Banco de Dados 1

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Banco de Dados 1

prof: ANTONIO EDUARDO ROCHA LOBO


Aluna Adila Zaira Oliveira
FAMETRO ADS 4°

Um banco de dados é uma coleção de dados inter-relacionados que


representa um aspecto do mundo real, tendo um objetivo específico e
usuários interessados. Por exemplo, uma tabela com contas correntes
mostra dados como número da conta, saldo, nome do cliente e telefone.

Sistemas de Banco de Dados Usuários do SGBD


Um SGBD é um sistema computadorizado que
Os principais usuários do SGBD incluem:
permite o armazenamento e a manipulação de
dados. Ele oferece funcionalidades para definição,
Administrador de Dados (AD): Define o
construção e manipulação de bancos de dados. modelo conceitual da organização.
Exemplos de SGBDs incluem Oracle, SQL Server Administrador de Banco de Dados
e MySQL. (DBA): Implementa o modelo e
Características de um SGBD monitora o desempenho do SGBD.
Os SGBDs oferecem integração de dados,
Programadores: Desenvolvem
controle de redundância, compartilhamento de
dados, processamento de transações, aplicações utilizando o SGBD.
independência de programa-dados, integridade, Usuários Casuais: Acessam o banco
suporte a múltiplas visões dos dados, controle de de dados sem a necessidade de estar
segurança, e serviços de manutenção. vinculados a uma aplicação específica
Histórico dos Bancos de Dados
Os SGBDs surgiram na década de 70 com o
banco de dados relacional, que se tornou padrão.
Antes, existiam sistemas de processamento
tradicional de arquivos, bancos de dados em rede
e hierárquicos.
Arquitetura de Banco de Dados
A arquitetura de um banco de dados é dividida em
três níveis: interno, conceitual e externo. Isso
permite que o usuário interaja com o SGBD em
diferentes níveis de abstração, ocultando detalhes
de implementação.
1. Nível Interno: Proximidade com o
armazenamento físico, define como os dados Os objetivos de um sistema de banco de dados
são armazenados e recuperados. são o de isolar o usuário dos detalhes internos
2. Nível Conceitual: Representa todo o conteúdo do banco de dados (promover a abstração de
de informações, incluindo regras de segurança dados) e promover a independência dos dados
e integridade, sem detalhes de em relação às aplicações, ou seja, tornar
implementação. independente da aplicação, a estratégia de
3. Nível Externo: Visões individuais dos dados,
acesso e a forma de armazenamento.
mais próximo do usuário final.

Aluna Adila Zaira Oliveira


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Abstração de dados
O sistema de banco de dados deve garantir uma Estas duas etapas se referem a um sistema de
visão totalmente abstrata do banco de dados para banco de dados ainda não implementado, ou
o usuário, ou seja, para o usuário do banco de seja, que ainda não exista, um novo projeto.
dados pouco importa qual unidade de Para os casos em que o banco de dados já
armazenamento está sendo usada para guardar exista, mas é um sistema legado, por exemplo,
seus dados, contanto que os mesmos estejam ou um sistema muito antigo sem documentação,
disponíveis no momento necessário. o processo de projeto de banco de dados se
Esta abstração se dá em três níveis (Figura 2): dará através da utilização de uma técnica
Nível de visão do usuário: as partes do banco chamada de Engenharia Reversa, que será
de dados que o usuário tem acesso de acordo visto em outra oportunidade.
com a necessidade individual de cada usuário
ou grupo de usuários; Modelo conceitual
Nível conceitual: define quais os dados que É a descrição do BD de maneira independente
estão armazenados e qual o relacionamento ao SGBD, ou seja, define quais os dados que
entre eles; aparecerão no BD, mas sem se importar com a
Nível físico: é o nível mais baixo de abstração, implementação que se dará ao BD. Desta
em que define efetivamente de que maneira forma, há uma abstração em nível de SGBD.
os dados estão armazenados. Uma das técnicas mais utilizadas dentre os
profissionais da área é a abordagem entidade-
relacionamento (ER), onde o modelo é
representado graficamente através do diagrama
entidade-relacionamento (DER) (Figura 3).

rProjeto de banco de dados


Todo bom sistema de banco de dados deve
apresentar um projeto, que visa a organização O modelo acima, entre outras coisas, nos traz
das informações e utilização de técnicas para informações sobre Alunos e Turmas. Para cada
que o futuro sistema obtenha boa performance Aluno, será armazenado seu número de
e também facilite infinitamente as manutenções matrícula, seu nome e endereço, enquanto para
que venham a acontecer. cada turma, teremos a informação de seu
O projeto de banco de dados se dá em duas código, a sala utilizada e o período.
fases:
Modelagem conceitual;
Projeto lógico.
Aluna Adila Zaira Oliveira
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Modelo lógico
Cardinalidade e Restrições
Descreve o BD no nível do SGBD, ou seja,
A cardinalidade refere-se à quantidade de instâncias de
depende do tipo particular de SGBD que será
uma entidade que podem estar associadas a uma
usado. Não podemos confundir com o Software instância de outra entidade em um relacionamento. As
que será usado. O tipo de SGBD que o modelo cardinalidades comuns incluem:
lógico trata é se o mesmo é relacional, orientado a Um para Um (1:1): Uma instância de uma entidade
objetos, hierárquico, etc. está associada a uma única instância de outra
Abordaremos o SGBD relacional, por serem os entidade. Exemplo: cada pessoa possui um CPF.
mais difundidos. Nele, os dados são organizados Um para Muitos (1
em tabelas
): Uma instância de uma entidade pode estar
associada a várias instâncias de outra entidade.
Exemplo: um autor pode escrever vários livros.
Muitos para Muitos (M

): Múltiplas instâncias de uma entidade podem estar


associadas a múltiplas instâncias de outra entidade.
Exemplo: estudantes podem se inscrever em várias
disciplinas, e cada disciplina pode ter vários
estudantes.
Restrições são regras que limitam ou definem as
condições que os dados devem cumprir em um banco
de dados. Elas garantem a integridade dos dados e
incluem:
Restrições de Integridade: Garantem que os dados
sejam válidos e consistentes. Exemplos incluem
chaves primárias (que identificam de forma única
um registro em uma tabela) e chaves estrangeiras
O modelo lógico do BD relacional deve definir (que asseguram que um valor em uma tabela
quais as tabelas e o nome das colunas que corresponda a um valor em outra tabela).
compõem estas tabelas. Restrições de Domínio: Definem os tipos de dados
que podem ser armazenados em um atributo, como
Para o nosso exemplo, poderíamos definir
inteiro, texto, data, etc.
nosso modelo lógico conforme o seguinte:
Restrições de Valor Único: Asseguram que os
Aluno(mat_aluno, nome, endereco)Turma valores em um determinado atributo sejam únicos
(cod_turma, sala, periodo) em uma tabela.
É importante salientar que os detalhes internos Esses conceitos são fundamentais para a modelagem
de armazenamento, por exemplo, não são de dados, pois ajudam a garantir que a estrutura do
descritos no modelo lógico, pois estas banco de dados atenda às necessidades do sistema e
seja capaz de lidar com a complexidade dos dados de
informações fazem parte do modelo físico, que
maneira eficiente.
nada mais é que a tradução do modelo lógico
para a linguagem do software escolhido para
implementar o sistema.

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Os atributos deAtributos em Banco de Dados 3. Atributos Nulos e Não Nulos
Atributos são as propriedades ou características que Atributos Nulos: Atributos que não têm valor
descrevem uma entidade em um modelo de dados. atribuído, ou seja, estão vazios. Isso pode
Cada atributo possui um tipo de dado associado e indicar que a informação não está disponível ou
pode ser classificado em diferentes categorias: não se aplica àquela instância.
1. Tipos de Atributos Atributos Não Nulos: Atributos que exigem um
Atributos Simples: Atributos que não podem ser valor para cada instância da entidade. Eles não
divididos em partes menores. Exemplo: um podem conter valores nulos, garantindo a
atributo "nome" que contém apenas o nome de integridade dos dados.
uma pessoa.
Atributos Compostos: Atributos que podem ser Chaves em Banco de Dados
subdivididos em subatributos. Exemplo: um Chave Primária: Atributo (ou conjunto de
atributo "endereço" que pode ser dividido em atributos) que identifica de forma única cada
"rua", "número", "cidade" e "estado". registro em uma tabela. Exemplo: o atributo "ID
Atributos Mono-Valorados: Atributos que do cliente" em uma tabela de clientes.
possuem um único valor para cada instância da Chave Estrangeira: Atributo (ou conjunto de
entidade. Exemplo: o atributo "data de atributos) em uma tabela que referencia a chave
nascimento" de uma pessoa. primária de outra tabela, estabelecendo um
Atributos Multi-Valorados: Atributos que podem relacionamento entre as duas. Exemplo: o
ter múltiplos valores para uma única instância da atributo "ID do cliente" em uma tabela de
entidade. Exemplo: o atributo "telefone" que pedidos que refere-se à chave primária da tabela
pode armazenar vários números para um cliente. de clientes.
sempenham um papel crucial na definição da Chave Candidata: Atributos que podem servir
estrutura de dados em bancos de dados. como chave primária, pois identificam de forma
Compreender os diferentes tipos de atributos e suas única os registros na tabela. Exemplo: "CPF" e
características é essencial para a modelagem eficaz "ID do cliente" podem ambos ser candidatos a
de dados, garantindo que as informações sejam serem a chave primária.
armazenadas, acessadas e manipuladas de maneira Chave Alternativa: Uma chave candidata que
eficiente e consistente. não foi escolhida como chave primária. Exemplo:
se "ID do cliente" é a chave primária, "CPF"
Atributos Armazenados e Derivados pode ser considerado uma chave alternativa.
Atributos Armazenados: Atributos que são Chave Substituta: Um valor gerado
fisicamente armazenados no banco de dados. automaticamente pelo sistema que serve como
Exemplo: um atributo "salário" que contém o chave primária, em vez de um atributo
valor real do salário de um empregado. significativo. Exemplo: um número sequencial
Atributos Derivados: Atributos que não são que é atribuído a cada novo registro.
armazenados diretamente, mas podem ser Atributo de Relacionamento: Atributos que
calculados a partir de outros atributos. Exemplo: representam a relação entre duas entidades.
um atributo "idade" que pode ser derivado a Eles podem ser considerados como chaves
partir da "data de nascimento". estrangeiras em uma tabela. Exemplo: em um
relacionamento entre "Clientes" e "Pedidos", um
atributo de relacionamento pode ser o "ID do
cliente" na tabela de pedidos.

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Herança em Banco de Dados Relacional


Exemplo de Herança
Considerando as entidades mencionadas, a
A herança em modelagem de banco de
herança pode ser aplicada para estruturar
dados relacional é um conceito que dados de maneira eficiente. A tabela
permite a criação de estruturas de dados “Empregado” conteria os atributos gerais,
eficientes e sem redundâncias, através do enquanto as tabelas “Professor” e “Funcionário”
uso de superclasses e subclasses. Essa armazenariam suas características específicas.
abordagem é utilizada quando diferentes Por exemplo, a tabela de “Empregados”
entidades compartilham atributos comuns, incluiria colunas para ID_Empregado, Nome,
mas também possuem características Data_Admissao e Cargo, enquanto a tabela de
específicas. Por exemplo, ao considerar “Professor” teria colunas para Horas_Aulas e
uma superclasse “Empregados”, podemos Valor_Hora_Aula, e a tabela de “Funcionário”
ter subclasses como “Professor” e teria uma coluna para Salario_Mensal.
“Funcionário”. Da mesma forma, uma
Cardinalidade em um Banco de Dados Relacional
superclasse “Veículos” pode incluir
Objetivo: Compreender o conceito de
subclasses como “Carros”, “Caminhões” e
cardinalidade em um banco de dados relacional
“Motos”. e sua representação em um Diagrama de
Entidade-Relacionamento (DER).
Conceitos de Superclasse e Subclasses Um Diagrama de Entidade-Relacionamento
A superclasse representa a entidade mais (DER) é uma representação visual que
genérica, contendo os atributos comuns a descreve a estrutura lógica de um banco de
todas as subclasses. Por outro lado, as dados. Este diagrama utiliza entidades,
subclasses são entidades mais específicas atributos e relacionamentos para modelar
que herdam esses atributos e podem ter dados de forma clara e intuitiva.
atributos adicionais. Exemplificando, a Entidade: Representa um objeto ou conceito
do mundo real que possui significado dentro do
entidade “Empregado” pode incluir
contexto do banco de dados. Exemplos de
atributos gerais como ID_Empregado,
entidades incluem "Cliente", "Produto" e
Nome, Data_Admissao e Cargo. As
"Pedido".
subclasses “Professor” e “Funcionário” Atributo: É uma característica ou propriedade
podem incluir atributos específicos, como de uma entidade. Por exemplo, a entidade
Horas_Aulas e Valor_Hora_Aula para o "Cliente" pode ter atributos como "Nome",
Professor, e Salario_Mensal para o "Endereço" e "Telefone".
Funcionário.

Aluna Adila Zaira Oliveira


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Importância da Cardinalidade: A
Relacionamento: Define como as entidades cardinalidade é crucial para:
estão relacionadas entre si. Por exemplo, um Modelagem de Dados Precisa: Reflete
"Cliente" faz um "Pedido". corretamente as regras de negócios e
O Que é Cardinalidade?: A cardinalidade em um
as relações do mundo real entre
banco de dados relacional define o número de
entidades.
ocorrências de uma entidade que podem ou
devem estar associadas a uma ocorrência de
Integridade Referencial: Garante que
outra entidade. os dados sejam consistentes e que as
relações entre as tabelas sejam
Ela especifica a quantidade de entidades que corretamente mantidas.
podem participar de um relacionamento. Otimização de Consultas: Influencia a
A cardinalidade é essencial para entender as maneira como consultas SQL são
regras de negócios e garantir que o banco de otimizadas e executadas, impactando
dados esteja corretamente estruturado para diretamente a performance do banco
representar o mundo real. Existem três tipos
de dados.
principais de cardinalidade em um DER:
Exemplo de Modelagem de um DER:
Um-para-Um (1:1): Uma ocorrência de uma
entidade está associada a, no máximo, uma
Considere um banco de dados para uma
ocorrência de outra entidade. Por exemplo, livraria com as seguintes entidades:
no relacionamento entre "Pessoa" e "Cliente" (atributos: ID, Nome, Email),
"Passaporte", cada pessoa tem um único "Pedido" (atributos: ID, Data, Valor Total) e
passaporte, e cada passaporte é emitido para "Livro" (atributos: ISBN, Título, Autor).
uma única pessoa. Relacionamentos: Um "Cliente" pode fazer
Um-para-Muitos (1:N): Uma ocorrência de muitos "Pedidos" (1:N). Um "Pedido" pode
uma entidade pode estar associada a muitas incluir muitos "Livros", e um "Livro" pode
ocorrências de outra entidade, mas cada
ser parte de muitos "Pedidos" (M:N).
ocorrência da segunda entidade está
Conclusão: A cardinalidade em um DER é
associada a, no máximo, uma ocorrência da
primeira entidade. Por exemplo, um "Cliente"
fundamental para a modelagem de dados
pode fazer muitos "Pedidos", mas cada eficaz, ajudando a representar
pedido pertence a um único cliente. corretamente as regras de negócios e
Muitos-para-Muitos (M:N): Muitas ocorrências garantir a integridade dos dados no banco
de uma entidade podem estar associadas a de dados relacional. Compreender e
muitas ocorrências de outra entidade. Por aplicar corretamente a cardinalidade
exemplo, um "Aluno" pode se inscrever em permite criar estruturas de banco de dados
muitos "Cursos", e cada curso pode ter que são eficientes, escaláveis e de fácil
muitos alunos.
manutenção.
Aluna Adila Zaira Oliveira

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