Trabalho Figuras de Estilo

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INSTITUTO POLITÉCNICO DO BENGO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE INFORMÁTICA

TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA

FIGURAS DE ESTILO DO NÍVEL SEMÂNTICO

GRUPO Nº 02
CLASSE: 11ª
SALA Nº 02
TURMA: IN11B
PERÍODO: TARDE
CURSO: INFORMÁTICA

O PROFESSOR
________________________

IMP – BENGO, 2024


I
INSTITUTO POLITÉCNICO DO BENGO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE INFORMÁTICA

FIGURAS DE ESTILO DO NÍVEL SEMÂNTICO

Trabalho apresentado ao Instituto Politécnico do


Bengo como um dos requisitos para obtenção de
avaliação contínua na cadeira de Língua Portuguesa.

Integrantes do grupo nº 02

1. Florinda Miguel

2. Francisco Manuel Sanda Lopes

3. José Manuel João Chingui

4. João Diogo

BENGO, 2024

II
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, pelo apoio que têm nos dado durante o
período da nossa formação.

III
AGRADECIMENTOS

Expressar gratidão é uma forma poderosa de cultivar


relacionamentos saudáveis e fortalecer os laços com as
pessoas ao nosso redor. Agradecer é reconhecer e
valorizar o apoio, o carinho e as boas ações que
recebemos. Dito isso, "Agradecemos de coração aos
nossos pais, ao nosso querido professor por tudo quanto
faz por nós. Sua bondade e generosidade são
verdadeiros presentes em nossas vidas.

IV
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos ............................................................................................................... 1

1.1.1. Objetivo Geral ...................................................................................................... 1

1.1.2. Objetivos Específicos ............................................................................................... 1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 2

2.1 Figura De Estilo/Linguagem ............................................................................................ 2

2.1.1. Figura De Estilo/Linguagem Do Nível Semântico ........................................................ 2

2.1.1.1. Metáfora.................................................................................................................... 2

2.1.1.2. Catacrese ................................................................................................................... 3

2.1.1.3. Metonímia ................................................................................................................. 4

2.1.1.4. Sinédoque.................................................................................................................. 4

2.1.1.5. Antonomásia Ou Perífrase ......................................................................................... 4

2.1.1.6. Comparação Ou Símile .............................................................................................. 5

2.1.1.7. Sinestesia .................................................................................................................. 5

CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 7

V
1. INTRODUÇÃO

Dada a pertinência da obtenção do conhecimento linguístico, o nosso trabalho traz


consigo um tema muito interessante (Figuras de estilo do nível semântico), deixe-nos lembra-
lo que Figuras de estilo, também chamadas de figuras de linguagem, são recursos estilísticos
usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita. Dependendo da sua
função, elas são classificadas em: Figuras de palavras ou semânticas que estão associadas
ao significado das palavras, Figuras de pensamento que trabalham com a combinação de
ideias e pensamentos, Figuras de sintaxe ou construção que interferem na estrutura gramatical
da frase e Figuras de som ou harmonia que estão associadas à sonoridade das palavras. Neste
trabalho, nós falaremos simplesmente da figura de estilo do nível semântico.

1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Objetivo Geral

 O presente trabalho, objetiva apresentar os estudos sobre a figura de estilo do nível


semântico.

1.1.2. Objetivos Específicos

 Apresentar as figuras semânticas;


 Compreender as relações semânticas estabelecidas em situações de comunicação por
meio do emprego de figuras de palavras.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 FIGURA DE ESTILO/LINGUAGEM

As figuras de linguagem são recursos expressivos que consistem em “fugas”


discursivas da língua, uma vez que nem sempre uma ideia pode (ou precisa) ser comunicada
literalmente. A criatividade humana permite uma comunicação fluida e que, muitas vezes, não
se adapta à literalidade ou à realidade palpável do mundo.

Chamamos de figura de linguagem os recursos expressivos empregados para gerar


efeitos nos discursos, ampliando a ideia que se pretende passar e que não seria possível com o
uso restrito e literal das palavras. Esses recursos podem dar o efeito de exagero, ausência,
similaridade, lirismo ou estranheza, priorizando a alteração da construção das sentenças ou a
semântica (o significado) ou a sonoridade (a forma).

As figuras de linguagem são utilizadas para gerar efeitos nos discursos e dar mais
expressividade às ideias no texto.

2.1.1. FIGURA DE ESTILO/LINGUAGEM DO NÍVEL SEMÂNTICO

As figuras de palavras ou semânticas são um recurso estilístico, o qual é pautado na


distorção do significado literal dos termos. Pode-se dizer que as figuras semânticas dividem-
se basicamente em três eixos:

 O Das Metáforas, Catacreses E Comparações;


 O Das Metonímias E Antonomásias; E
 O Das Sinestesias.

O primeiro grupo possui em comum o fato de haver uma comparação referente aos
sentidos entre a palavra original e a empregada, sendo ela implícita na metáfora e na
catacrese e explícita na comparação. O segundo segmento compartilha a contiguidade entre
os conceitos expressos pelos vocábulos, entretanto, a antonomásia refere-se apenas às
características do ser, ao passo que as metonímias são mais abrangentes. Por fim, a última diz
respeito a uma mistura de sentidos numa mesma sentença.

2.1.1.1. METÁFORA

A metáfora é um artifício expressivo, no qual se utiliza uma palavra em um contexto


que foge ao disposto nos dicionários, resultando na modificação do sentido dela. Tal
emprego justifica-se, pois entre o conceito expresso e a literalidade do termo há alguns pontos
2
de intersecção, ou seja, de similaridades, o que resulta numa associação mental feita pelo
falante da língua.

Consiste em estabelecer uma transferência do significado de uma expressão para


outra, com a qual mantém uma relação de semelhança. É uma espécie de comparação
abreviada, porque não está presente a expressão comparativa. Observa os seguintes exemplos:

“O circo é um balão aceso com música e pastéis na entrada” (Oswald de Andrade)

Perceba que o circo, de fato, não pode ser o transporte balão, porém, devido a
algumas características que esses dois elementos compartilham, por exemplo, a forma
arredondada, a iluminação interna, foi possível escolher esse vocábulo dentre os vários
existentes (paradigma) e estabelecer a definição presente na oração.

Destaca-se o fato de o uso das metáforas constituírem um mecanismo de economia


lexical, uma vez que a distorção do sentido das palavras evita a criação de novas, conforme se
constata em expressões presentes no dia a dia, como “furo de reportagem”, “olho d’água”, e
na tentativa de transformar-se elementos abstratos em concretos, tais quais “explosão de
raiva”, “ferir a dignidade”.

2.1.1.2. CATACRESE

A catacrese pode ser considerada uma metáfora desgastada, pois, por meio do
processo de conexões mentais, escolhe-se uma palavra que exprime uma determinada
característica de algo, em vista da falta de um termo apropriado que o identifique.

Além disso, para que se ateste a ocorrência dessa figura de linguagem, o vocábulo
escolhido precisa ser usado com tamanha frequência que leve as pessoas a não se atentarem
para o sentido original dele, sob pena de ser considerado uma metáfora simples.
Exemplos:
 Dente De Alho;
 Céu Da Boca;
 Cabelo Do Milho;
 Embarcar No Avião (Embarcar Significa Entrar No Barco).

Percebe-se, então, que a catacrese constitui um fenômeno de lexicalização da


construção metafórica, fazendo parte da competência linguística dos falantes de um idioma.

3
2.1.1.3. METONÍMIA

A metonímia consiste na troca de uma palavra por outra, desde que haja
uma contiguidade de sentidos entre elas. Portanto, para utilizar-se essa figura de
pensamento, deve-se observar, primeiramente, se os vocábulos encontram-se no mesmo
campo semântico, pois, apesar de o termo empregado não exprimir o seu significado literal,
ele manifestará os seus valores periféricos. Observe o exemplo:

“De repente do riso fez-se o pranto.” (Vinicius de Moraes)

Perceba que, além da materialização física presente nos atos de sorrir e de chorar, o
autor apresenta uma camada interpretativa, na qual o riso equivale à ideia de felicidade e o
pranto espelha o sentimento de tristeza.

2.1.1.4. SINÉDOQUE

É importante destacar que a metonímia possui uma variedade denominada sinédoque.


Essa é utilizada quando, na oração ou frase, a palavra empregada abarca a totalidade de
algo, mesmo que o seu sentido original diga respeito apenas a uma parte. Também pode
apresentar o caminho inverso, ou seja, um termo que normalmente abrange uma completude
passa a nomear apenas um fragmento dela.

“As velas do Mucuripe vão sair para pescar.” (Belchior)


Observe que as velas são partes dos barcos que navegam.

“Os Estados Unidos romperam as relações diplomáticas com a China”

Um país engloba uma série de coisas, por exemplo, território, pessoas, animais,
vegetação, economia. O comentário sobre os Estados Unidos não faz menção a todos os
elementos presentes nele, mas sim ao grupo de governantes que tomou essa decisão.

2.1.1.5. ANTONOMÁSIA OU PERÍFRASE

A antonomásia é uma espécie de metonímia, tendo em vista que há entre o conceito


expresso e a palavra utilizada uma relação de proximidade, a qual é pautada na troca da
identificação padrão pela atribuição das características do ser citado. Dessa forma, há
nessa figura de linguagem a substituição do nome próprio por um nome comum ou vice-
versa. Veja os exemplos:

4
Catarina, fique atenta ao judas próximo a você!
Judas normalmente é um substantivo próprio, entretanto, no contexto, não corresponde
ao nome da pessoa que convive com Catarina, mas sim representa a característica desse
sujeito ser traidor tal qual a personagem bíblica.

2.1.1.6. COMPARAÇÃO OU SÍMILE

A símile é pautada na construção de um paralelo entre seres ou situações por causa da


semelhança entre eles. Diante disso, confere-se a um dos elementos características existentes
no outro a fim de intensificar a primeira afirmação. Destaca-se o fato de a comparação estar
explícita na oração, pois, após a primeira consideração e antes da segunda, há, por exemplo,
as conjunções como, que nem, igual a, semelhante a. Tal marcação impede que esta figura de
palavra seja confundida com a metáfora.

2.1.1.7. SINESTESIA

A sinestesia acontece quando há uma combinação, na mesma sentença,


de experiências captadas pelos diferentes sentidos humanos. Veja, a seguir, um exemplos:

Ah Lady Jane… Eu sinto o gosto dos esgotos no chão (A Barca do Sol e Olivia
Byington)

Provavelmente, o eu lírico não lambeu o chão, assim, o gosto que é reconhecido pelo
paladar, no contexto, assume a forma de cheiro, o qual só pode ser detectado pelo olfato.

5
CONCLUSÃO

Após um árduo estudo, podemos finalmente perceber que "Figuras de semânticas são
figuras de linguagem relacionadas ao sentido conotativo de palavras ou expressões. Metáfora
é uma comparação feita sem utilizar conjunção ou locução conjuntiva comparativa.
Comparação é uma analogia feita por meio de conjunção ou locução conjuntiva comparativa.
Metonímia é a substituição de uma palavra por outra, desde que haja algum tipo de associação
entre elas. Catacrese é o emprego inapropriado de um termo devido à falta de conhecimento
do seu sentido original. Sinestesia é a associação de dois ou mais dos cinco sentidos humanos.
Antonomásia ou perífrase é a substituição de uma expressão por outra que a qualifique."

6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PETRARCA, Francesco. Figuras de linguagem. In: LYRA, Pedro (Trad.). Vinte sonetos de
amor e uma canção de despedida. Revista Brasileira, Rio de Janeiro, 2006.

SOUZA, Warley. "Figuras de palavras"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/figuras-palavra-ou-semanticas.htm. Acesso em 19 de
maio de 2024.

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha. Tradução de Ernani Ssó. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012.

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