O Cuidado À Saúde Da Mulher Na Atenção Primária

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O CUIDADO À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

ROTEIRO

2 - APRESENTAÇÃO

3 - OBJETIVOS E METAS DE APRENDIZAGEM

4- PORQUÊ ESTUDAR SOBRE A SAÚDE DA MULHER?

As mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%) e as principais usuárias do Sistema


Único de Saúde (SUS). Frequentam os serviços de saúde para o seu próprio atendimento mas,
sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas, com deficiência,
vizinhos, amigos. São também cuidadoras, não só das crianças ou outros membros da família,
mas também de pessoas da vizinhança e da comunidade.

As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente. A


vulnerabilidade feminina diante de certas doenças e causas de morte está mais relacionada
com a situação de discriminação na sociedade que a situação com fatores biológicos.

Por esse motivo faz-se necessário o planejamento de ações de saúde, que tenham como
objetivo promover a melhoria das condições de vida, a igualdade e os direitos de cidadania da
mulher.

Ao longo de todo o seu ciclo de vida, ter um acompanhamento especial a cada período é
essencial. Intensificando-os assim, a partir da sua primeira menstruação e se alongando a
gravidez, menopausa e terceira idade.

Pode parecer obvio, porém, as campanhas de conscientização ainda são de extrema


importância. Elas enfatizam a relevância que toda mulher deve dar a questões ligadas a saúde
de seu corpo.

5 - A MULHER NA ANTIGUIDADE

A condição da mulher em décadas passadas era de submissa aos homens. Tal submissão não
era por escolha, mas literalmente imposta pela sociedade e pela igreja católica.

As famílias eram formadas não por escolha dos cônjuges, mas por acordos benéficos aos pais
da moça e do rapaz. Dentro desse contexto a mulher era apenas uma peça a ser negociada
para fechar o acordo, ela precisaria cumprir com os afazeres do lar sendo uma boa esposa. Era
também papel da mulher na antiguidade manter uma boa imagem da sua família e esposo.

Essa condição em que as mulheres se encontravam dava-se também á acomodação delas


mesmas, pois aprendiam com as gerações anteriores que seu papel no futuro era de ser uma
boa esposa. Ao mesmo tempo em que as mulheres aceitavam a condição imposta á elas, os
homens se aproveitavam do poder que tinham em mãos.

6- A REVOLUÇÃO FEMININA

A partir do século XIX inicia-se a discussão de gêneros na construção social e identitária dos
papéis masculinos e femininos. A mulher começou a ter suas primeiras conquistas, como a
inserção no mercado de trabalho, mas exercendo funções inferiores. Frente a isso veio o
feminismo, onde as mulheres aliadas ao movimento operário buscavam de melhorias
trabalhistas. Na metade desse mesmo século a mulher teve acesso as primeiras instituições
destinadas a educá-las, mas ainda uma educação primaria.

A busca pela liberdade sexual e direitos reprodutivos ganhou forças na década de 1960
quando surgiu o primeiro anticoncepcional oral.

A sexualidade que até então era reprimida e abominada pela igreja foi aos poucos substituída
pelo direito de amar e de explorar sua própria sexualidade dando lugar ao prazer.

7 - AS VÁRIAS FACES DA MULHER CONTEMPORÂNEA

Uma das conquistas mais influentes do sexo feminino foi à inserção no mercado de trabalho.
Hoje em dia os cargos que eram especificamente para os homens, estão sendo ocupados pelas
mulheres também. Porém, é importante destacar que apesar dessa uniformidade em relação
ao trabalho, os salários ainda são menores para o lado feminino. Isso não se dá por falta de
qualificação por parte das mulheres, já que as mesmas têm se profissionalizado de maneira
intensa e responsável.

8 - POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

No ano de 2004 o Ministério da Saúde, considerou que a saúde da mulher é uma prioridade do
governo e elaborou o documento “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher –
Princípios e Diretrizes”.

Este documento incorpora, num enfoque de gênero, a integralidade e a promoção da saúde


como princípios norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos direitos sexuais e
reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no planejamento familiar, na
atenção ao abortamento inseguro e no combate à violência doméstica e sexual. Agrega,
também, a prevenção e o tratamento de mulheres vivendo com HIV/aids e as portadoras de
doenças crônicas não transmissíveis e de câncer ginecológico. Além disso, amplia as ações para
grupos historicamente alijados das políticas públicas, nas suas especificidades e necessidades.

9 – NORMATIVAS E PROTOCOLOS ASSISTENCIAIS

10 - HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À MULHER

Para que a Atenção Básica (AB) possa cumprir seu papel na Rede de Atenção à Saúde, é
fundamental que a população reconheça que as unidades básicas de saúde (UBS) estão
próximas a seu domicílio e podem resolver grande parte de suas necessidades em saúde.

Por meio do acolhimento, compreendido como uma escuta atenta e qualificada, que considera
as demandas trazidas pela usuária, a equipe de saúde define as ofertas da UBS para o cuidado
e estabelece critérios que definem as necessidades de encaminhamento desse usuário para
outro ponto da Rede de Atenção à Saúde.

Os profissionais de saúde, precisam ser dotados de atitudes proativas estimulando a adesão


pela mulher desde as ações preventivas até o tratamento da doença. Devem aproveitar as
oportunidades da presença da mulher nas unidades básicas de saúde em todos os
atendimentos,

11 - A APS COMO COORDENADORA DO CUIDADO E ORDENADORA DAS REDES DE ATENÇÃO


À SAÚDE
As ações da Atenção Básica são diversas no controle dos cânceres do colo do útero e da mama.
Vão desde cadastro e identificação da população prioritária ao acompanhamento das usuárias
em cuidados paliativos. É fundamental que a equipe conheça a sua população, com cadastro
sistemático de todos os usuários da sua área adscrita. A partir desse cadastro, ela deve
conseguir identificar todas as mulheres da faixa etária prioritária, bem como identificar
aquelas que têm risco aumentado para a doença. Ao realizar o cruzamento entre as mulheres
que deveriam realizar o exame e as que o realizaram, é possível definir a cobertura e, a partir
daí, pensar em ações para ampliar o acesso ao exame. Avaliar a cobertura do exame é tarefa
fundamental das equipes, bem como avaliação dos resultados dos exames e dos exames
insatisfatórios no caso do colo do útero.

12 – SISCAN (SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO CANCER)

O Instituto Nacional de Câncer (INCA), em parceria com o Departamento de Informática do


Sistema Único de Saúde (DATASUS), desenvolveu, em 1998, o Sistema de Informação do
Controle do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO), e, em 2008, o Sistema de Informação do
Controle do Câncer de Mama (SISMAMA), ferramentas gerenciais que fornecem dados sobre a
população examinada, resultados dos exames, seguimento dos casos alterados, qualidade dos
serviços, entre outras informações necessárias ao acompanhamento do programa.

SISCOLO - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

SISMAMA - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

13 – IMPORTÂNCIA DOS SITEMAS DE INFORMAÇÃO

14 – CANCER DE MAMA

O câncer de mama, assim como outras neoplasias malignas, resulta de uma proliferação
incontrolável de células anormais, que surgem em função de alterações genéticas, sejam elas
hereditárias ou adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos. Tais alterações
genéticas podem provocar mudanças no crescimento celular ou na morte celular programada,
levando ao surgimento do tumor. Principais: neoplasias lobulares, carcinoma ductal in situ,
Doença de Paget, carcinoma invasivo.

15 - EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE COLO NO BRASIL


O câncer de mama é o mais incidente em mulheres, representando 23% do
total de casos de câncer no mundo, em 2008, com aproximadamente 1,4 milhão de
casos novos naquele ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (458 mil
óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.

A incidência e mortalidade do câncer de mama tende a crescer progressivamente


com a idade.

16 - CÂNCER DE MAMA – prevenção de detecção precoce


A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos
fatores de risco reconhecidos. Embora os fatores hereditários e muitos daqueles
relacionados ao ciclo reprodutivo da mulher não sejam passíveis de mudança,
evidências demonstram uma diminuição do risco relativo para câncer de mama de
cerca de 4,3% a cada 12 meses de aleitamento materno, adicionais à redução de
risco relacionada à maior paridade.
Fatores relacionados ao estilo de vida como obesidade pós-menopausa,
sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal,
podem ser controlados e contribuir para diminuir a incidência do câncer de mama.
A mastectomia profilática também tem sido pesquisada como forma de
prevenção primária do câncer de mama em mulheres com risco muito elevado de
câncer de mama.

17 - CÂNCER DE COLO UTERINO

O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de


revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir
estruturas e órgãos contíguos ou a distância.
Há duas principais categorias de carcinomas invasores do colo do útero, dependendo da
origem do epitélio comprometido: o carcinoma epidermoide, tipo mais incidente e que
acomete o epitélio escamoso (representa cerca de 80% dos casos), e o adenocarcinoma, tipo
mais raro e que acomete o epitélio glandular.

Vários estudos demonstraram a presença do HPV na quase totalidade dos casos de


câncer cervical, dessa forma está determinado que a infecção pelo HPV é causa necessária
para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Entre os HPVs de alto risco oncogênico, os
tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é transitória e regride


espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a exposição (IARC, 2007). No pequeno
número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral
oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, cuja identificação e
tratamento adequado possibilita a prevenção da progressão para o carcinoma cervical
invasivo.

18 – EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE COLO NO BRASIL

No Brasil, o câncer de colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as
mulheres. Com exceção do câncer de pele, esse tumor é o que apresenta maior potencial de
prevenção e cura quando diagnosticado precocemente. Atingir alta cobertura no rastreamento
da população definida como alvo é o componente mais importante para que se obtenha
significativa redução da incidência e da mortalidade por câncer de colo do útero.

Estima-se que 12% a 20% das brasileiras entre 25 e 64 anos nunca realizaram o exame
citopatológico, que é a principal estratégia de rastreamento do câncer de colo do útero e de
suas lesões precursoras.

19 - CÂNCER DO COLO UTERINO - Prevenção e detecção precoce

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco


de contágio pelo HPV.
A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente por meio de
abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso
de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente
do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer por intermédio do contato com a pele da
vulva, a região perineal, a perianal e a bolsa escrotal.
Atualmente há duas vacinas aprovadas e comercialmente disponíveis no Brasil: a
bivalente, que protege contra os tipos oncogênicos 16 e 18, e a quadrivalente, que protege
contra os tipos não oncogênicos 6 e 11 e os tipos oncogênicos 16 e 18. Ambas são eficazes
contra as lesões precursoras do câncer do colo do útero, principalmente se utilizadas antes do
contato com o vírus. Ou seja, os benefícios são significativos antes do início da vida sexual.
Prevenção secundária - as estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico
precoce (abordagem de indivíduos com sinais e/ou sintomas da doença) e o rastreamento
(aplicação de um teste ou exame em uma população assintomática, aparentemente saudável,
com objetivo de identificar lesões precursoras ou sugestivas de câncer e encaminhá-las para
investigação e tratamento).

20 – MEME PARA DESCONTRAIR

21 - O CONSULTÓRIO GINECOLÓGICO – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

HIGIENIZAÇÃO
FALAR DE CADA MOBILIÁRIO
MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO LOCAL PARA ASSISTÊNCIA QUALIFICADA

22 - O CONSULTÓRIO GINECOLÓGICO – INSUMOS

FALAR DA PROVISÃO DE MATERIAIS


FALAR INDIVIDUALMENTE DE CADA MATERIAL
IMPORTÂNCIA DE CONHECER A POPULAÇÃO ASSISTIDA E DEMANDA DA UNIDADE

23 – A CONSULTA GINECOLÓGICA – MÉTODO SOAP

É UM MOMENTO MUITO IMPORTANTE PARA A MULHER


OFERTAR ESPAÇO PARA ESCUTA ATIVA, APOIO EMOCIONAL, ORIENTAÇÕES, DÚVIDAS, FALA
COM CLAREZA, OBJETIVIDADE, SEM TERMOS TÉCNICOS (VIDA SEXUAL ATIVA?), OFERTA DE
TESTES RÁPIDOS IST, QUANDO A CONSULTA GINECOLÓGICA VAI ALÉM...
EXEMPLOS DO COTIDIANO (HISTÓRIA DO TRAUMA SEXUAL)

FALAR DO MÉTODO SOAP – É UMA FERREMENTA DE EVOLUÇÃO. Este método permite que
você possa ordenar as informações do atendimento em uma sequência lógica para
rápida consulta quando necessário, inclusive no próximo encontro com o paciente,
quando o médico pode questionar se o mesmo colocou em prática o Plano proposto
no último item do registro, o “P”, como uso de fármacos ...

24 – S- SUBJETIVO
25 – S – SUBJETIVO
26 – OBJETIVO
27 – ANATOMIA DA MAMA

28 – EXAME CLÍNICO DAS MAMAS

29 – EXAME DAS MAMAS

30 – EXAME FÍSICO GENITÁLIA EXTERNA – ECTOSCOPIA VULVAR

31 - EXAME FÍSICO– INTRODUÇÃO DO ESPÉCULO


32 - ANATOMIA GINECOLÓGICA
O útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que está situado no abdome
inferior, por trás da bexiga e na frente do reto e é dividido em corpo e colo. Essa
última parte é a porção inferior do útero e se localiza dentro do canal vaginal.

O colo do útero apresenta uma parte interna, que constitui o chamado canal
cervical ou endocérvice, que é revestido por uma camada única de células
cilíndricas produtoras de muco – epitélio colunar simples. A parte externa, que
mantém contato com a vagina, é chamada de ectocérvice e é revestida por um
tecido de várias camadas de células planas – epitélio escamoso e estratificado. E a
parte interna endocervice de tecido glandular.

33 - O COLO UTERINO NA LITERATURA

34 - O COLO UTERINO NA PRÁTICA CLÍNICA

35 - EXAME FÍSICO – EXAME ESPECULAR

36 - COLETA DO MATERIAL PARA O EXAME CITOPATOLÓGICO DO COLO DO ÚTERO

37 - ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DA AMOSTRA

38 - A – AVALIAÇÃO

Falar dos códigos CIAP 2 - Classificação Internacional no E-sus

O sistema de Classificação Internacional de Atenção Primária – Segunda Edição (CIAP2) é


uma ferramenta adequada à Atenção Básica (AB) que permite classificar questões relacionadas
às PESSOAS e não a doenças. Permite classificar não só os problemas diagnosticados pelos
profissionais de saúde, mas os motivos da consulta e as respostas propostas pela equipe
seguindo a sistematização SOAP, de Lawrence Weed (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano).

Pode ser utilizado por todos os profissionais de saúde!

39 – P – PLANO

40 - EXEMPLO DE EVOLUÇÃO PELO MÉTODO SOAP

41 - RECOMENDAÇÕES DIANTE DOS RESULTADOS DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS –


NORMAIS

42 - RECOMENDAÇÕES DIANTE DOS RESULTADOS DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS –


ANORMAL

43 - RECOMENDAÇÕES DIANTE DOS RESULTADOS DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS –


ANORMAL

44 - RESULTADOS DE EXAMES MAMOGRÁFICOS

45 - RECOMENDAÇÕES DA USG DAS MAMAS

46 - QUIZ

REFERÊNCIAS

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