Hermeneutica Prova 2

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Disciplina: Hermenêutica, Argumentação e Lógica


Ariane Sousa, Naiara Poliana, Sara Nicoly e Thaíssa Rafaela

Questão 1 - Resposta
Na proposição utilizada por Alice, o Chapeleiro e sua turma, ocorre uma conversão entre
sujeito e predicado, na qual ambas as frases são afirmativas. No entanto, o texto não especifica se as
proposições são universais ou particulares, ou seja, não há uma indicação quantitativa que informe se
referem-se a todo ou apenas a uma parte. As proposições usadas por Alice e pelo Chapeleiro e sua
turma podem ser interpretadas da seguinte forma:

● PA (Particular Afirmativa): são equivalentes. Pela conversão do sujeito e predicado, ou


seja, são a mesma coisa.
● UA (Universal Afirmativa): são equivalentes por limitação, ou seja, a proposição é reduzida
ao ser invertida.

Há 4 hipóteses:

ALICE CHAPELEIRO E SUA TURMA

1ªParticular - Certa Particular - Errados

2ªUniversal - Errada Universal - Certos

3ªParticular - Certa Universal - Certos

4ªUniversal - Errada Particular - Errados

Ou seja, não é possível afirmar com certeza se é a mesma coisa ou não. Não há uma resposta
lógica definitiva, pois as proposições usadas pelos personagens não indicam se são particulares ou
universais. A conclusão lógica para essa questão depende da classificação dessas proposições: se são
particulares ou universais afirmativas.

Questão 2 - Resposta: A confusão entre a conjunção alternativa relativa (disjunção inclusiva) e a


alternativa absoluta (disjunção excludente) pode ser explicada pela lógica proposicional e nos
exemplos fornecidos nos textos.
P: “Eu me afasto da Casa Civil.”
¬Q: “O PSDB não faz mais a CPI.”

A relação “Se P, então ¬Q” significa que o afastamento do ministro (P) resulta na conclusão
de que a CPI não será realizada (¬Q). Essa proposição pode ser representada como: P → ¬Q, que é
logicamente equivalente a “Não P ou não Q” (¬P ∨ ¬Q). Esse formato revela a flexibilidade da
lógica proposicional, permitindo que ambas as opções possam ser verdadeiras ao mesmo tempo. Com
base nas equivalências, temos:

“Eu não me afasto da Casa Civil ou o PSDB não faz a CPI” (¬P ∨ ¬Q).
“Eu não me afasto e o PSDB faz a CPI” (¬P ∧ Q).
Essas proposições compartilham a mesma sequência de valores verdade (Falso, Verdadeiro,
Verdadeiro, Verdadeiro), demonstrando que, apesar das diferentes estruturas, as ideias podem ser
logicamente equivalentes. No texto “Montesquieu e a Escravidão”, Oswald Ducrot analisa a retórica
de Montesquieu, que expõe os argumentos de seus adversários para refutá-los. Montesquieu usa uma
disjunção excludente ao mostrar que aceitar a escravidão leva a uma contradição lógica. Esse
raciocínio se assemelha ao do senador Antero Paes de Barros, que argumenta que a saída do ministro
(P) e a abertura da CPI (Q) não são mutuamente exclusivas e podem ocorrer ao mesmo tempo. A
conjunção aditiva aparece na afirmação do senador: “Eu disse que o ministro teria de se afastar do
governo (P) e a CPI dos bingos teria de ser aberta (Q).” Essa proposição é expressa como (P e Q), que
equivale a ¬(¬P ∨ ¬Q). A distinção entre conjunções mostra que o afastamento do ministro (P) e a
abertura da CPI (Q) podem ocorrer simultaneamente, permitindo que ambos os eventos sejam
verdadeiros. Em resumo, a análise lógica dessas proposições ajuda a esclarecer a confusão entre
disjunções inclusivas e excludentes, destacando a importância de uma comunicação rigorosa em
argumentações. EQUIVALÊNCIA DE PROPOSIÇÕES: P→Q (Se P então Q)

1. ¬P∨¬Q (Não P ou não Q)


2. P∧Q (P e Q)

Todas essas proposições produzem a mesma sequência de valores verdadeiros: Falso,


Verdadeiro, Verdadeiro, Verdadeiro, dentro do quadro de valores, portanto, são equivalentes:
P Q P→Q ¬P∨¬Q P∧Q

V V V V V

V F F V F

F V V V F

F F V F F

Questão 3 - Resposta: Primeiro problema: D. Todo morador do bairro não se vacinou contra a
dengue ou não possui mais de 60 anos.
A negação da proposição corresponde ao contraditório. Já a proposição negativa corresponde
à proposição contrária à proposição afirmativa. Mas devemos considerar, ainda, as proposições
implícitas. Ou seja, "P e Q" é equivalente a negação de "não P ou não Q" ou “nego [não P ou não Q]”.
Segundo problema: D. Carla não é alta ou não é magra ou gosta de verduras.
A proposição original que queremos negar é “Carla é alta e magra mas não gosta de
verduras”, que pode ser dividida em duas partes: a primeira parte afirma que "Carla é alta e magra"
(representada como \( P \)) e a segunda parte diz que "Carla não gosta de verduras" (representada
como \( \neg Q \)). Assim, a proposição completa é \( P \neg Q \).
Para negar essa frase, transformamos a negação de uma conjunção em uma disjunção das
negações, resultando em \( \neg P \e Q \). Isso significa que a negação da proposição original é “Carla
não é alta ou não é magra ou gosta de verduras”, que corresponde à alternativa D.

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