A Realidade Das Políticas Públicas
A Realidade Das Políticas Públicas
A Realidade Das Políticas Públicas
BRASÍLIA
2024
Nívea Maria Teodoro
BRASÍLIA
2024
RESUMO
As políticas públicas são, na essência, estratégias adotadas pelo Estado para resol-
ver problemas sociais e atender às demandas da população. No entanto, sua implementação
envolve uma complexa inter-relação entre as dimensões política, psicológica e emancipató-
ria, o que traz desafios, contradições e oportunidades de transformação social.
As políticas públicas são ações e programas desenvolvidos pelo Estado para atender
as necessidades da sociedade, promovendo bem-estar social, econômico e cultural. Elas
envolvem a criação, implementação e avaliação de estratégias voltadas para questões
como saúde, educação, segurança, habitação, entre outras. O papel das políticas públicas
é garantir os direitos da população e promover a justiça social, com foco na melhoria das
condições de vida e no acesso a serviços essenciais. Ainda, Dye (1984: 13) sintetiza a
definição de política pública como “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”
resguardo imediato da segurança, mas também a promoção de uma vida livre de violência,
com o empoderamento das mulheres em diversos aspectos de sua vida.
E) Participação Social e Cidadania Ativa
Uma das formas mais diretas de emancipação é a participação cidadã nas decisões
políticas. O DF tem avançado na participação popular através de conselhos de saúde,
educação e assistência social, onde a população, especialmente os grupos mais marginali-
zados, pode participar das decisões que afetam diretamente suas vidas. A participação nos
Conselhos de Saúde, por exemplo, garante que as políticas de saúde no DF atendam de
forma mais eficaz às necessidades da população e permitam que os cidadãos influenciem
a gestão pública.
Esses conselhos têm um papel crucial na defesa dos direitos da população e no
controle social, garantindo que os recursos públicos sejam bem aplicados e que as políticas
públicas sejam mais inclusivas e eficazes.
F) Emprego e Renda: Promoção da Autonomia Econômica
A criação de políticas públicas de qualificação profissional e inclusão no mercado de
trabalho também tem uma forte dimensão emancipatória no DF. Programas como o SENAC
e o SEBRAE promovem cursos de capacitação e empreendedorismo para jovens, mulheres
e pessoas em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de aumentar a qualificação
e a autossuficiência econômica dessas populações.
Essas políticas não apenas visam oferecer uma forma de sustento, mas também
um empoderamento econômico, permitindo que os indivíduos possam tomar controle de
sua vida financeira, diminuindo a dependência do Estado e abrindo novas possibilidades de
inserção no mercado de trabalho.
Dessa forma, apesar dos avanços, existem desafios significativos para a efetiva
emancipação das populações mais vulneráveis no DF. A desigualdade social, a discrimi-
nação e o acesso desigual aos serviços públicos ainda limitam o potencial emancipatório
das políticas públicas. Além disso, as fragilidades no financiamento e na execução local de
algumas políticas podem comprometer os resultados esperados.
No entanto, a participação ativa da sociedade civil e o fortalecimento das estru-
turas de controle social são passos importantes para que as políticas públicas no DF
realmente cumpram sua função emancipatória, promovendo a igualdade de direitos e o
empoderamento social.
Assim, a dimensão emancipatória das políticas públicas no Distrito Federal busca
transformar a realidade social, garantindo que as populações marginalizadas adquiram
autonomia, segurança e igualdade de oportunidades. A integração de políticas de habitação,
saúde, educação, assistência social e participação cidadã tem sido um caminho importante
para a promoção da justiça social e para a construção de uma sociedade mais inclusiva e
igualitária. No entanto, a concretização plena dessa emancipação depende da superação de
desafios como a desigualdade estrutural e a efetividade na implementação dessas políticas.
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Conclusão
Referências:
BERING, Elaine Rosseti. Brasil em contra-reforma, desestruturação do estado e perda de
direitos. São Paulo, Cortez, 2003.
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