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MÉTODOS DE INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA NO TEA
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forma, o Poder Público disponibiliza serviços educacionais para que haja essa
permanência, bem como de recursos de qualidade na escola regular.
No quadro de alunos de educação especial, estão os indivíduos com TEA
(Transtorno do Espectro Autista). Esses indivíduos apresentam características
específicas e, em sua maioria, precisam de apoio e estratégias pedagógicas
pontuais em relação às suas necessidades, para que sua aprendizagem e
desenvolvimento ocorram com sucesso.
Diz respeito às novas possibilidades relacionadas às ações dentro do
ambiente escolar, como foco no acesso à educação para todos,
independentemente de ser ou não da educação especial.
Nesse sentido, a inclusão no âmbito escolar deve ser pensada de forma
flexível, a fim de realizar um atendimento específico e particular. Entende-se como
um processo que deve incluir todos os indivíduos, tendo como base o
compartilhamento de responsabilidades pelos agentes da escola.
Não será apenas o profissional de educação que irá transformar a escola
em espaço inclusivo, mas a junção e união de toda a equipe escolar. Essa
comunidade deve conhecer e compreender as especificidades de cada indivíduo.
Quanto maior for o nível de atendimento do profissional da educação, melhor deve
ser o modelo de intervenção focado aos alunos com deficiência.
Muitos professores ainda possuem algumas concepções de forma caricata
sobre o transtorno do espectro autista, o que prejudica o processo de inclusão
escolar do indivíduo. Nesse sentido, muitas instituições escolares possuem vários
déficits, como a ausência de rede de apoio e desconhecimento dos recursos e
estratégias realmente efetivas no processo de ensino, que sejam voltadas para o
atendimento da Educação Especial.
Além de gerar uma maior ansiedade no trato com o aluno, isso pode gerar
influência nas práticas pedagógicas apresentadas, diminuindo as expectativas
dos professores no que se refere ao desenvolvimento de seus alunos.
É necessário reconhecermos que todo indivíduo tem a capacidade de se
desenvolver. Assim, a educação se torna responsável pelo desenvolvimento
psicológico, pela transformação e, consequentemente, por sua atuação no sentido
de transformar a realidade em que os indivíduos estão inseridos.
Com base na inclusão do indivíduo no ensino regular, a convivência irá
oportunizar contatos de cunho social, o que irá favorecer o desenvolvimento dessa
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criança. O estímulo recebido pelo aluno com TEA, por exemplo, é a base para o
seu desenvolvimento (claro que assim como para qualquer outra criança).
Incluir um indivíduo com TEA ultrapassa as questões de colocá-lo apenas
em uma escola regular ou em uma sala regular. Faz-se necessário proporcionar
aprendizagens que sejam realmente significativas e investir em suas
potencialidades, reconhecendo-o, assim, como um sujeito que aprende, sente,
participa em grupo e se desenvolve com ele e a partir dele, dentro de sua
singularidade.
Para que essa inclusão ocorra e se efetive, faz-se necessário que o
indivíduo tenha acesso ao ensino regular, assegurado por documentos legais.
Para o TEA, houve a promulgação da Lei. n. 12.764/2012, primeiro documento
que trata especificamente do aluno com TEA.
Nela, apresenta-se a Política Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa
com TEA. Essa política relaciona aspectos como os critérios relacionados à
educação, saúde, mercado de trabalho e moradia, tentando igualar o indivíduo à
pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.
Uma questão ainda muito importante trata do direito à educação e à
matrícula que está definido no art. 7º, e que diz:
Desse modo, a Lei afirma que a instituição escolar deverá matricular, bem
como ofertar, se for comprovada a necessidade, um acompanhante especializado.
Apresenta também que isso deverá ser disponibilizado sempre que for identificada
a necessidade individual do aluno, com foco na acessibilidade aos processos
comunicativos e na atenção aos cuidados de cunho pessoal (alimentação, higiene
e locomoção).
Esse acompanhante necessita estar articulado às atividades que serão
realizadas no espaço escolar (sala de aula, AEE etc.). Esse serviço deve, então,
ser sempre avaliado pela instituição juntamente com a família, levando em
consideração sua efetividade e real necessidade de continuidade. Isso para que
o indivíduo inicialmente receba o serviço e possivelmente ao longo do processo
possa conquistar sua autonomia.
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TEMA 2 – SOBRE O QUE É O AEE – ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
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recursos trazem consigo um potencial de cunho relacional que pode ou não
desencadear relações positivas em uma sala.
Nesse sentido, é preciso que o professor atue como o mediador entre o
material e o aluno, e assim conduzi-lo em um processo de aprendizagem
significativa (maximizadora) e não que o limite. Sabemos que o aluno com TEA
apresenta falhas nas habilidades que precedem a linguagem (desde o balbucio),
a imitação, o uso significativo de objetos e o jogo simbólico.
Assim, caberá ao professor ser o mediador dessa interação e perceber qual
a necessidade e especificidade do aluno, levando em consideração o aparato
legal atual. Nesse sentido, as escolas devem oferecer materiais e recursos que
facilitem o desempenho e desenvolvimento dos alunos especiais.
Isso significa que esses recursos ou TA (Tecnologias Assistivas)
enriquecem e ampliam as competências do aluno em suas ações e interações,
por meio de algumas estratégias e criação de alternativas para a escrita,
comunicação, mobilidade, leitura, artes e brincadeiras.
Dessa forma, é necessário pensar em quais tecnologias o aluno necessita
para melhorar sua autonomia e participação nas atividades dentro e fora do
ambiente escolar.
Vamos imaginar como seria o dia a dia dos seres humanos se, por algum
motivo, não tivéssemos a capacidade de interpretar desejos, intenções ou até
mesmo de prever o nosso comportamento e daqueles que estão próximos a nós.
Será que poderíamos nos relacionar de forma social com outras pessoas sem
essa capacidade? Que tipo de habilidade o ser humano possui e que lhe permite
compreender sentimentos, emoções e intenções?
Para estudar e discutir essas questões, a psicologia do desenvolvimento
traz muitos trabalhos e pesquisas que buscam explicar e levantar hipóteses sobre
o assunto. Isso dá origem a uma nova ideia e área de estudo, que atualmente
chamamos de Teoria da Mente.
Vários são os pesquisadores que estudam essa ideia e, consequentemente
trazem à tona vários estudos, sejam eles empíricos (com evidências) ou teóricos
(com modelos explicativos).
Atualmente, há um consenso entre os estudiosos da área de que a Teoria
Da Mente se define como sendo uma área com foco na investigação das
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habilidades das crianças em idade pré-escolar de compreender seus estados
mentais e o dos outros, prevendo suas ações e seus comportamentos.
Mas de onde surgiu essa teoria? No fim da década de 1970, estudos de
caráter experimental começaram a surgir sobre a cognição dos animais. Foi nesse
sentido que surgiu o termo adotado como Teoria da Mente.
Um dos estudos mais famosos foi o artigo publicado e intitulado “Os
chimpanzés têm uma teoria da mente?”, de autoria de Premack e Woodruff (1978).
Nesse trabalho, a questão levantada era de que os chimpanzés poderiam possuir
a habilidade de atribuir estados mentais de si e dos outros. Os autores buscaram
mostrar que os chimpanzés poderiam interpretar a intenção do comportamento de
um ser humano (ator). Uma forma de constatar isso seria entender, por exemplo,
que se, logo após um chimpanzé observar um vídeo com alguém tentando (e sem
sucesso) alcançar bananas que estivessem penduradas, logo em seguida fossem
apresentadas várias imagens desse mesmo indivíduo com diferentes resoluções,
o chimpanzé poderia sim selecionar a imagem cuja solução seria empilhar caixas
sob as bananas penduradas. Assim, isso significaria que, se o chimpanzé
compreender a intenção, poderá prever uma forma para alcançar as bananas.
A definição mais atual sobre essa teoria é a capacidade de entender
sentimentos, desejos, pensamentos e crenças. Ser capaz de ler e inferir os
estados mentais dos outros é uma habilidade necessária para desenvolver com
êxito as relações interpessoais, compreender os motivos que regem a conduta do
outro, predizer suas respostas, inferir seus sentimentos e adaptar nossa conduta
em função dos outros. Ao participar ativamente em contextos de relações sociais,
vamos desenvolvendo a habilidade humana de perceber de maneira natural as
intenções dos outros.
Essa teoria se torna, então, algo essencial para o ser humano, já que
permite a teorização do estado mental dos outros indivíduos, o que eles sentem,
o que eles pensam, quais as intenções e como podem agir. Assim, qualquer
indivíduo pode modular as reações e o comportamento social, além de
desenvolver empatia em sentimentos inferidos em outros indivíduos.
Podemos afirmar ainda que Piaget também foi um dos primeiros autores a
investigar a concepção por parte das crianças sobre a vida mental. Para isso, ele
realizou perguntas sobre de onde vinham os sonhos e sobre como as crianças
pensavam. Baseado nessas respostas, concluiu-se que crianças menores de seis
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anos não conseguem diferenciar pensamentos ou sonhos. No entanto, percebeu
que havia subestimado as capacidades das crianças pré-operatórias.
Já no final da década de 1990, Flavell (1999) realizou uma revisão da
literatura e propôs que, agrupando as investigações realizadas até hoje no que
tange às questões relacionadas à Teoria Da Mente, ela teoria está subdividida em
três diferentes teorias:
Teoria teoria;
Teoria modular;
Teoria da simulação.
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Saiba mais
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MELO, A. M. et al. Retratos do autismo no Brasil. Brasília: Secretaria de Direitos
Humanos, 2013. Disponível em: <https://www.ama.org.br/site/wp-
content/uploads/2017/08/RetratoDoAutismo.pdf>. Acesso em: 6 jan. 2020.
SÃO PAULO. Defensoria Pública. Cartilha Direitos das pessoas com autismo.
São Paulo: Núcleos Especializados da Infância e Juventude, de Combate à
Discriminação, Racismo e Preconceito e do Idoso e da Pessoa com Deficiência
da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, mar. 2011. Disponível em:
<https://www.ama.org.br/site/wp-content/uploads/2017/08/direitosautismo.pdf>.
Acesso em: 6 jan. 2020.
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REFERÊNCIAS
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