Anadem Manual de Liberdade Financeira

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SUMÁRIO PALAVRA DO PRESIDENTE....................................................................................9
INTRODUÇÃO.......................................................................................................12
I. AS DEZ MANEIRAS PARA GANHAR DINHEIRO....................................15
1.1 Plantões....................................................................................................................15
1.2 Bolsa de residência................................................................................................15
1.3 Consultas.................................................................................................................15
1.4 Exames e cirurgias.................................................................................................15
1.5 Emprego...................................................................................................................15
1.6 Pessoa jurídica.......................................................................................................16
1.7 Empreendedor........................................................................................................16
1.8 Gestão......................................................................................................................16
1.9 Conteúdo................................................................................................................16
1.10 Investidor...............................................................................................................17
2. AS DEZ MANEIRAS PARA NÃO PERDER DINHEIRO..........................17
2.1 Pagando juros de empréstimos..........................................................................17
2.2 Processos trabalhistas..........................................................................................17
2.3 Pagando impostos indevidos..............................................................................17
2.4 Pagando multas......................................................................................................17
2.5 Indenizações judiciais...........................................................................................18
2.6 Má gestão.................................................................................................................18
2.7 Investimentos malsucedidos...............................................................................18
2.8 Roubos ou desvios de dinheiro.........................................................................18
2.9 Glosas.......................................................................................................................19
2.10 Separação conjugal..............................................................................................19
3. A OITAVA MARAVILHA DO MUNDO........................................................19
3.1 Como multiplicar o seu dinheiro?....................................................................19
3.2 Defina suas estratégias.......................................................................................20
3.3 Abra conta em uma corretora de valores..................................................21
3.4 As aranhas não tropeçam porque têm oito patas.......................................21
3.5 Entenda no que está investindo........................................................................22
4. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE OS INVESTIMENTOS....................22
4.1 Renda fixa.................................................................................................................22
4.2 Renda variável.........................................................................................................22
4.3 Fundos imobiliários..............................................................................................23
4.4 Volatilidade.............................................................................................................24
4.5 Risco-país................................................................................................................25
4.6 Circuit Breaker.....................................................................................................................25
4.7 Índice Dow Jones...................................................................................................25
4.8 Câmbio flutuante...................................................................................................25
4.9 Efeito de manada...................................................................................................25
4.10 Asset Allocation....................................................................................................................27
5. PRINCIPAIS TÍTULOS DE RENDA FIXA...................................................27
5.1 Tesouro Direto......................................................................................................27
5.2 CDB (Certificado de Depósito Bancário)......................................................27
5.3 Debêntures...........................................................................................................27
5.4 LCI e LCA............................................................................................................27
6. FUNDOS MULTIMERCADOS...........................................................................28
6.1 Liquidez..................................................................................................................28
6.2 Impostos................................................................................................................29
6.3 Cobrança de IOF...................................................................................................29
7. PREVIDÊNCIA PRIVADA.....................................................................................29
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................31

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FICHA TÉCNICA

Autor
Dr. André Chiga

Coordenação
José Antonio Ramalho

Editor e Jornalista Responsável


Andrew Simek

Revisão de textos
Andrew Simek
Isabella Queiroz
Enzo Blum
Nathália Garcia
Ana Beatriz Costa

Diagramação e Projeto Gráfico


Luana Mariz
Thallys Guilande

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PALAVRA DO PRESIDENTE

“Eu desejo que você ganhe dinheiro, pois é preciso viver também.
E que você diga a ele, pelo menos uma vez, quem é mesmo o dono de quem.” (Frejat)

“O homem, por ser livre, criou asas. E fez da liberdade uma prisão.” (Miro Saldanha)

Independência financeira e liberdade financeira são duas coisas que podem ser confundidas, mas que
são totalmente distintas e, até mesmo, antagônicas entre si.

Você consegue fazer com que seu patrimônio trabalhe por você, ou é você quem trabalha para pre-
servar, guarnecer e proteger o seu patrimônio? A resposta a essa pergunta determinará se você tem
apenas independência ou se também tem liberdade econômica.

Quantas pessoas acumulam fortunas milionárias, mas não têm liberdade financeira? Isso acontece
porque, apesar de serem independentes financeiramente, tornam-se escravas de seu próprio patri-
mônio. A educação financeira deveria, portanto, além de ensinar como ganhar e acumular dinheiro,
também a como não se apegar a ele ao ponto de tornar-se súdito dele.

O dinheiro, a riqueza, o acúmulo de bens materiais devem sim estar sempre em nosso radar, pois
é por meio deles que propiciamos conforto e bem-estar àqueles que queremos bem. Todavia, não
pode ser um fim em si próprio. Devem representar um meio com o qual alcançaremos, conquista-
remos e realizaremos nossos sonhos e nossos prazeres efêmeros. Todavia, serão sempre um “meio
de” e não um “fim de per si”.

Não posso olvidar, nesse momento, o payador Jayme


Caetano Braun, que disse: “às vezes, quem nada tem é
aquele que melhor vive. Quantas fortunas eu tive, sem
nunca ter um vintém? Amando e querendo bem, sempre
no maior empenho. Eu de nada me abstenho. E, quando
a incerteza me assalta, até mesmo o que me falta faço
de conta que tenho.”

O entendimento de que é preciso “ser para ter” e não


o “ter para ser”, me parece ser um conceito difícil de
assimilar nesses tempos de materialismo e de egocen-
trismo em que tentam nos aprisionar. O desapego é a
lei natural que, verdadeiramente, nos conduz à verda-

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deira felicidade e à mais plena realização. Compreender, assim como Saulo de Tarso, de que “tudo
me é permitido, mas nem tudo me convêm”, talvez seja o maior dos preceitos libertadores, que nos
impulsionam a querer, desejar e lutar por, sem, entretanto, condicionar ao seu atingimento a nossa
felicidade.

O maior, a meu ver, pensador do século XX, é o italiano Umberto Eco, o qual asseverou, em uma de
suas máximas, que: “Talvez a missão daqueles que amam a Humanidade seja fazer com que as pesso-
as se riam da verdade, porque a única verdade consiste em aprender a libertar-nos da paixão insana
pela verdade”. Qualquer “paixão insana”, seja pelo dinheiro, pelo sucesso, por algum relacionamento,
por alguma fantasia, por algum prazer mundano (ou mesmo espiritual), se não controlada, nos escra-
viza. Devemos nos desapegar e nos libertar da própria liberdade, portanto, pois, caso contrário, por
mais contraditório que possa parecer, a liberdade se tornará o maior dos tiranos, nos aprisionando
em seus labirintos.

Vamos, portanto, trabalhar pela independência financeira, mas sempre tendo como foco a liberdade
financeira.

Dr. Raul Canal


Presidente da Anadem

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INTRODUÇÃO

“Enriquecer não diz respeito somente a ficar rico em termos financeiros, é mais do que isso, trata-se da pessoa
que você se torna para alcançar esse objetivo.”
- T. Harv Eker

No mundo em que vivemos, gastamos saúde para ganhar dinheiro e depois gastamos para tra-
tar doenças. A exemplo disso, tenho alguns amigos que, aos 60 anos, precisaram voltar a dar
plantão para suprirem as despesas.

Liberdade financeira significa ter renda passiva que mantenha o padrão de vida, mesmo que, por
qualquer motivo, você tenha que parar de trabalhar. É possível ter um patrimônio de 1 milhão de
reais, que te gere gastos com impostos, condomínio e manutenção, mas que não te garanta renda
passiva, e sim custo fixo. Então, concentre-se em ter o dinheiro trabalhando por você!

Se as suas finanças te preocupam, talvez esteja na hora de refletir sobre o que T. Harv Eker,
empresário e palestrante motivacional, chama de o “seu modelo de dinheiro”: um conjunto de
crenças que cada um de nós alimenta desde a infância e que molda o nosso destino financeiro,
quase sempre nos levando para uma situação difícil.

No livro “Os Segredos da Mente Milionária”, Eker sugere substituir a mentalidade destrutiva,
que você talvez nem perceba que tenha, pelos arquivos de riqueza, modos de pensar e agir,
que distinguem os prósperos das demais pessoas. Alguns desses princípios fundamentais são:

• ou você controla o seu dinheiro ou ele te controlará;


• o hábito de administrar finanças é mais importante do que a quantidade de dinheiro que
você tem; e
• a sua motivação para enriquecer é crucial: se ela possui uma raiz negativa, como o medo,
a raiva ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade.

Os gastos excessivos têm pouco a ver com o que você compra e tudo a ver com a insatisfação
que isso lhe causa. É preciso que estabeleça sua remuneração pelos resultados que apresenta
e não pelas horas que trabalha. Além disso, é importante aumentar o seu patrimônio líquido,
que é a verdadeira medida da riqueza. A ideia é fazer o seu dinheiro trabalhar para você tanto
quanto você trabalha para ele. Para isso, é necessário poupar e investir, em vez de gastar por
gastar.

Quem nunca se perguntou por que algumas pessoas precisam suar a camisa para ganharem
dinheiro, enquanto alguns felizardos parecem enriquecer com menos esforço? Segundo Eker,
isso não ocorre por causa das diferenças de educação, de inteligência, de talento, de oportuni-
dades, de métodos de trabalho, de contatos, de sorte, nem por conta do resultado da escolha

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de empregos, negócios ou investimentos. A resposta está no modelo pessoal de dinheiro que
todos nós trazemos gravado no subconsciente.

Mesmo quando uma pessoa domina a área em que atua, se o seu modelo de dinheiro não es-
tiver programado para um alto nível de sucesso, ela jamais enriquecerá. Felizmente, ninguém
é obrigado a amargar as consequências dessa programação mental negativa por toda a vida.

Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. Ações conduzem a


resultados. O modelo financeiro de uma pessoa consiste em uma combinação dos seus pensa-
mentos, dos seus sentimentos e das suas ações em questões de dinheiro.

Até pensamentos e crenças devem ser escolhidos


conscientemente, para que você decida de forma
lógica e sensata. Ao fazer escolhas de consumo,
não basta que a decisão faça sentido, naquele mo-
mento, para ser bem-sucedida. Ela precisa de uma
lógica por trás.

Você precisa se colocar no comando da sua vida,


pois o sucesso financeiro não depende só da sorte.
Pessoas com mentalidade pobre se colocam em
posição de vítima e culpam a economia, o governo
ou o patrão, por exemplo. Elas focam nos obstácu-
los e não nas oportunidades. Como diz o famoso
ditado: “as aranhas não tropeçam porque têm oito
patas”, por isso, é necessário diversificar sua renda.

Mais importante que entender de rentabilidade, de fundos ou de ações, é adquirir o hábito de


poupar sempre e criar aportes contínuos em suas aplicações. Contrate algum escritório de
confiança.

Faça o dinheiro trabalhar para você!

AUTOR

Dr. André Chiga, médico cardiologista, diretor do Hospital São Francisco de Assis, presiden-
te da Sociedade Brasileira de Médicos Executivos e MBA em Gestão estratégica de Negócios
pela USP. Professor de Estratégias na Saúde da Fundação Dom Cabral (FDC).

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1. AS DEZ MANEIRAS PARA GANHAR DINHEIRO

1.1 Plantões
Assim que saímos da faculdade, ganhamos a oportunidade de dar plantões em prontos aten-
dimentos e passamos a vender nossas horas trabalhadas. É o primeiro dinheiro suado que
começa a transformar o nosso padrão de vida.

Tenho orientado jovens colegas a não caírem na “cilada dos R$ 20.000,00”. Faça a conta:
2 plantões de 24 horas geram, por semana, cerca de R$ 5.000,00. E, em um mês, são R$
20.000,00. Parece muito, e realmente é para um recém-formado, mas preste atenção, muitas
vezes, os custos também vão subindo proporcionalmente e torna-se muito desafiador re-
troceder nos ganhos e obter apenas a bolsa de residência.

1.2 Bolsa de residência


Hoje, a bolsa varia em torno de R$ 3.000,00, com dedicação semiexclusiva. É um dinheiro
que mais parece uma ajuda de custo. Essa maneira de ganhar dinheiro deveria estar em
primeiro lugar na ordem cronológica, mas foi colocada em segundo propositalmente, para
relembrarmos em não cair na cilada do item 1.1.

1.3 Consultas
É um alívio quando passamos a ganhar por consultas atendidas, que custam cerca de R$
80,00 para o convênio, e de R$ 200,00 a R$ 800,00 para o particular.

Uma conta simples nos mostra que 30 consultas de convênio pagam o valor de um plantão
de 24 horas, e 1 consulta particular paga o valor de 2 a 4 horas de plantão. Lembre-se que
existe um período de intersecção entre o plantão e o consultório que envolve investimento
de tempo e dinheiro.

1.4 Exames e cirurgias


Outra modalidade de ganho além da consulta, que pode ocorrer tanto na clínica como em
hospitais parceiros.

1.5 Emprego
Ter carteira assinada ou vínculo público estatutário podem ser outras formas de remunera-
ções. Principalmente para quem acredita que existe estabilidade, ou que sofre pela falta de
férias remuneradas e de 13° salário, que envolvem direitos trabalhistas e também deveres.
Entretanto, raramente será a forma única para profissionais de saúde.

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1.6 Pessoa jurídica
É cada vez mais comum planos de saúde e hospitais não contratarem pessoas físicas. Por
conta disso, passa a ser fundamental ter uma pessoa jurídica, além de ter algumas vantagens
fiscais. Isso valerá para receber pelos serviços prestados, para plantões de disponibilidade a
distância, como também para cargos de liderança.

1.7 Empreendedor
Essa modalidade diz respeito a quando você já consolidou sua formação técnica e parte
para montar seu próprio negócio, seja um consultório, seja uma clínica ou até mesmo um
negócio independente da área da saúde.

1.8 Gestão
Essa fase representa a de maior maturidade profissional, pois você pode ser pago não por
hora trabalhada, mas por soluções apresentadas, como coordenador, gestor ou diretor de
instituições.

1.9 Conteúdo
Geralmente, com a evolução natural do item 1.8, quando seus conhecimentos extrapolam
uma única entidade, surge a consultoria, mentoria, palestras ou direitos autorais.

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1.10 Investidor
Levando em conta que você desenvolveu habilidades técnicas, trabalhou para outros, ven-
deu suas horas, assumiu mais responsabilidades, dirigiu negócios, deu consultoria ou men-
toria; nessa fase, você passará a investir nas ideias e nos negócios de outros também, seja
como sócio investidor ou cotista em ações, e a merecer rendimentos passivos.

2. AS DEZ MANEIRAS PARA NÃO PERDER DINHEIRO

2.1 Pagando juros de empréstimos


Quando você sente o poder dos juros compostos ao contrário.

2.2 Processos trabalhistas


Nunca contrate quem você não pode demitir. Mesmo que seja um parente ou amigo, não
ache que está sendo esperto em não contratar nos moldes legais.

2.3 Pagando impostos indevidos


É importante saber que existem vários
tipos de regimes fiscais para uma em-
presa. Por isso, fique atento, porque os
contadores tendem a sugerir o que é
mais prático para eles, que é o lucro
presumido. Entretanto, muitas vezes, o
lucro real é melhor para o seu caso.

Em alguns casos o planejamento fiscal


tem feito muitas clínicas economizarem
de 5 a 15%.

2.4 Pagando multas


Seja de trânsito, impostos ou contratos,
ninguém merece pagar tantas multas. A
exemplo: é fato que médicos recebem
ligações urgentes dos hospitais e precisam sair às pressas para atender à urgência, mas o
Detran (Departamento Estadual de Trânsito), que é o responsável por controlar o trânsito,
não está interessado nisso. Resultado: ocorrem multas.

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Outro fato é que muitos hospitais têm perdas substanciais por pagarem seus fornecedores
atrasados e, até em cartório, em que as custas ultrapassam 10%.

De qualquer forma, se organize pra não cair nesse saco sem fundos.

2.5 Indenizações judiciais


Erro médico, imperícia, imprudência ou
negligência ou, simplesmente, quebra de
relação e de confiança com o cliente ge-
ram gastos que, às vezes, são inevitáveis.
Entretanto, existem formas de blindar
esses prejuízos, seja com suporte jurídi-
co ou seguro.

2.6 Má gestão
Falta de planejamento, processos ou con-
troles, sem dúvidas, são perdas que po-
dem levar a empresa ao fundo do poço.

São aulas que não tivemos na faculdade, mas vale muito a pena aprender os principais con-
ceitos de gestão.

2.7 Investimentos malsucedidos


Menosprezar os riscos ou não diversificá-los adequadamente, colocar o seu dinheiro em
instituições pouco confiáveis ou, ainda, aplicar sem ter claro o seu objetivo e o seu perfil
como investidor pode acarretar em investimentos malsucedidos.

2.8 Roubos ou desvios de dinheiro


Buscamos contratar pessoas de caráter e as treinar com habilidades técnicas, mas nem
sempre acertamos. As empresas com processos de treinamento mais eficientes tendem a
sofrer menos com os desvios, porque percebem mais rapidamente e, inclusive, intimidam o
colaborador a fazer os desfalques.

É sempre bom alertar que existe uma incidência alta de assaltos de clínicas de rua no
primeiro mês de inauguração. Os delinquentes sabem que, muitas vezes, a segurança
eletrônica é negligenciada para o segundo plano.

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2.9 Glosas
É uma negativa de pagamento das operadoras quando encontram alguma divergência, seja
no preenchimento, nas datas, na assinatura ou na contratualização, que pode haver recurso,
mas no mínimo perdemos 30 dias de dinheiro em caixa.

Protocolos e treinamento das secretárias evitam muito esse desperdício.

2.10 Separação conjugal


Seja o divórcio ou a separação de união estável, fique muito atento aos contratos pré-nup-
ciais. Os contratos são fundamentais, por isso escolha conscientemente o tipo de união e
a documente. Se isso não for escrito, cabe sempre a comunhão parcial de bens, que é tudo
que for adquirido após a união é dividido em dois.

3. A OITAVA MARAVILHA DO MUNDO

Nas seções anteriores, falamos em como ganhar dinheiro e em como não perdê-lo. Nesta,
abordaremos sobre a multiplicação de renda.

Uma das famosas frases de Albert Einstein diz: “os juros compostos são a oitava maravilha do
mundo. Aqueles que o entendem, ganham. Aqueles que não entendem, pagam”. De fato, o
homem era mesmo um gênio.

Os juros compostos podem ser responsáveis pela liberdade financeira ou pela falência, se fo-
rem aplicados em rendimentos ou em empréstimos, respectivamente.

Exemplo prático: há um investimento de R$ 10.000,00 rendendo 1% ao mês. No primeiro mês,


o rendimento será de R$ 100,00, o que corresponde a 1% de R$ 10.000,00. Já no segundo mês,
o valor principal deixa de ser os R$ 10.000,00 e passa a ser R$ 10.100,00; e aqueles mesmos
1% resultarão em R$ 101,00, ao invés de R$ 100,00, e assim por diante. Resumindo: é uma bola
de neve maravilhosa.

3.1 Como multiplicar o seu dinheiro?


A mudança no mundo de investimentos, com a queda da taxa Selic, tornou a renda fixa
menos atrativa, dando espaço para a renda variável. Em consequência disso, abriu-se espaço
para a construção de novas possibilidades, como: comprar ou alugar um imóvel? Como fun-
cionam os fundos imobiliários?

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À princípio, cada tipo de investimento deve servir para determinados objetivos. Por exem-
plo, antes de investir em ações, é essencial que você tenha formado sua reserva de emer-
gência em renda fixa. Isso porque as ações são investimentos muito voláteis e, caso você
precise do dinheiro, pode acabar tendo que vender com prejuízo.

Ações representam partes de empresas, que podem tanto crescer quanto vir à falência,
fazendo com que os preços das ações virem zero. Portanto, devem ser vistas como inves-
timentos de longo prazo (normalmente para a aposentadoria), e não para tentar ganhos
rápidos em poucos meses.

3.2 Defina suas estratégias


Dentro do investimento em ações, existem diversas estratégias que você pode utilizar. Os
dois principais caminhos que existem são trading e buy & hold.

O trading segue mais uma linha de especulação de preços, normalmente apoiado em análise
técnica, para acompanhar a tendência por meio de gráficos. O objetivo dessa estratégia é
tentar lucrar em períodos mais curtos, puramente com a valorização ou a desvalorização

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das ações. É de alto risco e requer um acompanhamento mais próximo do mercado, pois os
preços variam a todo momento.

Já a estratégia buy & hold defende a compra de ações por meio de uma análise fundamenta-
lista, ou seja, a leitura dos balanços e a qualidade das empresas. O objetivo dela é um ganho
de longo prazo, tanto por meio da valorização das ações quanto pelo recebimento de divi-
dendos, que são as distribuições de parte do lucro da empresa para os acionistas.

A ideia é acumular uma quantidade significativa de ações que permitam que você consiga
manter sua aposentadoria somente com os rendimentos distribuídos, sem que precise fi-
car vendendo as ações. Essa estratégia é, portanto, mais passiva. Além disso, não é preciso
acompanhar o mercado com tanta frequência, bastando acompanhar as empresas seleciona-
das mensalmente ou até mesmo anualmente.

Por exemplo, você pode definir que utilizará 90% para comprar ações de longo prazo e
destinará 10% para operações de trading. Cabe a cada um definir o que se encaixa melhor
para seu próprio perfil.

3.3 Abra conta em uma corretora de valores


Depois de definida a sua estratégia, você precisará abrir uma conta em uma corretora de
valores. Para isso, existem corretoras com pacotes interessantes de taxas de corretagem
(taxa para compra e venda de ações) para quem pretende operar muito. Portanto, analise
bem os custos de cada corretora para saber qual é a mais interessante para o seu caso.

Além disso, ao se cadastrar, você preencherá um questionário para analisar seu perfil de
investidor. Nele será definido se o seu perfil é conservador, moderado ou arrojado.

Os perfis moderados e arrojados são do tipo que aceitam correr riscos em busca de uma
rentabilidade acima da média. Já o perfil conservador não está disposto a se expor à volati-
lidade do mercado. Sendo assim, a maior parte dos investimentos devem estar alocados em
renda fixa.

3.4 As aranhas não tropeçam porque têm oito patas


A diversificação é importante. Porém um erro muito comum do investidor iniciante é que-
rer diversificar demais logo quando está começando. E a diversificação é essencial para
reduzir os riscos de sua carteira de ações.

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Como os custos operacionais acabam consumindo parte do dinheiro, você não precisa co-
meçar seu primeiro mês com muitas variedades de ações na carteira. Assim, conforme for
aumentando seu capital investido, automaticamente aumentará a sua diversificação.

3.5 Entenda no que está investindo


Independentemente da estratégia escolhida
para investir em ações, é necessário saber
no que se está investindo. Por exemplo, na
trading, embora esteja operando somente
preços, é preciso saber que tipo de notícias
podem influenciar as ações nas quais você
está operando. Principalmente em Petrobras
e Vale, que são as ações de maior liquidez na
bolsa, as notícias influenciam muito nos pre-
ços, causando oscilações muito fortes.

Pelo lado do buy & hold, é importante conhecer o negócio das empresas em que se está
investindo, para poder avaliar as perspectivas de crescimento. Procure empresas com bom
histórico de lucros.
S
4. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE INVESTIMENTOS

Alguns conceitos que você precisa entender:

4.1 Renda fixa


• Tesouro Direto (todos os títulos)
• Certificado de Depósito Bancário (CDB)
• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
• Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
• Recibo de Depósito Bancário (RDB)
• Letra de Câmbio (LC)
• Debênture

4.2 Renda variável


• Criptomoedas (bitcoin, litecoin e etc)
• Ações na bolsa de valores
• Câmbio (dólar, euro e etc)

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• Robôs de Investimento
• Crowdfunding
• Certificado de Operações Estruturadas (COE)

A maioria dos especialistas sugere que a composição de renda variável em uma carteira não
ultrapasse mais do que a metade. Ou seja, a carteira de todos os investidores precisa ter
mais investimentos em renda fixa do que em renda variável. Exemplo:

• investidor conservador: 95% em renda fixa e 5% em renda variável;


• investidor moderado: 80% em renda fixa e 20% em renda variável; e
• investidor arrojado: 60% em renda fixa e 40% em renda variável.

Você não precisa escolher diretamente entre renda fixa e renda variável, é só definir qual é
o seu perfil para criar o melhor portfólio. Estamos sempre sujeitos ao imponderável. Afinal,
quando pensaríamos que companhias aéreas ficariam sem voar por tanto tempo? Ou, ainda,
que o varejo fosse ficar com todas as portas fechadas por meses? Não há como antever algo
desse tipo, talvez seja um evento único em toda história da humanidade.

E em março, o pânico no mercado foi grande. As aéreas chegaram a cair aproximadamente


80%. Então, tome cuidado. Mesmo os gestores que tinham baixa exposição ao setor, sofre-
ram fortes perdas. Isso significa fazer o básico: ter cabeça no lugar. Não há por que inventar
e, eventualmente, procurar algo exótico que lhe promete ser a próxima tacada da bolsa.
Faça o simples. Entenda as companhias, estude os bons negócios e busque comprá-los a um
preço interessante.

O desafio é encontrar os melhores fundos da indústria, uma espécie de headhunter de


gestores e definir os vencedores dessa indústria, capaz de filtrar entre milhares de fundos
existentes, só os que nos interessam.

4.3 Fundos imobiliários


Muitas pessoas já sonharam em comprar vários imóveis para alugar e viver com a renda,
mas podem pensar que não tem capital para comprar o imóvel. Dessa forma, os fundos
imobiliários são ótimas opções.

Certamente, você já ouviu falar em fundos de investimento que os bancos oferecem como
forma de remunerar melhor o seu dinheiro. Nesses fundos, você pode comprar uma cota
por R$ 100,00, em média. Ao comprar uma cota, você adquire o direito de receber um
aluguel proporcionalmente ao valor investido.

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Assim como os imóveis físicos, os fundos imo-
biliários também pagam rendimentos mensais
(como aluguéis). Isso permite que você tenha
um fluxo de caixa constante, sendo um ótimo
complemento ao salário ou, até mesmo, pos-
sibilitando que viva da renda. Além disso, os
rendimentos distribuídos pelos fundos imobi-
liários são isentos de imposto de renda.

Logo, é certo que um investimento não tem


somente vantagens.

a) Possibilidade de desvalorização das cotas: é importante pensar em fundos imobiliá-


rios como ativos geradores de renda, para comprar e manter por um bom tempo ou mesmo
deixar para os herdeiros. O principal foco desse investimento não é comprar para vender
por um preço valorizado, mesmo porque essa valorização nem sempre ocorre.

b) Você paga imposto de renda na venda: embora não haja cobrança de IR no recebi-
mento dos rendimentos, existe a cobrança de IR de 20% sobre o lucro que você tiver em
determinada venda.

c) Você não é dono da propriedade: quando você tem cotas de um fundo, não quer
dizer que você é o proprietário direto e pode fazer o que quiser com o imóvel.

d) Risco de vacância: quando falamos de investimento imobiliário para locação, esse é um


risco inevitável. Se não tiver inquilinos em seu imóvel, você fica com renda zero.

e) Não há garantias: o fundo imobiliário é um investimento de renda variável, então não


há nenhuma garantia sobre retornos. Não é possível afirmar que você receberá algum dia
um bom retorno sobre seu investimento.

4.4 Volatilidade
É a variação de preço de um ativo (ação, título público, fundo ou qualquer outro). Quan-
do uma ação está muito volátil, por exemplo, significa que seu preço está mudando muito
rapidamente e, muitas vezes, sem uma direção definida – ou seja, o preço sobe e desce de
maneira abrupta.

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4.5 Risco-país
Mede a desconfiança de investidores em determinada economia. Para medir esse risco, o
mercado costuma considerar o preço do Credit Default Swap (CDS), uma espécie de seguro
contra calote das dívidas (tanto de empresas quanto de governos). Ou seja, quanto mais
caro estiver o preço do CDS de um País, mais arriscado é investir nos títulos daquela ação.

4.6 Circuit Breaker


É um mecanismo utilizado pela bolsa para interromper a sessão quando ocorrem oscilações
muito bruscas e atípicas no mercado de ações. Dessa forma, toda vez que isso acontece no
mercado, a ferramenta é acionada para que os investidores se acalmem e possam rebalan-
cear suas ordens de compra e venda.

4.7 Índice Dow Jones


Foi criado em 1896 por Charles Dow, editor do The Wall Street Journal e fundador do Dow
Jones & Company. É um dos principais índices acionários da bolsa de valores dos EUA e re-
flete o desempenho médio das cotações das ações das trinta maiores e mais importantes
empresas norte-americanas negociadas na NYSE e na Nasdaq.

Apesar de ser conhecido como o índice industrial, a composição setorial das trinta empre-
sas que é bastante diversificada.

4.8 Câmbio flutuante


O câmbio flutuante é um tipo de regime cambial caracterizado pela liberdade das cotações
que “flutuam” conforme as variações de oferta e demanda de moeda no mercado. O oposto
do câmbio flutuante é o câmbio fixo, que é estipulado pelo próprio governo.

4.9 Efeito de manada


É um movimento estudado pelas finanças comportamentais que se formam quando o in-
vestidor segue o que a maioria está fazendo, sem raciocinar direito. Nas grandes quedas da
Bolsa, isso pode provocar perdas dolorosas.

Quem nunca ouviu que para se dar bem no mercado acionário, é preciso comprar na baixa,
quando todos estão vendendo e as ações estão descontadas, e vender na alta, quando o
preço está “inflado” e, muitas vezes, acima do valor justo à empresa.

Mas o problema é que muitos investidores não têm preparo emocional para lidar com isso,
acabam seguindo a manada e tendo prejuízos. Casos típicos de efeito manada são facilmente
identificados quando há pânico nos mercados.

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Com a crise provocada pelo coronavírus, as Bolsas do mundo todo desabaram, causando
um enorme desconforto nos investidores.

No Brasil, o Ibovespa acionou o Circuit Breaker várias vezes, incluindo dois acionamentos em
um único dia. Enquanto isso, também havia gestores de fundos aproveitando para comprar
ações que tinham ficado muito descontadas por conta da forte queda. Eles estavam justa-
mente indo “contra a manada”.

Investir conforme a manada costuma ser prejudicial, porque nunca se sabe quando o mer-
cado vai perceber que está indo no caminho errado.

Elementos que determinam o “efeito manada”:

1. a necessidade de fazer o que o outro está fazendo. A própria moda é um exemplo disso.
As pessoas seguem o que as outras usam. No mercado, não é diferente;
2. a tendência de imaginar que se todo mundo está fazendo, é porque tem uma razão. Se
está todo mundo investindo na Bolsa, as pessoas acreditam que tem que investir também;
3. se depois a bolsa cair, a pessoa não perde sozinha. A manada dá uma falsa sensação de
segurança aos investidores; e
4. o medo que as pessoas têm não é de perder dinheiro, mas, sim, de não enriquecer en-
quanto os demais estão enriquecendo. O “ficar para trás” incomoda a muitos.

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4.10 Asset Allocation
É o termo em inglês que significa “alocação de recursos”. É a maneira como o investidor faz
a composição dos ativos dentro da sua carteira de investimentos (a parcela de ações, renda
fixa, fundos de investimento, investimentos no exterior), levando em consideração o seu
perfil de risco, objetivos de curto, médio e longo prazo, entre outros fatores.

5. PRINCIPAIS TÍTULOS DE RENDA FIXA

5.1 Tesouro Direto


O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos federais para pessoas físicas,
por meio da internet.

Existem diversos tipos de títulos que podem ser comprados pelos investidores. Cada um é
indicado para determinado objetivo e perfil do investidor, são eles:

• Tesouro Prefixado (título com rentabilidade prefixada);


• Tesouro Selic (título pós-fixado atrelado à Taxa Selic); e
• Tesouro IPCA+ (título atrelado à inflação. Paga juros prefixados mais o IPCA).

5.2 CDB (Certificado de Depósito Bancário)


O CDB é um título que os bancos emitem para se capitalizarem. Ou seja, conseguirem mais
dinheiro para financiar as principais atividades. Portanto, ao adquirir um CDB, o investidor
estará efetuando uma espécie de “empréstimo” para a instituição bancária, em troca de uma
rentabilidade mensal.

5.3 Debêntures
As debêntures são títulos de dívidas de empresas privadas. Assim como acontece com os
outros investimentos de renda fixa, ao adquirir um título desse tipo, o investidor se torna
credor da companhia emissora. Na prática, quem compra uma debênture, na verdade, está
emprestando dinheiro para uma empresa. E esse empréstimo deve ser pago de volta com
juros, independentemente de a empresa ter lucro ou prejuízo.

5.4 LCI e LCA


A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são títulos
de renda fixa emitidos por bancos e lastreados por empréstimos imobiliários. Os títulos
podem ter rentabilidade pré ou pós-fixada.

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6. FUNDOS MULTIMERCADOS

Os fundos multimercados, geralmente, são


a dica dada para quem pretende diversifi-
car seu portfólio de investimentos. Eles re-
presentam uma parte importante do atual
mercado de investimento do Brasil, atingin-
do uma margem superior aos 19% do mer-
cado nacional de investimentos.

Ao contrário de outros, os fundos têm


uma liberdade maior de investimento, pois
é possível investir em mais de uma área
ao mesmo tempo, como papéis de renda
fixa, compra de moedas, ações de empresas com capital aberto, investimentos no exterior e
derivativos. Essa liberdade de investimentos é interessante, porque um bom gestor de fundos
consegue montar muito mais estratégias de investimento em um fundo desse tipo do que em
outro tipo de investimento.

Um dos fatores que contribuem para um maior risco por parte dos fundos multimercados é o
fato de ser permitida a “alavancagem financeira”. Essa técnica significa colocar um patrimônio
maior do que o que o fundo possui em investimentos. Isso pode maximizar os ganhos, como
também as perdas.

Existem diversas análises possíveis sobre os fundos multimercados, e a conclusão mais aceita é
de que a volatilidade de um fundo desse tipo, no decorrer do ano, seja de 5% a 15%.

6.1 Liquidez
A liquidez de um fundo desse estilo é diferente de fundos de DI, pois, na maioria das vezes,
não se pode resgatar o dinheiro de forma instantânea em um fundo multimercado.

Normalmente, o tempo que demora para retirar o capital de um fundo está no próprio
regulamento. Então, é sempre indicada uma boa leitura desse documento, antes de fazer
um investimento, para estar ciente das partes positivas e negativas do fundo que você está
contratando.

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6.2 Impostos
O fundo multimercado não é isento de impostos e, como diz ditado, o leão cobra a sua par-
te. No caso, a taxa cobrada é de acordo com o tempo em que foi investido o capital inicial:

• 22,5% para até 180 dias;


• 20% para prazos de 181 dias até 360 dias;
• 17,5% para prazos de 361 até 720 dias; e
• 15% para prazos acima de 720 dias.

6.3 Cobrança de IOF


A cobrança de IOF só é aplicada para capital retirado do fundo em um período menor do
que 30 dias. Depois desse período, não há mais tributação sobre o mesmo.

Com isso, concluímos que os fundos multimercados são uma das maneiras de diversificação
de investimentos (claro que não é a única!) e, normalmente, são indicados para investidores
um pouco mais experientes no mercado financeiro.

7. PREVIDÊNCIA PRIVADA

Muitos jovens acham que pensar em previdência privada é coisa para velho. Você também
acredita que está muito cedo para pensar na sua aposentadoria? E que terá muito tempo para
isso no futuro? Pois saiba que o quanto antes você se preparar, mais cedo poderá aproveitar
o conforto da independência financeira. E uma das opções para isso é a Previdência Privada.

Quando optar pela Previdência Privada?


É uma aposentadoria que não está ligada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É a
construção de uma renda extra para projetos futuros, como um reforço para a aposentadoria
oficial.

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Tipos de Previdência Privada: PGBL X VGBL
Quando o banco oferece um plano de previdência, surgem essas duas siglas. Elas são os tipos
de Previdência Privada:

• PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres); e


• VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres).

O primeiro, PGBL, é sugerido para quem faz a declaração do Imposto de Renda completa, por-
que o valor que você deposita todos os meses nesse tipo de plano pode ser deduzido. E, com
isso, você pode aumentar a sua restituição no Imposto de Renda.

Já o VGBL costuma ser sugerido para quem não declara Imposto de Renda ou faz a declaração
simplificada. A vantagem dele é que, no momento do resgate, o desconto do Imposto de Renda
só é feito sobre os rendimentos. Isso quer dizer que o valor e as contribuições ficam livres
desse desconto.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assuma o controle do seu dinheiro, faça imediatamente um planejamento financeiro, ame os


juros compostos, diversifique seus rendimentos e compre mais ativos que passivos. Tenha no-
ções de investimentos e conte com consultores confiáveis.

Tenha os 4Cs como pilares em sua educação financeira:

• consciência: passe para o nível consciente a importância de fazer o dinheiro trabalhar


pra você;
• comportamentos: compre mais ativos e menos passivos;
• consistência: tenha disciplina de manter aportes regulares independente da volatilidade
do mercado e siga seu planejamento; e
• controles: saiba quanto ganha, quanto gasta e quanto rende. Parece óbvio, mas vale sem-
pre reforçar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EKER, T. H. Os segredos da mente milionária. Rio de Janeiro: Ed. sextante, 2006.

XP INVESTIMENTOS. A crise que ninguém esperava: o que fazer com seus investimentos
em meio à turbulência dos mercados? E-book. Disponível em: <https://bit.ly/36Fcxlh>. Acesso
em: 15 ago. 2020.

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