Apostila Introdução A Enfermagem

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CENTEG – CENTRO DE ENSINO TÉCNICO DE GOIANA

AV. MANOEL CARLOS DE MENDONÇA (Estrada de Cima), Nº 47, NOVA GOIANA, GOIANA – PE
FONE: (81) 3626-0376 – WWW.CENTEG.COM.BR

1.TÉCNICAS E ROTINAS DE ADMISSÃO E Folha de história clínica II – Preenchida pelo médico


ALTA DE PACIENTE com nome, registro, antecedentes hereditários e familiares,
 Prontuário e Papeleta passado mórbido e hábitos, exame físico.
Definição: Coleção de todos os informes sobre a Folha de evolução – Contém nome e registro do
história do paciente, sua família, hábitos e antecedentes paciente, é escrita e assinada pelo profissional que prestou
pessoais e exame físico. assistência ao paciente (médico, nutricionista, enfermeira,
Condições para um bom prontuário: Deverá ser fisioterapeuta, etc.). Folha de prescrição e registro de
feito com clareza, responsabilidade, concisão e precisão de enfermagem – Contêm dados como: nome, data, pavilhão,
linguagem sob o ponto de vista médico e social. enfermaria, leito e registro. A prescrição médica é feita pelo
Autores: O profissional que presta assistência ao médico, o horário é aberto pelo enfermeiro e as observações
paciente deverá registrar no prontuário o que foi realizado são feitas pelo pessoal de enfermagem.
com todos os critérios acima mencionados. OBS: em algumas unidades de internação existe uma
Componentes do prontuário: Social, médico, folha para evolução do enfermeiro.
enfermagem. Folha de SSVV – Contém dados de identificação. As
a) Social – Contém dados pessoais (nome, anotações devem ser feitas por quem notifico os sinais
filiação, endereço, profissão, estado civil). constando dia e hora (de acordo com a prescrição médica,
b) Médico – Descreve-se o laudo de rotina do setor ou necessidade do paciente).
internação, história clinica I e II, evolução, prescrição Folha de resultado de exames – Contém nome e
médica, folha de CCIH. registro. Deverá ser colado diariamente o resultado dos
c) Enfermagem – Enfermeiros e auxiliares exames laboratoriais.
anotam nas folhas de evolução de gráfico e controles. Folhas especiais – Nem todo hospital possui. São
Prontuário e Sigilo: É um documento legal. Na folhas diferentes que são dispensáveis, dependendo do caso
internação o cliente deve assinar a autorização ou pessoa clínico.
responsável (autorização de internamento, procedimentos
eletivos e emergências). Termo de responsabilidade serve Prontuário Completo – Dados de identificação,
como fonte de pesquisa estatística e para auditorias. história individual e família, história da doença atual, exame
Folha de internação – Laudo: Preenchida e assinada físico, laboratorial, diagnóstico, evolução clinica, SSVV,
pelo médico (nome, endereço, sexo, filiação, história clinica boletim operatório, condições a ser dada a alta, se morte o
breve, exame físico, principais resultados de exames e resultado da autopsia.
diagnóstico inicial). Informatização – O prontuário deve ser arquivado e
Folha de aviso de admissão – Preenchida pelo setor microfilmado.
de admissão e alta ou pela recepção do internamento, contém Admissão – É no setor de registro que tem origem o
dados dos pacientes e da data da internação com o número de prontuário do paciente. A admissão deverá ser realizada pelo
registro (este número é apenas dele, não pode ser transferido médico e pela enfermeira, o médico deverá emitir o laudo de
para outro paciente após sua alta). internamento ao setor de admissão.
Folha de CCIH – Preenchida pelo médico quando o OBS: nenhum paciente poderá ser internado sem
paciente está internado e são realizados procedimentos de receber o devido nº de registro.
risco ou apresenta infecção hospitalar e se está fazendo uso Todo paciente internado deverá estar sob a
de antimicrobianos. Contém dados de identificação (pavilhão, responsabilidade de alguém, mesmo sendo adulto.
enfermaria, leito, idade, sexo, nome, diagnóstico e tipografia  REGRAS GERAIS DA ENFERMAGEM
da infecção). √ Dar todas as informações necessárias;
Folha de história clínica I – Preenchida pelo médico √ Mostrar as dependências da unidade;
com dados de identificação, motivo da admissão, doença √ Explicar rotinas;
atual, diagnóstico de admissão e assinatura do médico. No √ Apresentar equipe de saúde e companheiros;
verso desta folha há a autorização que o paciente ou √ Orientar o banho de admissão;
responsável assina. √ Preparar o prontuário;
√ Fazer a admissão.

INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM 1
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Alta – é o ato médico que confirma a cessação da Roteiro: época e modo do início da doença; forma de
assistência prestada ao paciente. evolução e tratamento; intercorrências e outros sintomas;
Compreende: alta hospitalar, alta ambulatorial e alta queixa atual.
domiciliar. √ História patológica pregressa – Observação de
Alta hospitalar – entendida como saída do paciente estados mórbidos passados.
internado, após tratamento. √ Pesquisar: Infecção, doença degenerativa, alergias,
Tipos de alta – Cura; melhora; sem melhora; a intervenções cirúrgicas, traumatismos, medicamentos,
pedido; por indisciplina; por óbito. doenças psíquicas.
OBS: avisar tratamento do paciente; orientar cuidados √ História fisiológica – Pesquisar condições de
pós-alta; avisar a família/ serviço social/ nutrição; nascimento, de desenvolvimento, aparecimento da
providenciar medicação; dar baixa no prontuário. puberdade, menarca, atividade sexual, gestações, abortos.
Transferência – Pode ser um simples deslocamento √ História familiar – diferenciar respeito as pessoas
interno no hospital: troca de leito, de andar, de pavilhão, de que convivem com o doente, podendo ser da família ou não.
quarto, de clínica. √ História social – Avaliação a respeito das condições
Remoção para outro hospital (neste caso é dado baixa de habitação, higiene, banho de rio, tabagismo, alcoolismo,
no prontuário, como se fosse alta) = Alta por transferência. uso de drogas, imunizações.
OBS: avisar com antecedência a enfermaria que o  Métodos Clínicos
paciente será transferido. Checar se existe vaga. Encaminhar Compreende: entrevista, inspeção, palpação,
o prontuário do paciente. Transportá-lo de acordo com seu percussão, ausculta. São as técnicas básicas.
estado geral.
Censo ou sumário – São as admissões, altas, óbitos, ENTREVISTA
etc. Esse censo é feito à meia noite (24h). Compreende a interação entre paciente e o
É usado o termo: existiam (admissões, altas, profissional exigido relacionamento direto frente a uma
transferências, óbitos). situação que envolve um problema de saúde.
MEDIDAS ANTROPOMETRICAS Elementos que interferem na entrevista:
- Peso Objetivo Físico:
- Estatura √ ambiente adequado
- Circunferência do crânio Instrumental - Objetos culturais:
- Circunferência do tórax √ relacionados ao profissional
- Circunferência abdominal √ relacionados ao paciente
√ relacionado à comunidade
2.EXAME FÍSICO
Anamnese – a palavra origina-se de: INSPEÇÃO
ana = trazer de volta, recordar É a exploração dada através do sentido da visão, pode
mnese = memória ser panorâmica ou localizada, emprega-se mais comumente a
Trazer de volta á mente fatos relacionados com a inspeção de segmentos corporais.
doença e com o doente. Observar: iluminação adequada, descobrir a região,
A anamnese pode ser conduzida de varias maneiras: conhecer as características normais.
√ Deixar o paciente relatar livre e espontaneamente
suas queixas; PALPAÇÃO
√ anamnese dirigida; Recolher dados através do tato e da pressão.
É necessário que a anamnese seja clara e fiel para que Detectamos: modificação da textura, espessura, consistência,
se cheque a um diagnostico correto e preciso. sensibilidade.
√ Etapas do exame físico – Identificação e história Variantes da palpação:
clínica. √ Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a
√ Identificação – Início do contato com o paciente. palma de uma das mãos.
Nome, idade, sexo, cor, nacionalidade, profissão, ocupação. √ Palpação com a mão espalmada, usando ambas as
√ História clínica – Possui 6 partes: Queixa principal, mãos.
história da doença atual, história patológica pregressa, √ Palpação com uma das mãos, superpondo-se à outra.
história fisiológica, história familiar, história social. √ Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas
√ Queixa principal – Motivo principal que levou o as polpas digitais.
paciente a procurar o profissional; a anotação deve ser feita √ Palpação usando-se o polegar e o indicador
usando as palavras do paciente; evitar expressões grosseiras. formando uma pinça.
Registrar no máximo 3 queixas. √ Digitopressão, realizada com a polpa do polegar.
√ História da doença atual – As informações devem
ser transcritas em termos científicos.

INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM 2
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PERCUSSÃO Pulso:
Dá-se através do golpe em um ponto do organismo, RN 120 a 160 b/minuto
originando vibrações que apresentam caráter próprio, quanto Lactente 100 a 120 b/minuto
à intensidade, timbre, tonalidade. 2ª infância/ adolescente 80 a 100 b/minuto
Tipos: Adulto 60 a 80 b/minuto
√ Direta; Volume: pulso cheio/pulso fino
√ Digito digital; Ritmo:
√ Punho-percussão; - rítmico ou regular;
√ Com a borda das mãos; - arrítmico ou irregular.
√ Piparote. Terminologia:
- normocardia;
AUSCULTA - bradicardia;
O método é utilizado nos exames dos pulmões (ruídos - taquicardia.
normais e patológicos); exame do coração (ausculta das
bulhas normais e suas alterações). ETAPAS DE OBSERVAÇÃO
Normas para uma boa ausculta: √ Sintomas objetivos – São aqueles observados pelo
√ Ambiente; profissional ou que são revelados através dos métodos
√ Instruir o paciente; especiais de exame.
√ Posição; √ Sintomas Subjetivos – São aqueles relatados pelo
√ Escolha do material. paciente (dor, náusea, mal-estar).
Material Adequado: Observação Gerais:
√ estetoscópio;  Estado Geral;
√ esfignomanômetro;  Estado Mental;
√ termômetro clínico;  Biótipo;
√ lanterna;  Peso;
√ abaixador de língua;  Altura;
√ fita métrica;  Pele/mucosas:
√ balança clínica. - turgor;
Dados Importantes na Observação: - elasticidade e mobilidade;
√ Estado geral – Coloração da pele, mucosa, umidade, - coloração;
edema, deformidades, estado nutricional, fala, temperatura - temperatura;
corporal, postura, marcha tórax, abdome, estado de - textura.
consciência, orientação, hidratação, expressão facial, peso, Mucosa
altura. - coloração;
√ Pele – Umidade, segmentação, lesões, coloração, - umidade.
condições de higiene. Estado Geral – analise subjetiva do paciente,
Observações subjetivas e objetivas: “cliente”, visto em sua totalidade.
Sinais vitais: valores da normalidade √ Bom = Ex: parto normal sem intercorrências;
Respiração: paciente com infecção respiratória sem complicações e
RN 30 a 40 por minuto intercorrências, tomando antibióticos sai com alta hospitalar.
Adulto 14 a 20 por minuto OBS: mesmo o paciente com doença grave pode
Terminologia: apresentar EG bom durante a sua permanência no hospital.
- bradipnéia; √ Regular = Evolução do paciente grave para melhor.
- taquipnéia; Ex: Paciente com infecção respiratória grave, mas
- dispnéia. que, com o uso de antibióticos vai melhorando
Pressão arterial: gradativamente.
Pressão sistólica (PS) 90 a 140 mmhg √ Grave = Paciente com disfunção sistêmica ou
Pressão diastólica (PD) 60 a 90 mmhg descompassado com 1 sistema comprometido ou mais de um.
Terminologia: Ex: paciente renal crônico.
- normotensão; OBS: mesmo o paciente grave pode apresentar EG
- hipertensão; regular ou bom com o tratamento, não deixando de ser
- hipotensão. paciente grave.
Temperatura: 35,8ºC a 37,2ºC Tipos de fácies: Traços anatômicos mais a expressão
Terminologia: fisionômica
- hiportemia; √ Face normal – atípica;
- hipertemia; √ Hipocrática – doença grave, estado agônico;
- Febrícula (37 a 37,5ºC).

INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM 3
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√ Renal – edema de região orbital salive; geral, fatores que reduzem ou aumentam a taxa metabólica
√ Parkinsoniana – cabeça inclinada para frente, levam respectivamente a uma diminuição ou aumento da
estática, olhar fixo; temperatura corporal:
√ Basedowiana – exoftalmia, rosto magno indicando √ sono e repouso: nestas condições o metabolismo é
espanto e ansiedade (hipertireoidismo); menor e também a temperatura corporal;
√ Mixedematosa – rosto arredondado, nariz e lábios √ idade: a taxa metabólica do recém-nascido é bem
grossos, edema de pálpebra indicando desânimo mais elevada do que das pessoas de idade mais avançada;
(hipotireoidismo); √ exercícios: o trabalho muscular eleva a temperatura;
√ Tétano – risco sardônico. √ emoções: o estresse aumenta a atividade metabólica,
Estado Mental – Importante pesquisa durante a e consequentemente, a temperatura;
anamnese: condições de orientação, desorientação (tempo, √ fator hormonal: o ciclo menstrual, na fase de
espaço, quanto a sua própria pessoa). ovulação, eleva a temperatura;
Consciência: √ em jovens, observam-se níveis aumentados de
- obinubilado (responde sem sentido lógico); hormônio de crescimento que provocam aumento da taxa
- torpor (pré-coma, não responde com facilidade as metabólica;
perguntas); √ desnutrição: indivíduos desnutridos geralmente
- coma; apresentam temperatura mais baixa, devida à falta de
- temperamento. nutrientes para o metabolismo celular.
Biótipo – Longilineo; brevelineo; normolíneo. Outro fator que influi na manutenção da temperatura
√ Longilineo – Tronco afilado e chato membros corporal está relacionado com os mecanismos de perda ou
alongados em relação ao corpo, pescoço longo e delgado. não de calor com meio externo:
√ Brevelineo – Tórax circular e volumoso, membros √ banhos a temperaturas muito quentes ou frias podem
curtos em relação ao tronco, pescoço curto e grosso. provocar alterações transitórias da temperatura;
√ Normolíneo – Membros e troncos em equilíbrio √ agasalhos: provocam menor dissipação de calor e,
Peso – Avaliação de perda e ganho ponderam em portanto, contribuem para o aumento da temperatura;
intervalos de tempo regulares. √ fator alimentar: há alteração transitória na
Peso ideal – Corresponde ao número de centímetros temperatura corporal relacionada com a ingestão de
que excede de um metro da altura do paciente expresso em alimentos e bebidas muito quentes ou frias.
Kg. Alterações patológicas da temperatura
Ex: 1.60m homem – peso ideal = 60Kg Em geral a hipertermia acompanha os processos
Peso máximo normal – Soma-se ao ideal 10% infecciosos e inflamatórios; reações a distúrbios emocionais e
Ex: 1.60 - 60+6 = 66Kg manifestações de hipersensibilidade.
Peso mínimo ideal – Subtrai-se do ideal 10% Temperatura corporal normal
Ex: 1.60 É muito difícil delimitar a temperatura corporal
normal porque, além das variações individuais e condições
3.VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS ambientais, num mesmo indivíduo a temperatura não se
 Temperatura distribui uniformemente nas diversas regiões de seu corpo.
A temperatura corporal é proveniente do calor Em média, considera-se a temperatura oral como a normal
produzido pela atividade metabólica. Vários processos físicos 37º C, sendo a temperatura axilar 0,6ºC mais baixa e a
e químicos promovem a produção ou perda de calor, temperatura retal 0,6ºC mais alta. Alguns autores consideram
mantendo o nosso organismo com temperatura mais ou como limites da normalidade de temperatura axilar os valores
menos constante, independente das variações do meio entre 35,8ºC a 37,2ºC.
externo. O equilíbrio entre a produção e a perda de calor São variações normais de temperatura (Atkinson):
deve-se basicamente ao seguinte mecanismo, controlado pelo √ temperatura axilar: 35,8ºC – 37,0ºC;
hipotálamo: quando há necessidade de perda de calor, √ temperatura oral: 36,3ºC – 37,4ºC;
impulsos nervosos provocam vasodilatação periférica com √ temperatura retal: 37ºC - 38ºC.
aumento do fluxo sangüíneo na superfície corporal e Terminologia
estimulação das glândulas sudoríparas, promovendo a saída √ Hipotermia: temperatura abaixo do valor normal.
de calor. Quando há necessidade de retenção de calor, Caracteriza-se por pele e extremidades frias, cianose e
estímulos nervosos provocam vasoconstrição periférica com tremores;
diminuição do sangue circulante local e, portanto, menor √ Hipertermia: aumento da temperatura corporal. É
quantidade de calor é transportada e perdida na superfície uma condição em que se verifica: pele quente e seca, sede,
corpórea. secura, na boca, calafrios, dores musculares generalizadas,
Alterações fisiológicas da temperatura sensação de franqueza, taquicardia, taquipnéia, cefaléia,
A temperatura corporal está diretamente relacionada delírios e até convulsões.
com a atividade metabólica, ou seja, a energia liberada pelas
reações químicas que ocorrem nas células. De uma maneira

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Tipos de hipertermia: √ solicitar ao paciente para secar a axila;


√ contínua: matem-se elevada com poucas oscilações. √ colocar bulbo do termômetro na axila do paciente e
√ intermitente: quando ocorre regularmente posicionar o braço sobre o peito, com a mão direcionada para
alternância entre um período de hipertermia e um período de o ombro oposto;
temperatura normal ou subnormal. √ manter o termômetro por 3 a 5 minutos;
√ remitente: é a hipertermia que oscila em vários √ retirar, segurando-o pelo lado oposto ao bulbo e
graus, porém, sem nunca chegar ao patamar normal. proceder à leitura;
√ recrudente ou recorrente: após um período normal √ lavar o termômetro com água e sabão e secá-lo, ou
de temperatura, há nova manifestação de hipertermia; limpar com algodão embebido em álcool, da extremidade
√ Febrícula ou estado subfebril: variações de para o bulbo;
temperatura entre 37 a 37,5ºC. √ baixar a coluna de mercúrio e guardar o termômetro
Avaliação da temperatura corporal em local apropriado;
É realizada utilizando-se um instrumento denominado √ registrar o valor da temperatura conforme a rotina
termômetro, constituído de bulbo e pedúnculo. No bulbo da Unidade (evolução de enfermagem, gráfico, tabela).
existe uma substância química termossensível denominada Observações:
mercúrio, que se dilata sob ação do calor. Conforme a As recomendações quanto ao tempo de manutenção
temperatura aumenta, o mercúrio sofre maior ou menor do termômetro no paciente, para se obter uma leitura
dilatação e sobe pelo interior do pedúnculo que possui uma confiável, variam de 2 a 11 minutos. Segundo Beland, o
graduação em valores Centígrados © ou Fahrenheit (F). O único procedimento que garante que o termômetro alcançou a
mercúrio é tóxico quando absorvido pelo organismo, motivo leitura máxima é removê-lo, proceder à leitura e recolocá-lo
pelo qual, em certas situações, é restrito seu uso por via oral. por um minuto, repetindo a leitura. Caso não tenha alteração
Atualmente existem termômetros digitais, descartáveis e de temperatura em relação ao valor obtido anteriormente,
eletrônicos. O termômetro deve ser colocado em local onde considera-se este o valor da temperatura corporal. Ao
existam rede vascular intensa ou grandes vasos sangüíneos, e contrário, se a temperatura obtida após 1 minuto tiver
mantido por tempo suficiente para a correta leitura da diferente, recomenda-se repetir o procedimento até encontrar
temperatura. Os locais habitualmente utilizados para a 2 leituras consecutivas idênticas; Tempo de manutenção do
verificação são: cavidade oral, retal e a região axilar. termômetro no paciente (Atkinson):
Controle de temperatura corporal √ oral: 3 minutos;
√ Oral: o bulbo do termômetro deve estar posicionado √ axilar: 5 minutos;
sob a língua e seguro com os lábios fechados. A verificação √ retal: 3 minutos.
da temperatura oral é contra-indicada em crianças, idosos, Assistência de enfermagem:
doentes graves, inconscientes, com distúrbios mentais, √ Hipertermia: aumentar a ingesta líquida, usar roupas
portadores de lesões orofaríngeas, temporariamente após o leves, providenciar banho morno, ambiente arejado,
ato de fumar e após a ingestão de alimentos a temperatura aplicação de compressas frias, aplicação de compressas de
extremas. O termômetro de uso oral possui bulbo alongado e água e álcool, repouso. Recomenda-se alternar a aplicação de
achatado. Seu uso é individual; compressas com massagens, para estimular a circulação de
√ Retal: o termômetro possui bulbo arredondado e sangue através da pele, proporcionando maior perda de calor
proeminente. A verificação de temperatura retal é contra- pela superfície corpórea. Durante o período de calafrios, o
indicada em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas paciente deve ser coberto e devidamente protegido de
do reto e períneo e em processos inflamatórios locais. O corrente de ar.
termômetro deve ser lubrificado e colocado no paciente em √ Hipotermia: aquecer o paciente com agasalhos e
decúbito lateral, e inserido cerca de 3,5 cm em indivíduo cobertores, manter o ambiente aquecido e ingestão de
adulto. É de uso individual e após o uso deve ser lavado com alimentos quentes;
água e sabão. A temperatura retal é considerada a mais Em ambos os casos:
fidedigna; √ controlar a temperatura com maior freqüência até a
√ Axilar: é de verificação mais freqüente no nosso sua estabilização.
meio, porém oferece menor precisão que a tomada por via √ anotar e comunicar ao enfermeiro e/ou ao médico.
oral e retal. √ medicar conforme a prescrição médica.
Procedimento  Pulso
√ lavar as mãos; Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo
√ providenciar o material necessário: bandeja, esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam
termômetro, bolas de algodão (seco e com álcool), bloco de oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial,
papel e lápis ou caneta; evidenciadas quando se comprime moderadamente a artéria
√ explicar ao paciente o que vai ser feito; contra uma estrutura dura. Determinados fatores podem
√ observar se a coluna de mercúrio está igual ou provocar alterações passageiras no pulso, como emoções,
inferior a 35ºC; fazer manobras para abaixar até este nível se exercícios físicos, alimentação, drogas etc. Quando se realiza
for necessário;

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o controle, é necessário ter atenção em relação ao ritmo e ao freqüência e outras características, como ritmo e
volume de pulso. profundidade.
Locais para verificação do pulso Valores normais
Normalmente, faz-se a verificação do pulso sobre a √ Recém-nascido - 30 a 40 por minuto
artéria radial. Quando o pulso radial se apresenta muito √ Adulto - 14 a 20 por minuto
filiforme, artérias mais calibrosas como a carótida e femural Terminologia
poderão facilitar o controle. Outras artérias, como a temporal, √ bradpnéia: freqüência respiratória abaixo do normal;
facial, braquial, poplítea e a dorsal do pé também √ taquipnéia: freqüência respiratória acima do normal;
possibilitam a verificação do pulso. √ dispnéia: dificuldade respiratória;
Características do pulso √ ortopnéia: respiração facilitada em posição vertical;
Frequência – Varia de acordo com a idade e o sexo. É √ apnéia: parada respiratória;
importante que se tenha um registro cronológico da √ respiração de Cheyne Stokes: caracteriza-se por
freqüência do pulso. aumento gradual na profundidade, seguido por decréscimo
Valores normais: gradual na profundidade das refeições e, após, segue-se um
√ Recém-nascido - 120 a 160 período de apnéia;
√ Lactente - 100 a 120 √ respiração estertorosa: respiração ruidosa.
√ Segunda infância e adolescência - 80 a 100 Procedimento
√ Adulto - 60 a 80 O controle da respiração pode ser realizado apenas
√ Volume – O volume de cada batimento cardíaco é visualmente ou colocando-se a mão sobre o tórax. Como a
igual em condições normais. Quando se exerce uma pressão respiração, até certo limite, pode ser modificada conforme a
moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a nossa vontade, indica-se a sua verificação colocando-se a
artéria, o pulso é denominado cheio, porém, se o volume é mão do paciente sobre o peito e simulando o controle de
pequeno e a artéria fácil de ser obliterada tem-se o pulso pulso. Então, conta-se o número de respiração durante um
fraco ou fino; minuto. Em seguida, registra-se o dado obtido, comunicando
√ Ritmo – O intervalo de tempo entre os batimentos se houver anormalidades.
em condições normais é igual, e o ritmo nestas condições é  Pressão arterial
denominado normal ou rítmico. O pulso irregular é chamado A pressão arterial reflete a tensão que o sangue exerce
arrítmico. nas paredes das artérias. A medida da pressão arterial
Terminologia compreende a verificação, da pressão máxima ou, sistólica e
√ normocardia: freqüência normal; a pressão mínima ou diastólica, sendo registrada em forma e
√ bradicardia: freqüência abaixo do normal; fração:
√ taquicardia: freqüência acima do normal;
√ taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; PA = Pressão sistólica
√ bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico. Pressão diastólica
Procedimento
√ lavar as mãos; A pressão sistólica é a maior força exercida pelo
√ cumprimentar o paciente; batimento cardíaco; e a diastólica, a menor. A pressão
√ colocá-lo sentado ou deitado, em posição sistólica representa a intensidade da contração ventricular, e a
confortável, com o braço apoiado e a palma da mão voltada diastólica, o grau de resistência periférica.
para baixo; A pressão arterial depende de:
√ com os três dedos médios da mão, localizar a artéria √ débito cardíaco: representa a quantidade de sangue
radial na face interna do punho, do lado do polegar; ejetado do ventrículo esquerdo para o leito vascular em um
√ quando sentir a artéria, pressionar levemente contra minuto. Decorre do bom funcionamento da bomba cardíaca;
o osso (rádio) e contar os batimentos por um minuto; √ resistência vascular periférica: determinada pelo
√ registrar, anotar e comunicar as anormalidades. lúmen (calibre), pela elasticidade dos vasos e pela
 Respiração viscosidade sangüínea. Traduz uma força que se opõe ao
A respiração constitui uma das funções vitais do fluxo sangüíneo;
organismo. Por meio da respiração é que se efetua a troca de √ viscosidade do sangue: decorre das proteínas e
gases dos alvéolos, transformando o sangue venoso rico em elementos figurados do sangue.
dióxido de carbono e o sangue arterial rico em oxigênio. O A pressão sanguínea varia ao longo do ciclo vital,
tronco cerebral é a sede do controle da respiração automática, assim como ocorre com a respiração, temperatura e pulso. A
porém recebe influências do córtex cerebral, possibilitando pressão sangüínea geralmente é mais baixa durante o sono e
também, em parte, um controle voluntário. Certos fatores, ao acordar, podendo ter um ligeiro aumento no final da tarde.
como exercícios físicos, emoções, choro, variações Via de regra, um indivíduo deitado apresenta pressão mais
climáticas, drogas podem provocar alterações respiratórias. O baixa do que quando está em pé ou sentado. A ingestão de
controle da respiração compreende a verificação da alimentos, exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade,
raiva e estresse, aumentam a pressão arterial.

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Valores normais h) desinflar totalmente o manguito após aferição e


Em indivíduo adulto, são considerados normais os aguardar pelo menos 1-2 minutos para nova medida. Em cada
seguintes parâmetros: consulta deverão ser realizadas, no mínimo, duas medidas.
√ pressão sistólica: de 90 a 140 mmHg; As posições recomendadas na rotina para mensuração da
√ pressão diastólica: de 60 a 90 mmHg. pressão arterial são: sentada e/ou deitada. As medições na
Terminologia primeira avaliação devem ser obtidas em ambos os membros
√ hipotensão arterial: pressão arterial abaixo do superiores.
normal. MÉTODO PALPATÓRIO:
√ hipertensão arterial: significa pressão arterial Para obter a pressão sistólica por palpação, o
elevada. examinador, primeiramente, deve localizar o pulso radial,
Locais para verificação da pressão arterial mantendo-o sob observação contínua. A seguir, insufla-se o
√ nos membros superiores, através da artéria braquial; manguito até desaparecerem as pulsações. O nível de pressão
√ nos membros inferiores, através da artéria poplítea. corresponde ao momento em que reaparece o pulso. Este
Procedimento dado servirá como estimativa preliminar da pressão sistólica.
√ lavar as mãos; MÉTODO AUSCULTATÓRIO:
√ providenciar o material necessário: Por este método determina-se a pressão sistólica e
esfignomanômetro, estetoscópio, algodão com álcool, papel e diastólica. O receptor do estetoscópio é aplicado sobre a
caneta; artéria braquial, no espaço antecubital, livre do contato com o
√ limpar o diafragma e as olivas do estetoscópio; manguito. A pressão no esfigmomanômetro deve ser elevada
√ posicionar o paciente deitado ou sentado, com o de 20 em 20 mm de Hg e abaixada gradativamente, até que o
braço descoberto, apoiado; mantendo-se à altura do coração, primeiro som seja ouvido. A cifra lida nesta momento
com a palma da mão voltada para cima; corresponde à pressão sistólica. Com a diminuição gradativa
√ colocar o manguito logo acima da dobra do da pressão no sistema, os sons ou ruídos audíveis ao nível da
cotovelo; artéria braquial vão sofrendo modificações de intensidade e
√ localizar a artéria e colocar o diafragma do qualidade. Designa-se a sucessão de sons como escala de
estetoscópio sobre a mesma e as extremidades das olivas nos Korotkoff, que é assim constituída: FASE I: Sons surdos
ouvidos; FASE II: Sopros FASE III: Sons altos e claros FASE IV:
√ fechar a válvula da pêra e inflar rapidamente o Sons abafados FASE V: Silêncio
manguito (geralmente até 200 mmhg); HIATO AUSCULTATÓRIO:
√ abrir a válvula da pêra lentamente. O primeiro O hiato auscultatório pode ocorrer em pacientes com
batimento que se ouve é a pressão máxima ou sistólica (1ª hipertensão arterial e corresponde a um intervalo silencioso,
bulha de Korotkoff); observar sua correspondência no representado pela ausência da Fase II de Korotkoff. Seu
manômetro; desconhecimento induz ao registro errado dos níveis
√ continuar a descompressão, considerando-se a tensionais. Para evitar tal erro, basta adquirir o hábito de
pressão mínima quando houver um abafamento do som (4ª determinar a pressão sistólica pelo método palpatório.
bulha de Korotkoff) ou o seu desaparecimento (5ª bulha de PRESSÃO ARTERIAL NOS MEMBROS
Korotkoff); INFERIORES:
√ abrir a válvula e, após a saída de todo o ar, retirar o Medir a pressão nas coxas apresenta dificuldades
manguito; ainda não resolvidas. O tamanho exato do manguito para as
√ deixar o paciente em posição confortável; coxas de diferentes diâmetros ainda não foi determinado.
√ anotar na papeleta e notificar qualquer anormalidade Usa-se o manguito de 18 cm de largura. Em pessoas normais,
encontrada. a pressão sistólica nas coxas por determinação intra-arterial
Outras formas de Aferição da Pressão arterial costuma ser 10 a 40 mmHg mais alta do que no braço,
a) lugar confortável; enquanto a pressão diastólica é praticamente a mesma. Para
b) braço apoiado a nível equivalente ao coração; determinação da pressão arterial na coxa, coloca-se o
c) paciente em repouso por 5 minutos, no mínimo; receptor sobre a artéria poplítea.
d) manômetro calibrado e de fácil visualização;
e) manguito que cubra 2/3 do perímetro do braço MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA
(adulto: 12 cm de largura - ideal para braço com 30 cm de PRESSÃO ARTERIAL DE 24 HORAS (MAPA)
circunferência); A monitorização ambulatorial da pressão arterial
f) inflar rapidamente até 30 mmHg acima do durante 24 horas é um método que também se utiliza das
desaparecimento do pulso arterial distal, e desinflá-lo a uma técnicas auscultatória e/ou oscilométrica, apresentando boa
velocidade de 2-4 mmHg/segundo; correlação com medidas intra-arteriais. Essa técnica pode
g) considerar o aparecimento dos sons para mostrar melhor valor preditivo para o risco cardiovascular.
identificação da pressão sistólica e o desaparecimento (fase V Trata-se de um método que merece julgamento da relação
de Korotkoff) para identificação da pressão diastólica; custo/benefício. As principais indicações e limitações para o
uso da MAPA são:

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INDICAÇÕES: Avaliação – verificar se a ação executada funcionou


HA do "avental branco"; ou não.
HA "limítrofe" (lábil); - Observar é aplicar atentamente os sentidos a um
HA resistente; objeto para dele adquirir conhecimentos claros e precisos.
Hipotensão ortostática Avaliação da eficácia Quem Observa? O cliente (paciente)
terapêutica; Porque observar? Serve para registrar e transmitir 6
LIMITAÇÕES: categorias de informações.
Perda de dados; √ Medidas terapêuticas executadas pelos vários
Distúrbios no trabalho e sono; membros da equipe de saúde;
Dificuldade de análise dos dados; √ Comportamento e outras observações relativas ao
Arritmias cardíacas complexas; paciente (respostas específicas à terapia e à assistência);
Grandes obesos. √ Identificação de problemas;
Observações: √ Avaliar os cuidados prestados (auditoria
√ testar o esfignomanômetro antes da aferição para retrospectiva ou concomitante (quando o paciente esta
afastar erros ocasionados por defeito de aparelho; internado.));
√ o manguito deve ter largura apropriada, em geral √ Identificar a potencialidade do paciente (não se deve
que cubra 2/3 do comprimento do braço; fazer pelo paciente aquilo que ele pode fazer por si);
√ o manguito deve ser insuflado rapidamente e √ Registrar ensinamentos.
desinsuflado lentamente; Onde observar? Em todas as situações onde existam
√ o manguito deve ser colocado sobre o braço nu, 2 a situações de enfermagem.
2,5 cm acima do espaço anticubital; Quando observar? A todo momento.
√ o diafragma do estetoscópio não deve tocar a borda O que observar? Selecionar e observar o que
inferior do manguito; interessa.
√ não se recomenda verificar a pressão arterial em Como observar? Tipos de observação.
braço em que foi realizado cateterismo cardíaco, shunt A-V Tipos de Observação:
ou em que esteja instalada venoclise; √ Direta – presenciando o fato;
√ na incerteza do valor obtido, aguardar no mínimo 30 √ Indireta – não presencia, obtém informações por
segundos para nova verificação; a variedade de sons que se outra pessoa;
ouvem ao se mensurar a pressão sangüínea é denominada de √ Casual – não foi uma observação premeditada;
sons de Korotkpff. √ Sistematizada – com a intenção de observar algo;
OBS: o enfermeiro deve desenvolver a capacidade de
4.EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM – OBJETOS, observação dirigida, premeditada e sistematizada para poder
ROTEIROS E REGISTROS. considerar objetivamente a situação dos indivíduos sob os
 Evolução de Enfermagem seus cuidados.
Da enfermagem a comunicação oral, embora
necessária, não é totalmente eficiente, dada a dificuldade de REGRAS GERAIS PARA ANOTAÇÃO
memorização de todas as minúcias que podem ocorrer nas 24 √ verificar os tipos de impressos utilizados na
horas do dia e, o freqüente rodízio das pessoas que prestam instituição e as normas para o seu preenchimento (onde
assistência ao paciente. anotar, cor da caneta, onde assinar);
Fornece informações valiosas para toda a equipe, √ o cabeçalho do impresso deve ser preenchido
dispensa repetição de perguntas ao paciente, proporcionando devidamente;
segurança para ele, promove condições para a comunidade do √ toda anotação deve ser precedida de horário,
tratamento e dos cuidados e possibilita a avaliação da colocando-se a data na primeira anotação do dia;
assistência prestada. √ toda assistência é anotada após ter sido prestada
Para proporcionar o entendimento de todos, a nunca antes;
evolução deve ser descritiva, clara, suscita, completa, exata, √ toda medicação ministrada deve ser checada e
objetiva e livre de julgamentos. anotada, bem como as intercorrências ocorridas. Se o
Observar – ato, hábito ou poder de ver; notar e medicamento não for ministrado, utiliza-se o sinal circulo (o)
perceber; prestar atenção para aprender algo. ao redor do horário e anota-se a justificativa da não execução.
√ Planejamento; Quando a medicação foi feita usa-se &;
√ Execução; √ os impressos para anotação de enfermagem são
√ Avaliação. documentos legais, não podendo, portanto, ser rasurado. Em
Planejamento – especificar em algum instrumento caso de engano usar “digo” entre vírgulas ou “sem efeito” ou
(verbal ou escrito) a linha de cuidados que se pretende fazer “nulo” entre parênteses acima do erro;
com o cliente. √ a anotação deve deixar claro se a observação foi
Execução – objetivar o que se planejou feita pela pessoa que anota ou se é transmitida pelo paciente,
familiares ou outro membro da equipe de saúde;

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√ o uso de termos subjetivos (de interpretação pessoal) paciente estiver com sonda vesical colocar o valor numérico,
devem ser evitados; cor, odor, características.
√ nunca anotar medicamentos ou tratamento feitos por Observação: coloca-se (S.I.C.) segundo informação
outras pessoais; do cliente, após o relato da informação.
√ deve-se dar valores numéricos a tudo que for
possível medir, e usar uma linguagem objetiva; 5.NOÇÕES ELEMENTARES SOBRE
√ só serão permitidas abreviaturas aceitas pela SAÚDE/DOENÇA
comunidade;  Definição
√ não deixar linhas em branco, portanto, só passar De acordo com a Organização Mundial de Saúde
para folha seguinte depois de completamente cheia uma (OMS) a “saúde é um estado de completo bem-estar físico,
linha; mental e social e não a mera ausência de moléstia ou
√ todas as anotações devem ser assinadas na coluna enfermidade”.
correspondente, na última linha escrita. Por esta definição, é difícil medir o nível de saúde da
população, porque as pessoas não permanecem
ROTEIRO PARA OBSERVAÇÃO constantemente em completo bem-estar.
SISTEMATIZADA Também se tenta, de forma errada, definir saúde como
Estado Geral; Estado Mental; Sono e Repouso; sendo a não-doença, baseando-se no conceito de que se
Característica dos SSVV; Exame Físico; Condições dos obtém saúde erradicando-se as doenças.
Seguimentos (limpeza, lesões, secreções e acuidade dos Mas a saúde é a resultante da influência dos fatores
sentidos); Aceitação Alimentar; Ingesta Hídrica; sócio-econômico-culturais: alimentação, habitação, educação,
Eliminações; Cuidados Realizados Durante o período renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
(curativos, coleta de material para exame, tricotomia, etc.); liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de
Ocorrências diversas (encaminhamento para exames, saúde. Portanto, a saúde é um processo dinâmico em que o
cirurgias, transferências, etc.). homem luta contra as forças que tendem a alterar o equilíbrio
Estado Geral: da sua saúde.
√ Bom – Se o paciente esta independente dos cuidados Dessa forma, a melhor definição de saúde é a Perkins:
gerais de enfermagem; “Saúde é um estado de relativo equilíbrio de forma e função
√ Regular – Parcialmente dependente. Não existe do organismo, que resulta de seu ajustamento dinâmico
alterações visíveis nos SSVV; paciente confinado ao leito. satisfatório às forças que tendem a perturbá-lo. Não é um
√ Grave – dependente da enfermagem, perturbações inter-relacionamento passivo entre a matéria orgânica e as
nos SSVV. forças que agem sobre ela, mas uma resposta ativa do
Estado Mental: organismo no sentido de reajustamento”.
√ Consciente  Doença
√ Inconsciente A doença, em oposição à saúde, é um estado de
√ Obinubilado – sem orientação quanto ao tempo, desequilíbrio do indivíduo com as forças de seu ambiente
espaço e si próprio. O paciente se encontra consciente, ou externo e interno, ou seja, ocorre perda ou limitação da sua
seja, acordado mais sem noção das coisas. capacidade de adaptação ao meio ambiente.
√ Torpor – piora da obinubilação, não responde as Dessa forma, acredita-se que a saúde e a doença não
perguntas. É o que se chama de pré-coma. O paciente só devem ser consideradas entidades separadas, mas gradações
responde a dor. de uma escala.
√ Coma: Práticas de saúde
√ Leve = torpor: localiza a dor e estimulo Cada sociedade pratica atividades médicas ou de
√ Moderado: responde a estimulo dolorosos e saúde com o objetivo de manter e/ou enfrentar os seus
incômodos, mas não localiza a dor. problemas de saúde.
√ Profundo: expressa a dor apenas com mímica facial A intervenção dos profissionais de saúde pode ser
Sono e repouso: Saber como foi a noite do paciente. realizada através da medicina tradicional ou da alternativa.
Característica dos SSVV:
√ Temperatura: início, intensidade, duração e término; MEDICINA TRADICIONAL OU ALOPÁTICA
√ Pulso: ritmo, frequência e amplitude; Tem por objetivo o diagnóstico e o combate aos sinais
√ Respiração: ritmo, frequência e amplitude; e sintomas. Para atingir esse propósito são utilizados os
√ Pressão arterial. medicamentos farmacológicos e equipamentos auxiliares ao
Exame Físico: Sintomas subjetivos e objetivos diagnóstico.
(sinais) É o tipo de medicina mais praticado no Brasil, sendo
Ingesta Hídrica: saber a quantidade de líquidos que o desenvolvido nos hospitais, consultórios e demais recursos de
paciente ingeriu. Coloca-se mais ou menos tantos ml. saúde.
Eliminações: urina (coloração, odor, quantidade,
numero de vezes). Fezes (odor, cor, consistência). Se o

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MEDICINA ALTERNATIVA ASSEPSIA


O objetivo principal é considerar o ser humano de Segundo o Ministério da Saúde, é o processo pelo
forma integral e promover a sua interação harmônica. qual se consegue afastar os germes patogênicos de
Abrange vários tipos de terapêutica, mas podemos agrupá-los determinado local ou objeto.
em quatro grupos de acordo com a natureza ou base: A transmissão pode ser:
√ farmacológica ou química: fitoterapia, argiloterapia, √ direta: dispensa a participação de veículos, podendo
terapia ortomolecular; ser através do beijo, relações sexuais, contato com a pele, por
√ física: massagens, banhos, exercícios; meio de secreções oronasais (ao falar, tossir, espirrar etc);
√ energética: acupuntura, homeopatia; √ Indireta: o microrganismo é transmitido mediante:
√ mental/espiritual/psicológica: meditação, - os materiais ou objetos contaminados: brinquedos,
relaxamento psicomuscular. louças, talheres, roupas de cama, instrumentos cirúrgicos;
Objetivos dos profissionais de saúde - alimentos, água, soro, sangue contaminados;
Os profissionais de saúde devem ter em mente a - ar: ocorre contaminação, principalmente do trato
prescrição de Benson (in Beland), que diz que os respiratório, através da poeira e núcleos infecciosos
profissionais lidam “mais com pessoas e menos com (pequenos resíduos de evaporação de gotículas expelidas pelo
pacientes... mais com condições humanas e menos com hospedeiro infectado);
patologias fixas... mais com riscos sócio-culturais do que - vetor: o microrganismo é transmitido por um
biológicos... mais com um contínuo de atendimento, menos organismo vivo.
com episódios de doença”. Classifica-se a assepsia em:
Além desses aspectos, os profissionais também devem a) Cirúrgica: consiste no emprego de técnicas
atentar para os objetivos das profissões ligadas à saúde: com o objetivo de não propagar microrganismos em local ou
√ promoção da saúde; objeto estéril. Para tanto, devemos:
√ manutenção da saúde; √ não falar, tossir ou espirrar sobre material estéril;
√ recuperação da pessoa doente; √ não considerar estéril pacotes úmidos, sem data e
√ prevenção da extensão da seqüela da doença; abertos anteriormente;
√ prevenção de complicações da doença e/ou seu √ abrir pacotes estéreis com técnica;
tratamento médico; √ guardar os materiais em armários próprios, limpos,
√ prevenção de dependência nociva evitável, como longe de poeira e insetos.
conseqüência de doenças, e/ou seu tratamento médico; b) Médica: adotam-se medidas para evitar ou
√ prevenção da morte, como uma conseqüência diminuir a disseminação de microrganismos patogênicos de
evitável de doenças lesões ou tratamento médico; um indivíduo para outro, devendo ser usada em qualquer
√ prevenção de sofrimento evitável perante doenças atividade ligada ao paciente e ao meio ambiente. Pratica-se
incuráveis ou irreversíveis. esse tipo de assepsia através de medidas:
√ individuais: cada indivíduo deverá utilizar técnicas
6.PRINCÍPIOS BÁSICOS QUE NORTEIAM AS com a finalidade de se autoproteger e evitar ser o
TÉCNICAS DE PREPARO DE MATERIAL disseminador de microrganismos. As principais são:
 Introdução √ coletivas: empregam-se métodos visando atender à
A existência de microrganismos no ambiente justifica comunidade. Ex.: saneamento básico, eliminação de insetos e
a aplicação de técnicas que reduzem o seu número e roedores, higiene ambiental, exame médico periódico, uso de
propiciam maior segurança ao paciente e à equipe de saúde. papel toalha para as mãos;
As infecções podem ser provocadas por causas ligadas √ hospitalares: utilizam-se práticas especiais que
ao meio ambiente, ao material, ao paciente e à própria equipe abrangem:
que o atende. √ medidas gerais: isolamento de pessoas com
Portanto, o emprego das técnicas assépticas é moléstias transmissíveis, limpeza terminal e concorrente, não
fundamental no controle de infecções, pois contribui na sentar nas camas dos pacientes, não colocar materiais
quebra da sua cadeia epidemiológica. diretamente no chão (comadre, bacia etc.);
 Conceitos básicos √ degermação: é remoção ou redução do número de
bactérias na pele por meio de limpeza mecânica (escova com
ANTI-SEPSIA sabão ou detergente), ou por aplicação de preparado químico;
Segundo o Ministério da Saúde, é o conjunto de meios √ limpeza: consiste na lavagem com soluções
empregados para impedir a proliferação microbiana. detergentes ou desincrostantes, enxágüe e secagem do
Utiliza-se o termo quando se empregam soluções material;
germicidas de baixa causticidade e hipoalergênicas na pele e √ esterilização: é a destruição ou eliminação de todos
mucosas. os microrganismos na forma vegetativa ou esporulada. O
material limpo e seco poderá ser esterilizado por vapor
saturado sob pressão (autoclave convencional, autoclave a
alto vácuo), calor seco (estufas), gás químico (autoclave de

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óxido de etileno) ou preparações químicas (solução de √ Fricção para eliminação de sujeiras e


glutaraldeído 2%, solução de formaldeído aquoso 10 %, microorganismos através do uso de sabonetes;
solução de formaldeído alcoólico 8%, pastilha de √ Usar sabonete, iniciando o processo de limpeza e
paraformaldeído); ajudando na remoção dos agentes contaminantes. Em áreas
√ desinfecção: é a destruição ou inativação de onde a lavagem de mãos imediata não é viável, devem ser
microrganismos, patogênicos ou não, situados fora do utilizados produtos antimicrobianos específicos para este fim.
organismo humano, não necessariamente matando os Este produto, no entanto, não substituem, a lavagem das
esporos. O processo de desinfecção pode ser realizado pelo mãos. Nestas situações, devem ser utilizados ou realizados os
calor (água em ebulição) ou por soluções químicas (álcool seguintes passos:
70%, hipoclorito de sódio, fenol sintético e as soluções - Utilizar lenços umedecidos com soluções anti-
esterilizantes). sépticas por toda a mão e pele adjacente, deixando-as
Observação: as soluções esterilizam quando os expostas ao ar para secar.
materiais ficam imersos 18 horas na solução de formaldeído - Borrifar, por toda a mão solução anti-séptica e
ou 10 horas na de glutaraldeído; essas mesmas soluções friccionar, a pela deve ficar exposta para secar.
desinfetam o material em 30 minutos de imersão; - Utilizar esponjas ou outros materiais que contenham
√ descontaminação prévia: antes de iniciar o processo anti-sépticos por toda mão e pele adjacente; a pele deve ficar
de limpeza, os artigos contaminados por matéria orgânica exposta ao ar para secar.
(sangue, pus, secreções corpóreas) são expostos a água √ A lavagem das mãos com agentes antimicrobianos
fervente ou produto químico por 30 minutos; tem por deve ser feita antes dos seguintes procedimentos:
finalidade proteger as pessoas que procederão à sua limpeza; - Movimentação de pacientes de risco em UTI e
√ desinfestação: é a destruição ou exterminação de Emergência;
insetos, roedores ou outros transmissores de infecções ao - Antes de procedimentos invasivos;
homem; - Procedimento cirúrgico;
√ sanificação: é a redução do número de germes a um - Antes de cuidados com recém-nascido;
nível isento de perigo. As principais soluções são o - Pacientes imunodeprimidos;
hipoclorito de sódio e as associações de quaternários de - Antes de contato com feridas;
amônio. - Depois de contato com fontes contaminadas.
 Técnica da lavagem das mãos
É um procedimento simples que, quando realizado de ESCOVAÇÃO CIRURGICA DAS MÃOS
maneira adequada diminui a contagem de microorganismos Tem como objetivo eliminar a microbiota transitória
nas mãos e as torna um instrumento limpo e seguro para o da pele e reduzir a microbiota residente, além de
cuidado com os pacientes. proporcionar efeito residual na pele do profissional. O
profissional deverá estar com unhas curtas, sem esmaltes,
OBJETIVO DA LAVAGEM DAS MÃOS sem anéis, pulseiras e relógio. O procedimento de escovação
Os principais são: deverá ter duração de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e
√ Remover a sujeira das mãos (estética); de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes.
√ Reduzir as contaminações cruzadas provocadas por Soluções utilizadas: polivinipirrolidona-iodo a 10 %,
microorganismo potencialmente patogênicos, encontrados clorexidina a 4 %, hexaclorofeno a 3 %.
nos fluídos e substâncias do organismo e as adquiridas Passos para a escovação cirúrgica:
através do contato com materiais.  Abrir torneira, molhar mão, braços e cotovelos;
√ Interromper a transmissão oro-fecal e a transmissão  Recolher as mãos em concha espalhar o antisséptico
de doenças; nas mãos, antebraços e cotovelo. No caso da escova
√ Quebrar a cadeia de infecção; impregnada com antisséptico, pressione a parte da esponja
√ Melhorar, na visão do público e especialmente dos contra a pele e espalhe por todas as partes;
pacientes, a imagem de higiene e a credibilidade dos  Limpar sob as unhas com as cerdas da escova, sob
profissionais da área de saúde, como auxiliadores no água corrente; friccionar as mãos, observando espaços
tratamento de doenças. interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos,
mantendo as mãos acima dos cotovelos;
LAVAGEM DAS MÃOS E LIMPEZA DA PELE  Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das
CONSISTE EM: mãos para os cotovelos, retirando todo resíduo do produto;
√ Limpeza dos dedos, espaços entre as unhas, palmas,  Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se
dorso da mão e punho. Na escovação cirúrgica, incluem-se os a torneira não possuir o fotosensor;
antebraços;  Enxugar as mãos em toalhas ou compressas esteréis,
√ Utilização de água corrente, morna e com movimento compressivos, iniciando pelas mãos
descontaminada, sabonetes, limpador de unha (opcional) e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as
toalhas limpas. diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas.

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 Manuseio de material esterilizado √ com a mão esquerda, levantar a parte de cima do


Ao manusear o material esterilizado com técnica campo à esquerda e colocar a mão direita enluvada dentro da
asséptica, deve-se obedecer a algumas normas a fim de dobra da luva;
mantê-lo estéril: √ calçar a luva na mão esquerda, atentando para não
√ e fundamental lavar as mãos com água e sabão antes contaminar a mão enluvada;
de manusear o material esterilizado; √ ajeitar as luvas externamente com as mãos
√ utilizar material com embalagem integra, seca, sem enluvadas;
manchas, com identificação (tipo de material e data da √ após o uso, retirar a luva de uma das mãos puxando-
esterilização); a externamente sobre a mão, virando-a pelo avesso. Quanto à
√ trabalhar de frente para o material; outra mão enluvada, segura-la pela parte interna, puxando-a e
√ manipular o material ao nível da cintura para cima; virando-a pelo avesso.
√ evitar tossir, espirrar, falar sobre o material exposto; Obs.: Seqüência da técnica de calçar luva: a) Retirar a
√ não fazer movimentos sobre a área esterilizada; luva; b) calçar a mão direta; c) retirar a outra luva do pacote
√ certificar-se da validade e adequação da embalagem; com a mão enluvada; d) calçar a luva com mão esquerda.
√ trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem  Precauções universais
corrente de ar; A enfermagem pode desconhecer que está atendendo
√ manter certa distância entre o corpo e o material a paciente considerado portador são, ou seja, transmissor de
ser manipulado; determinada infecção.
√ obedecer aos demais princípios de assepsia. Para não colocar em risco a saúde desses
A técnica de enfermagem preconizada no manuseio de profissionais, recomenda-se a adoção de precauções
material esterilizado é: universais, ou seja, medidas de precauções com sangue e
a) Pacote fluidos corpóreos para o cuidado com qualquer paciente.
√ abri-lo, iniciando-se pela extremidade oposta ao
manipulador; CUIDADOS GERAIS
√ proteger o material exposto com o campo √ lavar as mãos sempre que necessário;
esterilizado que o envolvia; √ usar luvas na venopunção e ao manipular sangue e
√ tocar com as mãos somente na parte externa do outros fluidos corporais, mucosas e pele não-íntegra;
pacote; √ usar avental de proteção em procedimentos com
√ não guardar como material esterilizado um pacote risco de contaminação e com qualquer tipo de matéria
aberto anteriormente; orgânica;
b) Seringa descartável √ evitar contato direto dos profissionais com as lesões
√ rasgar os invólucros no local onde se encontra a de pele dos pacientes e equipamentos contaminados.
parte terminal do êmbolo;
√ manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte COM MATERIAIS CONTAMINADOS
interna do cilindro e a ponta da seringa. √ dependendo do grau de contaminação, pode-se fazer
c) Agulha descartável a descontaminação prévia antes do processo de limpeza do
√ abrir o invólucro no sentido canhão-bizel ou rasgar material;
lateralmente próximo ao canhão; √ utilizar luvas para manusear material contaminado;
√ fixá-la à ponta da seringa através do canhão; √ evitar deixar exposto o material contaminado no
√ manter a agulha protegida até o momento do seu meio ambiente;
uso. √ após o uso de material pérfuro-cortante, desprezá-lo
 Técnica de calçar luvas estéreis em recipiente de parede rígida, tendo-se o cuidado de não
O uso de luvas de borracha estéreis é indicado: preenchê-lo em mais do que 2/3 da sua capacidade;
√ ao manusear material esterilizado, utilizando técnica √ não reencapar, dobrar ou quebrar as agulhas
de assepsia cirúrgica; utilizadas;
√ ao manipular áreas da pele e/ou mucosas √ não remover as agulhas das seringas.
infeccionadas do paciente;  Coleta de Material para Exames
√ para autoproteger-se ao manipular material √ Fezes;
contaminado (não é obrigatório ser luva estéril). √ Urina;
TÉCNICA DE CALÇAR LUVAS √ Sumário;
√ com a mão direita, levantar a parte de cima do √ Cultura;
campo à direita, e com a mão esquerda retirar a luva pela √ Secreção;
parte interna do punho; √ Escarro.
√ calçar a luva na mão direta, atentando para não Os exames de laboratório são indispensáveis muitas
contaminar a sua parte externa; vezes para confirmação de um diagnostico traçar as diretrizes
para o tratamento e cuidados de enfermagem.

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FINALIDADES √ Anotar no prontuário do paciente, hora da colheita,


√ Auxiliar na avaliação do estado do paciente; coloração e quantidade aproximada da urina.
√ Auxiliar na pesquisa diagnóstica. PONTOS A OBSERVAR
√ A técnica da coleta de urina vai depender do tipo de
MATERIAL exame solicitado.
√ Frascos de boca larga, com tampa, rotulados e √ A amostra de urina poderá ser de 24 horas, da
identificados. primeira ou de uma micção do dia.
√ Espátula para coleta de fezes ou abaixador de √ A coleta da urina das 24 horas para proteinúria,
língua. deverá ser guardada em coletor, na geladeira, juntando com
√ Aparadeira ou papagaio. as demais micções.
√ Tubo de ensaio (se for cultura). √ Nos casos de glicosúria e cetonúria, a verificação
deve ser realizada logo após a micção, molhado-se a fita teste
a) Coleta de fezes e comparando-se com o padrão, no tempo estipulado que
PROCEDIMENTOS varia de 15 segundos a 1 minuto.
√ Lavar as mãos √ O ideal é sempre enviar ao laboratório a primeira
√ Oferecer comadre quando o paciente avisar que diurese da manhã.
deseja evacuar.
√ Com a espátula coletar amostra de fezes de três c) Secreções
lugares diferentes. PROCEDIMENTOS:
√ Colocar as amostras dentro do frasco, tomando √ Lavar as mãos
cuidado para não contaminar a parte externa. √ A técnica da coleta de secreção vai depender do tipo
√ Desprezar a espátula no balde de lixo. de exame solicitado.
√ As fezes colhidas devem ser encaminhadas √ Na coleta de secreção da ferida operatória, retirar o
imediatamente ao laboratório, a fim de assegurar um curativo, aspirar pequena quantidade em seringa descartável,
resultado verdadeiro. colocar no tubo de ensaio.
√ Lavar a aparadeira e colocá-la na solução √ Rotular o tubo com identificação do Paciente.
desinfetante √ Realizar curativo
√ Anotar no prontuário do paciente: a coleta realizada, √ Anotar no prontuário, horário e aspecto da secreção.
hora da coleta do material, o aspecto das fezes. PONTOS A OBSERVAR
PONTOS A OBSERVAR √ Antes da coleta do material, não usar nenhuma
√ Usar a técnica de oferecer e retirar comadre quando solução anti-séptica.
o paciente avisar que deseja evacuar. √ Realizar a coleta antes da higiene corporal.
√ Ter cuidado para não contaminar as mãos com as
fezes, pois algumas doenças são transmitidas através de d) Escarro
dejetos. PROCEDIMENTOS
√ Lavar as mãos
b) Coleta de Urina √ Orientar o paciente, na véspera, sobre o exame a ser
PARA SUMÁRIO: Ter cuidados para não realizado.
contaminar as mãos com a urina do paciente, pois algumas √ Usar recipiente apropriado com tampa
doenças são transmitidas através das eliminações. √ Colher a amostra em jejum, o paciente deverá
PARA CULTURA expectorar e escarrar dentro do recipiente, sem deixar
PROCEDIMENTO escorrer pela borda externa, e com o mínimo de saliva.
√ Entregar ao paciente o frasco para coleta √ Anotar no prontuário a coleta realizada e a horário.
devidamente rotulado e identificado. PONTOS A OBSERVAR
√ Manter o paciente realizar sua própria lavagem ■ Orientar o paciente no sentido de não contaminar a
externa. parte externa do recipiente.
√ Explicar ao paciente para, após a lavagem externa, ■ Caso se desejar uma espécie estéril, usar recipiente
desprezar o primeiro jato de urina. previamente esterilizado.
√ Pedir ao paciente para deixar o restante da urina cair ■ Orientar o paciente para que expectore
dentro do frasco, sem transbordar. profundamente antes de coletar o material.
√ Explicar ao paciente que as bordas e o interior do
frasco não devem ser tocados, por estarem esterilizados. **PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
√ Pedir ao paciente que tampe imediatamente o frasco, Precauções padrão consistem em um conjunto de
após ter colhido a urina. medidas que devem ser adotadas na assistência a todos os
√ Receber o frasco com urina das mãos do paciente e, pacientes, independentemente do estado presumível de
rotular e identificar. infecção, e na manipulação de equipamentos e artigos
contaminados ou sob suspeita de contaminação. As

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precauções padrão deverão existir risco de contato com:  Uso de luvas para qualquer contato com esses
Sangue, todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções, pacientes, com área ou material infectante, as luvas deverão
com exceção de suor, sem considerar a presença ou não de ser calçadas e desprezadas dentro do quarto.
sangue visível; pele com solução de continuidade (pele não  A higiene das mãos com água e sabão é obrigatória.
íntegra).  Uso de avental de manga longa, para qualquer
São precauções padrão: contato com o paciente ou superfícies próximas ao paciente,
 Higiene das mãos, antes e após contato com como grades do leito, mesa de alimentação entre outros.
pacientes; após retirar luvas; entre um paciente e outro, ou  Evitar saída do paciente do quarto, quando for
em ocasiões em que existe o risco de transferência de necessário o transporte, os profissionais deverá usar luvas,
patógenos para pacientes ou ambientes; Após contato com avental mascara, as macas e cadeiras utilizadas pelo paciente
sangue, líquidos corporais, secreções, excreções. deverá ser desinfectada com álcool a 70%, paciente deverá
 Luvas: Usar luvas sempre que existir a possibilidade usar máscara quando tiver infecção respiratória.
de contato com líquidos corpóreo, ou pele não íntegra; trocar  A limpeza do quarto deverá seguir a rotina do
luvas de um paciente para outro, ou mesmo na realização de hospital.
um procedimento para outro em um mesmo paciente.  Artigos de cuidados do paciente (estetoscópio,
 Avental: usar em contato com o paciente como termômetro, devem ser de uso exclusivo dele, se não for
proteção individual e proteção de evitar contaminação de um possível desinfetar com álcool a 70%, após uso.
paciente para outro.  As visitas deverão ser restritas.
 Máscara, protetor de face e olhos: utilizá-los para
proteção das mucosas dos olhos, nariz e boca durante a ISOLAMENTO
realização de procedimentos que forneçam riscos de respingo Condição em que o paciente deverá ser afastado de
de sangue e líquidos corporais. outros pacientes, para evitar contaminação.
 Cuidados com artigos e equipamentos de assistência Em casos de suspeita ou diagnóstico confirmado de:
ao paciente: Devem ser manuseados com cuidado, se sujos de  Diarréia em geral, enterecolites, conjuntivite, viral
sangue ou fluidos corporais, secreção e excreção. Sua aguda, Herpes simples, bronquiolite, Infecções virais
reutilização em outros pacientes deve ser precedida de respiratórias em crianças, febres hemorrágicas, furunculose
limpeza, desinfecção e esterilização. com Staphylococus: isolamento de contato por período em
 Controle Ambiental: Estabelecer e garantir que houver a doença.
procedimentos de rotina adequados para a limpeza e a  Escabiose, Pediculose, Impetigo: 24 horas de
descontaminação das superfícies ambientais, camas, tratamento.
equipamentos de cabeceira, na presença de sangue líquido  Infecções de ferida cirúrgica com drenagem,
corporais. abscessos com drenagem, celulites com drenagem purulenta:
 Cuidados com as roupas: Manipular, transportar e isolamento durante o período em que houver presença de
processar roupas usadas e sujas de sangue ou líquidos drenagem.
corporais e secreções, com sacos impermeáveis para evitar  Escara de decúbito infectada ou colonizadas por
extravasamento de superfícies ambientais. agente resistentes; doentes com patógenos resistentes:
 Prevenção de exposição a patógenos veiculados por Isolamento de acordo com a CCIH de cada instituição.
sangue e líquidos corpóreos: Prevenir acidentes com perfuro  Varicela, Herpes Zoster: Até o surgimento de
cortante, cuidado na manipulação instrumental cirúrgico, crostas.
retirada de lâminas de bisturi e no descarte de agulhas, e  Rubéola congênita: Até a criança completar com um
outros materiais perfuro cortantes. Jamais retirar agulhas da ano manter precauções de contato.
seringas após uso e nunca reencapá-las, Descartar em  Hepatite viral A: Crianças menores de um ano
recipientes apropriados e resistentes, obedecer o limite de isolamento durante toda a hospitalização; crianças de 3 a 14
utilização do recipiente. anos até duas semanas do inicio dos sintomas; acima de 14
 Acomodação adequada do paciente: Usar quarto anos, até uma semana do inicio do aparecimento dos
privativo para paciente quando o mesmo for incapaz de sintomas.
autocuidado na higiene pessoal e do ambiente.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS
PRECAUÇÕES DE CONTATO Precauções por aerossóis: Utilizar quarto privativo,
Essas precauções são usadas quando o paciente é com pressão negativa do ar; todos os profissionais em contato
portador de doenças transmissíveis por contato ou indireto. com o paciente deverão usar máscara N95. Evitar sair do
Indica-se: quarto, se for de extrema necessidade sair do quarto com
 Quarto privativo para esses pacientes, quando não máscara cirúrgica.
houver essa possibilidade, verificar com a CCIH do hospital Exemplos de doenças para essas precauções: Suspeitas
outras alternativas; ou comprovação

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Tuberculose pulmonar e laríngea baculífera: exógena, mas também as substâncias sintetizados pelo nosso
isolamento até 03 coletas da pesquisa de BARR negativa. corpo (hormônio, mediadores químico, etc...). O nosso
Sarampo: isolamento durante toda a doença. organismo, neste último exemplo, teria uma farmacologia
Herpes zoster e varicela: isolamento até as lesões intrínseca, possuindo, possuindo na intimidade dos seus
ficarem crostas. tecidos à substância química ativa (droga) e o sistema a ela
Precauções por gotículas: Aplicar as precauções sensível.
padrão; usar quarto privativo ou coorte com a mesma doença;
profissionais com usar máscara comum; evitar o transporte ROTEIRO DE ESTUDO DE CADA DROGA:
do paciente, quando necessário o mesmo deverá usar máscara 1) Generalidades
cirúrgica; as visitas deverão ser restritas e orientadas. √ Histórico
Exemplos de doenças para essas precauções: √ Uso empírico, etc.
coqueluche, caxumba, meningite por Haemophylus
influenzae, Neisseria meningitidid com ou sem 2) Químico
meningocemia, rubéola. √ Relações entre estruturas e atividade
- Meningites (H, Influenzae e N. Meningitidis), √ Nomenclatura
epiglotite, faringite e escarlatina: isolamento 24 horas de
tratamento. 3) Farmacocinética
 febre e tosse paroxística: isolamento até confirmar √ Vias de administração Absorção
diagnóstico. √ Distribuição
 Infecções por adenovírus, influenza: isolamento até √ Biotransformação
termino da doença. √ Eliminação
 Difteria faríngea: isolamento ate resultado negativo
de duas culturas de orofaringe. 4) Farmacodinâmica
 Rubéola, infecção por Parvovírus B 19: até sete dias √ Local de ação
do aparecimento de exantema. √ Mecanismo de ação
 Caxumba: até nove dias do aparecimento do edema √ Ações e efeitos
de parótida. √ Efeitos terapêutico
 Pneumonia mycoplasma e Streptococus: isolamento √ Efeitos tóxicos
até 24 horas de tratamento.
INTERAÇÕES COM OUTRAS DROGAS
7.NOÇÕES DE FARMACOLOGIA – CÁLCULO 1) Toxidade
– MEDICAMENTOS √ Efeitos colaterais
 Noções de farmacologia: √ Toxidade aguda, sub aguda e crônica
■ Natureza Farmacológica: √ Contra-indicações
CONCEITO:
Estudo da interação dos componentes químicos com 2) Posologia
os organismos vivos.
Quando a farmacologia se especializa no campo 3) Indicações
médico, a substância química recebe o nome de droga ou
fármaco, que pode ser medicamento ou tóxico. A 4) Especialidades farmacêuticas existentes no país
farmacologia estuda o resultado de interação da droga com o
sistema biológico. A resposta ou efeito dessa interação pode 5) Referência bibliográficas
apresentar diversas gradações, simplificada em dois grandes
tipos: um efeito benéfico ou maléfico. ORIGEM DOS MEDICAMENTOS
No primeiro caso a droga que provoca efeito benéfico Os medicamentos podem ser classificados em:
passa a chamar-se medicamento e é utilizado na pratica √ Naturais: São medicamentos extraídos da natureza,
médica, sob várias modalidades de aplicação, sempre em ou seja, de animais, vegetais e minerais;
beneficio do paciente; no segundo caso, a interação produz √ Sintético: São aqueles obtidos em laboratório. A
efeito maléfico para o sistema vivo, a droga se chama tóxico droga produzida por processos artificiais pode ou não ser
e seu estudo consistiu objeto da TOXICOLOGIA. reprodução exata de uma medicação natural como, por
A farmacologia médica estuda principalmente a exemplo, a penicilina sintética;
droga-medicamento, com seus efeitos benéficos e desejáveis, √ Semi-sintética: São medicamentos obtidos alterado-
mas também focaliza o possível e potencial toxicidade dos se as substâncias naturais, com a finalidade de produzir ações
medicamentos. Com essa significação, estuda qualquer modificados.
composto biologicamente ativo, com exceção dos alimentos,
incluindo não somente os medicamentos habituais, de origem

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FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS Hioscina (Buscopan)


MEDICAMENTOS Vias de administração: Oral, intramuscular e
As drogas apresentam-se nos três estados físicos: endovenosa.
sólido, líquido e gasoso, além das formas semi-sólido ou Homatropina (Novatropina)
intermediária e das radiações; Vias de administração: Oral
√ Medicamentos sólidos: São encontrados em forma ■ Associados:
de pós, comprimidos, drágeas, cápsulas, pílulas, supositórios, Buscopan (Brometo de N-bufiescopomina e
óvulos vaginais, pérolas e bastões; Dipirona)
√ Medicamentos gasosos: Encontram-se sob forma de ■ INSULINA E HIPOGLICEMIANTES ORAIS:
erosões e vapores; √ Insulina: Hormônio que possui ação no metabolismo
√ Medicamentos semi-sólidos ou intermediários: São do açúcar e é secretado pelas células-beta das ilhotas de
as pomadas, cremes e geléias em geral; langerhaus do pâncreas.
√ Drogas irradiantes: São representados por cobalto; Tipos de insulina:
césio, raios laser, iodo radioativo. ● Humana; bovina; suína.
● Quanto ao tempo de ação
MEDICAMENTOS E SUAS INDICAÇÕES √ Insulina regular ou simples: É rapidamente
■ Analgésicos, antitérmicos e antiflamatórios: absorvida pelo organismo e o seu efeito asós aplicação
1.Não Opiáceos: subcutânea se manifesta dentro de meia hora. Por ter ação
√ Acido acetilsalicílico (AAS; ASPIRINA) rápida, a insulina regula é indicada no tratamento da acidose
Indicações: analgésicos, antitérmico e antiagregante diabética. Pode ser aplicada por via endovenosa e também em
plaquetário. associação com insulina NPH:
Contra-Indicações: geralmente é bem tolerado em √ Insulina NPH: É insulina modificada, ou seja,
doses terapêuticos. possui substância que retarda sua absorção, sendo liberada
Vias de administração: via oral lentamente prolongado sua ação. O tratamento habitual com
√ Dipirona: (Canmel, dipirona, magnopyrol, insulina consiste na aplicação de dose única, diária, de
novalgina) insulina NPH, por via subcutânea, antes do desjejum.
Indicações: Analgésico e antitérmico
Via de administração: Oral, parenteral e retal. HIPOGLICEMIANTES ORAIS:
√ Diclofenaco: (Artren, cataflan, fenarem, flogran, Os hipoglicemiantes orais são eficientes no tratamento
voltarem) da diabete de adultos, porém não jovens. A droga não é
Indicação: Cenalgésico derivada da insulina. Não possui efeito satisfatório quando
Vias de administração: Oral; parenteral fópico. houver quadro infeccioso, sendo muitas vezes necessária a
Precauções: Pacientes com distúrbios utilização de insulina.
gastrintestinais, antecedentes de úlcera péptica, ■ Clorpropamida: Diabinese;
doença de Crolm, infecções hepáticas, cardíacas e ■ Glipizida: Minidialo;
renais. ■ Sulfoniluréias: Daonil;
Efeitos colaterais: Dor epigástrica, náuseas, vômitos, ■ Corticosteroides
diarréia cefaléia, vertigem, erup- Hidrocortisona (Flebocortid, Cortisonal) - Vias de
ções cultâneas. administração: endovenosa
Contra-indicações: Úlcera gastroduodenal. Dexametasona (Decadron, Decadronal,
2.Opiáceos Dexametasona) - Vias de administração: Oral; intramuscular
Medicamento analgésico derivado do ópio produz e endovenosa.
dependência física e psíquica. Deve-se dar especial atenção à Prednisona (Meticorten) - Via de administração: Oral
depressão neurológica e respiratória. Podem ocorrer ■ Anticoagulantes
hipotensão e bradicardia. Liquemine heparina
Meperidina: (Dolantina, Dolosal, Demerol) Indicação: Prevenir ou controlar fenômenos
Indicações: Paciente que necessitam de analsegia tromboembólicos, como trombose venosa profunda,
potente durante tempo prolongado. trombose arterial aguda, embolia pulmonar, enfarto de
Vias de administração: Via oral, subcutânea e miocárdio e também em casos de coagulação intravascular
intramuscular. disseminada.
■ Antiflamatório Via de administração: Endovenosa e subcutânea.
Benzidamina (Benfeogim, Benzitrat) Antídoto: Sulfato de protamina
Vias de administração: V.O Fenindiona (Diandevan)
■ Antiesposmódicos Ação anticoagulante sintético, manifesta seus efeitos
Não-associados: 12 horas após a administração e efeito máximo entre 24 e 36
Diciclomina (Bentyl) horas.
Vias de administração: Oral Via de administração: Oral

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Anticoagulantes tópicos ■ Amoxicilina (Amoxil, Clavulin, Novocelin) - Via de


Hinudoide; Lasonil; trombofola. administração: Intramuscular e endovenosa, podendo ser
Indicação: uso tópico em caso de emantamos, administrada por via oral porém é pouco absorvida.
tromboflabites, contusões, etc.
■ Antieméticos CEFALOSPORINA
Metoclopramida (Plasil, Eucil) Compreende cerca de 30 a 50% dos antibióticos
Indicações: Náuseas e vômitos, distúrbios na prescritos a pacientes hospitalizados.
motilidade gastrintestinal. Vantagens das Cefalosporinas:
Contra-indicações: Síndrome de Stevens-Johnson, √ São agentes bacterecidos;
hipersensibilidade a droga, hemorragia gastrintestinal, √ Possuem amplo aspecto;
obstrução mecanoca ou perfuração. √ Tem pouco efeito colateral;
Via de administração: Oral, Parenteral e retal. √ De uma maneira geral são drogas bem toleradas
Dimenidrato (Dramin, Dramin B6). pelo organismo.
Via de administração: Oral e intramuscular Cefalosporinas de 1ªgeração
Antibioticoterapia (Introdução) ■ Cefalexina (Keflex, cefalexim, cefalen IJ) - Via de
A vitória dos antibióticos, sobre as doenças administração: São de uso oral, endovenoso.
infecciosas celebra a maior batalha até hoje travada entre ■ Cefalotina (Keflin, cefalotina, cefalin) - Via de
diferentes celebra a maior batalha até hoje travada entre administração: Preferencialmente por via entovenosa. A via
diferentes seres vivos. Em verdade, a luta ardilosamente intramuscular é pouco recomendada devido à dor intensa e à
armada pelo homem entre fungos e bactérias tem saldo mais irritação que a droga provoca no local da aplicação, mesmo
vida humana do que as guerras têm sido capazes de dizimar. em grandes músculos.
Foi no século passado com JENNER e PASTEER, ■ Cefatoxina (Claforan) - Via de administração:
que a idéia de levar o antagonismo biológico ao campo Intramuscular ou endovenosa
microscópico passou a ser explorada. Ao longo desta linha de ■ Ceftriaxona (Rocefin) - Via de administração:
trabalho, a primeira grande vitória colhida foram as vacinas; Endovenosa
a Segunda, os antibióticos. ■ Ceftazidima (Fortaz, cafabial, kefadim) - Via de
Conceito: São substâncias que exercem ação administração: IM; EV
antimicrobiana. Podem ser produzida por agentes vivos,
como cogumelos e bactérias ou serem elaborados AMINOGLICOSSIDEOS
sinteticamente. Os antibióticos podem agir A grande maioria são bactericidas, apresentam:
predominantemente sobre as bactérias gram-positivos, sobre ■ Índice terapêutico e tóxico muito estreito, pouca
as gram-negativas ou sobre ambos. absorção oral.
As bactérias podem ser sensíveis ou resistentes a um ■ Sulfato de gentamicina: (Goiamicina)
determinado tipo de antibiótico. A escolha do antibiótico Via de administração: IM; EV.
mais eficiente, para o tratamento de outros tipos de infecções, ■ Sulfato de Gentamicina: (Goramicina)
pode ser determinada por meio de exame laboratorial Via de administração: IM (mais indicada); EV.
denominado cultura, e do antibiograma, que consiste no ■ Estreptomicina: (Climacilin, sulfato de
estudo da sensibilidade de microorganismo aos diversos tipos estroptomicina).
de antibióticos. Via de administração: IM profunda.
 Grupos das Penicilinas ■ Clorafenicol (Quemicetina, sintomicetina)
a) Penicilina G Via de administração: V.O uso tópico e injetável de
Principais antibióticos: uso exclusivamente endovenoso.
■ Penicilina G aquosa (penicilina G potássica  Grupo dos tetraciclinos:
cristalina) - Via de administração: Endovenosa ou ■ Tetaciclina (tetrex, tetraciclina) - Via de
Intracelular. administração: via oral.
■ Penicilina G Benzatina (Benzetacil) - Via de ■ Oxitetraciclina (terramicina) - Via de administração:
administração: Exclusivamente por intramuscular profunda Oral e IM
no quadrante superior externo da região glútea. ■ Vancomicina (ancocin, vanconcina) - Via de
b) Penicilina semi-sintéticas administração: EV
■ Onacilina (oxacilina, staficilin N) - Via de Sulfonamidas e sulfametoxazol – trimetoprima
administração: Via oral, intramuscular e endovenosa. Sulfonamidas: São bacteriostáticos, usualmente
■ Cloxacilina (Cloxapen, Dicloxaxilina) - Via de administrados por via oral. É metabolizado no fígado e
administração: São melhor absorvidas quando administrados excretado pelas vias urinárias.
1 hora antes ou 2 horas após as rejeições por via oral. ■ Sulfametoxazol: trimetoprima (Bactrim) - Via de
c) Penicilina de amplo aspecto administração: oral e através de infusão venosa.
■ Ampicilina (Ampicilina, Ampicil, Binotal) - Via de ■ Metronidazol: (Flagyl; metronix) - Via de
administração: Oral, intramuscular profunda e endovenosa. administração: Infusão venosa

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Antibióticos antifungicos CÁLCULO DE MEDICAÇÃO


■ Isoniazida (Fluodrazin) √ Conceito: É o método pelo qual se calcula a
Via de administração: Preferencialmente em jejum, quantidade de medicamento a ser administrado, para que o
até 1 hora antes das refeições (V.O.). paciente receba a medicação na dose prescrita.
■ Rifampicina (Rifaldin) Cálculo de Doses infantis:
Via de administração: VO, em jejum √ Dose infantis são baseadas em idade ou peso. São,
preferencialmente 30 minutos antes do café da manhã. naturalmente, somente uma fração de uma dose de adulto,
■ Pirazínamida (Pirazinamida) poderemos calcular a dose infantil, para este cálculo, são
Via de administração: V.O usadas várias regras.
OBS: A Rifampicina e a Pirazínamida são drogas
utilizadas em saúde pública para o tratamento da tuberculose
e hanseníase.

Regra de Young:
idade da criança em anos x dose comum de adulto = dose infantil
idade da criança + 12

Regra de Fried (usada para calcular dose de bebês):


Idade em meses x dose de adulto = dose infantil
150

Regra de Clark:
Peso da criança em kg x dose de adulto = dose infantil
70

Nos medicamentos na forma de solução, considera- 2) Cálculos para microgotas:


se soluto a substância a ser dissolvida no solvente Got: gotejamento
(normalmente água destilada os SF) Vot: volume total
As medidas de medicamentos mais utilizadas são: 60: constante
√ de peso: g (grama) e mg (miligrama) T: tempo em minuto
√ de voluma: ml ou cc; Cm³. Unidade: micgot/min

COMO FAZER OS CÁLCULOS: Got: Vot x 60


√ Na montagem da regra de três, numa coluna ficarão T (min)
as unidades de peso e na outra as unidades de volume.
√ O volume a ser administrado não poderá ter dois 3) Cálculo para macrogotas:
números decimais ou mais devido a sua difícil obtenção na Got: gotejamento
graduação da seringa. Vot: volume total
As fórmulas abaixo citadas são utilizadas para 3: constante
calcular volumes a ser infundidos no paciente, segundo T: tempo em horas
prescrição médica, quando a prescrição está em minutos e
não em horas.
1) Cálculos para gotas: Got = V = mgot / min
Got: gotejamento Tx3
Vot: volume total
20: constante ou mais simples, relacionar:
T: tempo em minuto
Unidade: got/min
1 gota é – 3 microgotas
Got: Vot x 20
T (min)

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4) Cálculo para microgotas: √ Em caso de dúvida evitar administração do


Vot: volume total medicamento;
T: tempo em horas √ Pacientes apresentando náuseas, vômitos,
dificuldade de deglutir, estado comatoso ou em delírio, evitar
administrar medicamento oral;
Got = Vot = micgot/min √ Observar qualquer anormalidade com o paciente.
T(h)
2.Administração por Via Parental
5) Cálculo de Insulina √ Consiste na introdução de medicamentos através de
injeção, em tecido ou órgão por meio de pressão.
- Intramuscular (IM)
Insulina ---------- Seringa - Endovenosa (EV)
Dose ---------- X - Subcutânea (SC)
- Intradérmica (ID)
8.APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA FINALIDADES
ORAL E PARENTERAL √ Tornar o efeito mais rápido do medicamento
√ Evitar que o tubo digestivo ataque o medicamento e
 Administração de Medicamentos o torne ineficiente
A administração de medicamentos é um dos deveres √ Administrar drogas irritantes a mucosa da boca e do
de maior responsabilidade, exige: precisão, pontualidade e estômago
eficiência. √ Administrar medicamentos aos impossibilitados de
FINALIDADES deglutir
√ Prevenir o aparecimento de certas doenças = ação
preventiva A) INTRAMUSCULAR
√ Aliviar estados mórbidos = ação paliativa É a deposição de medicamento nas camadas
√ Curar determinadas doenças = ação curativa musculares: deltóide, vasto lateral da coxa, ventro-glútea,
Materiais: dorsoglútea.
√ Bandeja Materiais:
√ Medicação prescrita √ Bandeja
√ Copinho de medicação √ Cuba rim
√ Gazes √ Seringa descartável com agulha longa
√ Bolas de algodão embebida em álcool a 70%
1.Administração por Via Oral PROCEDIMENTOS
√ Sólido √ Lavar as mãos;
√ Liquido √ Limpar o gargalo da ampola com algodão embebido
- É a administração de medicamentos através da boca em álcool a 70%;
ingeridos com água ou previamente diluídos. √ Quebrar a ampola e aspirar em seringa proporcional
PROCEDIMENTOS a quantidade do medicamento;
√ Lavar as mãos √ Expelir o ar que tenha penetrado, em posição
√ Preparar a bandeja com: a medicação prescrita; vertical;
√ Identificar a medicação por paciente; √ Substituir a agulha que foi usada para aspirar;
√ Diluir o medicamento, se for necessário; √ Manter a agulha protegida com a ampola vazia ou
√ Levar a bandeja para a enfermaria; com o protetor próprio e colocá-la na bandeja;
√ Conferir o nome do paciente com a respectiva √ Levar a bandeja para a enfermaria, colocando-a na
medicação; mesa de cabeceira;
√ Oferecer a medicação ao paciente, se sólido, √ Colocar o paciente na posição correta e fazer
acompanhado com água; antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%.
√ Aguardar o paciente deglutir o medicamento, em Realizar a prega com os dedos polegar indicador, introduzir a
caso de comprimido sub-lingual, esperar dissolver; agulha, aspirar o embolo, injetar o liquido, remover a agulha
√ Terminada a administração lavar a bandeja com e descartar em local adequado.
água e sabão e guardar; √ Se a aplicação for no deltóide: sentado ou deitado
√ Checar o horário da medicação administrada. com o braço fletido sobre o abdômen
PONTOS A OBSERVAR √ Se a aplicação for no glúteo: deitado em decúbito
√ Observar estado de higiene das mãos do paciente; lateral ou ventral
√ Nunca deixar o medicamento na mesa de cabeceira √ Introduzir a agulha no músculo no ângulo de 90º,
do paciente, ou sob a sua guarda; apoiando com a outra mão para maior firmeza, bisel
lateralizado.

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√ Aspirar o êmbolo para verificar a presença de √ Manter a agulha protegida com a ampola vazia ou
sangue, se negativo injetar a medicação com o protetor próprio e colocá-la na bandeja.
√ Aproximar o algodão embebido em álcool à 70%, √ Levar a bandeja para a enfermeira, colocando-a na,
retirar a agulha com movimento único e rápido e fazer ligeira mesa de cabeceira, calcar luvas.
compressão na pele com algodão. Não massagear. √ Colocar o paciente na posição correta e fazer
√ Checar o horário da medicação administrada antissépsia do local com algodão embebido em álcool a 70%.
PONTOS A OBSERVAR √ Fixar o garrote sem compressão exagerada, em
√ Na escolha do local de aplicação, fazer rodízio dos pouco acima do local escolhido para a injeção.
músculos. √ Fazer o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes
√ Administrar no deltóide e vasto lateral volume e depois conservá-la fechada, mantendo o braço imóvel.
máximo de 3ml, já no ventro-glútea, e dorsoglútea volume √ Fazer a antissepsia do local, com movimentos de
máximo de 5 ml. baixo para cima.
√ Ao aspirar o êmbolo notar presença de sangue, √ Fixar a veia com o polegar da mão esquerda, usar
puxar um pouco a agulha e aspirar, se ainda refluir sangue, luvas para a punção.
retirar a agulha do músculo e repetir o procedimento em √ Colocar o indicador da mão direita sobre o canhão
outro local. da agulha e com os dedos, segurar a seringa.
Obs.: √ Observar que o bisel esteja voltado para cima.
a) Na administração de solução no deltóide inserir √ Se a veia for fixa, penetrar pela face anterior. Se for
agulha no centro do músculo. móvel penetrar por uma das faces laterais, empurrando-a com
b) Na administração de solução no vasto lateral, a agulha até fixá-la, puncionar em um ângulo de 30°, quase
inserir agulhar no terço médio desse músculo. rente a pele.
c) Na administração no músculo ventro-glutéa, apoiar √ Evidenciada a presença de sangue na seringa retirar
a mão dominante no quadril do paciente localizar as fossas o garrote e pedir para o paciente abrir a mão.
ilíacas direita com o dedo indicador, estender o dedo médio √ Injetar lentamente para evitar sobrecarga
ao longo da crista ilíaca, espalmando a mão sobre a base do circulatória.
trocanter do fêmur com o indicado formar um triangulo, √ Observar o paciente, sinais de edema, rubor no local
introduzir a agulha no centro do triangulo. da administração da droga, ou extravasamento para o espaço
d) Na administração dorsoglutéa, melhor posição é extravascular.
decúbito ventral, dividir a nádega em quatro quadrantes, √ Retirar a agulha, e comprimir o vaso com algodão e
introduzir a agulha no centro do quadrante superior externo. solicitar ao paciente para permanecer com o braço fletido.
e) Utilizar agulhas agulha 30x7 para adultos e 25x7 √ Checar o horário da medicação administrada.
em crianças. PONTOS A OBSERVAR
AS SOLUÇÕES CONTENDO FERRO E SOLUÇÃO √ Evitar apertar demais o garrote para não comprimir
ÓLEOSAS, OU AQUELAS QUE NECESSITEM DE demasiadamente as artérias;
NDRODUÇÃO PROFUNDA NO MÚSCULO, Ex: √ Não administrar drogas que contenham flóculos em
DROGAS LIOFILIZADAS SÃO INDICADAS A suspensão;
ADMINISTRAÇÃO DO MÚSCULO DORSOGLÚTEO. √ Observar a presença de hematoma ou dor, indicando
que a veia foi transfixada ou que a agulha está fora dela,
B) ENDOVENOSA retirar a agulha pedindo para manter o braço fletido;
É a introdução de uma droga diretamente na veia Observar de reações alérgicas no paciente;
Materiais: √ A solução deve ser cristalina, não oleosa.
√ Bandeja; NÃO PUNCIONAR MEMBROS PLÉGICOS,
√ Cuba rim; MEMBROS COM FISTULA, MEMBRO EM QUE LADO
√ Seringa descartável com agulha 25x7, 25x8, scalp JÁ TENHA SUBMETIDO A MASTECTOMIA,
n° 19 ou 21; PUNCIONAR PREFERENCIALMENTE VEIAS DISTAIS:
√ Bolas de algodão embebida em álcool a 70%; Cefálica inferior, cefálica acessória, basílica e metacarpiana.
√ Garrote. Observação: As veias jugulares externas e a introdução do
PROCEDIMENTOS PICC são procedimentos de competência do enfermeiro.
√ Lavar as mãos
√ Limpar o gargalo da ampola com algodão embebido C) SUBCUTÂNEA
em álcool a 70%. É também chamada via hipodérmica à introdução de
√ Quebrar a ampola e aspirar em seringa proporcional medicamento no tecido subcutâneo.
a quantidade do medicamento. Materiais:
√ Expelir o ar que tenha penetrado, em posição √ Bandeja;
vertical. √ Cuba rim;
√ Substituir a agulha que foi usada para aspirar. √ Seringa de insulina 13x 3, 13x 4,5;
√ Bolas de algodão embebida em álcool a 70%.

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PROCEDIMENTOS √ Usar preferencialmente a parte interna do antebraço,


√ Lavar as mãos; onde os pêlos são raros
√ Preparar a medicação conforte técnica anteriormente
descrita; E) VENÓCLISE
√ Expor a área de aplicação e proceder a antissepsia √ É a introdução de grande quantidade de líquido na
do local escolhido; veia
√ Segurar a seringa com uma mão e com a outra mão MATERIAL
fazer uma prega na pele, na região onde foi realizada a √ Bandeja;
antissepsia; √ Cuba rim;
√ Nesta prega cutânea, introduzir a agulha com o bisel √ Bolas de algodão embebidas em álcool a 70%;
voltado para baixo em ângulo de 90°, com rapidez e firmeza; √ Garrote;
√ Aspirar para observar se não atingiu um vaso √ Soro ou fraco de solução;
sanguíneo; √ Esparadrapo;
√ Injetar o líquido vagarosamente; √ Suporte de soro;
√ Esvaziada a seringa, rapidamente retirar a agulha e √ cateter intravascular curto (jelcos);
com algodão fazer primeiro ligeira compressão no local; √ Tesoura;
√ Observar o paciente alguns minutos para ver se √ Transfusor.
apresenta alterações; PROCEDIMENTOS
√ Checar o horário da medicação administrada. √ Lavar as mãos;
PONTOS A OBSERVAR √ Abrir o soro ou frasco de solução e o plastequipo;
√ Para certos tipos de drogas, como insulina, não é √ Retirar o protetor do transfuso e adaptá-lo ao tubo
conveniente a massagem após a aplicação, para evitar a de soro;
absorção rápida. Quando for administrar heparina não aspirar √ Deixar correr um pouco de soro ou de solução para
embolo, pois pode causar hematoma; retirar o ar do circuito e depois fechar a pinça ou presilha;
√ Utilizar preferencialmente os seguintes locais: face √ Colocar o soro ou frasco de solução na bandeja;
externa do antebraço e coxa; √ Completar a bandeja com o restante do material
√ Volume máximo de administração é de 2 ml, o local necessário;
de administração para a heparina é a região abdominal √ Colocar bolas de algodão embebidas em álcool a
inferior ou lateral, 5 cm abaixo do umbigo, entre as cristas 70% e tiras de esparadrapo na cuba rim;
ilíacas; √ Levar a bandeja para a enfermaria, colocando-a na
√ Caso venha sangue ao aspirar, preparar nova dose da mesa de cabeceira;
medicação e aplicar em outro local. √ Explicar ao paciente o procedimento;
√ Pendurar tubo de soro no suporte;
D) INTRADÉRMICA √ Colocar o garrote acima do local onde vai
É a aplicação de drogas na derme ou córion. puncionar;
Áreas de aplicação: face interna do antebraço ou √ Fazer antissepsia do dedo indicador que vai palpar e
região escapular fixar a veia;
Materiais: √ Puncionar a veia observando a técnica de injeção
√ Cuba rim EV;
√ Seringa de 1 cc, agulha 13x 4,5. √ Soltar o garrote quando notar o refluxo de sangue;
√ Bolas de algodão embebidas em álcool 70% √ Conectar o cateter intravascular ou a agulha ao
PROCEDIMENTOS equipo de soro;
√ Lavar as mãos; √ Deixar fluir o soro ou solução para dentro da veia e
√ Preparar a medicação conforme técnica já descrita; fixar o cateter e o equipo com esparadrapo;
√ Fazer a antissepsia do local e deixar secar; √ Controlar o gotejamento de acordo com a prescrição
√ Firmar a pele com o dedo polegar e indicador; médica;
√ Segurar a seringa quase paralela ao braço, no ângulo √ Verificar a reação do paciente;
de 15°, introduzir apenas o bisel da agulha voltado para cima, √ Checar no prontuário: volume, horário e número do
injetar o medicamento lentamente; gotejamento.
√ Não friccionar o local; PONTOS A OBSERVAR
√ Checar o horário da medicação administrada. √ Em casos de pacientes inconscientes, agitados e
PONTOS A OBSERVAR crianças, fazer imobilização.
√ Observar a formação de pápula e retirar a agulha, √ Qualquer mudança na coloração, ou depósito
tendo-se o cuidado de não friccionar ou massagear a região presente na solução é sinal que deve ser desprezado.
(para evitar o retorno do líquido e dificultar a reação da √ Evitar pressionar demasiadamente o braço
droga); o volume máximo para administração é de 0,5 ml. √ Fechar o soro imediatamente no caso do paciente
apresentar qualquer anormalidade como: reações pirogénica

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(hipertermia, calafrios, dispnéia, tremores); Flebite (local MATERIAL


hiperemiado, doloroso); infiltração cutânea e hematoma. √ Cuba rim;
√ Frasco de medicamento;
3.Outras Vias √ Conta gotas;
√ Ocular √ Gaze e bolas de algodão.
√ Nasal PROCEDIMENTOS
√ Auricular √ Lavar as mãos;
√ Vaginal √ Levar a material para a enfermaria, colocando-o na
√ Retal mesa de cabeceira;
Sublingual √ Preparar o paciente inclinando sua cabeça para trás;
√ Retirar, através do conta gotas, a dosagem prescrita;
a) Ocular √ Pingar a medicação na parte superior da cavidade
É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva nasal, evitando que o conta gotas toque a mucosa;
ocular √ Manter o paciente com a cabeça inclinada para trás
Materiais por alguns minutos;
√ Cuba rim; √ Retornar a cabeça do paciente à posição normal;
√ Colírio ou pomada; √ Anotar no prontuário o horário e a quantidade da
√ Conta gotas; medicação administrada.
√ Algodão e gazes, SF 0,9 %. PONTOS A OBSERVAR
PROCEDIMENTOS √ Não tocar com o conta gotas na narina do paciente.
√ Lavar as mãos; √ Enxugar com bola de algodão a narina, caso haja
√ Levar o material para a enfermaria, colocando-o na excesso de medicação.
mesa de cabeceira;
√ Preparar o paciente, deixando-o em posição correta c) Auricular
(manter a cabeça um pouco inclinada para trás); Consiste em introduzir o medicamento no ouvido,
√ Limpar a região ocular com soro fisiológico; com a finalidade de aliviar a dor, combater a infecção e
√ Retirar através do conta gotas, a quantidade de descongestionar a mucosa do canal auditiva.
medicação prescrita; MATERIAL
√ Afastar com o polegar a pálpebra inferior, com √ Cuba rim
auxílio de gaze; √ Medicação prescrita
√ Apoiando a mão na face do paciente; √ Conta gotas
√ Solicitar ao paciente que olhe para cima e pingar a √ Gaze ou bola de algodão
medicação no ponto médio do fundo do saco ocular inferior; PROCEDIMENTOS
√ Enxugar o excesso de líquido; √ Lavar as mãos
√ No caso de aplicação de pomada afastar a pálpebra √ Levar o material para a enfermaria, colocando-o na
inferior com o polegar; mesa de cabeceira;
√ Colocar o medicamento com auxílio do próprio √ Preparar o paciente, deixando-o sentado com a
tubo; cabeça inclinada para o lado, ou em decúbito lateral;
√ Após aplicação, solicitar ao paciente que feche √ Limpar a cavidade auricular com soro fisiológico;
lentamente as pálpebras e faça movimentos giratórios no √ Retirar através de conta gotas, a dosagem prescrita;
globo ocular; √ Retificar o canal auditivo, tracionando a porção
√ Com auxílio da gaze, retirar o excesso de pomada e cartilaginosa para cima e para trás;
fazer uma pequena fricção sobre o olho, para que a √ Instilar a quantidade de gotas prescrita, não tocando
medicação se espalhe; com o conta gotas no pavilhão auditivo;
√ Anotar no prontuário o horário e a quantidade da √ Anotar no prontuário o horário e a quantidade da
medicação administrada. medicação administrada.
PONTOS A OBSERVAR PONTOS A OBSERVAR
√ Verificar na prescrição médica se o colírio deve ser √ Instilar as gotas lateralmente na parede do conduto
colocado: OD – Olho Direito; OE – Olho Esquerdo; AO – auditivo
Ambos os Olhos. √ Colocar uma bola de algodão no meato externo do
√ Evitar tocar com o conta gotas nos cílios do conduto auditivo, após a administração da medicação
paciente, a fim de não contaminá-lo. prescrita.

b) Nasal d) Vaginal
Consiste em levar à mucosa nasal um medicamento É a introdução e absorção de medicamentos no canal
líquido, com finalidade de facilitar a drenagem de secreções e vaginal. O medicamento pode ser introduzido através de:
a aeração.

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creme ou pomada, óvulo ou comprimido, supositório e √ Levar o material para a enfermaria, colocando-o na
tampões. mesa de cabeceira;
Materiais: √ Explicar ao paciente o que vai fazer e colocá-lo em
√ Bandeja; decúbito lateral (posição SIMS)
√ Cuba rim; √ Calçar as luvas e afastar os glúteos;
√ Gazes; √ Introduzir o supositório no ânus, delicadamente, e
√ Luvas; pedir ao paciente que o retenha;
√ Medicação prescrita; √ Prender os glúteos do paciente durante alguns
√ Aplicador; minutos, para que o supositório não seja expelido;
√ Seringa de 2 ml, 5 ml; √ Anotar no prontuário horário da aplicação e reação
√ Absorvente; do paciente.
√ Material para lavagem externa. PONTOS A OBSERVAR
PROCEDIMENTOS √ Muitas vezes o paciente coloca supositório, sem
√ Lavar as mãos; auxilio da enfermagem.
√ Levar a bandeja com o material para a enfermaria, √ Observar se não existe algum obstáculo para
colocando-a na mesa de cabeceira; introdução do supositório
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito; √ Abrir o envólucro do supositório verificando se está
√ Fechar a porta da enfermaria e colocar biombo ao com a coloração e consistência normal
redor da cama; SUBLINGUAL
√ Colocar a paciente em posição ginecológica É a introdução de medicação na mucosa abaixo da
devidamente protegida pelo lençol; língua, ação rápida.
√ Proteger com gaze os dedos indicador e polegar; PROCEDIMENTO
√ Afastar os grandes lábios com os dedos protegidos; √ Lavar as mãos.
√ Proceder lavagem externa se necessário; √ Preparar a bandeja com: a medicação prescrita,
√ Na administração de creme ou pomada, como gazes.
também óvulo, comprimido ou supositório, colocar no √ Identificar a medicação por paciente.
aplicador e introduzir lentamente no canal vaginal; Levar a bandeja para a enfermaria.
√ Retirar o aplicador, envolve-lo em gaze e colocá-lo √ Conferir o nome do paciente com a respectiva
na cuba rim; medicação.
√ Retornar a paciente à posição de decúbito dorsal e √ Oferecer a medicação ao paciente, esperar dissolver.
oferecer absorvente; Terminada a administração lavar a bandeja com água
√ Na realização de tampões proceder com a lavagem e sabão e guardar.
externa; √ Checar o horário da medicação administrada.
√ Se necessário, usar material instrumental, gazes PONTOS À OBSERVAR
esterilizadas e medicação prescrita; Iguais as da administração oral
√ Anotar no prontuário o horário e a quantidade da
medicação administrada. 9.POSIÇÕES PARA DIVERSOS TIPOS DE
PONTOS A OBSERVAR EXAMES
√ Solicitar a paciente inspirar e expirar lentamente se
necessário; POSIÇÕES PARA EXAMES
√ Colocar o aplicador em solução desinfetante; Finalidade: possibilitar a execução ou colheita do
√ Os óvulos, comprimidos ou supositórios também material para exame, expondo o paciente o mínimo possível,
podem ser introduzidos na vagina com luvas; avisando quanto ao procedimento que será executado.
√ Ter cuidado para não ferir a mucosa vaginal; Posições mais usadas:
√ Mandar a paciente urinar antes de iniciar o 1) Decúbito dorsal – colocar o paciente deitado
tratamento. sobre o dorso mantendo os MMSS estendidos ao longo do
corpo e os MMII estendidos ou ligeiramente flexionados para
e) Retal provocar o relaxamento dos músculos abdominais.
É a introdução de medicamento no reto, através de Indicações: exame físico de mama, abdome,
supositórios. pernas.
Materiais 2) Decúbito ventral – colocar o paciente deitado
√ Cuba rim sobre o abdome com a cabeça lateralizada e os MMSS
√ Supositórios fletidos ou ao longo do corpo.
√ Gazes Indicações: tronco, membros e cabeça.
√ Luvas 3) Posição de Sim’s – colocar o paciente em
PROCEDIMENTOS decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no
√ Lavar as mãos; travesseiro lateralizando-a para a esquerda. Manter o corpo

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ligeiramente inclinado com o braço esquerdo esticado para √ limpar a mesa de cabeceira iniciando da parte mais
trás ao longo do corpo. Deixar o MIE semifletido, o joelho limpa para mais suja.
direito deve ficar fletido contra o abdome de modo que o pé √ limpar um dos lados do travesseiro colocando sobre
direito toque o joelho esquerdo. a mesa de cabeceira, parte limpa sobre parte.
Indicações: exame vaginais, retais, lavagem intestinal. √ limpar e proceder limpeza do outro lado do
4) Posição ginecológica – colocar o paciente em travesseiro.
posição dorsal horizontal com as pernas flexionadas sobre as √ limpar o impermeável sobre o colchão, dobrar e
coxas, mantendo-as bem afastadas com a planta dos pés limpar do outro lado. Colocar sobre o travesseiro.
apoiadas sobre o colchão. √ elevar a cabeceira da cama, limpar as grades e
Indicações: exame vaginal ou retal laterais até os pés.
5) Posição litotimica ou litotômica – paciente em √ limpar a parte inferior do colchão.
decúbito dorsal com a cabeça e os ombros ligeiramente √ baixar a cabeceira.
elevados. Coxas bem flexionadas sobre o abdome bem √ desviar o colchão e ao meio para a parte superior.
afastadas entre si normalmente usam-se perneiras. √ levantar a parte inferior, lavar as grades laterais até
Indicações: cirurgias ou exames de Períneo, reto, os pés.
vagina e bexiga. √ baixar os pés e voltar a cama para posição normal.
6) Posição Genupeitoral – colocar o paciente √ lavar cadeira, escadinha e suporte do soro.
ajoelhado sobre o leito apoiando-se sobre o busto e os MMSS √ passar um pano com solução nos armários por
em flexão. A cabeça deve ser apoiada no travesseiro e dentro e por fora. Manter as portas e gavetas abertas para
lateralizada. Afastar ligeiramente dos joelhos, deixando as arejar.
pernas estendidas sobre o leito, formando um ângulo reto √ fazer a cama após 30 minutos.
com as coxas. Observações:
Indicações: exames vaginais e retais. √ caso a unidade esteja muito suja, limpar antes com
7) Posição de Fowler – colocar o paciente em água e sabão.
posição dorsal e elevar a cabeceira formando um ângulo de √ utilizar movimentos em um só sentido.
45º ou 90º, colocando travesseiros sob os joelhos para evitar √ deixar o leito exposto ao ar e a luz solar.
que o paciente escorregue. √ somente em caso de necessidade o leito deverá ser
Indicações: alimentação e patologia respiratórias. arrumado após a limpeza.
8) Posição de Trendelenburgo – colocar o paciente √ paciente com doença infecto-contagiosa, colocar a
em decúbito dorsal horizontal, com o corpo num plano roupa de cama em saco plástico duplo rotulado “roupa
inclinado de forma que a cabeça fique num plano mais baixo contaminada”.
do que o corpo.
Indicações: cirurgias da região pélvica, estado de 2 - Preparo de Unidade
choque, tromboflebite. Finalidade – higiene, conforto, bem-estar, evitar
infecção.
10. TÉCNICAS DE PREPARO DA UNIDADE E Tipos de Cama:
HIGIENE DE PACIENTE a) Cama fechada – poderá ser feita após 2 horas da
limpeza da unidade. A cama permanece fechada até que o
1 – Limpeza de Unidade novo paciente a ocupe. O que a distingue é o travesseiro que
Finalidades: fica em pé encostado no espaldar da cama.
√ Promover segurança e conforto; Procedimento:
√ Evitar a propagação de doenças; √ reunir o material (2 lençóis, 1 lençol móvel, 1
√ Diminuir os riscos de infecção; colcha, 1 fronha, 1 cobertor (optativo) e 1 impermeável).
√ Remover micro-organismos e sujidades; √ colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ele o
√ Evitar aparecimento de insetos; travesseiro e a fronha.
√ Preparar a unidade para receber outro paciente. √ colocar a roupa no espaldar da cabeceira seguindo a
ordem de colocação na cama (toalha, fronha, colcha, lençol
Tipos de Limpeza: de cobrir, lençol móvel, lençol impermeável e lençol de
√ Limpeza concorrente – é feita diariamente ou forrar).
sempre que necessário. √ dispor o lençol de forro fazendo o canto da
√ Limpeza Terminal – limpeza de todo mobiliário cabeceira, parte aos pés e lateral.
incluindo piso e teto. É feita por alta, óbito, transferência ou √ estender o impermeável e o lençol móvel prensando-
permanência prolongada. os
Procedimento: √ colocar o lençol de cima, deixando o barrado rente
√ colocar luvas antes de tirar a roupa de cama. ao colchão na cabeceira da cama.
√ não deixar que a roupa de cama usada encoste no
uniforme.

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√ colocar a colcha coberta mais ou menos 40 cm √ balde;


abaixo da cabeceira, prendendo com o lençol nos cantos dos √ impermeável (saco de lixo);
pés da cama e deixando solto no lado. √ toalha rosto/banho;
√ pôr a fronha no travesseiro colocando em pé no √ bolas de algodão;
espaldar da cama. √ gaze;
√ passar para outro lado e proceder os mesmos passos √ shampoo, sabonete ou sabão líquido;
√ deixar a unidade em ordem √ biombo;
b) Cama aberta – é aquela ocupada pelo paciente √ pente ou escova;
que pode locomover-se. √ Medicamento com solução indicada no caso de
Procedimento: pediculose.
√ retirar as peças sujas, trocá-las, Colocar as peças na Execução:
mesma seqüência no espaldar da cabeceira. √ lavar as mãos;
√ colocar as peças usadas no hamper. √ recolher todo material, levando a unidade do
√ arrumar a cama do mesmo modo, deixando o lençol paciente e colocar sob a mesinha;
de cobrir virado sobre a colcha na parte da cabeceira. √ cumprimentar e explicar ao paciente o que vai ser
√ colocar o travesseiro no lugar sobre a cama feito, para obter sua colaboração;
c) Cama aberta com paciente acamado – é aquela √ fechar portas e janelas para evitar corrente de ar;
ocupada pelo paciente impossibilitado de se locomover. Para √ cercar a cama com o biombo;
a maior segurança é realizado por duas pessoas. √ colocar o paciente em posição confortável, decúbito
Procedimento: dorsal horizontal com o travesseiro sob os ombros;
√ soltar a roupa de cama. √ aproximar o paciente da margem da cama em
√ retirar o travesseiro trocando e fronha e colocá-lo na direção ao lado do executante (diagonal);
cadeira. √ dobrar o cobertor formando um rolo e forrá-lo com
√ colocar o paciente em decúbito lateral. impermeável;
√ dobrar os lençóis e colocá-lo sob o paciente ao √ ocluir os ouvidos do paciente com bolas de algodão
mesmo tempo colocar os lençóis limpos sob o colchão, e colocar gazes nos olhos;
seguindo a seqüência. √ colocar a toalha de rosto sobre os ombros de modo a
√ colocar o paciente sobre o local já arrumado, em contornar o pescoço;
decúbito lateral e retirar os lençóis sujos do outro lado. √ colocar a cabeça do paciente sobre o rolo;
√ esticar os lençóis limpos e prende-los sobre o √ colocar a parte inferior do plástico dentro do balde,
colchão. que deverá estar sobre a escadinha;
√ deixar o paciente confortável no centro da cama. √ umedecer a cabeça do paciente, aplicando shampoo,
√ colocar o travesseiro. sabonete etc., esfregando o couro cabeludo massageando-o;
√ trocar o lençol de cima. √ repetir quantas vezes forem necessária;
√ fazer os cantos da cama e deixar a unidade em √ usar bastante água para enxaguar até remover todo
ordem. sabão;
d) Cama de operado – ele deverá ser preparada √ com o auxilio da toalha de rosto, fazer uma touca e
após o paciente ser encaminhado para cirurgia ou exames sob colocar sobre o travesseiro.
anestesia. √ retira o impermeável e colocá-lo no balde;
Procedimento: √ guardar a toalha;
√ o mesmo material da cama fechada acrescido de: √ pentear os cabelos;
- lençol móvel; √ deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
- cuba rim; √ registrar no prontuário as alterações observadas.
- lenço de papel ou gaze; Banho no Leito:
- saco de papel; Finalidades – promover a limpeza corporal, ativar a
- fita crepe; circulação, promover o relaxamento muscular, estimular as
- aviso de cirurgia. glândulas sudoríparas e aliviar a sensação de fadiga.
Material:
3 – Cuidados com o Paciente √ jarro com água morna;
Higiene do couro cabeludo: √ bacia;
Objetivo √ luva plástica de procedimento;
- promover a higiene, conforto e bem-estar do √ luva de banho;
paciente. √ sabonete;
- estimular a circulação do couro cabeludo √ toalha de banho e rosto;
- avistar o aparecimento de pediculose √ creme hidratante;
Materiais: √ bolas de algodão;
√ jarro com água morna; √ roupa de cama;

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√ camisola ou pijama; √ vaselina ou pomada de cacau.


√ pente, escova; Procedimento:
√ aparadeira/papagaio; √ cumprimentar e avisar ao paciente o procedimento;
√ biombo. √ levantar o decúbito da cama;
Procedimento: √ colocar a toalha de rosto sobre o tórax e pescoço;
√ explicar ao paciente o que vai ser feito; √ oferecer água para bochechar, colocar a cuba rim
√ oferecer a aparadeira ou papagaio; para escoar o líquido da boca;
√ proporcionar a privacidade; √ oferecer a escova com pasta ou bicarbonato de
√ retira a roupa do paciente e cobri-lo com lençol; sódio;
√ soltar a roupa de cama começando pelo lado oposto; √ oferecer água e posicionar a cuba;
√ colocar a cadeira aos pés da cama com a roupa √ secar os lábio e o queixo com a toalha;
limpa em ordem de uso; √ registrar e avisar anormalidades.
√ coloque a toalha de rosto sobre os ombros do Observação: é da responsabilidade da enfermagem a
paciente; manutenção das dentaduras, cuidando para que não se
√ ensaboe o rosto, orelhas e pescoço, enxágüe, percam ou quebrem durante permanência no hospital.
enxugue e massagear com creme hidratante;
√ limpe os olhos com gaze úmida e limpa, movendo 3 - Higiene íntima:
do campo interno para o externo; Finalidades – prevenir infecções; preparar para
√ coloque uma toalha sobre o braço do paciente, exame ginecológico; preparar para cateterismo vesical;
usando a luva de banho, ensaboe fazendo movimentos no combater a infecção já instalada; promover conforto e bem
sentido do retorno venoso. Enxágüe enxugue e massageie. estar.
Ofereça desodorante. Faça o mesmo com o outro braço; Material:
√ exponha o tórax e o abdome, ensaboe, enxágüe e √ água;
enxugue, depois massageie com creme hidratante; √ luva de procedimento;
√ faça o mesmo procedimento dos braços com as √ sabão líquido;
pernas; √ gazes;
√ coloque a aparadeira e faça a higiene íntima, caso o √ comadre;
paciente não possa fazê-lo por si só; √ polvidine degermante ou clorexidina.
√ ajude o paciente em decúbito lateral; Procedimento:
√ coloque a toalha no leito em posição paralela ao √ avisar ao paciente, promovendo a privacidade.
paciente; √ proceder da mesma forma usada para banho no leito.
√ exponha costa e nádegas; Observação: em paciente masculino, levantar o pênis
√ ensaboe com movimentos firmes e longos, lave e e baixar o prepúcio expondo a glande, ensaboar também a
seque. Massageie as costas com creme hidratante; bolsa escrotal. Fazer a higiene anal com o movimento
√ retirar o lençol usado, empurrando para baixo do circulares de fora para dentro e, depois da higiene inguinal.
paciente; Massagem de Conforto:
√ comece o preparo da cama deixando todo um lado Finalidade
pronto. Ajude o paciente a voltar ao decúbito dorsal; √ Consiste no relaxamento da musculatura;
√ ajude-o a vestir a roupa limpa; √ Estimular a circulação sanguínea;
√ recolha todo material usado, dando destino √ Proporcionar conforto ao paciente;
adequado; √ Prevenir formação de escaras de decúbito;
√ observar as condições da pele e registrar o Material
procedimento anotando quaisquer anormalidades. √ Álcool ou loção cremosa.
Higiene Oral: √ Creme ou talco.
Finalidades – evitar o aparecimento de cárie dentária, Procedimentos
combater a infecção quando já instalada; evitar o √ Lavar as mãos;
aparecimento de infecção nos aparelhos digestivos e √ Levar o material para a enfermaria, colocando-o
respiratório; manter a integridade da mucosa bucal; boa sobre a mesa de cabeceira;
apresentação, evitando a halitose através da remoção de √ Explicar ao paciente o que vai ser feito;
resíduos. √ Colocar o paciente em decúbito ventral;
Material: √ Deixar a cabeça do paciente virada para um dos
√ cuba rim; lados, para facilitar a respiração;
√ pasta de dente ou bicarbonato de sódio; √ Descobrir a área a ser massageada e untá-la, com o
√ escova de dentes; produto a ser utilizado;
√ copo com água; √ Começar a massagem pela base da espinha;
√ toalha de rosto; √ Usar movimentos longos e superficiais, deslizando
√ gazes; pelo centro até ao redor dos ombros;

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√ Deixar secar as costas quando a massagem for √ Apoiar a mão do paciente no ombro;
realizada com loção cremosa; √ Virar o paciente para que fique de costas para a
√ Colocar a paciente em decúbito dorsal, se a mesma cadeira de rodas;
preferir; √ Continuar sustentando o paciente e ajudá-lo a
√ Anotar no prontuário o procedimento realizado, sentar-se na cadeira de rodas;
data, horário e reação do paciente. √ Colocar travesseiro sob as costas;
Pontos a observar √ Proceder com o suporte e descanso para os pés;
√ Nunca se deve tentar fazer massagem sobre a roupa √ Anotar no prontuário: mudança para a cadeira de
do paciente; rodas, horário e tempo de permanência.
√ Repetir a operação da massagem por 4 vezes, Pontos a Observar:
durante 3 à 4 minutos; √ Verificar reação do paciente;
√ A duração da massagem de uma região pode variar √ Arrumar a cama do paciente, enquanto o mesmo
de 3 à 15 minutos. estiver na cadeira de rodas. Observar se a cadeira de rodas
encontra-se travada, caso contrário pode deslizar provocando
4 - Transporte do Paciente a queda do paciente;
a) DA CAMA PARA A CADEIRA DE RODAS √ Antes de deixar o paciente sozinho ter certeza de
■ Consiste em libertar o paciente do leito que a cadeira de rodas está em local seguro.
gradualmente
Finalidades: b) DA CADEIRA DE RODAS PARA O LEITO
√ Descansar o paciente do leito Procedimentos
√ Transportar o paciente para exames √ Lavar as mãos;
Material: √ Colocar a cadeira de rodas junto ao leito, na mesma
√ Cadeira de rodas posição para fazer o paciente sentar;
√ Lençol √ Travar as rodas ou solicitar ajuda;
√ Travesseiro √ Ajudar o paciente a ergue-se, fazê-lo sentar;
Com Ajuda do Paciente √ Sentar-se a beira do leito;
Procedimentos √ Deitar o paciente e deixá-lo em Posição confortável;
■ Lavar as mãos; Pontos a Observar
■ Levar o material para a enfermaria; √ Verificar as reações e o pulso;
■ Explicar ao paciente o que vai ser feito; √ Deixar a unidade em ordem.
■ Solicitar ao paciente que sente na cama;
■ Sustentar as pernas do paciente sob os joelhos, com c) DA CAMA PARA A MACA
o braço e trazê-lo para fora da cama; √ É a mobilização do paciente do leito para a maca
■ Aguardar alguns minutos até que o paciente Finalidades
acostume-se a esta posição; √ Remover o paciente impossibilitado de movimentar-
■ Afastar o suporte para os pés da cadeira de rodas; se sozinho;
■ Ajudar o paciente a descer da cama e sentar na √ Encaminhar o paciente para o Centro Cirúrgico, ou
cadeira de rodas; para exames.
■ Colocar o suporte para os pés e solicitar ao paciente Material
a coloração dos membros; √ maca;
■ Anotar no prontuário mudança para a cadeira de √ Lençol;
rodas, horário e tempo de permanência; √ Travesseiro se necessário.
Pontos a Observar: Com Ajuda do Paciente
√ Apoiar as costas do paciente com travesseiro se Procedimentos
necessário; ■ Lavar as mãos;
√ Colocar a cadeira de rodas encostada no leito, com ■ Levar o material para a enfermaria;
as costas voltadas para os pés da cama; ■ Explicar ao paciente o que vai ser feito;
√ Afastar o suporte para os pés, evitando que os ■ Encostar a maca junto ao leito coincidindo cabeceira
mesmos atrapalhem o paciente quando for sentar; com cabeceira;
√ Arrumar a cama do paciente, enquanto o mesmo ■ Permanecer na parte central da maca e mantê-la fixa
estiver na cadeira de rodas. ao leito com a pressão do corpo;
Sem Ajuda do Paciente ■ Segurar as pontas do lençol de cobrir, facilitando a
Procedimentos: transferência do paciente para maca evitando expô-lo;
√ Lavar as mãos; ■ Solicitar ao paciente que passe vagarosamente para
√ Solicitar ajuda de pessoas; a maca;
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito; ■ Avisar ao paciente que mantenha os braços ao lado
√ Proteger as costas do paciente com o braço; do corpo, para evitar traumatismo;

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■ Empurrar a maca pela cabeceira, protegendo o √ Levar o material para a enfermaria, colocando-o na
paciente contra pancadas. mesa de cabeceira;
Pontos a observar √ Explicar ao paciente o que vai ser feito;
■ Se o paciente tiver alguma lesão no braço ou na √ Cruzar uma das extremidades da atadura sobre o
perna, colocar a maca do mesmo lado da lesão; meio, formando uma alça;
■ Colocar travesseiro se necessário; √ Proceder da mesma forma com a outra extremidade;
■ Nivelar o elevador antes de entrar ou sair com a √ Sobrepor as duas laçadas;
maca. √ Juntar as extremidades;
Sem Ajuda do Paciente √ Introduzir as duas laçadas no punho ou tornozelo do
Procedimentos: paciente;
■ Lavar as mãos; √ Puxar as pontas para ajustar a laçada;
■ Levar o material para a enfermaria; √ Amarrar as pontas às grades da cama com um nó
■ Explicar ao paciente o que vai ser feito; cego.
■ Solicitar ajuda de pessoas; Pontos a Observar:
■ Encostar a maca junto da cama do paciente, √ Acolchoar os punhos e tornozelos com algodão,
coincidindo cabeceira com cabeceira; antes de colocar a atadura.
■ Permanecer uma pessoa na parte central da cama; √ observar o ajustamento das laçadas, para evitar
■ Distribuir as outras pessoas nas seguintes posições: edema, sinais de má circulação ou irritação da pele.
a) Uma na cabeceira da cama segurando a cabeça
do paciente; B) CONTENSÃO DO OMBRO
b) Uma aos pés da cama segurando as pernas do Procedimentos:
paciente; √ Lavar as mãos;
c) Uma ficará no meio da cama, no lado livre √ Levar o material para a enfermaria;
segurando o lençol móvel. √ Explicar ao paciente o que vai ser feito;
√ Cruzar as mãos do paciente sobre o tórax, √ Colocar a faixa sob as costas do paciente;
facilitando a transferência para a maca; √ Passar a faixa pelas axilas do paciente;
√ Solicitar que outras pessoas, ao mesmo tempo √ Cruzar a faixa em forma de um laço, em seguida
levantem o paciente e transfiram para a maca; amarrar nas hastes ou estado da cama.
√ Colocar as mãos do paciente ao lado do corpo; Pontos a Observar:
√ Empurrar a maca pela cabeceira, protegendo o √ Contensionar os ombros com ataduras de crepom ou
paciente contra pancadas. lençóis
√ Observar o ajustamento da faixa, evitando
Pontos a Observar: comprometimentos na região clavicular
√ Transferir o paciente com cuidado, sem balançá-lo
ou jogá-lo com força na maca; C) CONTENSÃO DOS QUADRIS
√ Nivelar o elevador antes de entrar ou sair do mesmo Procedimentos:
com a maca. √ Lavar as mãos;
√ Levar o material para a enfermaria;
5 – Controle do Paciente √ Explicar ao paciente o que vai ser feito;
√ Colocar um lençol sob a região lombar do paciente;
TIPOS DE CONTENSÃO √ Colocar outro lençol na região abdominal do
√ Consiste na limitação do corpo ou parte do corpo, paciente;
tanto para a segurança do paciente, como para tratamentos. √ Juntar os dois lençóis, torcendo-os até que os
Finalidades: mesmos fiquem, ajustados ao corpo do paciente;
√ Proteger os pacientes inconscientes, idosos, √ Prender as pontas dos lençóis no estrado lateral da
agitados, delirantes e crianças contra acidentes. cama.
√ Manter venóclises, sondas e curativos. Pontos a Observar:
Material: √ Colocar o lençol em diagonal de modo que as duas
√ Ataduras de crepom extremidades estejam voltadas para as laterais da cava;
√ Lençol √ Solicitar ajuda de outra pessoa para torcer e ajustar
√ Algodão os lençóis.

A) CONTENSÃO DOS PUNHOS E D) CONTENSÃO DO TÓRAX


TORNOZELOS Procedimentos:
Procedimentos: √ Lavar as mãos;
√ Lavar as mãos; √ Levar o material para a enfermaria;
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito;

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√ Fixar o lençol em diagonal formando uma faixa; √ Substituir a água sempre que necessário para manter
√ Colocar a faixa sobre o tórax anterior do paciente; a temperatura constante;
√ Passar a faixa sob as costas do paciente; √ Não colocar a bolsa de água quente sem proteção no
√ Trançar as pontas da faixa na altura da região paciente;
cervical, do paciente; √ Observar a região para evitar queimaduras.
√ Amarrar as extremidades da faixa a cabeceira da
cama. 2. Aplicação de Frio Seco e Úmido
Pontos a Observar: Consiste na aplicação de frio sobre uma região
√ Observar ajustamento da faixa, evitando indicada por meio de bolsa com gelo, compressa.
comprometimentos em outras regiões. FINALIDADES
√ Aliviar a dor
E) CONTENSÃO DOS JOELHOS √ Estancar hemorragias
Procedimentos: √ Baixar temperatura corporal
√ Lavar as mãos √ Diminuir congestão e processos inflamatórios
√ Acolchoar os joelhos do paciente com algodão;  CRIOTERAPIA
√ Enlaçar cada joelho do paciente com alças da faixa; Materiais:
√ Amarrar as extremidades da faixa em cada lado do √ Bolsa de borracha para crioterapia, baterias de
estrado da cama. crioterapia.
Pontos a Observar: √ Plano ou toalha
√ Observar edema, sinais de má circulação. √ Cuba com gelo picado
√ Verificar sempre ajustamento das faixas. PROCEDIMENTOS
√ Lavar as mãos;
11. PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS √ Encher a bolsa até a metade com pedaços de gelo;
√ Repousar a bolsa em superfície plana, eliminar ar
1. Aplicação de Calor Seco e Úmido residual;
Consiste na aplicação de calor sobre uma região √ Fechar bem a rolha, evitando assim risco de
indicada por meio de bolsa d’água, compressa. vazamento;
FINALIDADES √ Envolver a bolsa com pano ou toalha;
√ Relaxar a musculatura √ Aplicar a bolsa na região indicada;
√ Aquecer o paciente √ Manter temperatura, renovando o gelo quando
√ Aumentar a circulação necessário;
√ Aliviar a dor √ Retirar a bolsa, esvaziar, lavar, secar e insuflar ar
√ Reduzir edema antes de guardá-la;
√ Facilitar os processos supurativos √ Anotar no prontuário tratamento realizado, reação
 TERMOTERAPIA do paciente e horário de aplicação.
Materiais: PONTOS A OBSERVAR
√ Bolsa de borracha para termoterapia; √ Observar sinais de queimaduras
√ Pano ou toalha; COMPRESSAS FRIAS
√ Jarro com água quente. Materiais:
PROCEDIMENTOS √ Bacia com gelo picado ou água gelada
√ Lavar as mãos; √ Compressas
√ Colocar água quente na bolsa, até a metade da √ Toalhas
mesma;
√ Repousar a bolsa em superfície plana, eliminando 3. Aplicação de Ataduras
excesso d’água e ar residual; É o ato de aplicar faixas para mobilização de membros
√ Fechar bem a rolha, evitando, assim risco de ou contenção de áreas corporais.
vazamento; FINALIDADES
√ Secar a bolsa e envolver com pano ou toalha; √ Exercer pressão sobre uma área corporal;
√ Aplicar a bolsa na região indicada; √ Imobilizar uma parte do corpo para restringir
√ Retirar a bolsa após termino do tratamento; movimentos;
√ Esvaziar a bolsa, lavar, deixar escorrer e guardar; √ Evitar ou reduzir edema;
√ Anotar no prontuário tratamento realizado, reação √ Fixar curativos;
do paciente e horário da aplicação. √ Corrigir deformidades;
PONTOS A OBSERVAR √ Fixar um membro distendido.
√ Proporcionar conforto ao paciente resguardá-lo de Materiais:
exposição desnecessária; √ Algodão;
√ Esparadrapo;

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√ Tesoura; ATADURA DE PERNA


√ Plano em forma de triângulo para tipóia; PROCEDIMENTO
√ Atadura de gaze ou crepom. √ Iniciar enfaixamento no tornozelo, dando duas
QUANTO AO LOCAL DE APLICAÇÃO voltas circulares para fixação;
√ Dedos 2,5cm √ Proteger a região do tornozelo com algodão;
√ Pé 5,0cm √ Enfaixar o membro uniforme e firmemente, com
√ Braço e antebraço 10cm voltas circulares até a região abaixo do joelho, fixando a
√ Cabeça e perna 15 à 20cm atadura com esparadrapo.
√ Abdome 25 à 30cm
PROCEDIMENTO ATADURA DA CABEÇA
√ Lavar as mãos; PROCEDIMENTO
√ Levar o material para a unidade, colocando-o sobre √ Iniciar fixação da atadura com uma volta circular na
a mesa de cabeceira; testa;
√ Explicar ao paciente o que vai fazer; √ Prosseguir com voltas recorrentes, com atadura de
√ Colocar o paciente em posição que facilite o acesso trás para frente cobrindo desta maneira toda a cabeça, fixando
a área a ser enfaixada. a atadura no final com esparadrapo.

ATADURA NA MÃO IMOBILIZAÇÃO A VELPEAU


PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO
√ Colocar o paciente deitado ou sentado com a mão a √ Colocar o braço do paciente sobre o tórax e a mão
ser enfaixada sobre a cama ou mesa de cabeceira; sobre o ombro;
√ Proteger os espaços interdigitais com algodão ou √ Proteger axilas, e o espaço entre a mão e o ombro
gaze; com algodão;
√ Segurar a atadura moldada com uma das mãos, e a √ Iniciar enfaixamento com uma, circular passando
ponta da mesma com a outra não; pelo tórax, braço, antebraço, prosseguindo prende a atadura
√ Fixar atadura no punho e passar pelo dorso da não, na parte posterior do tórax sobre a 1ª volta;
enfaixar o dedo polegar; √ Passar atadura sobre o ombro, em seguida descer
√ Dar duas voltas no punho para fixar a atadura, sobre o braço prosseguindo com a atadura pela parte anterior
retomando a faixa pela palma da mão até o punho; do tórax até atingir a parte posterior no local onde iniciou a 1ª
√ Retornar faixa pelo dorso da mão enfaixando o dedo volta para o ombro;
polegar; √ Fixar com esparadrapo.
√ Repetir todo processo com todos os dedos até atingir
o mínimo; TIPOIA
√ Encerrar com uma circular no punho, fixando a PROCEDIMENTO
extremidade com esparadrapo. √ Fletir o braço do paciente horizontalmente em
relação ao corpo
ATADURA NO PÉ √ Deixar o punho mais elevado que o cotovelo
PROCEDIMENTO √ Dobrar pano quadrado em forma de triângulo,
√ Proteger com algodão o dorso e tornozelo; colocando-o de modo que a base do triângulo, dê suporte ao
√ Iniciar atadura com duas voltas no tornozelo; braço a ser imobilizado.
√ Segurar atadura enrolada com uma das mãos, e a √ Levantar extremidade superior do pano e passá-lo
ponta da mesma com a outra não; em torno do pescoço, passando a outra extremidade por cima
√ Prosseguir enfaixamento com um cruzamento no do braço e ombro a ser imobilizado.
dorso do pé, retornando a faixa para o tornozelo; √ Atar as duas extremidades com um nó firme,
√ Cruzar a atadura, no dorso do pé e prosseguir até evitando que a tipóia faça pressão exagerada sobre o pescoço.
cobrir todo o pé deixando os dedos livres; √ Dobrar o ápice do pano sobre, o cotovelo e fixar
√ Fixar atadura com esparadrapo. com esparadrapo.
PONTOS A OBSERVAR
ATADURA NO ANTEBRAÇO Após realização desta imobilização:
PROCEDIMENTO ● Deixar paciente confortável
√ Segurar atadura enrolada com uma das mãos e a ● Lavar as mãos
ponta da mesma com a outra mão; ● Guardar material, em local adequado.
√ Fixar a atadura com duas voltas no punho, ● Observar extremidades da área imobilizada
prosseguindo com voltas circulares até atingir região abaixo ● Anotar no prontuário procedimento realizado.
do cotovelo fixando com esparadrapo.

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4.Controle hídrico  Colocar um travesseiros entre MMSS, para maior


O equilíbrio entre os líquidos ingeridos e eliminados conforto do paciente.
poderá sofrer alteração, ocorrendo uma depressão ou retenção Após procedimento:
de fluidos.  Reunir o material e deixar a unidade em ordem.
PROCEDIMENTOS  Retirar as luvas e descartá-las em local
√ Registrar em impresso próprio. apropriado.
√ Os líquidos ingeridos nas 24 horas devem ser  Checar o procedimento em prescrição de
medidos e registrados, assim como soluções endovenosas enfermagem.
aplicadas por sonda nasogástrica e gastronomia.
√ Os líquidos eliminados nas 24 horas devem ser 6.Aspiração de Secreção Endotraqueal e
medidos e registrados principalmente a diurese, além de Orofaríngea
vômitos, diarréia, líquido de drenagens. Consiste em retirar a secreção traqueobrônquica e
√ No caso do paciente for de ambulante, orientá-lo orofaríngea através de uma sonda ligada a um aparelho e
para guardar a urina. sucção.
√ Os fluidos que por um ou outro motivo não puderem Aspiração orofaríngea e traqueal
ser medidos poderão ser descritos por valores e registrados Material:
como por exemplo: Quantidade pequena, regular ou grande. - 01 Sonda de aspiração estéril, tamanho de acordo
√ Anotar a elevação da temperatura, para reposição de com a idade do paciente, e complicações físicas que o
perdas por hipertermia. paciente apresenta.
- 01 par de luvas estéreis.
PONTOS A OBSERVAR - Sistema de aspiração, aspirador ou vácuo.
√ Um controle hídrico mais rigoroso inclui não só o - 03 ampolas de SF 0,9%
controle de líquidos ingeridos e eliminados, mas também as - água destilada 500 ml.
infusões venosas. - Cuba rim.
√ Um paciente com controle hídrico pode ainda estar - 3 pacotes de gaze estéril.
submetido a restrição hídrica, para a qual a prescrição médica - 01 máscara, 01 óculos de proteção.
estipula a quantidade de líquidos que podem ser PROCEDIMENTOS
administrados nas 24 horas. - Lavar as mãos
√ Anotar todo e qualquer líquido mesmo que a - Colocar máscara e óculos.
quantidade seja mínima. - Abri invólucro da sonda onde se encontra o
adaptador e conectá-lo à extensão do aspirador.
5.Mudança de decúbito - calçar luvas estéreis com cuidado para não
É a mudança do posicionamento do paciente no leito. contaminá-las.
Materiais: lençol móvel, coberto e lençol, luva de - Com a mão não dominante, segurar a extensão do
procedimento, travesseiros ou coxins. aspirador e com a outra puxar a sonda do invólucro, sem
Procedimento: - Higienizar as mãos, reunir o material contaminá-la.
e encaminhar-se ao leito do paciente. - Ligar o sistema de aspiração com a mão não
 Orientar o paciente e ou acompanhante sobre o dominante.
procedimento. - Introduzir profundamente a sonda fechada na cânula
 Calçar luvas de procedimento. endotraqueal, abrir a sonda suavemente enquanto se retira a
Decúbito dorsal: Manter o paciente com o abdome sonda da cânula, em movimentos rotatórios. Após ter
voltado para cima. aspirado a o TOT, aspirar vias áreas superiores, sequência
 Colocar um travesseiro sob a cabeça e sob o nariz e boca quando necessário.
ombro do paciente. - Repita a aspiração quantas vezes forem necessárias.
 Elevar MMSS e colocar sob os ombros. - Desconectar a sonda e desprezá-la.
 Se necessário, colocar outro travesseiro ou coxim - Lavar a extensão do aspirador, aspirando à água do
sob os joelhos do paciente. copo, frasco ou cuba redonda.
Decúbito dorsal para lateral direito ou esquerdo: - Retirar luvas e desprezá-la.
 Posicionar o paciente voltado para o lado que - Retirar mascara e óculos.
desejar.
 Colocar um travesseiro ou coxim ao lado do dorso PONTOS A OBSERVAR
do paciente. - Observar mudanças alterações respiratórias e
 Colocar um travesseiro ou coxim entre os joelhos perfusão periférica durante o procedimento, bem como
do paciente. batimentos cardíacos, controlar saturação de oxigênio durante
 Manter coxins em proeminências ósseas. a aspiração.

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- Não ultrapassar 15 segundos a cada introdução e submetido ao procedimento através de pulseira de


retirada da sonda. Entre cada aspiração descansar por no identificação.
mínimo dois minutos, entre uma aspiração e outra usar gaze - Orientar o paciente e ou acompanhante sobre o
estéril para a limpeza da sonda. procedimento, calcar luvas, colocar lubrificante na gaze e
- Lavar a sonda internamente, aspirando água lubrificar a sonda retal, conectar as onda no equipo (em caso
destilada estéril, se durante a aspiração a secreção for de medicamentos), preencher a sonda com o líquido.
espessa. - Posicionar o paciente em posição de Sims, afastar a
- Em casos de obstrução da cânula ventilatória por prega interglútea e introduzir a sonda cuidadosamente na
presença de rolha ou secreção muito espessa, usar SF 0,9 % ampola retal, média 15 cm, infundir a solução, pedir que o
de 2 ml a 5 ml e ventilar com o ressuscitador manual. Em paciente permaneça nessa posição por 10 minutos, retirar a
situações em que ocorra o insucesso na remoção de rolha, o sonda colocar a comadre, ou auxiliar o paciente a ir ao
médico comunicar o médico para substituir o TOT. banheiro.
- Desprezar os materiais em local correto.
7.Aplicação de Enema e Clister - Checar a realização do procedimento.
É a introdução de líquidos no intestino grosso através
do ânus 9.Lavagem da Colostomia
FINALIDADES É o esvaziamento do conteúdo fecal dos cólons
√ Limpar o intestino grosso (clister laxativo) intestinais.
√ Amolecer as fezes (clister emoliente) FINALIDADES
√ Aliviar a flatulência (clister carminativo) √ Realizar limpeza do trato intestinal inferior
√ Promover contraste antes de RX do intestino (clister √ Determinar um padrão normal de evacuações
opaco) √ Evitar obstrução intestinal
√ Administrar solução medicamentosa (clister de
retenção) 10. Nebulização e Inalação
Materiais: NEBULIZAÇÃO: É a administração de
√ Bandeja, par de luva; medicamentos através de um nebulizador que transforma o
√ Solução para clister ou enema; medicamento líquido em vapor.
√ Sonda retal; Materiais:
√ Vaselina; √ Fonte de oxigênio
√ Papel higiênico; √ Nebulizador
√ Lençol móvel; √ Máscara facial
√ Material para lavagem externa; √ Conexões de borracha
√ Aparadeira. √ Medicação prescrita
PROCEDIMENTOS
8.Lavagem Intestinal: √ Lavar as mãos
É a introdução de líquido no intestino através do ânus √ Colocar a medicação prescrita no recipiente do
ou da colostomia. nebulizador
FINALIDADES √ Colocar o paciente em posição de fowler ou sentado
√ Introduzir medicamentos prescritos. em uma cadeira
√ Aliviar a distensão e flatulência. √ Explicar ao paciente o que vai ser feito
√ Remover sangue nos casos de hemorragia digestiva. √ Ligar o nebulizador do oxigênio, retirando o
√ Facilitar a eliminação de fezes. umidificador para que fluxo aja diretamente sobre a
√ Preparar o paciente para cirurgia, tratamento e medicação.
exames. √ Abrir a válvula do oxigênio e regular o fluxo em 6 à
Materiais 10 litros
√ Bandeja, par de luva;
√ Solução de glicerina ou soro fisiológico; 11. Oxigenoterapia
√ Medicações prescritas, equipo; É a administração de oxigênio ao paciente, podendo
√ Vaselina; ser realizada através de: cateter nasal, máscara facial e cânula
√ Luvas; nasal.
√ Gazes; FINALIDADES
√ Pacote de material para lavagem externa; √ Combater a deficiência de oxigênio;
√ Lençol móvel. √ Facilitar a expectoração;
PROCEDIMENTO √ Diminuir os processos inflamatórios das vias
- Higienizar as mãos, calcar luvas, verificar a solução respiratórias;
que será administrada, certificar-se qual o paciente que será √ Provocar broncodilatação.

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 CATETER NASAL esterno) e marcar com o esparadrapo, observar a narina que


Materiais: será introduzida;
√ Bandeja √ Lubrificar a extremidade da sonda (cerca de 10 cm);
√ Cateter nasal (sonda nelaton números: 8,10 ou 12) √ Introduzir a extremidade lubrificada da sonda por
√ Compressas de gaze uma das narinas, depois de flexionar, evitando tocar na parte
√ Esparadrapo posterior da faringe;
√ Cuba rim √ Solicitar ao paciente que realize movimentos de
√ Soro fisiológico deglutição e respiração durante a introdução da sonda pelo
PROCEDIMENTOS esôfago;
√ Lavar as mãos √ Introduzir a sonda até o local marcado com o
√ Colocar a bandeja sobre a mesa de cabeceira esparadrapo;
√ Conectar o cateter ao conector de borracha do √ Testar se a sonda está no estômago através dos
cilindro de oxigênio seguintes testes:
√ Medir com o cateter a distância entre a ponta do - Aspiração com seringa para colher o suco
nariz e o lóbulo da orelha, marcando com o esparadrapo, para gástrico;
determinar quanto a sonda deve ser introduzida. - Coloração da ponta da sonda, em copo com água
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito e observar borbulhamento, se borbulhar, a sonda está
√ Abrir a válvula do torpedo e deixar fluir um pouco posicionada errada, esta na traquéia retirar a mesma e repetir
de oxigênio o procedimento;
√ Colocar o paciente em posição de Fowler ou semi- - Auscultação com estetoscópio de ruídos aéreos
fowler na região epigástrica perceptível através da introdução rápida
de 20cc de ar pela sonda;
12. Sondagem Nasogástrica, Lavagem Gástrica e √ Fixar a sonda deixando conectada a um coletor no
Aspiração Gástrica. caso de drenagem;
 SONDAGEM NASO-GASTRICA √ Observar volume e característica do líquido
É a introdução de uma sonda no estômago eliminado;
FINALIDADES √ Deixar a unidade em ordem;
√ Alimentar pacientes impossibilitados de deglutir √ Anotar no prontuário tratamento realizado, aspecto
(gavagem); do líquido drenado e reações do paciente.
√ Drenar secreções gástricas; PONTOS A OBSERVAR
√ Aliviar distensões abdominais; √ Retirar a sonda ao observar sinais de asfixia e
√ Preparar para cirurgia; cianose no paciente durante à introdução da mesma
√ Coletar material para exame. √ Observar a fixação da sonda, deixando livre a asa do
Materiais: nariz.
√ Sonda nasogástrica; √ Fechar a sonda com pinça antes de retirá-la, para
√ Pomada anestésica; evitar líquido nas vias aéreas.
√ Luvas; CONTRAINDICAÇÕES PARA O
√ Gazes; PROCEDIMENTO: Atresias e estenose de esôfago, varizes
√ Esparadrapo; esofágicas, pós-operatórios de cirurgias realizadas por via
√ Seringa de 20ml; nasal, trauma de face e crânio, fratura de base de crânio,
√ Cuba rim; distúrbio de coagulação.
√ Tubo de ensaio (em caso de colheita);
√ Estetoscópio;  LAVAGEM GASTRICA
- Se sonda e drenagem, incluir coletor de sistema É a introdução de líquido na cavidade gástrica,
aberto; seguida de sua remoção através de S.N.G.
- Copo com água. FINALIDADES
PROCEDIMENTOS √ Remover secreções ou líquidos nocivos nos casos de
√ Lavar as mãos; intoxicação medicamentosa, ingestão de drogas, retenção de
√ Colocar o material sobre a mesa de cabeceira; alimentos mal digeridos.
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito; √ Estacionar hemorragia.
√ Colocar o paciente em posição de Fowler, caso não √ Preparar a cavidade gástrica para exame ou cirurgia.
seja possível, posicioná-lo em decúbito dorsal com cabeça Materiais:
lateralizada para evitar possível aspiração de resíduos; √ Bandeja;
√ Calçar luvas; √ Seringa de 50cc;
√ Medir comprimento da sonda a ser introduzida (da √ Cuba rim;
base da orelha até a ponta do nariz e descendo até o final do √ Gazes;
√ Solução Prescrita;

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√ Equipo de soro; 13. Sondagem Vesical


√ Luvas. Consiste na introdução de um cateter estéril através da
PROCEDIMENTOS uretra até a bexiga.
√ Lavar as mãos; FINALIDADES
√ Colocar o material sobre a mesa de cabeceira; √ Esvaziar o conteúdo da bexiga;
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito; √ Controlar volume urinário;
√ Calçar luvas; √ Favorecer o acesso as vias urinárias em situações
√ Conectar a seringa a sonda gástrica; de:
√ Introduzir a solução prescrita; - Obstrução das vias urinárias.
√ Abaixar a extremidade da sonda deixando esvaziar o - Cirurgias de uretra e de estruturas adjacentes
líquido introduzido no estômago em um recipiente; - Evitar unidades constantes de Pacientes com
√ Repetir o procedimento realizado, tantas vezes incontinência urinária
quanto for necessário; - Obter uma amostra de urina estéril
√ Deixar a unidade em ordem; Materiais Básicos:
√ Anotar no prontuário tratamento realizado, √ Bandeja estéril contendo:
características e volume do retorno. - Campo fenestrado;
PONTOS A OBSERVAR - Gazes esterilizadas;
√ Observar as reações do paciente; - Pinça para anti-sepsia;
√ Substituir a seringa pelo transfusor conectado a - Cuba redonda para anti-séptico;
sonda gástrica nos casos de lavagem com soro fisiológica - Cuba redonda para solução estéril;
repetidas varias vezes. - Cuba rim.
Materiais:
 ASPIRAÇÃO GÁSTRICA √ Luvas esterilizadas;
É a retirada do suco gástrico ou de ar da cavidade √ Solução anti-séptica;
gástrica. √ Solução estéril;
FINALIDADES √ Pomada anestésica;
√ Aliviar distensões abdominais; √ Sonda-foley de número adequado (demora);
√ Preparar a cavidade gástrica para exame; √ Sonda uretral de número adequado (esvaziar
√ Remover secreções gástricas. conteúdo da bexiga);
Materiais: √ Seringa de 20 ml;
√ Seringa de 20 ou 50cc; √ Coletor de urina (sistema fechado);
√ Gazes; √ Aparadeira desinfectada.
√ Luvas; Materiais de Acessórios:
√ Cuba rim. √ Biombo
PROCEDIMENTOS √ Foco portátil
√ Lavar as mãos;
√ Colocar o material sobre a mesa de cabeceira; PROCEDIMENTO IMPRESCINDIVEL ANTES
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito; DA SONDAGEM VESICAL
√ Colocar o paciente em posição de Fowler ou semi- √ Lavagem externa conforme técnica normatizada
fowler;
√ Calçar luvas;  SONDAGEM VESICAL DE ALIVIO EM
√ Dobrar a sonda nasogástrica e desconectar da PACIENTE DO SEXO FEMININO
extensão protegendo a extremidade com gaze; PROCEDIMENTOS
√ Conectar a seringa a extremidade dá sonda; √ Lavar as mãos;
√ Aspirar, dobrar a sonda, desconectar a seringa e √ Levar o material para a enfermaria;
desprezar o conteúdo gástrico na cubo rim; √ Explicar ao paciente o que vai ser feito;
√ Repetir o procedimento realizado, tantas vezes √ Colocar a paciente em posição ginecológica;
quanto for necessário; √ Lavar as mãos;
√ Deixar a unidade em ordem; √ Abrir bandeja usando técnica asséptica;
√ Anotar no prontuário tratamento realizado, √ Deixar cair dentro da bandeja sonda vesical, abrindo
características e volume do líquido drenado. o envólucro com técnica asséptica;
PONTOS A OBSERVAR √ Colocar anti-séptica na cuba redonda;
√ Observar as reações do paciente. √ Colocar pomada estéril sobre gaze, desprezando
√ Manter o paciente em posição de Fowler ou semi- porção inicial;
fowler. √ Calçar luvas;
√ Lubrificar a sonda com pomada estéril;

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√ Afastar os pequenos lábios com a mão enluvada de  SONDAGEM VESICAL DE DEMORA


modo a visualizar o meato urinário realizar anti-sepsia da PROCEDIMENTOS
região com pinça e gaze embebida em anti-séptico; Acrescentar aos passos seguintes a técnica, de
√ Manter uma das mãos enluvada estéril; sondagem vesical de alívio:
√ A posição do campo fenestrado; √ Lavar as mãos;
√ Introduzir a sonda cerca de mais ou menos 7 à 10 √ Deixar cair dentro da bandeja seringa de 20cc
cm no meato urinário; utilizando técnica asséptica para abrir invólucro;
√ Aproximar a cuba rim e soltar a extremidade da √ Colocar solução estéril em uma das cubas redondas;
sonda dentro da mesma; √ Aspirar na seringa solução estéril na quantidade
√ Deixar fluir a urina e retirar a sonda lentamente; correspondente a capacidade do balão;
√ Medir a urina eliminada; √ Encher o balão e verificar se a sonda encontra-se
√ Colher amostra para exames nos casos solicitados; fixa na bexiga;
√ Recolher o material deixando a unidade em ordem; √ Conectar a sonda ao coletor de urina sistema
√ Lavar, desinfectar o material utilizado; fechado e fixá-lo a cama.
√ Anotar no prontuário procedimento realizado, PONTOS A OBSERVAR
quantidade e aspecto da urina eliminada. √ Fixar a sonda lateralmente na coxa do paciente para
eliminar compressão no ângulo perianoscrotal prevenindo o
 SONDAGEM-VESICAL DE ALIVIO EM aparecimento de fístula;
PACIENTE DO SEXO MASCULINO √ Solicitar ajuda de outra pessoa em caso de pacientes
PROCEDIMENTOS impossibilitados;
√ Lavar as mãos; √ Manter a sonda enrolada na palma da mão
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito; permitindo que apenas a ponta apareça;
√ Levar o material para a enfermaria; √ Introduzir lentamente a sonda para cima e para trás
√ Colocar o paciente em decúbito dorsal com as na sondagem feminina;
pernas estendidas; √ Introduzir a sonda com movimentos para baixo na
√ Lavar as mãos; sondagem masculina;
√ Abrir bandeja usando técnica asséptica; √ Recobrir a glande com o prepúcio a fim de evitar
√ Deixar cair dentro da bandeja a sonda utilizando edema;
técnica para abrir envólucro; √ Observar obstrução da sonda de demora.
√ Colocar anti-séptico na cuba redonda; OBS: Insuflar o balão apenas depois de retorno de
√ Colocar pomada estéril sobre gaze, desprezando urina, não realizar força na introdução da sonda, manter bolsa
porção inicial; coletora abaixo do nível do paciente.
√ Calçar luvas estéreis; COMPLICAÇÕES: Traumatismo durante a passagem
√ Lubrificar à sonda com pomada estéril; da sonda.
√ Segurar o corpo do pênis com a mão enluvada,
realizar anti-sepsia do meato urinário e glande com pinça e 14. Substituição do coletor de Drenagem
gaze embebida em anti-séptico; Consiste em uma melhor avaliação e controle da
√ Manter uma das mãos enluvada estéril; secreção drenada.
√ Aposição de campo fenestrado; FINALIDADES
√ Segurar o pênis mantendo-o perpendicular ao √ Evitar obstrução do dreno melhorando a sarda da
abdômen e introduzir a sonda no meato cerca de mais ou secreção retida na cavidade;
menos 18 à 20 cm; √ Evitar infecção.
√ Aproximar a cuba rim e soltar a extremidade da Materiais
sonda dentro da mesma; √ Vidro de drenagem;
√ Deixar fluir toda a urina e retirar a sonda √ Haste com borracha;
lentamente; √ Soro fisiológico;
√ Medir a urina eliminada e colher amostra para √ Pinças;
exame nos casos solicitados; √ Esparadrapo;
√ Recolher o material, deixando a unidade em ordem; √ Gazes.
√ Lavar e desinfectar o material utilizado; PROCEDIMENTOS
√ Anotar no prontuário procedimento realizado, √ Lavar as mãos;
quantidade e aspecto da urina eliminada. √ Abrir o pacote contendo o vidro de drenagem,
protegendo-o cuidadosamente (no Posto de Enfermagem);
√ Colocar a solução esterilizada (soro) dentro do vidro
de drenagem;
√ Fechar o vidro com haste, permitindo que o bastão
de haste fique imerso mais ou menos 2 cm dentro da solução;

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√ Marcar com esparadrapo fixo no vidro de drenagem, √ Gazes;


a quantidade da solução colocada; √ Anestésico local;
√ Levar para a enfermaria o material necessário; √ Seringas, agulhas;
√ Explicar ao paciente o que vai ser feito; √ Lamina de bisturi;
√ Pinça o dreno torácico; √ Luvas;
√ Fixar a pinça com esparadrapo; √ Fio de algodão 2-0;
√ Desconectar a borracha do dreno; √ Álcool iodado;
√ Conectar uma extremidade da borracha esterilizada √ Éter;
ao dreno e a outra a haste, utilizando gaze esterilizada; √ Esparadrapo;
√ Fixar com esparadrapo a borda do vidro √ Transfuso;
certificando-se de que não há possibilidade de abrir; √ Soro fisiológico;
√ Abrir a pinça; √ Equipamento adicional: foco refletor.
√ Medir a secreção do vidro, anotar e registrar no
plano de cuidados. CUIDADOS COM O CURATIVO DE ACESSO
PONTOS A OBSERVAR VENOSO CENTRAL
√ Observar se o dreno está oscilando, ao substituir o Materiais: Solução antisséptica (clorexidina), SF
vidro de drenagem. 0,9%, bandeja contendo gaze embebida em álcool a 70%,
√ Pinça cuidadosamente o dreno, para evitar corrente pacote de curativo estéril (pinças: dente de rato, Kelly e
de ar. anatômica), gaze estéril, fita hipoalérgica ou película
transparente, saco plástico para descartar material utilizado.
15. Dissecção venosa PROCEDIMENTO
Procedimento em que o cirurgião faz a abertura do  Higienizar as mãos.
tecido para inserir um cateter vascular diretamente na veia.  Reunir o material e encaminhar-se ao leito do
Utilizada quando há impossibilidade de acesso venoso paciente.
periférico, desvantagem torna a veia sem utilidade  Orientar o paciente e ou acompanhante sobre o
posteriormente. procedimento a ser realizado.
MATERIAL PARA DISSECÇÃO VENOSA  Higienizaras mãos.
√ Pacote de material de dissecção contendo: Pinças  Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica e
hemostáticas, pinças de dissecção, tesoura, porta agulhas, dispor as pinças.
tentacânula, agulhas de sutura, cabo de bisturi;  Abrir o pacote de gaze estéril sobre o campo do
√ Campo fenestrado; curativo.
√ Gazes;
 Realizar a desinfecção da ampola de SF 0,9% com
√ Anestésico local; gaze embebida em álcool a 70%, antes de realizar sua
√ Seringas, agulhas;
abertura.
√ Sonda uretral números 4, 6, 8 e 10;
 Umedecer a fita adesiva hipoalergênica com SF
√ Luvas;
0,9%, para facilitar sua retirada. Se o cateter estiver ocluído
√ Lamina de bisturi;
com filme transparente, retirar conforme orientação do
√ Fio de algodão 2-0;
fabricante.
√ Álcool iodado;
 Remover a fita hipoalergênica e as gazes com a
√ Éter;
pinça dente de rato.
√ Esparadrapo;
√ Transfuso;  Dobrar a gaze com auxilio das pinças Kelly e
√ Soro fisiológico; anatômica.
√ Equipamento adicional: foco refletor.  Umedecer a gaze com o SF 0,9%; Limpar a inserção
do cateter utilizando as faces da gaze umedecida com
16. Acesso Venoso Central movimentos semicircular estabelecendo um único sentido
É o acesso intravascular em veias centrais, sua (horário) de dentro para fora; em seguida, desprezar a gaze.
introdução é realizada pelo cirurgião quando se observa a  Secar a inserção do cateter e desprezar a gaze.
necessidade de terapia intravenosa de longa permanência, via  Umedecer outra gaze com solução antisséptica,
segura, evita excesso de punções, mais utilizada quando o limpar a inserção do cateter com movimento semicircular
paciente não possui acesso periférico viáveis. São veias estabelecendo um único sentido (horário) de dentro para fora;
centrais: Jugular interna direita e esquerda, subclávia direita e em seguida, desprezar a gaze.
esquerda.  Limpar a extensão do cateter com solução
MATERIAL PARA INSERÇÃO DE CATETER antisséptica em um único sentido.
SUB-CLÁVIA  Ocluir com fita hipoalergênica ou filme
√ Cateter intra-cath, monolúmen ou duplolúmen; transparente.
√ Campo fenestrado;  Datar o curativo.

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 Higienizar as mãos. ● Pinça anatômica dente de rato.


 Realizar anotações de enfermagem, verificar √ Se o paciente estiver consciente, é preciso orientá-lo
presença de sinais flogísticos. sobre o procedimento a ser realizado.
 Comunicar a observação de alterações. √ Colocar a luva para a realização do curativo, a fim
de proteger o paciente, para não ocorrer contaminação
17. Curativos exógena da ferida e proteger os profissionais de se
contaminarem.
AVALIAÇÃO DAS FERIDAS √ Se for um ferida exudativa com muita secreção, ou
Para fazer avaliação e diagnóstico de uma ferida, não ferida com sangramento ou ferida cirúrgica devem-se utilizar
podemos restringir apenas aos fatores metabólicos, luvas de látex estéreis. No caso de procedimentos simples,
circulatórios, bioquímicos, mas considerar também os fatores como uma sutura, retirada de pontos, deve-se utilizar luvas
sociais e psicológicos como: Rejeição, medo, auto-estima, descartáveis.
problemas familiares, situação sócio-ecônomica, crenças e √ Remover o curativo.
tabus. Esses aspectos são mais evidentes nos portadores de √ Se estiver fixado com ataduras, soltá-las, ou cortá-
feridas crônicas como: os diabéticos, hansenianos, estilistas e las, e se for fita hipoalérgica, retirá-la com cuidado, para não
varicosos. Todas essas feridas geram um desconforto, agredir os tecidos recém-formados.
impossibilitam a realização de muitas atividades e dificultam √ Se o curativo secundário estiver aderido, deve-se
a deambulação dos mesmos. usar Solução Fisiológica para removê-lo, desprezando-o em
Muitas vezes o paciente não dispõe de recursos seguida, em sacos plásticos adequados.
financeiros para adquirir os medicamentos indicados e faz √ Examinar a ferida e inspecionar cuidadosamente:
uso de medicamentos que levam a piora da ferida. As ● Pele e adjacência;
condições de moradia, sem saneamento básico (água ● Sinais de sangramento;
encanada, esgoto, e ruas sem pavimentação), também ● Tecidos necrosados;
dificultam o tratamento. ● Presença de tecidos de granulação;
● Sinais de infecção: secreção purulenta, hipertermia,
FLORA TRANSITÓRIA alemã e eritema. No caso de detectar anomalias, chamar um
São microorganismos de vida curta que por estarem médico. Deve-se desprezar a pinça que foi contaminada para
fora do seu ambiente natural, localizam-se nas camadas remoção do curativo, bom como a luva que foi contaminada.
superficiais da pele e podem ser removidos facilmente pela ● Selecionar o anti-séptico adequado para a realização
lavagem das mãos. Os principais são: do curativo.
√ Staphylococus aureus, streptococos;
√ Bacilos Gram-negativos – E. Coli-pseudomonas; 1 - Curativos das Feridas Limpas
√ Vermes e outros. Começar a limpeza pelo local de incisão, com
movimentos rítmicos de dentro para fora, nuca passando a
TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DOS lado sujo da gaze duas vezes sobre a ferida, pois pode-se-á
CURATIVOS contaminá-la. Inicia-se a Assepsia pelo local mais limpo para
Os passos aqui descritos são princípios básicos para a o local mais sujo.
realização do curativo, que deverá ser adaptado e empregado O centro da ferida asséptica sempre é mais limpo que
de acordo com o tipo de curativo. as bordas, porque está mais protegido da contaminação
externa.
PREPARO DO MATERIAL
Ao separar o material a ser utilizado, é importante OS CURATIVOS DAS FERIDAS CIRÚRGICAS
observar: esterilização, data de validade se está embalado E TRAUMÁTICAS
adequadamente e selecionar os anti-sépticos que serão Os curativos devem ser usados após as feridas serem
utilizados. suturadas.
√ Curativo a ser usado; As primeiras 24 horas são especialmente importantes,
√ Abra o material em carrinho de curativo ou lugar porque o edema é maior neste período. O edema depende do
adequado observando os cuidados para não contaminar o tipo da ferida, podendo permanecer de 72 a 96 horas e, nesse
curativo. tempo o curativo deve permanecer fechado. As exceções para
o uso do curativo são: as feridas do “vermelhão” dos lábios e
PACOTE DE CURATIVO pálpebras. Nestas áreas poderão ser usadas compressas frias
√ Pode ser material descartável; para reduzir o edema. Os curativos proporcionam proteção
√ Material esterilizado no próprio serviço; física para a lesão, estabiliza o fechamento da ferida, absorve
√ Conteúdo do pacote de curativo: a drenagem serosa e protege contra infecção.
● Pinça hemostática; A elevação da zona suturada diminui o edema e é útil
● Pinça anatomia; até que a cicatrização se estabiliza. Isto ocorre em geral de 3

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a 7 dias nas regiões superiores do corpo, e de 7 a 21 dias nas enfrenta a morte é fundamental para a enfermagem definir a
partes inferiores do corpo. abordagem que é mais propicio para o momento.
Segundo Kubler-Rosa, uma pessoa diante da morte
2 - Curativos das Feridas Contaminadas ou apresenta reações emocionais que são classificadas em 5
Infectadas estágios: negação e isolamento, ira, barganha, depressão e
Nas feridas contaminadas com secreção purulenta, aceitação.
deve-se iniciar a limpeza de fora para dentro, das bordas para Essas reações nem sempre ocorre nesta seqüência e,
o centro da ferida, para não espalhar infecção nos tecidos ao nem todos passam por todos os estágios.
redor da ferida, principalmente em feridas ulceradas, a) Negação e Isolamento: é a reação de não –
abscessos e deiscências cirúrgicas. Depois da anti-sepsia aceitação da morte. É um mecanismo de defesa frente a um
realizada na ferida deve ser aplicado o curativo indicado e fato extremamente doloroso.
após feita a fixação do curativo com fita hipoalérgica, ou com b) Ira: é uma manifestação de revolta. Age com
atadura crepe de acordo com o tipo de curativo e local. raiva, irritação, rispidez. Tudo que lhe cerca parece não
satisfazer.
CURATIVOS DAS ESCARAS DE DECÚBITO c) Barganha: geralmente o paciente tenta fazer um
Quanto ao tratamento das úlceras de pressão, deve ser trato com ele mesmo e com “Deus”. Pode ter um caráter de
observada em primeiro lugar a prevenção das mesmas, privação ou sacrifico onde o paciente faz promessas tipo: “se
cuidando da redução da pressão sobre as zonas de maior viver, nunca mais irá fumar ou beber.”
risco. d) Depressão: geralmente significa a
Para o tratamento das úlceras, os seguintes aspectos conscientização da realidade. Seu comportamento denota
são importantes: profunda tristeza, com crises de choro e angústia.
√ A limpeza da ferida; e) Aceitação: é a fase de resignação, a morte já não
√ Debridamento quando houver tecido necrosado; lhe parece tão doloroso. Os conflitos são substituídos por
√ Antibioticoterapia quando indicado pelo médico; uma sensação de paz. Nem todos os pacientes chegam a este
√ Facilitar o crescimento do tecido de granulação. período.
ALTERAÇÕES CORPORAIS QUE
A ANTISSÉPSIA ANTECEDEM A MORTE
A ferida deve ser bem limpa com água e sabão, e em √ Cardiocirculatórias – pulso filiforme; hipotensão;
seguida deve-se colocar compressa de leite de magnésia choque; taquicardia ou bradicardia.
durante 15 minutos e depois retirar com solução fisiológica. √ Respiratórias – dispnéia acentuada; respiração
ruidosa e irregular.
COBERTURA DA ÚLCERA QUANDO √ Cutâneas – cianose; equimoses; pele pálida e fria;
APRESENTAR INFECÇÃO sudorese fria; viscosa.
√ Carvão ativado; √ Sistema Nervoso Central (SNC) – varia entre a
√ Curativo medicado não aderente. agitação psicomotora e o estado de inconsciência; diminuição
ou abolição dos reflexos; midríase gradativa.
ÚLCERA SEM INFECÇÃO E SUPERFICIAL √ Musculatura Esquelética – relaxamento muscular,
√ Película de celulose; queda de mandíbula; incapacidade de deglutição (provocando
√ Curativo Hidrocolóide; acumulo de secreção na região orofaríngea) e relaxamento
√ Curativo Hidrogel. dos esfíncteres.
Assistência de enfermagem
15. CUIDADOS COM O PACIENTE √ Colocar biombos em volta do leito, se for
TERMINAL E COM O MORTO enfermaria.
Assistência ao paciente grave √ Proporcionar ambiente calmo, arejado, silencioso.
Quando um paciente é informado de que seu estado é √ Quanto à integridade da pele e mucosas:
grave o seu fim está próximo, pode passar por diferentes ● manter o paciente limpo, seco, confortável, livre
estágios de distúrbio emocional. A família pode sentir-se de odores;
desorientada sobre como agir ou o que dizer ao paciente, e, ● mudanças de decúbito, tendo-se o cuidado de
dessa forma também passar por diferentes estágios de manter o alinhamento correto do corpo, em cama
perturbação. confortável e com grades;
A equipe de enfermagem deve proporcionar ● massagem de conforto;
compreensão ternura e apoio, além de ajudar no alívio do ● higiene oral, mantendo os lábios lubrificados;
desconforto físico do paciente. ● higiene ocular com água boricada e proteção, se
Sabemos que não há duas vidas vividas de maneira estiver sem reflexo palpebral (pode-se ocluir os olhos
idêntica, desta forma não há também duas pessoas que reajam abaixando as pálpebras prendendo com tira de esparadrapo
de maneira igual perante a morte iminente, assim o ou com gaze umedecida em água boricada ou soro
conhecimento das reações emocionais do paciente que fisiológico);

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● manter os curativos limpos; ■ três lençóis: um para forrar a cama, um para


● Controles; envolver o corpo e um pano para cobrir;
- dos sinais vitais; ■ biombo;
- das sondas, drenos, eliminação e venóclise; ■ etiqueta de identificação preenchida e assinada pelo
● Zelar pela permeabilidade das vias aéreas enfermeiro.
superiores; Procedimentos:
● retirar próteses dentárias; ■ cercar o leito com biombo se necessário;
● aspiração das secreções orofaríngea e ■ proceder a limpeza do corpo, retirando os drenos,
endotraqueal; sondas, cateteres e outros objetos que forem necessários;
● umedecer o ar inspirado; ■ tapamento de cavidades e orifícios com algodão
● Observar e anotar qualquer anormalidade, (usando-se a pinça);
modificando a enfermeira ou ao médico; ■ manter os olhos vedados;
● Estar ciente de que a audição é o último sentido ■ colocar a dentadura no morto;
que se extingue, de maneira que deve-se manter uma atitude ■ fixar o queixo, pés e mãos com atadura de crepe;
de respeito, sem tecer comentários alusivos a sua doença ou ■ colocar a etiqueta de identificação presa ao pulso;
que possam ferir a sua sensibilidade; ■ proteger o corpo com lençol disposto em diagonal
● O conforto, o apoio e o encorajamento são sobre a maca tendo sido a mesma já forrada com lençol;
essenciais, tanto para o paciente como para seus familiares. ■ cobrir o corpo com outro lençol;
As crianças religiosas são importantes nessa hora e o ■ transportar para o necrotério.
encontro com o ministro de sua religião deve ser facilitado, Observações:
se o paciente manifestar este tipo de ansiedade. ■ anotar no prontuário: hora, causa da morte e o nome
ASSISTÊNCIA AO MORTO do médico que constatou o óbito. Deve ser procedido pela
A morte significa a cessação da vida. Há uma anotação referente a hora da parada, manobras de reanimação
interrupção irreversível das funções vitais do organismo, e medicamentos utilizados;
sendo caracterizada pelo esfriamento do corpo, manchas de ■ posição anatômica do corpo em decúbito dorsal,
coloração arroxeado generalizadas, relaxamento dos com os braços sobre o tórax;
esfíncteres e rigidez cadavérica. ■ os valores e pertences do morto deverão ser
Devemos saber diferenciar estado de coma do óbito entregues aos familiares ou arrolados e guardados em local
Exemplo: adequado com a devida identificação;
a) Coma grau 1 = o paciente reage e localiza a dor. ■ aparelhos e materiais utilizados na reanimação
b) Coma grau 2 = reage, mas não localiza a dor. deverão ser recolhidos, preparados e guardados em local
c) Coma grau 3 = não reage aos estímulos, apresenta apropriado;
comprometimento respiratório, mas, o EEG ainda apresenta ■ proceder a limpeza da unidade.
reação.
d) Coma grau 4 = morte cerebral. O EEG apresenta 16. VOCABULÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS
uma linha isoelétrica. Estado geral
O óbito é constatado pelo médico e logo após deve-se Astenia: debilidade, sensação de fraqueza.
iniciar o preparo do corpo. Apatia: indiferença falta de afetividade.
Atonia: perda da força motora dos músculos.
TIPOS DE ÓBITOS: Atrofia muscular: diminuição do músculo ocasionado
a) Definido – quando a causa da morte é conhecida. pela falta de nutrição ou exercícios.
b) Mal – definido – quando a causa da morte é Miastenia: fraqueza muscular; debilidade muscular.
desconhecida o corpo é submetido a autópsia. Estado nutricional
c) Caso de polícia – tem comprometimento legal. São Caquexia: emagrecimento intenso, mau estado geral.
óbitos decorrentes de acidentes, a agressões. O corpo é Desnutrição: debilidade orgânica provocada pela
encaminhado ao instituto de medicina legal (IML). ingestão insuficiente de calorias e proteínas.
Obesidade: aumento do magro, peso devido ao
PREPARO DO CORPO acúmulo de tecido adiposo.
Finalidades: manter o corpo limpo identificado; Eutrofia: bom estado nutricional.
evitar odores saída de excreções, sangue; dispor o corpo em Estado hídrico
posição adequada, antes da rigidez cadavérica. Desidratação: perda de líquidos e de eletrólitos pelo
Material necessário: organismo.
■ material para banho se necessário; Edema: retenção de líquidos nos tecidos.
■ algodão; Anasarca: edema generalizado.
■ atadura de crepe; Ascite: acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.
■ éter ou benzina, para remover esparadrapo; Anidrose: ausência ou diminuição de suor.
■ maca sem coxim; Sudorese: aumento da transpiração.

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Sensação dolorosa Abdômen timpânico: distensão do intestino, por gases


Artralgia: dor articular. com sonoridade exagerada à percussão.
Mialgia: dor muscular. Flatulência: dissensão abdominal devida ao acúmulo
Cefaléia: dor de cabeça. de gases no intestino.
Otalgia: dor de ouvido. Fecaloma: fezes endurecidas.
Gastralgia: dor de estômago. Diartéia: evacuação líquida e abundante.
Sistema nervoso comportamento Disenteria: evacuação líquida e constante, com muco
Insônia: dificuldade para dormir. ou sangue e acompanhada de cólicas e dores abdominais.
Estupor: diminuição sensível da capacidade intelectual Constipação ou obstipação intestinal: prisão de ventre.
acompanhada de uma espécie de imobilidade, de expressão Enterorragia: hemorragia intestinal.
de espanto ou indiferença. Tenesmo intestinal: sensação dolorosa na região anal
Alucinação: percepção irreal de estímulos, podendo devida a esforço para evacuar.
afetar qualquer um dos sentidos; falta percepção sensorial. Sistema cardiocirculatório
Delírio: transtorno mental com alucinações, confusão, Estase sangüínea: paralisação ou diminuição da
excitação; gradativamente, ocorre o afastamento da realidade. circulação sangüínea.
Fobia: medo anormal. Cianose: coloração azulada da pele devido à falta de
Depressão: abatimento; sentimento de angústia, de oxigenação.
frustração. Anoxia: falta de oxigênio nos tecidos.
Obnubilação: ofuscação. Isquemia: redução ou deficiência do fluxo sangüíneo
Convulsão: contrações involuntárias e súbitas dos em determinada região do corpo.
músculos esqueléticos. Necrose: tecido morto devido a falha na circulação
Coma: profundo estado de sonolência, com perda da local.
sensibilidade e de movimentos voluntários. Normotensão: valor da pressão arterial normal.
Paralisia: parada da função motora, não Hipotensão arterial: diminuição do valor da pressão
necessariamente da sensibilidade. arterial.
Paresia: paralisia incompleta. Hipertensão arterial: aumento do valor da pressão
Parestesia: diminuição da sensibilidade. arterial.
Paraplegia: paralisia dos membros inferiores. Normocardia: freqüência cardíaca normal.
Tetraplegia: paralisia dos quatro membros. Bradicardia: freqüência cardíaca abaixo do normal.
Hemiplegia: paralisia de uma das metades (direita ou Taquicardia: freqüência cardíaca acima do normal.
esquerda) do corpo. Nariz – ouvido – fala
Trismo: contração muscular dos maxilares, Anosmia: ausência de olfato.
provocando a oclusão da boca. Epistaxe: sangramento nasal.
Opistótono: espasmos involuntários do corpo Coriza: processo inflamatório com secreção nasal.
contraído em arco dorsal, peculiar no tétano. Acusia: perda da audição – Otite: processo
Sistema digestivo inflamatório ou infeccioso do ouvido.
Afagia: incapacidade para deglutir. Afasia: incapacidade de compreender ou utilizar a
Disfagia: dificuldade para deglutir. linguagem devida a lesão cerebral.
Polifagia: aumento do apetite. Disfasia: dificuldade para falar devida a problemas
Anorexia ou inapetência: falta de apetite. cerebrais.
Polidipsia: aumento da necessidade de beber água. Dislalia: perturbação na articulação da palavra, devida
Língua saburrosa: esbranquiçada com pontos brancos. a problemas no problemas no aparelho fonador.
Língua hiperemiada: muito vermelha. Afonia: ausência ou diminuição da voz.
Sialorréia: aumento da secreção salivar. Sistema respiratório
Sialosquese: diminuição da secreção salivar. Eupnéia: respiração normal.
Halitose: mau hálito. Apnéia: parada da respiração.
Náuseas: enjôo; vontade de vomitar. Ortopnéia: dificuldade para respirar, melhorando com
Eructação: arroto. o indivíduo na posição sentada.
Aerofagia: deglutição de ar, seguida de eructação. Bradipnéia: diminuição da freqüência respiratória.
Dispepsia: digestão difícil. Taquipnéia: aumento da freqüência respiratória.
Azia ou pirose: sensação de ardor estomacal e de Dispnéia: dificuldade para respirar, respiração
azedume na garganta. irregular.
Hematêmese: vômito com sangue. Pneumotórax: presença de ar no espaço pleural.
Melena: fezes escuras (“em borra de café”) decorrente Hemotórax: presença de sangue no espaço pleural.
de hemorragia. Hidrotórax: presença de líquido no espaço pleural.
Meteorismo: acúmulo de gazes no estômago e Empiema: presença de secreção purulenta no espaço
intestino. pleural.

INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM 40
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Hemoptise: hemorragia de origem pulmonar. Escara de decúbito: massa de tecido necrosado,


Tosse produtiva: tosse com secreção. decorrente da pressão constante do tecido contra os ossos
Enfisema pulmonar: dilatação patológica dos alvéolos e/ou diminuição do fluxo sanguíneo.
pulmonares. Crosta: casca, camada endurecida decorrente de
Atelectasia: expansão incompleta dos pulmões. acúmulo de secreção.
Sistema urinário Escoriação: arranhão, esfoladura.
Micção: ato de urinar. Fissura: fenda, úlcera.
Diurese: volume urinário, geralmente de 24 horas. Fístula: canal anormal que se forma em local onde
Anúria: ausência ou diminuição do volume urinário antes não existia.
até 50 ml/dia. Erupção: qualquer lesão visível na pele.
Oligúria: diminuição do volume urinário abaixo de Exantema: erupção externa.
500 ml/dia. Enantema: erupção nas mucosas.
Poliúria: aumento do volume urinário. Eritema: vermelhão na pele provocado por congestão
Polaciúria: vontade freqüente de urinar, sem aumentar de capilares.
a diurese. Mácula: mancha normalmente rósea ou vermelha na
Nictúria: micções freqüentes noturnas. pele, sem elevação ou espessamento.
Disúria: dificuldade e/ou ardor para urinar. Pápula: pequena mancha na pele, com elevação e sem
Hematúria: urina com sangue. líquido no seu interior.
Pirúria: urina com pus. Vesícula: bolha com líquido normalmente translúcido.
Glicosúria: presença de glicose na urina. Pústula: vesícula purulenta.
Colúria: presença de pigmentos biliares na urina. Flictena: bolha contendo líquido ou pus no seu
Sistema genital interior.
Menarca: primeira menstruação. Petéquias: mancha de pequena dimensão, resultante de
Menopausa: fase após parada definitiva do fluxo hemorragia capilar.
menstrual. Equimose: infiltração de sangue no tecido subcutâneo,
Climatério: período que antecede a menopausa. que provoca manchas escuras ou avermelhadas,
Amenorréia: ausência de menstruação. transformando-se gradativamente em verdes e amarelas.
Dismenorréia: menstruação irregular e/ou dolorosa. Hematoma: tumefação causada pelo acúmulo de
Metrorragia: hemorragia uterina. sangue, decorrente de traumatismo.
Leucorréia: corrimento vaginal esbranquiçado. Enfisema subcutâneo: distensão gasosa nos tecidos.
Olhos Quelóide: excesso de tecido conjuntivo na cicatriz.
Blefarite: inflamação das pálpebras. Rosto – cabelos
Exoftalmia: saliência exagerada do globo ocular. Hiperticose: desenvolvimento anormal do pêlo ou
Isocoria: pupilas contraídas. cabelo.
Midríase: pupilas dilatadas. Alopecia: queda total ou parcial do cabelo.
Anisocoria: pupilas com diâmetros diferentes. Palidez: face esbranquiçada, sem cor.
Fotofobia: dificuldade de visão na claridade. Face congestionada: face vermelha devido a febre
Nistagmo: movimentos involuntários do globo ocular. e/ou alteração emocional.
Ptose palpebral: pálpebra caída. Face ictérica: cor amarelada da pele e globo ocular,
Ambliopia: diminuição do poder visual, sem lesão devido à presença de pigmentos biliares no sangue.
globular, mas provocada por intoxicação, alteração nervosa e Cloasma: hiperpigmentação que acomete grávidas,
outras causas. pessoas com distúrbios hepáticos, em terapia hormonal, ou
Diplopia: visão dupla. que se expõem ao sol.
Pele – temperatura Outros
Calafrio: sensação de frio acompanhada de eriçamento Esplanomegalia: aumento do baço em tamanho.
dos pêlos. Sidrome: conjunto de sinais e sintomas que
Normotermia: temperatura normal. caracterizam uma doença.
Febre: elevação de temperatura. Síncope: síndrome caracterizada por perda dos
Febrícula: febre de curta duração e de pequena sentidos e parada momentânea da circulação e respiração.
intensidade. Toxemia: intoxicação.
Hipertermia: aumento da temperatura corporal. Enxaqueca: cefaléia acompanhada de náuseas e
Tumor: massa de tecido novo provocando tumefação e problemas visuais.
sem utilidade fisiológica.
Prurido: coceira.
Queratose: endurecimento córneo da pele.

INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM 41

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