QUESTIONÁRIO PARA COMPOSIÇÃO DE M1

Existem diversos tipos de areias e aglomerantes no mercado, com os quais

podemos produzir diferentes tipos de argamassas. Considerando esses
diferentes tipos de materiais e com base nas práticas de laboratório,
responda:
Acadêmicos: Luiz Eduardo Moscon, Arthur De França Mangueira, Erick Adler
Da Costa e Patrick Franscisquini Felicio.

1. O que é a distribuição granulométrica de uma areia?

R: A distribuição granulométrica de uma areia mostra como os diferentes

tamanhos das partículas estão distribuídos em uma amostra. Isso é feito classificando
a areia em faixas de tamanho e analisando a porcentagem de cada faixa.

2. Exemplifique por meio de desenhos de tamanhos de grãos, uma areia com

granulometria contínua, granulometria descontínua e granulometria uniforme.

Granulometria contínua

Granulometria descontinua

Granulometria Uniforme

3. Se compararmos o cimento e a cal, qual dos dois materiais é mais fino?

R: A cal é mais fina do que o cimento.

4. O que significa a retenção de água numa argamassa e qual dos dois

aglomerantes retém mais água? Cimento ou cal? Em testes da aula prática do
laboratório, como as diferenças de retenção de água foram percebidas nas diferentes
argamassas?

R: Retenção de água é uma propriedade que está relacionada à capacidade da

argamassa no estado fresca manter sua trabalhabilidade. A cal retém mais água por
ter partículas menores que o cimento. Foi observado em laboratório que quando se
utiliza a cal a argamassa tem melhor plasticidade e evita a desidratação da
argamassa.
5. Se produzirmos duas argamassas na proporção em volume 1:3, sendo uma
com cimento: areia e outra com cal: areia, considerando as características e
propriedades dos materiais, qual dos traços deverá ter maior quantidade de água para
obter uma mesma trabalhabilidade? Justifique.

R: Para obter a mesma trabalhabilidade, a argamassa com cal e areia

precisará ter uma maior quantidade de água. Tal situação ocorre pela alta retenção de
água gerada pela cal, motivado pelo tamanho de seus grãos (muito finos) e reações
com relação ao cimento. Com isso, nessas proporções a argamassa de cal se torna
“seca” enquanto a com cimento e areia “fluida”.

6. Se produzirmos uma argamassa com areia fina e uma argamassa com areia
grossa, qual das duas precisará de mais água, considerando que ambas terão a
mesma trabalhabilidade? Justifique e demonstre a partir de considerações observadas
na prática do laboratório.

R: A argamassa produzida com areia fina precisará de mais água. Isso ocorre
pelo fato que a área de superfície de uma areia fina é consideravelmente maior do que
a areia de areia grossa, devido ao tamanho menor de suas partículas. Outra
característica que influencia na quantidade de água, é o número de espaços vazios na
areia fina que, por sua vez, é menor e tornam a mistura mais densa necessitando de
mais água para atingir a mesma trabalhabilidade.

7. Se produzirmos duas argamassas com areias com granulometrias uniformes,

uma muito fina e outra mais grossa, qual delas deverá apresentar maior coesão dos
grãos? Justifique com base nas observações da prática de laboratório.

R: A argamassa com granulometria uniforme com grãos finos apresente melhor

coesão em comparação com outra mais grossa. Como vimos em laboratório uma
argamassa feita com grãos finos apresenta mais homogeneidade e pouca segregação.

8. Se comparada essa areia anterior com uma com granulometria contínua, qual
deverá apresentar maior coesão dos grãos? Justifique.

R: A argamassa com granulometria contínua apresentará melhor coesão por

ter melhor fechamento entre os grãos. Menos espaços vazios.

9. Se produzirmos um traço de argamassa na proporção 1:1:6 e outro na

proporção 1:2:9, utilizando os mesmos materiais, qual precisará de mais água na
mistura para atingir a mesma trabalhabilidade? Justifique tecnicamente e apresente
dados da aula de laboratório

R: O traço 1:2:9 irá necessitar de mais água para a mistura atingir a mesma
trabalhabilidade que o traço 1:1:6, o traço 1:1:6 possui uma maior proporção de
cimento em relação ao traço 1:2:9, como o cimento é o aglomerante que requer menos
água para hidratação comparado à cal. O traço 1:2:9 tem maior proporção de cal e
necessita de mais água para atingir a mesma trabalhabilidade.
 Nas aulas de laboratório notou-se que o traço 1:1:6, tende a ser mais coesa e
menos fluida e necessita menos água, e o traço 1:2:9 sua mistura é mais fluída por
conta da maior quantidade de cal e areia assim precisando de mais água para
hidratação que irá influenciar na consistência da mistura.

10. O que é a exsudação em uma argamassa? Por que ela pode ocorrer?

R: A exsudação é quando uma camada de água se forma na superfície da

mistura recém aplicada. Esse processo geralmente resulta de um excesso de água na
mistura ou da separação dos componentes da argamassa, que inclui cimento, areia e
água. Quando a proporção de água na mistura é muito alta, ela tende a migrar para a
superfície durante o processo de cura. Além disso, o uso errôneo de materiais ou
condições ambientais desfavoráveis, como temperaturas muito altas ou baixa
umidade, podem acelerar a evaporação da água e contribuir para a exsudação.

11. Se produzirmos duas argamassas na proporção em volume 1:3, sendo uma

com cimento: areia e outra com cal: areia, considerando as características e
propriedades dos materiais, qual das argamassas tem maior tendência à exsudação?
Justifique.

R: A argamassa de cimento: areia 1:3 tem maior exsudação por conta do

cimento, pois nas argamassas de cimento a exsudação ocorre quando o excesso de
água da mistura que tende a subir para a superfície durante a cura, e que comparado
a argamassa de areia e cal 1:3 possui maior capacidade de retenção de água que é
distribuída de maneira uniforme e retida na mistura, o que promove a redução da
exsudação
12. A dosagem feita com areia seca e com areia úmida apresenta diferenças?
Qual(is) diferenças foram observadas na prática de laboratório. Explique descrevendo
os ensaios e resultados observados.

R: Sim, as dosagens com os dois tipos de areias apresentam diferenças, a

dosagem com areia úmida precisa de ajustes na água adicionada á mistura por conta
do inchamento do agregado afim de evitar problemas na trabalhabilidade e resistência
e na dosagem com a areia seca é possível ter um controle mais fino na mistura
resultando em melhores propriedades mecânicas do concreto.

13. Qual a relação que existe entre o volume de areia seca e volume de
argamassa produzida e qual a relação entre o volume da areia úmida e o volume de
argamassa produzida? Explique e indique a aplicação prática dessas conclusões.

R: A relação entre o volume de areia (seca ou úmida) e o volume de argamassa

gerada está diretamente conectada ao comportamento da areia em diferentes
condições de umidade, afetando diretamente o resultado da mistura.

Quando a areia está seca, as partículas estão mais compactadas, sem interferência da
água. Por isso, o volume medido de areia seca corresponde à quantidade necessária
para a produção de argamassa.

Quando a areia está úmida, ocorre o fenômeno do "inchamento", em que as

partículas ficam separadas por finas camadas de água, o que faz com que o volume
aparente da areia aumente. Isso significa que, ao medir 1 m³ de areia úmida, a
quantidade real de areia seca presente é menor. Se essa diferença não for corrigida, o
volume de argamassa resultante será menor do que o esperado, pois o volume
aparente da areia úmida não reflete sua quantidade real.

Exemplo Prático.
Em um laboratório, ao trabalhar com areia úmida, observa-se que 1 m³ de areia úmida
pode conter apenas 0,80 m³ de areia seca real, devido ao inchamento. Se não houver
uma correção, a argamassa final terá um volume menor, comprometendo a
quantidade de material disponível para a aplicação. Em uma obra, isso pode resultar
em desperdício de materiais ou na necessidade de fazer mais misturas, gerando
atrasos e custos adicionais.

14. Em linhas gerais, explique como a granulometria e os diferentes tipos de areias

interferem nas características das argamassas. Use exemplos da prática de
laboratório.

R: A granulometria e os tipos de areia influenciam diretamente nas propriedades das

argamassas, afetando sua trabalhabilidade, resistência, porosidade e acabamento. A
granulometria se refere à distribuição dos tamanhos das partículas de areia, e os
diferentes tipos de areia podem ser grossas ou finas, naturais ou artificiais, com
características próprias que afetam o desempenho da argamassa.

A argamassa com areia fina necessita de mais água em comparação às

argamassas com areia grossa ou média. Isso acontece porque as partículas finas têm
uma área superficial maior, o que aumenta a demanda por água para envolver
adequadamente os grãos e proporcionar uma boa trabalhabilidade.

Areias com partículas finas tendem a resultar em argamassas mais coesas e

fáceis de aplicar. Por outro lado, um excesso de areia fina pode aumentar a
porosidade e levar à retração, o que pode causar fissuras após a secagem.

Vendo a imagem abaixo, na direita, uma argamassa com areia fina

necessitando de mais água do que a argamassa com areia grossa na esquerda.

Areia Grossa: Maior Resistência, devido à menor porosidade, criando uma estrutura
mais sólida, contudo, a trabalhabilidade da mistura pode ser prejudicada, tornando o
manuseio e acabamento mais difíceis, especialmente em camadas finas

15. Em linhas gerais, explique como os diferentes tipos e quantidades ou

proporções de aglomerantes interferem nas características das argamassas. Use
exemplos da prática de laboratório.

R: As diferentes proporções e tipos de aglomerantes influenciam diretamente nas

propriedades das argamassas, como trabalhabilidade, resistência mecânica,
aderência, retração e durabilidade.

Cal Hidratada: Exige mais água na mistura do que outros aglomerantes, como
o cimento, para formar uma argamassa adequada. Isso ocorre porque a cal tem uma
maior capacidade de absorção de água, o que contribui para aumentar a plasticidade
e a trabalhabilidade da mistura.

Argamassas com mais cimento, por outro lado, necessitam de menos água
para alcançar a mesma consistência, pois o cimento tem uma menor capacidade de
absorção de água.

Exemplo prático em laboratório: Ao preparar uma argamassa com a mesma

quantidade de água de traço:1:3 (cal e areia), nota-se que a quantidade de água
necessária é maior do que em uma argamassa 1:3 (cimento e areia). Isso se reflete no
aumento da trabalhabilidade da mistura, mas também requer cuidados para evitar
fissuras causadas pelo excesso de água.