Resumo HGP 6º
Resumo HGP 6º
Resumo HGP 6º
º ano
Índice
I – Portugal do séc. XVIII ao séc. XIX................................................................................... 2
O império Português ............................................................................................................... 2
O poder político de D. João V e a sociedade portuguesa .......................................................
2
A ação governativa do Marquês de Pombal ............................................................................
3
A revolução francesa e as invasões napoleónicas ..................................................................
4
A revolução liberal de 1820 .....................................................................................................
5
O processo de modernização das atividades produtivas ........................................................
6
O alcance das medidas liberais ...............................................................................................
7
A vida quotidiana nos campos e nas cidades na segunda metade do séc. XIX ......................
A inquisição
Inquisição – tribunal controlado pelo clero que vigiava e condenava todos os que fossem
suspeitos de bruxarias, magias ou outras religiões que não fossem a católica.
Judeus e Mouros foram forçados a converter-se à fé cristã, sendo “Cristãos-novos”.
Quem fosse condenado, poderia sofrer vários castigos, que iam desde a prisão à pena de
morte. Por vezes, eram queimados vivos – auto de fé.
Em meados do séc. XVIII, Portugal enfrentava uma grave crise económica, devido à
diminuição das remessas de ouro do Brasil, da fraca agricultura e da queda das exportações
(açúcar, tabaco, vinho e sal). Para resolver a situação, Marquês de Pombal:
• promoveu o desenvolvimento de novas manufaturas, da agricultura, da pesca e da
atividade comercial;
• realizou reformas sociais: retirou privilégios à nobreza (confiscando alguns bens e
condenando alguns nobres), reduziu o poder do Clero (retirando-lhes o poder da Inquisição),
protegeu a burguesia (atribuindo-lhe cargos). Em 1761, decretou a proibição da escravatura
em Portugal continental;
• realizou reformas no ensino: criou escolas públicas, alterou o ensino universitário e criou o
Colégio dos Nobres.
As invasões napoleónicas
na batalha do
Buçaco e nas Linhas
de Torres Vedras.
D. Pedro abdicou do trono brasileiro e voltou para Portugal, após saber das perseguições
feitas aos liberais, pelos absolutistas. Começou, em 1832, uma guerra civil.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano
D. Miguel foi derrotado nas batalhas de Almoster (Santarém) e de Asseiceira (Rio Maior).
Estas derrotas obrigaram D. Miguel a assinar um acordo de paz, a Convenção de Évora
Monte.
Ganharam, assim, os liberais e a Monarquia Constitucional.
Desenvolvimento industrial
Antes, a transformação das matérias-primas era realizada em pequenas oficinas, à mão por
artesãos. Com o aparecimento da máquina a vapor, aumentou-se a produção, reduziu-se o
tempo do processo do fabrico, reduziu-se a mãe de obra e os preços. Surgiram, mais tarde,
as fábricas.
O desenvolvimento industrial verificou-se maioritariamente no Norte (indústrias têxtil e de
conservas de peixe) e no Centro (indústrias metalúrgica, química e do tabaco), pois existiam
melhores transportes.
Justiça
Os governos liberais queriam defender os direitos humanos. Para isso, tomaram algumas
medidas que levaram à extinção:
• da pena de morte;
• da escravatura em todos os territórios portugueses;
• dos castigos corporais.
A vida quotidiana nos campos e nas cidades na segunda metade do séc. XIX
A sociedade liberal portuguesa
• Burguesia: grupo social mais rico e importante;
• Nobreza e clero: perderam os antigos privilégios, terras e começaram a pagar impostos;
• Povo: continuou a viver com dificuldades, apesar de ter os mesmos direitos e deveres que
os outros grupos sociais.
II – Portugal do século XX
A queda da Monarquia
Nas últimas décadas do séc. XIX, Portugal viveu uma grave crise económica grave crise
económica e social: grandes empréstimos pedidos ao estrangeiro levaram a um aumento
de impostos, o que causou o agravamento das condições de vida.
Devido à elevada exploração de África, por vários países, foi necessário realizar a
Conferência que Berlim (1885), que definiu que as terras em África seriam de quem as
ocupasse, e não de quem as descobriu. Portugal viu os seus interesses ameaçados e
elaborou o Mapa Cor-de-Rosa (1886), no qual definiu que os territórios entre Angola e
Moçambique lhes pertenciam.
Inglaterra não aceitou a proposta de Portugal e fez um ultimato ao país: se os portugueses
não desocupassem os territórios entre Angola e Moçambique, o governo inglês declarava
guerra a Portugal. Portugal, governado por D. Carlos, cedeu à exigência, o que provocou um
enorme descontentamento da população.
O Partido Republicano
Quem era contra a monarquia aproveitou o descontentamento da população face às
decisões do rei. O Partido Republicano criticou a decisão do rei, através de jornais e de
revistas, angariando mais seguidores. A 31 de janeiro de 1891, no Porto, surgiu um primeiro
movimento contra a monarquia, mas acabou por ser descoberto e os revoltosos foram
presos.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano
Símbolos da República
• Hino nacional, A Portuguesa;
• Bandeira;
• Moeda foi alterada.
A 1.ª República
A 1.ª Constituição Republicana foi aprovada em 1911, ficando conhecida pela Constituição
de 1911. Esta constituição estabelecia a separação de poderes:
• Poder executivo – Presidente da República (eleito) e Governo;
• Poder legislativo – Parlamento – elabora as leis, elege e demite o Presidente da República;
• Poder judicial – Tribunais.
O direito ao voto ainda era limitado. Poderia votar quem soubesse ler e escrever, tivesse
mais de 21 anos ou que fosse chefe de família há mais de um ano.
Reformas realizadas na 1.ª República
• Medidas educativas: criou-se um plano de alfabetização, criando jardins-escola, mais
escolas primárias, escolas para formar professores. O ensino passou a ser obrigatório e
gratuito, até aos 12 anos. Criaram-se escolas técnicas e mais universidades, em Lisboa e no
Porto.
• Medidas sociais: diminuição da influência da igreja e melhorias das condições de trabalho
(direito à greve, dia para descanso semanal, diminuição do horário de trabalho, seguros de
trabalho, entre outros). Formaram-se, porém, sindicatos, que são associações de
trabalhadores que procuram defender os seus direitos.
Em 1914-1918 ocorreu a 1.ª Guerra Mundial, na qual Portugal participou, para defender as
suas colónias em África. Esta guerra piorou a situação económica do País e agravou o
descontentamento do povo.
Razões do descontentamento da população:
• constantes mudanças de governo;
• aumento das despesas;
• soldados portugueses regressavam feridos, incapacitados ou mortos;
• subida dos preços provocou fome;
• desemprego.
Estas medidas trouxeram consequências positivas para Portugal, tendo existido redução da
dívida aos países estrangeiros e um saldo positivo das contas públicas. Desta forma,
Salazar foi ganhando popularidade e, em 1932, foi nomeado presidente do Conselho de
Ministros.
Salazar, para criar postos de trabalho e para promover o desenvolvimento do País,
promoveu a construção de grandes obras públicas:
• Comunicações: novas estradas e pontes;
• Energia – novas barragens hidroelétricas;
• Educação e cultura – novas escolas, faculdades, bibliotecas, correios e o Estádio Nacional
do Jamor;
• Justiça e saúde – novos tribunais e hospitais.
Em 1933, foi aprovada a Constituição de 1933, que reorganizou a distribuição dos poderes e
deu origem ao “Estado Novo”. Novos órgãos de soberania:
• Governo - órgão com mais poder, que publicava as leis;
• Presidente da República;
• Assembleia Nacional – formada por um partido único – A União Nacional;
• Tribunais.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano
Salazar passava, então, a controlar todos os ministérios e a governar Portugal de uma forma
autoritária e ditatorial.
A propaganda do Estado Novo
Para difundir os ideais do Estado Novo – Deus, Pátria e Família -, realizava-se propaganda.
Esta propaganda era feita através de cartazes, exposições, nos programas escolares.
Em 1936 foi criada a Mocidade Portuguesa, que tinha como objetivo formas os jovens numa
lógica de obediência ao Estado novo e ao dever militar.
Mecanismos de repressão
Salazar governou o País num ambiente de medo, desrespeitando as liberdades e direitos
dos cidadãos. Para controlar os portugueses, utilizou alguns mecanismos de repressão, tais
como:
• A censura – ocultando informações e publicações nos jornais, revistas, filmes e teatros.
Não havia liberdade de expressão;
• A polícia política – PIDE;
• As prisões políticas, onde os condenados eram torturados;
• A Legião Portuguesa – organização militarizada, criada com o objetivo de defender o
património espiritual da Nação.
Este tipo de regime político ditatorial existe ainda em países como a China, Venezuela, Síria
e na Coreia do Norte, nos quais os direitos humanos são desrespeitados.
O colonialismo português
Durante a década de 1960, muitos países europeus reconheceram a independência das
suas colónias. Porém, Portugal recusava-se a fazer o mesmo, querendo continuar a
controlar as mesmas.
Nas colónias africanas deram-se guerrilhas, com emboscadas, entre a população local e os
portugueses. Em 1961, iniciou-se a guerra colonial, em Angola. O Governo enviou várias
tropas para Angola, Guiné e Moçambique. Esta guerra prolongou-se por 13 anos e
provocou:
• a morte de muitos soldados portugueses;
• elevadas despesas militares;
• isolamento de Portugal relativamente a outros países.
O 25 de abril de 1974
Devido à falta de liberdade, às difíceis condições de vida e às consequências da guerra
colonial, formou-se o Movimento das Forças Armadas (MFA), que iniciou o golpe militar que
derrubou a ditadura, em 1974.
O sinal que deu origem ao golpe militar foi dado através da rádio, ao emitir a música
Grândola, Vila Morena. Ao ouvir o sinal, os militares dirigiram-se para Lisboa.
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano
CPLP e PALOP
A Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) foi criada em 1996, com o
objetivo de preservar e divulgar a língua portuguesa, fomentando também a cooperação
económica, cultural e política entre países.
Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) procuram, também, a
cooperação e o desenvolvimento da cultura, educação e economia. PALOP – Angola, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial
Mobilidade da população
A evolução da população de um país também é influenciada pela mobilidade da população:
• • Emigração: saída de portugueses para o estrangeiro, à procura de melhores
condições de vida e de trabalho. Consequências da emigração: envelhecimento da
população, despovoamento e decréscimo da natalidade;
• Imigração: chegada de estrangeiros a Portugal. Atualmente, o número de pessoas que
imigram para Portugal tem diminuído e são originários, sobretudo, do Brasil, da China, da
Europa de Leste e dos PALOP.
Setores de atividade
A população está dividida em dois grupos:
• População ativa: tem uma profissão ou estão em condições de trabalhar;
• População inativa: não têm uma profissão e, por isso, não recebem um salário.
Atividades produtivas
- Agricultura, pesca, caça, criação de
animais, salicultura, exploração florestal,
Setor primário exploração mineira.
A floresta em Portugal
A exploração dos recursos florestais é importante para a economia portuguesa. Para além
disso, as florestas fornecem oxigénio, são o habitat de muitas espécies de seres vivos e
evitam a erosão dos solos.
Algumas atividades humanas, como a construção de habitações, barragens, estradas e
pontes, assim como os incêndios florestais, destroem grande parte das florestas.
Tipos de transporte
Terrestres Aquáticos
Aéreos
Rodoviários Ferroviário Fluviais Marítimos
s
Vantagens - Permite - - Maior - Transporte - Rápido e
chegar a locais Económico, capacidade de grandes confortável
distantes, de sem de mercadorias. .
difícil acesso. trânsito. transporte. - Baixo custo
- Entrega - Baixo - Baixo de utilização.
direta no consumo custo de
destino. de energia. utilização.
Desvantagen - Acidentes. - Custos de - - - Custos de
Resumo - História e Geografia de Portugal - 6.º ano
Preservação do património
O património de uma região engloba os interesses culturais e/ou ambientes.
Existem diferentes tipos de património:
• Património natural – parques e reservas naturais;
• Património cultural:
o Imaterial – língua, tradições, gastronomia, música;
o Material – monumentos, artesanato, fotografia.
Com o aumento da população, a paisagem natural é, cada vez mais, modificada. Para
preservar as paisagens, são criadas Áreas Protegidas, que integram reservas naturais, nas
quais as paisagens, o ambiente, os animais e as plantas são preservados.