Aula 10 - LHS - Semiologia Respiratà Ria

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 9

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA

SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA

Laboratório/nº: LHS Curso: Medicina


Disciplina: SOI II Período: 2º
Professor (a): Diego Rocha/ Luciana Aula prática nº:
Alcoforado

Definição

Conjunto de técnicas semiológicas visando avaliar a integridade e a função do aparelho


respiratório, sendo um importante instrumento para diagnóstico e conduta médica.

Aspectos anatômicos
Antes de iniciarmos o exame físico devemos ter noção de limites topográficos do tórax para
podermos descrever possíveis alterações de forma precisa.

Linhas anatômicas do tórax:

• Região anterior:

1. Linha médioesternal
2. Linha paraesternal
3. Linha hemiclavicular

• Região axilar:

1. Linha axilar anterior


2. Linha axilar média
3. Linha axilar posterior
• Região posterior:
1. Linha Vertebral
2. Linha Escapular

• Outras referências anatômicas importantes:


• Ângulo esternal e T4 – bifurcação da traqueia.
• T7 - ângulo da escapula
• Na região anterior do tórax, a borda inferior do pulmão cruza a 6ª costela na linha
hemiclavicular e a 8ª costela linha axilar média.
• Na região posterior, a borda inferior do pulmão situa-se aproximadamente ao nível
do processo espinhoso de T10.

Material
Estetoscópio

1. Oliva: Posição correta - anteriorizada (seguindo o


trajeto do meato auditivo).
2. Campânula – para sons de baixa frequência –B3 e B4.
3. Diafragma – para sons de alta frequência – B1e B2.
Avaliação e preparo do paciente

1. Apresentar-se ao paciente.
2. Identificar corretamente o paciente, verificando o nome completo e o número do
prontuário.
3. Explicar o procedimento e pedir autorização do paciente para sua realização.
4. Fazer higienização das mãos e do estetoscópio.

5. Posicionamento do paciente:

I. Exame da região anterior:


• Posicionar o paciente em decúbito dorsal ou sentado. II.
Exame da região posterior:
• Posicionar o paciente sentado à frente do examinador. Solicitar ao
paciente para cruzar os braços à frente do tórax, com as mãos, se
possível, repousando nos ombros opostos respectivos .Em pacientes
acamados o exame pode ser realizado em decúbito lateral.

Técnica

1. Inspeção estática

• Forma do tórax:

• Atípica

• Globoso ou em Tonel

• Quereniforme = “peito de pombo”


• Peito Escavado = tórax em funil

• Cifoescoliose torácica

• Simetria:
Íntima relação com o volume pulmonar de cada lado

• Abaulamentos / Retrações
• Ginecomastia
• Circulação colateral
• Cicatrizes
• Distribuição de pelos

2. Inspeção dinâmica

• Avaliação do padrão respiratório:

• Frequência respiratória:
• Eupneico: 12 a 20 irpm
• Taquipneico: >20 irpm
• Bradipneico: <12 irpm
Caso seja um paciente idoso, considerar o limite normal de até 24 irpm.

• São exemplos de anormalidades na frequência e no ritmo respiratório:


dispnéia, respiração de Cheyne-Stokes, respiração de Kussmaul e respiração
de Biot.

• Avaliar esforço respiratório (Uso de musculatura acessória):

a. Tiragem intercostal

b. Tiragem de fúrcula esternal

c. Batimento de asa de nariz

3. Palpação

• Elasticidade

1. Posicionar-se lateralmente ao paciente que deve estar sentado

2. Apoiar as mãos do examinador em pontos diametralmente opostos


(anteroposterior ou laterolateral) e efetuar pressão simétrica e simultânea.

• Expansibilidade

- Observar amplitude e simetria da caixa torácica quando se expande ou se contrai.

1. Ápice:

I. Posicionar-se posteriormente ao paciente, que deve estar sentado ou em pé; II.


Apoiar as mãos do examinador sobre o trapézio com os dedos em direção às
clavículas e os polegares na parede posterior, na linha vertebral, formando uma
prega cutânea;

III. Pedir para o paciente inspirar profundamente e observar o afastamento dos dois
polegares, que deve ser simétrico.
2. Terço Médio:

I. Posicionar-se posteriormente ao paciente, que deve estar sentado ou em pé; II.


Apoiar os polegares nas linhas paravertebrais, formando a prega cutânea, enquanto
os outros dedos recobrem os arcos costais, aproximadamente no terço médio da
caixa torácica;

III. Pedir para o paciente inspirar profundamente e observar o afastamento dos dois
polegares, que deve ser simétrico.

3. Base:
I. Posicionar-se posteriormente ao paciente.
II. Apoiar os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos
recobrem os últimos arcos costais.
III. Fazer uma prega cutânea com os polegares.
IV. Pedir para o paciente inspirar profundamente e observar o afastamento dos
dois polegares, que deve ser simétrico.

• Frêmito toracovocal (FTV)

1. Posicionar o paciente sentado.


2. Posicionar a mão do examinador espalmada sobre o tórax do paciente. A melhor sensação
se obtém quando se coloca apenas a face palmar correspondente ao 2º, 3º e 4º
quirodáctilos.
3. Solicitar que o paciente diga “33”.
4. Intercalando entre os hemitórax direito e esquerdo (em corda grega), com a mesma mão,
examinando:
• Ápice pulmonar (mão em cunha na região supraclavicular);
• Região anterior (2º EIE, 2ºEID e 4ºEID);
• Região lateral – 3 andares;

• Região posterior:

-Pedir para o paciente “se abraçar”;


-Palpar do ápice até a base, delimitando a região inferior com a borda ulnar das
mãos.

1. Repousar o dedo médio da mão não dominante sobre o espaço intercostal;

2. Realizar a percussão do dedo médio da mão não dominante, com o dedo médio
da dominante, flexionando o punho;

Executa-se golpeando com a ponta do dedo médio da mão dominante a superfície


dorsal da segunda falange do dedo médio da mão não dominante. É aconselhável a
execução de dois golpes seguidos secos e rápidos facilitando a percussão.
3. Percutir nos espaços intercostais (em corda grega), examinando:

 Ápice pulmonar (Exceção - percutir em cima da clavícula ou na região


supraclavicular);
 Região anterior (2º EIE, 2ºEID e 4ºEID – verifica o lobo médio que é anterior);
 Região lateral;

 Região posterior (pedir para o paciente "se abraçar“/ percutir na linha


escapular).

5.Ausculta

 Auscultar nos mesmos locais da percussão de forma comparativa e em


“corda grega”;

 Auscultar o ápice pulmonar na região supraclavicular;


 Pedir para o paciente "se abraçar" no exame da região posterior.

Aconselha-se solicitar ao paciente que realize algumas inspirações profundas com a boca entreaberta
e tussa algumas vezes.

Som normal: Murmúrio vesicular universalmente audível sem ruídos adventícios.

Ruídos adventícios: Ronco, Sibilo, Estertores (crepitantes e subcrepitantes).

Referências Bibliográficas

1. LOPEZ, M., MEDEIROS, L.Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico, Revinter,


2007.
2. PORTO, C. C. Semiologia médica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
3. BICKLEY, L. S. Bates Propedêutica Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2015.
4. ROCCO, JR. Semiologia Médica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

Você também pode gostar