TCC Adriana Betiol

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE

SÃO PAULO - FAVC

ADRIANA DA SILVA BETIOL

CANCELAMENTO DE CIRURGIAS ELETIVAS:


CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Indaiatuba
ADRIANA DA SILVA BETIOL

CANCELAMENTO DE CIRURGIAS ELETIVAS:


CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo - FAVC.
RESUMO

Orientadora: Professora Doutora Maria Ângela


Um procedimento cirúrgico pode ser simplesReppetto.
ou complexo dependendo do nível de seriedade do
problema de saúde que afeta o paciente. Independentemente do seu tipo, uma cirurgia representa
um momento importante para o paciente, primeiramente porque este deposita toda a sua
confiança de que mediante o procedimento cirúrgico o seu problema de saúde vai ser solucionado
e este continuará vivendo uma vida normal, desfrutando de uma boa qualidade de vida.
Infelizmente a intensidade de ocorrência de cancelamento cirúrgico é considerado como alto no
Brasil, fato este que gera muitos problemas. Mediante esta realidade, o presente estudo tem como
objetivo mostrar aspectos importantes sobre esta temática, abrangendo as causas e consequências
do cancelamento de cirurgias eletivas, mostrando também a caracterização dos cancelamentos,
estratégias para que se possa reduzir este problema, e a apresentação de dados estatísticos sobre
as cirurgias eletivas no Brasil mantendo o foco nos motivos e consequências da suspensão
cirúrgica. O estudo trata-se de uma análise descritiva e qualitativa, baseada em artigos e livros
relacionados ao tema. Ao final do estudo fica comprovado que o cancelamento de cirurgias

Indaiatuba
2023
eletivas é um problema real nos hospitais brasileiros, que possui diversas causas e consequências,
entretanto fica claro que os profissionais que trabalham nos hospitais, incluindo os enfermeiros,
tem o poder e a função de promover a redução do cancelamento de cirurgias eletivas.

Palavras-chave: Cirurgias; Eletivas; Cancelamento; Paciente; Enfermeiros.

ABSTRACT

A surgical procedure can be simple or complex depending on the level of seriousness of the
health problem affecting the patient. Regardless of its type, a surgery represents an important
moment for the patient, firstly because he has all his confidence that through the surgical
procedure his health problem will be solved and he will continue to live a normal life, enjoying a
good quality of life. of life. Unfortunately, the intensity of occurrence of surgical cancellation is
considered to be high in Brazil, a fact that generates many problems. In view of this reality, the
present study aims to show important aspects on this subject, covering the causes and
consequences of canceling elective surgeries, also showing the characterization of cancellations,
strategies to reduce this problem, and the presentation of statistical data. about elective surgeries
in Brazil, focusing on the reasons and consequences of surgical suspension. The study is a
descriptive and qualitative analysis, based on articles and books related to the theme. At the end
of the study, it is proven that the cancellation of elective surgeries is a real problem in Brazilian
hospitals, which has several causes and consequences, however it is clear that professionals
working in hospitals, including nurses, have the power and function to promote reducing the
cancellation of elective surgeries.

Key-words: Surgeries; Electives; Cancellation; Patient; Nurses.

1 INTRODUÇÃO

Em relação ao procedimento cirúrgico, pode-se dizer que este é um fato que pode ser
marcante no decorrer da vida de uma pessoa, visto que este tem a plena expectativa de mediante
este, é possível que se obtenha uma melhor qualidade de vida, desfrutando de uma melhor
condição de saúde. Uma cirurgia necessita que haja preparativos antecipados por parte tanto do
paciente quanto de sua família, visto que ao fazer o procedimento as pessoas deixam de lado as
suas atividades laborais, utilizando-se de recursos monetários, emocionais e físicos, para que a
cirurgia seja realizada com sucesso.
Sobre a pessoa que irá ser submetida ao procedimento cirúrgico, este pode estar vivendo
uma série de receios e inseguranças, tais como o medo de perder a vida, de tomar anestésicos, do
risco de obter deformidades ou demais perigos que podem sobrevir ao seu corpo, que podem lhe
trazer ansiedades e tirar o seu conforto. Em vista dessas razões, a ocorrência do cancelamento de
uma cirurgia eletiva, pode acarretar em consequências indesejáveis à pessoa, mesmo que lhe
sejam comunicados o motivo ou os motivos que provocaram a suspensão.
A suspensão de uma cirurgia eletiva trata-se de uma ocorrência grave que
comumentemente não é o foco de atenção dos profissionais da saúde e das pessoas que são
responsáveis pela instituição hospitalar. O cancelamento corre o risco de resultar para o paciente
e para o hospital, diversos prejuízos, ampliando na maioria dos casos o período de internação,
além de expor com maior intensidade a pessoa internada a contrair infecções, fatos estes que
geram danos financeiros ao hospital.
Nota-se que as consequências emocionais e monetárias podem ser significativamente
reduzidos se cancelamento do procedimento cirúrgico ocorrer antes mesmo que o paciente peça o
afastamento do seu trabalho secular e da internação propriamente dita. Ocorre desta forma, visto
que os procedimentos cirúrgicos que são cancelados na data agendada e depois que este entra no
centro cirúrgico, tem-se uma ampliação das despesas hospitalares, havendo inclusive a perda do
horário agendado na sala de cirurgia.
No momento em que uma cirurgia eletiva é suspensa, o paciente já passou por todo um
preparo pré-cirúrgico que abrange a sua entrada na instituição hospitalar, os exames pré-
operatórios, e até mesmo já pode ter sido enviado ao centro cirúrgico. Todo o processo de
cancelamento pode gerar no paciente decepção visto que o seu problema de saúde não será
resolvido naquele dia.
Mediante esta realidade citada sobre as consequências do cancelamento de cirurgias
eletivas, deve-se ressaltar que os profissionais do setor de enfermagem têm como função
primordial, prestar assistência e organizar as cirurgias, usando os recursos disponibilizados
sempre com a intenção de aprimorar os resultados. De fato, todos os enfermeiros tem a função
essencial de gestores que podem prever e prover os prováveis cancelamentos que podem
acontecer, tentando ao máximo evitá-los.
Mediante a perspectiva mencionada nesta introdução, este estudo tem como objetivo
mostrar as causas e consequências do cancelamento de cirurgias eletivas, mostrando também
dados estatísticos relacionados a esta temática e as estratégias que podem reduzir este problema
que insiste em ocorrer nos ambientes hospitalares.

2 ATO CIRÚRGICO E AGENDAMENTO CIRÚRGICO

Inicia-se este estudo conceituando o ato cirúrgico como sendo um fato importante e
deveras marcante na vida de uma pessoa, sendo desta forma, em razão de que mediante deste
tem-se a expectativa de possa ter uma vida mais saudável, além de ter plena qualidade depois de
o procedimento ser realizado (RISSO; BRAGA, 2015).
Segundo os mesmos autores para que um ato cirúrgico ocorre necessita-se que haja um
antecipado preparo por parte do paciente e de suas respectiva família, o qual na maioria das vezes
precisa se licenciar de suas atividades laborais, da sua própria casa, do seu habitat natural, e de
seus amigos e parentes por um período de tempo, podendo ser este curto ou longo, havendo
consequentemente a mobilização de recursos emocionais, físicos e inclusive monetários, a fim de
que se possa enfrentar de forma segura este momento da vida do cidadão.
Em conformidade com Silva (2017), a pessoa que se encontra prestes a passar por um
procedimento cirúrgico (Figura 1), se encontra perante de diversas incertezas e medos, havendo
uma grande sensação de insegurança, que inclui o receio da morte, do que lhe é desconhecido, da
possível deformidade que a cirurgia pode lhe causar, da própria anestesia, e demais ameaças que
posso sobrevir a sua imagem corpórea, as quais podem resultar na ocorrência de desconfortos e
momentos de ansiedade.
Figura 1 - Procedimento cirúrgico.
Fonte: CMIA, 2023.

Segundo Pinheiro (2017) observando-se sob a ótica da instituição hospitalar, o


agendamento cirúrgico propriamente dito abrange uma quantidade expressiva de profissionais e
indivíduos, os quais tem o potencial de influenciar no planejamento das equipes fora dessa
unidade, como por exemplo, o setor de internações, tendo este responsável por fazer a reserva do
leito no período que antecede e pós o ato cirúrgico, assessorando também as equipes médicas e os
enfermeiros que prestam o atendimento e correspondem prontamente às suas necessidades
essenciais tanto no período pré quanto no pós operatório; além de ser responsável pelo serviço de
farmácia, pelo centro de esterilização e materiais diversos, pelos profissionais que trabalham no
laboratório clínico, e etc.
De acordo com Sobrinho (2019) os profissionais que são responsáveis por prestar
assistência e por organizar os procedimentos cirúrgicos, buscando sempre usar os recursos
disponibilizados com a intenção constante de aprimorar todos os resultados provenientes do
desempenho de suas funções. No processo aqui mencionado, os profissionais do setor da
enfermagem possuem a função de agirem como gestores e líderes, os quais preveem e proveem
os diversos problemas que podem sobrevir, tentando a todo custo reduzir as consequências
danosas que podem ocorrer.
3 CARACTERIZANDO O CANCELAMENTO CIRÚRGICO

Em conformidade com Cavalcante (2015), o cancelamento de um procedimento cirúrgico


corresponde a um indicador no processo que avalia a real qualidade da assistência que é
disponibilizada pelo serviço hospitalar, apontando para uma má ocorrência por parte do
planejamento administrativo da unidade do centro cirúrgico, podendo este ser plenamente evitado
em grande parte dos casos, principalmente quando é foco da atenção contínua dos profissionais
que exercem total responsabilidade sobre a unidade hospitalar. Entretanto o cancelamento de um
procedimento cirúrgico é caracterizado como um acontecimento que precisa ser avaliado, perante
as repercussões negativas que podem sobrevir não somente ao paciente, mas inclusive sobre os
seus familiares, a equipe dos profissionais de saúde, e à própria instituição hospitalar onde
ocorreu o cancelamento cirúrgico.
A respeito do cancelamento de um procedimento cirúrgico (Figura 2), pode-se mencionar
que este constitui um evento importante, que na maioria das vezes não é o foco da atenção dos
profissionais do setor da saúde e também pelo departamento que gerencia a instituição hospitalar.
O cancelamento cirúrgico pode representar tanto para o paciente quanto para o serviço, diversos
contratempos, que provoca na maioria dos casos a ampliação do período de internação, uma
maior exposição do paciente à ocorrência de uma infecção hospitalar, além de ampliar
consideravelmente os custos para o hospital (SANTOS, 2017).

Figura 2 - Cancelamento de cirurgia eletiva.


Fonte: Carvalho, 2020.
Segundo Sodré (2014) o cancelamento de um procedimento cirúrgico corresponde a uma
temática que se encontra na atualidade em um amplo e contínuo por parte do segmento hospital,
sendo este considerado como sendo uma um problema multifatorial que está relacionado
diretamente as causas organizacional e clínica, sendo capaz de provocar diversas consequências
negativas para os serviços prestados pelo hospital e também para todos os profissionais de saúde
e inclusive ao próprio paciente.
De acordo com Moraes (2017) a programação de um procedimento cirúrgico abrange uma
quantidade razoável de profissionais da saúde, envolvendo também diversos materiais e
equipamentos que devem sempre estar em perfeitas condições de utilização. Neste cenário o
cancelamento pode acontecer em vários momentos, podendo ser até mesmo de que este tenha
sido agendado.
Uma informação importante sobre as razões que resultam no cancelamento de um
procedimento cirúrgico, é que estas dependem diretamente da realidade existente em cada
instituição hospitalar, entretanto os problemas que são descritos na literatura moderna, são
comumentemente relacionados ao estudo dos dados que proporciona a estes serviços mensurarem
a situação real em que os centros cirúrgicos se encontram, permitindo desta maneira que se
implante procedimentos que contribuam para que haja o plena controle e melhoria das
informações estatísticas (BOTAZINI; DE CARVALHO, 2017).
Em conformidade com o autor Gomes (2018) ao se determinar e considerar todas as
características relacionadas diretamente ao cancelamento de procedimentos cirúrgicos, torna-se
possível que se contribua para que haja esforços expressivos para que haja o melhoramento do
indicador, e seja direcionado para os grupos, nos quais a incidência deste evento, ocorra com
maior frequência.
Dentre a variedade de especificações que a literatura moderna cita, pode-se mencionar o
gênero do paciente, a especialidade cirúrgica, a classificação da situação física do paciente (em
conformidade com a ASA1, a estação do ano, o dia, mês e o turno/período em que ocorreu o
cancelamento cirúrgico, o tipo e porte da instituição hospitalar, dentre outros sumariamente
importantes (RANGEL, 2012).
Conforme Macedo (2013) em relação ao cancelamento de procedimento cirúrgicos, as
consequências monetárias e emocionais podem ser amenizas caso a suspensão venha a ocorrer

1
American Society Anesthesiologists.
antes de que o paciente se afasta de seu local de trabalho e da internação. Seguramente quando
são canceladas as cirurgias no dia do agendamento e depois que o paciente é internado no centro
cirúrgico, tem-se como prejuízos expressivos ao hospital, a perda do horário na sala de cirurgia e
um aumento dos custos hospitalares.
De acordo com Tamiasso (2018) no momento em que ocorre a suspensão de um
procedimento cirúrgico, o paciente já fez todo um processo de preparamento cirúrgico, em outras
palavras, já deu entrada na instituição hospitalar, já fez todo o preparo e os exames que
antecedem a cirurgia, e dependendo do caso até já esteja a caminho do centro cirúrgico. Quando
paciente é informado que a sua cirurgia foi suspensa, este ainda pode enfrentar problemas como
decepção e desânimo, em razão de sua situação clínica não ter esperança de ser tratada e enfim
resolvida pela equipe médica.
Segundo Carvalho (2016) pode-se concluir que a suspensão dos procedimentos cirúrgicos
contribui expressivamente para que os pacientes desconfiem da credibilidade do hospital, e
principalmente da competência dos profissionais que trabalham nesta instituição; e ainda tiram o
estímulo dos cirurgiões de fazerem os procedimentos necessários à cirurgia, visto que tem o
conhecimento prévio que esta corre o risco de ser cancelada. Outras consequências do
cancelamento de cirurgias serão analisadas no decorrer deste estudo.

4 ÍNDICE OU TAXA DE CANCELAMENTO

Pode-se mencionar que o montante dos procedimentos cirúrgicos e a totalidade dos


cancelamentos são apontados por Schofield (2005) como sendo fatores indicativos que
representam tanto a qualidade quanto a produtividade da instituição hospitalar. Quanto a esta
performance, precisa ser constantemente avaliada por intermédio de indicadores quantitativos,
estando entre os que se aplicam diretamente as unidades do Centro Cirúrgico (CC) e ao Índice de
Cancelamento Cirúrgico Eletivo (ICCE).
De acordo com o autor Carvalho (2016) foi determinante pelo Ministério da Saúde (MS)
que o índice de suspensão cirúrgica através do total de cirurgias canceladas dividido pelo
montante de cirurgias programadas, sendo o seu resultado final multiplicado por 100. A este
respeito observa-se que no presente artigo foi usada esta respectiva metodologia para se apontar o
estimativo índice de cancelamento de procedimentos cirúrgicos.
Em conformidade com Kaddoum (2016) a suspensão de procedimentos cirúrgicos eletivos
corresponde a um problema que ocorre no mundo inteiro, constituindo um aspecto multifatorial e
de alta complexidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma estatística
preocupante revela que aproximadamente 254 milhões de cirurgias são feitas anualmente em todo
o planeta, correspondendo a um procedimento cirúrgico para cada 25 indivíduos.
Segundo foi analisado por Sung (2010) os procedimentos cirúrgicos considerados como
sendo eletivos são parte integrante do atendimento diário que é disponibilizado aos pacientes em
instituições hospitalares em todo o Brasil. De acordo com informações registradas no sistema de
informação do Sistema Único de Saúde (SUS), apontam que no decorrer do ano de 2018
realizou-se quase 2,4 milhões de cirurgias eletivas em todo o território brasileiro. Em
conformidade com esta mesma fonte bibliográfica até o mês de outubro do ano de 2019, realizou-
se 2 milhões de cirurgias a nível nacional.

5 CAUSAS DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ELETIVOS

Ao se determinar as especificações referentes ao cancelamento, tem-se as reais condições


para que os empenhos desenvolvidos para melhoria no indicador, possam ser plenamente
direcionados aos grupos, nos quais o acontecimento dessas interrupções ocorra com mais
frequência (Macedo, 2013).
De acordo com Gomes (2018) dentre as várias peculiaridades que a literatura moderna
aponta pode-se mencionar a especialidade cirúrgica, o gênero do paciente que está prestes a
passar pela cirurgia, a classificação do real estado físico do paciente de acordo com o que é
determinado pela American Society of Anesthesiologists (ASA), a estação do ano, a data, o tipo e
porte da instituição hospitalar, além do turno em que aconteceu o cancelamento do procedimento
cirúrgico eletivo.
Segundo Macedo (2013) um estudo realizado sobre os aspectos sobre a programação e o
cancelamento do procedimento cirúrgico, mostrou que as causas mais significativas que
contribuem para a redução da qualidade do serviço, e determina as atitudes a serem adotadas e
aplicadas visando o pleno controle e aprimoramento das informações estatísticas.
Em conformidade com o autor Gomes (2018) a literatura moderna aponta que para que
haja a diminuição dos números referentes a suspensão de cirurgias eletivas, é preciso que seja
realizado um estudo que determine as os motivos principais que conduzem ao cancelamento de
uma cirurgia, e posteriormente sejam desenvolvidas e aplicadas intervenções que tenham o
potencial de conduzir a solução dos motivos mais frequentes. Considera-se como essencial que se
determine as razões das suspensões de procedimentos cirúrgicos, principalmente nas
especialidades nas quais os índices são mais elevados.
Na tentativa realizada pela literatura moderna de fazer o agrupamento dos motivos de
cancelamento de procedimentos cirúrgicos eletivas, esta disponibiliza algumas opções
expressivas, entretanto não se tem modelos que seguem a um determinado padrão específico. A
falta de um determinado paradigma é plenamente justificável, em razão da pluralidade dos perfis
das instituições hospitalares que fizeram os levantamentos referentes aos cancelamentos
(BOTAZINI, 2017).
Baseado no que foi mencionado por Botazini (2017), o modelo editado pelo autor
Pinheiro (2017) os motivos de cancelamento de cirurgias eletivas que estão relacionadas
diretamente ao paciente, como por exemplo: o condicionamento clínico do paciente, a sua
ausência no momento da cirurgia, a falta de jejum, não planejamento do processo cirúrgico, falha
da programação cirúrgica, ausência de leito disponível na Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
não disponibilidade de documentos e exames, problemas com falta de equipamentos e horários
disponíveis, inversão da ordem cirúrgica, suspensão por parte do médico cirurgião responsável
pela cirurgia, alteração na conduta médica, ausência do profissional médico anestesista, não
realização do preparo pré-operatório por parte da equipe cirúrgica.
A respeito das causas dos cancelamentos de procedimentos cirúrgicos que foram
mencionadas pelo autor Botazini (2017), Gomes (2018) relatou que estas podem ser consideradas
como sendo não justificáveis, e estas revelam que a instituição hospitalar não disponibiliza aos
pacientes condições clínicas satisfatórias.
O autor Gonçalves (2020) selecionou os motivos do cancelamento de cirurgias eletivas
procedentes do paciente, estando dentre estas a ausência de condições clínicas da pessoa, uma
melhora em relação ao seu quadro clínico, paciente que se encontra utilizando medicamentos,
falta do paciente no momento da cirurgia, morte do paciente, negação do paciente em realizar o
procedimento cirúrgico. Outros motivos citados pelo mesmo autor, agora provenientes da
estrutura encontrada na instituição hospitalar: preenchimento incompleto ou não realizado da
documentação médica solicitada para a realização da cirurgia, falta de material instrumento por
parte do centro cirúrgico, falta de sangue no dia da cirurgia, ausência de leito disponível no
Centro de Terapia Intensiva (CTI), falta de leito na enfermaria, falta de manutenção predial,
overbooking. Ainda outros motivos relacionados a equipe médica são assim mencionados:
exames que ultrapassaram a data de validade ou que estejam incompletos, ausência do
profissional anestesista, falta dos profissionais da equipe de enfermagem ou até mesmo a equipe
responsável por realizar a cirurgia no paciente.
Em conformidade com Rangel (2012) os cancelamentos de cirurgias eletivas que
acontecem por causa de falhas no cronograma precisam ser foco de discussões, visto que para
que estas sejam evitadas mediante a execução de um planejamento interno melhor programado.
Observando também que as suspensões quando são em razão desta categoria, resultam em
modificações no setor administrativo da instituição hospitalar, a qual disponibiliza recursos
materiais e financeiros, além de tempo para que se realize a suspensão e um novo agendamento,
nas ocasiões em que este se faz necessário. Ressalta-se que as despesas advindas dessas
suspensões cirúrgicas são significativas, fato este que determine que o problema de suspensão de
procedimentos cirúrgicos deve sempre ser foco de preocupações e tomada de providências para
que haja uma menor ocorrência dos mesmos no ambiente hospitalar.
Adicionalmente fazendo observações sobre as causas da suspensão de procedimentos
cirúrgicos eletivos, alguns destes foi também mencionado pelo autor Santos (2017), que citou
dentre estes: o absenteísmo demonstrado pelo usuário, a ausência de condições clínicas
favoráveis para que a cirurgia seja realizada, normalmente em razão de doenças crônicas
descompensadas, como por exemplo: o diabetes e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS); e
também a não realização de exames clínicos pré-operatórios, o vencimento do tempo cirúrgico,
além da desvinculação do procedimento de agendamento cirúrgico por parte da equipe
multiprofissional, e a falta de informatização. Todos esses motivos são considerados como sendo
as causas que mais ocorrem nas instituições hospitalares, segundo o autor citado.
Pode-se concluir este tópico do presente artigo de conclusão de curso, observando o que
foi mencionado por Santos (2015), ou seja, independentemente de qualquer que seja o motivo do
cancelamento de um procedimento cirúrgico eletivo, este corresponde a um indicador no
processo avaliativo da qualidade que é disponibilizada pelo serviço hospitalar, apontando dessa
forma como sendo um defeito de planejamento administrativo da unidade do Centro Cirúrgico,
por ser considerado como uma ação que pode ser evitada na grande parte dos casos, se este for
devidamente trabalhado pelos profissionais que são responsáveis pela unidade hospitalar.
Entretanto, a suspenção de uma cirurgia eletiva constitui-se um evento que precisa ser evitado,
em razão das consequências negativas que abrangem o paciente, os seus familiares, a equipe de
saúde e a instituição hospitalar.

6 ESTATÍSTICAS DOS MOTIVOS E SAZONALIDADE DO CANCELAMENTO DE


PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ELETIVOS

As informações referentes as estatísticas dos motivos de cancelamento dos procedimentos


de cirurgias eletivas a serem observadas a seguir, foram obtidas através de dados que foram
fornecidos por algumas instituições hospitalares brasileiras, que foram publicados na bibliografia
recentemente.
Inicialmente cita-se que no Hospital Público do Estado de São Paulo, no decorrer do ano
de 2013, dentre 8.443 procedimentos cirúrgicos que foram agendados, foram executadas 7.870
(93,21%) e foram suspensas 573 (6,79%). Mais detalhes sobre motivos dos cancelamentos são
apresentados na Tabela 1 a seguir (SANTOS, 2015).

Cirurgias eletivas Número Porcentagem


Realizadas 7.870 93,21
Suspensas: 573 6,79
- por motivos clínicos 275 326
- por motivos não clínicos 264 3,13
- por motivos não informados 30 0,36
- por óbito 4 0,05
Agendadas 8.443 100,00
Tabela 1 - Número absoluto e relativo de cirurgias eletivas agendadas, distribuídas em realizadas e suspensas
por motivos. Hospital Público do Estado de São Paulo 2013.
Fonte: Santos, 2015.

Uma apresentação da relação dos motivos não clínicos e seus respectivos índices constam
na Tabela 2 na sequência.

Motivos de cancelamento cirúrgico eletivo Número Porcentagem


Clínicos (sem condições) 275 48,33
Não clínicos 264 46,40
- A pedido do cirurgião/mudança de conduta 102 17,93
- Paciente não internou 51 8,96
- Falta de material 37 6,50
- Inclusão de cirurgia de urgência 23 4,04
- Desistência do paciente 18 3,16
- Falta de tempo de sala operatória 13 2,28
- Falta de preparo pré-operatório 11 1,93
- Cota cirúrgica excedida 2 0,35
- Falta do profissional anestesista 2 0,35
- Sem consulta pré-operatória 2 0,35
- Adolescente sem responsável 1 0,18
- Paciente sem exames pré-operatórios 1 0,18
- Paciente já realizou a cirurgia 1 0,18
Não informados 30 5,27
Total 569 100,00
Tabela 2 - Números absolutos e relativos de cancelamento cirúrgico eletivo, segundo motivos categorizados
por Hospital Público do Estado de São Paulo 2013.
Fonte: Santos, 2015.

Conforme consta na Tabela 3, os usuários que são alocados nos pontos extremos da faixa
etária correspondem as crianças e os idosos, sendo desta forma 61,86% das suspensões
cirúrgicas. Pode-se observar que os mais prejudicados pelos motivos clínicos são as crianças e os
idosos; e pelos motivos não clínicos, os adultos e os idosos.

Motivos Não clínicos Clínicos Não Total


informados
Faixa etária em N % N % N % N %
anos2
Adolescentes (≥ 14 a 21 3,69 5 0,88 1 0,18 27 4,75
≤ 18)
Adultos (≥ 19 a ≤ 59) 114 20,04 62 10,90 14 2,46 190 33,39
Crianças (≤ 12) 40 7,03 133 23,37 5 0,88 178 31,28
Idosos (≥ 60) 89 15,64 75 13,18 10 1,76 174 3058
Total 264 46,40 275 48,33 30 5,27 569 100,00
Tabela 3 - Distribuição dos motivos de cancelamentos cirúrgicos por faixa etária. Hospital Público do Estado de
São Paulo, 2013.
Fonte: Santos, 2015.

Observa-se na Tabela 4 que as suspensões de procedimentos cirúrgicos em razão de


causas não clínicas são (148; 56,06%), os motivos clínicos são (149; 54,18%) e os não
informados correspondem a (11; 36,67%) e estes incidem na maioria dos casos no período
2
Categorizadas segundo os Estatutos da Criança e Adolescente, assim como do Idoso.
matutino e no primeiro horário que corresponde a 7 horas da manhã, enquanto que no vespertino
ocorre as 13:30 horas, desta forma sendo distribuídos: não clínicos (52; 19,70%), clínicos (58;
21,09%) e os não informados (7; 23,33%).
Dentre os 138 (100%) dos procedimentos cirúrgicos suspensos, as 7 horas da manhã no
ano de 2013, o motivo principal foi a ausência de condições clínicas do paciente (70; 5072%),
sendo na sequência o pedido do cirurgião/alteração de conduta (20; 14,49%), ausência de
material (13;9,42%) e não internação do paciente (11; 7,97%). No período vespertino das 117
cirurgias que foram suspensas no horário das 13:30, perdurou a ausência de condições clínicos
(58; 4957%), vindo na sequência a solicitação do cirurgião/alteração de conduta (24; 3051%),
usuário não se internou (09; 7,69%).

Períodos e horários Não clínicos Clínicos Não informado


Motivos N. % N. % N. %
Matutino 148 56,06 149 54,18 11 36,67
- 07:00 horas 62 23,48 70 25,45 6 20,00
- 09:00 horas 34 12,88 30 10,91 2 6,67
- 10:00 horas 15 5,68 12 4,36 1 3,33
- Demais horários 37 14,02 37 13,45 2 6,67
Vespertino 107 40,53 120 43,64 18 60,00
- 13:00 horas 7 2,65 9 3,27 4 13,33
- 13:30 horas 52 19,70 58 21,09 7 23,33
- 15:00 horas 25 9,47 25 9,09 3 10,00
- 15:30 horas 3 1,14 10 3,64 2 6,67
- Demais horários 20 7,57 18 6,55 2 6,67
A seguir 9 3,41 6 2,18 1 3,33
TOTAL 264 100 275 100 30 100,00
Tabela 4 - Distribuição dos motivos de cancelamento cirúrgico eletivo, por períodos e horários programados.
Hospital Público do Estado de São Paulo, 2013.
Fonte: Santos, 2015.

Na Tabela 5 percebe-se que a especialidade médica que mais teve cancelamentos de


procedimentos cirúrgicos no ano de 2013, está a cirurgia infantil com 19,85%, sendo seguida pela
Ortopedia com 1951%, Cirurgia Geral com 17,05%, pela Otorrinolaringologia com 14,94%, e
pela Vascular com 9,14%. Essas suspensões tiveram como maior incidência nas cirurgias
programadas durante o período da manhã (54,13%), distribuídas da seguinte maneira: Cirurgia
Infantil (11,42%), Ortopedia (1037%) e Otorrinolaringologia (10,54%).
Horários no mapa A seguir Matutino Vespertino Total
cirúrgico
Especialidades N % N % N % N %
Cirurgia infantil 1 0,17 65 11,42 47 8,26 113 19,85
Ortopedia 7 1,23 59 10,37 45 7,91 111 19,51
Cirurgia geral 0 0,00 44 7,73 53 9,31 97 17,05
Otorrino 2 0,35 60 10,54 23 4,04 85 14,94
Vascular 3 0,53 39 6,85 10 1,76 52 9,14
Demais 3 0,53 41 7,21 67 11,78 111 19,51
Total 16 2,81 308 54,13 245 43,06 569 100,00
Tabela 5 - Distribuição absoluta e relativa de cirurgias canceladas, segundo especialidades e horários previstos no
mapa cirúrgico. Hospital Público do Estado de São Paulo, 2013.
Fonte: Santos, 2015.

O estudo das informações referentes à sazonalidade dos procedimentos cirúrgicos eletivos


suspensos entre os anos de 2010 a 2013 são apresentadas por intermédio das Figuras 3, 4, 5 e 6
localizadas a seguir, somente para disponibilizar uma apresentação legível das dezesseis causas
de cancelamento.
O estudo em questão mostra o modelo de séries temporais, ajustado mediante um modelo
auto-regressivo que contem médias móveis, o qual não apontou a sazonalidade no período
analisado com as causas de suspensão do procedimento cirúrgico.

Figura 3 - Estudo da sazonalidade de cirurgias eletivas por motivos de cancelamento (sem exames pré-
operatórios, sem preparo adequado, suspenso por falta de tempo cirúrgico, sem condições
clínicas), de 2010 a 2013, em Hospital Público do Estado de São Paulo.
Fonte: Santos, 2015.
Figura 4 - Estudo da sazonalidade de cirurgias eletivas por motivos de cancelamento (suspenso pelo cardiolo-
gista, suspenso pelo anestesista, mudança de conduta, não internou), de 2010 a 2013, em Hospital
Público do Estado de São Paulo.
Fonte: Santos, 2015.

Figura 5 - Estudo da sazonalidade de cirurgias eletivas por motivos de cancelamento (falta de consulta pré-
Operatória, suspensa, suspensa a pedido do cirurgião, suspensa por intercorrência com o paciente),
de 2010 a 2013, em Hospital Público do Estado de São Paulo.
Fonte: Santos, 2015.
Figura 6 - Estudo da sazonalidade de cirurgias eletivas por motivos de cancelamento (suspensas pelo médico
no acolhimento, paciente desistiu, paciente já realizou, suspensa pelo paciente e outros), de 2010 a
2013, em Hospital Público do Estado de São Paulo.
Fonte: Santos, 2015.

7 CONSEQUÊNCIAS DO CANCELAMENTO DE CIRURGIAS ELETIVAS

Ressalta-se que quanto mais tardio for a suspensão cirúrgica, maiores vão ser as
consequências tanto para o usuário quanto para o hospital. A ação de suspender uma cirurgia
resulta no subuso do cenário cirúrgico, no custo institucional e na ampliação da fila de espera dos
pacientes (CARVALHO, 2020).
Os atores que fazem parte do processo cirúrgico, quer estes seja gerenciais ou
assistenciais, estes necessitam possuir a clareza que a estrutura pública utilizada, amplia as
despesas dos serviços, perda essa que irá pender para o lado dos pacientes, as suas famílias e
sobre os próprios hospitais (KADDOUM, 2016).
Segundo Gomes (2018) a suspensão das cirurgias no dia que estas forem programadas,
refere-se a uma das principais razões da utilização sem eficiência do tempo da sala de cirurgias,
sendo assim uma perda de recursos, que tem como consequências as alterações biopsicossociais
sobre o usuário, modificações sobre os seus familiares e aos profissionais da saúde nos mais
variados segmentos da instituição hospitalar.
No âmbito hospital os recursos materiais são prejuízos significativos, que por sua vez
poderiam ser perfeitamente evitados. Nota-se que intervenções poderiam ser adotadas, entretanto
a decisão sobre quais seriam as mais apropriadas para o contexto depende de um estudo
relacionado a real situação de cada hospital envolvido. Certamente a preocupação do
gerenciamento do centro cirúrgico destinado a reduzir as despesas e impedir que ocorram perdas,
precisa avaliar as necessidades do usuário, e se empenhar em buscar assistência qualificada e
plenamente segura (PINHEIRO, 2017).

8 ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR O CANCELAMENTO DE CIRURGIAS ELETIVAS

Na literatura moderna pesquisada para a edição deste estudo, encontra-se diversas


estratégias que podem utilizadas visando reduzir o problema do cancelamento de cirurgias
eletivas, como por exemplo: programar e realizar consultas pré-anestésica ou previamente à
cirurgia, confirmar por intermédio de ligação telefônica sobre o comparecimento dos usuários um
ou dois dias antes do procedimento cirúrgico, e reestruturar plenamente o processo de trabalho
abrangendo todos os funcionários que constituem a equipe de saúde da instituição hospitalar
(SANTOS, 2017).
Da maneira mencionada por Botazini (2017), a devida notificação da suspensão do
procedimento cirúrgico torna-se de caráter essencial a fim de que os gestores tenham condições
de trabalhar esta com plena eficácia. Para tal, entretanto esta se torna um instrumento essencial
para que haja a correta captação de informações na unidade cirúrgica.
Em apoio ao que foi citado por Botazini (2017), Moraes (2017) observou que a
alimentação precisa e minimizada do sistema citado é primordial, por parte de todos os
profissionais que estão envolvidos na cirurgia. Pela razão mencionada é necessária que haja uma
conscientização e total educação constante nas instituições hospitalares.
Em relação a função desempenhada pelo enfermeiro, este precisa usar os dados obtidos
sobre os apontamentos microeconômicos do processos, como também os custos diretos e de
oportunidade, para que haja o pleno gerenciamento do centro cirúrgico, tendo-se condições assim
de criar e desenvolver estratégias para que se possa resolver o problema do cancelamento de
cirurgias eletivas (GONÇALVES, 2020).

9 CONCLUSÃO
Ficou comprovado neste estudo que o cancelamento de uma cirurgia eletiva causa
consequências negativas ao paciente, e também aos profissionais de saúde e por fim a própria
instituição hospitalar. Essa situação causa um aumento significativo dos recursos tanto humanos
quanto materiais, além de influenciar negativamente sobre a rotina do hospital. Notou-se então
que a meta do gerenciamento do centro cirúrgico visando reduzir perdas financeiras e impedir
que haja desperdícios precisa analisar constantemente os anseios do usuário, e se empenhar em
obter uma assistência sempre bem capacitada, evidenciando sempre a segurança.
No decorrer deste artigo observou-se que ao se determinar as causas do cancelamento de
cirurgias eletivas, torna-se possível que haja um estudo minucioso da gestão do indicador
suspensão cirúrgica, e consequentemente a qualidade da assistência quando se trata da saúde do
paciente.
Ficou evidenciado que o agendamento cirúrgico eficiente, é deveras mensurado perante a
eficácia da cirurgia eletiva, e para que assim ocorra, deve haver a criação de práticas reflexivas e
avançadas visando a assistência perioperatória, e ao empenho da autonomia e ordenação da
equipe cirúrgica, e principalmente do enfermeiro que desempenha um papel fundamental no
centro cirúrgico.
Conforme foi mencionado no estudo, o procedimento cirúrgico faz com que os usuários
fiquem estressados, e nessa situação cabe ao profissional de enfermagem que atua no período
perioperatório, possui total conhecimento sobre as reais condições que estão relacionadas a
suspensão das cirurgias eletivas. Neste aspecto este artigo possui todas informações necessárias
para que se possa ajudar o enfermeiro a programar a sua forma de prestar assistência, se
empenhando sempre em reduzir as suspensões cirúrgicas, que estejam de qualquer forma
relacionados ao trabalho que por ele é desempenhado.
Em síntese pode-se dizer que o presente estudo cumpriu com o seu objetivo de analisar as
causas e consequências do cancelamento de cirurgias eletivas, mostrando que este é um problema
real, mas pode sim ser evitados mediante um trabalho eficaz dos enfermeiros e de todos os outros
profissionais que atuam em uma instituição hospitalar.

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