Equipamentos de Lazer 10 Artigo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

NOTA TÉCNICA PARA PARQUES DE DIVERSÃO E ATIVIDADES DE

AVENTURA

1. Contextualização:
1.1. Parques de Diversão e de Atividades de Aventura
Define-se como parque de diversões todas as instalações de diversões que utilizem
equipamentos mecânicos e eletromecânicos, rotativos ou estacionários, mesmo que de forma
complementar à atividade principal, a exemplo de circos, teatros ambulantes, que possam por
mau uso ou má conservação causar risco a funcionários e/ou usuários.
Podemos considerar atividades de aventura, toda aquela que envolva a superação
de limites pessoais, de forma recreativa e não de competição, como por exemplo canionismo,
cachoeirismo, arvorismo, escalada, rapel, tirolesa, pêndulo humano, bungee jump, highline ou
atividades congêneres.
Neste contexto a fiscalização dos Creas em Parques de Diversão e de Atividades de
Aventura deve coibir a ação de pessoas inabilitadas na execução de atividades de Engenharia e
Geociências, colocando em risco os usuários e pessoas que circulam nas suas imediações.
Os Creas têm a finalidade precípua de fiscalizar o correto exercício das profissões a
ele jurisdicionadas, de forma a preservar seus interesses sociais e humanos, garantindo que
profissionais habilitados tenham a devida responsabilidade sobre a obra/serviço, sempre
pensando na segurança e qualidade de vida da sociedade.
2. Justificativa:
O Poder de Polícia dos Conselhos de Classe é limitado e alguns proprietários de
Parques de Diversão e de Atividades de Aventura têm conhecimento de que os Crea’s não
possuem poder de embargo de obra/serviço, muitas vezes continuam atuando irregularmente,
representando um risco para a sociedade.
Neste caso, os relatórios de fiscalizações dos Crea’s proporcionam fundamentação
técnica para a atuação do Ministério Público de cada Estado, requerendo perante o Poder
Judiciário o embargo e suspensão de atividades irregulares que ofereçam riscos, visando
garantir a proteção da sociedade.
A elaboração da Nota Técnica para os Parques de Diversão e de Atividades de
Aventura representará um marco nacional no Sistema Confea/Crea e consiste em um texto
sucinto, específico e que facilite a atuação das equipes de fiscalização e do Ministério Público de
cada Estado, a sociedade necessita uma resposta frente as frequentes notícias em telejornais de
forte repercussão nacional de acidentes que ocorreram em parque de diversões ou em
atividades de turismo de aventura.
3. Atuação do Agente de Fiscalização:

Antes da fiscalização em loco, a orientação é proceder um contato inicial (visita


presencial, encaminhamento de ofício, requisição de informação ou upload de documentos em
site do Crea) com o Parques de Diversão e de Atividades de Aventura explicando a natureza e o
objetivo da fiscalização, identificando quais atividades profissionais estão presentes nos
estabelecimentos. Com essa informação, o agente de fiscalização solicita ao representante do
estabelecimento documentos comprobatórios dessas atividades e agenda um retorno posterior
para concluir a fiscalização. Entretanto, a fiscalização em uma só visita também pode ser
realizada.
O agente de fiscalização deverá, com base no modelo de solicitação de informação
sugerido nesta Nota Técnica, verificar junto ao responsável pelo Parque de Diversão e de
Atividades de Aventura quais das atividades constantes na NT são ou foram executadas.

Ao se ter a confirmação da existência de determinadas atividades, o próximo passo


é solicitar algum documento que comprove a realização da atividade pela própria administração
do Parque de Diversão e de Atividades de Aventura e ou de diversão ou por pessoa física e/ou
jurídica terceirizada. Esses documentos são de fundamental importância para que uma eventual
continuidade da fiscalização esteja devidamente embasada.

São exemplos de documentos comprobatórios da atividade profissional em


Parques de Diversão e de Atividades de Aventura :

1) Contrato firmado com pessoa física ou jurídica cujo objeto envolva alguma das
atividades relacionadas nas atividades desta nota técnica.

Obs. Deve-se atentar para contratos que envolvam única e exclusivamente a venda
ou locação de equipamentos. Esses contratos não servem para comprovar a realização de
instalação, manutenção, laudo ou outra atividade similar. Se a instalação foi efetivamente
realizada pela empresa, deverá haver uma comprovação adicional para essa vinculação, tais
como laudo de instalação, relatório, entre outros. Posteriormente, caberá verificar se a empresa
que efetuou a venda também é a fabricante do equipamento, situação na qual deve ser exigido
o respectivo registro no Crea.

2) Nota fiscal com pessoa jurídica cuja descrição envolva alguma das atividades
relacionadas nas atividades desta nota técnica.

Obs. Deve-se atentar para notas fiscais que envolvam única e exclusivamente a
venda ou locação de equipamentos. Esses contratos não servem para comprovar a realização
de instalação, manutenção, laudo ou outra atividade similar. Se a instalação foi efetivamente
realizada pela empresa, deverá haver uma comprovação adicional para comprovar essa
vinculação, tais como laudo de instalação, relatório, entre outros. Posteriormente, caberá
verificar se a empresa que efetuou a venda também é a fabricante do equipamento, situação na
qual deve ser exigido o respectivo registro no Crea.

3) ART, laudos, relatórios, pareceres, comprovantes ou outros documentos de lavra


de equipe técnica dos Parques de Diversão e de Atividades de Aventura ou de terceirizados que
tratem da atividade técnica propriamente dita. Importante frisar-se que, além das orientações
citadas, devem ser considerados os demais normativos do Sistema Confea/Crea, e verificada a
regularidade de seu cumprimento, incluído o salário mínimo profissional, tanto quando de
contrato de profissionais com vínculo direto com Parques de Diversão e de Atividades de
Aventura, quando com empresas prestadoras de serviços de forma terceirizada, nos termos da
Lei nº 4.950-A, de 1966, bem como o registro da ART de cargo/função conforme a Lei Federal
6.496/1977 e resolução 1025/2009 do Confea.

Por fim, a fiscalização deve observar o atendimento às Normas Regulamentadoras


e demais aspectos relacionados à segurança do trabalho, aplicáveis aos serviços de engenharia,
em Parques de Diversão e de Atividades de Aventura, visando a mitigação de eventos que gerem
danos à saúde e à vida.
4. Atividades a Serem Fiscalizadas

Vale ressaltar que os parâmetros contemplados nesta Nota Técnica são


orientativos; não se pretende, nesta primeira versão, elencar todos os possíveis sistemas e
equipamentos existentes nos Parques de Diversão e de Atividades de Aventura, e sim,
estabelecer o mínimo a ser verificado quando da fiscalização do exercício profissional,
objetivando proteger a vida.

Evidente que, caso sejam encontrados outros sistemas e equipamentos não


elencados aqui, cabe ao agente fiscal ajustar seu relatório visando a inclusão de tais sistemas e
equipamentos. Portanto, nos casos omissos ou não previstos deverão ser encaminhados,
através de consulta técnica, à Câmara Especializada para análise.

Ressaltamos ainda que, todos os serviços e as obras relacionados à Parques de


Diversão e de Atividades de Aventura sob responsabilidade de profissionais abrangidos pelo
Sistema Confea/Crea devem ser objeto de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART,
registrada por profissional ou empresa habilitada junto ao Crea e as pessoas jurídicas que atuem
nas áreas de que trata esta orientação deverão apresentar pelo menos um profissional
habilitado, como Responsável Técnico.

4.1. Obras e Reformas

Eventuais obras civis ou reformas nos Parques de Diversão e de Atividades de


Aventura, deve ser objeto de verificação no ato de fiscalização.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas em construções e reformas,
com os devidos responsáveis técnicos:

4.1.1 Projeto Específico;

4.1.2 Projeto Estrutural;

4.1.3 Projeto contemplando a acessibilidade;

4.1.4 Projeto Hidráulico

4.1.5 Projeto de Execução;

4.1.6 Projeto/Levantamento Topográfico;

4.1.7 Relatórios e laudos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e


parecer técnico;

4.1.8 Execução de Manutenção;

No que refere à aproveitamento, desenvolvimento e preservação de recursos


naturais:

4.1.9 Projeto de Execução;

4.1.10 Projeto e estudo de viabilidade;

4.2.11 Relatórios ambientais (EIA, RIMA)


4.1.12 Relatórios e laudos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e
parecer técnico;

4.2. Redes de Saneamento

São redes destinadas ao abastecimento de água potável encanada e à coleta e


tratamento de esgotos sanitários, visando à saúde da comunidade.

4.2.1 Projeto Hidráulico;

4.2.2 Projeto Específico;

4.2.3 Estudo de viabilidade; estudo preliminar, projeto básico, definitivo, das


adutoras, redes de distribuição e interceptores, sistema de captação, estações de
bombeamento, estações de tratamento de mecânica dos solos e obras de terra, arquitetônico
das edificações, estrutural, redes elétricas e fundações;

4.2.4 Execução das obras;

4.2.5 Execução da obra por subempreiteiros ou prestadores de serviços técnicos


(terraplanagem, redes elétricas, fornecimento de concreto usinado, proteção de taludes, obras
de drenagem superficial etc.);

4.2.6 Fiscalização das obras;

4.2.7 Execução de controles tecnológicos (concreto, aço, solos);

4.2.8 Execução de sondagens;

4.2.9 Levantamentos topográficos;

4.2.10 Relatórios ambientais (EIA, RIMA)

4.3. Instalações Elétricas

Essa parte do empreendimento é de suma importância, uma vez que será a partir
das instalações que virão as principais fontes de energia dos Parques de Diversão e de Atividades
de Aventura.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a instalações elétricas:

4.3.1 Projeto de instalações elétricas em baixa tensão;

4.3.2 Projeto de instalações elétricas em alta-tensão;

4.3.3 Laudo de instalações elétricas em baixa tensão para construções provisórias


ou permanentes;

4.3.4 Laudo de instalações elétricas em alta tensão;

4.3.5 Execução de Manutenção das instalações elétricas em baixa tensão;


4.3.6 Execução de Manutenção das instalações elétricas em alta-tensão.

4.3.7 Laudo de aterramento dos equipamentos elétricos.

4.4. Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA)

Descargas atmosféricas são descargas elétricas de grande extensão e de grande


intensidade, que ocorrem devido ao acúmulo de cargas elétricas em regiões localizadas da
atmosfera.

Tem como objetivo encaminhar a energia do raio, desde o ponto que ele atinge a
edificação, até o aterramento, o mais rápido e seguro possível, a fim de evitar e/ou minimizar o
impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões,
danos materiais e, até mesmo, risco à vida de pessoas.

A primeira, e principal, funcionalidade do SPDA em meios de hospedagem é a


proteção dos usuários desses ambientes (hospedes e trabalhadores em geral) referentes a
choques e microchoques elétricos.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas ao sistema de proteção contra
descargas atmosféricas (SPDA):

4.4.1. Projeto de SPDA;

4.4.2 Laudo, perícia e parecer sobre SPDA;

4.4.3 Execução de Instalação e/ou de Manutenção de SPDA.

4.5. Grupo Gerador

O grupo gerador é uma junção entre motor e condutor com a função de


transformar energia primária em energia elétrica. A energia primária mais utilizada é o óleo
diesel.

Nos parques de atividades de turismo de aventura e de diversão, esses


equipamentos, na sua grande maioria, possuem aplicação de geração de energia elétrica de
emergência. O seu uso é de relevante importância, visto que na falta de energia por parte da
concessionária, o grupo gerador assume as cargas críticas, não deixando que alguns
equipamentos parem de funcionar.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a grupo gerador:

4.5.1 Projeto de instalação de grupos geradores de energia elétrica;

4.5.2 Laudo sobre instalação de grupos geradores de energia elétrica;

4.5.3 Laudo sobre equipamento grupo gerador de energia elétrica;

4.5.4 Execução de Instalação e/ou de Manutenção de instalação de grupo gerador


de energia elétrica.

4.6. Circuito Fechado de Televisão (CFTV)


Circuito Fechado de Televisão – CFTV, é um sistema que distribui sinais
provenientes de câmeras localizadas em locais específicos para um ou mais pontos de
visualização.

Nos parques de atividades de turismo de aventura e de diversão, um sistema de


segurança com câmeras é uma ferramenta essencial para aumentar a segurança e proteção dos
que frequentam o local.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a circuito fechado de televisão
(CFTV):

4.6.1 Projeto de CFTV;

4.6.2 Laudo sobre CFTV;

4.6.3 Execução de Instalação e/ou de Manutenção de CFTV.

4.7. Instalações Telefônicas e de Rede de Dados

Instalações telefônicas e de rede de dados são destinadas a transmissão de dados.


Nos parques de atividades de turismo de aventura e de diversão são amplamente utilizados nos
serviços de comunicação em rede (internet), como também no sistema de telefonia.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a instalações telefônicas e de
lógica:

4.7.1 Projeto de instalações telefônicas e de rede de dados;

4.7.2 Laudo sobre instalações telefônicas e de rede de dados;

4.7.3 Execução de Instalação e de Manutenção de instalações telefônicas e de rede


de dados.

4.8. Ar-condicionado, Sistemas de Refrigeração, Exaustão e Ventilação Forçada

Com base na Lei 13.589/2018, é importante salientar que para ambientes de uso
coletivo é obrigatório a elaboração do Plano de Manutenção Operação e Controle – PMOC, o
qual refere-se a um conjunto de medidas legais estipuladas para monitorar, adequar, e
assegurar os padrões de qualidade do ar em ambientes climatizados de uso coletivo.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a ar-condicionado, sistemas
de refrigeração, exaustão e ventilação forçada:

4.8.1 Projetos de Sistemas Térmicos: de Condicionamento de Ar, de refrigeração,


de exaustão e de ventilação/ventilação forçada;

4.8.2 Laudo de Sistemas Térmicos: de Condicionamento de Ar, de refrigeração, de


exaustão e de ventilação/ventilação forçada;
4.8.3 Execução de Instalação e/ou Execução de Manutenção de Sistemas Térmicos:
de Condicionamento de Ar, de refrigeração, de exaustão e de ventilação/ventilação forçada;

4.8.4 Supervisão, elaboração/execução, coordenação, revisão e


aplicação/Operação de PMOC.

4.9. Caldeiras e Vasos sob Pressão

De acordo com a norma regulamentadora NR-13, as caldeiras, os vasos de pressão


e as tubulações, são assim definidos:

• Caldeira a vapor – São equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob


pressão superior a pressão atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados
conforme códigos pertinentes, excetuando-se refervedores e similares.

• Vasos sob pressão – São equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna
ou externa, diferente da atmosférica.

• Tubulações – São conjuntos de linhas, incluindo seus acessórios, projetadas por


códigos específicos, destinados ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma
unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a caldeiras e vasos sob
pressão:

4.9.1 Projeto de Sistemas Térmicos: de caldeiras e de vasos de pressão;

4.9.2 Laudo de Sistemas Térmicos: de caldeiras e de vasos de pressão;

4.9.3 Inspeção e/ou Execução de Sistemas Térmicos: de caldeiras e de vasos de


pressão;

4.9.4 Execução de Manutenção de Sistemas Térmicos: de caldeiras e de vasos de


pressão.

4.10. Central de G.L.P.

As centrais de gás são instalações utilizadas para armazenar e distribuir gás


combustível em edificações. Tais equipamentos podem ser estacionários (cilindros de aço de
diversas capacidades) ou interligados a ramal de distribuição externo.

É de suma importância o cumprimento das normas existentes, a fim de garantir as


condições mínimas de segurança, evitando vazamentos, riscos de incêndio nos locais onde estão
instaladas as centrais de GLP e desperdícios financeiros.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a central de G.L.P.:

4.10.1 Projeto de sistema e redes de G.L.P.;

4.10.2 Laudo sobre sistema e redes de central de G.L.P.;


4.10.3 Laudo sobre os equipamentos e conexões/cilindros (teste de estanqueidade)
de G.L.P.;

4.10.4 Execução de Instalação de Sistemas e redes de G.L.P.;

4.10.5 Execução de Manutenção de sistemas e redes de central de G.L.P.

4.11. Elevadores, Escadas Rolantes e Plataformas

Elevadores, Escadas Rolantes e Plataformas são mecanismos de elevação ou


descida, fechados, para transporte de pessoa e/ou carga no sentido vertical. Suas estruturas
contém os mecanismos de operação como máquina, motor, cabine, cabos de aço, acessórios e
etc.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a elevadores, escadas rolantes
e plataformas:

4.11.1 Projeto de elevadores e transportadores: escadas rolantes e equipamentos


de elevação e transporte;

4.11.2 Laudo de elevadores e transportadores: escadas rolantes e equipamentos


de elevação e transporte;

4.11.3 Inspeção e/ou execução de instalação de elevadores e transportadores:


escadas rolantes, equipamentos de elevação e transporte;

4.11.4 Execução de manutenção de elevadores e transportadores: escadas rolantes


e equipamentos de elevação e transporte.

4.12. Subestações de Energia

As subestações de energia podem ser projetadas para instalação em ambientes


internos ou externos, e podem, também, ser instaladas em câmaras subterrâneas, ou
subestações semienterradas.

A escolha do tipo de subestação ideal é feita de acordo com a potência necessária.


Também com os espaços destinados à instalação dos equipamentos e até mesmo o custo do
projeto.

De acordo com o tipo de subestação de energia escolhido, são definidos requisitos


técnicos que devem estar de acordo com os critérios de segurança da fornecedora de energia e
de normas brasileiras do setor.

Além de acidentes elétricos (como curtos, incêndios e explosões), a falta de


manutenção de subestações pode causar a interrupção do fornecimento de energia.

Portanto, a manutenção é essencial para evitar a paralisação de indústrias,


shoppings, supermercados, empresas e serviços essenciais, como hospitais.
Toda subestação de energia requer uma manutenção anual. E essa manutenção
tem que ser bem feita, para prover segurança à continuidade no fornecimento de energia para
a indústria ou edificação e segurança da comunidade.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a subestações elétricas:

4.12.1 Projeto de subestação elétrica;

4.12.2 Inspeção, laudo e manutenção preventiva de subestação elétrica;

4.12.3 Execução de Instalação e/ou de subestação elétrica;

4.12.4 Execução de Manutenção de subestação elétrica.

4.13. Energias Renováveis

Geração Distribuída por Fontes Renováveis é aquela originária de fontes


energéticas naturais, que possuem capacidade de regeneração.

As fontes de energia renovável são alternativas aos sistemas convencionais de


geração e, via de regra, causam menor impacto ao meio ambiente. Quando o empreendimento
fiscalizado tiver as características a seguir apresentadas, utiliza-se este código.

-Energia Solar – É a energia obtida através da conversão direta da luz em


eletricidade por meio de células fotovoltaicas. É importante destacar que painéis fotovoltaicos
são distintos de painéis coletores solares para aquecimento de água, que não geram energia e
sim transferem para a água o calor gerado pela radiação solar (neste caso utilizar código
específico de aquecedor solar).

-Energia Eólica – É a energia obtida pela conversão da energia cinética dos ventos
em eletricidade por meio de sistemas compostos por geradores acoplados a grandes palhetas
auto ajustáveis, que operam de acordo com a posição e velocidade do vento.

- Biogás – O biodigestor é um sistema utilizado para a produção de gás natural


(Metano – CH4), que é usado como combustível para produção de energia elétrica, através de
um processo anaeróbio na degradação de polímeros orgânicos derivados de matéria
biodegradável, resíduos alimentícios, esgoto, substrato da cana-de-açúcar, vinhaça, esterco
orgânico e demais materiais biodegradáveis.

-Biomassa: Energia que é gerada por meio da decomposição a partir de materiais


orgânicos. São utilizados materiais como biomassa arborícola, sobra de serragem, vegetais e
frutas, bagaço de cana e alguns tipos de esgotos. Ela é transformada em energia por meio dos
processos de combustão, gaseificação, fermentação ou na produção de substâncias líquidas.
Uma usina poderá ser um Produtor Independente de Energia (PIE), um Autoprodutor de Energia
ou uma Concessionária ou Permissionária de Serviço Público

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a energias renováveis:

4.13.1 Projeto de micro geração de energia

4.13.2 Execução de micro geração de energia


4.13.3 Manutenção de micro geração de energia

4.13.4 Estruturas complementares de apoio e fixação do sistema (estrutura


mecânica ou de madeira)

4.13.5 Registro das empresas responsáveis pelas atividades técnicas

4.14. Controle de Pragas e Vetores

O controle de pragas e vetores em Parques de Diversão e de Atividades de Aventura


é um serviço obrigatório, pois insetos e animais nocivos podem causar verdadeiros problemas
para os usuários desses empreendimentos. As pragas urbanas são relacionadas com ambientes
sujos e que negligenciam a manutenção.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a controle de pragas e vetores:

4.14.1 Elaboração de Projeto de Controle de pragas e vetores;

4.14.2 Supervisão e coordenação do manuseio e da aplicação de produtos


domissanitários.

4.15. Sistemas de Prevenção e Combate à Incêndios

A ocorrência de um incêndio é causada pela reação em cadeia de três


componentes, a saber: combustível, comburente e calor. A sua ocorrência coloca em risco a
saúde de todos os usuários dos Parques de Diversão e de Atividades de Aventura.

Desta forma, é terminantemente necessário que os Parques de Diversão e de


Atividades de Aventura mantenham operantes seus sistemas de combate a incêndios. A equipe
multidisciplinar envolvida no projeto, ou ainda na operação, desse sistema, deve projetar ou
atuar de forma consciente e assertiva na definição do risco de incêndio tolerável tanto de forma
geral, quanto de forma específica.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a sistemas de combate a
incêndios:

4.15.1 Sistemas de Hidrantes

4.15.1.1 Projeto de sistema de instalação de rede de hidrantes (hidráulico);

4.15.1.2 Laudo sobre sistema de instalação de rede de hidrantes (hidráulico);

4.15.1.3 Execução de Instalação e de Manutenção de sistema de instalação de rede


de hidrantes (hidráulico);

4.15.2 Sistema Fixo de Gases Limpos de Combate a Incêndio

4.15.2.1 Projeto de Prevenção Contra Incêndio e Pânico – PPCIP;

4.15.3 Sistema de Chuveiros Automáticos/Sprinklers

4.15.3.1 Projeto de sistema de chuveiros automáticos/Sprinklers;


4.15.3.2 Laudo sobre sistema de chuveiros automáticos/Sprinklers;

4.15.3.3 Execução de Instalação e de Manutenção de sistema de chuveiros


automáticos/Sprinklers;

4.15.4 Sistema de Controle de Fumaça

4.15.4.1 Projeto de sistema de controle de fumaça/Sistemas de Detecção e Alarme


de Incêndio;

4.15.4.2 Laudo sobre sistema de controle de fumaça/Sistemas de Detecção e


Alarme de Incêndio;

4.15.4.3 Execução de Instalação e de Manutenção de sistema de controle de


fumaça/Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;

4.15.5 Sistema de Pressurização de Escadas

4.15.5.1 Projeto de sistema de pressurização de escadas de emergência;

4.15.5.2 Laudos sobre sistema de pressurização de escadas de emergência;

4.15.5.3 Execução de Instalação e de Manutenção de sistema de pressurização de


escadas de emergência;

4.15.6 Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio

4.15.6.1 Projeto de sistema detecção e alarme de incêndio;

4.15.6.2 Laudo sobre sistema detecção e de alarme de incêndio (funcionamento);

4.15.6.3 Execução de Instalação e de Manutenção de sistema detecção de incêndio


e alarme;

4.15.7 Sinalização de Emergência

4.15.7.1 Projeto Prevenção Contra Incêndio e Pânico – PPCIP;

4.15.7.2 Laudo sobre adequação de sinalização de emergência;

4.15.7.3 Execução de instalação de sinalização de emergência;

4.15.8 Extintor de Incêndio

4.15.8.1 Projeto de combate e prevenção contra incêndio e pânicos;

4.15.8.2 Laudo sobre adequação, quanto às normas de segurança, de instalações


de extintores em edificações;

4.15.8.3 Laudo sobre equipamento extintor;

4.15.8.4 Execução de Instalação de Extintores;

4.15.8.5 Fabricação, Inspeção e Reteste de extintor de incêndios;


4.15.8.6 Manutenção e recarga de extintor de incêndios.

4.16. Instalações Hidrossanitárias

A fiscalização deve direcionar seu olhar para a identificação, a partir das


características próprias e do dimensionamento dos sistemas de água e hidrossanitários, de
aspectos que possam caracterizar o risco à saúde e à vida, e que requeiram a atuação de
engenheiros, quando deverão ser aplicados os procedimentos normais de verificação da
regularidade do exercício profissional nas atividades de manutenção predial, as quais
requererão obrigatoriamente a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

4.16.1 Projeto hidráulico;

4.16.2 Projeto hidrossanitário;

4.16.3 Projeto de drenagem de águas pluviais;

4.16.4 Reserva técnica de incêndio;

4.16.5. Projeto da ETE e ETA (caso os meios de hospedagem possuam sistema


próprio de tratamento de efluentes).

4.16.6 Perfuração e manutenção de poços.

4.16.7 Análise físico-químico e potabilidade da água.

4.16.8 Licença ambiental, cumprimento de condicionantes e outorga de água.

4.17. Segurança do Trabalho

Aplicam-se os procedimentos normais para fiscalização de serviços relativos à


Engenharia de Segurança do Trabalho e Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR.

4.17.1 Elaboração, Implantação e Revisão do PGR (NR1);

4.17.2 Laudo de atividades e operações insalubres (NR 15);

4.17.3 Laudo de atividades e operações perigosas (NR 16);

4.17.4 Plano de evacuação e abandono do estabelecimento;

4.17.5 Análise ergonômica do trabalho – AET (NR 17).

4.18. Manutenção de Jardins

A manutenção de jardim é um processo que possui diversos procedimentos


técnicos e critérios para uma boa execução. Como o nome sugere, o nome diz respeito a manter
o que é existente dentro do projeto paisagístico, acompanhando a sua evolução, o que é de
suma importância para preservar a vegetação presente e manter uma boa paisagem no local.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas a manutenção de parques e
jardins:
4.18.1 Plantio de grama;

4.18.2 Supervisão e coordenação do manuseio e da aplicação de produtos


fitossanitários.

4.19. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é um documento técnico,


com valor jurídico que demonstra a capacidade de um empreendimento de gerir seus resíduos
gerados de forma ambientalmente adequada. Nele são descritos os procedimentos que a
empresa já pratica e os que serão adotados quanto ao gerenciamento dos resíduos nas etapas
de segregação, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, destinação ou disposição final.

Os responsáveis pelos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverão


manter atualizadas e disponíveis aos órgãos ambientais as informações completas sobre a
implementação e a operacionalização do plano sob sua responsabilidade.

O PGRS é parte integrante do licenciamento ambiental e da renovação da licença


de operação, servindo de base para a decisão dos órgãos licenciadores e pode ser um requisito
para a obtenção de alvarás.

O agente de fiscalização deverá verificar, no ato de fiscalização, os contratos ou


comprovação de realização das seguintes atividades relacionadas ao plano de gerenciamento
de resíduos sólidos.

4.19.1 Elaboração do PGRS do estabelecimento;

4.19.2 Supervisão e coordenação da execução do PGRS.

Fundamentação Legal:
- Art. 3º, inciso I, do Regimento do Confea, aprovado pela Resolução nº 1.015, de
30 de junho de 2006.
- Lei Federal n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das
profissões de engenheiro, de arquiteto e de engenheiro agrônomo e dá outras providências.
- Lei Federal n° 6.496, de 07 dezembro de 1977, que institui a Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART, referente a execução de obras e/ou serviços de engenharia.
ABNT NBR 15501:2011 - Turismo de aventura - Técnicas verticais - Requisitos para
produto;
ABNT NBR 15502:2011 - Turismo de aventura — Técnicas verticais —
Procedimentos Turismo de aventura - Técnicas verticais – Procedimentos;
ABNT NBR 15508-1:2018 - Turismo de aventura - Parque de arvorismo Parte 1:
Requisitos das instalações físicas;
ABNT NBR 15508-2:2019 Turismo de aventura - Parque de arvorismo Parte 2:
Requisitos de operação;
ABNT NBR 16962:2021 - Cordas auxiliares - Alma e capa (Kernmantle) - Requisitos
de segurança e métodos de ensaio;
ABNT NBR15508-1:2018 - Turismo de aventura - Parque de arvorismo - Parte 1:
Requisitos das instalações física;
ABNT NBR 15331:2005 – Turismo de Aventura – Sistema de Gestão da Segurança –
Requisitos;
ABNT NBR 16760:2019 Turismo de aventura — Turismo com atividades de
canionismo e cachoeirismo — Requisitos para produto;
ABNT NBR 16714:2018 - Turismo de aventura - Bungee jump - Requisitos para
produto;
ABNT NBR 16948:2021 - Turismo de aventura - Turismo em atividades aquáticas -
Requisitos para produto.

Você também pode gostar