Resumos Os Maias Parte 1

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Os maias: Episódios da vida romântica – Eça de Queiroz

Analepse: Técnica narrativa que consiste em relatar acontecimentos anteriores ao tempo presente da história.
A partir do capítulo III, o narrador volta a sua atenção sistematicamente para Carlos, o que nos leva a concluir que as
referências às gerações de Afonso e de Pedro foram feitas para explicar a existência de Carlos em Lisboa.

Subtítulo: remete para uma descrição do estilo de vida romântico, através da crónica de costumes, da sociedade
Lisboeta.
A crónica de costumes concretiza-se através da construção de ambientes e da atuação de personagens-tipo, revelando-
se como uma ação aberta (vícios burgueses, a estagnação tecnológica, científica, sensação de total imobilismo da
sociedade portuguesa).

Narrador: omnisciente, pois sabe tudo o que se passa dentro e fora das personagens, e não participante. A sua voz é
crítica e irónica.
Descrição detalhada promove verosimilhança. Uso do diminutivo (depreciação).

Ação: baseia-se na história de três gerações da família Maia: Afonso, Pedro e Carlos (AÇÃO FECHADA – tem introdução,
desenvolvimento…). Tem como tela de fundo a sociedade Lisboeta, de grande parte do século XIX.
É fechada porque sabemos o final das personagens: Pedro suicida-se; Maria Monforte e Afonso morrem, Maria Eduarda
e Carlos separam-se levando a uma espécie de morte psicológica e na perda da capacidade para amar.

Elementos estruturadores da intriga: ✓ Os antecedentes e a evolução da família Maia; ✓ A intriga- relação


incestuosa de Carlos e Maria Eduarda; ✓ A visão dos costumes quotidianos da sociedade lisboeta no final do século XIX,
que serve de cenário da intriga central.

Espaços: ✓ Lisboa- representa a essência de Portugal. A cidade está degradada moralmente, símbolo da sua
decadência. A estátua de Camões surge exatamente como uma metáfora desta Lisboa.
✓ Santa Olávia- no Douro, espaço de pureza e tranquilidade.
✓ Casa de Benfica- morte de Pedro
✓ Ramalhete- em Lisboa, onde se desenvolvem algumas intrigas e catástrofes, nomeadamente, a tragédia da família
Maia. Parece-nos que a própria casa está amaldiçoada e é a causa da tragédia. Acompanha a evolução da teia narrativa.
Numa primeira fase, o Ramalhete encontra-se desabitado e degradado. Na segunda fase, já habitado por Afonso da
Maia, sofre reestruturações, simbolizando a alegria, a vida. Por fim, na terceira fase, a tragédia abate-se sobre a família,
com a descoberta do incesto de Carlos com Maria Eduarda e com a morte de Afonso. O lugar passa a ter um aspeto de
luto, triste, remetendo para a ruína e a destruição da família Maia, e é metáfora, no final, para o estado do país.
✓ Toca- local onde Carlos e Maria Eduarda se relacionam amorosamente. Nome sugere animais, pois é onde se
escondem e onde se envolvem sexualmente. A decoração deste espaço pressagia a desgraça.

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