Recurso Ordinário - Aula 05 - Phablo Pontes Costa
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RECURSO ORDINÁRIO
de acordo com as razões em anexo, as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao
Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região. Ressalta o recorrente que o recurso é
tempestivo e que as guias comprovando o recolhimento do preparo recursal (custas e
depósito recursal) acompanham a presente peça processual.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, DATA.
Advogado
OAB
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO
A ação foi distribuída ao juízo da 100ª Vara do Trabalho de Porto Velho - RO,
recebendo o número 0050000-80.2019.5.14.0100. A recorrida formulou vários pedidos, dos
quais foram julgados procedentes:
e) Cerceamento de defesa
Neste caso, a referida decisão não merece prosperar, motivo pelo qual deve a
sentença ser reformada, conforme os fundamentos que a seguir serão expostos.
2 - PRELIMINARES
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja reconhecida a inépcia da
inicial, com consequente extinção do feito sem resolução do mérito, conforme o art. 485,
inciso I do CPC.
3 - MÉRITO
a) Intervalo intrajornada
Razão não lhe assiste, uma vez que é indevido o pagamento integral do valor, pois
o art. 71, §4º, da CLT, estabelece que a não concessão ou concessão parcial do intervalo
intrajornada mínima, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o
pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de
50% sobre o valor da remuneração hora normal de trabalho, não tendo que se falar em
reflexos nas demais parcelas.
Diante do exposto, requer a reforma da sentença para que seja considerado apenas
o intervalo suprimido, qual seja, 5 minutos, e de natureza indenizatória.
O juízo a quo deferiu indenização de R$6.000,00 (seis mil reais) a título de dano
moral por acidente de trabalho em razão de doença degenerativa da qual a trabalhadora foi
vítima, conforme laudos médicos juntados aos autos.
A Lei nº 8.213/91 em seu art. 20, §1º, alínea a, estabelece que não são
consideradas como doença de trabalho as doenças degenerativas, não tendo que se falar
em responsabilidade do empregador ao pagamento de indenização por dano moral.
Desta forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferida a indenização
por dano moral em decorrência de acidente de trabalho por conta da doença degenerativa.
C) Devolução em dobro dos descontos
Insurge-se a recorrente quanto à devolução dos descontos em dobro, uma vez que
não existe previsão legal na CLT para tanto, e ainda consoante previsto no art. 5º, inciso II
da CF deve-se observar o princípio da legalidade.
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que seja indeferida a devolução em
dobro pelas faltas justificadas, por falta de previsão legal.
Foi deferido pagamento correspondente a 01 (uma) cesta básica mensal, pois a sua
entrega era prevista na Convenção Coletiva que vigorou no ano anterior (de janeiro de 2017
a janeiro de 2018) e, no entendimento do julgador, uma vez que não houve estipulação
de uma nova norma coletiva, a anterior foi automaticamente prorrogada no tempo.
Razão não lhe assiste, uma vez que a norma coletiva não tem ultratividade, na
forma do art. 614, § 3º da CLT, motivo pelo qual é indevida para a trabalhadora, pois ela foi
admitida após o término da Convenção Coletiva anterior.
E) Honorários advocatícios
Razão não lhe assiste, uma vez que ultrapassa o limite legal estabelecido, que é de
15%, conforme o art. 791-A da CLT.
Dessa forma, requer a reforma da sentença, para que o percentual deferido seja
reduzido, observando os limites legais da CLT.
4 - PEDIDOS
Diante o exposto, requer a admissibilidade do presente recurso, a renovação
das preliminares e, no mérito, o provimento do recurso.
Neste termos,
Pede deferimento.
Local e Data.
Advogado
OAB