tributável - valor dos bens e serviços sobre os quais incide a taxa do IVA, ou seja, é a quantia
paga ou a pagar pelo adquirente.
. Valor tributável inclui as despesas adicionais de compra (transporte, comissões, seguros…).
. valor tributável exclui os descontos e abatimentos concedidos.

 Conta 2431 – IVA suportado Conta de uso facultativo, uma vez que o imposto quando
dedutível pode ser debitado diretamente na conta 2432 – IVA dedutível ou no caso de não
ser dedutível na respetiva conta do ativo ou de gasto

O CIVA exclui do direito à dedução o imposto relacionado com diversas despesas, das quais se
salienta:
. Aquisição, locação, utilização e reparação de viaturas de turismo (exceto se estes bens constituírem
o objeto de atividade do sujeito passivo)
. Gasolina (no caso do gasóleo o imposto é dedutível na proporção de 50%)
. Despesas de representação
. Despesas de deslocação e estadia.

 Conta 2432 – IVA dedutível: Esta conta é debitada pelas quantias de imposto que sejam
dedutíveis relativas a todas as aquisições de inventários, ativos fixos (investimentos) ou de
outros bens e serviços.
. 2432- IVA dedutível

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. 24321 – Inventários
. 24322 – Investimentos
. 24323 – Outros bens e serviços

Estão isentas de imposto, entre outras operações:


 As exportações para países terceiros;
 As transmissões de bens para um adquirente num Estado membro.
Nas importações de bens a liquidação do IVA compete aos serviços alfandegários, sendo em regra
este imposto dedutível para o adquirente.

 Conta 2434 – IVA Regularizações Esta conta regista as regularizações de imposto que a
empresa tiver que efetuar, relativas a erros ou omissões no apuramento do imposto,
devoluções, descontos ou abatimentos, rescisões ou reduções de contratos, anulações e
incobrabilidade de créditos, roubos, sinistros, etc.
. 2434 – IVA Regularizações
. 24341 – a favor da empresa
. 24342 – a favor do Estado

 Conta 2435 – IVA Apuramento Esta conta regista as operações respeitantes ao apuramento
do imposto a pagar ou a recuperar num determinado período
 Conta 2435 – IVA Apuramento
. É debitada pelos saldos devedores das contas 2432 IVA dedutível e 24341 Regularizações a favor da
empresa
. É creditada pelos saldos credores das contas 2433 IVA liquidado e 24342 Regularizações a favor do
Estado
. Quando existir saldo na conta 2437 IVA a recuperar, a conta 2435 IVA apuramento é também
debitada pelo montante o crédito de imposto do período anterior
Após estas transferências:
 se o saldo apurado na conta 2435 IVA apuramento for credor significa que existe IVA a
entregar ao Estado. Este saldo será transferido para a conta 2436 – IVA a pagar.
 se o saldo apurado na conta 2435 IVA apuramento for devedor significa que existe IVA a
recuperar do Estado. Este saldo será transferido para a conta 2437 – IVA a recuperar.

 Conta 2436 – IVA a pagar


A conta de 2436 – IVA a pagar é saldada quando a empresa efetuar o pagamento do imposto devido
ao Estado.
 Conta 2437 – IVA a recuperar
Quando a empresa tem IVA a recuperar pode optar entre:
. efetuar o pedido de reembolso. Neste caso, a conta 2437 - IVA a recuperar será saldada por
contrapartida da conta 2438 – Reembolsos pedidos.
. não efetuar o pedido de reembolso.
Neste caso o saldo da conta 2437 - IVA a recuperar, permanecerá nesta conta até ao apuramento do
imposto do período seguinte e será, então, transferido de novo para a conta 2435 – IVA apuramento.

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Duas conclusões importantes:


1. A conta 2435 - IVA apuramento é uma conta de movimentação periódica. Só é movimentada no
fim de cada período de imposto, mês ou trimestre, de acordo com a situação tributária da empresa.
2. Todas as subcontas desde a 2431 – IVA suportado até à conta 2435 – IVA apuramento, deverão
ficar saldadas no fim de cada período de imposto. O valor final de todas elas virá representado na
conta 2436 – IVA pagar, se o saldo for favorável ao Estado ou na conta 2437 – IVA a recuperar, se o
saldo for favorável à empresa.

Vendas
Outras operações com clientes

As contabilizações dos rendimentos resultantes das atividades principais da empresa são realizadas
em duas contas, consoante a sua natureza:
Conta 71 - Vendas
• As vendas, representadas pela faturação, devem ser deduzidas do IVA e de outros impostos e
incidências, nos casos em que nela estejam incluídos.
Conta 72 - Prestações de serviços
• Respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam próprios dos objetivos ou finalidades
principais da empresa. Nela poderão ser integrados os materiais aplicados, no caso de estes não
serem faturados separadamente (no caso dos rendimentos das atividades que não estejam
relacionadas com os objetivos principais, estes devem ser contabilizados na subconta da 781 –
Rendimentos suplementares)

21-CLIENTES
Regista os movimentos com os compradores de mercadorias, de produtos e de serviços, ainda que
sejam entidades como sócios, pessoal, Estado, etc.

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211 – Clientes c/c

2111 – Clientes Gerais


2112 – Clientes – empresa-mãe
2113 – Clientes – empresas subsidiárias NCRF 5 – Divulgação de partes relacionadas
2114 – Clientes – empresas associadas
2115 – Clientes – empreendimentos conjuntos
2116 – Clientes – outras partes relacionadas

212 – Clientes – Títulos a pagar



218 – Adiantamentos de clientes
219 – Perdas por imparidades acumuladas

Letras- espécie de um vale/acordo que se faz entre a empresa e o cliente para ele ir pagando o
serviço e isso vai para a 212.

Compras
Outras operações com fornecedores
As compras e outras operações com fornecedores a abordar enquadram-se, essencialmente, no
âmbito das contas:
31 – Compras
62 – Fornecimento e Serviços Externos
Não serão abordadas as aquisições inseridas na classe: 4 – Investimentos

Podem ser adquiridos a terceiros:


– Bens
• Se forem considerados como consumíveis são contabilizados numa subconta da conta 62 –
Fornecimentos e Serviços Externos;

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• Se forem armazenáveis, para posterior venda ou consumidos no processo de transformação de


outros produtos, isto é, ligados à atividade operacional da empresa, são contabilizados numa
subconta da conta 31 – Compras.
– Serviços
• Em termos gerais, são contabilizados numa subconta da conta 62 – Fornecimentos e Serviços
Externos.

22- FORNECEDORES
 Regista as operações relacionadas com compras de bens e serviços, com exceção dos
destinados aos investimentos da entidade (271 – Fornecedores de Investimentos).
 Regista os movimentos com os vendedores de mercadorias, de matérias-primas, subsidiárias
e de consumo, de ativos biológicos e de FSE, ainda que sejam entidades como sócios,
pessoal, Estado, etc.
 As contas de natureza passiva da classe 2 são na sua maioria, e normalmente, consideradas
como correntes.

Mensuração inicial das dívidas a pagar a fornecedores:


justo valor, ou seja, custo de aquisição
Custo de aquisição: Preço de compra, incluindo despesas adicionais de compra, tais como:
 Seguros
 Comissões
 Transporte
 Impostos
 Despesas alfandegárias, Etc.

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221 – Fornecedores c/c

2211 – Fornecedores Gerais


2212 – Fornecedores – empresa-mãe
2213 – Fornecedores – empresas subsidiárias NCRF 5 – Divulgação de partes relacionadas
2214 – Fornecedores – empresas associadas
2215 – Fornecedores – empreendimentos conjuntos
2216 – Fornecedores – outras partes relacionadas

222 – Fornecedores – Títulos a pagar



225 – Faturas em receção e conferência

228 – Adiantamentos a fornecedores
229 – Perdas por imparidades acumuladas

Devoluções
Devolução de Vendas
Quando se faz referência a devolução de vendas está implícita a devolução de bens, já que os
serviços não são suscetíveis de devolução.
As devoluções de venda constituem uma componente negativa dos rendimentos, por isso é debitada
a conta 717 – Vendas – Devoluções de Vendas.

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Devolução de compras
Quando se faz referência a devolução de compras está implícita a devolução de bens, já que os
serviços não são suscetíveis de devolução.
Registadas na subconta 317 – Compras – Devolução de Compras, desde que relativas a bens
aprovisionáveis, inicialmente contabilizados na própria conta de Compras.

Adiantamentos

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DESCONTOS
Vendas e outras operações com clientes
Descontos concedidos
 Natureza comercial: Reduções do preço que resultam, em termos gerais, de todas as outras
situações que não as de natureza financeira (descontos de quantidade, rappel, etc.)
 Natureza financeira: Relacionados com o pagamento da dívida (descontos de pronto
pagamento ou por antecipação de pagamento).

Descontos concedidos
Natureza comercial
• Incluídos na fatura: registar a compra pelo seu valor líquido
Valor líquido = valor bruto – valor do desconto

• Fora da fatura (através de uma nota de crédito):


Débito: conta 718 – Descontos e Abatimentos em Vendas ou conta 728 - Descontos e Abatimentos
Crédito: conta 211 – Clientes c/c.

Descontos concedidos
Natureza financeira
• Incluídos na fatura ou fora da fatura:
São sempre contabilizados como gastos na conta:
682 – Gastos e Perdas Financeiras – Descontos de Pronto Pagamento Concedidos.

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Compras e outras operações com fornecedores


Descontos obtidos
 Natureza comercial: Reduções do preço que resultam, em termos gerais, de todas as outras
situações que não as de natureza financeira (descontos de quantidade, rappel, etc.).
 Natureza financeira: Relacionados com o pagamento da dívida (descontos de pronto
pagamento ou por antecipação de pagamento).

Descontos obtidos
Natureza comercial
• Incluídos na fatura: registar a compra pelo seu valor líquido
Valor líquido = valor bruto – valor do desconto
• Fora da fatura (através de uma nota de crédito):
Crédito: conta 318 – Compras – Descontos e Abatimentos em Compras
Débito: conta 221 – Fornecedores c/c

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Natureza financeira
• Incluídos na fatura ou fora da fatura:
Quer esteja incluído na fatura ou fora dela, dada a sua natureza, deve ser sempre evidenciado na
conta 782 – Proveitos e Ganhos Financeiros – Descontos de Pronto Pagamento Obtidos.

 TRANSAÇÕES COMUNITÁRIAS
 EXPORTAÇÕES/IMPORTAÇÕES
 MOEDA ESTRANGEIRA

Aspetos gerais do IVA


Princípio do destino
Nas operações efetuadas entre entidades localizadas em diferentes países
As operações são tributadas no país onde os bens são consumidos, impondo assim a regra do
destino dos bens.

Nas aquisições efetuadas a países comunitários:


A adquirente liquida e deduz o IVA (porque foram suprimidas desde 1 de Janeiro de 1993 as
formalidades fiscais nas fronteiras entre os países membros).
Nota: O vendedor não liquida IVA.
Nas aquisições efetuadas a países terceiros (importações): O IVA é liquidado no país de destino (no
nosso caso Portugal) pelos serviços alfandegários.
Nota: O vendedor/exportador não liquida IVA.

Operações em moeda estrangeira


Reconhecidos inicialmente na moeda funcional da entidade, pela aplicação da taxa de câmbio do dia
da transação.
Subsequentemente, expressos no Balanço ao câmbio em vigor à data do mesmo.
6887 – Diferenças de câmbio desfavoráveis
7887 – Diferenças de câmbio favoráveis
NCRF 23 – OS EFEITOS DE ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIO.

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Inventários
NCRF 18 – Inventários (ex: compras de mercadorias, matéria-prima..)
Objetivo:
O objetivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento para os
inventários.
 Um aspeto primordial na contabilização dos inventários é a quantia do custo a ser reconhecida
como um ativo e a ser escriturada até que os réditos relacionados sejam reconhecidos.
Definições:
Inventários (existências): são ativos:
(a) Detidos para venda no decurso ordinário da atividade empresarial (produção acabada,
mercadorias);
 (b) No processo de produção para tal venda (produção em curso); ou
 (c) Na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de produção ou na
prestação de serviços.

Classe 3 – Tipo de inventários


Existem quatro grandes tipos de inventários:
 32 – Mercadorias
São os inventários adquiridos com o objetivo de venda sem que sejam objeto de qualquer trabalho
posterior de natureza industrial.
 33 – Mat.Primas, Subsidiárias e de Consumo
São os inventários adquiridos com o objetivo de serem incorporadas ou consumidas durante o
processo de fabrico.

Inventários resultantes da produção


 34 - Produtos acabados e intermédios inclui os principais bens provenientes da atividade
produtiva da empresa;
 35 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos são designados por sub-produtos, e têm
um valor relativamente pequeno;
 36 - Produtos e trabalhos em curso são os que se encontram em fabricação ou produção, não
estando em condições de serem vendidos.
 37 – Ativos Biológicos: Esta conta é registada pelo valor atribuído (ou apurado) aos ativos
biológicos (animais e plantas vivas).

Mensuração (atribuir um valor) de inventários: -Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou
pelo valor realizável líquido, dos dois o mais baixo.
Valor realizável líquido: é o preço de venda estimado no decurso ordinário da atividade empresarial
menos os custos estimados de acabamento e os custos estimados necessários para efetuar a venda.
Custo dos inventários: - O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra, custos de
conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição
atuais.

 Balanço
Inventários
 3 questões:
1. Quando o reconhecemos inicialmente?
2. Como o valorizamos no momento inicial de reconhecimento?
3. Como o valorizamos nos momentos seguintes?

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Inventários
1. Reconhecimento inicial?
R:. Estrutura conceptual (2 condições)
1) Probabilidade de gerar BEF para a Empresa
2) O seu custo possa ser estimado com fiabilidade

Inventários (existências)
2. Como o valorizamos no momento inicial de reconhecimento?
Ao custo
 Custo do Inventário
Custos de aquisição ou de compra
Custos de produção/transformação/conversão
Outros custos

NCRF 18 – Inventários Mercadorias e MP Mensuração Inicial

Conta 31 – Compras
311 – Mercadorias
312 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Os custos de compra de inventários incluem:
 o preço de compra,
 direitos de importação e outros impostos (que não sejam os subsequentemente recuperáveis das
entidades fiscais pela entidade); e
 custos de transporte, manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bens
acabados, de materiais e de serviços.
 Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na determinação dos
custos de compra.

A entrada das mercadorias em armazém (nas contas 32 - Mercadorias e 33 –Matérias-primas,


subsidiárias e de consumo) é sempre registada ao preço de custo, o que deve incluir as despesas de
compra e excluir os descontos comerciais obtidos.
A saída, pelo contrário, depende do critério de mensuração dos inventários utilizado pela empresa.
Para o apuramento da quantia a considerar das saídas dos inventários para venda ou consumo é
necessário considerar uma fórmula de custeio sempre que os itens em armazém tenham entrado em
momentos diferentes (vários lotes) e cada entrada tenha um custo de compra diferente.
 A NCRF 18 – estabelece que o custo dos inventários deve ser mensurado pelo uso de uma
das seguintes fórmulas:
1- Custo específico
2- Custo Médio Ponderado (CMP): a média dos valores
3- FIFO (first in first out): primeiro a entrar é o primeiro a sair.

1- Custo específico
Os produtos são avaliados pelo seu preço real (incluindo os encargos de compra que lhe sejam
imputados). Ex: ourivesarias

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2- Custo médio ponderado


Critério mais utilizado nas empresas e pressupõe que a avaliação do stock de cada artigo seja
feita ao custo médio de todas as unidades que o compõem. Assim, as saídas do armazém são
valorizadas ao custo médio das entradas

Q - Quantidade
P – Preço

3- FIFO – First in first out


As unidades quando saem do armazém são valorizadas com base no preço das unidades
cronologicamente mais antigas.
As existências consumidas e vendidas são valorizadas aos preços mais antigos e as que permanecem
no armazém ao preço mais recente (§27 NCRF 18).

Exemplo:
Aquisição sucessiva dos seguintes lotes da mesma mercadoria:
- Outubro de 2014: Quantidade – 100; Preço unitário: 10€
- Novembro de 2014: Quantidade – 200; Preço unitário: 12€ Em
- Dezembro de 2014: venda de 150 unidades Apuramento do CMV em Dezembro:
a) Custo médio ponderado
b) FIFO
Exemplo:
a) Custo médio ponderado CMVMC = (100 x 10 + 200 x 12) x 150 = 1.700
100+200
b) FIFO CMVMC= 100 x 10 + 50 x 12 = 1.600

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Sistemas de Inventário

- Sistema de inventário permanente (SIP)

- Sistema de inventário intermitente ou periódico (SII)

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Sistema de inventário permanente - SIP

Neste sistema o custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas é apurado no ato da venda
ou consumo, permitindo assim a todo o momento identificar os bens (existentes em armazém)
quanto à sua natureza, quantidade, custos unitários e globais.

Este sistema caracteriza-se pelos registos contabilísticos refletirem permanentemente as


quantidades físicas e quantidade escriturada existentes em “armazém”.

É o sistema previsto, em termos gerais, pelo SNC (ver art.º 12, do DL 158/2009, de 13 de Julho –
Aprovação do SNC).

Movimentos:
 Conta 31 – Compras No momento da compra é debitada pelo valor das compras e
despesas de compra e creditada (além dos abatimentos e devoluções) pela entrada das
mercadorias em armazém. Deve estar sempre saldada.
 Contas 32 – Mercadorias e 33 – Matérias Primas Debitadas pela entrada em armazém e
creditadas pelas saídas sempre a preço de custo (ao CMP ou FIFO). O saldo corresponde ao
valor dos stocks existentes em armazém (ao CMP ou FIFO).
 Conta 611 – Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - Mercadorias
debitada pelo custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas por contrapartida
da respetiva conta de inventário. Dá-nos a todo o momento o CMVMC.

Sistema de inventário intermitente – SII


As entidades que não apliquem o SIP, devem então calcular o custo das mercadorias vendidas e
matérias consumidas de forma indireta.
No SII, o valor dos stocks em armazém e dos resultados apurados, só é determinável através da
inventariação física dos bens e posterior valorização, efetuadas periodicamente (geralmente no final
do ano).
Enquanto que pelo SIP se acompanha todo o movimento de produtos em armazém, pelo SII, tal não
acontece tendo que se recorrer a uma contagem física para conhecimento do mesmo.
É o sistema excecional previsto pelo SNC (ver art.º 12, do DL 158/2009, de 13 de Julho – Aprovação
do SNC).
O Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (CMVMC) é apurado através da
seguinte expressão:

CMVMC = Inventário Inicial (1) + Compras (2) – Inventário Final (3)


+/- Reclassificações e Regularizações (4)
(1) O Inventário inicial corresponde ao inventário final do ano anterior mensurado em função das
bases de mensuração utilizadas
(2) Por transferência do saldo da conta 31 – Compras
(3) A quantia do inventário final é apurada por inventário físico e mensurada em função das bases de
mensuração utilizadas
(4) Por transferência do saldo da conta 38 – Reclassificações e Regularizações.

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Variação da Produção
O custo das vendas de produtos produzidos pela empresa não é registado numa conta de gasto de
vendas, dado que os gastos necessários para a sua produção já estão registados nas respetivas
contas de gastos.
Caso se voltasse a contabilizar o gasto das vendas desses produtos estar-se-ia a incorrer numa
duplicação de gastos
Por isso é utilizada a conta 73 – Variações nos Inventários da Produção.
Dado que apenas se devem reconhecer os gastos referentes ao próprio exercício económico, o gasto
dos produtos produzidos ou em curso no exercício, mas que se encontram em armazém no final do
exercício (Inventário Final), não pode ser a ele imputado, mas apenas ao exercício em que se verificar
a sua venda.

Por outro lado, o gasto dos produtos produzidos ou em curso no exercício anterior (Inventário
Inicial), mas que apenas forem vendidos no(s) exercício(s) seguinte(s), deve ser imputado a esse(s)
exercício(s).

Variação da Produção =Inventário Final P.A./P.C.+/- Regularizações PA/PC – Inventário Inicial P.A./P.C.

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Regularizações de Inventários

Conta 38 – Reclassificação e regularização de inventários


Regista as regularizações de inventários, nomeadamente quebras, sobras, afetação ao ativo fixo,
sinistros, consumos próprios e ofertas a clientes e de fornecedores, sendo creditada por
contrapartida do débito nas respetivas contas de custos ou ativos, e debitada por contrapartida do
crédito nas contas de proveitos. Depois deverá ser saldada por contrapartida das contas de
inventários (32, 33 ou 34)
Reconhecimento
Esta conta não é, pois, reconhecida no Balanço, pois, como já foi referido, trata-se de uma conta de
registo de regularizações, sendo automaticamente saldada em SIP, ou regularizada/saldada no final
aquando do encerramento de contas, em SII.

Inventários em poder de Terceiros


Conta 326 – Mercadorias em poder de terceiros
Conta 346 – Produtos em poder de terceiros
Registam a quantia de mercadorias/produtos de propriedade da empresa que se encontrem em
poder de terceiros.
Enquadram-se nesta conta as mercadorias/produtos enviados à consignação.
Devem ser debitadas por crédito nas contas de inventários, quando enviados, e devem ser creditadas
por débito da conta 611- CMVMC pela venda, ou por débito das contas de inventários pela
devolução do produto não vendido.

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NCRF 18 – Inventários
3. Como o valorizamos nos momentos seguintes?
 Ao mais baixo entre o custo e o valor realiz.líquido
 Necessidade de reconhecer imparidades / ajustamentos
 Valor realizável líquido:
 28 - O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários estiverem danificados,
se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O
custo dos inventários pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou
os custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A prática de
reduzir o custo dos inventários (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto
de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que
previsivelmente resultariam da sua venda ou uso.

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Descarregado por Joana Fernandes ([email protected])

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