Atividade 3

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Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Ciências Farmacêuticas


BT315- Farmacobotânica

Atividade da aula 3: Material testemunho e microtécnica vegetal: coleta, herborização,


preparo e conservação de amostras vegetais
Entrega:
05/04/2021 Lethicia Camboin de Oliveira (RA: 239300) NOTA: 9

Estudo dirigido – Atividade para entregar da aula 3


1. COLETA, HERBORIZAÇÃO E SECÇÕES A MÃO LIVRE DE PLANTAS MEDICINAIS –
Observe o conteúdo de uma ficha de coleta e ficha de herborização e excicata para
deposito em herbário de material vegetal. Responda as questões que seguem.

a) Exemplo de Ficha de Coleta

FICHA DE COLETA
FAMILIA:Anacardiaceae NOME COMUM LOCAL: aroeira-vermelha

NOME CIENTIFÍCO: Schinus terebinthifolius Raddi

NOME DO C OLETOR OU C OLETORES J.C. Galvão N DO DATA DA C OLETA


COLETOR 1 02/03/2015

NOME DO DETERMINADOR E DATA R. Morokawa 02/03/2015

PAÍS Brasil ESTADO São Paulo

MUNICÍPIO Campinas LATITUDE LONGITUD ALTITUDE


E

LOCAL DE C OLETA Casa de vegetação do Departamento de Biologia Vegetal da


Universidade Estadual de Campinas

AMBIENTE GERAL Cultivado

SUBSTRATO GERAL Cultivado (mistura de solos argiloso, humoso e arenoso)

OBSERVAÇÕES:Árvore ca. 10 m. Folhas discolores com face adaxial verde e face


abaxial verde esbranquiçado. Flores brancas esverdeadas. Frutos imaturos
verdes, maduros vermelhos. Folhas, ramos, flores e frutos aromáticos, com
odor de terebintina.
Herborização e Montagem de excicatas

Sementes ou flores pequenas podem


ser guardadas em um papel vegetal
dobrado anexado àexsicata.

Estudo dirigido: questões para responder e entregar

1. Qual a importância da coleta, herborização e conservação em estudos com


plantas?
A coleta e a herborização são importantes, pois, permitem o reconhecimento da flora,
servindo como base de informações, já a conservação é importante para estocar essa
fonte de conhecimento e possibilitar seu uso por longos períodos de tempo. Sendo
assim a importância da coleta, herborização e conservação em estudos com plantas se
dá ao fato de atuarem como bancos de informações sobre a flora e serem as bases do
conhecimento sobre sua composição, distribuição e conservação, além de serem fonte
de informações e materiais de estudos (servindo também como testemunho destes)
para alunos e pesquisadores que buscam um maior conhecimento na área da botânica.

2. Comente e discuta a importância da identificação botânica e da manutenção de


materiais- testemunho em estudo com plantas de interesse farmaceutico?
A identificação botânica em estudo com plantas de interesse farmacêutico é importante,
pois, ao possuir uma amostra física de cada planta e ao conhecer suas características
tanto morfológicas quanto químicas e suas propriedades farmacológicas, tóxicas e
medicinais pode-se utilizá-las tanto no preparo de medicamentos quanto em pesquisas
de desenvolvimento de novos fármacos, já a manutenção dos materiais-testemunho é
de grande importância pois pode ser utilizado nas publicações cientificas com relação a
espécie em questão.

3. Como proceder para minimizar erros e distinguir sinonímia seja de nome popular
ou de nome cientifico de espécies vegetais de interesse farmacêutico e que
divergem em monografias farmacopeicas e de região para região?
Para minimizar erros e distinguir sinonímia é preciso padronização e informatização dos
dados, para que não ocorra divergências entre as regiões e identificações errôneas de
plantas. Uma maneira de tentar minimizar essas divergências em relação aos nomes
das plantas seria procura-los em monografias, a farmacopeia brasileira, por exemplo,
conta atualmente com 41 monografias de drogas vegetais e nelas constam binômio
científico, nome popular, sinonímia latina e vulgar, caracteres organolépticos, descrição
macroscópica e microscópica, entre outros. Além da farmacopeia brasileira ainda pode-
se procurar em monografias da OMS, nessas monografias são fornecidas todas as
referências, assim como ligações a outras monografias, como às da ESCOP, e a
padrões de análise da própria OMS.

4. Os corantes mais utilizados para coloração no preparo de cortes histologicos


vegetais são: Azul de Toluidina, Safranina, Azul de Astra e Sudan Black B. Qual a
particularidade no emprego como corante de células e tecidos vegetais,
propriedades quimicas, fisico-quimicas e biológicas e qual a indicação de cada
um deles, como agem, suas vantagens e desvantagens.
Azul de toluidina: Reage com grupos ácidos de componentes teciduais (radicais
carboxílicos, sulfatos e fosfatos), alterando-se em função do pH (pH neutro a 4,0 os 3
radicais mostram-se corados/ pH 3,5 apenas os grupamentos sulfato e fosfatos
mostram-se corados/ pH 1,0 somente os sulfatos mostram-se corados). O azul de
toluidina é um corante metacromático, que exibe coloração diferente de acordo com o
substrato que reage, as pectinas, por exemplo, coram de roxo, já as paredes
lignificadas e fenólicos não estruturais coram de verde ou azul esverdeado. Esse
corante pode ser utilizado em material sem inclusão (fresco ou fixado) ou incluído
(metacrilato ou parafina).

Safranina: é usada como corante secundário em alguns protocolos de coloração.


Sendo também um corante secundário clássico para ambas as colorações de Gram, e
na coloração de endósporos com verde de malaquite. A safranina é um indicador
redox, sendo incolor na sua forma reduzida e vermelha na forma oxidada. O seu
potencial redox é dependente do pH da solução: a pH=7 o seu potencial de redução
padrão é de -0,25V (pH≥7 apresenta-se na sua forma oxidada e com coloração
vermelha; pH≤7 apresenta-se na sua forma reduzida e com colaração incolor). As
safraninas são bases fortes e formam sais estáveis de monoácidos. A sua solução
alcoólica apresenta uma fluorescência amarelo-avermelhada. Esse corante tinge de
vermelho as paredes celulares lenhificadas, suberificadas, cutinizadas ou ricas em
esporopolenina.

Azul de Astra: é um composto químico pertencente ao grupo de corantes


ftalocianina (composto macrocíclico aromático colorido fortemente de azul a verde) e é,
entre outros, usado em microscopia para coloração em madeira quando a coloração
das paredes celulares é necessária. Possui um cátion relacionado que é solúvel em
água, que contém um átomo central de cobre. O azul de astra colore
mucopolissacarídeos predominantemente ácidos. Esse corante pode ser utilizado em
conjunto com a safranina em dupla coloração de preparações vegetais, sendo as
paredes celulares lenhosas tingidas de vermelho pela safranina e as paredes celulares
não lenhosas tingidas de azul pelo azul de astra. Esse corante pode ser utilizado em
materiais sem inclusão (fresco ou fixado) ou incluído (matecrilato ou parafina).

Sudan Black B: Os sudões são os lisocromos mais utilizados na detecção de lipídios.


Contudo apenas detectam lipídios que se encontram em fase líquida e a temperatura
ambiente. A sudanofilia do lipídio depende do seu ponto de fusão, do número de
ligações duplas e do comprimento da cadeia de carbonos. A elevada tensão superficial
das gorduras, na interface lipídio-água, faz com que ela tome forma globular,
impermeável aos agentes aquosos, mais muito permeável aos sudões. O Sudan Black
B é o único sudão diiminoazoico, ele possui dois grupos azoicos e um anel
heterocíclico que contem dois átomos azotos (N=N). O Sudan Black B possui dois
componentes distintos, um cora gorduras de azul-negro e o outro, um corante básico
que cora os fosfolipídios de cinza

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