Textos Apoio 1516 Corr B
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7 Cálculo integral
! "
R = (x, y) ∈ R2 : a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x) ,
y y = f (x)
a
x
b
c ∈ [a, b].
y = f (x)
y
f (c)
a c
x
b
Nessa altura,
53
De modo a melhorar a aproximação podemos subdividir o intervalo [a, b]
c0 c1 c2 x
a = a0 a1 a2 ··· an−1 b = an
Assim,
representa por
# b
f (x)dx.
a
tremos de integração.
f : [a, b] → R.
54
Propriedades do integral
Tem-se:
• Linearidade do integral:
#b #b #b
1. (f (x) + g(x))dx = f (x)dx + g(x)dx.
a a a
#b #b
2. λ f (x) dx = λ f (x)dx.
a a
#b #b
f (x) dx ≥ g(x)dx.
a a
• Aditividade do integral:
#b #c #b
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx.
a a c
#a #b
• f (x) dx = − f (x) dx = 0.
b a
55
Exemplos
1. Sabendo que
#1 #1
1 1
x dx = e que x2 dx = ,
2 3
0 0
obtemos pelas propriedades anteriores
#1 #1 #1
2
(x + 5x ) dx = x dx + 5x2 dx
0 0 0
#1 #1
1 5 13
= x dx + 5 x2 dx = + = .
2 3 6
0 0
#1 #1
2 √
2. Pretende-se comparar os integrais x dx e x dx sem os determi-
√ 0 0
nar. Ora, como a função x ≥ x2 em [0, 1], vem pela monotonia do
integral que
#1 #1
2 √
x dx ≤ x dx.
0 0
primitiva de f . Então
#b $ %b
f (x)dx = F (x) = F (b) − F (a).
a
a
56
Exemplos
#b #b
1. k dx = k 1 dx = k[x]ba = k(b − a).
a a
#1 & '1
x2 1
2. x dx = = .
2 0 2
0
#6
√
3. Pretende-se calcular x + 1 dx.
2
f α+1
Recordemos que P f " f α = (α (= −1). Assim,
α+1
#6 #6 ( 3
)6
√ 1 (x + 1) 2
x + 1 dx = (x + 1) 2 dx = 3
2 2
2 2
2$ %
3 6 2 3 3
= (x + 1) 2 = (7 2 − 3 2 ).
3 2 3
#3
4. Pretende-se calcular e−x dx.
1
" f
Recordando que P (f e ) = ef , vem
#3 #3
−x
* +3
e dx = − −e−x dx = − e−x 1 = −(e−3 − e−1 ) = e−1 − e−3 .
1 1
#3
5. Pretende-se calcular |2 − x| dx.
1
2 − x, 2 − x ≥ 0 2 − x, 1 ≤ x ≤ 2
Tem-se |2 − x| = = .
x − 2, 2 − x ≤ 0 x − 2, 2 ≤ x ≤ 3
x
1 2 3
57
Assim
#3 #2 #3
|2 − x| dx = (2 − x) dx + (x − 2) dx
1 1 2
& '2'3 &
x2
x2
= 2x −
+ − 2x
1 22 2
0 11 09 1
= (4 − 2) − 2 − + − 6 − (2 − 4) = 1.
2 2
#e
6. Pretende-se calcular ln x dx.
1
Primitivando por partes vem
1
P 1 · ln x = x ln x − P x = x ln x − x = x(ln x − 1),
x
e portanto,
#e
ln x dx = [x(ln x − 1)]e1 = e(1 − 1) − (−1) = 1.
1
#1
arctg x
7. Pretende-se calcular dx.
1 + x2
0
1
Recordando que (arctg x)" = 1
1+x2
e que P f " f = f 2 obtemos
2
arctg x 1 1
P =P arctg x = arctg2 x.
1 + x2 1 + x2 2
Portanto,
#1
arctg x 1* 2 1
+ 1 2 2 1 0 π 12 π 2
dx = arctg x = (arctg 1 − arctg 0) = = .
1 + x2 2 0 2 2 4 32
0
√
# 3
dx
8. Pretende-se calcular .
arctg x(1 + x2 )
1
58
"
Recordando que P ff = ln |f |,
1
1 2
P = P 1+x = log |arctg x|,
arctg x(1 + x2 ) arctg x
e portanto,
√
#3 $ %√ 3 √
dx
= log |arctg x| = log |arctg 3| − log |arctg 1|
arctg x(1 + x2 ) 1
1
π π 4
= log − log = log .
3 4 3
√
2
#2
x dx
9. Pretende-se calcular, √ .
√ 1 − x4
2
− 2
1 f"
(arcsen f )" = 2 f" = 2 ,
1 − f2 1 − f2
vem
x 1 2x 1
P √ = P2 = arcsen x2 ,
1 − x4 2 1 − (x2 )2 2
e portanto,
√
2
#2 √ 3 4
x dx 1$ % 2
2 1 1 1
√ = arcsen x2 √2 = arcsen − arcsen = 0.
√
1−x 4 2 − 2 2 2 2
2
− 2
#1
dx
10. Pretende-se calcular, .
x2 −4
−1
1
A função 2 é uma função racional própria pois é um quociente
x −4
de dois polinómios, sendo que o grau do denominador superior ao do
59
admite a factorização x2 −4 = (x+2)(x−2). Assim existem constantes
1 1 A B
= = +
x2 − 4 (x − 2)(x + 2) x−2 x+2
e portanto
A+B =0 B = −A B = −1
4
⇔ ⇔
2(A − B) = 1 4A = 1 A = 14 .
1 1 1
= −
x2 −4 4(x − 2) 4(x + 2)
e portanto
#1 #1 & '
dx 1 1
2
= − dx
x −4 4(x − 2) 4(x + 2)
−1 −1
#1 #1
1 dx 1 dx
= −
4 x−2 4 x+2
−1 −1
1$ %1
= log |x − 2| − log |x + 2|
4 −1
1 log 3
= (log 1 − log 3 − log 3 + log 1) = − .
4 2
60
Aplicações do cálculo integral
• Cálculo de áreas.
Cálculo de áreas
#b
é dada pelo integral (f (x) − g(x))dx.
a
y y = f (x)
a
x
b
y = g(x)
tante. O valor da área será então a soma das áreas associadas a cada um
desses subintervalos.
61
Exemplos
y
y = |x|
1
R
√ √
− 2 2
x
−1 1
y = 2 − x2
#1
Área = ((2 − x2 ) − |x|)dx
−1
#0 #1
2
= ((2 − x ) − (−x))dx + ((2 − x2 ) − x)dx
−1 0
& '0 & '1
x3 x2 x3 x2
= 2x − + + 2x − −
3 2 −1 3 2 0
(−1)3 (−1)2 1 1 7
= −(2(−1) − + ) + (2 − − ) = .
3 2 3 2 3
y = 2x
√
2 x
y= 4
1 R
1
2 y= x
√ x
2 2
2
62
Para isso necessitamos de determinar os pontos de intersecção dos grá-
√
2
√
Como y ≥ 0 obtemos o ponto ( 2 , 2). Analogamente a intersecção
integral definido.
63
da região definida por rotação da área
{(x, y) : a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)},
y y = f (x)
a b x
pela fórmula,
#b
V = π f 2 (x) dx.
a
Exemplo
y
y = f (x)
1
x
1
64
O volume do cone é dado por
#1 & '1
2 x3 π
V = π x dx = π = .
3 0 3
0
comprimento de arco de f (x) entre os pontos (a, f (a)) e (b, f (b)) é dado por
#b 2
l(f ) = 1 + [f " (x)]2 dx.
a
65
y
√
y= 1 − x2
1
x
−1 1
√
y = − 1 − x2
Integral indefinido
#x
F (x) = f (t) dt, x ∈ [a, b]
a
66
y
f (x)
x
a x b
Área = F (x)
Exemplos
#x & 'x
t2 x2
1. Se f (x) = x, x ∈ [0, 1], então F (x) = t dt = = .
2 0 2
0
2, 0 ≤ x < 1,
2. Seja f (x) = 0, 1 ≤ x < 3,
−1, 3 ≤ x ≤ 4.
67
#x
Por definição temos F (x) = f (t) dt, x ∈ [0, 4], ou seja,
0
9x
2 dt, 0 ≤ x < 1,
0
91 9x
F (x) = 2 dt + 0 dt, 1≤x<3
0 1
91 93 9x
2 dt + 0 dt + (−1) dt, 3 ≤ x ≤ 4,
0 1 3
2x, 0 ≤ x < 1,
= 2 + 0, 1 ≤ x < 3,
2 + 0 + (−x + 3), 3 ≤ x ≤ 4.
Assim,
2x, 0 ≤ x < 1,
F (x) = 2, 1 ≤ x < 3,
−x + 5, 3 ≤ x ≤ 4.
x − 1, 1 ≤ x ≤ 2,
3. Seja f (x) = .
3, 2<x≤4
68
Então
9x
(t − 1) dt, 1 ≤ x ≤ 2,
#x
1
F (x) = f (t) dt =
1
92 9x
(t − 1) dt + 3 dt, 2 < x ≤ 4,
1 2
$ % x
t2
2 −t , 1 ≤ x ≤ 2,
1
=
$2 %2 $ %x
t2 − t + 3 t , 2 < x ≤ 4,
1 2
x2
1
2 − x + 2, 1 ≤ x ≤ 2,
=
1 11
2 + 3x − 6 = 3x − 2 , 2 < x ≤ 4.
y
f (x)
x
1 2 3
y x
11
2
F(x)
F (x)
1
2
x
1 2 3
x
ção f é uma função contínua, mesmo que f não o seja. De facto, esta e
69
#x
Teorema Seja f : [a, b] → R uma função integrável e seja F (x) = f (t) dt,
a
x ∈ [a, b] o integral indefinido de f . Tem-se:
(ii) Se f (x) ≥ 0 [f (x) ≤ 0] para todo o x ∈ [a, b] então F (x) é uma função
(iii) Se f (x) é uma função contínua em x0 ∈ [a, b] então F (x) é uma função
contínua em [a, b] então F (x) é uma função derivável em [a, b], tendo-
3# x 4"
se F " (x) = f (x) para todo o x ∈ [a, b], ou seja, f (t) dt = f (x),
a
para todo o x ∈ [a, b].
A propriedade (iii) significa que se f (x) for contínua em [a, b], F (x) é
70
Capítulo 2
2.1 Vectores
$x = (x1 , . . . , xn ) ∈ Rn ,
R
: ×R×
;<· · · × R= = {(x1 , . . . , xn ) : xi ∈ R}.
n factores
x3
x2 $x = (x1 , x2 ) $x = (x1 , x2 , x3 )
O x2
O x1
x1 (x1 , x2 , 0)
71
Operações com vectores
• Adição de vectores
Dados $x = (x1 , . . . , xn ) e $
y = (y1 , . . . , yn ) define-se
$x + $y = (x1 + y1 , . . . , xn + yn ).
$x + $y
x 2 + y2
$y
y2
x2 $x
y1 x1 x 1 + y1
(Regra do paralelogramo)
λ$x
λx2
$x
x2
x1 λx1
(λ = 2 na figura)
72
%x% $x
tem-se:
• ,$x, ≥ 0;
• ,λ$x, = |λ|,$x,;
com a mesma direção e sentido que $x. Daqui resulta que vers(x) = α$x com
1
α > 0 tal que ,α$x, = α,$x, = 1. Logo α = e portanto,
,$x,
$x
vers($x) = .
,$x,
2
Por exemplo, se $x = (3, 4), ,(3, −4), = 32 + (−4)2 = 5 e tem-se
3 4
$x 3 4
vers($x) = = , .
,$x, 5 5
2
d($x, $y ) = ,y − x, = (y1 − x1 )2 + · · · + (yn − xn )2 .
73
Produto interno
$x|$y = x1 y1 + x2 y2 + · · · + xn yn .
• $x|$y = $y |$x;
notáveis da multiplicação em R,
Vamos agora ver como a noção de produto interno permite definir rigo-
74
Produto interno e norma
$x + $y
$y
$x
Assim
ou seja,
$x|$y = 0 ⇔ $x ⊥ $y .
projeção ortogonal de $y sobre o vetor $x, proj#x ($y ) = α$x. Suponhamos ainda
α > 0.
75
Tem-se,
,α$x,
• cos θ = ⇔ ,α$x, = ,$y , cos θ;
,y,
$z
$y
θ
$x
α$x
Assim,
$x|$y = $x|(α$x + $z )
= α($x|$x) + $x|$z
:;<=
0
= α,$x, ,$x, (2.1)
$x|$y π
cos θ = , 0≤θ≤
,$x, ,$y , 2
$x|$y
α =
,$x,2
π
A fórmula anterior é também válida quando 2 ≤ θ ≤ π, isto é, quando α ≤ 0
como
$x|$y
θ ∈ [0, π] tal que cos(θ) =
,$x, ,$y ,
76
e tem-se para a projeção ortogonal de $y sobre $x, proj#x ($y ) = α$x,
$y |$x
proj#x ($y ) = $x.
$x|$x
$y |$x
projr ($y ) = $x,
$x|$x
Exemplo
tal que
√
$x|$y (3, 0)|(2, 2) 6 2
cos θ = = = √ = .
,$x, ,$y , ,(3, 0), ,(2, 2), 6 2 2
Logo θ = π4 .
$y
π
4
$x
proj#x ($y )
77
A distância de $y à reta definida por $x vem dada por,
Matrizes
Exemplo
2 4 3
A=
,
1 0 −3
denota-se 0m×n .
78
Matriz coluna e matriz linha
Exemplo
1
A = −2
= (1, −2, 30) ∈ R3 .
30
3×1
Exemplo
$ %
A = −2 3 − 1 4 .
1×4
Matriz quadrada
79
a11 a12 · · · a1n
a21 a22 · · · a2n
A=
.. .. .. ..
. . . .
an1 an2 · · · ann
n×n
diag(a11 , . . . , ann ).
Exemplo
−1 0 0
A = diag(−1, 1, 3) =
0 1 0
0 0 3
3×3
Chama-se matriz escalar a uma matriz diagonal em que todos os elemen-
α
α
diag(α, . . . , α) =
..
.
α
n×n
80
1
1
In = diag(1, . . . , 1) =
..
.
1
n×n
Transposição de matrizes
mesma ordem.
Exemplo
1
2 0
1 2 −1 4
2 3 5
A = 2 3 −4 5
, AT =
−1 −4 1
0 5 1 7
3×4 4 5 7
4×3
Exemplo
1 4 2 1 4 2 1 α β
α 3 −3 é simétrica se e só se α 3 −3 = 4 3 γ ,
β γ −1 β γ −1 2 −3 −1
isto é, se e só se α = 4, β = 2 e γ = −3.
81
Operações algébricas com matrizes
adição, produto por um escalar e produto interno bem conhecidas para veto-
res.
Adição de matrizes
Exemplo
1 2 −1 4 1 −1 0 8
A=
2 3 −4 5 B=
−1 0 20 1
,
0 5 1 7 3 2 0 10
3×4 3×4
2 1 −1 12
A+B =
1 3 16 6
.
3 7 1 17
3×4
82
Exemplos
1 2 −1 4 100 200 −100 400
• 100 2 3 −4 5
= 200 300 −400 500
.
0 5 1 7 0 500 100 700
3×4 3×4
• αIn = diag(α, α, . . . , α)
Produto de matrizes
A = [aij ], do tipo m × n,
B = [cjk ], do tipo n × p,
AB = C = [cik ], do tipo m × p,
83
Exemplo
1 −2 4 2
−10 0 0
0 5 −1 7
0 3 −5
A =
10 0 −3 5
B =
1 1 1
1 3 5 7
0 8 0
4×3
3 2 1 0
5×4
−6 14 14
−1 70 −26
C = AB =
−103 37 −3
−5 70 −10
−29 7 −9
5×3
• A + B = B + A;
• A + (B + C) = (A + B) + C;
• λ(A + B) = λA + λB;
84
• (λ + µ)A = λA + µA;
• (A + B)T = AT + B T ;
• A(B + C) = AB + AC;
• λ(AB) = (λA)B;
• (λµ)A = λ(µA);
• (AB)T = B T AT .
AB (= BA.
1 1 1 1
De facto, basta considerar, A =
eB=
, tendo-se
1 1 0 1
1 2 2 2
AB =
=
(
= BA.
1 2 1 1
matrizes encadeadas,
AB = O (⇒ (A = O ou B = O).
85
1 −1 1
De facto, basta considerar A =
e B = , tendo-se
−1 1 1
AB = 02×1 (verfique!).
AB = AC (⇒ B = C.
1 1 −1 1 0 0
De facto, basta considerar A =
, B =
eC =
,
2 2 3 0 2 1
tendo-se AB = AC com B (= C (verifique!).
• Homotetias:
α 0
A=
define uma homotetia de razão α > 0:
0 α
α 0 x1 αx1
· = .
0 α x2 αx2
86
αx2
x2
x1 αx1
• Simetrias:
1 0
– A=
, define uma simetria relativamente ao eixo dos
0 −1
xx:
1 0 x1 x1
· = .
0 −1 x2 −x2
0 1
– A=
, define uma simetria relativamente à bissectriz dos
1 0
quadrantes ímpares:
0 1 x1 x2
· = .
1 0 x2 x1
– Em geral, a matriz
1 v12 − v22 2v1 v2
A= ,
v12 + v2
2
2 2
2v1 v2 v2 − v1
87
x2 x1
v
x2
x1
x2 x1
−x2
• Rotações:
0 −1
A=
define uma rotação de
π
2 radianos:
1 0
0 −1 x1 −x2
· = .
1 0 x2 x1
88
plano xOy:
1 0 0 x1 x1
0 1 0 · x = x .
2 2
0 0 −1 x3 −x3
cos θ − sin θ 0 1 cos θ
sin θ cos θ 0 · 0 = sin θ
0 0 1 z z
Rotação em torno do eixo dos xx Rotação em torno do eixo dos yy Rotação em torno do eixo dos zz
de ângulo θ de ângulo θ de ângulo θ
z z z
y y y
θ
θ
x x x
89
O produto de matrizes via transformações geométricas
Exemplo A matriz
2 0
A=
,
0 2
define uma homotetia que transforma o quadrado Q de vértices, (1, 1), (1, −1),
(−1, −1) e (−1, 1), ou seja, definido pelos vetores a = (1, 1), b = (1, −1), c =
(−1, −1) e d = (−1, 1), no quadrado Q" definido pelos vetores [a" |b" |c" |d" ] =
d" 2 a"
1
d a
−2 −1 1 2
c b
−1
c" −2 b"
Exemplo A matriz
√ √
2
2 − 22 0
√ √
0
,
2 2
2 2
0 0 1
π
define uma rotação de ângulo 4 radianos em torno do eixo dos zz que trans-
90
B = (0, 1, 0), C = (−1, 0, 0) e D = (0, −1, 0) e com vértice E = (0, 0, 1), na
pirâmide de base definida por A" , B " , C " e D " e vértice E " , onde
√ √
2 2
2 − 2 0 1 0 −1 0 0
" " " " " √ √
[A |B |C |D |E ] = 2 2
0 · −1 0
2 2 0 1 0
0 0 1 0 0 0 0 1
√ √ √ √
2 2 2 2
2 − 2 − 2 2 0
√ √ √ √
= 2 2
− 22 − 22 0 .
2 2
0 0 0 0 1
z z
E E"
C
C" B"
D B
y y
D" A"
A
x
x
91
Inversa de uma matriz
AB = BA = In .
Notas:
por A−1 .
Algumas propriedades
• (A−1 )−1 = A.
Exemplos
−1
1
2 0 2 0
•
=
.
1
0 2 0 2
92
• A = diag(a1 , a2 , . . . , an ) é invertível sse a1 , a2 , . . . , an (= 0, tendo-se
A−1 = diag(a−1 −1 −1
1 , a2 , . . . , an ).
−1
cos θ − sin θ cos θ
sin θ
•
=
.
sin θ cos θ − sin θ cos θ
−1
2 −1 1 1 2 −1 1 1 1 0
•
=
, pois
=
.
−1 1 1 2 −1 1 1 2 0 1
−1
a b 1 d −b
• Mais geralmente, tem-se
= se ad −
ad − bc
c d −c a
bc (= 0.
Ax = b
93
a11 x1 + · · · + a1n xn = b1
a21 x1 + · · · + a2n xn = b2
..
.
a x + ··· + a x = b .
m1 1 mn n m
m × (n + 1),
a11 · · · a1n b1
. .. ..
.. .
. ,
am1 · · · amn bm
Exemplo
1 2 −1
Consideremos A =
eb=
. Tem-se,
−1 0 1
1 2 x1 −1
Ax = b ⇔
=
−1 0 x2 1
x1 + 2x2 −1
⇔
=
.
−x1 + 0x2 1
94
cuja matriz ampliada [A|b] é
1 2 −1
.
−1 0 1
⇔ x = A−1 b.
Exemplo
1 2
Consideremos a matriz A =
do exemplo anterior e o vector b =
−1 0
(b1 , b2 ). A solução (única) de Ax = b é
0 −1 b1 −b2
x = A−1 b =
=
.
1 1 b1 +b2
2 2 b2 2
95
Exemplo
x1 + x2 = 2 x1 + x2 = 2
⇔
2x1 − x2 = 1 x2 = 1
um sistema equivalente)
linha.
1 1 2 1 1 2
Ex: −→ (L2 → −2L1 + L2 )
2 −1 1 0 −3 −3
96
2. Multiplicar uma linha por um escalar não nulo:
1 1 2 1 1 2 −1
Ex: −→ (L2 → L2 )
3
0 −3 −3 0 1 1
sistema.
• Uma matriz diz-se escada se o 1o elemento não nulo de cada linha, que
se designa por pivot, estiver mais à direita que o 1o elemento não nulo
da linha anterior.
1 −1 2 5 −1
Ex:
0 2 1 4 −5
0 0 0 9 2
próprio pivot.
1 0 8 0 6
Ex:
0 1 7 0 3
0 0 0 1 2
97
• Definem-se analogamente sistema em escada e sistema reduzido, subs-
tema.
original:
(ii) A fase ascendente aplica-se aos sistemas possíveis e tem como objec-
efectuadas.
Esquematicamente:
desc. asc.
sistema/matriz −−→ sistema/matriz em escada −→ sistema/matriz reduzido
↓ ↓
98
Exemplo 1
x1 − x2 + x3 = 3
Pretende-se resolver o sistema 2x1 − x2 + 3x3 = 8
−x1 + x3 = 1
Fase descendente:
1 −1 1 3 1 −1 1 3 1 −1 1 3
2 −1 3 8 −→ 0 1 1 2 −→
−→
0 1 1 2
−1 0 1 1 0 −1 2 4 0 0 3 6
Fase ascendente:
1 −1 1 3 1 −1 0 1 1 0 0 1
−→
0 1 1 2 −→ 0
1 0 0 −→ 0 1 0 0 .
0 0 1 2 0 0 1 2 0 0 1 2
Exemplo 2
1 1 0 1 2
0 1 −1 0 1
1 2 1 1 −2
99
Fase descendente:
1 1 0 1 2 1 1 0 1 2 1 1 0 1 2
0 1 −1 0 1 −→ 0 1 −1 0 1 −→ 0 1 −1 0 1 −→
1 2 1 1 −2 0 1 1 0 4 0 0 2 0 −5
Não existem equações impossíveis. Existem colunas sem pivot. Logo o sis-
sem pivot.
Fase ascendente:
7
1 1 0 1 2 1 1 0 1 2 1 0 0 1 2
−→ 0 1 −1 0 1 −→ 0 1 0 0 − 3 −→ 0 1 0 0 − 3
2 2
0 0 1 0 − 52 0 0 1 0 − 52 0 0 1 0 − 52
x1 = 72 − x4
x2 = − 3
2
x3 = − 52
x = ∀
4
O conjunto de soluções do sistema é
5 6
7 3 5
S= (x1 , x2 , x3 , x4 ) : x1 = − x4 , x2 = − , x3 = − , x4 = ∀
2 2 2
100
Exemplo 3
0 1 0 1
1 2 −2 0
2 5 −4 0
Fase descendente:
0 1 0 1 1 2 −2 0 1 2 −2 0 1 2 −2 0
1 2 −2 0 −→ 0 1 0 1 −→ 0 1 0 1 −→ 0 1 0 1
2 5 −4 0 2 5 −4 0 0 1 0 0 0 0 0 −1
101
Algorítmo para a determinação da inversa de uma matriz
1 2
Consideremos A =
. Para calcular A−1 temos que determinar
−1 0
x1 y 1
uma matriz X = [x|y] =
, tal que AX = I2 .
x2 y 2
Ora
1 2 x1 y 1 1 0
AX = I2 ⇔
=
−1 0 x2 y 2 0 1
x1 + 2x2 y1 + 2y2 1 0
⇔
=
−x1 −y1 0 1
1 0
⇔ Ax =
,
Ay =
.
0 1
E 1F E 1
F
Resolvendo os sistemas
obtemos
x = 0, 2 e y = −1, 2 .
0 −1
Logo A−1 =
.
1 1
2 2
102
Podemos resolver simultaneamente estas equações aplicando o método de
$ % $ % N $ %
A|I A" | I " I | A−1
desc. asc.
A" em escada
tem linhas de zeros ?
A é não invertível
STOP
Exemplos
1 2
1. Pretende-se determinar a inversa da matriz (se existir)
.
−1 3
Aplicando o algorítmo da inversa, vem
3
1 2 1 0 1 2 1 0 1 2 1 0 1 0 5 − 25
−→ −→ −→ .
1 1 1 1
−1 3 0 1 0 5 1 1 0 1 5 5 0 1 5 5
−1
1 2 1 3 −2
Logo
=
.
5
−1 3 1 1
1 2 1
2. Pretende-se determinar a inversa da matriz (se existir) 0 1 1
.
1 3 2
103
Tem-se,
1 2 1 1 0 0 1 2 1 1 0 0 1 2 1 1 0
0
0 1 1 0 1 0 −→ 0 1 1 0 1 0 −→ 0 1 1 0 1 0 = [ A" |I " ]
1 3 2 0 0 1 0 1 1 −1 0 1 0 0 0 −1 −1 1
104