2 A Taxonomia
2 A Taxonomia
2 A Taxonomia
para definir e categorizar diferentes níveis de aprendizagem. Ela foi desenvolvida em 1956 pelo
psicólogo educacional Benjamin Bloom e colaboradores, e seu objetivo é auxiliar na formulação de
objetivos educacionais, no desenvolvimento de currículos e na avaliação do aprendizado.
A taxonomia original é dividida em seis níveis cognitivos, que progridem da habilidade mais simples à
mais complexa:
1. Conhecimento (ou Recordação): Lembrar de informações básicas, como fatos, definições e conceitos.
5. Síntese (ou Criação): Juntar elementos para formar uma nova estrutura ou padrão.
Exemplo: Escrever um ensaio propondo uma solução inovadora para um problema social.
Em 2001, a Taxonomia de Bloom foi revisada por um grupo de educadores liderados por Lorin Anderson,
um ex-aluno de Bloom. A versão revisada trouxe algumas mudanças, como a troca de nomes para
verbos que indicam ações e a inversão das duas últimas categorias:
Nível 2, compreender. Trata de entender o que sabemos, construindo significado a partir da oralidade,
ou escrita. Então, por exemplo, podemos ser capazes de lembrar a definição de uma palavra, mas isso
não significa necessariamente que entendemos essa definição ou como a palavra poderia ser usada no
contexto de várias frases diferentes. A compreensão centra-se na capacidade dos alunos de demonstrar
entendimento sobre os fatos que sabem (dos quais podem lembrar).
Nível 3, aplicação. Aqui o foco é como um estudante usa as informações que conhece e compreende
para aplicá-las em um novo — ou às vezes familiar — contexto. O objetivo é usar as fundações
estabelecidas para lidar com coisas nos cenários apresentados. Na sala de aula, isso geralmente envolve
os estudantes respondendo questões ou resolvendo problemas uma vez que tenham se apropriado da
compreensão de um determinado assunto.
Nível 4, análise. É um passo adiante. Envolve a capacidade de dividir o que foi apresentado de maneira a
mostrar relações, causas, consequências, conexões e modos de trabalho. Para ser possível analisar algo,
antes é necessário ser capaz de aplicar algo que memorizamos e compreendemos. Se não possuirmos
domínio disso — ao menos em algum nível — será difícil analisar eficientemente o que é apresentado.
Nível 5, avaliação. Estar apto a avaliar, julgar ou ranquear uma série de itens. Para isso precisamos
conhecer o que são as coisas em questão, compreender nosso próprio entendimento delas, ser capazes
de aplicar isso a diferentes situações, ser capazes de analisar a natureza daquilo que está em questão e,
fazer isso de uma forma bem-sucedida. Somente com este pré-requisito de compreensão e análise
seremos capazes de fornecer um julgamento — com suas nuances — de maneira eficiente. Ou, dito de
outra forma, com um domínio pleno.
Nível 6, criação. Aqui falamos da criação de algo novo. Pode ser algo inteiramente novo ou desenvolvido
a partir de algo já existente. Nesse sentido, essa categoria cobre uma ampla gama de processos
cognitivos. No contexto da análise, o desenvolvimento intelectual aqui decorre do fato de que um aluno
precisa ser capaz de analisar efetivamente a estrutura e composição de um dado item se quiser criar
algo que reflita esse dado, utilize-o ou vá além dele. Assim, vemos a característica central de todos os
atos cognitivos de base-criacional: o movimento do que é, para o que poderia ser.