Geografia

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LISTA DE QUESTÕES PRÉ-ENEM

GEOGRAFIA

Aluno:
Polo:

QUESTÃO 1 (ENEM 2023)

No Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio. De um
lado, o capital impõe os conhecimentos biotecnológicos, como mecanismo de universalização de práticas
agrícolas e de novas tecnologias, e de outro, o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica
do mercado. Assim, as águas, as sementes, os minerais, as terras (bens comuns) tornam-se propriedade
privada. Além do mais, há outros fatores negativos, como a mecanização pesada, a “pragatização” dos
seres humanos e não humanos, a violência simbólica, a superexploração, as chuvas de veneno e a
violência contra a pessoa.
CALAÇA, M.; SILVA, E. B.; JESUS, J. N. Territorialização do agronegócio e subordinação do campesinato no Cerrado. Élisée,
Rev. Geo. UEG, n. 1, jan.-jun. 2021 (adaptado).

Os elementos descritos no texto, a respeito da territorialização da produção, demonstram que há um

(A) cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida.
(B) descaso aos latifundiários, impactando a plantação de alimentos para a exportação.
(C) desprezo ao assalariado, afetando o engajamento dos sindicatos para o trabalhador.
(D) desrespeito aos governantes, comprometendo a criação de empregos para o lavrador.
(E) assédio ao empresariado, dificultando o investimento de maquinários para a produção.

QUESTÃO 2 (ENEM 2023)

A Cordilheira do Himalaia tem mais de 50 milhões de anos, sendo classificada como a maior cordilheira
do planeta. Originário da língua sânscrito, comum na região, seu nome quer dizer “morada da neve”. É
possível encontrar nessa cordilheira as quinze maiores montanhas do mundo. Ao todo, existem mais de
cem picos, que contam com altitudes bem maiores que 7 000 m. O Everest, considerado o ponto mais alto
da Terra, tem nada menos que 8 848 m de altitude, e continua crescendo, aproximadamente, 0,8 mm a
cada ano.
Disponível em: https://meioambiente.culturamix.com. Acesso em: 12 nov. 2021 (adaptado).

Qual dinâmica natural é responsável pelo fenômeno apresentado?


(A) Derrame de lava vulcânica
(B) Encontro de placas tectônicas.
(C) Ação do intemperismo químico
(D) Sedimentação de erosão eólica.
(E) Derretimento de geleiras glaciais.

QUESTÃO 3 (ENEM 2023)

Txai Suruí, liderança da Juventude Indígena, profere seu discurso na abertura da COP-26 “O clima está
esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo e nossas plantações não
florescem como no passado. A Terra está falando: ela nos diz que não temos mais tempo.” VICK, M. Quais
são as conquistas do movimento indígena na COP-26.
Disponível em: www.nexojornal.com.br. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).

O discurso da líder indígena explicita um problema global relacionado ao(à):

(A) manejo tradicional.


(B) reciclagem residual.
(C) consumo consciente.
(D) exploração predatória.
(E) reaproveitamento energético.

QUESTÃO 4 (ENEM 2022)

Uma nova economia surgiu em escala global no último quartel do século XX. Chamo-a de informacional,
para identificar suas características global e em rede funda – mentais e diferenciadas e enfatizar sua
interligação. É informacional porque depende basicamente de sua capa – cidade de gerar, processar e
aplicar de forma eficiente a informação baseada em conhecimentos. É global porque seus componentes
estão organizados em escala global, diretamente ou mediante uma rede de conexões entre agentes
econômicos. É rede porque é feita em uma rede global de interação entre redes empresariais.
CASTELLS, M. A sociedade em rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999
(adaptado).

Qual mudança estrutural é resultado da forma de organização econômica descrita no texto?

(A) fabricação em série.


(B) ampliação de estoques.
(C) fragilização dos cartéis.
(D) padronização de mercadorias.
(E) desterritorialização da produção.

QUESTÃO 5 (ENEM 2022)

Solos salinos ou alomórficos apresentam como característica comum uma concentração muito alta de sais
solúveis e/ou de sódio trocável. Eles ocorrem nos locais mais baixos do relevo, em regiões áridas e
semiáridas e próximas do mar. Em regiões semiáridas, por exemplo, o polígono das secas do Nordeste
brasileiro, os locais menos elevados recebem água que se escoa dos declives adjacentes, durante as
chuvas que caem em alguns meses do ano. Essa água traz soluções de sais minerais e evapora-se
rapidamente antes de infiltrar-se totalmente, havendo então, cada vez que esse processo é repetido, um
pequeno acúmulo de sais no horizonte superficial que, com o passar dos anos, provoca a salinização do
solo. Nas últimas décadas, a expansão das atividades agrícolas na região tem ampliado esse processo.
LEPSCH, |. F. Solos: formação e conservação. São Paulo: Melhoramentos, 1993 (adaptado).

As atividades agrícolas, desenvolvidas na região mencionada, intensificam o problema ambiental exposto


ao:

(A) realizar florestamentos de pinus, desrespeitando a prática do pousio.


(B) utilizar sistemas de irrigação, desprezando uma drenagem adequada.
(C) instalar açudes nos grotões, retardando a velocidade da vazão fluvial.
(D) desmatar áreas de preservação permanente, causando assoreamento.
(E) aplicar fertilizantes de origem orgânica, modificando a química da terra.

QUESTÃO 6 (ENEM 2022)

Brasil e Argentina chegaram a um acordo para a redução em 10% da Tarifa Externa Comum (TEC) do
Mercosul. O consenso foi alcançado durante negociação entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil
e o seu equivalente argentino, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, no início do mês de outubro de 2021.
A redução da TEC é um antigo desejo do Brasil, que pretende abrir mais sua economia e, com isso, ajudar
a controlar a inflação. Já a Argentina temia que a medida pudesse afetar sua produção industrial. O acordo
vai abranger uma ampla gama de produtos e ainda será apresentado ao Paraguai e Uruguai, para que
seja formalizado. Brasil e Argentina fecham acordo para corte de 10% na tarifa do Mercosul.
Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 8 out. 2021 (adaptado).

A necessidade de negociação diplomática para viabilizar o acordo tarifário mencionado é explicada pela
seguinte característica do Mercosul:

(A) limitação da circulação financeira.


(B) padronização da política monetária.
(C) funcionamento da união aduaneira.
(D) dependência da exportação agrícola.
(E) equivalência da legislação trabalhista.

QUESTÃO 7 (ENEM 2021)

Desde 2009, a área portuária carioca vem sofrendo grandes transformações realizadas no escopo da
operação urbana consorciada conhecida como Porto Maravilha. Parte importante na tentativa de tornar o
Rio de Janeiro um polo de serviços internacional, a “revitalização” urbana deveria deixar para trás uma
paisagem geográfica que ainda recordava a cidade do início do século passado para abrir espaço, em seu
lugar, à instalação de modernas torres comerciais, espaços de consumo e lazer inéditos e cerca de cem
mil novos moradores, uma nova configuração socioespacial capaz de alçar a área portuária do Rio de
Janeiro ao patamar dos waterfronts de Baltimore, Barcelona e Buenos Aires.
LACERDA, L.; WERNECK, M; RIBEIRO, B. Cortiços de hoje na cidade de amanhã. E-metropolis, n. 30, set. 2017.

As intervenções urbanas descritas derivam de um processo socioespacial que busca a:

(A) intensificação da participação na competitividade global.


(B) contenção da especulação no mercado imobiliário.
(C) democratização da habitação popular.
(D) valorização das funções tradicionais.
(E) priorização da gestão participativa.

QUESTÃO 8 (ENEM 2021)

As atividades mineradoras têm criado conflitos com extrativistas, quilombolas, pequenos agricultores,
ribeirinhos, pescadores artesanais e povos indígenas. Em geral, estes sujeitos têm encontrado grande
dificuldade de reproduzir suas dinâmicas territoriais depois da instalação da atividade mineradora, nem
sempre com reconhecimento do impacto ao seu território pelo Estado e pela empresa, ficando sem
qualquer tipo de compensação econômica tem sido capaz de evitar o esgarçamento das relações sociais
destes grupos que sofrem com a reconstrução abrupta das suas identidades e de suas dinâmicas
territoriais.
PALHETA, J. M. et al Conflitos pelo uso do território na Amazônia mineral. Mercator, n 16, 2017.

O texto apresenta uma relação entre atividade econômica e organização social marcada pelo(a):

(A) escassez de incentivo natural.


(B) rompimento de vínculos sociais.
(C) carência de investimento financeiro.
(D) estabelecimento de práticas agroecológicas.
(E) enriquecimento das comunidades autóctones.
QUESTÃO 9 (ENEM 2021)

A categoria de refugiado carrega em si as noções de transitoriedade, provisoriedade e temporalidade. Os


refugiados situam-se entre o país de origem e o país de destino. Ao transitarem entre os dois universos,
ocupam posição marginal, tanto em termos identitários - assentada na falta de pertencimento pleno
enquanto membros da comunidade receptora e nos vínculos introjetados por códigos partilhados com a
comunidade de origem - quanto em termos jurídicos, ao deixarem de exercitar, ao menos em caráter
temporário, o status de cidadãos no país de origem e portar o status de refugiados no país receptor.
MOREIRA, J. B. Refugiados no Brasil, reflexões acerca do processo de integração local. REMHU, n. 43, jul.-dez. 2014
(adaptado).

A condição de transitoriedade dos refugiados no Brasil, conforme abordada no texto, é provocada pela
associação entre:

(A) ascensão social e burocracia estatal.


(B) miscigenação étnica e limites fronteiriços.
(C) desqualificação profissional e ação policial.
(D) instabilidade financeira e crises econômicas.
(E) desenraizamento cultural e insegurança legal.

QUESTÃO 10 (ENEM 2015)

O Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia ensina indígenas, quilombolas e outros grupos tradicionais
a empregar o GPS e técnicas modernas de georreferenciamento para produzir mapas artesanais, mas
bastante precisos, de suas próprias terras.
(LOPES, R. J. O novo mapa da floresta. Folha de S. Paulo, 7 maio 2011 – adaptado)

A existência de um projeto como o apresentado no texto indica a importância da cartografia como elemento
promotor da:

(A) expansão da fronteira agrícola.


(B) remoção de populações nativas.
(C) superação da condição de pobreza.
(D) valorização de identidades coletivas.
(E) implantação de modernos projetos agroindustriais.

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