Lei Orgânica Do Município

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TÍTULO I - LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE

OLIVEIRA/MG
ÍNDICE

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


…..........................................................03

TÍTULO II- DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


..............................03

TITULO III - DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL


….....................................................04

TITULO IV - DAS VEDAÇÕES


…...................................................................................05

TÍTULO V - DO GOVERNO MUNICIPAL

CAPÍTULO I - Dos Poderes


Municipais ….....................................................................06

CAPÍTULO II - Do Poder Legislativo

SEÇÃO I - Da Câmara
Municipal..........................................................................07

SEÇÃO II - Da Posse...........................
…................................................................07

SEÇÃO III - Das Atribuições da Câmara


Municipal...........................................08

SEÇÃO IV - Do Exame Público das Contas


Municipais......................................10
SEÇÃO V - Da Remuneração dos Agentes Políticos
…........................................11

SEÇÃO VI - Da Eleição da Mesa


….......................................................................11

SEÇÃO VII - Das Atribuições da Mesa


….............................................................12

SEÇÃO VIII - Das Sessões


…..................................................................................12

SEÇÃO IX - Das Comissões


…...............................................................................13

SEÇÃO X - Do Presidente da Câmara Municipal


…...........................................14

SEÇÃO XI - Do Vice-Presidente da Câmara


Municipal …................................15

SEÇÃO XII - Do Secretário da Câmara Municipal


….........................................15

SECÃO XIII - Dos Vereadores

SUBSEÇÃO I - Disposições Gerais


….........................................................15

SUBSEÇÃO II - Das Incompatibilidades


…...............................................16

SUBSEÇÃO III - Do Vereador Servidor Público


…..................................16

SUBSEÇÃO IV - Das Licenças


…................................................................17
SUBSEÇÃO V - Da Convocação dos Suplentes
….....................................17

SEÇÃO XIV - Do Processo Legislativo

SUBSEÇÃO I - Disposições Gerais …...........................................


….........17

SUBSEÇÃO II - Das Emendas à Lei Orgânica Municipal


…...................17

SUBSEÇÃO III - Das Leis ….......................................................................18

CAPÍTULO III - O Poder Executivo

SEÇÃO I - Do Prefeito
Municipal...........................................................................21

SEÇÃO II - Das Proibições


….................................................................................22

SEÇÃO III - Das Licenças


…..................................................................................22

SEÇÃO IV - Das Atribuições do Prefeito


…..........................................................22

SEÇÃO V - Da Transição Administrativa


….........................................................24

SEÇÃO VI - Dos Secretários Municipais


…..........................................................24

SEÇÃO VII - Da Consulta Popular


…...................................................................26

TÍTULO VI - DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL


CAPÍTULO I - Disposições Gerais
…...............................................................................26

CAPÍTULO II - Dos Atos Municipais


…..........................................................................28

CAPITULO III - Dos Tributos


…......................................................................................29

CAPITULO IV - Dos Preços Públicos


…...........................................................................31

CAPITULO V - Dos Orçamentos

SEÇÃO I - Disposições Gerais


…............................................................................31

SEÇÃO II - Das Vedações Orçamentárias


…........................................................32

SEÇÃO III - Das Emendas aos Projetos Orçamentários


….................................33

SECÃO IV - Da Execução Orçamentária


….........................................................34

SEÇÃO V - Da Gestão de Tesouraria


…................................................................34

SEÇÃO VI - Da Organização Contábil


….............................................................35

SEÇÃO VII - Das Contas Municipais


…................................................................35

SEÇÃO VIII - Da Prestação de Tomada de Contas


….........................................35
SEÇÃO IX - Do Controle Interno Integrado
…....................................................36

CAPÍTULO VI - Da Administração dos Bens Patrimoniais


…......................................36

CAPITULO VII - Das Obras e Serviços Públicos


….......................................................37

CAPITULO VIII - Dos Distritos

SEÇÃO I - Disposições Gerais


…............................................................................40

SECÃO II - Da Divisão Administrativa do Município


….....................................40

SEÇÃO III - Da Administração Distrital


…..........................................................41

CAPITULO IX - Do Planejamento Municipal

SEÇÃO I - Disposições Gerais


…............................................................................42

SEÇÃO II - Da Cooperação das Associações no Planejamento


Municipal.........43

CAPITULO X - Das Políticas Municipais

SECÃO I - Da Política de Saúde


…........................................................................43

SEÇÃO II - Da Política Educacional, Cultural e Desportiva


…..........................45

SEÇÃO III - Da Política de Assistência Social


…..................................................47
SEÇÃO IV - Da Política Econômica
…..................................................................47

SEÇÃO V - Da Política Urbana


….........................................................................48

SEÇÃO VI - Da Política Rural


…...........................................................................50

SEÇÃO VII - Da Política do Meio Ambiente


…....................................................52

TÍTULO VII - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


…....................................54

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE OLIVEIRA/MG

Nós, representantes do Povo do Município de Oliveira, Estado


de Minas Gerais, reunidos em Assembléia Constituinte e
invocando a proteção de Deus, votamos e promulgamos a
seguinte:

LEI ORGÂNICA

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1º - O Município de Oliveira-MG, pessoa jurídica de


direito público interno, é unidade territorial que integra a
organização político-administrativa da República Federativa do
Brasil, dotada de autonomia política, administrativa, financeira e
legislativa nos termos assegurados pela Constituição da
República, pela Constituição do Estado e por esta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - Todo o poder do Município emana do povo,


que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição da República, do
Estado e desta Lei Orgânica.
Artigo 2º - O território do Município poderá ser dividido em
distritos, criados, organizados e suprimidos por lei municipal,
observada a legislação estadual, a consulta plebiscitária e o
disposto nesta Lei Orgânica.

Artigo 3º - O Município integra a divisão administrativa do


Estado.

Artigo 4º - A sede do Município dá-lhe o nome e tem a


categoria de cidade, enquanto a sede do Distrito tem a
categoria de vila.

Artigo 5º - Constituem bens do Município todas as coisas


móveis e imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe
pertençam.

Parágrafo Único - O Município tem direito à participação no


resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros
recursos minerais de seu território.

Artigo 6º - São símbolos do Município o Brasão, a Bandeira e o


Hino, representativos de sua cultura e história.

TITULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Artigo 7º - O Município assegura, no seu território e nos limites


de sua competência, os direitos e garantias fundamentais que
as Constituições da República e do Estado conferem aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.

§ 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer


forma prejudicada, pelo fato de litigar com órgão ou entidade
municipal no âmbito administrativo ou judicial.

§ 2º - Todos têm o direito de requerer e obter informações do


Poder Público, ressalvadas aquelas cujos sigilos sejam,
temporariamente, imprescindíveis à segurança da sociedade e
do Município nos termos da lei, que fixará também o prazo em
que devam ser prestadas as informações.

§ 3º - É direito de qualquer cidadão e entidade legalmente


constituída denunciar às autoridades competentes a prática, por
órgão ou entidade pública ou por empresa concessionária ou
permissionária de serviço público, de atos lesivos aos direitos
dos usuários, cabendo ao Poder Público apurar sua veracidade
e aplicar as sanções cabíveis, sob pena de responsabilidade.

§ 4º - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no


exercício de suas atribuições e independentemente da função
que exerça, violar direito constitucional do cidadão.

§ 5º - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em


locais abertos ao público, independentemente de autorização,
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente que, no Município, é o Prefeito ou
aquele a quem delegar a atribuição.

TITULO III - DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL

Artigo 8º - Compete ao Município:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem


como aplicar as suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade
de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em
lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observado o disposto


nesta Lei Orgânica e na legislação estadual pertinente;
V - instituir a guarda municipal destinada à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei;

VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de


concessão ou permissão, entre outros,

os seguintes serviços:

a) transporte coletivo urbano e intramunicipal, que terá caráter


essencial;

b) abastecimento de água e esgotos sanitários;

c) mercados, feiras e matadouros locais;

d) cemitérios e serviços funerários:

e) iluminação pública;

f) limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final do lixo;

VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e


do Estado, programas de educação pré-escolar e ensino
fundamental;

VIII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e


do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico, cultural,


artístico, turístico e paisagístico local, observadas a ação
fiscalizadora federal e estadual;

X - promover a cultura e a recreação;

XI - fomentar a produção agropecuária e demais atividades


econômicas, inclusive a artesanal;

XII - preservar as florestas, a fauna e a flora;


XIII - realizar serviços de assistência social, diretamente ou por
meio de instituições privadas, conforme critérios e condições
fixadas em lei municipal;

XIV - realizar programas de apoio às práticas desportivas;

XV - realizar programas de alfabetização;

XVI - realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a


incêndios e preservação de acidentes naturais em coordenação
com a União e o Estado;

XVII - promover, no que couber, adequado ordenamento


territorial, mediante planejamento e controle de uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;

XVIII - elaborar e executar o plano diretor;

XIX - executar obras de:

a) abertura, pavimentação e conservação de vias;

b) drenagem pluvial;

c) construção e conservação de estradas, parques, jardins e


hortos florestais;

d) construção e conservação de estradas vicinais;

e) edificação e conservação de prédios públicos municipais;

XX - fixar:

a) tarifas dos serviços públicos, inclusive dos serviços de táxis;

b) horário de funcionamento dos estabelecimentos industriais,


comerciais e de serviços;

XXI - sinalizar as vias públicas, urbanas e rurais;


XXII - regulamentar a utilização de vias e logradouros públicos;

XXIII - conceder licença para:

a) localização, instalação e funcionamento de estabelecimentos


industriais, comerciais e de serviços;

b) afixação de cartazes, letreiros, faixas, emblemas e utilização


de alto-falantes para fins de publicidade e propagandas;

c) exercício de comércio eventual ou ambulante;

d) realização de jogos, espetáculos de divertimentos públicos,


observadas as prescrições legais;

e) prestação dos serviços de táxis.

XXIV - firmar Termos de Parceria com Organização da


Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, devidamente
reconhecida pelo Ministério da Justiça, nos termos da Lei
específica." (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 022,
de 10.12.2009).

Artigo 9º - Além das competências previstas no artigo anterior,


o Município atuará em cooperação com a União e o Estado para
o exercício das competências enumeradas no artigo 23 da
Constituição Federal, desde que as condições sejam de
interesse do Município.

TITULO IV - DAS VEDAÇÕES

Artigo 10 - Ao Município é vedado:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,


embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada,
na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferência entre si;

IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos


pertencentes aos cofres públicos, quer pela imprensa, rádio,
televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de
comunicação, propaganda político-partidária ou fins estranhos
à administração;

V - manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e


campanhas de órgãos públicos que não tenham caráter
educativa, informativo ou de orientação social, assim como a
publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos;

VI - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão


de dívida, sem interesse público justificado, sob pena de
nulidade do ato;

VII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se


encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção
em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos;

IX - cobrar tributos:

a} em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da


vigência da lei que, os houver instituído ou aumentado;

b) o mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a


Lei que os instituiu ou aumentou.

X - utilizar tributos com efeito de confisco;


XI - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por
meio de tributos, ressalvada a cobrança de pedágio pela
utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

XII -- instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de


outros Municípios;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive


suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da Lei Federal;

d) livros, jornais, periódicos e o papei destinado à sua


impressão.

§ 1º - A vedação do inciso XII, a, é extensiva às autarquias e às


fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se
refere ao patrimônio, à renda, e aos serviços vinculados às suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 2º - As vedações do inciso XII, a, e do parágrafo anterior, não


se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados
com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de
pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 3º - As vedações expressas no inciso XII, alíneas b e c,


compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas;
§ 4º - As vedações expressas nos incisos VII a X, serão
regulamentadas em Lei complementar federal.

TÍTULO V - DO GOVERNO MUNICIPAL

CAPÍTULO I - Dos Poderes Municipais

Artigo 11 - O Governo Municipal é constituído pelos Poderes


Legislativo e Executivo, independentes e harmônicos entre si.

Parágrafo Único - É vedada aos Poderes Municipais a delegação


recíproca de atribuições, salvo nos casos previstos nesta Lei
Orgânica.

CAPÍTULO II - Do Poder Legislativo

SEÇÃO I - Da Câmara Municipal

Artigo 12 - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara


Municipal, composta de Vereadores, eleitos para cada
legislatura entre cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos, no
exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto.

Parágrafo Único - Cada legislatura terá duração de 4 (quatro)


anos.

Artigo 13 - Será de 13 (treze) o número de Vereadores,


observando os limites estabelecidos na Constituição Federal.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 029, de
10.04.2012).

§ 1º - O número de Vereadores somente poderá ser alterado


através de emenda a esta Lei Orgânica, obedecidos aos limites
estabelecidos no art. 29, inciso IV, da Constituição Federal da
República. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 029,
de 10.04.2012).
§ 2º - A Mesa da Câmara enviará ao Tribunal Regional Eleitoral,
cópia da Lei Orgânica de que trata este artigo(Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 029, de 10.04.2012).

Artigo 14 - Salvo disposições em contrário desta Lei Orgânica as


deliberações, da Câmara Municipal e de suas comissões serão
tomadas por maioria absoluta de votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.

SEÇÃO II - Da Posse

Artigo 15 - A Câmara Municipal reunir-se-á, em sessão


preparatória, no dia 1º de janeiro do primeiro ano da
legislatura, para a posse de seus membros.

§ 1º - Sob a presidência do Vereador que mais recentemente


tenha exercido cargo na Mesa ou, na hipótese de inexistir tal
situação, do mais votado entre os presentes, os demais
Vereadores prestarão compromissos e tomarão posse, cabendo
ao Presidente prestar o seguinte compromisso:

"Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição


Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis,
desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo
progresso do Município e bem estar do seu povo".

§ 2º - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretário


que for designado para esse fim fará a chamada nominal de
cada Vereador, que declarará:

"Assim o prometo".

§ 3º - O vereador que não tomar posse na sessão prevista neste


artigo, deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo
justo aceito pela Câmara Municipal.
§ 4º - No ato da posse, os Vereadores deverão
desincompatibilizar-se e fazer declaração de seus bens, repetida
quando o término do mandato, sendo ambas transcritas em
livro próprio, resumidas em ata e divulgadas para o
conhecimento público.

SEÇÃO III - Das Atribuições da Câmara Municipal

Artigo 16 - Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito,


legislar sobre as matérias de competência do Município,
especialmente no que se refere ao seguinte:

I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a


Legislação Federal e Estadual, notadamente no que diz respeito:

a) à saúde, à assistência pública e à proteção e garantia das


pessoas portadoras de deficiências;

b) à proteção de documentos, obras e outros bens de valor


histórico, artístico e cultural, como os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos do
Município;

c) a impedir a evasão, destruição e descaracterização de obras


de arte e outros bens de valor histórico, artístico e cultural do
Município;

d) à abertura de meios de acesso à cultura, à educação e à


ciência;

e) à proteção ao meio ambiente e ao combate à poluição;

f) ao incentivo à indústria e ao comércio;

g) à criação de distritos industriais;

h) ao fomento da produção agropecuária e à organização do


abastecimento alimentar;
i) à promoção de programas de construção de moradia,
melhorando as condições habitacionais e de saneamento
básico;

j) ao combate às causas da pobreza e aos fatores de


marginalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;

I) ao registro, ao acompanhamento e à fiscalização das


concessões de pesquisa e exploração dos recursos hídricos e
minerais em seu território;

m) ao estabelecimento e à implantação da política de educação


para o trânsito;

n) à cooperação com a União e o Estado, tendo em vista o


equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar, atendidas as
normas fixadas em lei complementar federal;

o) ao uso e ao armazenamento dos agrotóxicos, seus


componentes e afins;

p) às políticas públicas do Município;

II - tributos municipais, bem como a autorizar isenção e anistias


fiscais e a remissão de dívidas;

III - orçamento anual, plano plurianual e diretrizes


orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos
suplementares e especiais;

IV - obtenção e concessão de empréstimos e operações de


crédito, bem como sobre a forma e os meios de pagamento;

V - concessão de auxílio e subvenções;

VI - concessão e permissão de serviços públicos;


VII - concessão de direito real de uso de bens municipais;

VIII - alienação e concessão de bens móveis;

IX - aquisição de bens móveis e imóveis, quando se tratar de


doação (Inciso suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 006,
de 22.04.1996);

IX - criação, organização e supressão de distritos, observada a


legislação estadual;

X - criação, alteração e extinção de cargos, empregos e funções


públicas e fixação da respectiva remuneração;

XI - plano diretor;

XII - alteração da denominação de próprios, vias e logradouros


públicos;

XIII - guarda municipal destinada a proteger bens, serviços e


instalações do Município;

XIV - ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do solo


urbano;

XV - organização e prestação de serviços públicos;

Artigo 17 - Compete à Câmara Municipal privativamente, entre


outras, as seguintes atribuições:

I - eleger sua Mesa Diretora, bem como destituí-la na forma


desta Lei Orgânica e do Regimento Interno;

II - elaborar o seu Regimento Interno;

III - fixar a remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos


Vereadores, observando-se o disposto no inciso V do artigo 29
da Constituição Federal e o estabelecido nesta Lei Orgânica;
IV - exercer, com auxílio do Tribunal de Contas ou órgãos
estadual competente, a fiscalização financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do Município;

V - julgar as contas anuais do Município e apreciar os relatórios


sobre a execução dos planos de Governo;

VI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que a


exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa;

VII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,


criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e
funções de seus serviços e fixar a respectiva remuneração;

VIII - autorizar a Prefeito a se ausentar do Município, quando a


ausência exceder a 15 (quinze) dias;

IX - mudar temporariamente a sua sede;

X - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder


Executivo, incluídos os da Administração indireta e fundacional;

XI - proceder à tomada de contas do Prefeito Municipal,


quando não apresentadas â Câmara dentro do prazo de 60
(sessenta) dias após a abertura da sessão legislativa;

XII - processar e julgar os Vereadores, na forma desta Lei


Orgânica;

XIII - representar ao Procurador Gerai da Justiça, mediante


aprovação de dois terços dos seus membros, contra o Prefeito,
o Vice-Prefeito e Secretários Municipais ou ocupantes de cargos
da mesma natureza, pela prática de crime contra a
Administração Pública que tiver conhecimento;
XIV - dar posse ao Prefeito s Vice-Prefeito, conhecer de suas
renúncias e afastá-los definitivamente do cargo, nos termos
previstos em lei;

XV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos


Vereadores para afastamento do

cargo;

XVI - criar comissões especiais de inquérito sobre fato


determinado que se inclua na competência da Câmara
Municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço dos
membros da Câmara, ouvido o plenário;

XVII - Convocar os Secretários Municipais e demais funcionários


efetivos que ocupem cargos de confiança e em comissão para
prestem informações sobre matéria de sua competência,
importando a ausência imotivada em abertura de Comissão de
Inquérito na pasta do Secretário faltoso, funcionário efetivo, de
confiança e em cargos de Comissão. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 012, de 13.07.1998).

XVIII - solicitar informações ao Prefeito Municipal sobre


assuntos referentes à Administração;

XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XX - decidir sobre a perda de mandato de Vereador, por voto


nominal e maioria absoluta, nas hipóteses previstas nesta Lei
Orgânica; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 008, de
20.06.1996)

XXI - conceder título honorífico a pessoas que tenham


reconhecimento prestado serviços ao Município, mediante
decreto legislativo aprovado pela maioria de dois terços de seus
membros.
§ 1º- É fixado em 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período,
desde que solicitado e devidamente justificado, o prazo para
que os responsáveis pelos órgãos da Administração direta e
indireta do Município prestem as informações e encaminhem os
documentos requisitados pela Câmara Municipal, na forma
desta Lei Orgânica.

§ 2º- O não atendimento no prazo estipulado no parágrafo


anterior faculta ao Presidente da Câmara solicitar, na
conformidade da legislação vigente, a intervenção do Poder
Judiciário para fazer cumprir a legislação.

SEÇÃO IV - Do Exame Público das Contas Municipais

Artigo 18 - As contas do Município ficarão à disposição dos


cidadãos durante 60 (sessenta) dias, a partir de 15 (quinze) de
abril de cada exercício, no horário de funcionamento da Câmara
Municipal, em local de fácil acesso ao público.

§ 1º - A consulta às contas municipais poderá ser feita por


qualquer cidadão, independente de requerimento, autorização
ou despacho de qualquer autoridade.

§ 2º - A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara e


haverá pelo menos 3 (três) cópias à disposição do público.

§ 3º - A reclamação apresentada deverá :

I - ter a identificação e a qualificação do reclamante;

II - ser apresentada em 4 (quatro) vias no protocolo da Câmara;

III - conter elementos e provas nas quais se fundamenta o


reclamante.

§ 4º- As vias da reclamação apresentadas no protocolo da


Câmara terão a seguinte destinação:
I - a primeira via deverá ser encaminhada pela Câmara ao
Tribunal de Contas ou órgão equivalente, mediante ofício;

II - a segunda via deverá ser anexada às contas à disposição do


público, pelo prazo que restar ao exame e apreciação ;

III - a terceira via se constituirá em recibo do reclamante e


deverá ser autenticada pelo servidor que a receber no
protocolo;

IV - a quarta via será arquivada na Câmara Municipal.

§ 5º- A anexação da segunda via, de que trata o inciso II do §


4ºdeste artigo, independerá do despacho de qualquer
autoridade e deverá ser feita no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas pelo servidor que a tenha recebido no protocolo da
Câmara, sob pena de suspensão, sem vencimento, pelo prazo
de 15 (quinze) dias.

Artigo 19 - A Câmara Municipal enviará ao reclamante cópia da


correspondência que encaminhou ao Tribunal de Contas ou
órgão equivalente.

SEÇÃO V - Da Remuneração dos Agentes Políticos

Artigo 20 - A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos


Vereadores será fixada pela Câmara Municipal no último ano da
legislatura, até trinta dias antes das eleições municipais,
vigorando para a legislatura seguinte, observado o disposto na
Constituição Federal.

Artigo 21 - A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos


Vereadores será fixada determinando-se o valor em moeda
corrente no País, vedada qualquer vinculação.

Artigo 22 - Poderá ser prevista remuneração para as sessões


extraordinárias.
Artigo 23 - A não fixação da remuneração do Prefeito
Municipal, do Vice-Prefeito e dos Vereadores até a data prevista
nesta Lei Orgânica, implicará a suspensão do pagamento da
remuneração dos Vereadores pelo restante do mandato.

Parágrafo Único - No caso da não fixação prevalecerá a


remuneração do mês de dezembro do último ano da
legislatura, sendo este valor atualizado monetariamente pelo
índice oficial.

Artigo 24 - A lei fixará critérios de indenização de despesas de


viagem do Prefeito, do Vice- Prefeito e dos Vereadores.

Parágrafo Único - A indenização de que trata este artigo não


será considerada como remuneração.

SEÇÃO VI - Da Eleição da Mesa

Artigo 25 - Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-


se-ão sob a presidência do Vereador que mais recentemente
tenha exercido cargo na Mesa, ou na hipótese de inexistir tal
situação, do mais votado entre os presentes e, havendo maioria
absoluta dos membros da Câmara, elegerão os componentes
da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.

§ 1º - O mandato da mesa será de 02 ( dois ) anos, com direito


a recondução ao mesmo cargo, na eleição imediatamente
subseqüente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
011, de 27.04.1998)

§ 2º- Na hipótese de não haver número suficiente para eleição


da Mesa, o Vereador que mais recentemente tenha exercido
cargo na Mesa ou, na hipótese de inexistir tal situação, o mais
votado entre os presentes, permanecerá na Presidência e
convocará sessões diárias até que seja eleita a Mesa.
§ 3º - A eleição para renovação da mesa realizar-se-á
obrigatoriamente no período de 1º (primeiro) a 15 (quinze) de
dezembro, empossando-se os eleitos em 1º (primeiro) de
janeiro. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 008, de
20.06.1996)

§ 4º - Caberá ao Regimento Interno da Câmara Municipal dispor


sobre a composição da Mesa Diretora e, subsidiariamente,
sobre a sua eleição.

§ 5º- Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído,


pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara
Municipal, quando faltoso, omisso ou ineficiente no
desempenho de suas atribuições, devendo o Regimento interno
da Câmara Municipal dispor sobre o processo de destituição e
sobre a substituição do membro destituído.

SEÇÃO VII - Das Atribuições da Mesa

Artigo 26 - Compete à Mesa da Câmara Municipal, além de


outras atribuições estipuladas no Regimento Interno:

I - enviar ao Prefeito Municipal, até o primeiro dia de março, as


contas do exercício anterior;

II - propor ao Plenário projetos de resolução que criem,


transformem e extingam cargos, empregos ou funções da
Câmara Municipal, bem como a fixação da respectiva
remuneração, observadas as determinações legais;

III - declarar a perda de mandato de Vereador, de ofício ou por


provocação de qualquer dos

membros da Câmara, nos casos previstos nos incisos I a VIII do


artigo 43 desta Lei Orgânica, assegurada ampla defesa, nos
termos do Regimento Interno;
IV - Elaborar e encaminhar ao Chefe do Poder Executivo, até 31
de julho de cada ano, a proposta orçamentaria da Câmara, para
ser incluída ao orçamento geral do município que deverá ser
encaminhado ao Poder Legislativo até 31 de agosto do referido
ano. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 042, de
19.10.2021)

Parágrafo Único - A Mesa decidirá sempre por maioria de seus


membros.

SEÇÃO VIII - Das Sessões

Artigo 27 - A sessão legislativa anual desenvolve-se de 01


(primeiro) de fevereiro a 15 (quinze) de dezembro,
independentemente de convocação. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 019, de 09.06.2008)

§ 1º- As reuniões marcadas para as datas estabelecidas no


caput serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente
quando recaírem em sábados, domingos, feriados ou vésperas
de feriados. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 008,
de 20.06.1996)

§ 2º- A Câmara Municipal reunir-se-á em sessões ordinárias,


extraordinárias, abertas,

solenes e secretas, conforme dispuser o seu Regimento Interno,


e as remunerará de acordo com o estabelecido nesta Lei
Orgânica e na legislação específica.

Artigo 28- As sessões da Câmara Municipal deverão ser


realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento,
considerando-se nulas as que se realizarem fora dele.

§ 1º- Comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto


ou outra causa que impeça a sua utilização, poderão ser
realizadas sessões em outro local, por decisão do Presidente da
Câmara.

§ 2º - As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto


da Câmara.

Artigo 29 - As sessões da Câmara serão públicas, salvo


deliberação em contrário, tomada pela maioria absoluta de seus
membros, quando ocorrer motivo relevante de preservação do
decoro parlamentar.

Artigo 30- As sessões somente poderão ser abertas pelo


Presidente da Câmara ou por outro membro da Mesa, com a
presença mínima de um terço dos seus membros.

Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão o Vereador


que assinar o livro ou folhas de presença até o início da ordem
do dia e participar das votações.

Artigo 31 - A convocação extraordinária da Câmara Municipal


dar-se-á:

I - pelo Prefeito Municipal, quando este a entender necessária;

II - pelo Presidente da Câmara;

III - a requerimento de 1 /3 dos membros da Câmara.

Parágrafo Único - Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara


Municipal deliberará somente sobre a matéria para a qual foi
convocada.

SEÇÃO IX - Das Comissões

Artigo 32 - A Câmara Municipal terá comissões permanentes e


especiais, constituídas na forma e com as atribuições definidas
no Regimento Interno ou no que resultar a sua criação.
§ 1º- Em cada comissão será assegurada, tanto quanto possível,
a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam Câmara.

§ 2º- As comissões, em razão da matéria de sua competência,


cabem:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do


Regimento competência do Plenário, salvo se houver recurso de
um décimo dos membros Câmara;

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade


civil;

III - convocar Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da


mesma natureza para prestar informações sobre assuntos
inerentes às suas atribuições;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas


de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades
ou entidades públicas;

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - apreciar programas de obras e planos e sobre eles emitir


parecer;

VII - acompanhar junto à Prefeitura Municipal a elaboração da


proposta orçamentária, bem como a sua posterior execução.

Artigo 33 - As comissões especiais de inquérito, que terão


poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,
além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas
pela Câmara Municipal mediante requerimento de um terço de
seus membros, ouvido o plenário, para apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público para que este
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Artigo 34 - Qualquer entidade da sociedade civil poderá


solicitar ao Presidente da Câmara que lhe permita emitir
conceitos ou opiniões, junto às comissões, sobre projetos que
nelas se encontrem para estudo.

Parágrafo Único - O Presidente da Câmara enviará o pedido ao


Presidente da respectiva comissão, a quem caberá deferir ou
indeferir o requerimento, indicando, se for o caso, dia e hora
para o pronunciamento e seu tempo de duração.

SEÇÃO X - Do Presidente da Câmara Municipal

Artigo 35 - Compete ao Presidente da Câmara, além de outras


atribuições estipuladas no Regimento Interno:

I - representar a Câmara Municipal;

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e


administrativos da Câmara;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem


como as leis que receberem sanção tácita e as cujo veto tenha
sido rejeitado pelo Plenário e não tenham sido promulgadas
pelo Prefeito Municipal;

V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os


decretos legislativos e as leis por ele promulgadas;

VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e


os Vereadores, nos casos previstos em lei;

VII - apresentar ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês, o


balancete relativo aos recursos recebidos e às despesas
realizadas no mês anterior, consolidado pelo município,
acompanhado de documentos que comprovem as receitas
arrecadadas e de todas as despesas realizadas, com as
respectivas notas de empenho, ordens de pagamento e
documentos fiscais. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 030, de 03.07.2013).

VIII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara;

IX - exercer, em substituição, a chefia do Executivo Municipal,


nos casos previstos em lei;

X - designar comissões especiais nos termos regimentais,


observadas as indicações partidárias;

XI - mandar prestar informações por escrito e expedir certidões


requeridas; para a defesa de direitos e esclarecimento de
situações;

XII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade


civil e com membros da comunidade;

XIII - administrar os serviços da Câmara Municipal, fazendo


lavrar os atos pertinentes a essa área de gestão.

Artigo 36 - O Presidente da Câmara, ou quem o substituir,


somente manifestará o seu voto nas seguintes hipóteses:

I - na eleição da Mesa Diretora;

II - quando a matéria exigir, para a sua aprovação, o voto


favorável de dois terços ou de maioria absoluta dos membros
da Câmara;

III - quando ocorrer empate em qualquer votação no Plenário;

IV - nas votações secretas.


SEÇÃO XI - Do Vice-Presidente da Câmara Municipal

Artigo 37 - Ao Vice-Presidente compete, além das atribuições


contidas no Regimento Interno, as seguintes:

I - substituir o Presidente da Câmara em suas faltas, ausências,


impedimentos ou licenças;

II - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resoluções


e os decretos legislativos sempre que o Presidente, ainda que se
ache em exercício, deixar de fazê-lo no prazo estabelecido;

III - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis


quando o Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara,
sucessivamente, tenham deixado de fazê-lo, sob pena de perda
do cargo de membro da Mesa;

IV - assinar os cheques da Câmara, junto com o Presidente.

SEÇÃO XII - Do Secretário da Câmara Municipal

Artigo 38 - Ao Secretário compete, além das atribuições


contidas no Regimento Interno, as seguintes:

I - redigir as atas das sessões secretas e das reuniões de Mesa;

II - acompanhar e supervisionar a redação das atas das demais


sessões e proceder à sua leitura;

III - fazer a chamada dos vereadores;

IV - registrar, em livro próprio, os precedentes firmados na


aplicação do Regimento Interno;

V - fazer a inscrição dos oradores na pauta dos trabalhos;

VI - substituir os demais membros da Mesa, quando necessário.

SECÃO XIII - Dos Vereadores


SUBSEÇÃO I - Disposições Gerais

Artigo 39 - Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas


opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na
circunscrição do Município.

Artigo 40 - Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar,


perante a Câmara, sobre informações recebidas ou prestadas
em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que
lhes confiaram ou delas receberam informações.

Artigo 41 - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos


casos definidos no Regimento Interno, o abuso das
prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a percepção, por
estes, de vantagens indevidas.

SUBSEÇÃO II - Das Incompatibilidades

Artigo 42 - Os Vereadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias,


suas empresas públicas, suas

sociedades de economia mista, suas fundações ou suas


empresas concessionárias de serviços

públicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a


cláusulas uniformes:

b) aceitar ou exercer cargo, funções ou empregos remunerados,


inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades
constantes da alínea anterior;

II - desde a posse :
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresas
que gozem de favor decorrente de contrato celebrado com o
município ou nelas exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad


nutum" nas entidades referidas na alínea a do inciso I, salvo o
cargo de Secretário Municipal ou equivalente;

c) patrocinar causas em que seja interessada qualquer das


entidades a que se refere a alínea "a" do inciso I;

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público


eletivo.

Artigo 43 - Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo


anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro


parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à


terça parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo em caso de
licença ou missão oficial autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na


Constituição Federal;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em


julgado;

VII - que deixar de residir no Município;

VIII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro


do prazo estabelecido nesta
Lei Orgânica.

§ 1º - Extingue-se o mandato, e assim será declarado vago pelo


Presidente da Câmara, quando ocorrer falecimento ou renúncia
por escrito do Vereador.

§ 2º- Nos casos dos incisos I , II , VI e VII deste artigo, a perda


do mandato será decidida pela Câmara, por voto escrito e
maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido
político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

§ 3º- Nos casos dos incisos III, IV e VIII, a perda do mandato


será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante
provocação de qualquer Vereador ou de partido político
representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

SUBSEÇÃO III - Do Vereador Servidor Público

Artigo 44 - O exercício de vereança por servidor público se dará


de acordo com as determinações da Constituição Federal.

Parágrafo Único - O Vereador ocupante de cargo, emprego ou


função pública municipal é inamovível de ofício pelo tempo de
duração de seu mandato.

SUBSEÇÃO IV - Das Licenças

Artigo 45 - O Vereador poderá licenciar-se:

I - por motivos de saúde, ou licença a gestante, devidamente


comprovados;

II - para tratar de interesse particular, desde que o período de


licença não seja superior a 120(cento e vinte) dias por sessão
legislativa.

§ 1º - Nos casos dos incisos I e II, não poderá o Vereador


reassumir antes que se tenha escoado o prazo de sua licença.
§ 2º - Para fins de remuneração, considerar-se-á como em
exercício o Vereador licenciado nos termos do inciso I.

§ 3º- O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou


equivalente será considerado automaticamente licenciado,
podendo optar pela remuneração da Vereança.

§ 4º - O afastamento para o desempenho de missões


temporárias de interesse do Município não será considerado
como de licença, fazendo o Vereador jus à remuneração
estabelecida.

SUBSEÇÃO V - Da Convocação dos Suplentes

Artigo 46 - No caso de vaga, licenças superiores a 120 dias, ou


investidura no cargo de Secretário Municipal ou equivalente,
far-se-á convocação do suplente pelo Presidente da Câmara.

§ 1º- O suplente convocado deverá tomar posse dentro do


prazo de 15 (Quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela
Câmara sob pena de ser considerado renunciante.

§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente da


Câmara comunicará o fato, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

§ 3º-Enquanto a vaga não for preenchida, calcular-se-á o


quorum em função dos Vereadores remanescentes.

SEÇÃO XIV - Do Processo Legislativo

SUBSEÇÃO I- Disposições Gerais

Artigo 47 - O processo legislativo municipal compreende a


elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica Municipal;


II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas ;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

SUBSEÇÃO II - Das Emendas à Lei Orgânica Municipal

Artigo 48 - A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada


mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito Municipal;

III - de iniciativa popular.

§ 1º- A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal será


discutida e votada em dois turnos de discussão e votação, com
interstício mínimo de 10 (dez) dias entre cada votação,
considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, dois
terços dos votos dos membros da Câmara. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 028, de 03.04.2012).

§ 2º- A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de


estado de sítio ou de intervenção no município.

§ 3º- A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela


Mesa da Câmara com o respectivo número de ordem.

SUBSEÇÃO III - Das Leis


Artigo 49 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias
cabe a qualquer Vereador ou comissão da Câmara, ao Prefeito
Municipal e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Lei Orgânica.

Artigo 50 - Compete privativamente ao Prefeito Municipal a


iniciativa das leis que versem sobre :

I - regime jurídico dos servidores;

II - criação de cargos, empregos e funções da Administração


direta e autárquica do Município, ou aumento de sua
remuneração;

III - orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano


plurianual;

IV - criação, extinção, estruturação e atribuições dos órgãos da


Administração direta do Município.

Artigo 51 - A iniciativa popular será exercida pela apresentação,


à Câmara Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo
5% (cinco por cento) dos eleitores inscritos no Município,
contendo assunto de interesse específico do Município, da
cidade, de bairros e distritos.

§ 1º- A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se para


o recebimento pela Câmara, a identificação dos assinantes,
mediante indicação do número do respectivo título eleitoral,
bem como a certidão expedida pelo órgão eleitoral
competente, contendo a informação do número total de
eleitores do bairro, da cidade, dos distritos ou do Município.

§ 2º- A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular


obedecerá às normas relativas ao processo legislativo.
§ 3º- Caberá ao Regimento Interno da Câmara assegurar e
dispor sobre o modo pelo qual os projetos de iniciativa popular
serão defendidos na Tribuna da Câmara.

Artigo 52 - São objeto de Leis complementares as seguintes


matérias:

I - Código Tributário Municipal;

II - Código de Obras ou de Edificações;

III - Código de Posturas;

IV - Código de Zoneamento;

V - Código de Parcelamento do Solo;

VI - Plano Diretor;

VII - Regime Jurídico dos Servidores.

Parágrafo Único - As leis complementares exigem para a sua


aprovação o voto favorável da maioria absoluta dos membros
da Câmara.

Artigo 53 - As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito


Municipal, que deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal.

§ 1º- Não serão objeto de delegação os atos de competência


privativa da Câmara Municipal e a legislação sobre planos
plurianuais, orçamento e diretrizes orçamentárias.

§ 2º- A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de decreto


legislativo da Câmara Municipal, que especificará seu conteúdo
e os termos de seu exercício.
§ 3º-Se o decreto legislativo determinar a apreciação da lei
delegada peia Câmara, esta o fará em votação única, vedada
qualquer emenda.

Artigo 54 - O Prefeito Municipal, em caso de calamidade


pública, poderá adotar a medida provisória, com força de lei,
para abertura de crédito extraordinário, devendo submetê-la de
imediato à Câmara Municipal, que estando em recesso, será
convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de 5
(cinco) dias.

Parágrafo Único - A medida provisória perderá a eficácia, desde


a edição, se não for

convertida em lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir de sua


publicação, devendo a Câmara Municipal disciplinar as relações
jurídicas dela decorrentes.

Artigo 55 - Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa popular e nos de iniciativa do


Prefeito Municipal, ressalvados,

neste caso, os projetos de leis orçamentárias;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos


da Câmara Municipal.

Artigo 56 - O Prefeito Municipal poderá solicitar urgência para


apreciação de projetos de sua iniciativa, considerados
relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 30
(trinta) dias.

§ 1º- Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no caput deste


artigo, o projeto será obrigatoriamente incluído na ordem do
dia, para que se ultime sua votação, sobrestando-se a
deliberação sobre qualquer outra matéria, exceto medida
provisória, veto e leis orçamentárias.

§ 2º- 0 prazo referido neste artigo não corre no período de


recesso da Câmara e nem se aplica aos projetos de codificação.

Artigo 57 - O projeto de lei aprovado pela Câmara será, no


prazo de 10 (dez) nas úteis, enviado pelo seu Presidente ao
Prefeito Municipal que, concordando, sancionará no prazo de
15 (quinze) dias úteis.

§ 1º- Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do


Prefeito Municipal importará em sanção.

§ 2º - Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou


em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público,
veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias
úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro
de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, os
motivos do veto.

§ 3º- O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo,


de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 4º- O veto será apreciado no prazo de 15 (quinze) dias,


contados do seu recebimento, com parecer ou sem ele, em uma
única discussão e votação.

§ 5º - O veto só será rejeitado pela maioria absoluta dos


vereadores, mediante votação nominal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 004, de 19.06.1995)

§ 6º- Esgotado sem deliberação o prazo previsto no § 4ºdeste


artigo, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições até sua votação
final, exceto medida provisória.
§ 7º- Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito
Municipal, em 48 (quarenta e oito) horas, para promulgação.

§ 8º- Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos


previstos, e ainda no caso de sanção tácita, o Presidente da
Câmara a promulgará e, se este não o fizer no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, caberá ao Vice-Presidente
obrigatoriamente fazê-lo.

§ 9º- A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou


modificada pela Câmara.

Artigo 58 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado


somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma
sessão legislativa, mediante proposta de 1/3 dos membros da
Câmara.

Artigo 59 - A resolução destina-se a regular matéria político-


administrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, não
dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal.

Artigo 60 - O decreto legislativo destina-se a regular matéria de


competência exclusiva da Câmara que produza efeitos externos
não dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal.

Artigo 61 - O processo legislativo das resoluções e dos decretos


legislativos se dará conforme determinado no Regimento
interno da Câmara. observado, no que couber, e disposto nesta
Lei Orgânica.

Artigo 62 - O cidadão que o desejar poderá usar da palavra


durante a primeira discussão dos projetos de lei, para opinar
sobre eles, desde que se inscreva em lista especial na Secretaria
da Câmara, antes de iniciada a sessão.

§ 1º- Ao se inscrever, o cidadão deverá fazer referência à


matéria sobre a qual falará; não lhe sendo permitido abordar
temas que não tenham sido expressamente mencionados na
inscrição.

§ 2º - Caberá ao Presidente da Câmara fixar o número de


cidadãos que poderá fazer uso da palavra em cada sessão.

§ 3º - O Regime Interno da Câmara estabelecerá as condições e


requisitos para o uso da palavra pelos cidadãos.

CAPÍTULO III - O Poder Executivo

SEÇÃO I - Do Prefeito Municipal

Artigo 63 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com


funções políticas, executivas e administrativas.

Artigo 64 - O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos


simultaneamente, para cada legislatura, por eleição direta, em
sufrágio universal e secreto.

Artigo 65 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º


de janeiro do ano subseqüente à eleição, em sessão solene da
Câmara Municipal ou, se esta não estiver reunida, perante a
autoridade judiciária competente, ocasião em que prestarão o
seguinte compromisso:

"Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição


Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis, promover
o bem geral dos municípios e exercer o cargo sob inspiração da
democracia, da legitimidade e da legalidade."

§ 1º - Se até o dia 10 (dez) de janeiro o Prefeito ou o Vice-


Prefeito, salvo motivo de força maior devidamente comprovado
e aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o cargo,
este será declarado vago.
§ 2º - Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o
cargo o Vice-Prefeito e, na falta ou impedimento deste, o
Presidente da Câmara Municipal.

§ 3º- No ato de posse e ao término do mandato, o Prefeito e o


Vice-Prefeito farão declaração pública de seus bens, a qual será
transcrita em livro próprio, resumidas em atas e divulgadas para
o conhecimento público e no Cartório de Títulos e Documentos.

§ 4º- O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem


conferidas pela legislação local. auxiliará o Prefeito sempre que
for ele convocado, para missões especiais, o substituirá nos
casos de licença e o sucederá no caso de vacância do cargo.

Artigo 66 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-


Prefeito, ou vacância dos

respectivos cargos, será chamado ao exercício do cargo de


Prefeito o Presidente da Câmara Municipal.

§ 1º- A recusa do Presidente em assumir a Prefeitura implicará


em perda do cargo que ocupa na Mesa Diretora.

§ 2º- Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito municipais,


far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a última vaga.

§ 3º- Ocorrendo a vacância nos dois últimos anos do mandato,


a eleição para ambos os cargos a eleição será feita trinta dias
depois da última vaga, pela Câmara Municipal, na forma da Lei
Complementar.

§ 4º- Em qualquer dos casos os eleitos deverão completar o


período de seus antecessores.

SEÇÃO II - Das Proibições

Artigo 67 - O Prefeito e c Vice-Prefeito não poderão, desde a


posse, sob pena de perda de mandato:
I - firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias,
suas empresas públicas, suas sociedades de economia mista,
suas fundações ou suas empresas concessionárias de serviços
públicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a
cláusula uniformes;

II - aceitar ou exercer cargo, funções ou empregos


remunerados, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum",
na Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a posse
em virtude de concurso público, aplicando-se nesta hipótese, o
disposto no artigo 38 da Constituição Federal;

III - ser titular de mais um mandato eletivo;

IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das


entidades mencionadas no inciso I deste artigo;

V - ser proprietários, controladores ou diretores de empresas


que gozem de favor decorrente

de contrato celebrado com o Município ou nelas exercer função


remunerada;

VI - fixar residência fora do Município.

SEÇÃO III - Das Licenças

Artigo 68 - O Prefeito não poderá ausentar-se do Município,


sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda do
mandato, salvo por período inferior a 15 (quinze) dias.

Artigo 69 - O prefeito poderá licenciar-se quando


impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença
devidamente comprovada.

Parágrafo Único - No caso deste artigo e de ausência em


missão oficial, o Prefeito licenciado fará jus à sua remuneração
integral.
SEÇÃO IV - Das Atribuições do Prefeito

Artigo 70 - Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o Município em juízo e fora dele;

II - exercer a direção superior da Administração Pública


Municipal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos


nesta Lei Orgânica;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela


Câmara e expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, as diretrizes


orçamentárias e o orçamento anual do Município;

VII - editar medidas provisórias, na forma desta Lei Orgânica;

VIII - dispor sobre a organização e o funcionamento da


Administração Municipal, na forma da lei;

IX - remeter mensagem e plano de governo à Câmara Municipal


por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a
situação do município e solicitando as providências que julgar
necessárias;

X - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro do prazo


legal, as contas do Município

referentes ao exercício anterior;

XI - prover e extinguir os cargos, os empregos e as funções


públicas municipais, na forma da lei;
XII - decretar, nos termos legais, desapropriação por
necessidade ou utilidade pública ou por

interesse social;

XIII - celebrar convênios com entidades públicas ou privadas


para a realização de objetivos de interesse do Município;

XIV - prestar à Câmara, dentro de 20 (vinte) dias, as informações


solicitadas, podendo o prazo ser prorrogado, a pedido, pela
complexidade da matéria ou pela dificuldade de obtenção dos
dados solicitados;

XV - publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada


bimestre, relatório resumido da execução orçamentária;

XVI - entregar à Câmara Municipal, no prazo legal, os recursos


correspondentes às suas dotações orçamentárias;

XVII - solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o


cumprimento de seus atos, bem

como fazer uso da guarda municipal, na forma da lei;

XVIII - decretar calamidade pública quando ocorrerem fatos que


a justifiquem;

XI X - convocar extraordinariamente a Câmara;

XX - fixar tarifas dos serviços públicos concedidos e permitidos,


bem como daqueles explorados pelo próprio Município,
conforme critérios estabelecidos na legislação municipal;

XXI - requerer à autoridade competente a prisão administrativa


de servidor público municipal omisso ou remisso na prestação
de contas dos dinheiros públicos;
XXII - dar denominação a próprios municipais e logradouros
públicos;

XXIII - superintender a arrecadação dos tributos e preços bem


como a guarda e a aplicação da receita, autorizando as
despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades
orçamentárias ou dos créditos autorizados pela Câmara;

XXIV - aplicar as multas previstas na legislação e nos contratos


ou convênios, bem como relevá-los quando for o caso;

XXV - realizar audiências públicas com entidades da sociedade


civil e com membros da comunidade.

XXVI - resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou as


representações que lhe forem dirigidos.

XXVII - enviar a Câmara, até o dia 20 (vinte) de cada mês, o


balancete relativo aos recursos recebidos e as despesas
realizadas no mês anterior, consolidado pelo município,
acompanhado de documentos que comprovem as receitas
arrecadadas e de todas as despesas realizadas, com as
respectivas notas de empenho, ordens de pagamento e
documentos fiscais. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 033, de 07.03.2014).

§ 1º- O Prefeito Municipal poderá delegar as atribuições


previstas nos incisos XII, XXIII, XXIV e XXVI deste artigo.

§ 2º- O Prefeito Municipal poderá, a qualquer momento,


segundo seu único critério, avocar a si a competência delegada.

SEÇÃO V - Da Transição Administrativa

Artigo 71 - Até 30 (trinta) dias antes das eleições municipais, o


Prefeito Municipal deverá preparar para entrega ao sucessor e
para publicação imediata, relatório da situação da
Administração Municipal que conterá, entre outras, informações
sobre:

I - dívidas do Município, por credor, com as datas dos


respectivos vencimento, inclusive das

dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de


crédito, informando sobre a capacidade da Administração
municipal realizar operações de crédito de qualquer natureza;

II - medidas necessárias à regularização das contas municipais


perante o Tribunal de Contas

ou órgão equivalente, se for o caso;

III - prestações de contas de convênios celebrados com


organismos da União e do Estado, bem como do recebimento
de subvenções ou auxílios;

IV - situação dos contratos com concessionárias e


permissionárias de serviços públicos;

V - estado dos contratos de obras e serviços em execução ou


apenas formalizados, informando sobre o que foi realizado e
pago e o que há por executar e pagar, com os prazos

respectivos;

VI - transferências a serem recebidas da União e do Estado por


força de mandamento constitucional ou de convênios;

VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na


Câmara Municipal para permitir que a nova Administração
decida quanto à conveniência de lhes dar prosseguimento,
acelerar seu andamento ou retirá-los;

VIII - situação dos servidores do Município, seu custo,


quantidade e órgãos em que estão lotados e em exercício.
Artigo 72 - É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por
qualquer forma, compromissos financeiros para execução de
programas ou projetos após o término do seu mandato, não
previstos na legislação orçamentária.

§1º - O disposto neste artigo não se aplica nos casos


comprovados de calamidade pública.

§ 2º - Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os


empenhos e atos praticados em

desacordo deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade do


Prefeito Municipal.

SEÇÃO VI - Dos Secretários Municipais

Artigo 73 - O Prefeito Municipal, por intermédio de ato


administrativo, estabelecerá as atribuições dos seus Secretários
Municipais, definindo-lhes competências, deveres e

responsabilidades.

§ Único - Fica vedado a nomeação ou a designação daqueles


considerados inelegíveis, nos termos da legislação federal para
provimento de cargos, na administração municipal, incluindo as
autarquias e fundações do Município. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 023, de 28.12.2010).

Art. 74 - Os Secretários Municipais são solidariamente


responsáveis, junto com Prefeito pelos atos que assinarem,
ordenarem ou praticarem e serão escolhidos entre brasileiros
maiores de vinte e um anos de idade, no exercício dos direitos
políticos, vedada a nomeação daqueles considerados inelegíveis
para qualquer cargo, nos termos da legislação federal. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 023, de 28.12.2010).
§ 1º - As mesmas condições e vedações previstas no "caput"
desse artigo aplicam-se à nomeação para os cargos de
Secretário Adjunto, e demais cargos de direção da
administração municipal e de outras autoridades que
detenham, nos termos da lei, "status" idêntico ou equiparado
ao de Secretário de Estado, ao de Secretário Adjunto ou ao de
Diretor. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 023, de
28.12.2010).

§ 2º É vedada a inclusão em lista tríplice a ser submetida ao


Prefeito Municipal, para a escolha e nomeação de autoridades
nos casos previstos nesta Lei Orgânica, daqueles considerados
inelegíveis para qualquer cargo, nos termos da legislação
federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 023, de
28.12.2010).

Art 74-A - O Instituto Previdência Municipal de Oliveira-


OLIVEIRAPREV será gerido por um superintendente, cargo este
com "status" de Secretário Municipal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 035, de 28.12.2015).

§ 1º - Ao instituto de Previdência Municipal de Oliveira fica


garantida autonomia operacional e financeira, devendo todos
os órgãos municipais zelar por suas garantias, inclusive quanto
a política de investimentos. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 035, de 28.12.2015).

§ 2º - A fim de garantir sua autonomia, o Superintendente do


OliveiraPrev será eleito, para mandato de 5 anos, por
Assembleia constituída por todos os membros do Conselho
Deliberativo, do Conselho Fiscal, e do Comitê de Investimento,
por voto de maioria absoluta de seus membros, mediante
eleição a se realizar na primeira quinzena de agosto do ano
anterior ao término do Mandato. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 035, de 28.12.2015).

§ 3º - Poderão se candidatar todo servidor municipal que


atenda aos seguintes requisitos: (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 035, de 28.12.2015).

I - ser efetivo;

II - Conte com 5 anos de serviço na administração municipal


local;

III - Ter curso superior;

IV - Ter reputação ilibada, comprovada com certidões negativas


de antecedentes criminais,e folha de antecedentes criminais;

V- Ter certificação Ambima ou Apimec.

§ 4º - O eleito deverá apresentar declaração de bens


patrimoniais antes de sua posse e ao final de seu mandato, a
fim de comprovar sua evolução patrimonial; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 035, de 28.12.2015).

§ 5º - Durante o Mandato, o Superintendente somente poderá


ser exonerado mediante processo administrativo disciplinar por
falta grave, em que lhe garanta o contraditório e a ampla
defesa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 036, de
28.12.2015).

§ 6º - Fará parte do OLIVEIRAPREV o Conselho Deliberativo e o


Conselho Fiscal e do Comitê de Investimento, cujo aos
membros caberá gratificação. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 035, de 28.12.2015).

§ 7º - O Instituto poderá destinar 8% do valor limite de sua


despesa administrativo anual para pagamento da gratificação
prevista no caput deste artigo. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 035, de 28.12.2015).

Artigo 75 - Os Secretários Municipais deverão fazer declaração


de bens no ato de sua posse em cargo ou função pública
municipal e quando de sua exoneração.

SEÇÃO VII - Da Consulta Popular

Artigo 76 - O Prefeito Municipal poderá realizar consultas


populares para decidir sobre assuntos de interesse específico
do município, de bairro ou de distrito, cujas medidas deverão
ser tomadas diretamente pela Administração Municipal.

Artigo 77 - A consulta popular poderá ser realizada sempre que


a maioria absoluta dos membros da Câmara ou pelo menos
10% do eleitorado inscrito no município, no bairro ou no
distrito, com a identificação do título eleitoral, apresentarem
proposição nesse sentido.

Artigo 78 - A votação será organizada pelo Poder Executivo no


prazo de dois meses após a apresentação da proposição,
adotando-se cédula oficial que conterá as palavras SIM e NÃO,
indicando, respectivamente, aprovação ou rejeição da
proposição.

§ 1º - A proposição será considerada aprovada se o resultado


lhe tiver sido favorável pelo voto da maioria dos eleitores que
compareceram às urnas, em manifestação a que se tenham
apresentado pelo menos 50% da totalidade dos eleitores
envolvidos.

§ 2º - Serão realizados, no máximo, duas consultas por ano.

§ 3º - É vedada a realização de consulta popular nos quatro


meses que antecedem as eleições para qualquer nível de
Governo.
Artigo 79 - O Prefeito Municipal proclamará o resultado da
consulta popular, que será considerado como decisão sobre a
questão proposta, devendo o Governo Municipal, quando
couber, adotar as providências legais para sua consecução.

TÍTULO VI - DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I - Disposições Gerais

Artigo 80 - A Administração Pública direta, indireta ou


fundacional do Município obedecerá, no que couber, ao
disposto no Capítulo VII do Título III da Constituição Federal e
nesta Lei Orgânica.

Artigo 81 - Os planos de cargos e carreira do servidor público


municipal serão elaborados de forma a assegurar aos servidores
municipais remuneração compatível com o mercado de
trabalho para a função respectiva, oportunidade de progresso
funcional e acesso a cargos de escalão superior.

§ 1º- O Município proporcionará aos servidores oportunidade


de crescimento profissional através de programas de formação
de mão-de-obra, aperfeiçoamento e reciclagem.

§ 2º- Os programas mencionados do parágrafo anterior terão


caráter permanente. Para tanto, o Município poderá manter
convênios com instituições especializadas.

§ 3º Somente poderá ser computado, para fins de


apostilamento, o tempo de serviço no exercício do cargo
comissionado para qual o servidor tenha sido nomeado após
sua anterior aprovação e posse em cargo efetivo do quadro de
servidores do Município de Oliveira, sendo vedada a utilização
de tempo de serviço prestado ao município anteriormente a sua
posse. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 032, de
11.02.2014).
§4º- Deverá o Prefeito Municipal, obrigatoriamente, promover e
implantar a revisão geral da tabela de vencimentos dos
servidores municipais, encaminhando à Câmara Municipal, até o
dia 14 de dezembro de cada exercício, projeto de lei instituindo
a tabela de vencimentos devidamente revista. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 41, de 27.10.2020).

§ 5º- A Tabela de vencimentos revista deverá ser implantada a


partir de 01 de janeiro de cada exercício. O Índice a ser aplicado
para revisão dos vencimentos, corresponderá, no mínimo, ao
período acumulado entre os meses de dezembro do exercício
anterior e novembro do exercício de revisão, utilizando-se o
índice oficial IPCA/IBGE, ou outro índice oficial que venha
substituí-lo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 41,
de 27.10.2020).

§6º- Não ser promovida a revisão geral da data especificada no


§ 4º deste artigo, para as carreiras ou grupo de servidores que
tenham tido a implantação de nova tabela de vencimentos, em
virtude de plano de cargos, Carreira e Vencimentos implantado
no exercício em que se dará a revisão, desde que aquele não
tenha sido revisto abaixo do índice oficial. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 27, de 28.12.2011).

§7º- O vencimento inicial das carreiras dos profissionais de


magistério da educação básica não será inferior ao valor
integral vigente, com a atualizações, do piso salarial profissional
nacional dos profissionais do magistério público da educação
básica previsto, no inciso VIII do caput do art. 206
da Constituição da República. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 40, de 12.02.2019).

§8º - Considera-se como jornada de trabalho, para fins de


percepção integral do piso salarial a que se refere o caput, a
jornada de vinte e quatro horas semanais. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 40, de 12.02.2019).
§9º - Serão reajustados na mesma periodicidade e no mesmo
percentual adotados para a atualização do piso salarial a que se
refere o caput, os valores de vencimento das carreiras de:
professores, supervisores, diretores e coordenadores, sem
prejuízo de revisão geral ou outros reajustes. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 40, de 12.02.2019).

Artigo 82 - O Prefeito Municipal, ao prover os cargos em


comissão e as funções de confiança, deverá fazê-lo de forma a
assegurar pelo menos 50% desses cargos e funções sejam
ocupados por servidores de carreira técnica ou profissional do
próprio Município.

Artigo 83 - Um percentual não inferior a 5% dos cargos e


empregos do Município será destinado a pessoas portadoras de
deficiências, devendo os critérios para seu preenchimento serão
definidos em lei municipal.

Artigo 84 - É vedada a conversão de férias regulamentares em


dinheiro, ressalvados os previstos na legislação federal e
municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 018,
de 24.10.2005).

Artigo 85 - O Município assegurará a seus servidores e


dependentes, na forma da lei municipal, serviços de
atendimento médico, odontológico e de assistência social.

Parágrafo Único - Os serviços referidos neste artigo são


extensivos aos aposentados e aos pensionistas do Município.

Artigo 86 - O Município poderá instituir contribuição, cobrada


de seus servidores para o custeio, em benefício destes, de
sistema de previdência e assistência social, assegurado a
participação da classe na sua administração.

Artigo 87 - Os concursos públicos para preenchimento de


cargos ou funções na administração municipal não poderão ser
realizados antes de decorridos 30 (trinta) dias do encerramento
das inscrições, as quais deverão estar abertas por pelo menos
15 (quinze) dias.

Artigo 88 - O Município, suas entidades da Administração


indireta e fundacional, bem como as concessionárias e as
permissionárias de serviços públicos responderão pelos danos
que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros,
assegurando o direito de regresso contra o responsável, nos
casos de dolo ou culpa.

CAPÍTULO II - Dos Atos Municipais

Artigo 89 - A publicação das leis e dos atos municipais far-se-á


e órgão oficial ou não havendo, em órgãos da imprensa local.

§ 1º- No caso de não haver periódicos no Município, a


publicação será feita afixação, em local próprio e de acesso
público, na sede da Prefeitura Municipal ou da Câmara
Municipal.

§ 2º- A publicação dos atos não normativos, pela imprensa,


poderá ser resumida.

§ 3º- A escolha do órgão de imprensa particular para


divulgação dos atos municipais será feita por meio de licitação
em que se levarão em conta, além dos preços, as circunstâncias
de periodicidade, tiragem e distribuição.

Artigo 90 - A formalização dos atos administrativos da


competência do Prefeito dar-se-á:

I - mediante decreto, numerado, em ordem cronológica,


quando se tratar de:

a) regulamentação de lei;
b) criação ou extinção de gratificações, quando autorizadas em
lei;

c) abertura de créditos especiais e suplementares;

d) declaração de utilidade pública ou de interesse social, para


efeito, de desapropriação ou servidão administrativa;

e) criação, alteração e extinção de órgãos da prefeitura quando


autorizada em lei;

f) definição da competência dos órgãos e das atribuições dos


servidores da Prefeitura, não privativas de lei;

g) aprovação de regulamentos e regimentos dos órgãos da


Administração direta;

h) aprovação dos estatutos dos órgãos da Administração


descentralizada;

i) fixação e alteração dos preços dos serviços concedidos ou


autorizados;

j) permissão para a exploração de serviços públicos e para uso


de bens municipais;

l) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da


Administração direta;

m) criação, extinção. declaração ou modificação de direitos dos


administrados, não privativos de lei;

n) medidas executórias do plano diretor;

o) estabelecimento de normas de efeitos externos, não


privativas de lei;

II - mediante portaria, quando se tratar de:


a) provimento e vacância de cargos públicos e demais atos de
efeito individual relativos aos

servidores municipais;

b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;

c) criação de comissões e designação de seus membros;

d) instituição e dissolução de grupos de trabalho;

e) autorização para contratação de servidores por prazo


determinada e dispensa ;

f) abertura de sindicâncias s processos administrativos e


aplicação de penalidades;

g) outros atos que, por sua natureza ou finalidade, não sejam


objeto de lei ou decreto.

Parágrafo Único - Poderão ser delegados os atos constantes do


item II deste artigo.

CAPITULO III - Dos Tributos

Artigo 91 - Compete ao Município instituir os seguintes


tributos:

I - impostos sobre:

a) propriedade predial e territorial urbana;

b) transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de


bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos à sua aquisição;

c) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto


óleo diesel;
d) serviços de qualquer natureza, definidos em lei
complementar.

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela


utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
ou divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua
disposição.

III - contribuição de melhorias, decorrentes de obras públicas.

Artigo 92 - A administração tributária é atividade vinculada,


essencial ao Município e deverá estar dotada de recursos
humanos e materiais necessários ao fiel exercício de suas

atribuições, principalmente no que se refere a:

I - cadastramento dos contribuintes e das atividades


econômicas;

II - lançamento dos tributos;

III- fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias;

IV - inscrição dos inadimplentes em dívida ativa e respectiva


cobrança amigável ou encaminhamento para cobrança judicial.

Artigo 93 - O Município poderá criar colegiado constituído


paritariamente por servidores designados pelo Prefeito
Municipal e contribuintes indicados por entidades
representativas de categorias econômicas e profissionais, com
atribuição de decidir, em grau de recurso, as reclamações sobre
lançamentos e demais questões tributárias

Parágrafo Único - Enquanto não for criado órgão previsto neste


artigo, os recursos serão decididos pelo Prefeito Municipal.

Artigo 94 - O Prefeito Municipal promoverá, periodicamente, a


atualização da base de cálculo dos tributos municipais.
§ 1º - A base de cálculo do imposto predial e territorial urbano -
IPTU será atualizada

anualmente, antes do término do exercício, podendo para tanto


ser criada comissão da qual participarão, além dos servidores de
Município, representantes dos contribuintes, de acordo com
decreto do Prefeito Municipal.

§ 2º- A atualização da base de cálculo do imposto municipal


sobre serviços de qualquer natureza, cobrado de autônomos e
sociedades civis, obedecerá aos índices oficiais de atualização
monetária e poderá ser realizada mensalmente.

§ 3º- A atualização da base de cálculo das taxas decorrentes do


exercício do poder de polícia municipal obedecerá aos índices
oficiais de atualização monetária e poderá ser realizada
mensalmente.

§ 4º- A atualização da base de cálculo das taxas de serviços


levará em consideração a

variação de custos dos serviços prestados ao contribuinte ou


colocados à sua disposição, observados os seguintes critérios:

I - quando a variação de custos for inferior ou igual aos índices


de atualização monetária poderá ser realizada mensalmente;

II - quando a variação de custos for superior aqueles índices,


atualização poderá ser feita mensalmente até esse limite,
ficando o percentual restante para ser atualizado por meio de
lei que deverá estar em vigor antes do início do exercício
subseqüente.

Artigo 95 - A concessão de isenção e de anistia de tributos


municipais dependerá de autorização legislativa, aprovada por
maioria de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
Artigo 96 - A remissão de créditos tributários somente poderá
ocorrer nos casos de

calamidade pública ou notória pobreza do contribuinte,


devendo a lei que autorize ser aprovada por maioria de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.

Artigo 97 - A concessão de isenção, anistia ou moratória não


gera direito adquirido e será revogada de oficio sempre que se
apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer
as condições, não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos
para sua concessão.

Artigo 98 - É de responsabilidade do órgão competente da


Prefeitura Municipal a inscrição em dívida ativa dos créditos
provenientes de impostos, taxas, contribuição de melhoria e
multas de qualquer natureza, decorrentes de infrações à
legislação tributária, com prazo de pagamento fixado pela
legislação ou por decisão proferida em processo regular de
fiscalização.

Artigo 99 - Ocorrendo a decadência do direito de constituir o


crédito tributário ou a

prescrição da ação de cobrá-lo, abrir-se-á inquérito


administrativo para apurar as responsabilidades, na forma da
lei.

Parágrafo Único - A autoridade municipal, qualquer que seja


seu cargo, emprego ou

função, e independentemente do vínculo que possuir com o


Município, responderá civil, criminal e administrativamente peia
prescrição ou decadência ocorrida sob sua responsabilidade,
cumprindo-lhe indenizar o Município do valor dos créditos
prescritos ou não lançados.
CAPITULO IV - Dos Preços Públicos

Artigo 100 - Para obter o ressarcimento da prestação de


natureza comercial ou industrial ou de sua atuação na
organização e exploração de atividades econômicas, o
Município poderá cobrar preços públicos.

Parágrafo Único - Os preços devidos pela utilização de bens e


serviços municipais deverão ser fixados de modo a cobrir os
custos dos respectivos serviços, a serem reajustados quando se
tornarem necessários.

Artigo 101 - Lei municipal estabelecerá outros critérios para a


fixação de preços públicos.

CAPITULO V - Dos Orçamentos

SEÇÃO I - Disposições Gerais

Artigo 102 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º- o plano plurianual compreenderá:

I - diretrizes, objetivos e metas para as ações municipais de


execução plurianual;

II - investimentos de execução plurianual;

III - gastos com a execução de programas de duração


continuada.

§ 2º- As diretrizes orçamentárias compreenderão:


I - as prioridades da Administração Pública Municipal, quer de
órgãos da Administração direta, quer da Administração indireta,
com as respectivas metas, incluindo a despesa de capital para o
exercício financeiro subsequente;

II - orientações para a elaboração da lei orçamentária anual;

III - alterações na legislação tributária;

IV - autorização para a concessão de qualquer vantagem ou


aumento de remuneração;

criação de cargos ou alterações de estrutura de carreiras, bem


como a demissão de pessoal a qualquer título, pelas unidades
governamentais da Administração direta ou indireta, inclusive
as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
Municipal ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de
economia mista.

§ 3º- O orçamento anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal da Administração direta municipal


incluindo os seus fundos especiais;

II - os orçamentos das entidades de Administração indireta,


inclusive das fundações instituídas peio Poder Público
Municipal;

III - o orçamento de investimentos das empresas em que o


Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto;

IV - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as


entidades e órgãos a ela vinculadas, da Administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público Municipal.
Artigo 103 - Os planos e programas municipais de execução
plurianual ou anual serão elaborados em consonância com o
plano plurianual e com as diretrizes orçamentárias,

respectivamente, e apreciados pela Câmara Municipal.

Parágrafo Único - A Lei de Diretrizes Orçamentárias fixará


percentual não inferior a um por cento da receita corrente
líquida do Município, destinado ao atendimento das propostas
priorizadas em audiências públicas, a ser incluído na Lei
Orçamentária Anual e executado, com o respectivo pagamento,
até o final do exercício financeiro correspondente. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 034, de 05.08.2014) AÇÃO
DIRETA INCONSTITUCIONALIDADE (ADI) Nº 1.0000.20.016406-
9/000.

Artigo 104 - Os orçamentos previstos no § 3ºdo artigo 102


serão compatibilizados com o plano plurianual e as diretrizes
orçamentárias, evidenciando os programas e políticas do
Governo Municipal.

SEÇÃO II - Das Vedações Orçamentárias

Artigo 105 - São vedados:

I - a inclusão de dispositivos estranhos à previsão da receita e à


fixação da despesa, excluindo-se as autorizações para abertura
de créditos adicionais suplementares e contratações de
operações de crédito de qualquer natureza e objetivo;

II - o início de programas ou projetos não incluídos no


orçamento anual,

III - a realização de despesas ou a assunção de obrigações,


diretas que excedam os critérios orçamentários originais ou
adicionais;
IV - a realização de operações de crédito que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais, aprovados pela
Câmara Municipal por maioria absoluta;

V - a vinculação de receita de impostos a órgãos ou fundos


especiais, ressalvada a que se destine à prestação de garantia às
operações de crédito por antecipação de receita;

VI - a abertura de créditos adicionais suplementares ou


especiais sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos
recursos correspondentes;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de


recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos
especiais;

IX - a instituição de fundos especiais de qualquer natureza, sem


prévia autorização legislativa.

§ 1º - Os créditos adicionais especiais e extraordinários terão


vigência no exercício financeiro em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício, caso em que, reaberto nos
limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.

§ 2º- A abertura de crédito extraordinário somente será


admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de calamidade pública, observando o
disposto no artigo 54 desta Lei Orgânica.

SEÇÃO III - Das Emendas aos Projetos Orçamentários


Artigo 106 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais suplementares e especiais serão apreciados pela
Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno.

§ 1º- Caberá à comissão da Câmara Municipal:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos de plano


plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual e sobre
as contas do Município apresentadas anualmente pelo Prefeito;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas


municipais, acompanhar e fiscalizar as operações resultantes ou
não da execução do orçamento, sem prejuízo das demais
comissões criadas pela Câmara Municipal.

§ 2º- As emendas serão apresentadas na comissão de


orçamento e finanças que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma do Regimento Interno, pelo Plenário da
Câmara Municipal.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos


projetos que o modifiquem somente poderão ser aprovados
caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de


diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os


provenientes de anulação de despesas, excluídas as que
incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias para autarquias e fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal.
III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões;

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias


não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano
plurianual.

§ 5º - O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara


Municipal para propor modificação nos projetos a que se refere
o artigo, enquanto não iniciada a votação, na comissão de
orçamento e finanças, da parte cuja alteração é proposta.

§ 6º - Os projetos de 1ei do plano plurianual, de diretrizes


orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo
Prefeito Municipal nos termos de lei municipal, enquanto não
viger a lei complementar de que trata § 9ºdo art. 165 da
Constituição Federal.

§ 7º - Aplicam-se aos projetos referidos neste artigo, no que


não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas
relativas ao processo legislativo.

§ 8º - Os recursos, que em decorrência de veto, emenda ou


rejeição de projeto de lei orçamentária anual ficarem sem
despesas correspondentes, poderão ser utilizadas, conforme o
caso, mediante abertura de créditos adicionais suplementares
ou especiais com prévia e específica autorização legislativa.

SECÃO IV - Da Execução Orçamentária

Artigo 107 - A execução do orçamento do Município se refletirá


na obtenção das suas receitas próprias, transferidas e outras,
bem como na utilização das dotações consignadas às despesas
para a execução, observado sempre o princípio do equilíbrio.
Artigo 108 - O Prefeito Municipal fará publicar, até 30 (trinta)
dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido
da execução orçamentária.

Artigo 109 - As alterações orçamentárias durante o exercício se


representarão:

I - pelos créditos adicionais, suplementares, especiais e


extraordinários;

II - pelos remanejamentos, transferências e transposições de


recursos de uma categoria de programação para outra.

Parágrafo Único - O remanejamento, a transferência e a


transposição somente se realizarão quando autorizados em lei
específica que contenha a justificativa.

Artigo 110 - Na efetivação dos empenhos sobre as dotações


fixadas para cada despesa será emitido o documento Nota de
Empenho, que conterá as características já determinadas nas
normas gerais de Direito Financeiro.

§ 1º- Fica dispensada a emissão da Nota de Empenho nos


seguintes casos:

I - despesas relativas a pessoal e seus encargos;

II - contribuições para o PIS/PASEP;

III - amortização, juros e serviços de empréstimos e


financiamento obtidos;

IV - despesas relativas a consumo de água, energia elétrica,


utilização dos serviços de telefone, postais e telegráficos e
outros que vierem a ser definidos por atos normativos próprios.

§ 2º- Nos casos previstos no parágrafo anterior, os empenhos e


os procedimentos de
contabilidade terão a base legal dos próprios documentos que
originarem o empenho.

SEÇÃO V - Da Gestão de Tesouraria

Artigo 111 - As receitas e as despesas orçamentárias serão


movimentadas através de caixa única, regularmente instituída.

Parágrafo Único - A Câmara Municipal poderá ter a sua própria


tesouraria, por onde

movimentará os recursos que lhe forem liberados.

Artigo 112 - As disponibilidades de caixa do Município e de


suas entidades de Administração indireta, inclusive dos fundos
especiais e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
Municipal, serão depositadas em instituições financeiras oficiais.

Parágrafo Único - As arrecadações das receitas próprias do


Município e de suas entidades de Administração indireta
poderão ser feitas através da rede bancária privada, mediante
convênio.

Artigo 113 - Poderá ser constituído regime de adiantamento em


cada uma das unidades da Administração direta, nas autarquias,
nas fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
Municipal e na Câmara Municipal, para ocorrer às despesas
miúdas de pronto pagamento, definidas em Lei.

SEÇÃO VI - Da Organização Contábil

Artigo 114 - A contabilidade do Município obedecerá, na


organização do seu sistema

administrativo e informativo e nos seus procedimentos; aos


princípios fundamentais de contabilidade e às normas
estabelecidas na legislação pertinente.
Artigo 115 - A Câmara Municipal poderá ter a sua própria
contabilidade.

Parágrafo Único - A contabilidade da Câmara Municipal


encaminhará as suas demonstrações até o dia 15 (quinze) de
cada mês, para fins de incorporação à contabilidade central na
Prefeitura.

SEÇÃO VII - Das Contas Municipais

Artigo 116 - Até 60 (sessenta) dias após o início da sessão


legislativa de cada ano, o Prefeito Municipal encaminhará ao
Tribunal de Contas do Estado ou órgão equivalente as contas
do Município, que se comporão de:

I - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras da


Administração direta e indireta, inclusive dos fundos especiais e
das fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - demonstrações contábeis. orçamentárias e financeiras


consolidadas dos órgãos da Administração direta com as dos
fundos especiais, das fundações e das autarquias, instituídos e
mantidos pelo Poder Público Municipal;

III - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras


consolidadas das empresas municipais;

IV - notas explicativas às demonstrações de que trata este


artigo;

V - relatório circunstanciado da gestão dos recursos públicos


municipais no exercício demonstrado.

SEÇÃO VIII - Da Prestação de Tomada de Contas

Artigo 117 - São sujeitos à tomada ou à prestação de contas os


agentes da Administração Municipal responsáveis por bens e
valores pertencentes ou confiados à Fazenda Pública Municipal.
§ 1º- O tesoureiro do Município, ou servidor que exerça a
função, fica obrigado à apresentação do boletim diário de
tesouraria, que será afixado em local próprio na sede da
Prefeitura Municipal.

§ 2º - Os demais agentes municipais apresentarão as suas


respectivas prestações de contas até o dia 15 (quinze) do mês
subsequente àquele em que o valor tenha sido recebido.

SEÇÃO IX - Do Controle Interno Integrado

Artigo 118 - Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de


forma integrada, um sistema de controle interno, apoiado nas
informações contábeis, com objetivos de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano


plurianual e a execução dos programas do Governo Municipal;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à


eficácia e à eficiência, da gestão

orçamentária, financeira e patrimonial nas entidades da


Administração municipal, bem como da aplicação de recursos
públicos municipais por entidades de direito privado;

III - exercer o controle dos empréstimos e dos financiamentos,


avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do
Município.

CAPÍTULO VI - Da Administração dos Bens Patrimoniais

Artigo 119 - Compete ao Prefeito Municipal a administração


dos bens municipais, respeitada a competência da Câmara
quanto àqueles empregados nos serviços desta.

Artigo 120 - A alienação de bens municipais se fará de


conformidade com a legislação pertinente.
Artigo 120-A - A venda de autarquias e fundações públicas
municipais fica restrita à consulta popular, através de referendo
na forma do § 2º do Art. 2º da Lei Federal nº 9.709, de
18/11/1998. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 021,
de 21.05.2009).

Artigo 121 - A afetação e a desafetação de bens municipais


dependerá de lei.

Parágrafo Único - As áreas transferidas ao Município em


decorrência da aprovação de loteamentos serão considerados
bens dominiais enquanto não se efetivarem benfeitorias que
lhes dêem outra destinação.

Artigo 122 - O uso de bens municipais por terceiros poderá ser


feito mediante concessão, permissão ou autorização, conforme
o interesse público o exigir.

Parágrafo Único - O Município poderá ceder seus bens a outros


entes públicos, inclusive os da Administração indireta, desde
que atendido o interesse público.

Artigo 123 - O Município poderá ceder a particulares, para


serviços de caráter transitório, conforme regulamentação a ser
expedida pelo Prefeito Municipal, máquinas e operadores da
Prefeitura, desde que os serviços da Municipalidade não sofram
prejuízo e o interessado recolha, previamente, a remuneração
arbitrada e assine termo de responsabilidade pela conservação
e devolução dos bens cedidos.

Artigo 124 - A concessão administrativa dos bens municipais de


uso especial e dominiais dependerá de lei e de licitação e far-
se-á mediante contrato por prazo determinado, sob pena de
nulidade do ato.

§ 1º- A licitação poderá ser dispensada nos casos permitidos na


legislação aplicável.
§ 2º- A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem
público, será feita mediante licitação, a título precário e por
decreto.

§ 3º- A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem


público, será feita por portaria, para atividades ou usos
específicos e transitórios.

Artigo 125 - Nenhum servidor será dispensado, transferido,


exonerado ou terá aceito o seu pedido de exoneração ou
rescisão sem que o órgão responsável pelo controle dos bens
patrimoniais da Prefeitura ou da Câmara ateste que o mesmo
devolveu os bens móveis do Município, que estavam sob sua
guarda.

Artigo 126 - O órgão competente do Município será obrigado,


independentemente de

despacho de qualquer autoridade, a abrir inquérito


administrativo e a propor, se for o caso, a

competente ação civil e penal contra qualquer servidor, sempre


que forem apresentadas denúncias contra o extravio ou danos
de bens municipais.

Artigo 127 - O Município, preferentemente à venda ou à


doação de bens imóveis, concederá direito real de uso,
mediante concorrência.

Parágrafo Único - A concorrência poderá ser dispensada


quando o uso se destinar a

concessionário de serviço público, a entidades assistenciais, ou


verificar-se relevante interesse público na concessão,
devidamente justificado.

CAPITULO VII - Das Obras e Serviços Públicos


Artigo 128 - É de responsabilidade do Município, mediante
licitação e de conformidade com os interesses e as
necessidades da população, prestar serviços públicos,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, bem
como realizar obras públicas, podendo contratá-las com
particulares, através de processo licitatório.

Artigo 129 - Nenhuma obra pública, salvo os casos de extrema


urgência devidamente justificados, será realizada sem que
conste:

I - o respectivo projeto:

II - o orçamento do seu custo;

III - a indicação dos recursos financeiros para o atendimento


das respectivas despesas;

IV - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e


oportunidade para o interesse público;

V - os prazos para o seu início e término.

Artigo 130 - As concessões de serviços públicos e de obras


públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos
termos do artigo 175 da Constituição federal, pela Lei Federal
8.987, de 13.02.1995, com suas modificações posteriores e pelas
cláusulas dos indispensáveis contratos.

Parágrafo Único - Os serviços concedidos ou permitidos ficarão


sempre sujeitos à regulamentação e à fiscalização da
administração na qual cooperarão os usuários, cabendo ao
Prefeito Municipal aprovar tarifas respectivas.

Artigo 131 - Para os fins do disposto neste capítulo, considera-


se:
I - concessão de serviço publico: a delegação de sua prestação,
feita pelo poder concedente, mediante licitação, a na
modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresa que demonstre capacidade para a seu desempenho,
por sua conta e risco e por prazo determinado;

II - permissão de serviço público: a delegação, a título precário,


mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo
poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Artigo 132 - Sem prejuízo do disposta no artigo 40 da Lei


Federal 8.987, de 13.02.1955, a permissão a qual se reporta o
inciso II do artigo 131 poderá ser outorgada pelo prazo de 06
(seis ) anos.

Artigo 133 - A modalidade de licitação, a ser adotada pelo


Município, na conformidade do inciso IV do artigo 2º da Lei
8.987, de 13.02.1995, será a carta convite.

Artigo 133 A- O prazo final para que as concessões e ou


permissões as quais ser reporta o parágrafo 2º do artigo 42 da
Lei 8.987, de 13.02.1955, sejam regularizada encerrar-se-á em
31.12.2004. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 015,
de 20.12.2000).

Artigo 133 B - Os contratos de concessão ou permissão de


serviços públicos, sem prejuízo do disposto nos artigos de nº 23
a 28 da Lei Federal 8.987, de 13.02.1995, deverão cogitar,
também, de condições relativas a interesses específicos ao
Município na defesa do usuário. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 015, de 20.12.2000).

Artigo 133 C - O Poder Legislativo autorizará ou não em


qualquer situação a concessão ou permissão de serviços
públicos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 015, de
20.12.2000).

Artigo 133-D - A autorização para a concessão, permissão,


transferência ou exploração do serviço público de água e
esgoto, será submetido à aprovação de 2/3 (dois terços) dos
vereadores da Câmara Municipal e a referendo popular com
aprovação por maioria simples. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 021, de 21.05.2009).

Parágrafo Único - O referendo deverá ser convocado no prazo


de trinta dias após a aprovação do ato legislativo e ser realizado
no prazo máximo de sessenta dias, através de consulta aos
eleitores inscritos no município, através de votação direta e
secreta, em conformidade com a Lei Federal nº 9.709, de
18/11/1998. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 021,
de 21.05.2009).

Artigo 134 - O Município poderá revogar a concessão ou a


permissão dos serviços que forem executados em
desconformidade com o contrato ou ato pertinente, bem como
daqueles que se revelarem manifestamente insatisfatórios paca
o atendimento dos usuários.

Artigo 135 - As licitações para a concessão ou a permissão de


serviços públicos deverão ser precedidas de ampla publicidade,
inclusive em jornais, mediante edital ou comunicado resumido.

Artigo 136 - As tarifas dos serviços públicos prestados


diretamente pelo Município ou por órgãos de sua
Administração descentralizada, serão fixadas pelo Prefeito
Municipal, cabendo à Câmara Municipal definir os serviços que
serão remunerados pelo custo, acima do custo e abaixo do
custo, tendo em vista seu interesse econômico e social.
Parágrafo Único - Na formação do custo dos serviços de
natureza industrial computar-se-ão, além das despesas
operacionais e administrativas, as reservas para depreciação e
reposição dos equipamentos e instalações, bem como previsão
para expansão dos serviços.

Artigo 137 - O Município poderá consorciar-se com outros


municípios para a realização de obras ou prestações de serviços
públicos de interesse comum.

Parágrafo Único - O Município deverá propiciar meios para


criação, nos consórcios, de órgão consultivo constituído por
cidadãos não pertencentes ao serviço público municipal.

Artigo 138 - Ao Município é facultado conveniar com a União e


com o Estado a prestação de serviços públicos de sua
competência privativa, quando lhe faltarem recursos técnicos ou
financeiros para a execução do serviço em padrões adequados,
ou quando houver interesse mútuo para a celebração do
convênio.

Parágrafo Único - Na celebração de convênios de que trata este


artigo, deverá o Município:

I - propor os planos de expansão dos serviços públicos;

II - propor critérios para fixação de tarifas;

III - realizar avaliação periódica da prestação de serviços.

Artigo 139 - A criação pelo Município de entidade de


Administração indireta para execução de obras ou prestação de
serviços públicos só será permitida caso a entidade possa
assegurar sua auto-sustentação financeira.

Artigo 140 - Os órgãos colegiados das entidades de


Administração indireta do Município terão a participação
obrigatória de um representante de seus servidores, eleito por
estes, mediante voto direto e secreto, conforme
regulamentação a ser expedida por ato do Prefeito Municipal.

CAPITULO VIII - Dos Distritos

SEÇÃO I - Disposições Gerais

Artigo 141 - Nos distritos, haverá um Administrador Distrital,


residente e domiciliado no Distrito, nomeado em comissão pelo
Prefeito Municipal.

Artigo 142 - A instalação de Distrito novo dar-se-á com a posse


do Administrador Distrital, perante o Prefeito Municipal.

Parágrafo Único - O Prefeito Municipal comunicará ao


Secretário do Interior e Justiça do Estado, ou a quem lhe fizer a
vez, e à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, para os devidos fins, a instalação do Distrito.

SECÃO II - Da Divisão Administrativa do Município

Artigo 143 - A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante


fusão de dois ou mais Distritos, que serão suprimidos, sendo
dispensada, nessa hipótese, a verificação dos requisitos do art.
144 desta Lei Orgânica.

§ 1º- A extinção do Distrito somente se efetuará mediante


consulta plebiscitária á população da área interessada.

§ 2º- O Distrito terá o nome da respectiva sede, cuja categoria


será a de vila.

Artigo 144 - São requisitos para a criação de Distrito:

I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta


parte exigida para a criação do Município;
II - existência, na povoação-sede, de pelo menos, cinqüenta
moradias, escola pública, posto de saúde, posto policial e
cemitério.

Parágrafo Único - A comprovação do atendimento às exigências


enumeradas neste artigo, far-se-á mediante:

a) declaração, emitida pela Fundação do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística, de

estimativa de população;

b) certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando


o número de eleitores;

c) certidão, emitida pelo agente municipal de estatística ou peta


repartição fiscal do município, certificando o número de
moradias;

d) certidão do órgão fazendário estadual e do municipal,


certificando a arrecadação na respectiva área territorial;

e) certidão emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de


Educação, de Saúde e de Segurança Pública do Estado,
certificando a existência da escola pública e dos postos de
saúde, policial e cemitério, na povoação-sede.

Artigo 145 - Na fixação das divisas distritais, inclusive das já


existentes, serão observadas as seguintes normas:

I - evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimétricas,


estrangulamentos e alongamentos exagerados;

II - dar-se-á preferência, para a delimitação, as linhas naturais


facilmente identificáveis;
III - na inexistência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta,
cujos extremos, pontos naturais ou não, sejam facilmente
identificáveis e tenham condições de fixidez;

IV - é vedada a interrupção de continuidade territorial do


Município ou Distrito de origem.

Parágrafo Único - As divisas distritais serão descritas trecho a


trecho, salvo para evitar duplicidade, nos trechos que
coincidirem com os limites municipais.

Artigo 146 - A instalação do Distrito ser fará nos termos da Lei


Complementar pertinente.

Artigo 147 - Para a criação de Distritos, bem como suas


supressões, há necessidade de aprovação da Câmara Municipal,
através de Lei, pela maioria absoluta de seus membros.

SEÇÃO III - Da Administração Distrital

Artigo 148 - 0 Administrador Distrital terá a remuneração que


for fixada na legislação municipal.

Parágrafo Único - Criado o Distrito, fica o Prefeito Municipal


autorizado a criar o respectivo cargo de Administrador Distrital.

Artigo 149 - Compete ao Administrador Distrital:

I - executar e fazer executar, na parte que lhe couber, as leis e


os demais atos emanados dos Poderes competentes;

II - coordenar e supervisionar os serviços públicos distritais de


acordo com o que for estabelecido nas leis e nos regulamentos;

III - propor ao Prefeito Municipal a admissão e a dispensa dos


servidores lotados na Administração distrital;
IV - promover a manutenção dos bens públicos municipais
localizados no Distrito;

V - prestar contas das importâncias recebidas para fazer face às


despesas da Administração distrital, observadas as normas
legais;

VI - prestar as informações que lhe forem solicitadas pelo


Prefeito Municipal ou pela Câmara Municipal;

VII - solicitar ao Prefeito as providências necessárias à boa


administração do Distrito;

VIII - presidir as reuniões administrativas;

IX - elaborar, com a participação da população e dos


vereadores, a proposta orçamentária anual do distrito e
encaminhá-la ao Prefeito, nos prazos fixados por este;

X - opinar, obrigatoriamente, no prazo de 10 (dez) dias, sobre a


proposta do plano plurianual no que concerne ao Distrito, antes
de seu envio pelo Prefeito à Câmara Municipal;

XI - fiscalizar as repartições Municipais do Distrito e a qualidade


dos serviços prestados;

XII - representar ao Prefeito Municipal e à Câmara Municipal


sobre qualquer assunto de interesse do Distrito;

XIII - dar parecer sobre reclamações, representações e recursos


de habitantes do Distrito, encaminhando-o ao órgão
competente;

XIV - executar outras atividades que lhe forem cometidas pelo


Prefeito Municipal e pela legislação pertinente.

CAPITULO IX - Do Planejamento Municipal


SEÇÃO I - Disposições Gerais

Artigo 150 - O Governo Municipal manterá processo


permanente de planejamento, visando promover o
desenvolvimento do Município, o bem-estar da população e a
melhoria da prestação dos serviços públicos municipais.

Parágrafo Único - O desenvolvimento do Município terá por


objetivo a realização plena de seu potencial econômico e a
redução das desigualdades sociais no acesso aos bens e
serviços, respeitadas as vocações, as peculiaridades e a cultura
locais e preservado o seu patrimônio ambiental, natural e
construído.

Artigo 151 - O processo de planejamento municipal deverá


considerar os aspectos técnicos e políticos na fixação de
objetivos, diretrizes e metas para a ação municipal, propiciando
que autoridades, técnicos de planejamento, executores e
representantes da sociedade civil participem do debate sobre
os problemas locais e as alternativas para o seu enfrentamento,
buscando conciliar interesses e solucionar conflitos.

Artigo 152 - O planejamento municipal deverá orientar-se pelos


seguintes princípios básicos:

I - democracia e transparência no acesso às informações


disponíveis;

II - eficiência e eficácia na utilização dos recursos financeiros,


técnicos e humanas disponíveis;

III - complementariedade e integração de políticas, pianos e


programas setoriais;

IV - viabilidade técnica e econômica das proposições, avaliada a


partir do interesse social da
solução e dos benefícios públicos;

V - respeito e adequação á realidade local e regional em


consonância com os planos e programas estaduais e federais
existentes.

Artigo 153 - A elaboração e a execução dos planos e dos


programas do Governo Municipal obedecerão às diretrizes do
plano diretor e terão acompanhamento e avaliação
permanentes, de modo a garantir o seu êxito e assegurar sua
continuidade no horizonte de tempo necessário.

Artigo 154 - O planejamento das atividades do Governo


Municipal obedecerá às diretrizes deste capítulo e será feito por
meio de elaboração e manutenção atualizada, entre outros, dos
seguintes instrumentos:

I - plano diretor;

II - plano de governo;

III - lei de diretrizes orçamentárias;

IV - orçamento anual;

V - plano plurianual.

Artigo 155 - Os instrumentos de planejamento municipal


mencionados no artigo anterior deverão incorporar as
propostas constantes dos planos e dos programas setoriais do
Município, dadas as suas implicações para o desenvolvimento
local.

SEÇÃO II - Da Cooperação das Associações no Planejamento


Municipal
Artigo 156 - O Município buscará, por todos os meios ao seu
alcance, a cooperação das associações representativas no
planejamento municipal.

Parágrafo Único - Para fins deste artigo, entende-se como


associação representativa qualquer grupo organizado, de fins
lícitos, que tenha legitimidade para representar seus filiados,
independentemente de seus objetivos ou natureza jurídica.

Artigo 157 - O Município submeterá à apreciação das


associações, antes de encaminhá-los á Câmara Municipal, os
projetos de lei do plano plurianual, do orçamento anual e do
plano diretor, a fim de receber sugestões â oportunidade e o
estabelecimento de prioridades das medidas propostas.

Parágrafo Único - Os projetos de que trata este artigo ficarão à


disposição das associações durante 30 (trinta) dias, antes das
datas fixadas para a sua remessa à Câmara Municipal.

Artigo 158 - A convocação das entidades mencionadas neste


capítulo far-se-á por todos os meios à disposição do Governo
Municipal.

CAPITULO X - Das Políticas Municipais

SECÃO I - Da Política de Saúde

Artigo 159 - A saúde, bem como sua assistência, é direito de


todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurada
mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação
do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.

Artigo 160 - Para atingir os objetivos estabelecidos no artigo


anterior, o Município promoverá por todos os meios ao seu
alcance:
I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia,
alimentação, educação, transporte e lazer;

II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição


ambiental;

III - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do


Município às ações e serviços de promoção, proteção e
recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.

Artigo 161 - As ações de saúde são de relevância pública,


devendo sua execução ser feita preferencialmente através de
serviços públicos e, complementarmente, através de serviços de
terceiros.

Parágrafo Único - É vedado ao Município cobrar do usuário pela


prestação de serviços de assistência à saúde, mantidos pelo
Poder Público ou contratos com terceiros.

Artigo 162 - São atribuições do Município, no âmbito do


Sistema Único de Saúde:

I - planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as ações e os


serviços de saúde;

II - planejar, programar e organizar a rede regionalizada e


hierarquizada do SUS, em articulação com a sua direção
estadual;

III - gerir, executar, controlar e avaliar as ações referentes às


condições e aos ambientes de trabalho;

IV - executar serviços de:

a) vigilância epidemiológica;

b) vigilância sanitária;
c) alimentação e nutrição;

V - planejar e executar a política de saneamento básico em


articulação com o Estado e a União;

VI - executar a política de insumos p equipamentos para a


saúde;

VII - fiscalizar as agressões ao meio ambiente que tenham


repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos
estaduais e federais competentes, para controlá-las;

VIII - formar consórcios intermunicipais de saúde;

IX - gerir laboratórios públicos de saúde;

X - avaliar e controlar a execução de convênios e contratos,


celebrados pelo Município, com

entidades privadas prestadoras de serviços de saúde;

XI - autorizar a instalação de serviços privados de saúde e


fiscalizar-lhes o funcionamento;

XII - o Município prestará assistência financeira aos serviços de


pronto socorro, mediante convênio com o hospital local;

XIII - o município poderá dotar áreas urbanas e rurais de centro


de saúde, visando assegurar a plena assistência médica, em
ação direta ou complementar às ações da União e do Estado.

XIV - promover ações e medidas com relação à educação para a


saúde.

Parágrafo Único - Na impossibilidade temporária para criação


de centros de saúde descentralizados, o atendimento será feito
através de equipamento médico odontológico
ambulatorial e de laboratório móvel.

Artigo 163 - As ações e os serviços de saúde realizados no


Município integram uma rede regionalizada e hierarquizada,
constituindo o Sistema Único de Saúde no âmbito do
Município, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - comando único exercido pela Secretaria Municipal de Saúde


ou equivalente;

II - integridade na prestação das ações de saúde;

III - organização de distritos sanitários com alocação de


recursos técnicos e práticas de saúde adequadas à realidade
epidemiológica local;

IV - participação, em nível de decisão, de entidades


representativas dos usuários, dos trabalhadores de saúde e dos
representantes governamentais na formulação, gestão e
controle da política municipal e das ações de saúde, através de
Conselho Municipal, de caráter deliberativo e paritário;

V - direito do indivíduo de obter informações e esclarecimentos


sobre assuntos pertinentes à

promoção, proteção e recuperação de sua saúde e da


coletividade.

Parágrafo Único - Os limites dos distritos sanitários referidos no


inciso III deste artigo constarão do Plano Diretor de Saúde e
serão fixados segundo os seguintes critérios:

I - área geográfica de abrangência;

II - adscrição de clientela;

III - resolutividade de serviços à disposição da população.


Artigo 164 - O Prefeito convocará anualmente o Conselho
Municipal da Saúde para avaliar a situação do Município, com
ampla participação da sociedade, e fixar as diretrizes gerais da
política de saúde do Município.

Artigo 165 - A lei disporá sobre a organização e o


funcionamento do Conselho Municipal de Saúde, que terá as
seguintes atribuições:

I - formular a política municipal de saúde, a partir das diretrizes


emanadas da Conferência Municipal de Saúde;

II - planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos destinados à


saúde;

III - aprovar a instalação e o funcionamento de novos serviços


públicos ou privados de saúde, atendidas as diretrizes do plano
municipal de saúde.

Artigo 166 - As instituições privadas poderão participar de


forma complementar do Sistema Único de Saúde, mediante
contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Artigo 167 - O Sistema Único de Saúde, no âmbito do


Município, será financiado com recursos do orçamento do
Município, do Estado, da União e da seguridade social, além de
outras fontes.

§ 1º - Os recursos destinados às ações e aos serviços de saúde


no Município constituirão o Fundo Municipal de Saúde devendo
ser utilizados, prioritariamente, na medicina preventiva e no
saneamento básico, conforme dispuser a lei.

§ 2º - O montante das despesas de saúde não será inferior a 8%


das despesas globais do orçamento anual do Município.
§ 3º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio
ou subvenções às instituições privadas, com fins lucrativos.

SEÇÃO II - Da Política Educacional, Cultural e Desportiva

Artigo 168 - O ensino ministrado nas escolas municipais será


gratuito.

Artigo 169 - O Município manterá:

I - ensino fundamental, obrigatório, inclusive para os que não


tiverem acesso a ele na idade própria;

II - atendimento educacional especializado aos portadores de


deficiências físicas e mentais;

III - atendimento em creche s pré-escola às crianças de zero a


seis anos de idade;

IV - ensino noturno regular, adequado às condições do


educando;

V - atendimento ao educando, no ensino fundamental, por


meio de programas suplementares de fornecimento de material
didático, transporte escolar, alimentação e assistência à saúde.

Artigo 170 - O Município promoverá, anualmente, o


recenseamento da população escolar e fará a chamada dos
educandos.

Artigo 171 - O Município zelará, por todos os meios ao seu


alcance, pela permanência do educando na escola.

Artigo 172 - O calendário escolar municipal será flexível e


adequado às peculiaridades climáticas e às condições sociais e
econômicas dos alunos.
Artigo 173 - Os currículos escolares serão adequados às
peculiaridades do Município e valorizarão sua cultura e seu
patrimônio histórico, artístico, cultural s ambiental, levando em
conta a aquisição de conhecimentos específicos aos alunos das
escolas rurais.

Artigo 174 - O Município, não manterá escolas de segundo grau


até que estejam

atendidas todas as crianças de idade até quatorze anos, mas


poderá subvencionar e conceder subsídios e incentivos á
Instituições públicas ou privadas de ensino superior
estabelecidas no Município. (Artigo suprimido pela Emenda à
Lei Orgânica nº 003, de 15.12.1993)

Artigo 175 - O Município aplicará, anualmente, nunca menos de


25% da receita resultante de impostos e das transferências
recebidas do Estado e da União na manutenção e no
desenvolvimento do ensino.

Artigo 176 - O Município, no exercício de sua competência:

I - apoiará as manifestações da cultura local;

II - protegerá, por todos os meios ao seu alcance, obras,


objetos, documentos e imóveis de valor histórico, artístico,
cultural e paisagístico.

Artigo 177 - Ficam isentos do pagamento do imposto predial e


territorial urbano os imóveis tombados pelo município em
razão de suas características históricas, artísticas, culturais e
paisagísticas.

Parágrafo Único - O Município adotará, através de lei, incentivos


fiscais que estimulem as empresas privadas a investirem na
produção cultural do município e na preservação do seu
patrimônio artístico, histórico, cultural e paisagístico, bem como
na implementação de atividades esportivas, de lazer e de
turismo.

Artigo 178 - O Município fomentará as práticas desportivas,


especialmente nas escolas a ele pertinentes.

Artigo 179 - É vedado ao Município a subvenção de entidades


desportivas profissionais, podendo fazê-lo para entidades
desportivas ou atletas amadores, que demonstrem talento e
potencial para bem representar e divulgar o nome do
Município.

Artigo 180 - O Município incentivará o lazer, como forma de


promoção social e o turismo, como atividade econômica,
reconhecendo-o como forma de divulgação e desenvolvimento
do Município.

Artigo 181 - 0 Município deverá estabelecer e implantar


políticas de educação para a

segurança de trânsito, em articulação com o Estado.

SEÇÃO III - Da Política de Assistência Social

Artigo 182 - A ação do Município no campo da assistência


social objetivará promover:

I - a integração do indivíduo ao mercado de trabalho e ao meio


social;

II - o amparo à velhice e à criança abandonada;

III - a integração das comunidades carentes;

IV - a colaboração com as entidades assistenciais e educacionais


que visem a proteção e a educação das crianças;
V - eleger a criança, principalmente a abandonada e carente,
como prioridade principal das

ações administrativas municipais.

Artigo 183 - Na formulação e desenvolvimento dos programas


de assistência social, o Município buscará a participação das
associações representativas da comunidade.

SEÇÃO IV - Da Política Econômica

Artigo 184 - O Município promoverá o seu desenvolvimento


econômico, agindo de modo que as atividades econômicas
realizadas em seu território contribuam para elevar o nível de
vida e o bem-estar da população local, bem como para valorizar
o trabalho humano.

Parágrafo Único - Para consecução do objetivo mencionado


neste artigo, o Município atuará de forma exclusiva ou em
articulação com a União ou com o Estado.

Artigo 185 - Na promoção do desenvolvimento econômico, o


Município agirá, sem prejuízo de outras iniciativas, no sentido
de:

I - fomentar a livre iniciativa;

II - privilegiar a geração de emprego;

III - utilizar tecnologias de uso intensivo de mão-de-obra;

IV - racionalizar a utilização de recursos naturais;

V - Proteger o meio ambiente;

VI - proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos e


dos consumidores;
VII - dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal
ou mercantil, às microempresas e às empresas locais,
considerando sua contribuição para a democratização de
oportunidades econômicas, inclusive para os grupos sociais
mais carentes;

VIII - estimular o associativismo, o cooperativismo e as


microempresas;

IX - desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a outras


esferas de Governo, de modo a que sejam, entre outros,
efetivados;

a) assistência técnica;

b) crédito especializado ou subsidiado;

c) estímulos fiscais e financeiros;

d) serviços de suporte informativo ou de mercado.

Artigo 186 - É de responsabilidade do Município, no campo de


sua competência, a realização de investimentos paca formar e
manter a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou
incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, seja
diretamente ou mediante delegação ao setor privado para esse
fim.

Artigo 187 - O Município poderá consorciar-se com outras


municipalidades com vistas ao desenvolvimento de atividades
econômicas de interesse comum, bem como integrar-se em
programas de desenvolvimento regional, a cargo de outras
esferas de Governo.

Artigo. 188 - O Município desenvolverá esforços para proteger


o consumidor através de:
I - orientação e gratuidade de assistência jurídica,
independentemente da situação social e econômica do
reclamante;

II - criação de órgãos, no âmbito da Prefeitura ou da Câmara


Municipal, para a defesa do consumidor;

III - atuação coordenada com a União e o Estado.

Artigo 189 - O Município dispensará tratamento jurídico


diferenciado à microempresas e à empresa de pequeno porte,
assim definidas em legislação municipal.

Artigo 190 - O Município, em caráter precário e por prazo


limitado definido em ato do Prefeito, permitirá às
microempresas se estabelecerem na residência de seus titulares,
desde que não prejudiquem as normas ambientais, de
segurança, de silêncio, de trânsito e de saúde pública.

Parágrafo Único - As microempresas, desde que trabalhadas


exclusivamente pela família, não terão seus bens ou os de seus
proprietários sujeitos à penhora pelo Município para
pagamento de débito decorrente de sua atividade produtiva.

Artigo 191 - Fica assegurada às microempresas ou às empresas


de pequeno porte a simplificação ou a eliminação, através de
ato do Prefeito, de procedimentos administrativos

municipais, direta ou indireta, especialmente em exigências


relativas às licitações.

Artigo 192 - Os portadores de deficiência física e as limitações


sensoriais, assim como as pessoas idosas, terão prioridade para
exercer o comércio eventual ou ambulante no Município.

SEÇÃO V - Da Política Urbana


Artigo 193 - A política urbana, a ser formulada no âmbito do
processo de planejamento municipal, terá como objetivo o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o bem-
estar dos seus habitantes em consonância com as políticas
sociais e econômicas do Município.

Parágrafo Único - As funções sociais da cidade dependem do


acesso de todos os cidadãos aos bens e aos serviços urbanos,
assegurando-se-lhes condições de vida e moradia compatíveis
com o estágio de desenvolvimento do Município.

Artigo 194 - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal,


é o instrumento básico da política urbana a ser executada pelo
Município.

§ 1º - O plano diretor fixará os critérios que assegurem a função


social da propriedade, cujo uso e ocupação deverão respeitar a
legislação urbanística, a proteção do patrimônio ambiental
natural e construído e o interesse da coletividade.

§ 2º - O plano diretor deverá ser elaborado com a participação


das entidades representativas da comunidade diretamente
interessada.

§ 3º - O plano diretor definirá as áreas especiais de interesse


social, urbanístico ou ambiental, para as quais será exigido
aproveitamento adequado nos termos previstos na Constituição
Federal.

§ 4º - O plano diretor disporá ainda sobre novos loteamentos


do Município incluindo, entre outras, as seguintes exigências
básicas:

I - infra-estrutura completa, a cargo do proprietário do


loteamento e que inclua: sistema completo de abastecimento
de água, sistema completo de esgotamento sanitário que inclua
elevatória de esgoto e, ou, tratamento, iluminação pública,
meio-fio e pavimentação, além de sinalização completa que
inclua placas de sinalização de trânsito e nomenclatura de ruas.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 037, de
15.05.2017)

II - a infra-estrutura poderá ser feita parceladamente;

III - Excepcionalmente poderá ser concedida a aprovação a qual


se reporta o inciso V,

desde que a infra-estrutura completa esteja concluída no prazo


máximo de 02 ( dois ) anos, a contar da publicação da Lei que
aprovar o loteamento, oferecendo o proprietário ao Município,
a caução definida e exigida por lei. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 007, de 06.05.1996)

IV - A outorga da escritura pública da venda de lotes só poderá


ocorrer após o cumprimento do disposto no inciso I, devendo
esta condição constar do respectivo contrato de promessa de
compra e venda. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
007, de 06.05.1996)

V - Até que seja editado o plano diretor é condição necessária


para aprovação de novos loteamentos o atendimento ao
disposto nos incisos I ou III deste parágrafo. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 007, de 06.05.1996)

Artigo 195 - Para assegurar as funções sociais da cidade, o


Poder Executivo c1everá utilizar os instrumentos jurídicos,
tributários, financeiros e de controle existentes e à disposição
do Município.

Artigo 196 - O Município promoverá, em consonância com sua


política urbana e respeitadas as disposições do plano diretor,
programas de habitação popular destinados a melhorar as
condições de moradia da população carente do Município.
§ 1º - A ação do Município deverá orientar-se para:

I - ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura


básica e servidos por transporte coletivo;

II - estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e


associativos de construção, de

habitação e serviços;

III - urbanizar, regularizar e titular as áreas ocupadas por


população de baixa renda, passíveis de urbanização.

§ 2º - Na promoção de seus programas de habitação popular, o


Município deverá articular-se com os órgãos estaduais,
regionais e federais competentes e, quando couber, estimular a
iniciativa privada a contribuir para aumentar a oferta de
moradias adequadas e compatíveis com a capacidade
econômica da população.

Artigo 197 - O Município, em consonância com a sua política


urbana e segundo o disposto em seu plano diretor, deverá
promover programas de saneamento básico destinados a
melhorar as condições sanitárias e ambientais das áreas urbanas
e os níveis de saúde da população.

Parágrafo Único - A ação do Município deverá orientar-se para:

I - ampliar progressivamente a responsabilidade local pela


prestação de serviços de saneamento básico;

II - executar programas de saneamento em áreas pobres,


atendendo à população de baixa renda, com soluções
adequadas e de baixo custo, para o abastecimento de água e
esgoto sanitário;
III - executar programas de educação sanitária e melhorar o
nível de participação das comunidades na solução de seus
problemas de saneamento;

IV - levar à prática, pelas autoridades competentes, tarifas


sociais para os serviços de água.

Artigo 198 - O Município deverá manter articulação permanente


com os demais municípios da sua região e com o Estado
visando à racionalização da utilização dos recursos hídricos e
das bacias hidrográficas, respeitadas as diretrizes estabelecidas
pela União.

Artigo 199 - O Município, na prestação de serviços de


transporte público fará obedecer os seguintes princípios
básicos:

I - segurança e conforto dos passageiros, garantindo, em


especial, acesso às pessoas portadoras de deficiências físicas;

II - prioridade a pedestres e usuários dos serviços;

III - tarifa social, assegurada a gratuidade aos maiores de 65


(sessenta e cinco) anos e às pessoas portadoras de deficiência;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 016, de
03.07.2001)

IV - proteção ambiental contra a poluição atmosférica e sonora;

V - integração entre sistema e meios de transporte e


racionalização de itinerários;

VI - participação das entidades representativas da comunidade


e dos usuários no planejamento e na fiscalização dos serviços.

Artigo 200 - O Município, em consonância com sua política


urbana e segundo o disposto em seu plano diretor, deverá
promover planos e programas setoriais destinados a melhorar
as condições do transporte público, da circulação de veículos e
da segurança do trânsito.

SEÇÃO VI - Da Política Rural

Artigo 201 - O Município adotará programas de


desenvolvimento rural, destinado a fomentar a produção
agropecuária, organizar abastecimento alimentar e fixar o
homem no campo, compatibilizados com a política agrícola da
União e do Estado.

Parágrafo Único - Para a consecução dos objetivos indicados


neste artigo, será assegurada no planejamento e na execução
da política rural, na forma da lei, a participação dos setores de
produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, e dos
setores de comercialização, armazenamento, transporte e
abastecimento.

Artigo 202 - O Município formulará, mediante lei, a política rural


assegurada as seguintes medidas:

I - apoiar o desenvolvimento dos serviços de preservação e


controle de saúde animal;

II - incentivar e apoiar a difusão da tecnologia rural, a


assistência técnica e extensão rural;

III - manter o sistema viário rural em condições de pleno


escoamento da produção com definição de um corpo de
máquinas, implementos, equipamentos, veículos e pessoal
específicos para esse fim, considerando prioritário o uso destes
equipamentos na conservação das estradas rurais no período
adequado, de abril a outubro;

IV - estabelecer normas de uso e ocupação do solo rural;


V - repressão ao uso de anabolizantes e ao uso indiscriminado
de agrotóxico;

VI - oferta pelo Poder Público Municipal, de escolas e centros


de saúde na área rural;

VII - estabelecer programas de fornecimento de insumos e de


serviços de patrulhas mecanizadas para os pequenos
produtores;

VIII - estabelecer programas de controle de erosão, através do


manejo integrado e conservação do solo nas bacias
hidrográficas;

IX - apoiar as iniciativas de comercialização direta entre


pequenos produtores rurais e consumidores;

X - incentivar a instalação de infra-estrutura de armazenamento


que atenda a produção rural

do município;

XI - incentivar com a participação do município a criação de


Centros Rurais de produção de

hortigranjeiros em sistema familiar;

XII - promover cursos de especialização de mão-de-obra


voltados para o meio rural;

XIII - incentivar o reflorestamento através da criação de um


horto florestal municipal, diretamente ou mediante convênio,
com órgãos Estadual e/ou florestal com fornecimento de mudas
e orientação técnica;

XIV - propugnar para a extensão de rede elétrica em todo o


território do Município;
XV - propugnar para instalação do sistema de telefonia rural,
estrategicamente distribuídos;

XVI - dotar as áreas de concentração rural com áreas de lazer;

XVII - estabelecer, com a participação de órgãos Estadual e


Federal, programas de construção de casas para pequenos
produtores e empregados rurais;

XVIII - incentivar a realização de feiras e exposições de produtos


rurais do Município;

IX - incentivar a criação de associações de produtores, grupos e


cooperativas para que os legítimos interesses da comunidade
venham a ser devidamente contemplados;

XX - incentivar todas as atividades que permitam o


desenvolvimento ordenado do setor rural do Município.

Parágrafo Único - As atividades municipais de apoio ao


desenvolvimento rural previstas nestes artigos atenderão com
prioridade, no que couber, o pequeno produtor, o trabalhador
rural e a população de baixa renda.

Artigo 203 - O Município assistirá os trabalhadores rurais e suas


organizações procurando proporcionar-lhes, entre outros
benefícios, meios de produção e trabalho, saúde e bem estar
social.

Artigo 204 - A secretaria Municipal de Agricultura,


complementará as atividades de

extensão rural, em suas respectivas áreas, assistindo e


orientando produtores rurais, notadamente os pequenos.

SEÇÃO VII - Da Política do Meio Ambiente


Artigo 205 - Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público Municipal e à coletividade dever de defendê-lo e
preservá-lo para as gerações presentes e futuras.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao


Poder Público Municipal, entre outras atribuições:

I - promover a educação ambiental multidisciplinar em todos os


níveis das escolas municipais e disseminar as informações
necessárias ao desenvolvimento da consciência crítica da
população para a preservação do meio ambiente;

II - assegurar o livre acesso às informações ambientais básicas e


divulgar, sistematicamente,

os níveis de poluição e de qualidade do meio ambiente no


município;

III - prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e


outras formas de degradação

ambiental;

IV - preservar as florestas, a fauna e a flora, inclusive


controlando a extração, captura, produção, comercialização,
transporte e consumo de seus espécimes e subprodutos,
vedadas as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem extinção de espécies ou submetam os
animais à crueldade;

V - criar parques, reservas, estações ecológicas e outras


unidades de conservação, mantê-los

sob especial proteção e dotá-los da infra-estrutura


indispensáve4 às suas finalidades;
VI - estimular e promover o reflorestamento com espécies
nativas, objetivando especialmente a proteção de encostas e
dos recursos hídricos, devendo o município priorizar as áreas
destinadas ao abastecimento público de água;

VII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de


técnicas, métodos e substâncias que importem riscos para a
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente bem como o
transporte e o armazenamento dessas substâncias no território
municipal;

VIII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos


de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais;

IX - sujeitar, na forma da lei, à prévia anuência do órgão


municipal de controle e política ambiental, o início, ampliação
ou desenvolvimento de atividades, construção ou reforma de
instalações, capazes de causar, sob qualquer forma, degradação
do meio ambiente, sem prejuízo de outras exigências legais;

X - destinar recursos, no orçamento municipal para as


atividades de proteção e controle ambiental;

XI - implantar e manter hortos florestais destinados à


recomposição da flora nativa e à produção de espécies diversas,
destinadas a arborização dos logradouros públicos;

XII - promover ampla arborização dos logradouros públicos da


área urbana, bem como a reposição e substituição dos
espécimes doentes ou em processo de deterioração ou morte;

XIII - o Município deverá articular-se com os órgãos estaduais,


regionais e federais competentes e ainda, quando for o caso,
com outros municípios, objetivando a solução de problemas
comuns relativos à proteção ambiental.
§ 2º - O licenciamento de que trata o inciso IX do § anterior
dependerá, no caso de atividade ou obra potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, de
prévio relatório de impacto ambiental, seguido de audiência
pública para informação e discussão sobre o projeto.

§ 3º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a


recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a
solução técnica exigida pelo órgão municipal de controle e
política ambiental, na forma da lei.

§ 4º - A conduta e a atividade consideradas lesivas ao meio


ambiente sujeitarão o infrator, pessoa física ou jurídica, a
sanções administrativas, inclusive a interdição temporária ou
definitiva das atividades, sem prejuízo das cominações penais e
da obrigação de reparar o dano causado.

Artigo 206 - Nas licenças de parcelamento, loteamento e


localização o Município exigirá o cumprimento da legislação de
proteção ambiental emanada da União e do Estado.

Artigo 207 - Nas praças, parques, unidades de conservação e


demais áreas verdes de

domínio público, admitir-se-á edificações permanentes de


permissões de uso exclusivamente necessárias às finalidades
desses logradouros, a critério do órgão de controle e política
ambiental do município.

Artigo 208 - São vedados, no Território Municipal:

I - o lançamento de esgotos sanitários, industriais ou


domésticos, "in natura" em qualquer corpo d'água sem prévio
controle e aprovação da entidade municipal responsável pelo
saneamento básico;
II - a produção, distribuição e venda de substâncias
comprovadamente cancerígenas.

Artigo 209 - O Município deverá fixar normas para guarda, uso


e disposição, final dos dejetos, sub-produtos e todo qualquer
material radiativo de aparelhos científicos e terapêuticos.

Artigo 210 - As empresas concessionárias ou permissionárias de


serviços públicos deverão atender rigorosamente aos
dispositivos de proteção ambiental em vigor, sob pena de não
ser renovada a concessão ou permissão pelo Município.

Parágrafo Único - Deverão ser criadas em lei condições técnico-


financeiras para que os órgãos públicos implementem o
disposto no caput deste artigo.

Artigo 211 - A concessão de incentivos fiscais pelo Município


dependem de comprovação, peio interessado, da regularidade
de sua situação face às normas de proteção ambiental no
município.

Artigo 212 - O direito ao ambiente saudável inclui o ambiente


de trabalho, ficando o

município obrigado a garantir e proteger o trabalhador contra


toda e qual quer condições nociva à sua saúde física e mental.

Artigo 213 - O órgão de controle e política ambiental do


município definirá política para controle da poluição visual
incluindo a criação de áreas de proteção visual.

Artigo 214 - É proibido a importação de resíduos tóxicos


nacionais ou estrangeiros para serem armazenados ou
eliminados no Município.
Artigo 215 - O Poder Público Municipal deverá reduzir ao
máximo a aquisição e utilização de material não reciclável e não
biodegradável.

Parágrafo Único - O Poder Público é responsável pela


informação e educação quanto aos materiais não recicláveis e
não biodegradáveis à população, entidades privadas e
estabelecimentos de forma a reduzir o uso dos mesmos.

Artigo 216 - Apoiar ações de gerenciamento das bacias


hidrográficas do município, cabendo à entidade responsável
pelo saneamento básico definir os mananciais de interesse para
o abastecimento público de água.

TÍTULO VII - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 217 - A remuneração do Prefeito Municipal não poderá


ser inferior à remuneração paga a servidor do Município, na
data de sua fixação.

Artigo 218 - Os recursos correspondentes às dotações


orçamentárias, destinada à Câmara Municipal, inclusive os
créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o
dia 20 (vinte) de cada mês, na forma que dispuser a lei
complementar a que se refere o artigo 165, § 9ºda Constituição
Federal.

Parágrafo Único - Até que seja editada a lei complementar


referida neste artigo, os recursos da Câmara Municipal ser-lhe-
ão entregues:

I - até o dia 20 (vinte) de cada mês, os destinados ao custeio da


Câmara;

II - dependendo do comportamento da receita, os destinados


às despesas de capital.
Artigo 219 - Nos distritos já existentes, a posse do
Administrador Distrital dar-se-á até 60 (sessenta) dias após a
promulgação desta Lei Orgânica, ficando o Prefeito Municipal
autorizado a criar o respectivo cargo em comissão, da mesma
natureza de Secretário Municipal.

Artigo. 220 - Nos 10 (dez) primeiros anos da promulgação da


Constituição Federal, o Município desenvolverá esforços, com a
mobilização de todos os setores organizados da sociedade e
com a aplicação de, pelo menos, 50% dos recursos a que se
refere, o artigo 212 da Constituição Federal, para eliminar o
analfabetismo, universalizar o ensino fundamental, como
determina o artigo 60 do ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.

Artigo. 221 - Até que sejam construídas ou adquiridas as


residências oficiais para o Juiz de Direito e Promotor de Justiça
da Comarca, poderá o Poder Público Municipal arcar com o
pagamento dos aluguéis dos citados imóveis, permitida a
colaboração financeira de outras Prefeituras que pertençam à
Comarca de Oliveira.

Artigo 222 - Os cargos comissionados de Diretor e Vice-Diretor,


de estabelecimento oficial de ensino, deverão ser providos por
seleção competitiva interna, para período fixado em lei,
prestigiadas, na apuração objetiva do mérito dos candidatos a
experiência profissional, a habilitação legal, a titulação, a
aptidão para a liderança, a capacidade de gerenciamento, na
forma da lei, e a prestação de serviços estabelecimento por 1
ano, pelo menos.

Artigo 223 - Serão instituídos estímulos à docência, através de


gratificação regente de classe.

Artigo 224 - No prazo de 90 dias contados da promulgação


desta Lei Orgânica, a remuneração devida aos servidores
públicos municipais deverá ser paga até o 5ºdia útil do mês
subsequente ao vencido.

Parágrafo Único - Na hipótese do não cumprimento dos


disposto no artigo, o servidor público terá direito à correção do
valor da remuneração sobre os dias excedentes àquela data, de
acordo com os índices oficiais, e creditados na folha de
pagamento do mês seguinte.

Artigo 225 - Ficam tombados, para o fim de preservação, e


declarados monumentos naturais:

I - Usina do Jacaré;

II - Parque Ecológico;

III - Nascentes e afluentes do C. Maracanã;

IV - Lagoa do Catiguá;

V - Cachoeira do Fradique;

VI - Cachoeira dos Martins.

Artigo 226 - Ficam tombados, para fim de conservação, e


declarados monumentos históricos:

I - Matriz N.S. de Oliveira;

II - Igreja dos Passos;

III - E .E. Mário Campos e Silva;

IV - E.E. Francisco Fernandes - prédio velho;

V - E.E. Professor Pinheiro Campos - prédio velho;

VI - E.E. Desembargador Continentino;


VII - Palácio Episcopal;

VIII - Estação Dr. From;

IX - Gruta N.S. de Lourdes;

X - Todos os " Passinhos " (locais onde estão as imagens que


nos lembram a paixão e morte de Jesus e de Maria) já existentes
e aqueles que forem construídos. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 009, de 19.05.1997)

XI - Prédio denominado "Distribuidora", popularmente assim


chamado, mas era o antigo local de distribuição elétrica em
Oliveira. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 014, de
14.06.1999)

XII - Todo o Acervo Histórico do Jornal "Gazeta de Minas",


inclusive o Projeto Técnico para Microfilmagem e Digitação,
além da 4ª Máquina daquele Semanário; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 017, de 05.11.2001).

XIII - "Ponte de Ferro", localizada no Rio Jacaré. (Redação dada


pela Emenda à Lei Orgânica nº 038, de 21.08.2017).

Artigo 227 - Ao servidor aposentado fica assegurada a


percepção da mesma remuneração, como se na ativa estivesse.

Artigo 228 - Fica proibida a afixação de faixas e cartazes nos


imóveis pertencentes ao Patrimônio Municipal e em todo o
perímetro das Praças XV de novembro, Dr. José Ribeiro da Silva,
Dr. Domingos Ribeiro de Oliveira e Silva, Pio XII, Ruas Dr.
Coelho de Moura, Dr. Carlos Chagas e Avenida Pinheiro Chagas.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 05, de
04.09.1995)

Artigo 229 - Fica proibido o pedágio na Zona urbana, destinado


a coletar donativos dos proprietários de veículos.
Artigo 230 - Até que seja editado o Plano Diretor, ficam
obrigados os proprietários de lotes urbanos, localizados em
ruas pavimentadas, a construírem e conservarem muros e
passeios.

Parágrafo Primeiro: Os proprietários de lotes urbanos deverão


ser previamente notificados pela Prefeitura Municipal para, no
prazo de 30 (trinta) dias, a contar desta primeira notificação, a
promoverem a limpeza imediata de seus lotes.(Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 024, de 29.03.2011).

Parágrafo Segundo: A partir do 30º (trigésimo) dia contados da


primeira notificação de que trata o § 1º, os proprietários terão o
prazo de 24 (vinte e quatro) meses, para regularização de seu(s)
lote(s), edificados ou não, obrigando-se aos mesmos durante
este período a construírem passeios, muros ou fechamento para
cercar todo o imóvel, nos termos dos padrões e normas
técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 024, de
29.03.2011).

Parágrafo terceiro - Ao final do prazo definido no § 2º,


constatado pela Prefeitura Municipal o não cumprimento da
notificação, será expedido AUTO DE AUTUAÇÃO (multa) e a
última notificação através de correspondência com Aviso de
Recebimento - AR, ou por funcionário da administração
municipal, ao proprietário (a) para que cumpra o disposto na
notificação e no AUTO, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 024, de
29.03.2011).

Parágrafo quarto - O não cumprimento das obrigações exigidas


na notificação nos prazos definidos nos § § 2º e 3º incidirá o
notificado (a) em reincidência. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 024, de 29.03.2011).
Parágrafo quinto - O pagamento da multa não exime os
proprietários das obrigações que lhe são impostas pelo "caput"
deste Artigo e seus Parágrafos. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 024, de 29.03.2011).

Parágrafo sexto - Caberá ao Poder Executivo, no prazo de 30


(trinta) dias contados da publicação desta Emenda
regulamentar este Artigo e seus Parágrafos, definindo os
critérios e valores de lançamento da autuação definida no § 3º
deste Artigo, bem como os requisitos de isenção da mesma e
outras providências de competência do Executivo Municipal.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 024, de
29.03.2011).

Artigo 231 - Fica vedado o desvio de função dos servidores


municipais, especialmente aqueles lotados na área da Educação,
e que estejam prestando serviços em órgãos ou entidades
diversas daquela Secretaria, exceção feita sob o regime de
convênio ou mediante Lei Especial. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 001, de 21.08.1990)

Artigo 232 - O Plano Diretor disciplinará os serviços de táxi no


município, limitando o seu número e exigindo a comprovação
do real exercício da profissão, bem como delimitará as áreas
reservadas aos respectivos pontos, devendo ser cassadas as
licenças dos que não se enquadrarem no disposto deste artigo.

Artigo 233 - O Estatuto do Magistério deverá conter


dispositivos que assegurem á professora que leciona na zona
rural, prioridade no preenchimento de vagas nas escolas
urbanas, bem como a concessão de vantagens funcionais
superiores ás das professoras da zona urbana.

Artigo 234 - É assegurada a liberdade de organização dos


profissionais de ensino, garantindo-lhes a utilização das
instalações escolares para as suas reuniões, os movimentos
sociais da comunidade, exceto bailes e festas.

Artigo 235 - O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica


para distribuição nas escolas e entidades representativas da
comunidade, gratuitamente, de modo que se faça a mais ampla
divulgação do seu conteúdo.

Artigo 236 - Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara Municipal,


será por ela promulgada e entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

Dr. Hugo Rivetti Pereira - Presidente

Fernando Figueredo - Vice- Presidente

Berenice Santos Guimarães - Secretária

Mauro Fernal Filho - Relator

Max Plauto Ferreira Malachias - Relator-Adjunto

Abel de Campos Sampaio - Vereador

César Pinheiro Netto - Vereador

Edy Nelson Michalsky - Vereador

Gaspar Silveira Souza - Vereador

Geovaldo Abdo - Vereador

Geraldo Atos de Barros - Vereador

Haroldo Aguiar Junqueira - Vereador

João Batista de Deus - Vereador

José Francisco Ribeiro - Vereador


Vander José de Castro - Vereador

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