RELEVO

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RELEVO

Relevo representa o conjunto de formas geomorfológicas


presentes na superfície terrestre. As formas de relevo mais
comum são:

MONTANHA:

Formas de relevo que apresentam a maior altitude. Sua


formação é advinda dos agentes internos do relevo (agentes
endógenos), como tectonismo e vulcanismo, que atuam em
conjunto com os agentes externos do relevo (agentes exógenos),
como a erosão. Porém as ações dos agentes externos não são tão
proeminentes nas montanhas. As regiões montanhosas são
caracterizadas pelas formações íngremes, de grande amplitude e
declividade.

COMO SE FORMAM AS MONTANHAS?

A Geologia considera que as montanhas são formações recentes,


portanto, não sofreram tanto desgaste por meio de agentes
exógenos de modificação do relevo, como a ação dos ventos e das
chuvas.

Comumente as montanhas são formadas pela ação das placas


tectônicas, que se chocam e geram na superfície dobras ou
soerguimentos.

As montanhas são classificadas por diversos autores de acordo


com vários critérios, como origem, idade, altitude. A classificação
mais comum está relacionada à origem. Segundo esse critério, as
montanhas podem ser:
1 - Montanhas de falhas: são originadas a partir de uma falha na
crosta terrestre. Quando dois blocos colidem, provocam rupturas
nas rochas, originando as falhas, e um dos blocos acaba ficando
soerguido em relação ao outro. (Exemplo: Pico Olancha, localizado
nos Estados Unidos).

2 - Montanhas de dobramentos: são originadas a partir da ação


de agentes internos de relevo, principalmente o movimento das
placas tectônicas. O choque ou atrito entre dois blocos tectônicos
gera o aparecimento de montanhas por causa do levantamento das
áreas. Esse tipo de montanha é uma formação recente, com
elevadas altitudes e datada na Era Cenozoica. Apresenta pouco
desgaste erosivo. Exemplo: Cordilheira dos Andes.

3 - Montanhas vulcânicas: são originadas a partir de vulcões


(erupções vulcânicas), em atividade ou não. Por esse motivo,
apresentam grande quantidade de rochas magmáticas extrusivas.
Possuem altitudes médias.

4 - Montanhas de erosão: são originadas pelo desgaste das


rochas que constituem o relevo da área em questão. É um processo
bastante prolongado: leva milhares de anos para acontecer. Essas
montanhas são formadas geralmente por rochas sedimentares e
são relativamente mais baixas.

HÁ MONTANHAS NO BRASIL?

Não há montanhas porque esse tipo de forma de relevo é


originado por dobramentos modernos, que não existem no
território brasileiro.
PLANALTOS:

Formações caracterizadas pela forma plana no topo e íngreme nas


laterais. Eles são transformados prioritariamente pelos agentes
externos do relevo que esculpem as suas feições. Tal ação resulta
em formas como as chapadas e as mesas. Os planaltos
apresentam uma elevada altitude. A maior parte do território
brasileiro é ocupada por planaltos.

PODEMOS CLASSIFICAR OS PLANALTOS EM TRÊS TIPOS:

1 - Planaltos formados por rochas de origem sedimentar


(sedimentares);

2 - Planaltos formados a partir de uma rocha de origem vulcânica


(basálticos);

3 - Planaltos formados por rochas de origem metamórfica e


magmática (cristalinos).

Os planaltos também podem ser classificados de acordo com


a estrutura geológica à qual pertence. Basicamente, localizam-se
em duas principais unidades que fazem parte da estrutura geológica
da Terra:

→ Bacias sedimentares: área caracterizada por acúmulo de


sedimentos ao longo de muitos anos. Os planaltos localizados
nessas áreas geralmente apresentam serras e morros em suas
bordas, ou seja, são cercados por depressões periféricas ou
marginais. Exemplo: Chapada da Bacia do Paraná.
→ Escudos cristalinos: são áreas mais antigas, de terreno
resistente e que fornecem alguns recursos minerais, como o ferro.
Os planaltos encontrados nessa região são caracterizados por se
apresentar em forma de abóbodas. Exemplo: Planalto da
Borborema.

Formados por meio de processos erosivos, os planaltos


costumam apresentar em suas bordas depressões e planícies, nas
quais se acumulam os sedimentos gerados pelas erosões. A
paisagem formada pelos planaltos apresenta particularidades.
Normalmente o processo de erosão é predominante e
ultrapassa o processo de sedimentação. Isso quer dizer que o
desgaste da superfície é superior ao depósito de sedimentos. Esses
sedimentos são fornecidos para as áreas mais baixas que estão ao
seu redor, geralmente depressões e planícies. Outra particularidade
também atrelada à paisagem dos planaltos é a presença de
elevações de topo plano em seus lados, mais conhecidas como
serras.

PLANÍCIES:

Formas de relevo de altitude diminuta, predominantemente


atreladas às margens de corpos de água diversos. Nas planícies
predomina o processo de sedimentação. O acúmulo de
sedimentos, carreados por agentes como água, produz feições
como as planícies. Assim, é uma forma em que predominam os
agentes externos do relevo terrestre.
Em geral, as planícies podem ser classificadas em três tipos de
acordo com a sua formação:

1. Planícies aluviais ou fluviais: são formadas pelo depósito de


sedimentos transportados por rios.

2. Planícies lacustres: são formadas quando há acúmulo de


sedimentos em lagos.

3. Planícies costeiras: são formadas pelo transporte de


sedimentos por meio de águas marinhas.

RESUMO: Planícies são originárias de regiões de bacias


sedimentares recentes, portanto, possuem origem sedimentar.
Essa localização indica que esse tipo de relevo se origina por meio
de processos de acúmulo de sedimentos (detritos originados por
processos de desgaste das rochas). Isso significa que a
sedimentação supera a erosão.

As áreas de planícies geralmente se encontram cercadas por áreas


de maior nível altimétrico (maior altitude). Essas áreas mais altas
sofrem intenso processo de erosão e, consequentemente, fornecem
sedimentos para as áreas mais baixas, originando assim as
planícies.

ATENÇÃO
As planícies são consideradas formas de relevo
em construção. Diferentemente dos planaltos, que são
considerados relevos em destruição. Isso acontece porque, em
áreas mais baixas, como as planícies, o processo de sedimentação
excede o processo de erosão. Formadas na Era Cenozoica, as
planícies são considerados relevos de origem recente.
DEPRESSÕES:
Forma de relevo marcada pelo rebaixamento, quando comparada a
áreas circundantes. Portanto, são zonas onde predominam os
agentes externos do relevo, especialmente a erosão. A ação da
erosão produz uma superfície muito acidentada e desfavorável ao
estabelecimento de atividades produtivas. As depressões possuem
zonas de baixa altitude, marcadas pelas maiores altitudes do seu
entorno.

COMO SE FORMAM AS DEPRESSÕES?

As depressões são formadas por meio de prolongados processos


erosivos. Normalmente podemos encontrar em suas laterais bacias
sedimentares. A erosão natural causada nessas bacias, seja
por agentes exógenos (como água e vento), seja por
agentes endógenos (como tectonismo e vulcanismo), origina as
depressões.

Quando forças advindas do interior da Terra abalam a superfície


terrestre, provocando o afundamento de áreas, depressões são
também formadas. Rochas cristalinas e rochas
sedimentares podem gerar depressões quando sofrem desgaste e
geram sedimentos que se acumulam nas áreas mais baixas.
CLASSIFICAÇÃO DAS DEPRESSÕES

1 - SEGUNDO A ALTITUDE

Depressões relativas: encontram-se a níveis SUPERIORES ao


nível do mar, mas inferiores às áreas que estão em suas margens.
Exemplos: Depressão Cuiabana, no Brasil.

Depressões absolutas: encontram-se a níveis INFERIORES ao


nível do mar. Exemplo: Mar Cáspio, localizado entre os continentes
europeu e asiático.

2 - SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO

Marginais: situam-se em áreas de formação sedimentar. Um


exemplo dessa depressão no Brasil é a Depressão Sul-Amazônica.

Periféricas: situam-se em áreas onde há o contato entre escudos


cristalinos e bacias sedimentares. Um exemplo no Brasil é a
Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense.

Interplanálticas: situam-se entre regiões de planaltos, estando


rebaixadas em relação a essas áreas. Exemplo: Depressão
Sertaneja e do São Francisco.

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