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Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas,

Rádio, TV e Internet Especialização e


Mestrado em Comunicação

Como as redes sociais influenciam no consumo de música das gerações atuais?

Júlia Tuma de Queiroz1


Tania Maria de Oliveira Pinto Teixeira (orientadora)2

RESUMO

A música é uma das formas de expressão cultural mais antigas e importantes da humanidade.
Ao longo dos séculos, a forma como a música é produzida, distribuída e consumida sofreu
várias alterações importantes. Com o avanço da tecnologia e a popularidade da Internet, as
plataformas digitais ou redes sociais tornaram-se uma das mais importantes formas de acesso à
música. Diante desses antecedentes, surge a questão central deste estudo: “Como as redes
sociais influenciam o consumo de música das gerações atuais?”. Compreender o impacto dessas
plataformas no comportamento de consumo de música contemporânea é fundamental para
analisar as mudanças na indústria da música e seu impacto social, cultural e econômico. Esta
investigação incidirá sobre o impacto das redes sociais no consumo de música contemporânea.
Desde o surgimento do Spotify, principal rede de consumo de música, até sua influência através
do Instagram, Tik Tok e Youtube, redes sociais de consumo de música, eles definem o que
pega, o que não pega e por quê.
PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais, música, trend, consumo

INTRODUÇÃO

A música é uma das expressões culturais mais antigas e importantes da humanidade.


Ao longo dos séculos, a forma como a música é produzida, distribuída e consumida passou por
diversas transformações significativas. Com o avanço da tecnologia digital e a popularização
da internet, as plataformas digitais ganharam espaço como uma das principais formas de acesso
à música, deixando para trás antigos meios.
Neste contexto, surge a questão central desta pesquisa: "Como as redes sociais
influenciam no consumo de música das gerações atuais?". Compreender o impacto dessas
plataformas no comportamento de consumo musical das gerações contemporâneas é
fundamental para analisar as mudanças na indústria da música e suas implicações sociais,
culturais e econômicas.

1
Júlia Tuma de Queiroz é estudante do curso de Jornalismo é pesquisadora do Centro Interdisciplinar de Pesquisa,
CIP, da Faculdade Cásper Líbero. Email: [email protected]
2
Tânia Maria de Oliveira Pinto Teixeira é professora nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas na Faculdade
Cásper Líbero e mestre em Epistemologia do Jornalismo (ECA/USP).
Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas,
Rádio, TV e Internet Especialização e
Mestrado em Comunicação

O rápido crescimento das plataformas digitais de streaming e download de música


trouxe consigo uma série de mudanças significativas no consumo musical. Diante desse cenário,
é importante investigar como as gerações atuais estão lidando com essa evolução tecnológica e
como essas plataformas estão moldando suas preferências e comportamentos musicais, junto a
indústria que a produz.
A pesquisa busca responder a várias questões-chave, como a identificação das
principais plataformas digitais utilizadas pelas gerações atuais para o consumo de música e os
padrões de consumo associados a essas plataformas. Além disso, explora os principais fatores
que influenciam as escolhas musicais das gerações contemporâneas nas redes sociais, avalia o
impacto das redes sociais na modificação dos hábitos de consumo musical dessas gerações, e
analisa as repercussões dessas mudanças na indústria musical, bem como nas estratégias
adotadas pelos artistas, no marketing e na distribuição de música
Em seguida, pretendemos aprofundar nossa pesquisa para investigar os hábitos e
comportamentos de consumo musical específicos de diferentes gerações na era digital,
observando as tendências e diferenças que surgem. Um foco crucial desta pesquisa é analisar o
papel dos algoritmos e das recomendações personalizadas nas escolhas de consumo musical
nas plataformas digitais, destacando seu impacto na experiência do usuário. Por fim, este estudo
visa compreender de que maneira as plataformas digitais afetam o mercado da música e
influenciam as estratégias de marketing e distribuição, examinando as mudanças nos modelos
de negócios e nas estratégias de promoção. Esses objetivos específicos juntos formam a base
da pesquisa que busca aprofundar nossa compreensão sobre como as redes digitais moldam o
consumo musical nas gerações atuais.
Em termos de estrutura, este trabalho consiste em três capítulos que abordarão aspectos
específicos relacionados ao tema da pesquisa, oferecendo análises, dados e discussões
relevantes. O primeiro capítulo abordará a lógica da mídia convergente, os perfis das gerações
atuais e como entender a sociedade do hiperespetáculo. O segundo capítulo abordará. O terceiro
e último capítulo abordará a relação entre as redes sociais e o consumo de música . Cada
capítulo abordará um aspecto específico relacionado ao tema da pesquisa, com análises, dados
e discussões relevantes.

Como chegamos até aqui? A lógica da mídia convergente


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O advento da mídia junto a cultura digital tem desencadeado uma série de


transformações profundas na sociedade contemporânea, afetando diretamente como as
informações e o entretenimento são consumidos, produzidos e compartilhados. A obra "Cultura
da Conexão: Criando Valor e Significado por Meio da Mídia Propagável" (2015) de Henry
Jenkins, Joshua Green e Sam Ford, fornece uma base sólida para compreender essas mudanças
e sua influência nas gerações atuais.
A mídia convergente, como delineada por Jenkins, transcende as fronteiras tradicionais
que antes separavam os diferentes meios de comunicação. Não estamos mais limitados à
separação rígida entre impresso, televisão, rádio e online. A convergência midiática permite
que esses diferentes meios se integrem e interajam de maneira dinâmica, criando uma teia
complexa de informações e conteúdo que está prontamente disponível para o público, é uma
mudança fundamental na lógica cultural da mídia.
Jenkins enfatiza que a convergência midiática não apenas transforma a maneira como o
conteúdo é consumido, mas também impacta profundamente o modo como o produzimos e
compartilhamos. Assim, a expansão do conteúdo transmidiático hoje, revela-se também no
âmbito mercadológico. É comum observar a criação de conteúdos que incitam proposições e a
participação do público com o intuito de gerar laços. (SOUZA, 2022, p.26).
Essa revolução midiática implica que os consumidores já não ocupam um papel passivo,
meramente absorvendo informações, e sim agentes ativos na criação, disseminação de conteúdo
e armazenamento de dados do usuário. Como mencionado por Jenkins, a cultura participativa
é o cerne dessa transformação. Ela descreve como as comunidades de fãs se envolvem na
produção e distribuição de mídia, tornando-se parte integrante do processo criativo. Essa cultura
participativa muda fundamentalmente a maneira como as gerações contemporâneas interagem
com a mídia e uns com os outros.
Um aspecto crucial a ser considerado na análise da mídia convergente é a capacidade
de alcançar uma audiência mais ampla e diversificada do que nunca. A propagação de conteúdo
em plataformas digitais, redes sociais e dispositivos móveis cria uma rede global de
compartilhamento, onde ideias e informações circulam rapidamente. Isso é particularmente
relevante para as gerações atuais, que estão profundamente imersas nesse ecossistema digital e
que utilizam as redes sociais como veículo principal de comunicação e expressão.
Nesse contexto, as redes sociais desempenham um papel central na maneira como as
gerações atuais interagem com a música. O compartilhamento de faixas, playlists e descobertas
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musicais se tornou uma parte fundamental da experiência musical contemporânea. A lógica da


mídia convergente e a cultura participativa facilitaram esse processo, permitindo que os jovens
se tornem curadores de seu próprio conteúdo musical e compartilhem suas preferências com
um público global.
Além disso, destaca a complexidade de fazer com que o conteúdo seja propagado com
sucesso, nem todo conteúdo terá a mesma capacidade de propagação. A disponibilidade, a
participação, a diversidade e a constância são fatores essenciais para o sucesso na disseminação
do conteúdo. Assim, a lógica da mídia convergente não apenas fornece um quadro abrangente
para compreender as mudanças na produção e consumo de mídia, mas também oferece uma
base sólida para a pesquisa sobre como as redes sociais moldam o consumo de música e outros
tipos de conteúdo pelas gerações contemporâneas.

Perfis das Gerações Atuais - A Geração Z

Para compreender a fundo o impacto das redes sociais no consumo de música pela
Geração Z, é essencial traçar um perfil detalhado dessa demografia que cresceu em um ambiente
digital em constante evolução. Nascida a partir do final da década de 1990 até os dias atuais, a
Geração Z é frequentemente apelidada de "nativos digitais" devido à sua proficiência
tecnológica. Don Tapscott (2009), especialista em gerações, observa que os nativos digitais são
nativos de uma nova cultura digital, caracterizada por serem autores, editores e criadores de
conteúdo.
A Geração Z é caracterizada por sua aptidão natural para as tecnologias digitais, o que
reforça a ideia de que suas vidas foram moldadas por uma realidade onde a internet, dispositivos
móveis e as redes sociais são onipresentes. Essa geração exibe uma preferência marcante por
conteúdo visual, o que reflete o mundo da cultura das redes sociais no qual estão imersos. Essa
preferência também se manifesta em sua relação com a música, que é um componente central
na vida dessa geração.
Plataformas como TikTok, Instagram e YouTube são centrais para a cultura da Geração
Z, uma vez que possibilitam a criação e compartilhamento de vídeos e imagens. A música se
tornou uma parte integrante dessa experiência, seja como trilha sonora de vídeos curtos,
performances de dança ou versões de músicas populares. Assim, a Geração Z adota a música
não apenas como uma experiência auditiva, mas como algo visual e altamente interativo.
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A individualidade e a auto expressão são valores fundamentais para essa geração.


Utilizam a música como uma ferramenta para se destacar e comunicar ao mundo quem são a
partir da identificação. Plataformas de streaming de música, como Spotify, Deezer e Apple
Music, possibilitam que criem playlists personalizadas, que refletem suas preferências e estados
de espírito, elas são verdadeiras narrativas musicais da vida, como um diário
sonoro.Compartilhar essas playlists não é apenas uma forma de compartilhar músicas, mas
também uma maneira poderosa de comunicar suas identidades e conectar-se.
Os jovens desta geração frequentemente postam fotos e vídeos de concertos, festivais e
encontros com seus artistas favoritos. O acompanhamento de músicos e bandas nas redes sociais
mantém os jovens atualizados sobre novos lançamentos e eventos, estabelecendo uma conexão
direta entre artistas e fãs. As redes sociais são o epicentro da cultura musical da Geração Z,
onde eles exploram, interagem e constroem comunidades musicais.
A Geração Z é caracterizada por sua ânsia de estar constantemente conectada. Com a
ajuda de dispositivos móveis, eles têm acesso instantâneo à música a qualquer momento e lugar.
Isso revolucionou a forma como a música é consumida. As plataformas de streaming de música
oferecem vastos catálogos, enquanto os algoritmos de aprendizado de máquina fornecem
recomendações de músicas personalizadas, tornando a descoberta musical uma experiência
contínua. Como resultado, a música se tornou uma trilha sonora da vida, acompanhando desde
a prática esportiva até momentos de relaxamento.

Compreender a Sociedade do Hiperespetáculo: Explorando o Capítulo 4 de "A


Estetização do Mundo"

O livro "A Estetização do Mundo: Viver na Época do Capitalismo Artista" de Gilles


Lipovetsky oferece uma análise profunda e provocativa das mudanças culturais e sociais que
ocorreram na era contemporânea. No capítulo 4, intitulado "O Império do Espetáculo e do
Divertimento," o autor mergulha nas complexas dinâmicas da sociedade contemporânea,
destacando como o capitalismo artista moldou uma nova ordem cultural, onde o espetáculo e o
entretenimento desempenham papéis centrais.
Na sociedade contemporânea, a interconexão entre a cultura como indústria global e a
ascensão do hiperespetáculo é inegável e profundamente intrincada. Esses dois fenômenos não
podem ser considerados separadamente, uma vez que juntos moldam a paisagem cultural e
social de nosso tempo. A cultura como indústria global, ao se transformar em um mercado
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globalizado, foi impulsionada pela necessidade de atender às demandas da sociedade do


hiperespetáculo, que anseia por experiências e sensações intensas, marcadas pelo exagero, pela
diversidade e pela busca incessante por novidades.
Produtos culturais não são mais criados apenas com base em critérios artísticos, mas
também em sua capacidade de proporcionar um espetáculo emocionalmente cativante. Isso é
evidente em filmes, programas de televisão e eventos esportivos que buscam constantemente
superar os limites em termos de efeitos visuais, dramatização e impacto emocional. A indústria
do entretenimento é moldada por uma lógica que prioriza a intensidade da experiência, pois
sabe que é a chave para atrair e reter a atenção do público.
A busca por experiências intensas e a necessidade de criar sensações memoráveis
alimentam a esterilização generalizada, à medida que figuras públicas se tornam ícones
culturais em seu próprio direito. Gilles Lipovetsky destaca que "a sociedade do hiperespetáculo
vê uma enxurrada de filmes pornôs, de programas people, de faits divers3comoventes ou
medonhos, de talk shows mais ou menos picantes e 'transgressivos"' (Lipovetsky, 2015, cap.4,
p.162). Isso não apenas fortalece a interligação entre cultura e economia, uma vez que a fama
é frequentemente usada para promover produtos e marcas, mas também contribui para a
intensificação do hiperespetáculo, à medida que a atenção pública se volta para os detalhes
emocionais e dramáticos das vidas das celebridades. Isso significa que não apenas as
celebridades tradicionais, como atores e músicos, são estrelas culturais, mas também políticos,
empresários, chefs de cozinha e até mesmo indivíduos comuns que buscam a fama nas redes
sociais. Esses elementos se alimentam mutuamente, criando um ciclo cultural e social que
influencia profundamente como percebemos e participamos da cultura e do entretenimento.

O Panorama da Indústria Musical - Impacto das Plataformas Digitais no Consumo de


Música
A transição para a era digital revolucionou o modo como a música é consumida,
redesenhando as relações entre artistas, gravadoras e ouvintes. As plataformas de streaming,
como Spotify, Apple Music, Deezer e outras, desempenharam um papel crucial na mudança do
paradigma do consumo de música. Neste segmento, exploraremos a profunda transformação

3
Faits divers é uma expressão jornalística e um conceito de teoria do jornalismo que designa os assuntos não
categorizados nas editorias tradicionais dos veículos. Tais excertos tornam-se noticiosos por apresentarem casos
inexplicáveis e excepcionais.
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dessas plataformas no cenário musical contemporâneo, recorrendo às reflexões de autores


renomados, como David Hesmondhalgh em "Why Music Matters".
David Hesmondhalgh observa que as plataformas de streaming possibilitaram um
acesso quase ilimitado a um catálogo massivo de música. Essa ampla acessibilidade tem
transformado a experiência de audição, permitindo aos ouvintes explorar músicas de maneiras
que anteriormente seriam impensáveis. Oferecem acesso incomparável a músicas de todos os
gêneros e épocas. Com apenas alguns toques na tela de seus dispositivos, os ouvintes podem
explorar milhões de faixas e criar playlists personalizadas que atendem a seus gostos
individuais. Isso revolucionou a maneira como descobrimos, experimentamos e
compartilhamos música.
Hesmondhalgh (2013) também destaca a importância da personalização nas plataformas
de streaming, com algoritmos de recomendação que aprendem os hábitos de audição de cada
usuário e sugerem novas músicas com base em suas preferências. Essa abordagem altamente
personalizada permite aos ouvintes explorar novos artistas e gêneros musicais, ampliando
significativamente a diversidade musical em suas vidas. A inteligência artificial por trás desses
algoritmos desempenha um papel crucial na criação de uma experiência musical
individualizada.
Além disso, as plataformas digitais também revolucionaram a maneira como os artistas
lançam e distribuem música. A independência ganhou destaque, permitindo que artistas
independentes alcancem seu público diretamente, contornando as estruturas tradicionais da
indústria musical. Isso resultou em um cenário musical mais diversificado, com uma ampla
variedade de sons e estilos disponíveis para o público.
A música deixou de ser apenas um produto; agora é uma experiência interativa e social.
As plataformas digitais são projetadas para encorajar o compartilhamento de músicas e
playlists. Ouvintes podem criar, compartilhar e seguir playlists de amigos, influenciadores e
celebridades, tornando o consumo de música uma atividade social que transcende fronteiras
geográficas.
Contudo, esse novo cenário não está isento de desafios. A questão da remuneração justa
para os artistas ainda é um ponto de contenda. Com as taxas de pagamento das plataformas de
streaming, muitos músicos lutam para ganhar a vida com sua arte. Além disso, a abundância de
escolhas pode ser avassaladora, e os algoritmos podem criar bolhas musicais, limitando a
exposição a novos sons.
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Este cenário de abundância e diversidade musical, impulsionado pelas plataformas


digitais, é o contexto no qual as gerações contemporâneas estão imersas. A influência das redes
sociais neste cenário será explorada em detalhes no decorrer deste estudo. No entanto, para
entender completamente esse impacto, é fundamental compreender que a transformação do
cenário musical pela digitalização é um marco histórico que moldou as experiências musicais
das gerações atuais, como destacado por Hesmondhalgh (2013) e outros pesquisadores.

Democratização e Diversidade na Produção Musical:

A democratização e a diversidade na produção musical representam temas cruciais e


intrinsecamente ligados à revolução digital na indústria musical. Esta transformação
significativa está fortemente enraizada no advento das tecnologias digitais e da internet, que
abriram novas portas para artistas e criadores de conteúdo musical de todas as origens. Ao
analisar essa mudança paradigmática, torna-se evidente que a digitalização democratizou a
produção musical e ampliou o acesso à criação, permitindo que uma variedade de artistas
compartilhasse seu trabalho em escala global. Neste contexto, destacamos como a digitalização,
conforme evidenciada no na entrevista de Thomas Roth, para a Meio e Mensagem, contribuiu
para essa democratização e diversificação da produção musical.
Um exemplo notável da democratização da produção musical é a forma como a
pirataria digital, embora vista como um desafio pela indústria da música, também proporcionou
a oportunidade para que artistas independentes compartilhassem suas músicas com um público
mais amplo. Antes da digitalização, a distribuição musical estava fortemente concentrada nas
mãos das grandes gravadoras, e os artistas muitas vezes dependiam dessas empresas para lançar
suas obras. No entanto, a pirataria digital permitiu que músicas fossem compartilhadas e
baixadas por qualquer pessoa, contornando os tradicionais intermediários da indústria. Isso
abriu caminho para músicos independentes e menos conhecidos alcançarem públicos globais
sem a necessidade de contratos com grandes gravadoras.
A ascensão das plataformas de streaming, conforme mencionado por Roth,
desempenhou um papel crucial na democratização da produção musical. Serviços como o
Spotify e o SoundCloud proporcionaram aos músicos independentes a oportunidade de
disponibilizar sua música a um público global. Essas plataformas oferecem um ambiente
inclusivo, onde artistas de diferentes origens podem carregar suas músicas e alcançar ouvintes
em todo o mundo.
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Permitindo que talentos emergentes fossem descobertos com base em seu mérito
artístico, em vez de dependerem de recursos financeiros ou conexões da indústria. Essa
transformação, evidenciada pelos insights de Thomas Roth, ilustra a transição de uma indústria
dominada por grandes gravadoras para um ambiente onde a criatividade, autenticidade e
diversidade musical são celebradas e valorizadas.
Outro ponto importante a ser considerado é o papel das redes sociais, que têm se
mostrado fundamentais para a promoção e divulgação de novos artistas. As redes sociais
possibilitaram que músicos e criadores de conteúdo musical se conectassem diretamente com
seus públicos, criando comunidades de fãs leais. Artistas desconhecidos podem viralizar suas
músicas por meio de compartilhamentos e interações nas redes sociais, construindo seguidores
e estabelecendo carreiras sólidas com base em seu talento e criatividade. Esse fenômeno reflete
a democratização do acesso à audiência global por meio das redes sociais, proporcionando uma
plataforma para uma diversidade de vozes na indústria musical.
Em entrevista para Carolina Huertas, da revista Meio & Mensagem, concedida em 13
de setembro de 2022, Thomas Roth diz:
Nós estamos no meio de uma revolução que, obviamente, não atingiu apenas o campo
das artes ou da música, mas também as relações humanas, negociais, as formas de
criar, produzir e distribuir. O mundo digital propiciou mudanças inimagináveis:
facilitou e democratizou por um lado e, por outro, deu voz há muita gente que na
verdade não tem talento, mas muitas vezes tem esperteza ou fala até bobagem,
vendendo besteirol, coisas inimagináveis em outros tempos. Mas isso é um fenômeno
mundial. Com a internet e as redes você tem um universo gigantesco de gente criando
e produzindo conteúdo musical. (HUERTAS, 2022).

A afirmação de Thomas Roth sobre a revolução em curso na indústria musical e sua


influência em diversos aspectos da sociedade não pode ser subestimada. Essa revolução,
impulsionada pelo mundo digital, transcende os limites do campo artístico e musical, afetando
profundamente as relações humanas, negociais e as próprias formas de criação, produção e
distribuição de conteúdo.
No contexto das relações humanas, a digitalização e a proliferação das redes sociais
transformaram a maneira como as pessoas se conectam e se comunicam. A música, sendo uma
forma universal de expressão, desempenha um papel crucial nessa transformação. Ela serve
como uma linguagem comum que une pessoas de diferentes culturas e origens, permitindo que
compartilhem emoções e experiências. No entanto, a facilidade de acesso à música e a
possibilidade de compartilhamento instantâneo também deram voz a uma ampla gama de
indivíduos, muitos dos quais podem carecer de talento artístico genuíno.
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Essa democratização da criação musical, enquanto proporciona oportunidades a


artistas independentes talentosos, também resultou na proliferação de conteúdo de qualidade
variável. Isso cria um desafio na diferenciação entre trabalhos artísticos legítimos e "besteirol"
que, em outros tempos, teriam dificuldade em encontrar um público.
Em termos de negócios, a digitalização da música revolucionou a indústria,
reformulando modelos de negócios tradicionais e criando novas oportunidades. As gravadoras
e selos, que antes detinham o controle quase absoluto sobre o sucesso de um artista, agora têm
que competir com a capacidade dos músicos de promoverem-se independentemente nas redes
sociais e nas plataformas de streaming. Isso oferece mais autonomia aos artistas, mas também
os desafia a se destacarem em um mercado saturado.
Além disso, a produção e distribuição de música tornaram-se muito mais acessíveis
graças às tecnologias digitais. Hoje, qualquer pessoa com um laptop e software de produção
pode criar música e compartilhá-la instantaneamente com um público global.
Thomas Roth levanta outro ponto, agora sobre a prevalência das músicas voltadas para
as "dancinhas" e tendências nas redes sociais:
Existe um mundo de gente que está compondo e produzido para o TikTok, para a rede
XYZ, como se estivessem fazendo jingle. Estão fabricando músicas para fazer
dancinhas. Estamos na era da dancinha. De cada 10 comerciais que fazemos na Lua
Nova hoje, 7 tem que ter a dancinha. Particularmente sempre acho isso muito pobre:
alguém inventa um filão, todo mundo vai e corre atrás desse filão. Lamento muito,
acho que os caminhos são tantos, mas, ok é o que está na moda, é o que todo mundo
quer. Como as ferramentas de criação, produção e divulgação estão aí a disposição de
todo mundo, isso é um caminho que acontece muito. [...] Não faz muito tempo, fui
curador do festival de música sertaneja. Eram 275 músicas que foram selecionadas e
eu tinha que ouvir porque já tinha vindo uma primeira seleção. Todas pareciam
filhotes da mesma mãe, com o mesmo approach e letra, mesma estética sobre cerveja,
caçamba, mulher e balada, numa pobreza impressionante. Isso porque o universo
sertanejo é riquíssimo. A música brasileira é muito rica, mas, de repente, tem essa
coisa de todo mundo ir pelo mesmo caminho. [...] porque a verdade é essa: essas coisas
todas vão ser analisadas daqui a 50, 100 anos exatamente sobre esse olhar – e que
bom, isso era a cultura da época, isso é um retrato do que as pessoas gostavam e
consumiam. Essas massificações interessam exatamente para essas grandes redes que
faturam futuras em cima disso. (HUERTAS, 2022)

O ponto levantado por Thomas Roth sobre a prevalência das músicas voltadas para as
"dancinhas" e tendências nas redes sociais, em particular no contexto do TikTok e outras
plataformas, é um reflexo da dinâmica em rápida evolução da indústria da música na era digital.
Essa tendência de criar músicas específicas para se encaixarem em desafios de dança e
modismos online é um fenômeno que merece uma análise mais aprofundada, especialmente em
um contexto acadêmico.
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Essa abordagem, em que músicas são concebidas e produzidas para se alinharem a


tendências virais e desafios de dança, reflete a adaptação da indústria musical às mudanças nos
padrões de consumo. As redes sociais se tornaram espaços cruciais para a descoberta e
compartilhamento de música, e a criação de músicas "viralizáveis" se tornou uma estratégia
importante para alcançar um público amplo. Esse fenômeno ilustra como as plataformas digitais
estão moldando a criação musical, muitas vezes priorizando a brevidade, o imediatismo e o
apelo visual sobre a complexidade artística.
No entanto, a crítica de Roth sobre essa tendência também aponta para questões
significativas relacionadas à homogeneização da produção musical. Quando a maioria dos
artistas segue a mesma fórmula para se encaixar em tendências específicas, pode ocorrer uma
perda de diversidade musical e criativa. O exemplo dado de músicas sertanejas com temas
recorrentes de cerveja, caçamba, mulher e balada, todas seguindo um "approach" semelhante,
destaca como a busca por fórmulas de sucesso pode resultar em uma falta de originalidade e
diversidade na música popular.
Isso levanta questões sobre a autenticidade e a originalidade na música contemporânea,
bem como sobre a sustentabilidade dessas tendências de curto prazo. O desejo de seguir o que
está na moda pode levar os artistas a comprometerem sua própria expressão criativa em busca
do sucesso instantâneo nas redes sociais. A persistência dessa abordagem e sua influência nas
escolhas criativas de artistas podem impactar a riqueza e a variedade da paisagem musical a
longo prazo.
Portanto, ao analisar essa dinâmica em um contexto acadêmico, é importante
considerar não apenas os aspectos comerciais e de popularidade, mas também os impactos
culturais e artísticos dessas tendências. A música, como forma de expressão cultural,
desempenha um papel fundamental na construção da identidade de uma sociedade e na reflexão
de suas preocupações e valores.

Redes Sociais vs. Consumo de Música


As redes sociais, no contexto atual, representam um fenômeno global de extrema
relevância, cujas implicações se estendem para diversas esferas da sociedade. No âmbito da
pesquisa em questão, a influência das redes sociais no consumo de música pelas gerações atuais
é um tema de grande interesse e complexidade.
Derek Thompson, em seu livro "Hit Makers: A Ciência da Popularidade em uma Era de
Distração", fornece insights valiosos sobre como o compartilhamento e a disseminação de
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conteúdo ocorrem nas redes sociais e como isso afeta a popularidade da música. Thompson
argumenta que o compartilhamento nas redes sociais segue princípios de psicologia e sociologia
que explicam por que algumas músicas se tornam virais, enquanto outras permanecem
desconhecidas. Através de exemplos do mundo da música e da cultura pop, ele explora como
as redes sociais criam tendências e o que torna algo digno de ser compartilhado em um mundo
cheio de distrações digitais. Esse entendimento é fundamental para analisar por que certas
músicas se tornam populares e como as redes sociais desempenham um papel crucial nesse
processo.
Já Daniel J. Levitin, autor de "A Música no Seu Cérebro: A Ciência de Uma Obsessão
Humana", oferece uma perspectiva neurocientífica sobre como a música afeta o cérebro
humano. Seu livro explora como a música é percebida, processada e experimentada a nível
cerebral. Ao considerar a influência das redes sociais no consumo de música, é importante
compreender como a música impacta as emoções e as relações sociais. Levitin destaca como a
música tem o poder de criar conexões emocionais e sociais entre as pessoas, e como as redes
sociais amplificam essa capacidade, permitindo que os ouvintes compartilhem músicas que
evocam sentimentos e criem vínculos com outros amantes da música.
Jenkins destaca a relevância da mídia convergente e das redes sociais na criação de
comunidades virtuais de fãs e na promoção da música. Segundo Jenkins, a mídia convergente
não apenas altera a forma como consumimos conteúdo, mas também como o produzimos e
compartilhamos.
Isso é evidente nas redes sociais, que se tornaram um espaço onde as pessoas
compartilham suas preferências musicais, exploram novas faixas e interagem com outros
entusiastas da música. Essas plataformas se transformaram em fóruns contínuos de discussão
musical, onde as músicas são recomendadas, debatidas e celebradas. Essa constante interação
com a música tem um impacto profundo na formação da identidade musical das gerações atuais,
permitindo que elas explorem uma ampla gama de gêneros e artistas, expandindo seus
horizontes musicais.
Sidnei Oliveira complementa essa visão ao destacar como a Geração Y utiliza
ativamente as redes sociais como uma plataforma para expressar sua identidade e interesses,
incluindo suas preferências musicais. De acordo com Oliveira (2010), há mais informação
publicada na internet em uma semana do que todo o conteúdo gerado até o século 19. O que
reforça a ideia de que temos infinitas possibilidades de conteúdo disponíveis na palma da mão,
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em principal músicas e novas descobertas junto aos facilitadores, streaming. A capacidade de


seguir artistas, participar de grupos de discussão e criar playlists personalizadas tornou-se
fundamental na experiência musical desta geração, permitindo-lhes um papel ativo na
construção de sua jornada musical.
Além disso, as redes sociais desempenham um papel crucial na promoção de artistas
emergentes e independentes. Muitos músicos em busca de visibilidade têm utilizado
plataformas como Instagram, YouTube e TikTok para compartilhar seu trabalho e construir
uma base de fãs. Isso ressalta o potencial das redes sociais como um trampolim para artistas
que almejam reconhecimento, mesmo fora dos circuitos tradicionais da indústria musical. As
redes sociais, com seu alcance global, permitem que esses músicos alcancem audiências mais
amplas e diversificadas, sem depender exclusivamente das estruturas tradicionais de promoção.
No entanto, é crucial considerar também os desafios que as redes sociais podem
apresentar no âmbito do consumo de música. A personalização algorítmica e a filtragem seletiva
de conteúdo podem restringir a diversidade musical, mantendo os ouvintes dentro de bolhas de
gênero ou estilo, limitando assim suas experiências musicais. Além disso, as redes sociais
frequentemente confrontam questões relacionadas à propagação de músicas pirateadas ou não
autorizadas, levantando preocupações sobre direitos autorais e a necessidade de garantir uma
remuneração justa para os artistas.
As redes sociais, no contexto atual, representam um fenômeno global de extrema
relevância, cujas implicações se estendem para diversas esferas da sociedade. No âmbito da
pesquisa em questão, a influência das redes sociais no consumo de música pelas gerações atuais
é um tema de grande interesse e complexidade. Neste capítulo, nos debruçaremos sobre as
maneiras pelas quais as redes sociais moldaram e continuam a moldar a relação entre as pessoas
e a música, valendo-nos das perspectivas apresentadas por Henry Jenkins em "Cultura da
Conexão: Criando Valor e Significado por Meio da Mídia Propagável" e Sidnei Oliveira em
"Geração Y: o nascimento de uma nova versão de líderes".
Henry Jenkins destaca a relevância da mídia convergente e das redes sociais na criação
de comunidades virtuais de fãs e na promoção da música, segundo Jenkins (2015), a mídia
convergente não apenas altera a forma como consumimos conteúdo, mas também como o
produzimos e compartilhamos. As redes sociais se transformaram em um espaço onde as
pessoas compartilham suas preferências musicais, exploram novas faixas e interagem com
outros entusiastas da música. Esse ambiente virtual se converteu em um fórum contínuo de
Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas,
Rádio, TV e Internet Especialização e
Mestrado em Comunicação

discussão musical, onde as músicas são recomendadas, debatidas e celebradas. Segundo Jenkins
(2015), essa constante interação com a música tem um impacto profundo na formação da
identidade musical das gerações atuais, permitindo-lhes explorar uma ampla gama de gêneros
e artistas, expandindo seus horizontes musicais.
Nesse sentido, a partir das perspectivas apresentadas por Jenkins e Oliveira,
estabelecemos uma análise sobre como as redes sociais influenciam as escolhas musicais, os
padrões de descoberta de música e a criação de comunidades musicais nas gerações
contemporâneas, fornecendo assim insights valiosos para nossa pesquisa.

Conclusão
Concluindo esta pesquisa, é essencial refletir sobre o poder transformador da música e
sobre o papel cada vez mais central das redes sociais e da tecnologia em nossas vidas. A música,
em sua capacidade de tocar as fibras mais profundas de nossas emoções, permanece um
elemento unificador em uma sociedade cada vez mais diversificada e fragmentada. Ela é o fio
que conecta pessoas de diferentes origens e culturas, que proporciona consolo em tempos
difíceis e celebração em momentos de alegria. A música é uma linguagem universal que
transcende barreiras e nos conecta em um nível humano fundamental.
No entanto, a influência das redes sociais e da tecnologia na música não pode ser
subestimada. Elas moldam as maneiras como descobrimos, compartilhamos e interagimos com
a música. O algoritmo que escolhe as próximas faixas em nossas playlists pode limitar nossa
exposição a novos sons, criando bolhas musicais. Por outro lado, as redes sociais nos permitem
explorar gêneros globais diversos e conectar-se com entusiastas da música de todo o mundo.
Nesse contexto, é fundamental encontrar o equilíbrio entre a personalização e a
diversidade musical. A música é rica e diversificada, e nossas escolhas não devem ser limitadas
a um estreito conjunto de recomendações algorítmicas. Devemos continuar a explorar,
experimentar e celebrar a música em todas as suas formas, buscando a ampla gama de sons e
estilos que o mundo tem a oferecer.
Além disso, à medida que a música é consumida em escala global, a questão dos direitos
autorais e da remuneração justa para artistas se torna cada vez mais premente. As redes sociais
desempenham um papel importante na promoção de novos talentos, mas também levantam
desafios relacionados à propagação de músicas pirateadas. Encontrar soluções equitativas para
garantir que os artistas sejam devidamente recompensados por seu trabalho é essencial para o
futuro da indústria musical.
Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas,
Rádio, TV e Internet Especialização e
Mestrado em Comunicação

Em última análise, a música e as redes sociais são duas forças culturais poderosas que
continuam a evoluir e a se entrelaçar. A música oferece uma trilha sonora para nossas vidas,
enquanto as redes sociais criam comunidades e conexões em torno dela. É uma simbiose
complexa que molda nossa identidade musical e cultural.
À medida que exploramos essas dinâmicas em constante mudança, é importante lembrar
que a música e a cultura são um reflexo de quem somos como sociedade. Ao continuarmos a
pesquisar e analisar o impacto das redes sociais no consumo de música, estamos, de certa forma,
olhando no espelho da nossa própria evolução cultural. Portanto, que essa pesquisa possa servir
como um lembrete constante da importância da música, da tecnologia e da comunidade na
sociedade atual, e como podemos moldá-las para um futuro mais inclusivo, diversificado e
harmonioso.

Referências
JENKINS, Henry. Fans, Bloggers and Gamers: Exploring Participatory Culture. New York:
New York University Press, 2006, 279 p.

JENKINS, Henry; FORD, Sam; GREEN, Joshua. Cultura da Conexão: Criando Valor e
Significado por Meio da Mídia Propagável. 1ª edição. São Paulo: Editora Aleph, 2015.

LEVITIN, Daniel J. A Música no Seu Cérebro (Nova Edição): A Ciência de uma Obsessão
Humana. Traduzido por Clovis Marques. Capa de Thiago Lacaz. 1ª edição. Editora Objetiva,
2021.

LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A Estetização do Mundo: Viver na Era do Capitalismo


Artista. 1ª edição. Traduzido por Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

MARTINO, Luís Mauro Sá. Métodos de Pesquisa em Comunicação: Projetos, Ideias,


Práticas. 1ª edição. Petrópolis: Editora Vozes, 2018.

HUERTAS, Carolina. Thomas Roth: Música, redes sociais. Meio & Mensagem. 13.9.2022.
Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/midia/thomas-roth-musica-redes-
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SOUZA, João Lucas de. A publicidade integrada: uma análise no âmbito das mídias on-
line e off-line e seus desdobramentos na estratégia omnicanal da Samsung. . São Paulo:
Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo. Disponível em:
https://repositorio.usp.br/directbitstream/1cd3aced-d987-47b3-8d76-d7c16ab18cc7/tc4827-
Joao-Souza-Publicidade.pdf. Acesso em: 20 dez. 2023. , 2022

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