Caso Huawei
Caso Huawei
Caso Huawei
Na vertente comercial, o lançamento dos novos modelos de smartphones foi redirecionado para
a Europa e Austrália, a par com o mercado doméstico, mas os resultados foram mistos: enquanto
na China a Huawei conseguiu alcançar a liderança, com mais de 40% de quota de mercado,
graças em parte ao “efeito patriótico”, no estrangeiro as vendas foram afetadas pela ausência
das populares aplicações Gmail, YouTube e Maps da Google. Em compensação, a Huawei
redobrou os esforços para equipar as infraestruturas das redes 5G na Europa, Medio Oriente e
Ásia, tendo já celebrado contratos em mais de 40 países. Para se ajustar a um volume de vendas
inferior ao planeado, a empresa decidiu também reduzir os custos, através do aumento da
produtividade, da diminuição dos salários e do despedimento de centenas de colaboradores,
nomeadamente nos Estados Unidas da América. Após a revisão da estratégia, a Huawei está
otimista: o mercado doméstico continua robusto e as vendas no estrangeiro deverão recuperar
graças às características distintivas dos seus smartphones, ao seu novo ecossistema de
aplicações e aos seus equipamentos 5G. Faz questão de salientar que, sem o acesso às suas
tecnologias de ponta, as empresas mais prejudicadas serão as norte-americanas.
Fonte: A. Freire – Estratégia: criação de valor sustentável em negócios tradicionais e digitais - Bertrand
Editora.