GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO. Aula 1

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GEOGRAFIA

Profa. ANA CLÁUDIA N. MAIA


Conteúdo Objetivo
● Conceitos de demografia; ● Compreender os conceitos de
população, população absoluta,
● Teorias demográficas. população relativa, crescimento
populacional, crescimento
vegetativo, crescimento absoluto,
taxa de natalidade e taxa de
fecundidade.
● Compreender as teorias
demográficas malthusiana,
reformista e neomalthusiana.
O que é demografia?
A demografia é uma ciência que estuda a dinâmica populacional,
ou seja, as características, a distribuição e a evolução das
populações humanas. Ela busca compreender as causas e as
consequências das mudanças na composição e no tamanho da
população, bem como as interações entre os fatores
econômicos, sociais, culturais e políticos que afetam essas
mudanças.
Geografia da População
População é um termo utilizado para descrever o conjunto de
pessoas que vive em uma determinada região. Essa região pode
ser um país, um estado, uma cidade ou até mesmo um bairro.
Quando falamos em população, podemos considerar dois
conceitos: população absoluta e população relativa.
A população absoluta é o número total de pessoas que vive
em determinado lugar, levando em conta todas as idades e
gêneros.
Já a população relativa é a quantidade de habitantes em
relação à área do território em que vivem. Ela é calculada
dividindo-se a população absoluta pela área do território.
O crescimento populacional, também conhecido como
crescimento demográfico, é a variação do número de pessoas
que vive em uma determinada região ao longo do tempo. Essa
variação pode ser causada tanto pela entrada de pessoas
(imigração) quanto pela saída (emigração) e pelo aumento
ou diminuição do número de nascimentos (taxa de natalidade) e
de óbitos (taxa de mortalidade).
O crescimento populacional pode ser dividido em dois tipos:

crescimento vegetativo

crescimento absoluto é a variação total do número de


habitantes em uma determinada região, levando em conta tanto o
crescimento vegetativo quanto o saldo migratório.
Já a taxa de fecundidade é expressa pelo número médio de filhos
por mulher, e é calculada através da divisão do total de crianças
nascidas vivas pelo total de mulheres em idade fértil. É uma
importante medida demográfica que permite avaliar a taxa de
reprodução de uma população em um determinado período.
Observe as afirmativas a seguir:

1. Os dados apresentados abaixo interferem no


tamanho das famílias?
2. Reflita sobre quais são os possíveis motivos
para a mudança na taxa de fecundidade do
Brasil.
Taxa de fecundidade – Brasil – 1940/2050
Transição demográfica I
Assista ao vídeo “Expectativa de vida no Brasil”
• IBGE Explica

Expectativa de vida no Brasil • IBGE Explica - YouTube


Após assistir ao vídeo, respondam:
a) O que é expectativa de vida?
b) Como ela é obtida?
c) Que aspectos podem causar o aumento da expectativa de vida?
d) Segundo o IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros em 2017 era de
76 anos. Isso quer dizer que todas as pessoas que viviam no Brasil em
2017 iriam viver até 76 anos?
e) A expectativa de vida é maior ou menor para as mulheres no Brasil?
f) A expectativa de vida varia de acordo com o local de nascimento e as
condições de vida?
g) Como a expectativa de vida pode influenciar as decisões que afetam as
políticas públicas e a população?
A expectativa de vida no Brasil tem
apresentado um crescimento
significativo ao longo do tempo.
De acordo com dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a expectativa de vida ao
nascer no país tem aumentado
gradualmente, refletindo melhorias
nas condições de saúde e
qualidade de vida da população.
No ano de 2021, a expectativa de vida média no Brasil era de,
aproximadamente, 76,7 anos. Esse número varia entre os sexos,
sendo cerca de 80,3 anos para as mulheres e 73,1 anos para os
homens. Essa diferença pode ser atribuída a diversos fatores,
como características biológicas e comportamentais.
Ao longo das últimas décadas, houve um crescimento significativo
na expectativa de vida no Brasil. No início do século XX, a
expectativa de vida era inferior a 50 anos, mas, graças aos
avanços em áreas como saúde, educação, saneamento básico e
condições socioeconômicas, houve um aumento expressivo desse
indicador.
Entre os principais fatores que contribuíram para essa evolução,
estão a redução da mortalidade infantil, a melhoria das condições
de saneamento básico, a ampliação do acesso aos serviços de
saúde, a disseminação de políticas de prevenção de doenças, os
avanços nos tratamentos médicos e a promoção de estilos de vida
mais saudáveis.
No entanto, é importante
ressaltar que ainda existem
desigualdades regionais e
socioeconômicas significativas
na expectativa de vida no
Brasil. Regiões mais
desenvolvidas e com melhores
indicadores socioeconômicos
tendem a apresentar
expectativas de vida mais
elevadas do que regiões
menos favorecidas.
1. Quais são os principais fatores que contribuíram para o
aumento significativo da expectativa de vida no Brasil ao
longo das últimas décadas?
2. Quais são os desafios e as oportunidades que surgem
com o aumento da expectativa de vida no país e como as
políticas públicas podem ser desenvolvidas para garantir o
bem-estar e a qualidade de vida da população idosa?
Transição demográfica e
envelhecimento da população

Transição demográfica
Transição demográfica é um conceito que descreve as mudanças nos
padrões de crescimento populacional e na estrutura etária de uma
população ao longo do tempo. A teoria da transição demográfica foi
desenvolvida, inicialmente, por demógrafos para descrever o padrão
observado em muitos países que passaram por transformações
demográficas significativas à medida que progrediram de uma fase de
alta mortalidade e alta fertilidade para uma fase de baixa mortalidade e
baixa fertilidade.
A teoria da transição demográfica é uma ferramenta útil para entender
as mudanças nas características populacionais de uma sociedade ao
longo do tempo e suas implicações para a saúde, a economia, as
políticas sociais e outras áreas. No entanto, é importante notar que
nem todos os países ou regiões seguem exatamente esse padrão, e a
transição demográfica pode ser influenciada por uma série de fatores
complexos, incluindo questões sociais, econômicas, culturais e
políticas específicas de cada localidade.
A transição demográfica geralmente é dividida em fases
distintas.
1ª fase: nesta fase, tanto a taxa
de natalidade quanto a taxa de
mortalidade são altas, resultando
em um crescimento populacional
relativamente lento. As populações,
geralmente, têm uma estrutura
etária jovem, com uma proporção
significativa de jovens e uma
expectativa de vida relativamente
curta.
2ª fase: nesta fase, a taxa de
mortalidade começa a diminuir
devido a melhorias nas condições
de saúde, acesso a serviços
médicos, melhores condições de
vida e outros fatores. No entanto,
a taxa de natalidade ainda é alta,
o que resulta em um rápido
aumento da população. A
estrutura etária começa a mudar
à medida que a taxa de
mortalidade infantil diminui e a
expectativa de vida aumenta.
3ª fase: nesta fase, a taxa de
natalidade começa a diminuir à
medida que mudanças sociais,
econômicas e culturais vão
ocorrendo, como urbanização,
aumento da escolaridade, acesso
à contracepção dentre outros. A
taxa de mortalidade continua
baixa ou estável, resultando em
um crescimento populacional mais
lento. A estrutura etária começa a
se estabilizar, com uma proporção
menor de jovens e um aumento
na proporção de idosos na
população.
4ª fase: nesta fase,
tanto a taxa de
natalidade quanto a
taxa de mortalidade
são baixas, resultando
em um crescimento
populacional lento ou
estável. A população
tem uma estrutura
etária mais
envelhecida, com uma
proporção significativa
de idosos.
5ª fase: nesta fase, há uma novidade
histórica, pois, com a inversão das
taxas de mortalidade e natalidade, a
população passa a decrescer. Quanto
maior for a diferença entre as duas
taxas, maior será o decrescimento
demográfico
Decrescimento populacional é uma
redução do número de pessoas que
compõem uma população ao longo do
tempo. É o oposto do crescimento
populacional, que é o aumento do
número de indivíduos em uma
população.
Como a pirâmide etária do Brasil mudou ao longo das gerações:
Leiam juntos a notícia sobre o envelhecimento da população brasileira,
disponibilizada no portal R7 em 2018.

Envelhecimento da população coloca aposentadorias em risco.


Para especialistas, o aumento da população idosa no Brasil diminui a
capacidade do sistema previdenciário pagar os benefícios.
[..] Daqui a 13 anos, o número de pessoas acima de 60 anos deve superar
pela primeira vez a quantidade de crianças e adolescentes (0 a 14 anos) no
Brasil. O país continuará a assistir nas próximas décadas a um aumento da
população idosa e a uma diminuição no número de jovens, o que exige
políticas públicas a partir de hoje, segundo especialistas ouvidos pelo R7.
Além disso, dizem, é necessária uma reforma no sistema de Previdência,
porque o Brasil perde a cada ano sua capacidade de pagar as aposentadorias.
Atualmente, o Brasil tem 12,4 milhões de pessoas acima de 70 anos, ou
5,9% do total da população. Em 2030, esse patamar será de 9% (20,4
milhões), o que significa mais pessoas na fila da aposentadoria.
“Isso só corrobora o fato de precisarmos fazer uma reforma na Previdência,
porque teremos menos pessoas para contribuir e mais gente se
aposentando. E quanto antes fizermos, melhor”, diz José Roberto Savoia,
professor de finanças da USP (Universidade de São Paulo) e da FIA
(Fundação Instituto de Administração).
Isso acontece porque a maior parte das aposentadorias brasileiras —
incluindo os benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) — seguem o sistema de repartição: os trabalhadores da ativa
contribuem com o sistema e bancam as aposentadorias dos inativos[...]
Respondam às questões.
1. Expliquem como o envelhecimento da população brasileira coloca
aposentadorias em risco.
2. Considerando o envelhecimento da população e os desafios
financeiros, como podemos garantir a sustentabilidade da previdência
social? Pesquisem e selecionem informações em sites, livros ou
revistas de possíveis alternativas para garantir o benefício para a
população brasileira.
1. Ao observar a pirâmide de 2017 do Brasil, vê-se que a população estava concentrada em quais
faixas etárias?
2. Em todas as pirâmides, nascem mais homens ou mulheres?
3. A proporção se mantém em todas as idades? Quais razões podem levar às mudanças nas
concentrações populacionais nas diferentes faixas etárias?
4. Compare a pirâmide de 1980 com a projeção da pirâmide de 2060. Quais são as principais
mudanças que podemos observar? Na sua avaliação, quais ações realizadas atualmente
contribuem para essa projeção? Por que a projeção apresenta essa configuração?
1. Ao observar a pirâmide de 2017 do Brasil, vê-se que a população
estava concentrada em quais faixas etárias?
2. Em todas as pirâmides, nascem mais homens ou mulheres?
3. A proporção se mantém em todas as idades? Quais razões podem levar
às mudanças nas concentrações populacionais nas diferentes faixas
etárias?
4. Compare a pirâmide de 1980 com a projeção da pirâmide de 2060.
Quais são as principais mudanças que podemos observar? Na sua
avaliação, quais ações realizadas atualmente contribuem para essa
projeção? Por que a projeção apresenta essa configuração?

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