Resumo HGP 6º

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Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.

º ano

Índice
I – Portugal do séc. XVIII ao séc. XIX................................................................................... 2
O império Português ............................................................................................................... 2
O poder político de D. João V e a sociedade portuguesa .......................................................
2
A ação governativa do Marquês de Pombal ............................................................................
3
A revolução francesa e as invasões napoleónicas ..................................................................
4
A revolução liberal de 1820 .....................................................................................................
5
O processo de modernização das atividades produtivas ........................................................
6
O alcance das medidas liberais ...............................................................................................
7
A vida quotidiana nos campos e nas cidades na segunda metade do séc. XIX ......................

II – Portugal do século XX .....................................................................................................


8
A queda da Monarquia .............................................................................................................
8
A 1.ª República ........................................................................................................................
9
O fim da 1.ª República e a instauração da ditadura militar ......................................................
9
A ascensão de Salazar e o Estado Novo ...............................................................................
10
O colonialismo português ......................................................................................................
11
O 25 de Abril de 1974 .............................................................................................................
12
Espaços em que Portugal integra ..........................................................................................
12

III – Portugal hoje .................................................................................................................


13
A população em Portugal .......................................................................................................
13
A população rural e urbana.....................................................................................................
14
Setores de atividade ..............................................................................................................
15
Transportes e comunicação na sociedade atual ....................................................................
16
O lazer e o turismo em Portugal .............................................................................................
17
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

1 – Portugal do séc. XVIII ao séc. XIX


O império Português
Durante o período da União Ibérica (1580 – 1640), os Ingleses, Franceses e Holandeses
apoderaram-se de vários territórios portugueses. Em 1640, Portugal restaurou a sua
independência, mas havia uma intensa concorrência estrangeira. Por consequência,
Portugal teve de abandonar o comércio das especiarias da Índia pela exploração dos
recursos naturais do Brasil.
Do Brasil, extraía-se cana-de-açúcar, que teve um papel muito importante na economia de
Portugal. A sua extração exigia um grande esforço de mão-de-obra e, por consequência,
muitos escravos.
Quando começou a haver concorrência na exploração do açúcar, pelos Holandeses,
Portugal intensificou a procura de ouro e pedras preciosas. Os bandeirantes organizavam
expedições para o interior do Brasil, estabeleciam fronteiras e descobriam minas de ouro e
de pedras preciosas.
Portugal foi recebendo regularmente grandes remessas de ouro, o que possibilitou ao rei D.
João V viver com grande riqueza.
Os Portugueses passaram a transportar muitos escravos da costa africana para o Brasil,
pois os índios brasileiros não se adaptavam aos trabalhos duros e morriam. Os escravos
africanos trabalhavam, principalmente, nos engenhos (para produzir açúcar) e nas minas.
O transporte dos escravos era feito sem condições de higiene e com má alimentação. Isto
levava ao aparecimento de muitas doenças e de mortes. Por esta razão, estes navios eram
chamados de “tumbeiros”.
Durante a colonização do brasil, conviveram europeus, africanos e índios. Desta
convivência, resultou uma mistura de raças – miscigenação. Foram trocando costumes,
tradições e marcas de cada uma das culturas.

O poder político de D. João V e a sociedade portuguesa


As riquezas provenientes do Brasil deram um grande poder ao rei. Com tanto poder,
conseguiu afastar os grupos sociais privilegiados do governo e concentrou em si todos os
poderes. Começou, então, uma Monarquia Absoluta. D. João V afirmava que os reis
governavam em nome de Deus e, por isso, devia ser apenas ele a governar o Reino.

Monarquia absoluta República democrática


Lei fundamental Vontade do rei Constituição
Presidente da República,
eleito pelo povo. Representa
Rei, concentra em si todos o País, nomeia o Governo e
os poderes: pode aprovar as leis.
Organização dos
- executivo (governa); Órgãos do poder
poderes
- legislativo (faz as leis); Governo – poder executivo
- judicial (aplica a justiça). Assembleia da República –
poder legislativo
Tribunais – poder judicial.
- Hereditário - Através de eleições
Acesso ao poder
- Ordem divina
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

O luxo no reinado de D. João V


• A corte – devido às remessas de ouro chegadas do Brasil, o rei e a sua Corte viviam com
grande luxo. Dispunham de vários palácios, quadros, tapetes, espelhos, objetos de
porcelana e peças de mobiliário requintadas. Eram realizadas várias festas e banquetes na
corte, durante os quais se bebia café ou chocolate e se realizavam bailes, jogos de salão,
representações teatrais, de canto e de poesia.
• As cerimónias públicas – organizavam-se passeios e festas ao ar livre, touradas, idas à
ópera. Os transportes eram feitos em carruagens ou liteiras.
• As embaixadas – para demonstrar o seu poder ao Papa, D. João V organizava cortejos
com grande ostentação, luxo e exotismo.

• As grandes construções – D. João V mandou construir edifícios grandiosos, como o


Palácio-Convento de Mafra e o Aqueduto das Águas Livres.

A Arte no tempo de D. João V


O estilo barroco foi o que mais se destacou, principalmente na construção de edifícios
monumentais. A arte barroca apresentava como principais características:
• decoração exuberante e luxuosa (talha dourada, azulejos e mármore);
• exagero de formas;
• linhas curvas e contracurvas.

A sociedade portuguesa no século XVIII


• Nobreza – grupo social mais privilegiado. Tinha como funções administrar e defender o
Reino. Recebiam impostos do povo. Viviam com grande riqueza, em palácios bem
decorados, e vestiam-se com um exagero de adereços.
• Clero – grupo social privilegiado. Tinha como funções a prática religiosa, o ensino e a
assistência aos pobres e necessitados.
• Povo – grupo social não privilegiado. Dedicava-se à agricultura e aos trabalhos
domésticos. Pagava pesados impostos ao rei e aos donos das terras que cultivavam. Dentro
do povo, existia a burguesia, nas grandes cidades, que praticava o comércio.

A inquisição
Inquisição – tribunal controlado pelo clero que vigiava e condenava todos os que fossem
suspeitos de bruxarias, magias ou outras religiões que não fossem a católica.
Judeus e Mouros foram forçados a converter-se à fé cristã, sendo “Cristãos-novos”.
Quem fosse condenado, poderia sofrer vários castigos, que iam desde a prisão à pena de
morte. Por vezes, eram queimados vivos – auto de fé.

A ação governativa do Marquês de Pombal


Durante o reinado de D. José I, aconteceu o terramoto de 1755, no dia 1 de novembro. Este
terramoto, seguido de um maremoto e de vários incêndios destruiu a baixa de Lisboa e
causou inúmeras mortes.
Marquês de Pombal, secretário de Estado do Reino, mandou socorrer as vítimas do
terramoto, enterrar os mortos e castigar os que fossem apanhados a roubar.
Posteriormente, reconstruiu a cidade de Lisboa, ordenando a construção de:
• ruas largas e perpendiculares umas às outras;
• edifícios da mesma altura, com fachadas iguais;
• edifícios em gaiola, com maior resistência a terramotos;
• Terreiro do Paço (Praça do Comércio), amplo e aberto ao rio Tejo.
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Em meados do séc. XVIII, Portugal enfrentava uma grave crise económica, devido à
diminuição das remessas de ouro do Brasil, da fraca agricultura e da queda das exportações
(açúcar, tabaco, vinho e sal). Para resolver a situação, Marquês de Pombal:
• promoveu o desenvolvimento de novas manufaturas, da agricultura, da pesca e da
atividade comercial;
• realizou reformas sociais: retirou privilégios à nobreza (confiscando alguns bens e
condenando alguns nobres), reduziu o poder do Clero (retirando-lhes o poder da Inquisição),
protegeu a burguesia (atribuindo-lhe cargos). Em 1761, decretou a proibição da escravatura
em Portugal continental;
• realizou reformas no ensino: criou escolas públicas, alterou o ensino universitário e criou o
Colégio dos Nobres.

A revolução francesa e as invasões napoleónicas


Revolução francesa
Em 1789, deu-se a revolução francesa, na qual se pretendia acabar com o poder absoluto
do rei Luís XVI e com os privilégios do clero e da nobreza. Esta revolução foi
maioritariamente executada pela burguesia e pelo povo que defendiam os princípios de
Liberdade, de Igualdade e de Fraternidade, entre todos.
Os princípios desta revolução inspiraram muitos europeus e americanos, que se começaram
a revoltar contra os regimes absolutistas.
Alguns reis da Europa declararam guerra à França, com medo que a revolução inspirasse
os habitantes de cada reino. Napoleão Bonaparte, um comandante do exército francês,
invadiu vários territórios com o desejo de construir um império.
Inglaterra resistiu a diversos ataques dos franceses e, por isso, Napoleão criou o Bloqueio
Continental – proibiu o comércio com a Inglaterra. Portugal, sendo aliado de Inglaterra, não
cumpriu o Bloqueio Continental. Tal decisão trouxe consequências a Portugal:
• Invasões francesas, ordenadas por Napoleão Bonaparte;
• A família real e a corte fugiram para o Brasil;
• O governo de Portugal foi entregue a uma Junta de Regência.

As invasões napoleónicas

Ano Comandada por Resistência


portuguesa
1.ª invasão 1807 General Junot Portugal pediu
auxílio a Inglaterra,
que enviou soldados
comandados por
Arthur Wellesley. Os
franceses foram
vencidos nas
batalhas de Roliça e
de Vimeiro.
2.ª invasão 1809 Marechal Soult O Norte de Portugal
foi invadido mas os
portugueses
resistiram
fortemente, junto à
cidade do Porto.
3.ª invasão 1810 General Massena Os soldados luso-
ingleses derrotaram
as tropas francesas
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na batalha do
Buçaco e nas Linhas
de Torres Vedras.

A revolução liberal de 1820


Quando terminaram as invasões francesas, a população continuava descontente pois:
• o País empobreceu;
• a família real e a corte permaneciam no Brasil;
• Os ingleses, comandados pelo general Beresford, controlavam o exército, o comércio e o
Governo.

Começou a nascer a vontade de instaurar um regime liberal em Portugal.


Em 1817 um grupo de liberais, chefiados pelo general Gomes Freire de Andrade, tentou
expulsar os ingleses de Portugal. Contudo, este plano foi descoberto e todos foram
condenados.
Em 1818, formou-se o Sinédrio – sociedade secreta formada por um grupo de liberais – que
planeou uma revolução. Manuel Fernandes Tomás liderava o Sinédrio composto,
maioritariamente, por burgueses do Porto.
Em 1820 deu-se início à Revolução Liberal. Foi criada uma Junta Provisional do Governo
Supremo do Reino. Em dezembro de 1820, formaram-se as Cortes Constituintes, que tinha
como objetivo elaborar a primeira Constituição portuguesa.
D. João VI voltou a Portugal em 1821. Mais tarde, decretou a Monarquia Liberal /
Constitucional – regime político em que o rei deve governar segundo os princípios decididos
na Constituição. Com a Monarquia Liberal, deu-se o fim da Monarquia Absoluta (na qual o
rei tinha todos os poderes), permitindo agora a divisão de poderes: As Cortes tinham o
poder legislativo; o Rei tinha o poder executivo; os tribunais tinham o poder judicial.
Os homens com mais de 25 anos, ou casacos com mais de 20 anos, que soubessem ler e
escrever, tinham o direito de voto. Quem não respeitasse estes critérios, estava excluído.
Quando a família real voltou do Brasil, D. Pedro ficou a governar o país. Mas as Cortes
Constituintes tomaram medidas que não agradaram à burguesia nem à população brasileira:
exigiram o regresso de D. Pedro a Portugal; anularam a abertura dos portos ao comércio
estrangeiro. D. Pedro, apoiado pela burguesia, proclamou a independência do Brasil em
1822.
A Constituição de 1822 retirou muitos privilégios ao clero e à nobreza. Por isso, estes grupos
sociais estavam contra o regime liberal. Queriam restabelecer o absolutismo, apoiando D.
Miguel.

A morte de D. João VI agravou ainda mais a instabilidade política vivia. Aclamaram D.


Pedro, imperador do Brasil, como rei de Portugal. Mas D. Pedro não queria abandonar o
Brasil e abdicou do trono a favor de sua filha, D. Maria da Glória. A sua filha tinha apenas 7
anos, por isso, D. Pedro acabou por fazer um acordo com D. Miguel, seu irmão, atribuindo-
lhe a regência de Portugal até que a D. Maria da Glória tivesse idade para governar.
D. Miguel concordou governar de acordo com os ideais liberais. Mas não cumpriu o
prometido, dissolver as Cortes Constituintes e aclamou-se rei absoluto. Esta decisão dividiu
a sociedade entre:
• Absolutistas – membros do clero e da nobreza que defendiam a Monarquia Absoluta,
chefiada por D. Miguel;
• Liberais – membros da burguesia que defendiam a Monarquia Liberal.

D. Pedro abdicou do trono brasileiro e voltou para Portugal, após saber das perseguições
feitas aos liberais, pelos absolutistas. Começou, em 1832, uma guerra civil.
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D. Miguel foi derrotado nas batalhas de Almoster (Santarém) e de Asseiceira (Rio Maior).
Estas derrotas obrigaram D. Miguel a assinar um acordo de paz, a Convenção de Évora
Monte.
Ganharam, assim, os liberais e a Monarquia Constitucional.

O processo de modernização das atividades produtivas


Portugal, na primeira metade do séc. XIX, encontrava-se desorganizado e pobre, devido às
invasões francesas, da independência do Brasil e da guerra civil. Para melhorar a situação,
os governos liberais criaram um conjunto de leis para desenvolver e modernizar a Nação.
Modernização da agricultura
Para aumentar a produção agrícola, foram tomadas algumas medidas:
• • Reduzir os impostos dos agricultores;
• • Retirar terras ao clero e à nobreza para serem vendidas a burgueses;
• • Acabar com os morgadios, repartindo as terras por todos os herdeiros;
• • Dividir e entregar os terrenos baldios aos camponeses.

Introdução de novas técnicas e métodos:


• • Alternar as culturas, para que o campo não ficasse em pousio;
• • Escolher melhores sementes e utilizar adubos químicos;
• • Novas alfaias e máquinas agrícolas.

Estas mudanças levaram a um aumento da produção agrícola, diminuindo significativamente


as crises de fome e aumentando a população. Começou a produzir-se batata, arroz e milho
grosso. Começou a exportar-se vinho, fruta e azeite.

Desenvolvimento industrial
Antes, a transformação das matérias-primas era realizada em pequenas oficinas, à mão por
artesãos. Com o aparecimento da máquina a vapor, aumentou-se a produção, reduziu-se o
tempo do processo do fabrico, reduziu-se a mãe de obra e os preços. Surgiram, mais tarde,
as fábricas.
O desenvolvimento industrial verificou-se maioritariamente no Norte (indústrias têxtil e de
conservas de peixe) e no Centro (indústrias metalúrgica, química e do tabaco), pois existiam
melhores transportes.

Modernização dos transportes


A circulação era difícil e demorada. Os governos liberais investiram no desenvolvimento das
vidas de comunicação e dos meios de transporte. O ministro Fontes Pereira de Melo foi o
grande impulsionador da construção de estradas, pontes, viadutos e da rede de caminhos
de ferro. Foram também construídos faróis nas zonas costeiras e portos artificiais. Em 1895
surgiu o primeiro automóvel em Portugal.

Modernização dos meios de comunicação


• Os correios foram modernizados;
• Surgiu o primeiro selo postal adesivo, em 1853;
• Surgiram os marcos de correio;
• Surgiu o telégrafo, em 1857, e a rede de telefones em Lisboa, em 1882;
• Aparecimento de jornais diários e revistas.

Consequências da modernização do País


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Aspetos positivos Aspetos negativos


- Aumento da circulação de pessoas e de - Foi necessário pedir grandes empréstimos
produtos; ao estrangeiro;
- Alargamento do mercado nacional - Aumento de impostos;
português; - Grave crise financeira.
- Criação de emprego e progresso
económico.

O alcance das medidas liberais


A educação
Reformas no ensino:
• Construção de escolas primárias;
• Construção de liceus em todas as capitais de distrito;
• Criação de escolas para as áreas práticas.

Estas medidas não tiveram os resultados esperados. A maioria da população continuou


analfabeta e apenas uma minoria tinha acesso ao ensino superior.

Justiça
Os governos liberais queriam defender os direitos humanos. Para isso, tomaram algumas
medidas que levaram à extinção:
• da pena de morte;
• da escravatura em todos os territórios portugueses;
• dos castigos corporais.

Aumento e distribuição da população


Na segunda metade do séc. XIX verificou-se um aumento da população devido ao aumento
da produção agrícola, do consumo de arroz e batata, dos avanços na medicina e da
melhoria das condições de higiene. Grande parte da população concentrou-se no Litoral
Norte e Centro, junto de Lisboa e Porto.
Devido à introdução de máquinas na agricultura, muitas pessoas ficaram sem emprego.
Estas pessoas tiveram de sair dos campos e partir para as cidades, à procura de melhores
condições de vida – êxodo rural. Outras pessoas, partiram para o estrangeiro,
principalmente para países nos quais se falasse português.

A vida quotidiana nos campos e nas cidades na segunda metade do séc. XIX
A sociedade liberal portuguesa
• Burguesia: grupo social mais rico e importante;
• Nobreza e clero: perderam os antigos privilégios, terras e começaram a pagar impostos;
• Povo: continuou a viver com dificuldades, apesar de ter os mesmos direitos e deveres que
os outros grupos sociais.

A vida nas cidades


Nas cidades do Porto e Lisboa viviam muitos burgueses, com profissões de prestígio. Mas a
maioria da população era constituída por pessoas das classes populares.

Profissão Habitação Alimentaçã Vestuário Divertimento


o s
Burguese Médicos Palacetes Variada e Vestuário Jardins,
s Professores luxuosos abundante. cuidadosament espetáculos
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Advogados Com belos Carne, e escolhido e de teatro, de


Banqueiros jardins doces, adequado à ópera e
gelados, ocasião. touradas,
jantares bailes
café, chá.
e piqueniques.
Povo Vendedore Bairros Pouca Descalços. Arraiais, feiras
s miseráveis variada e em Roupas feitas e festas
Operários , pouca com tecidos religiosas.
Construção sem água quantidade. grosseiros.
civil canalizada Pão, batatas
e toucinho.

A modernização das cidades


Na segunda metade do séc. XIX, muitas pessoas foram viver para as cidades de Lisboa e
Porto, à procura de emprego e de melhores condições de vida. Foi necessário melhorar os
serviços de limpeza e de recolha de lixos, aumentar a rede de esgotos e de água
canalizada. Os transportes públicos, bombeiros e polícia foram também modernizados.

A vida nos campos


A grande maioria da população vivia nas zonas rurais. Era uma vida dura e difícil. Os
camponeses viviam em casas pequenas e muito simples e tinham uma alimentação pouco
variada (pão de milho, batatas, azeitonas e vinho). O vestuário estava adaptado às tarefas
que cada pessoa desempenhava; guardavam os melhores trajes para a missa de domingo.
Os momentos de divertimento estavam associados aos trabalhos agrícolas (desfolhadas,
vindimas e corridas de touros) e a festas religiosas.

A luta dos operários


Muitas pessoas encontraram trabalho nas fábricas. Tinham salários baixos, trabalhavam 10
a 14 horas por dia. Em caso de acidente, não havia proteção social ou assistência médica.
O operariado (grupo social que surgiu devido ao desenvolvimento da indústria formou as
primeiras associações de operários e começou a organizar greves, para exigirem melhores
condições de trabalho.

II – Portugal do século XX
A queda da Monarquia
Nas últimas décadas do séc. XIX, Portugal viveu uma grave crise económica grave crise
económica e social: grandes empréstimos pedidos ao estrangeiro levaram a um aumento
de impostos, o que causou o agravamento das condições de vida.
Devido à elevada exploração de África, por vários países, foi necessário realizar a
Conferência que Berlim (1885), que definiu que as terras em África seriam de quem as
ocupasse, e não de quem as descobriu. Portugal viu os seus interesses ameaçados e
elaborou o Mapa Cor-de-Rosa (1886), no qual definiu que os territórios entre Angola e
Moçambique lhes pertenciam.
Inglaterra não aceitou a proposta de Portugal e fez um ultimato ao país: se os portugueses
não desocupassem os territórios entre Angola e Moçambique, o governo inglês declarava
guerra a Portugal. Portugal, governado por D. Carlos, cedeu à exigência, o que provocou um
enorme descontentamento da população.

O Partido Republicano
Quem era contra a monarquia aproveitou o descontentamento da população face às
decisões do rei. O Partido Republicano criticou a decisão do rei, através de jornais e de
revistas, angariando mais seguidores. A 31 de janeiro de 1891, no Porto, surgiu um primeiro
movimento contra a monarquia, mas acabou por ser descoberto e os revoltosos foram
presos.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

O rei D. Carlos, assustado com o descontentamento da população, nomeou João Franco


como primeiro-ministro, tendo este governado sem respeitar os direitos e as liberdades dos
cidadãos. Em 1908, o rei D. Carlos e D. Luís, o príncipe herdeiro, foram assassinados –
ocorreu um regicídio. D. Manuel, filho mais novo de D. Carlos, subiu ao trono e demitiu João
Franco.

Revolução de 5 de outubro de 1910


Os republicanos, militares e populares começaram a preparar uma revolução. Em Lisboa,
todos se juntaram e, após alguns confrontos militares, conseguiram sair vitoriosos. Na
manhã de 5 de outubro de 1910, José Relvas proclamou a República.
D. Manuel II e a família exilaram-se em Inglaterra.

Símbolos da República
• Hino nacional, A Portuguesa;
• Bandeira;
• Moeda foi alterada.

Simbologia da bandeira nacional:


• cor verde – significa esperança e representa a mudança de vida no país;
• cor vermelha – cor da conquista, representa o sangue derramado nas batalhas
pela conquista do território;
• escudo com 5 quinas – representa a bravura dos que lutaram pela
independência de Portugal;
• esfera armilar – representa o mundo que os navegadores portugueses
descobriram;
• sete castelos – simbolizam a independência de Portugal.

A 1.ª República
A 1.ª Constituição Republicana foi aprovada em 1911, ficando conhecida pela Constituição
de 1911. Esta constituição estabelecia a separação de poderes:
• Poder executivo – Presidente da República (eleito) e Governo;
• Poder legislativo – Parlamento – elabora as leis, elege e demite o Presidente da República;
• Poder judicial – Tribunais.

O direito ao voto ainda era limitado. Poderia votar quem soubesse ler e escrever, tivesse
mais de 21 anos ou que fosse chefe de família há mais de um ano.
Reformas realizadas na 1.ª República
• Medidas educativas: criou-se um plano de alfabetização, criando jardins-escola, mais
escolas primárias, escolas para formar professores. O ensino passou a ser obrigatório e
gratuito, até aos 12 anos. Criaram-se escolas técnicas e mais universidades, em Lisboa e no
Porto.
• Medidas sociais: diminuição da influência da igreja e melhorias das condições de trabalho
(direito à greve, dia para descanso semanal, diminuição do horário de trabalho, seguros de
trabalho, entre outros). Formaram-se, porém, sindicatos, que são associações de
trabalhadores que procuram defender os seus direitos.

O fim da 1.ª República e a instauração da ditadura militar


Durante a 1.ª República, Portugal viveu uma grande instabilidade governativa, tendo tido 8
presidentes e 45 governos, entre 1910 e 1926.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

Em 1914-1918 ocorreu a 1.ª Guerra Mundial, na qual Portugal participou, para defender as
suas colónias em África. Esta guerra piorou a situação económica do País e agravou o
descontentamento do povo.
Razões do descontentamento da população:
• constantes mudanças de governo;
• aumento das despesas;
• soldados portugueses regressavam feridos, incapacitados ou mortos;
• subida dos preços provocou fome;
• desemprego.

A população fazia greves e manifestações, causando desordem social.


No dia 28 de maio de 1926, deu-se um golpe militar, em Braga, comandado pelo general
Gomes da Costa. O Parlamento foi dissolvido e o governo foi entregue aos revoltosos, que
instauraram uma ditadura militar.
Durante o período de ditadura, muitas das liberdades e direitos dos cidadãos foram
suspensos: não havia liberdade de expressão, era proibido realizar greves e eleições.
Portugal viveu sob uma ditadura militar de 1926 até 1933.

A ascensão de Salazar e o Estado Novo


Devido à grave situação económica de Portugal, em 1928, o Presidente da República, Óscar
Carmona, convidou António de Oliveira Salazar para ministro das Finanças. Salazar tomou
algumas medidas:
• Aumentou os impostos;
• Diminuiu as despesas com a saúde, educação e assistência social;
• Efetuou cortes nos salários;
• Incentivou as exportações.

Estas medidas trouxeram consequências positivas para Portugal, tendo existido redução da
dívida aos países estrangeiros e um saldo positivo das contas públicas. Desta forma,
Salazar foi ganhando popularidade e, em 1932, foi nomeado presidente do Conselho de
Ministros.
Salazar, para criar postos de trabalho e para promover o desenvolvimento do País,
promoveu a construção de grandes obras públicas:
• Comunicações: novas estradas e pontes;
• Energia – novas barragens hidroelétricas;
• Educação e cultura – novas escolas, faculdades, bibliotecas, correios e o Estádio Nacional
do Jamor;
• Justiça e saúde – novos tribunais e hospitais.

Em 1933, foi aprovada a Constituição de 1933, que reorganizou a distribuição dos poderes e
deu origem ao “Estado Novo”. Novos órgãos de soberania:
• Governo - órgão com mais poder, que publicava as leis;
• Presidente da República;
• Assembleia Nacional – formada por um partido único – A União Nacional;
• Tribunais.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

Salazar passava, então, a controlar todos os ministérios e a governar Portugal de uma forma
autoritária e ditatorial.
A propaganda do Estado Novo
Para difundir os ideais do Estado Novo – Deus, Pátria e Família -, realizava-se propaganda.
Esta propaganda era feita através de cartazes, exposições, nos programas escolares.

Em 1936 foi criada a Mocidade Portuguesa, que tinha como objetivo formas os jovens numa
lógica de obediência ao Estado novo e ao dever militar.
Mecanismos de repressão
Salazar governou o País num ambiente de medo, desrespeitando as liberdades e direitos
dos cidadãos. Para controlar os portugueses, utilizou alguns mecanismos de repressão, tais
como:
• A censura – ocultando informações e publicações nos jornais, revistas, filmes e teatros.
Não havia liberdade de expressão;
• A polícia política – PIDE;
• As prisões políticas, onde os condenados eram torturados;
• A Legião Portuguesa – organização militarizada, criada com o objetivo de defender o
património espiritual da Nação.

Este tipo de regime político ditatorial existe ainda em países como a China, Venezuela, Síria
e na Coreia do Norte, nos quais os direitos humanos são desrespeitados.

Movimentos de resistência ao Estado Novo


A grande maioria dos portugueses continuava a viver com grandes dificuldades, com más
condições de trabalho, desemprego e até trabalho infantil. Clandestinamente, organizou-se
uma oposição política ao Estado Novo. O Partido Comunista Português (PCP) e o
Movimento de Unidade Democrática (MUD) tiveram papeis importantes na luta contra a
ditadura.
Em 1968, Marcello Caetano foi nomeado para Presidente da República. Nos primeiros anos
de governação, verificou-se um abrandamento da censura e da ação da polícia política.
Apesar de terem ocorrido melhorias, os portugueses continuavam a viver em ditadura.

O colonialismo português
Durante a década de 1960, muitos países europeus reconheceram a independência das
suas colónias. Porém, Portugal recusava-se a fazer o mesmo, querendo continuar a
controlar as mesmas.
Nas colónias africanas deram-se guerrilhas, com emboscadas, entre a população local e os
portugueses. Em 1961, iniciou-se a guerra colonial, em Angola. O Governo enviou várias
tropas para Angola, Guiné e Moçambique. Esta guerra prolongou-se por 13 anos e
provocou:
• a morte de muitos soldados portugueses;
• elevadas despesas militares;
• isolamento de Portugal relativamente a outros países.

O 25 de abril de 1974
Devido à falta de liberdade, às difíceis condições de vida e às consequências da guerra
colonial, formou-se o Movimento das Forças Armadas (MFA), que iniciou o golpe militar que
derrubou a ditadura, em 1974.
O sinal que deu origem ao golpe militar foi dado através da rádio, ao emitir a música
Grândola, Vila Morena. Ao ouvir o sinal, os militares dirigiram-se para Lisboa.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

Marcelo Caetano refugiou-se no Quartel do Carmo. A população encheu as ruas,


acompanhando e dando apoio aos militares. Marcello Caetano acabou por se render e
exilou-se no Brasil.
A Revolução de 25 de abril de 1974, dada a Revolução dos Cravos, o general António de
Spínola ficou encarregue da Junta de Salvação Nacional, que continha as orientações de
Governo até à aprovação de uma nova constituição. Deram-se os primeiros passos para
construção da Democracia.
Realizaram-se as primeiras eleições livres, nas quais todos os cidadãos, maiores de 18
anos, poderiam votar. A nova Constituição foi aprovada em 1976 nas quais se verificavam
algumas medidas como:
• Separação dos poderes dos órgãos de soberania;
• Igualdade de todos;
• Direito ao voto;
• Direito à educação e ao trabalho;
• Liberdade de expressão.

O Governo português começou, também, a organizar os movimentos de libertação das


colónias, para alcançar a paz e a independência. Muitos colonos que viviam nas colónias
africanas tiveram de regressar a Portugal, devido ao clima revolucionário.
A descolonização dos territórios em África e na Ásia provocou o fim do Império Português e
permitiu o aparecimento de novos países com língua oficial portuguesa.
Macau manteve-se sob administração portuguesa até 1999. Timor-Leste só ganhou a sua
independência em 2002.

Espaços em que Portugal integra


Comunidade Económica Europeia (CEE)
Portugal integrou a CEE a 1 de janeiro de 1986, beneficiando de fundos comunitários para
modernizar e desenvolver o País.
Estes fundos comunitários permitiram melhorar as condições de vida dos Portugueses,
dando-lhes acesso à saúde, educação, justiça e possibilitando o desenvolvimento de uma
rede de estradas e soluções energéticas.
Problemas que Portugal enfrenta na atualidade: desemprego, justiça lenta, abandono
escolar, discriminação entre homens e mulheres.

União Europeia (UE)


A União Europeia tem a sua sede em Bruxelas, na Bélgica, tendo sido fundada em 1993.
Principais objetivos da UE:
• Criação de políticas comuns;
• Livre circulação de pessoas e de mercadorias;
• Moeda única – o Euro;
• Defesa da liberdade e da democracia;
• Auxílio aos países com maiores dificuldades;
• Criação de uma cidadania europeia.

Organização das Nações Unidas (ONU)


Foi criada em 1945 para promover a paz e a cooperação internacionais. A sua sede é em
Nova Iorque. Organizações que integram a ONU:
• UNESCO – promover a colaboração entre as nações através da educação, da ciência e da
cultura;
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

• UNICEF – promover a proteção e o auxílio a todas as crianças;


• FAO – aumentar a produção alimentar e prestar ajuda a países desfavorecidos;
• OIT – defender as condições de trabalho;
• OMS – auxiliar os países a desenvolver os seus serviços de saúde.

CPLP e PALOP
A Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) foi criada em 1996, com o
objetivo de preservar e divulgar a língua portuguesa, fomentando também a cooperação
económica, cultural e política entre países.
Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) procuram, também, a
cooperação e o desenvolvimento da cultura, educação e economia. PALOP – Angola, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial

Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO)


NATO é uma aliança militar que constitui um sistema de defesa coletiva de todos os seus
Estados-membros. Apresenta objetivos como garantir a liberdade e a segurança política,
promover valores democráticos, cooperar para evitar conflitos e restabelecer a paz e a
segurança mundial.

III – Portugal hoje


A população em Portugal
Censo/recenseamento – estudo estatístico que se realiza de 10 em 10 anos, referente à
população de um país ou região. Em Portugal, o INE – Instituto Nacional de Estatística – é o
responsável por este estudo. Com estes dados, fica-se a conhecer o número de homens,
mulheres, crianças e idosos que existem, onde vivem e que atividades realizam. Este estudo
é importante para se ficar a conhecer as necessidades da população.
Portugal está organizado em 18 distritos e duas regiões autónomas. Os distritos estão
divididos em concelhos ou municípios que, por sua vez, se dividem em freguesias. Ao aderir
à UE, para uniformizar a recolha e análise de dados, Portugal passou a utilizar uma nova
divisão do território – NUTS (Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos):
• NUTS I (nível nacional) – Portugal continental e regiões autónomas;
• NUTS II (nível regional) – cinco unidades territoriais de Portugal continental e duas das
regiões autónomas;
• NUTS III (nível sub-regional) – integra 25 unidades territoriais.

A evolução da população depende do crescimento natural da mesma, que é influenciado


pela taxa de natalidade e pela taxa de mortalidade.
Fatores de diminuição da natalidade
• Casamento tardio;
• Elevados custos com a educação;
• As mulheres trabalham foram de casa e com horários longos;
• Dificuldade em arranjar trabalho.

Fatores de diminuição da mortalidade


• Melhores condições de vida (alimentação, habitação e higiene);
• Avanços na medicina e melhores cuidados de saúde;
• Melhores condições de segurança no trabalho.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

Mobilidade da população
A evolução da população de um país também é influenciada pela mobilidade da população:
• • Emigração: saída de portugueses para o estrangeiro, à procura de melhores
condições de vida e de trabalho. Consequências da emigração: envelhecimento da
população, despovoamento e decréscimo da natalidade;
• Imigração: chegada de estrangeiros a Portugal. Atualmente, o número de pessoas que
imigram para Portugal tem diminuído e são originários, sobretudo, do Brasil, da China, da
Europa de Leste e dos PALOP.

Distribuição da população em Portugal


Densidade populacional – número de habitantes por quilómetro quadrado.
Em Portugal continental, existe maior densidade populacional no litoral e nas áreas
metropolitanas de Lisboa e do Porto. Nos arquipélagos, destacam-se a ilha de S. Miguel e a
ilha da Madeira. A maior densidade populacional numa região resulta de uma melhor oferta
de serviços, de emprego e de condições de vida.

Evolução da população por grupos etários


Em Portugal, o grupo etário com maior número de pessoas é o dos adultos, seguido dos
idosos. Verifica-se, assim, um envelhecimento da população.
A população jovem masculina apresenta um maior número do que a feminina. No caso dos
adultos e dos idosos tal não se verifica, porque os homens emigram mais e têm uma taxa de
mortalidade maior (devido a acidentes de trabalho, excessos alimentares e consumo de
álcool e tabaco).

Envelhecimento da população em Portugal


A esperança média da população tem aumentado devido a:
• uma melhor alimentação;
• cuidados médicos eficazes;
• progressos na medicina;
• melhores condições de vida.

Tem-se verificado um duplo envelhecimento da população, devido à redução da natalidade


e do aumento da esperança média de vida. As áreas mais afetadas por esta situação são as
zonas rurais, que tendem ao despovoamento.
Apenas nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores é que têm apresentado um
número superior de jovens em relação à população idosa.
Medidas que os governos podem tomar para evitar o duplo envelhecimento:
• apoio à natalidade;
• proteção social às famílias;
• criação de emprego.

A população rural e urbana


Povoamento rural Povoamento urbano
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

Tipo de - Pequenos aglomerados - Grandes aglomerados populacionais.


povoamento populacionais.
- Tendência de perder a
população mais jovem.
Modo de vida - Atividades agrícolas. - Indústria, comércio e serviços.
- A maioria das pessoas são - Vida agitada.
idosas.
Serviços - Pouca quantidade de - Muita oferta de equipamentos
serviços, com difícil acesso: coletivos: hospitais, tribunais,
mercados, bancos, centros de universidades, polícia, bombeiros,
saúde, escolas, etc. museus, mercados, etc.
- Poucos transportes públicos. - Muita oferta de transportes públicos.

Os espaços rurais e urbanos são interdependentes. Por exemplo, as cidades precisam de


produtos frescos, existem cada vez mais atividades relacionadas com a Natureza e com a
preservação do Património.
Principais problemas das áreas rurais e urbanas
Áreas rurais Áreas urbanas

- Falta de saneamento e de recolha do lixo. - Criminalidade.


- Dificuldade de acesso a cuidados - Pobreza e sem-abrigo.
médicos. - Trânsito intenso.
- Poucos transportes públicos. - Poluição do ar e das águas.
- Poucos serviços. - Habitações caras.
- Falta de ofertas de emprego. - Falta de espaços verdes.
- Estradas em más condições.
A população urbana tem vindo a aumentar devido ao êxodo rural (saída de pessoas das
zonas rurais para as cidades, à procura de melhores condições de vida). Este facto contribui
para um aumento da taxa de urbanização.

Setores de atividade
A população está dividida em dois grupos:
• População ativa: tem uma profissão ou estão em condições de trabalhar;
• População inativa: não têm uma profissão e, por isso, não recebem um salário.

Atividades produtivas
- Agricultura, pesca, caça, criação de
animais, salicultura, exploração florestal,
Setor primário exploração mineira.

Setor secundário - Construção civil, obras públicas, indústria


transformadora, artesanato, produção de
energia (gás/eletricidade).
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

- Comércio, ensino, saúde, transportes,


Setor terciário
turismo, telecomunicações, entre outros.

- geração e compartilhamento de informação


de (computação e tecnologia de informação),
Setor quaternário ou terciário superior
telecomunicações, educação, pesquisa e
desenvolvimento, planeamento, consultoria e
outros serviços baseados no conhecimento.

Os setores primário e secundário apresentam uma tendência decrescente. No setor primário


existem difíceis condições de trabalho e salários baixos. No setor secundário ocorre a
falência de empresas, diminuição de mão de obra devido à utilização de máquinas. Por
causa disso, existe uma maior procura de emprego no setor terciário e aumento da
população nos centros urbanos.
O setor terciário tem tendência a aumenta a população ativa, pois é influenciado por uma
maior escolarização das pessoas e por melhores condições de vida. Ocorre aparecimento
de novos serviços e profissões.
O setor quaternário alberga as tecnologias do presente e futuro

A floresta em Portugal
A exploração dos recursos florestais é importante para a economia portuguesa. Para além
disso, as florestas fornecem oxigénio, são o habitat de muitas espécies de seres vivos e
evitam a erosão dos solos.
Algumas atividades humanas, como a construção de habitações, barragens, estradas e
pontes, assim como os incêndios florestais, destroem grande parte das florestas.

Importância dos serviços em Portugal


Todos os dias são utilizados inúmeros serviços que satisfazem as necessidades da
população. Existem dois tipos de serviços:
• Serviços privados (dirigidos por particulares): educação, saúde, lares, seguros, transportes,
comércio, etc.
• Serviços públicos (dirigidos pelo Estado): educação, saúde, lojas do cidadão, segurança
social, bancos, transportes públicos, portais da internet, etc.

Transportes e comunicação na sociedade atual


A necessidade de rapidez e de eficiência obrigam a uma constante evolução da rede de
transporte.

Tipos de transporte
Terrestres Aquáticos
Aéreos
Rodoviários Ferroviário Fluviais Marítimos
s
Vantagens - Permite - - Maior - Transporte - Rápido e
chegar a locais Económico, capacidade de grandes confortável
distantes, de sem de mercadorias. .
difícil acesso. trânsito. transporte. - Baixo custo
- Entrega - Baixo - Baixo de utilização.
direta no consumo custo de
destino. de energia. utilização.
Desvantagen - Acidentes. - Custos de - - - Custos de
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano

s - Trânsito. manutençã Deslocaçõe Deslocações manutençã


- Dificuldades o caros. s demoradas. o caros.
em - Entregas demoradas. - - Custos
estacionament apenas nas Disponibilidad elevados
o. estações. e limitada. de
- Poluição. utilização.
- Poluição.

Distribuição das redes de transporte em Portugal


As principais redes de transporte concentram-se no litoral e nas zonas que envolvem as
grandes cidades, devido ao maior número de população aí existente e à diversidade de
atividades económicas desenvolvidas.
As telecomunicações
As telecomunicações são utilizadas diariamente para trocar ideias, realizar negócios, para
pesquisar ou como forma de lazer. A rede de telecomunicação permite que o mundo seja
uma Aldeia global, na qual a informação é transmitida rapidamente e para inúmeros locais.

O lazer e o turismo em Portugal


O lazer em Portugal
Lazer é um período de tempo durante o qual as pessoas ocupam os tempos livres,
repousando ou distraindo-se com atividades (passear, praticar desporto, conversar, ler,
etc.).
Os grandes centros urbanos oferecem uma maior variedade e quantidade de equipamentos
culturais e desportivos.
O turismo em Portugal
As férias são o período de descanso no qual se aproveita mais os tempos livres. A maioria
das pessoas aproveita para fazer turismo. Existem vários tipos de turismo: balnear (praia),
montanha, termal, rural, religioso, histórico-cultural.
As maiores áreas de turismo em Portugal são o Algarve, Lisboa e a Madeira. O turismo em
Portugal tem aumentado ao longo dos anos, pois o País tem realizado grandes
investimentos na promoção do turismo, divulgando o nosso Património Histórico-Cultural, a
beleza natural do País, o clima, a gastronomia e a própria simpatia da população.

Preservação do património
O património de uma região engloba os interesses culturais e/ou ambientes.
Existem diferentes tipos de património:
• Património natural – parques e reservas naturais;
• Património cultural:
o Imaterial – língua, tradições, gastronomia, música;
o Material – monumentos, artesanato, fotografia.

Com o aumento da população, a paisagem natural é, cada vez mais, modificada. Para
preservar as paisagens, são criadas Áreas Protegidas, que integram reservas naturais, nas
quais as paisagens, o ambiente, os animais e as plantas são preservados.

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