Avaliação Do Risco Psicossocial No Contexto Ocupacional

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DOCUMENTO DE CONSENSO

DE PERITOS NO ÂMBITO DA

Avaliação do risco
psicossocial em
contexto laboral
FICHA TÉCNICA
Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde.
Programa Nacional de Saúde Ocupacional

DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM


CONTEXTO LABORAL

Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2023.

PALAVRAS CHAVE
Riscos psicossociais, Fatores de risco, Ocorrências críticas, Instrumentos de avaliação, Serviços de Saúde e
Segurança do Trabalho

EDIÇÃO
Direção-Geral da Saúde
Alameda D. Afonso Henriques, 45, 1049-005 Lisboa
Tel.: 218 430 500
Fax: 218 430 530
E-mail: [email protected]
www.dgs.pt

AUTORIA
ESTUDO SO*ARPSICO - Avaliação do risco psicossocial em contexto laboral pelos Serviços de Saúde e
Segurança do Trabalho/Saúde Ocupacional

COORDENAÇÃO
José Rocha Nogueira – Direção-Geral da Saúde / PNSOC
Sandra Moreira - Direção-Geral da Saúde / PNSOC
Maria José Chambel - Consultora DGS/PNSOC da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

PERITOS DE GRUPO DELPHI


Alexandra Gomes - UNIVERSIDADE DO ALGARVE - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
Ana Veloso - UNIVERSIDADE DO MINHO - Escola de Psicologia
Carla Barros - UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
Catarina Gomes - UNIVERSIDADE LUSÓFONA de Humanidades e Tecnologia - Escola de Ciências Económicas
e das Organizações
Filomena Jordão - UNIVERSIDADE DO PORTO - Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação
Leonor Pais - UNIVERSIDADE DE COIMBRA - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Luís Curral - UNIVERSIDADE DE LISBOA - Faculdade de Psicologia
Maria João Gouveia - ISPA – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO
Samuel Antunes - ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES
Sara Ramos - ISCTE – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA - Escola de Gestão
Sílvia Lopes - UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA - Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (Braga)
Sónia P. Gonçalves - UNIVERSIDADE DE LISBOA - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

Documento concluído a 14 de novembro de 2022

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Avaliação do risco
psicossocial em
contexto laboral

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ESTUDO SO*ARPSICO
Avaliação do risco psicossocial em contexto laboral pelos
Serviços de Saúde e Segurança do Trabalho/Saúde Ocupacional

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Índice

Enquadramento 8

Objetivos 10

Materiais e métodos 12
3.1. Painel de peritos 13
3.2. Questionário 14
3.3. Critérios de seleção e de exclusão de instrumentos de avaliação16
3.4. Consulta de peritos 17
3.5. Consenso 18
3.6. Limitação 18

Resultados 19

Conclusões 35

Anexos 38

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Índice de Anexos

ANEXO 1 Peritos do grupo Delphi “SO*ARPsico” 39

ANEXO 2 Dimensões / questões dos instrumentos por fator de risco


e ocorrência crítica 40

ANEXO 3 Dimensões / questões selecionadas por fator de risco e


ocorrência crítica – “versão integral” 59

ANEXO 4 Dimensões / questões selecionadas por fator de risco e


ocorrência crítica – “versão simplificada” 68

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Índice de Quadros

Quadro 1. Questões colocadas aos peritos por objetivo da primeira


etapa do estudo SO*ARPSICO 14

Quadro 2. Elementos essenciais para uma avaliação de risco


psicossocial 20

Quadro 3. Instrumentos para avaliação de fatores de risco psicossociais


e ocorrências críticas 21

Quadro 4. Dimensões/questões dos instrumentos por fator de risco e


ocorrência crítica 22

Quadro 5. Recomendação de dimensões/questões para a “versão


simplificada” 30

Quadro 6. Situações específicas (SIT) que requerem uma avaliação de


risco dirigida 31

Quadro 7. Recomendação de dimensões/questões para avaliação


psicossocial de cada situação específica (“SIT”) 32

Quadro 8. Informações sociodemográficas que poderão ser úteis na


avaliação psicossocial 34

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1 Enquadramento

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Capítulo 1 De acordo com o «Regime jurídico da promoção da segurança e


Enquadramento saúde no trabalho» (Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, na sua
atual redação) a prevenção dos riscos profissionais assenta numa
correta e permanente avaliação de riscos. Esta avaliação é uma ativi-
dade principal dos Serviços de Saúde e Segurança do Trabalho/Saú-
de Ocupacional (SST/SO), que o empregador é obrigado a integrar
no conjunto das atividades da empresa1.

Para se proceder à avaliação de risco psicossocial, num plano orga-


nizacional e coletivo, recorre-se, usualmente, à aplicação de instru-
mentos (ex. escalas e questionários), por vezes conjugados entre si.
Esta avaliação visa avaliar o nível global de exposição dos trabalha-
dores aos fatores de risco psicossociais e o potencial dano na saúde,
assim como determinar as medidas preventivas que são necessá-
rias instituir. A complexidade subjacente à aplicação e conjugação
destes instrumentos, à avaliação dos resultados e à definição de
medidas e ações preventivas leva a que muitas empresas, sobretu-
do de micro e pequena dimensão, não realizem a avaliação de risco
psicossocial exigida legalmente.

O estudo SO*ARPSICO - “Avaliação do risco psicossocial em contex-


to laboral pelos Serviços de Saúde e Segurança do Trabalho/Saú-
de Ocupacional”, coordenado pela Direção-Geral da Saúde (DGS)
através do Programa Nacional de Saúde Ocupacional (PNSOC), tem
como finalidade a desmaterialização do Guia n.º 3 “Vigilância da saú-
de dos trabalhadores expostos a fatores de risco psicossocial no
local de trabalho”. O principal resultado do estudo, que se almeja
alcançar, é a criação de uma “Ferramenta Tecnológica” que auxilie
e facilite o empregador e, em particular, os Serviços de SST/SO, a
realizar a avaliação de risco psicossocial.

Para o efeito foi constituído um painel de peritos para desenvolver


a primeira etapa do estudo SO*ARPSICO relativa ao “plano organiza-
cional e coletivo das empresas” no âmbito das vertentes “fatores de
risco” e “ocorrências críticas”.

1. Para efeitos do presente documento “empresa” e “organização” são sinónimos e integram todos os ramos de atividade nos setores
público, privado ou cooperativo e social. Neste contexto, o conceito “empresa” inclui os organismos da Administração Pública.

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2 Objetivos

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Capítulo 2 A primeira etapa do estudo SO*ARPSICO visa estabelecer um consen-


Objetivos so de peritos relativamente a quatro principais objetivos:

Objetivo 1.
Confirmar os instrumentos (questionários/escalas) que podem ser
utilizados na avaliação de risco psicossocial e os “elementos essen-
ciais” (fatores de risco e ocorrências críticas) que devem integrar a
avaliação de risco psicossocial a realizar pelos Serviços de SST/SO
nas empresas;

Objetivo 2.
Identificar as dimensões/questões dos instrumentos que poderão
permitir avaliar os “fatores de risco” psicossociais e as “ocorrências
críticas”, nomeadamente os identificados no Guia n.º 3 da DGS/
/PNSOC;

Objetivo 3.
Estabelecer uma recomendação para a avaliação de risco psicosso-
cial em micro e pequenas empresas (até 50 trabalhadores);

Objetivo 4.
Determinar os critérios de avaliação de risco para situações especí-
ficas (ex. teletrabalho).

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3 Materiais e
métodos

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Capítulo 3 Foi constituído um painel de peritos, coordenado pela DGS/PNSOC,


Material e que integrou a Ordem dos Psicólogos Portugueses e instituições
métodos académicas de Portugal Continental com experiência na área da
“Psicologia do Trabalho” e da “Psicologia das Organizações”. Foi rea-
lizado um exercício Delphi modificado em duas consultas (rondas),
realizadas entre março e junho de 2022, complementadas por três
conferências de peritos para apresentação da metodologia e dos
resultados.

3.1. Painel de peritos

A Equipa de Coordenação do estudo Delphi, composta por 3 es-


pecialistas da DGS/PNSOC, procedeu à pesquisa das instituições
académicas, de Portugal Continental, com licenciaturas, mestrados
e pós-graduações nas áreas da “Psicologia do Trabalho” e da “Psico-
logia das Organizações”. Após a identificação dos docentes respon-
sáveis pelas áreas, a DGS realizou um convite institucional, solicitan-
do a sua participação no painel de peritos. Aceitaram participar no
painel 91,7% dos peritos convidados.

O painel foi composto por 1 perito da Ordem dos Psicólogos Portu-


gueses e 11 peritos de instituições académicas (Anexo 1):

• ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa - Escola de Gestão;


• ISPA – Instituto Universitário;
• Universidade Católica Portuguesa –Faculdade de Filosofia e
Ciências Sociais (Braga);
• Universidade de Coimbra - Faculdade de Psicologia e de Ciên-
cias da Educação;
• Universidade de Lisboa – Faculdade de Psicologia e Instituto Su-
perior de Ciências Sociais e Políticas;
• Universidade do Algarve – Faculdade de Ciências Humanas e
Sociais;
• Universidade do Minho – Escola de Psicologia;
• Universidade do Porto – Faculdade de Psicologia e de Ciências
de Educação;
• Universidade Fernando Pessoa – Faculdade de Ciências Huma-
nas e Sociais;
• Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia – Escola
de Ciências Económicas e das Organizações.

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Capítulo 3 Todos os peritos eram psicólogos, dado que é este grupo profissio-
Material e nal que habitualmente tem mais experiência na aplicação de instru-
métodos mentos que avaliam a exposição aos fatores de risco psicossocial.
A participação de peritos de diferentes instituições académicas, de
regiões distintas do país e com experiências diferenciadas permitiu
assegurar a diversidade de respostas.

3.2. Questionário

Foi elaborado pela Equipa de Coordenação um questionário em Ex-


cel constituído por 9 questões (Quadro 1). A construção do questio-
nário teve por base o Guia Técnico n.º 3 da DGS/PNSOC, a literatura
existente e a experiência dos elementos da Equipa de Coordenação.

Quadro 1. Questões colocadas aos peritos por objetivo da


primeira etapa do Estudo SO*ARPSICO

QUESTÃO N.º 1:
Os Serviços de SST/SO para procederem à avaliação
de risco psicossocial devem avaliar os “fatores
de risco psicossocial” e as “ocorrências críticas”.
Concorda com os fatores e as ocorrências indicados
na tabela abaixo, enquanto “elementos essenciais”
para uma avaliação de risco psicossocial?
OBJETIVO 1:
Confirmar os QUESTÃO N.º 2:
instrumentos Considera que os "elementos essenciais", do
(questionários/escalas) quadro anterior (Questão 1), são suficientes
que podem ser ou encontra-se em falta algum fator de risco
utilizados na avaliação psicossocial ou ocorrência crítica fundamental à
de risco psicossocial e os avaliação de risco psicossocial?
“elementos essenciais” QUESTÃO N.º 3:
(fatores de risco e Foram identificados instrumentos (questionários
ocorrências críticas) e escalas) que podem permitir a avaliação de
que devem integrar determinado(s) fator(es) de risco psicossocial e/ou
a avaliação de risco ocorrência(s) crítica(s). Considera os instrumentos
psicossocial a realizar da tabela abaixo pertinentes para efeitos da
pelos Serviços de SST/SO avaliação do risco psicossocial em contexto
nas empresas ocupacional?

QUESTÃO N.º 4:
Na tabela anterior (Questão 3) encontra-se em
falta algum instrumento que, da sua experiência
e conhecimento, considera que pode ser útil
para efeitos de avaliação de risco psicossocial em
contexto ocupacional?

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Capítulo 3 QUESTÃO N.º 5:


Foram selecionadas as questões dos instrumentos
Material e OBJETIVO 2: que permitem avaliar o fator de risco psicossocial
métodos Identificar as ou a ocorrência crítica. Concorda com a seleção
dimensões/questões abaixo?
dos instrumentos QUESTÃO N.º 6:
que poderão permitir De entre os instrumentos (indicados anteriormente
avaliar os “fatores de - Questão 5) foi selecionado, para cada fator de
risco” psicossociais e as risco psicossocial e ocorrência crítica, o instrumento
“ocorrências críticas”, (dimensão ou questões) que revelou ser mais
nomeadamente os completo, específico e/ou que melhor se enquadra
identificados no Guia n.º nos objetivos da avaliação de risco psicossocial em
3 da DGS/PNSOC.s contexto ocupacional, visando aplicar em micro
e pequenas empresas. Concorda com a seleção
abaixo?

OBJETIVO 3: QUESTÃO N.º 7:


Estabelecer uma Tendo como objetivo proceder à recomendação
recomendação para de uma “versão simplificada” para a avaliação inicial
a avaliação de risco dos riscos psicossociais em micro e pequenas
psicossocial em micro e empresas, concorda com a proposta abaixo?
pequenas empresas (até
50 trabalhadores).

QUESTÃO N.º 8:
De acordo com as características das micro e
pequenas empresas e as diferentes situações
de trabalho, concorda acrescentar à “versão
OBJETIVO 4: simplificada” as questões abaixo apresentadas?
Determinar critérios de
avaliação de risco para QUESTÃO N.º 9:
situações específicas (ex. Na aplicação de questionário em empresas com
teletrabalho). mais de 20 trabalhadores em que seja necessário
recolher um conjunto de dados demográficos e
profissionais relativos aos trabalhadores. Concorda
com as categorias e variáveis selecionadas e abaixo
indicadas?

As questões elaboradas tiveram como finalidade dar resposta aos


quatro objetivos do estudo (Quadro 1): Objetivo 1, questões 1, 2,
3 e 4; Objetivo 2, questões 5 e 6; Objetivo 3, questão 7; Objetivo 4,
questões 8 e 9.

As questões do Objetivo 1 foram construídas tendo por base a lis-


tagem dos fatores de risco e das ocorrências críticas (Questões 1 e
2) e dos instrumentos identificados no Guia Técnico n.º 3 (Questões
3 e 4).

Para a construção das questões do Objetivo 2 a Equipa de Coorde-


nação procedeu a uma análise detalhada de cada instrumento. Na
Questão 5, para cada fator de risco/ocorrência crítica foram identi-
ficados o(s) instrumento(s), a(s) dimensão(ões) e a(s) questão(ões)
que permitiam proceder à respetiva avaliação. Na Questão 6 iden-

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Capítulo 3 tifica-se o instrumento considerado mais adequado, sempre que


Material e existia mais do que uma opção (instrumento) para avaliar um fator
métodos de risco psicossocial ou ocorrência crítica, tendo em conta os se-
guintes critérios: 1.º Instrumento mais específico para avaliar o fator
de risco; 2.º Instrumento mais adequado ao objetivo do estudo.

Relativamente ao Objetivo 3, a Equipa de Coordenação elaborou


uma proposta de “versão simplificada” para se proceder à avaliação
inicial de risco psicossocial em micro e pequenas empresas (Ques-
tão 7), selecionando os fatores de risco e as ocorrências críticas que
se mostravam como elementos indispensáveis.

No Objetivo 4, a Equipa de Coordenação procedeu à identificação


de situações de trabalho (Questão 8) que, dada a sua especificida-
de, requeriam para além da “versão simplificada” um acréscimo de
dimensões e/ou questões de avaliação. Foi ainda apresentada uma
proposta de itens sociodemográficos (Questão 9) visando a sua uti-
lização na construção e análise das avaliações de risco psicossocial.

Todas as questões pretenderam aferir a concordância dos peritos


às propostas apresentadas pela Equipa de Coordenação. As opções
de resposta múltipla (“sim”, “não”, “sem opinião”) requereram do pe-
rito uma posição (concordo ou não concordo) relativamente à pro-
posta e a justificação da resposta sempre que esta fosse negativa.
Em todas as questões o perito teve sempre a possibilidade de apre-
sentar observações ou comentários, mesmo quando a resposta se-
lecionada tivesse sido “sim” ou “sem opinião”.

3.3. Critérios de seleção e de exclusão de


instrumentos de avaliação

Os critérios de seleção de um instrumento de avaliação (ex. ques-


tionário, escala), para integrar o estudo e o questionário, foram os
seguintes: a) estar validado para a população portuguesa; b) ser de
utilização gratuita; c) permitir a avaliação de um ou mais fatores de
risco psicossocial/ ocorrências críticas; possibilitar uma avaliação co-
letiva dos trabalhadores. A existência de uma escala de avaliação de
risco (ex. risco baixo, médio, elevado) foi também um critério exigido
para a seleção dos instrumentos de avaliação de fatores de risco
psicossociais.

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Capítulo 3 Os critérios de exclusão dos instrumentos de avaliação foram os se-


Material e guintes: a) ter por finalidade a realização de avaliações clínicas e in-
métodos dividualizadas (por trabalhador); b) ter como objetivo avaliar fatores
protetores ou efeitos na saúde.

3.4. Consulta de peritos

A primeira consulta (ronda) de peritos decorreu no final de março


de 2022 e a segunda no início de junho do mesmo ano. Em ambas
as rondas cada perito recebeu um e-mail com o questionário, solici-
tando o seu preenchimento e envio (por e-mail), à Equipa de Coor-
denação. Nas duas rondas a participação dos peritos foi de 100%.

No final de cada ronda, a Equipa de Coordenação procedeu à aná-


lise das respostas dos questionários e elaborou um relatório que,
assegurando o anonimato, sistematizou, para cada questão: a) Os
resultados - indicação dos valores absolutos e percentuais; b) As res-
postas negativas - indicação da justificação prestada pelo(s) perito(s)
e respetiva apreciação da Equipa de Coordenação; c) As considera-
ções - indicação das observações ou comentários prestados pelo(s)
perito(s) quando a resposta foi positiva ou não tinham opinião sobre
a opção em apreço e a respetiva apreciação global da Equipa de
Coordenação; d) As ações e conclusões - alterações que são neces-
sárias efetuar no questionário e considerações sobre as respostas.

Os peritos foram convidados a participar numa conferência inaugu-


ral (por Microsoft Teams), de apresentação do estudo (metodologia,
coordenação, peritos, questionário e processo de análise). Para o
preenchimento do primeiro questionário os peritos tiveram aces-
so a informação complementar, nomeadamente o Guia Técnico n.º
3 e um documento com todas as questões dos instrumentos que
integravam o estudo. Da primeira ronda resultou a introdução de
dois novos instrumentos e a revisão de um instrumento já incluído
(dada a existência de uma versão mais atual), o que obrigou à res-
truturação das questões 3, 5, 6, 7 e 8. Verificou-se ainda necessário
subdividir os vários tipos de exigências de trabalho (físicas, cogniti-
vas e emocionais), e associar, a cada uma, as dimensões e respetivas
questões, o que alterou as questões 5, 6, 7 e 8.

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Capítulo 3 Os peritos foram convidados a participar na 2ª conferência (on-line)


Material e na qual a Equipa de Coordenação apresentou os resultados glo-
métodos bais da primeira ronda e procedeu a alguns esclarecimentos. Nesta
reunião os peritos tiveram a oportunidade de partilhar uma breve
opinião sobre as questões e respostas dos questionários. Para o
preenchimento do segundo questionário os peritos tiveram acesso
ao relatório da primeira ronda, o que permitiu conhecer as respos-
tas globais do grupo e assim defender ou reconsiderar a opinião
pessoal perante os argumentos de outros peritos ou a tendência
geral do grupo. Na segunda ronda o consenso foi alcançado rela-
tivamente a todas as questões. Visando a construção de um docu-
mento coletivo e de consenso, os peritos foram convidados a parti-
cipar na 3.ª conferência (on-line) na qual a Equipa de Coordenação
apresentou os resultados globais da segunda ronda e foi delineado
o documento de consenso.

3.5. Consenso

No âmbito deste estudo Delphi, para aferir o nível de consenso do


painel de peritos, foram estabelecidos três níveis: a) «consenso fa-
vorável pela maioria dos peritos», quando as respostas positivas são
superiores a 55%2, 3; e inferiores ou iguais a 80%; b) «consenso alar-
gado dos peritos», quando as respostas positivas são superiores a
80% e inferiores a 100%; «consenso por unanimidade dos peritos»,
quando as respostas positivas são de 100%.

3.6. Limitação

Visando salvaguardar a validação da avaliação de risco da dimensão/


instrumento original em questão, assim como os pontos de corte
associados, optou-se por não selecionar questões pontuais dos
instrumentos. Assim, sempre que uma dimensão do instrumento
permitisse a avaliação de um fator de risco ou ocorrência crítica, fo-
ram selecionadas todas as questões dessa mesma dimensão. Esta
situação foi reconhecida como uma limitação do estudo SO*ARPSICO.

2. Avella, J. R. (2016). Delphi panels: Research design, procedures, advantages, and challenges. International Journal of Doctoral Studies, 11,
305-321.
3. Vernon, W. (2009). The Delphi technique: a review. International Journal of Therapy and rehabilitation, 16(2), 69-76.

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4 Resultados

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Capítulo 4 Em seguida é apresentado o consenso que foi alcançado no Grupo


Resultados Delphi relativamente à primeira etapa do estudo SO*ARPSICO.

OBJETIVO 1:
Confirmar os instrumentos (questionários/escalas) que
podem ser utilizados na avaliação de risco psicossocial e
os “elementos essenciais” (fatores de risco e ocorrências
críticas) que devem integrar a avaliação de risco psicos-
social a realizar pelos Serviços de SST/SO nas empresas.

Os “elementos essenciais” para uma avaliação de risco psicossocial


englobam 17 “fatores de risco” e 3 “ocorrências críticas”, confirman-
do o disposto no Guia Técnico n.º 3 da DGS/PNSOC (vide Quadro 2).

Quadro 2. Elementos essenciais para uma avaliação de risco


psicossocial

1. Monotonia do trabalho
2. Repetitividade de tarefas
a.
3. Intensidade do ritmo de trabalho
Natureza,
4. Exigência do trabalho
conteúdo
5. Inadequação da autonomia ou controlo
e carga de
sobre o trabalho
trabalho
ELEMENTOS ESSENCIAIS

6. Inadequação de competências
7. Objetivos irrealistas

Fatores
de risco

8. Condições inadequadas do ambiente de


b.
trabalho
Condi-
9. Falta de requisitos do equipamento de
ções,
trabalho
organi-
10. Constrangimentos no tempo de trabalho
zação e
(duração, pausas e organização)
tempo de
11. Turnos
trabalho
12. Horário noturno

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Capítulo 4 c.
Contextos 13. Falta de suporte (ou apoio) social
Resultados sócio rela- 14. Conflitos laborais

ELEMENTOS ESSENCIAIS
cionais do 15. Relações de poder e liderança disruptivas
trabalho

d.
Relação 16. Conflito “trabalho-família”
trabalho / 17. Insegurança no emprego
vida

1. Assédio
2. Violência
Ocorrências críticas
3. Acontecimentos de emergência ou
catástrofe

À data, os principais instrumentos (questionários e escalas) que


permitem a avaliação de fator(es) de risco psicossocial e/ou ocor-
rência(s) crítica(s) em contexto ocupacional, de utilização gratuita e
que se encontram validados para a população portuguesa, são os
indicados no Quadro 3.

Quadro 3. Instrumentos para avaliação de fatores de risco


psicossociais e ocorrências críticas

Copenhagen Psychosocial Questionnaire COPSOQ


Múltiplos
fatores Inquérito Saúde e Trabalho INSAT
(questioná- Job Content Questionnaire JCQ
rios)
Work Design Questionnaire WDQ

Emotion Work EW

Intragroup Conflit Assessment ICA


Fatores
Job Insecurity JI
específicos
Scale of Perceived Overqualification SPOQ

Work–Family Conflict WFC

Ocorrências Leymann Inventory of Psychological Terror LIPT


críticas Client Violence Questionnaire CVQ

Complemen-
tar especiali- Standard Shiftwork Índex SSI
zado

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Capítulo 4
Resultados OBJETIVO 2:
Identificar as dimensões/questões dos instrumentos que
poderão permitir avaliar os “fatores de risco” psicosso-
ciais e as “ocorrências críticas”, nomeadamente os iden-
tificados no Guia n.º 3 da DGS/PNSOC.

Os instrumentos de avaliação (Quadro 3) podem permitir avaliar


mais do que um fator de risco ou ocorrência crítica, para além de
poderem integrar mais do que uma dimensão para avaliar um de-
terminado fator de risco ou ocorrência crítica. Assim, o Quadro 4 sis-
tematiza as dimensões/questões dos instrumentos que permitem
avaliar cada fator de risco e ocorrência crítica, registando-se as vá-
rias opções de instrumentos, sempre que estas existiam. O Anexo 2
reúne todas as questões que foram consideradas possíveis para
avaliar um determinado fator de risco ou ocorrência crítica.

É ainda apresentado no Quadro 4 a “Seleção”, isto é, o instrumen-


to/dimensão considerado mais adequado ao objetivo do estudo
SO*ARPSICO. O Anexo 3 apresenta a “versão integral” com as ques-
tões/ dimensões/ instrumentos que foram selecionadas e a justifica-
ção da sua seleção.

Quadro 4. Dimensões/questões dos instrumentos por fator


de risco e ocorrência crítica

FATOR Instrumento
ou
OCOR- Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Seleção
RÊNCIA

WDQ WDQ
1. Monotonia do trabalho

Variedade de Variedade de
competências competên-
(VC)* cias (VC)*
Questões: 37 e Variedade
a 40 das Tarefas
Variedade (VT)*
das Tarefas
(VT)* Única opção
Questões: 10 de instrumento
a 13.
Legenda: * Escala invertida

PNSOC 22 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 FATOR Instrumento


ou
Resultados OCOR- Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Seleção
RÊNCIA

WDQ WDQ

2. Repetitividade
Variedade Variedade

de tarefas
das Tarefas das Tarefas
(VT)* Ques- (VT)*
tões: 10 a 13.
Única opção
de instrumento

COPSOQ III INSAT COPSOQ III


ritmo de trabalho
3. Intensidade do

Ritmo de Ritmo e in- Ritmo de


Trabalho tensidade do Trabalho
Questões: 4 trabalho
e 5. Questão 1.1 Instrumento
mais adequa-
do ao objetivo
do estudo

JCQ JCQ
Exigências do Exigências
Globais

trabalho do trabalho
Questões: 18
a 25 Única opção
de instrumento

WDQ WDQ
Exigências Exigências
Físicas

físicas (EF) físicas


Questões: 67
4. Exigência do trabalho

a 69. Única opção


de instrumento

WDQ COPSOQ III WDQ


Complexida- Exigências Processa-
de da função Cognitivas mento da
(CF) Questões: 6 a 9 Informação
Questões: 25
a 28 Instrumento
Processa- mais adequa-
Cognitivas

mento da do ao objetivo
Informação do estudo
(PI)
Questões: 29
a 32
Resolução de
Problemas
(RP)
Questões: 33
a 36
Legenda: * Escala invertida

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 23 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 FATOR Instrumento


ou
Resultados OCOR- Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Seleção
RÊNCIA

EW COPSOQ III INSAT EW


Manifestação Exigências Exigências Dissonância
de afetos/ Emocionais emocio- emocional
emoções Questões: 10 nais
positivas a 12 Questão: Instrumento
Questões: EP1; 1.6 mais
4. Exigência do trabalho

EP2; EP3; EP5. específico


Manifestação para a
de emoções avaliação do
Emocionais

negativas fator
Questões: EV1;
EV2; EV3; EV5.
Atender às
emoções dos
clientes
Questões: ES1
a ES3
Dissonância
emocional
Questões: ED1
a ED4

WDQ COPSOQ III INSAT JCQ JCQ


5. Inadequação da autonomia ou controlo sobre

Autonomia Influência no Autonomia Controlo/ Controlo/


no planea- Trabalho e iniciativa Autono- Autonomia
mento do tra- Questões: 13 Questão: mia
balho (APT) a 16 1.3 Questões: Instrumento
Questões: 1 Controlo so- 4, 6 e 8 mais adequa-
a3 bre o Tempo do ao objetivo
Autonomia de Trabalho do estudo
o trabalho

na Tomada Questões: 20
de Decisão a 22
(ATD)
Questões: 4
a6
Autonomia
nos métodos
de Trabalho
(AMT)
Questões: 7
a9

WDQ SPOQ COPSOQ III JCQ SPOQ


Variedade de Sobrequalifi- Possibili- Decisão Sobrequa-
competências cação Perce- dades de Questões: lificação
6. Inadequação de
competências

(VC) bida Desenvol- 1a9 Percebida


Questões: 37 Questões: 1 a 4 vimento
a 40 Questões: Instrumento
Especializa- 17 a 19 mais
ção (E) específico
Questões: 41 para a
a 44 avaliação do
fator

PNSOC 24 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 FATOR Instrumento


ou
Resultados OCOR- Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Seleção
RÊNCIA

COPSOQ III COPSOQ III

7. Objetivos irrealistas
Transparên- Transparên-
cia do Papel cia do Papel
Laboral Laboral
Questões: 34
a 36 Única
Auto-Eficácia opção de
Questões: 76 instrumento
a 77

WDQ WDQ
8. Condições inade-
quadas do ambien-

Ergonomia (E) Condições


te de trabalho

Questões: 64 de Trabalho
a 66 (CT)
Condições de
Trabalho (CT) Única
Questões: 70 opção de
a 73 instrumento

WDQ WDQ
tos do equipamen-
9. Falta de requisi-

Uso de Equi- Uso de Equi-


to de trabalho

pamento (UE) pamento


Questões: 75 (UE)
a 77
Única
opção de
instrumento

WDQ COPSOQ III INSAT INSAT


Identidade Exigências Tempos de Tempos de
10. Constrangimentos no tempo de trabalho

tarefa (IT) Quantitativas trabalho trabalho


Questões: 18 Questões: 1 a 3 Questão:
(duração, pausas e organização)

a 21 1.2 Instrumento
Interdepen- mais adequa-
dência inicia- do ao objetivo
da (II) do estudo
Questões: 51
a 53
Interdepen-
dência recebi-
da (IR)
Questões: 54
a 56
Interação
fora da orga-
nização (IFO)
Questões: 57
a 60

SSI SSI
Turnos

Todas as ques- Todas as


11.

tões questões

SSI Única
Horário
noturno

Todas as ques- opção de


12.

tões instrumento

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 25 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 FATOR Instrumento


ou
Resultados OCOR- Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Seleção
RÊNCIA

COPSOQ III INSAT JCQ WDQ JCQ

13. Falta de suporte (ou apoio) social


Suporte Relações de Suporte da Apoio - Suporte da
Social de Co trabalho com chefia Social chefia
legas os colegas de Questões: Questões: - Suporte
Questões: 44 trabalho e 38, 39, 41 45, 46, 47, dos colegas
a 46 chefias e 42 49, 50
Suporte Questão: 1.4 Suporte Instrumento
Social de dos cole- mais adequa-
Superiores gas do ao objetivo
Questões: 47 Questões: do estudo
a 49 43, 44, 46,
Sentido de 47
Pertença a
Comunidade
Questões: 50
a 52

COPSOQ III INSAT ICA ICA


Conflitos de Conflitos Conflito - Conflito
14. Conflitos laborais

Papéis Labo- éticos e de relacional relacional


rais valores Questões:1 - Conflito da
Questões: Questão: 1.7 a4 tarefa
37 a 39 Conflito da
tarefa Instrumento
Questões: mais
5a9 específico
para a
avaliação do
fator

COPSOQ III COPSOQ III


15. Relações de poder e

Qualidade da Qualidade
liderança disruptivas

Liderança da
Questões: 40 Liderança
a 43
Única
opção de
instrumento

PNSOC 26 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 FATOR Instrumento


ou
Resultados OCOR- Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Seleção
RÊNCIA

WFC COPSOQ III WFC


Interferência Conflito - Interfe-
do trabalho Trabalho- rência do
na família Família trabalho
baseado no Questões: 69 na família
tempo a 71 baseado no
16. Conflito “trabalho-família”

Questões: 1 tempo
a3 - Interfe-
Interferência rência do
do trabalho trabalho
na família na família
baseado na baseado na
tensão tensão
Questões: 4
a6 Instrumento
Interferência mais especí-
do trabalho fico para a
na família avaliação do
baseado no fator
comporta-
mento
Questões: 7
a9

COPSOQ III JI JI
Insegurança Questões: 1 a 4 (Escala)
17. Insegurança no

Laboral
Questões: 53 Instrumento
emprego

e 54 mais
Insegurança específico
com as para a
Condições de avaliação do
Trabalho fator
Questões: 55
a 57

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 27 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 FATOR Instrumento


ou
Resultados OCOR- Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Seleção
RÊNCIA

INSAT LPTI INSAT


RELAÇÕES Todas as RELAÇÕES
DE TRABA- questões DE
LHO com os TRABALHO
colegas de com os
trabalho e colegas de
1. Assédio

chefias trabalho e
Questões: as- chefias
sédio; discrimi- «assédio»
nação
Instrumento
mais
adequado ao
objetivo do
estudo

LPTI CVQ CVQ


Efeitos na Todas as Todas as
saúde questões questões
2. Violência

Questões: 39
a 45 Instrumento
mais
específico
para a
avaliação do
fator

--- --- --- --- ---


emergência ou catástrofe
3. Acontecimentos de

PNSOC 28 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 28 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4
Resultados OBJETIVO 3:
Estabelecer uma recomendação para a avaliação de ris-
co psicossocial em micro e pequenas empresas (até 50
trabalhadores).

Qualquer atividade económica, nomeadamente micro ou pequena


empresa, que avalie inicialmente o risco psicossocial através da “ver-
são simplificada” deve integrar, no mínimo, os seguintes elementos
(fatores de risco e ocorrências críticas):

a. Exigência do trabalho;
b. Inadequação da autonomia ou controlo sobre o trabalho;
c. Constrangimentos no tempo de trabalho;
d. Falta de suporte (ou apoio) social;
e. Relações de poder e liderança disruptivas;
f. Conflito “trabalho-família”;
g. Insegurança no emprego;
h. Assédio.

Para o efeito recomenda-se que o instrumento a aplicar nas micro


e pequenas empresas englobe as dimensões e questões indicadas
no Quadro 5. A “versão simplificada”, que reúne a globalidade destas
questões, consta no Anexo 4.

De ressalvar que, o responsável pela aplicação do instrumento na


empresa/população trabalhadora poderá acrescentar à “versão
simplificada”, sempre que considere necessário e adequado:

a. Mais dimensões/questões para reforçar a avaliação de um


ou mais elementos indicados anteriormente;
b. Outros elementos (fatores/ocorrências) não indicados ante-
riormente.

Relativamente à “versão simplificada”, todas as questões, com exce-


ção do assédio, devem ser avaliadas por nível de risco: baixo, médio,
elevado.

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 29 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 No “assédio” a resposta positiva do trabalhador a pelo menos uma


Resultados das duas questões do INSAT, obriga a que se proceda a uma avalia-
ção de risco mais específica desta matéria na empresa, nomeada-
mente pela utilização do LIPT, constando esta nota no relatório de
avaliação de risco, enquanto medida de prevenção.

Quadro 5. Recomendação de dimensões/questões para a


“versão simplificada”

FATOR DE RISCO INSTRUMENTO DIMENSÃO QUESTÕES

Exigência do tra- Exigências do 18, 19, 21, 22 e 25


JCQ
balho trabalho (globais)

Inadequação da Controlo/ 4, 6 e 8
autonomia ou Autonomia
JCQ
controlo sobre o
trabalho

Constrangimen- Tempos de 1, 2
tos no tempo de INSAT trabalho
trabalho

- Suporte da chefia 38, 39, 41, 42


Falta de suporte
JCQ - Suporte dos 43, 44, 46, 47
(ou apoio) social
colegas

Relações de poder Qualidade da 40 a 43


e liderança disrup- COPSOQ III Liderança
tivas

- Interferência do 1 a 3
trabalho na família
Conflito “trabalho- baseado no tempo
WFC
-família” - Interferência do 4 a 6
trabalho na família
baseado na tensão

Insegurança no (escala) 1a4


JI
emprego

Relações de Sem número


trabalho com
Assédio INSAT
os colegas de
trabalho e chefias

Quando existam “turnos” na empresa recomenda-se que, primei-


ramente, sejam efetuadas as questões 7 a 10 do Quadro 8 aos tra-
balhadores e, quando necessário, proceder-se à aplicação comple-
mentar do instrumento SSI para um estudo mais pormenorizado.

PNSOC 30 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 De sublinhar que a “versão simplificada”, anteriormente apresenta-


Resultados da, deve ser encarada como o ponto de partida para outras avalia-
ções de risco psicossocial mais específicas. Por outro lado, a aplica-
ção da “versão simplificada” deve ser conjugada com outras técnicas
de avaliação, como a observação direta, análise de registos e abor-
dagens em grupo.

OBJETIVO 4:
Determinar critérios de avaliação de risco para situações
específicas (ex. teletrabalho).

Foram determinadas 12 situações (SIT) que requerem uma avalia-


ção específica (Quadro 6) e que devem ser adicionadas à “versão
simplificada” para a construção de um instrumento de avaliação de
riscos psicossociais mais dirigido.

Quadro 6. Situações específicas (SIT) que requerem uma


avaliação de risco dirigida

SITUAÇÃO ESPECÍFICA

Trabalhadores em trabalho de contacto direto com clientes, utentes


SIT. 1
e similares;

SIT. 2 Trabalhadores em teletrabalho;

Trabalhadores com trabalhos de processamento de informação ou


SIT. 3
de significativa complexidade de informação;

SIT. 4 Trabalhadores com trabalho por turnos e/ou noturno;

Trabalhadores com interdependência de tarefas e em cadeia/linha


SIT. 5
de montagem;

SIT. 6 Trabalhadores com constante interação fora da organização;

SIT. 7 Trabalhadores com trabalho isolado;

SIT. 8 Trabalhadores com várias situações/queixas de conflitos;

Situações suspeitas de relações de poder e liderança disruptivas;


SIT. 9
análise específica quanto a lideranças/chefias;

Suspeita de assédio; análise específica sobre assédio no local de


SIT. 10
trabalho;

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 31 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 SITUAÇÃO ESPECÍFICA

Resultados SIT. 11
Situações de discriminação; análise específica sobre discriminação no
local de trabalho;

Situações anteriores de violência; análise específica sobre violência


SIT. 12
no local de trabalho.

As dimensões/questões a acrescentar relativamente a cada “situa-


ção específica” referida anteriormente são as recomendadas e indi-
cadas no Quadro 7.

Quadro 7. Recomendação de dimensões/questões para


avaliação psicossocial de cada situação específica (“SIT”)

INSTRU- QUES-
SIT FATOR DE RISCO DIMENSÃO(ÕES)
MENTO TÕES

1 Exigência do - Atender às emoções dos ES1, ES2


trabalho clientes e ES3
EW
- Dissonância emocional ED1,
ED2, ED3
e ED4

Violência CVQ --- Todas

2 Exigência do WDQ Processamento da Informação 29 a 32


trabalho
Dissonância emocional ED1,
EW ED2, ED3
e ED4

Falta de requisitos Uso de Equipamento 75 a 77


do equipamento de WDQ
trabalho

Condições de Condições de Trabalho 70 a 73


WDQ
trabalho

3 Exigência do Processamento da Informação 29 a 32


WDQ
trabalho

4 Turnos SSI --- Todas

5 Constrangimentos - Identidade da tarefa 18 a 21


no tempo de WDQ - Interdependência iniciada 51 a 53
trabalho - Interdependência recebida 54 a 56

6 Constrangimentos Interação fora da organização 57 a 60


no tempo de WDQ
trabalho

7 Monotonia do - Variedade das Tarefas 10 a 13


WDQ
trabalho - Variedade de competências 37 a 40

PNSOC 32 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 SIT FATOR DE RISCO


INSTRU-
DIMENSÃO(ÕES)
QUES-
MENTO TÕES
Resultados
8 Conflitos laborais COPSOQ Conflitos de Papéis Laborais 37 a 39

- Conflito relacional 1a4


ICA
- Conflito da tarefa 5a9

9 Relações de - Justiça Organizacional 65 a 68


poder e liderança COPSOQ
disruptivas

10 Assédio (visão --- Todas


LIPT
global)

11 Assédio Relações de trabalho com os Sem


INSAT
(«discriminação») colegas de trabalho e chefias número

12 Violência CVQ --- Todas

Considera-se que em determinadas situações poderá ser útil incluir


no instrumento de avaliação de risco psicossocial um conjunto de
dados sociodemográficos, visando alcançar uma avaliação mais es-
pecífica da população trabalhadora. Contudo, numa perspetiva de
avaliação coletiva e para garantir o anonimato na aplicação do ins-
trumento, os dados sociodemográficos somente devem ser recolhi-
dos quando estão cumpridos os seguintes critérios:

a. A empresa tem mais de 20 trabalhadores;


b. O responsável pela aplicação do instrumento considera que
a informação do Anexo 3 do Guia Técnico n.º 3 é insuficiente
para a análise desejada.
c. O responsável pela aplicação do instrumento não consegue
obter os dados demográficos e/ou profissionais da popula-
ção trabalhadora para a análise desejada através dos Servi-
ços de Saúde do Trabalho / Serviços de Saúde Ocupacional
da respetiva empresa.
d. O responsável pela aplicação do instrumento confirma que
os dados demográficos e/ou profissionais que irá recolher
garantem o anonimato dos trabalhadores.

Neste âmbito, considera-se que a informação mais relevante pas-


sível de ser recolhida é a seguidamente apresentada no Quadro 8.

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 33 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 4 Quadro 8. Informações sociodemográficas que poderão ser


Resultados úteis na avaliação psicossocial

CATEGORIAS VARIÁVEIS

1. Idade < 18 anos; 18 a 49 anos; 50 e mais

2. Habilitações literárias Até 9.º ano ou equivalente;


Secundário ou equivalente; Superior

3. Departamento/Unidade/Secção XXXX

4. Ano em que começou a trabalhar na XXXX


empresa:

5. Situação Efetivo; Contrato a prazo; Estágio/


laboral Bolsa; Outro

6. Realiza trabalho noturno? Não; Sim

7. Trabalha por turnos? Não; Sim

8. Tipo de turno: Fixo; Rotativo

9. Frequência do turno: Contínuo; Esporádico


(se sim em 7.) 10. O turno ultrapassa Não; Sim
habitualmente os limites
dos períodos normais de
trabalho?

PNSOC 34 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

5 Conclusões

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 35 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 5 A concretização da 1.ª etapa do estudo SO*ARPSICO constituiu um


Conclusões importante contributo para o processo de desmaterialização do
Guia Técnico n.º 3 da DGS no plano organizacional e coletivo, quanto
às vertentes “fatores de risco” e “ocorrências críticas” e, simultanea-
mente, para a construção da “Ferramenta Tecnológica”, de suporte
aos Serviços de SST/SO, para a realização de avaliações de risco psi-
cossocial em contexto laboral.

No desenvolvimento desta etapa a DGS, através do PNSOC, cons-


tituiu um Grupo Delphi que integrou um painel de 12 peritos (1 de
uma Ordem Profissional e 11 de faculdades/instituições académi-
cas) da área da Psicologia do Trabalho e das Organizações, metodo-
logia que se revelou adequada para a obtenção de consenso sobre
matéria complexa como são os “riscos psicossociais”.

Durante a segunda consulta aos peritos, não obstante a existência


de diferentes experiências e opiniões, foi possível alcançar “consen-
so alargado” ou “consenso por unanimidade” às questões coloca-
das. O consenso obtido evidencia também a robustez e adequação
do Guia Técnico n.º 3 da DGS, ao confirmar a informação que consta
nesta publicação.

Sinalizam-se como principais resultados do estudo:

• A identificação das dimensões e respetivas questões de 12 ins-


trumentos (questionários ou escalas) validados para a popula-
ção portuguesa, processo que permitiu estabelecer um con-
junto de opções de avaliação para cada fator de risco e
ocorrência crítica (Quadro 4 e Anexo 2), que estarão dispo-
níveis na “Ferramenta Tecnológica” e poderão ser selecionadas
pelo utilizador;
• A construção de uma “versão integral” (Quadro 5 e Anexo 3),
que reúne uma seleção conjugada dos 12 instrumentos e suas
dimensões para avaliar os fatores de risco e ocorrências críticas,
indicados no Quadro 2, a disponibilizar na “Ferramenta Tecno-
lógica”;
• A construção de uma “versão simplificada” (Anexo 4) para
avaliação inicial do risco psicossocial em micro e pequenas em-
presas, que será disponibilizada na “Ferramenta Tecnológica”;
• A identificação de 12 “situações específicas” (Quadro 6) que,
quando presentes no contexto de trabalho, obrigam a uma ava-

PNSOC 36 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Capítulo 5 liação de risco psicossocial dirigida, com questões e dimensões


Conclusões próprias (Quadro 7), a disponibilizar na “Ferramenta Tecnológi-
ca”.

A inovação do estudo SO*ARPSICO é evidenciada não só pelos resul-


tados anteriores, mas também por três importantes características
processuais que alicerçam o processo de avaliação de risco psicos-
social da futura “Ferramenta Tecnológica”:

• Flexibilidade - todas as avaliações de risco psicossocial inte-


gram um conjunto mínimo de fatores de risco e ocorrências
críticas (que corresponde à recomendação de “versão simplifi-
cada”), ao qual o utilizador poderá acrescentar outras opções
(dimensões/questões) que considere necessárias, nomeada-
mente as que correspondem às “situações específicas”.
• Adaptabilidade - a possibilidade do utilizador conjugar dife-
rentes instrumentos, dimensões e questões para proceder à
avaliação de risco psicossocial em contexto laboral, permite a
adaptação desta avaliação aos diferentes contextos de trabalho,
setores de atividade e dimensões das empresas.
• Simplificação - a possibilidade do utilizador selecionar um dos
instrumentos já validados para a população portuguesa ou de
selecionar as opções de avaliação (dimensões/questões) para
cada fator de risco ou ocorrência crítica, são procedimentos fa-
cilitadores da construção on-line do instrumento a aplicar aos
trabalhadores de uma empresa e que reduzem o tempo da sua
elaboração.

De realçar que, sobretudo, as características de “flexibilidade” e


“adaptabilidade” da “Ferramenta Tecnológica” projetada promove-
rão avaliações de risco psicossocial mais dirigidas às características
das empresas e da população trabalhadora, o que potenciará o
estabelecimento de medidas de prevenção de riscos psicossociais
mais específicas e estruturadas.

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 37 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos

PNSOC 38 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

ANEXO 1 PERITOS DO GRUPO DELPHI “SO*ARPSICO”


Anexos

EQUIPA DE COORDENAÇÃO PERITO

José Rocha
DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE (DGS) Nogueira
Programa Nacional de Saúde Ocupacional (PNSOC)
Sandra Moreira

Consultora DGS/PNSOC da Maria José Chambel


Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

ENTIDADE PERITO

ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES Samuel Antunes

ACADEMIA
PERITO
(ordem alfabética)

ISCTE – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA Sara Ramos


Escola de Gestão

ISPA – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO Maria João Gouveia

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Sílvia Lopes


Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (Braga)

UNIVERSIDADE DE COIMBRA Leonor Pais


Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação

UNIVERSIDADE DE LISBOA Luís Curral


Faculdade de Psicologia

UNIVERSIDADE DE LISBOA Sónia P. Gonçalves


Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

UNIVERSIDADE DO ALGARVE Alexandra Gomes


Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

UNIVERSIDADE DO MINHO Ana Veloso


Escola de Psicologia

UNIVERSIDADE DO PORTO Filomena Jordão


Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação

UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA Carla Barros


Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

UNIVERSIDADE LUSÓFONA de Humanidades Catarina Gomes


e Tecnologia
Escola de Ciências Económicas e das Organizações

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 39 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

ANEXO 2 DIMENSÕES / QUESTÕES DOS INSTRUMENTOS POR FA-


Anexos
TOR DE RISCO E OCORRÊNCIA CRÍTICA

Nota: o texto a azul corresponde ao instrumento/à dimensão se-


lecionada no âmbito do estudo SO*ARPSICO. A frase com (*) indica a
justificação da seleção.

MONOTONIA DO TRABALHO

Instrumento: WDQ (*)

Variedade de competências (VC) - ESCALA INVERTIDA


37. A função/o meu trabalho exige uma variedade de competências.
38. A função/o meu trabalho obriga-me a utilizar uma variedade de
diferentes habilidades a fim de completar o trabalho.
39. A função/o meu trabalho exige-me o uso de um número de com-
petências complexas ou de alto nível.
40. A função/o meu trabalho requer o uso de um considerável nú-
mero de competências.

Variedade das Tarefas (VT) - ESCALA INVERTIDA


10. A função/o meu trabalho envolve uma grande variedade de ta-
refas.
11. A função/o meu trabalho consiste em fazer uma série de coisas
diferentes.
12. A função/o meu trabalho exige o desempenho de uma grande
amplitude de tarefas.
13. A função/o meu trabalho envolve desempenhar uma variedade
de tarefas.
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

REPETITIVIDADE DE TAREFAS

Instrumento: WDQ (*)

Variedade das Tarefas (VT) - ESCALA INVERTIDA


10. A função/o meu trabalho envolve uma grande variedade de ta-
refas.
11. A função/o meu trabalho consiste em fazer uma série de coisas
diferentes.

PNSOC 40 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos 12. A função/o meu trabalho exige o desempenho de uma grande


amplitude de tarefas.
13. A função/o meu trabalho envolve desempenhar uma variedade
de tarefas.
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

INTENSIDADE DO RITMO DE TRABALHO

Instrumento: COPSOQ III (*)

Ritmo de Trabalho
4. Precisa de trabalhar muito rapidamente?
5. Trabalha a um ritmo elevado ao longo de toda a jornada de tra-
balho?
(*) Instrumento mais adequado ao objetivo do estudo

Instrumento: INSAT

1.1 Ritmo e intensidade do trabalho


No meu trabalho estou exposto a situações de:
• ter que trabalhar a um ritmo intenso
• ter que depender de colegas para poder realizar o meu trabalho
• ter que depender dos pedidos diretos dos clientes, utentes
• ter que cumprir normas e/ou prazos rígidos (ex.: produção, quali-
dade, trabalhar por objetivos)
• ter que me adaptar permanentemente a mudanças dos métodos
ou instrumentos de trabalho (ex.: teletrabalho, uso de plataformas
informáticas, alterações no uso de espaços de circulação)
• não me ser dito claramente o que tenho que fazer
• ter que gerir instruções contraditórias
• ser frequentemente interrompido
• estar sempre a mudar de função e de tarefas dependendo das
necessidades da empresa/organização
• hiper-solicitação (ex.: exigências excessivas relacionadas com vá-
rias tarefas)
• ter que manter o olhar fixo sobre o trabalho, sem qualquer possi-
bilidade de o desviar

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 41 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos EXIGÊNCIA DO TRABALHO

a) Exigências físicas

Instrumento: WDQ (*)

Exigências físicas (EF)


67. A função/o meu trabalho exige uma grande endurance (ou
resistência) muscular.
68. A função/o meu trabalho exige uma grande quantidade de
força muscular.
69. A função/o meu trabalho exige muito esforço físico.
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

b) Exigências cognitivas

Instrumento: COPSOQ III

Exigências Cognitivas
6. O seu trabalho exige a sua atenção constante?
7. O seu trabalho requer que memorize muitas informações?
8. O seu trabalho requer que seja bom a propor novas ideias?
9. O seu trabalho exige que tome decisões difíceis?

Instrumento: WDQ (*)

Complexidade da função (CF)


25. A função/o meu trabalho exige que eu só faça uma tarefa ou
atividade de cada vez.
26. As tarefas na função/do meu trabalho são simples e descom-
plicadas (i).
27. A função/o meu trabalho compreende tarefas relativamente
simples (i).
28. A função/o meu trabalho envolve a realização de tarefas rela-
tivamente simples (i).

Processamento da Informação (PI)


29. A função/o meu trabalho obriga-me a monitorizar uma gran-
de quantidade de informações.

PNSOC 42 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos 30. A função/o meu trabalho obriga-me a pensar muito.


31. A função/o meu trabalho exige a minha atenção em mais de
uma coisa ao mesmo tempo.
32. A função/o meu trabalho exige-me a análise de muita infor-
mação.
(*) Instrumento mais adequado ao objetivo do estudo

Resolução de Problemas (RP)


33. A função/o meu trabalho envolve a resolução de problemas
que não têm respostas corretas óbvias.
34. A função/o meu trabalho exige-me ser criativo.
35. A função/o meu trabalho envolve muitas vezes lidar com pro-
blemas que eu não conhecia anteriormente.
36. A função/o meu trabalho exige ideias ou soluções únicas para
os problemas.

c) Exigências emocionais

Instrumento: COPSOQ III

Exigências Emocionais
10. O seu trabalho coloca-o/a em situações emocionalmente per-
turbadoras?
11. No seu trabalho tem de lidar com os problemas pessoais de
outras pessoas?
12. O seu trabalho exige emocionalmente de si?

Instrumento: INSAT

1.6 Exigências emocionais


No meu trabalho:
• tenho que me confrontar com exigências, queixas ou reclama-
ções do público
• tenho que confrontar-me com situações de tensão nas relações
com o público
• tenho medo da ocorrência de agressão verbal do público
• tenho medo da ocorrência de agressão física do público
• tenho que dar resposta às dificuldades e/ou sofrimento de ou-
tras pessoas
• tenho que simular a boa disposição e/ou empatia
• tenho que esconder as minhas emoções (por ex. medo, hostili-
dade, reprovação, preocupação…)

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 43 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Instrumento: EW (*)

Manifestação de afetos/emoções positivas


EP1. Com que frequência no seu trabalho tem que expressar
emoções positivas face aos clientes/ utentes/ entidades externas
(p.ex. ser amistoso ou amável)?
EP2. Com que frequência no seu trabalho tem que pôr de bom
humor os clientes/ utentes/ entidades externas (p.ex. agradan-
do-lhes)?
EP3. Com que frequência no seu trabalho tem que mostrar, de
acordo com a situação, diferentes emoções positivas face aos
clientes/ utentes/ entidades externas (p.ex. amigável, entusiasta
e esperançoso)?
EP5. Com que frequência tem que dar a impressão de que, você
próprio, está com um estado de humor positivo quando está a
lidar com os clientes/ utentes/ entidades externas (p. ex. de bom
humor)?

Manifestação de emoções negativas


EV1. Com que frequência no seu trabalho tem que expressar
emoções desagradáveis face aos clientes/ utentes/ entidades
externas (p.ex. ser rigoroso ou zangar-se se não se seguem as
regras)?
EV2. Com que frequência no seu trabalho tem que gerar nos
clientes/ utentes/ entidades externas um estado de humor nega-
tivo (p.ex. inquietude, provocar medo)?
EV3. Com que frequência no seu trabalho tem que mostrar, de
acordo com a situação, diferentes emoções negativas face aos
clientes/ utentes/ entidades externas (p.ex. desagrado e rigor)?
EV5. Com que frequência tem que dar a impressão de que, você
próprio, está com um estado de humor negativo quando está a
lidar com os clientes/ utentes/ entidades externas (p. ex. chatea-
do)?

Atender às emoções dos clientes/ utentes/ pessoas externas


ES1. Com que frequência no seu trabalho é necessário que tenha
empatia com as emoções do cliente/ utente/ pessoa externa?
ES2. Com que frequência é importante no seu trabalho saber
como se sente o cliente/ utente/ pessoa externa naquele mo-
mento?

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos ES3. Com que frequência é necessário, no seu trabalho, pôr-se


na situação do cliente/ utente/ pessoa externa?

Dissonância emocional
ED1. Com que frequência no seu trabalho deve reprimir as suas
emoções para dar a impressão que é “neutro”?
ED2. Com que frequência no seu trabalho deve expressar emo-
ções que não coincidem com os seus verdadeiros sentimentos
face ao cliente/ utente/ entidade externa?
ED3. Com que frequência no seu trabalho deve exibir emoções
agradáveis (ex. mostrar-se amigável) ou desagradáveis (ex. seve-
ridade) quando tem sentimentos de indiferença?
ED4. Com que frequência no seu trabalho acontece-lhe ter que
mostrar emoções que não estão de acordo com aquilo que real-
mente sente?
(*) Instrumento mais específico para a avaliação do fator

d) Exigências globais

Instrumento: JCQ (*)

Exigências do trabalho
18. O meu trabalho exige que eu trabalhe depressa.
19. O meu trabalho exige que eu trabalhe duramente.
21. Não tenho trabalho excessivo (i).
22. Não tenho tempo para fazer todo o meu trabalho.
25. Tenho que lidar com exigências contraditórias no meu traba-
lho.
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

INADEQUAÇÃO DA AUTONOMIA OU CONTROLO SOBRE


TRABALHO

Instrumento: COPSOQ III

Influência no Trabalho
13. Tem um elevado grau de influência nas decisões sobre o seu
trabalho?

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 45 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos 14. Pode influenciar a quantidade de trabalho que lhe compete a si?
15. Tem alguma influência sobre o tipo de tarefas que faz?
16. Tem alguma influência sobre o modo como faz o seu trabalho?

Controlo sobre o Tempo de Trabalho


20. Pode decidir quando faz as suas pausas?
21. Pode tirar férias mais ou menos quando deseja?
22. Pode fazer uma pausa no trabalho para falar com um/a colega?

Instrumento: INSAT

1.3 Autonomia e iniciativa


No meu trabalho estou exposto a situações de:
• ser obrigado a fazer o trabalho tal e qual como foi definido, sem
qualquer possibilidade de alteração
• ser obrigado a respeitar, de forma rígida, os momentos de pausa,
sem os poder escolher
• ter que obedecer a um horário de trabalho rígido, sem qualquer
possibilidade de pequenas alterações
• não poder participar nas decisões relativas ao meu trabalho

Instrumento: JCQ (*)

Controlo/ Autonomia
4. O meu trabalho, permite-me tomar as minhas próprias decisões.
6. No meu trabalho, tenho pouca liberdade de decisão (i).
8. No meu trabalho, tenho uma palavra a dizer.
(*) Instrumento mais adequado ao objetivo do estudo

Instrumento: WDQ

Autonomia no planeamento do trabalho (APT)


1. A função/o meu trabalho permite-me tomar as minhas próprias
decisões sobre como agendar o meu trabalho.
2. A função/o meu trabalho permite-me decidir sobre a ordem em
que as coisas são feitas no meu trabalho.
3. A função/o meu trabalho permite-me planear como eu faço o
meu trabalho.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Autonomia na Tomada de Decisão (ATD)


4. A função/o meu trabalho dá-me a possibilidade de usar minha
iniciativa pessoal ou julgamento na realização do trabalho.
5. A função/o meu trabalho permite-me tomar um monte de deci-
sões por conta própria.
6. A função/o meu trabalho dá-me autonomia significativa na toma-
da de decisões.

Autonomia nos métodos de Trabalho (AMT)


7. A função/o meu trabalho permite-me tomar decisões sobre os
métodos que eu uso para completar o meu trabalho.
8. A função/o meu trabalho dá-me uma oportunidade considerável
de independência e liberdade na forma como eu faço o meu traba-
lho.
9. A função/o meu trabalho permite-me decidir por conta própria
sobre como proceder para fazer o meu trabalho.

INADEQUAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Instrumento: COPSOQ III

Possibilidades de Desenvolvimento
17. O seu trabalho permite-lhe aprender coisas novas?
18. O seu trabalho permite-lhe usar as suas competências ou capa-
cidades?
19. O seu trabalho permite-lhe desenvolver as suas competências?

Instrumento: JCQ

Decisão
1. O meu trabalho permite-me aprender coisas novas (i)
2. O meu trabalho é repetitivo.
3. O meu trabalho requer criatividade (i).
5. O meu trabalho requer elevadas competências (i).
7. No meu trabalho, posso fazer coisas diferentes
9. O meu trabalho permite-me desenvolver competências (i).

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Instrumento: WDQ

Variedade de competências (VC)


37. A função/o meu trabalho exige uma variedade de competências.
38. A função/o meu trabalho obriga-me a utilizar uma variedade de
diferentes habilidades a fim de completar o trabalho.
39. A função/o meu trabalho exige-me o uso de um número de com-
petências complexas ou de alto nível.
40. A função/o meu trabalho requer o uso de um considerável nú-
mero de competências.

Especialização (E)
41. A função/o meu trabalho é altamente especializada(o) em ter-
mos de propósito, tarefas ou atividades.
42. As ferramentas, procedimentos, materiais utilizados neste traba-
lho são altamente especializados.
43. A função/o meu trabalho exige conhecimento e competências
muito especializadas.
44. A função/o meu trabalho exige profundidade de conhecimento
e experiência.

Instrumento: SPOQ (*)

Sobrequalificação Percebida
1. As minhas capacidades não são totalmente utilizadas neste tra-
balho.
2. A minha formação escolar deu-me conhecimentos e competên-
cias que ultrapassam o que preciso neste emprego.
3. Tenho mais conhecimentos e competências do que as que preci-
so para realizar este trabalho.
4. A minha experiência profissional é mais do que a necessária para
realizar este trabalho.
(*) Instrumento mais específico para a avaliação do fator

OBJETIVOS IRREALISTAS

Instrumento: COPSOQ III (*)

Transparência do Papel Laboral


34. O seu trabalho tem objetivos claros?
35. Sabe exatamente quais as suas responsabilidades?
36. Sabe exatamente o que é esperado de si?
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Auto-Eficácia
76. Sou sempre capaz de resolver problemas se tentar o suficiente.
77. É fácil seguir os meus planos e atingir os meus objetivos.

CONDIÇÕES INADEQUADAS DO AMBIENTE DE TRABALHO

Instrumento: WDQ (*)

Ergonomia (E)
64. A disposição dos assentos no trabalho é adequada (por exem-
plo, espaços amplos para sentar, cadeiras confortáveis, apoio pos-
tural bom).
65. O local de trabalho acomoda todas as diferenças de tamanho
entre as pessoas em termos de alcance, altura dos olhos, espaço
para as pernas, etc.
66. A função envolve alcances (ou distâncias) excessivos.

Condições de Trabalho (CT)


70. O local de trabalho está livre de ruído excessivo.
71. O clima no local de trabalho é confortável em termos de tempe-
ratura e humidade.
72. A função tem um baixo risco de acidente.
74. A função desempenha-se em um ambiente limpo.
73. A função envolve um ambiente livre de riscos para a saúde (por
exemplo, produtos químicos, gases, etc.).
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

FALTA DE REQUISITOS DO EQUIPAMENTO DE TRABALHO

Instrumento: WDQ

Uso de Equipamento (UE)


75. A função/o meu trabalho envolve a utilização de uma variedade
de equipamentos diferentes.
76. A função/o meu trabalho envolve a utilização de equipamento
ou tecnologia complexos.
77. Foi necessário muito tempo para aprender a trabalhar com o
equipamento utilizado na função/no meu trabalho.
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos CONSTRANGIMENTOS NO TEMPO DE TRABALHO

Instrumento: COPSOQ III

Exigências Quantitativas
1. A sua carga de trabalho acumula-se por ser mal distribuída?
2. Com que frequência fica com trabalho atrasado?
3. Com que frequência não tem tempo para completar todas as ta-
refas do seu trabalho?

Instrumento: INSAT (*)

1.2 Tempos de trabalho


No meu trabalho estou exposto a situações de:
• ter que ultrapassar o horário normal de trabalho
• levar trabalho para casa, para além do meu horário
• ter que dormir a horas pouco usuais por causa do trabalho
• ter que “saltar” ou encurtar uma refeição, ou nem realizar a pausa
por causa do trabalho
• não conhecer o meu horário de trabalho com antecedência (por
ex. dia seguinte, 1 semana, 1 mês, 3 meses)
• afastamento significativo que interfere com a rotina familiar ou so-
cial
• ter que manter disponibilidade permanente a qualquer hora do
dia (por ex. pessoalmente, por telefone, por email, …)
• fazer deslocações profissionais frequentes (ausência ou afasta-
mento significativo que interfere com a rotina familiar ou social)
(*) Instrumento mais adequado ao objetivo do estudo

O meu tempo total de trabalho efetivo, em média, por semana:


• Na empresa/organização onde exerço a atividade principal é … horas
• Incluindo outras atividades de trabalho (noutros locais ou mesmo
em casa) é … horas

Instrumento: WDQ

Identidade tarefa (IT)


18. A função/o meu trabalho envolve a condução de um trabalho
que tem um início e um fim visíveis.
19. A função/o meu trabalho está organizada(o) de modo a que eu
possa fazer uma peça inteira do ciclo de trabalho, desde o início ao
fim.

PNSOC 50 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos 20. A função/o meu trabalho dá-me a possibilidade de terminar


completamente as partes do trabalho que eu comecei.
21. A função/o meu trabalho permite-me completar o trabalho que
começo.

Interdependência iniciada (II)


51. A função/o meu trabalho obriga-me a realizar o meu trabalho
antes de outros completarem o seu trabalho.
52. Outros trabalhos dependem diretamente do meu trabalho.
53. A menos que o meu trabalho seja feito, outros trabalhos não
poderão ser completados.

Interdependência recebida (IR)


54. As atividades desta função/do meu trabalho são muito afetadas
pelo trabalho de outras pessoas.
55. A função depende do trabalho de muitas pessoas diferentes
para ser completado.
56. O meu trabalho não pode ser feito a menos que os outros façam o seu.

Interação fora da organização (IFO)


57. A função/o meu trabalho exige gastar uma grande parte do tem-
po com pessoas fora da minha organização.
58. A função/o meu trabalho envolve a interação com pessoas que
não são membros da minha organização.
59. Na função/o meu trabalho, eu comunico frequentemente com
pessoas que não trabalham para a mesma organização que eu.
60. A função/o meu trabalho envolve uma grande quantidade de
interação com as pessoas.

TURNOS

Instrumento: SSI (*)

Todas as questões do instrumento.

HORÁRIO NOTURNO

Instrumento: SSI (*)

Todas as questões do instrumento.

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 51 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos FALTA DE SUPORTE (OU APOIO) SOCIAL

Instrumento: COPSOQ III

Suporte Social de Colegas


44. Com que frequência tem ajuda e apoio dos seus colegas de tra-
balho, se necessário?
45. Com que frequência os seus colegas estão recetivos a ouvi-lo/a
sobre os seus problemas de trabalho, se necessário?
46. Com que frequência os seus colegas falam consigo sobre o seu
desempenho laboral?

Suporte Social de Superiores


47. Com que frequência a sua chefia direta fala consigo sobre como
está a decorrer o seu trabalho?
48. Com que frequência tem ajuda e apoio da sua chefia direta, se
necessário?
49. Com que frequência a sua chefia direta fala consigo sobre o seu
desempenho laboral?

Sentido de Pertença a Comunidade


50. Existe um bom ambiente de trabalho entre si e os seus colegas?
51. No seu local de trabalho sente-se parte de uma comunidade?
52. Existe uma boa cooperação entre os colegas de trabalho?

Instrumento: INSAT

1.4 Relações de trabalho com os colegas de trabalho e chefias


No meu trabalho:
• passo muitas horas num espaço onde me sinto pouco à vontade
(ex.: na presença da chefia; em open space, …)
• é frequente precisar de ajuda dos colegas e não a ter
• é raro conseguir trocar experiências com outros colegas para reali-
zar melhor o trabalho (por ex. dicas, truques, estratégias, …)
• é desconsiderada a minha opinião para o funcionamento do de-
partamento/secção
• é impossível exprimir-me à vontade
• sou pouco reconhecido pelos colegas
• não tenho ninguém em quem possa confiar
• não sou tratado de forma justa e com respeito por chefias

PNSOC 52 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Instrumento: JCQ (*)

Suporte da chefia
38. O meu supervisor preocupa-se com o bem-estar de seus subor-
dinados.
39. O meu supervisor presta atenção às coisas que eu digo.
41. O meu supervisor ajuda-me a fazer meu trabalho.
42. O meu supervisor promove o trabalho em equipa.

Suporte dos colegas


43. As pessoas com quem trabalho são competentes na realização
das suas tarefas.
44. As pessoas com quem trabalho interessam-se pelo que me
acontece.
46. As pessoas com quem trabalho são simpáticas.
47. As pessoas com quem trabalho ajudam-me na realização do
meu trabalho.
(*) Instrumento mais adequado ao objetivo do estudo

Instrumento: WDQ

Apoio Social
45. Eu tenho a oportunidade de desenvolver amizades na minha
função/no meu trabalho.
46. Eu tenho a possibilidade no meu trabalho de conhecer outras
pessoas.
47. Eu tenho a oportunidade de me encontrar com os outros no
meu trabalho.
49. As pessoas com quem trabalho têm um interesse pessoal em
mim.
50. As pessoas com quem trabalho são amigáveis.

CONFLITOS LABORAIS

Instrumento: COPSOQ III

Conflitos de Papéis Laborais


37. Faz coisas no seu trabalho com que uns concordam, mas outros não?
38. Por vezes tem de fazer coisas que deveriam ser feitas de outra
maneira?
39. Por vezes tem de fazer coisas que considera desnecessárias?

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 53 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Instrumento: INSAT

1.7 Conflitos éticos e de valores


No meu trabalho:
• tenho de fazer coisas que desaprovo
• a minha consciência profissional é abalada
• as coisas que faço são tidas como pouco importantes
• faltam-me os meios necessários para fazer um trabalho que con-
sidero bem feito

Instrumento: ICA (*)

Conflito relacional
Com que frequência considera existir tensão na sua equipa/unidade
de trabalho causada por cada uma das situações apresentadas:
1. Diferenças/divergências pessoais entre os membros da equipa/
elementos da unidade.
2. Desacordo acerca da distribuição do trabalho e das responsabi-
lidades.
3. Diferenças/divergências de personalidade entre os membros da
equipa/elementos da unidade.
4. Diferenças relacionadas com valores e atitudes entre os mem-
bros da equipa/elementos da unidade.

Conflito da tarefa
Com que frequência considera existir tensão na sua equipa/unidade
de trabalho causada por cada uma das situações apresentadas:
5. Diferentes opiniões acerca do trabalho que tem de ser feito.
6. Desacordo acerca do conteúdo das decisões.
7. Diferentes ideias acerca das regras e objetivos da equipa/da uni-
dade.
8. Divergências relativas ao papel que cada membro desempenha
na realização das tarefas.
9. Diferenças na forma como cada membro/elemento do grupo se
relaciona com os outros.
(*) Instrumento mais específico para a avaliação do fator

PNSOC 54 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos RELAÇÕES DE PODER E LIDERANÇA DISRUPTIVAS

Instrumento: COPSOQ III

Qualidade da Liderança
Em relação à sua chefia direta, até que ponto considera que…
40. Oferece aos indivíduos e ao grupo boas oportunidades de de-
senvolvimento/formação?
41. Faz um bom planeamento do trabalho?
42. É eficaz a resolver conflitos?
43. Dá prioridade à satisfação no trabalho?
(*) Única opção para a avaliação do fator psicossocial

CONFLITO “TRABALHO-FAMÍLIA”

Instrumento: COPSOQ III

Conflito Trabalho-Família
69. Sente que o seu trabalho lhe exige tanta energia, que acaba por
afetar a sua vida privada / familiar negativamente?
70. Sente que o seu trabalho lhe exige tanto tempo, que acaba por
afetar a sua vida privada / familiar negativamente?
71. As exigências do seu trabalho interferem com a sua vida privada
e familiar?

Instrumento: WFC (*)

Interferência do trabalho na família baseado no tempo


1. O meu trabalho faz com que não possa estar tanto com a minha
família como gostaria.
2. O tempo que tenho de dedicar ao meu trabalho não permite de-
dicar-me de igual modo a atividades e responsabilidades da casa.
3. Tenho de faltar a atividades familiares devido ao tempo que tenho
de dedicar ao trabalho.

Interferência do trabalho na família baseado na tensão


4. Quando chego a casa do trabalho estou frequentemente dema-
siado exausto para participar em atividades/responsabilidades fa-
miliares.
5. Muitas vezes, quando chego a casa do trabalho, estou tão esgota-
do emocionalmente que isso impede de me dedicar à minha família.

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 55 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos 6. Devido a todas as pressões no trabalho, por vezes quando chego


a casa estou demasiado stressado para fazer as coisas que me dão
prazer.
(*) Instrumento mais específico para a avaliação do fator

Interferência do trabalho na família baseado no comportamento


7. O modo como resolvo problemas no meu trabalho não é eficaz na
resolução de problemas em casa.
8. O tipo de comportamentos que são eficazes e necessários para
mim no trabalho não resultariam em casa.
9. O tipo de comportamentos que me levam a ser eficaz no trabalho
não me ajudam a ser um melhor pai/mãe e esposo(a)/companhei-
ro(a).

INSEGURANÇA NO EMPREGO

Instrumento: COPSOQ III

Insegurança Laboral
53. Sente-se preocupado/a em ficar desempregado/a?
54. Sente-se preocupado/a com a dificuldade em encontrar outro
trabalho se ficar desempregado/a?

Insegurança com as Condições de Trabalho


55. Sente-se preocupado/a em ser transferido/a para outro posto
de trabalho contra a sua vontade?
56. Preocupa-o/a que o seu horário de trabalho (turno, dias úteis,
hora de entrada e saída...) seja mudado contra sua vontade?
57. Sente-se preocupado/a com uma diminuição na sua retribuição
(redução, introdução de remuneração variável...)?

Instrumento: JI (*)

1. Provavelmente, perderei o meu emprego em breve.


2. Tenho a certeza que perderei este emprego.
3. Sinto-me inseguro com o meu futuro, neste emprego.
4. Eu sinto que posso perder este emprego num futuro próximo.
(*) Instrumento mais específico para a avaliação do fator

PNSOC 56 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos ASSÉDIO

Instrumento: INSAT (*)

No meu trabalho estou exposto a:


• assédio sexual (ex.: piropos, insinuações verbais, contacto físico
forçado, …)
• assédio moral (ex.: intimidação, hostilidade, humilhação, …)
(*) Instrumento mais adequado ao objetivo do estudo

No meu trabalho estou exposto à sensação de (tendo em atenção


que sentir discriminação é ser “afastado, separado, prejudicado ou
tratado de forma diferente”):
• discriminação sexual
• discriminação ligada à idade
• discriminação relacionada com a nacionalidade
• discriminação relacionada com uma deficiência física ou mental
• discriminação relacionada com a orientação sexual

Instrumento: LIPT

Todas as questões do instrumento.

VIOLÊNCIA

Instrumento: LIPT

Efeitos na Saúde
39. Obrigam-no a realizar trabalhos nocivos ou perigosos.
40. Ameaçam-no com violência física.
41. Recebe ataques físicos leves, como advertência.
42. Atacam-no fisicamente sem nenhuma consideração.
43. Ocasionam-lhe propositadamente despesas para o prejudicar.
44. Ocasionam-lhe danos no seu domicílio ou no seu posto de tra-
balho.
45. Recebe agressões sexuais físicas diretas.

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 57 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Instrumento: CVQ (*)

Nos últimos 3 meses quantas vezes alguém:


1. Gritou consigo
2. O insultou propositadamente
3. O amaldiçoou
4. Saiu do escritório e bateu com a porta
5. Atirou um objeto ao chão ou contra a parede
6. Deixou cair objetos, mobília ou pontapeou o mobiliário do escri-
tório
7. Ameaçou fazer queixa de si ao seu superior
8. Ameaçou danificar os seus bens
9. Ameaçou-o em geral (e.g., vai arrepender-se disto)
10. Ameaçou causar danos físicos a si ou à sua família
11. O puxou ou empurrou com força
12. O esbofeteou, pontapeou ou esmurrou
13. O magoou de forma a que tenha precisado de cuidados médicos (e.g.,
pensos rápidos)
14. O magoou de forma a que tenha precisado de cuidados médicos
(e.g., ossos partidos, suturas)
(*) Instrumento mais específico para a avaliação do fator

ACONTECIMENTOS DE EMERGÊNCIA OU CATÁSTROFE

Instrumento: inexistente.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos ANEXO 3 DIMENSÕES / QUESTÕES SELECIONADAS POR FATOR


DE RISCO E OCORRÊNCIA CRÍTICA – “versão integral”

MONOTONIA DO TRABALHO

Instrumento: WDQ

Variedade de competências (VC) - ESCALA INVERTIDA


37. A função/o meu trabalho exige uma variedade de competências.
38. A função/o meu trabalho obriga-me a utilizar uma variedade de
diferentes habilidades a fim de completar o trabalho.
39. A função/o meu trabalho exige-me o uso de um número de com-
petências complexas ou de alto nível.
40. A função/o meu trabalho requer o uso de um considerável nú-
mero de competências.

Variedade das Tarefas (VT)- ESCALA INVERTIDA


10. A função/o meu trabalho envolve uma grande variedade de ta-
refas.
11. A função/o meu trabalho consiste em fazer uma série de coisas
diferentes.
12. A função/o meu trabalho exige o desempenho de uma grande
amplitude de tarefas.
13. A função/o meu trabalho envolve desempenhar uma variedade
de tarefas.

REPETITIVIDADE DE TAREFAS

Instrumento: WDQ

Variedade das Tarefas (VT) - ESCALA INVERTIDA


10. A função/o meu trabalho envolve uma grande variedade de ta-
refas.
11. A função/o meu trabalho consiste em fazer uma série de coisas
diferentes.
12. A função/o meu trabalho exige o desempenho de uma grande
amplitude de tarefas.
13. A função/o meu trabalho envolve desempenhar uma variedade
de tarefas.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos INTENSIDADE DO RITMO DE TRABALHO

Instrumento: COPSOQ III

Ritmo de Trabalho
4. Precisa de trabalhar muito rapidamente?
5. Trabalha a um ritmo elevado ao longo de toda a jornada de
trabalho?

EXIGÊNCIA DO TRABALHO

a) Exigências físicas

Instrumento: WDQ

Exigências físicas (EF)


67. A função/o meu trabalho exige uma grande endurance (ou
resistência) muscular.
68. A função/o meu trabalho exige uma grande quantidade de
força muscular.
69. A função/o meu trabalho exige muito esforço físico.

b) Exigências cognitivas

Instrumento: WDQ

Processamento da Informação (PI)


29. A função/o meu trabalho obriga-me a monitorar uma grande
quantidade de informações.
30. A função/o meu trabalho obriga-me a pensar muito.
31. A função/o meu trabalho exige a minha atenção em mais de
uma coisa ao mesmo tempo.
32. A função/o meu trabalho exige-me a análise de muita infor-
mação.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos c) Exigências emocionais

Instrumento: EW

Dissonância emocional
ED1. Com que frequência no seu trabalho deve reprimir as suas
emoções para dar a impressão que é “neutro”?
ED2. Com que frequência no seu trabalho deve expressar emo-
ções que não coincidem com os seus verdadeiros sentimentos
face ao cliente/ utente/ entidade externa?
ED3. Com que frequência no seu trabalho deve exibir emoções
agradáveis (ex. mostrar-se amigável) ou desagradáveis (ex. seve-
ridade) quando tem sentimentos de indiferença?
ED4. Com que frequência no seu trabalho acontece-lhe ter que
mostrar emoções que não estão de acordo com aquilo que real-
mente sente?

d) Exigências globais

Instrumento: JCQ

Exigências do trabalho
18. O meu trabalho exige que eu trabalhe depressa.
19. O meu trabalho exige que eu trabalhe duramente.
21. Não tenho trabalho excessivo (i).
22. Não tenho tempo para fazer todo o meu trabalho.
25. Tenho que lidar com exigências contraditórias no meu traba-
lho.

INADEQUAÇÃO DA AUTONOMIA OU CONTROLO SOBRE


TRABALHO

Instrumento: JCQ

Controlo/ Autonomia
4. O meu trabalho, permite-me tomar as minhas próprias decisões.
6. No meu trabalho, tenho pouca liberdade de decisão (i).
8. No meu trabalho, tenho uma palavra a dizer.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos INADEQUAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Instrumento: SPOQ

Sobrequalificação Percebida
1. As minhas capacidades não são totalmente utilizadas neste tra-
balho.
2. A minha formação escolar deu-me conhecimentos e competên-
cias que ultrapassam o que preciso neste emprego.
3. Tenho mais conhecimentos e competências do que as que preci-
so para realizar este trabalho.
4. A minha experiência profissional é mais do que a necessária para
realizar este trabalho.

OBJETIVOS IRREALISTAS

Instrumento: COPSOQ III

Transparência do Papel Laboral


34. O seu trabalho tem objetivos claros?
35. Sabe exatamente quais as suas responsabilidades?
36. Sabe exatamente o que é esperado de si?

CONDIÇÕES INADEQUADAS DO AMBIENTE DE TRABALHO

Instrumento: WDQ

Condições de Trabalho (CT)


70. O local de trabalho está livre de ruído excessivo.
71. O clima no local de trabalho é confortável em termos de tempe-
ratura e humidade.
72. A função tem um baixo risco de acidente.
73. A função envolve um ambiente livre de riscos para a saúde (por
exemplo, produtos químicos, gases, etc.).
74. A função desempenha-se em um ambiente limpo.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos FALTA DE REQUISITOS DO EQUIPAMENTO DE TRABALHO

Instrumento: WDQ

Uso de Equipamento (UE)


75. A função/o meu trabalho envolve a utilização de uma variedade
de equipamentos diferentes.
76. A função/o meu trabalho envolve a utilização de equipamento
ou tecnologia complexos.
77. Foi necessário muito tempo para aprender a trabalhar com o
equipamento utilizado na função/no meu trabalho.

CONDIÇÕES INADEQUADAS DO AMBIENTE DE TRABALHO

Instrumento: INSAT

1.2 Tempos de trabalho


No meu trabalho estou exposto a situações de:
• ter de ultrapassar o horário normal de trabalho
• levar trabalho para casa, para além do meu horário
• ter de dormir a horas pouco usuais por causa do trabalho
• ter que “saltar” ou encurtar uma refeição, ou nem realizar a pausa
por causa do trabalho
• não conhecer o meu horário de trabalho com antecedência (por
ex. dia seguinte, 1 semana, 1 mês, 3 meses)
• afastamento significativo que interfere com a rotina familiar ou so-
cial
• ter de manter disponibilidade permanente a qualquer hora do dia
(por ex. pessoalmente, por telefone, por email, ...)
• fazer deslocações profissionais frequentes (ausência ou afasta-
mento significativo que interfere com a rotina familiar ou social)

TURNOS

Instrumento: SSI

Todas as questões do instrumento.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos HORÁRIO NOTURNO

Instrumento: SSI

Todas as questões do instrumento.

FALTA DE SUPORTE (OU APOIO) SOCIAL

Instrumento: JCQ

Suporte da chefia
38. O meu supervisor preocupa-se com o bem-estar de seus subor-
dinados.
39. O meu supervisor presta atenção às coisas que eu digo.
41. O meu supervisor ajuda-me a fazer meu trabalho.
42. O meu supervisor promove o trabalho em equipa.

Suporte dos colegas


43. As pessoas com quem trabalho são competentes na realização
das suas tarefas.
44. As pessoas com quem trabalho interessam-se pelo que me
acontece.
46. As pessoas com quem trabalho são simpáticas.
47. As pessoas com quem trabalho ajudam-me na realização do
meu trabalho.

CONFLITOS LABORAIS

Instrumento: ICA

Conflito relacional
Com que frequência considera existir tensão na sua equipa/unidade
de trabalho causada por cada uma das situações apresentadas:
1. Diferenças/divergências pessoais entre os membros da equipa/
elementos da unidade.
2. Desacordo acerca da distribuição do trabalho e das responsabi-
lidades.
3. Diferenças/divergências de personalidade entre os membros da
equipa/elementos da unidade.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos 4. Diferenças relacionadas com valores e atitudes entre os mem-


bros da equipa/elementos da unidade.

Conflito da tarefa
Com que frequência considera existir tensão na sua equipa/unidade
de trabalho causada por cada uma das situações apresentadas:
5. Diferentes opiniões acerca do trabalho que tem de ser feito.
6. Desacordo acerca do conteúdo das decisões.
7. Diferentes ideias acerca das regras e objetivos da equipa/da uni-
dade.
8. Divergências relativas ao papel que cada membro desempenha
na realização das tarefas.
9. Diferenças na forma como cada membro/elemento do grupo se
relaciona com os outros.

RELAÇÕES DE PODER E LIDERANÇA DISRUPTIVAS

Instrumento: COPSOQ III

Qualidade da Liderança
Em relação à sua chefia direta, até que ponto considera que...
40. Oferece aos indivíduos e ao grupo boas oportunidades de de-
senvolvimento/formação?
41. Faz um bom planeamento do trabalho?
42. É eficaz a resolver conflitos?
43. Dá prioridade à satisfação no trabalho?

CONFLITO “TRABALHO-FAMÍLIA”

Instrumento: WFC

Interferência do trabalho na família baseado no tempo


1. O meu trabalho faz com que não possa estar tanto com a minha
família como gostaria.
2. O tempo que tenho de dedicar ao meu trabalho não permite de-
dicar-me de igual modo a atividades e responsabilidades da casa.
3. Tenho de faltar a atividades familiares devido ao tempo que tenho
de dedicar ao trabalho.

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos Interferência do trabalho na família baseado na tensão


4. Quando chego a casa do trabalho estou frequentemente dema-
siado exausto para participar em atividades/responsabilidades fa-
miliares.
5. Muitas vezes, quando chego a casa do trabalho, estou tão esgota-
do emocionalmente que isso impede de me dedicar à minha família.
6. Devido a todas as pressões no trabalho, por vezes quando chego
a casa estou demasiado stressado para fazer as coisas que me dão
prazer.

INSEGURANÇA NO EMPREGO

Instrumento: JI

1. Provavelmente, perderei o meu emprego em breve.


2. Tenho a certeza que perderei este emprego.
3. Sinto-me inseguro com o meu futuro, neste emprego.
4. Eu sinto que posso perder este emprego num futuro próximo.

ASSÉDIO

Instrumento: INSAT

No meu trabalho estou exposto a:


• assédio sexual (ex.: piropos, insinuações verbais, contacto físico
forçado, ...)
• assédio moral (ex.: intimidação, hostilidade, humilhação, ...)

VIOLÊNCIA

Instrumento: CVQ

Nos últimos 3 meses quantas vezes alguém:


1. Gritou consigo
2. O insultou propositadamente
3. O amaldiçoou
4. Saiu do escritório e bateu com a porta
5. Atirou um objeto ao chão ou contra a parede

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos 6. Deixou cair objetos, mobília ou pontapeou o mobiliário do escri-


tório
7. Ameaçou fazer queixa de si ao seu superior
8. Ameaçou danificar os seus bens
9. Ameaçou-o em geral (e.g., vai arrepender-se disto)
10. Ameaçou causar danos físicos a si ou à sua família
11. O puxou ou empurrou com força
12. O esbofeteou, pontapeou ou esmurrou
13. O magoou de forma a que tenha precisado de cuidados médicos
(e.g., pensos rápidos)
14. O magoou de forma a que tenha precisado de cuidados médicos
(e.g., ossos partidos, suturas)

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DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

ANEXO 4 DIMENSÕES / QUESTÕES SELECIONADAS POR FATOR


Anexos
DE RISCO E OCORRÊNCIA CRÍTICA – “VERSÃO SIMPLIFICADA”

EXIGÊNCIA DO TRABALHO

Instrumento: JCQ

Exigências do trabalho
18. O meu trabalho exige que eu trabalhe depressa.
19. O meu trabalho exige que eu trabalhe duramente.
21. Não tenho trabalho excessivo (i).
22. Não tenho tempo para fazer todo o meu trabalho.
25. Tenho que lidar com exigências contraditórias no meu trabalho.

INADEQUAÇÃO DA AUTONOMIA OU CONTROLO SOBRE


TRABALHO

Instrumento: JCQ

Controlo/ Autonomia
4. O meu trabalho, permite-me tomar as minhas próprias decisões.
6. No meu trabalho, tenho pouca liberdade de decisão (i).
8. No meu trabalho, tenho uma palavra a dizer.

CONSTRANGIMENTOS NO TEMPO DE TRABALHO

Instrumento: INSAT

1.2 Tempos de trabalho


No meu trabalho estou exposto a situações de:
• ter que ultrapassar o horário normal de trabalho
• levar trabalho para casa, para além do meu horário
• ter que dormir a horas pouco usuais por causa do trabalho
• ter que “saltar” ou encurtar uma refeição, ou nem realizar a pausa
por causa do trabalho
• não conhecer o meu horário de trabalho com antecedência (por
ex. dia seguinte, 1 semana, 1 mês, 3 meses)
• afastamento significativo que interfere com a rotina familiar ou social
• ter que manter disponibilidade permanente a qualquer hora do

PNSOC 68 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos dia (por ex. pessoalmente, por telefone, por email, ...)
• fazer deslocações profissionais frequentes (ausência ou afasta-
mento significativo que interfere com a rotina familiar ou social)

FALTA DE SUPORTE (OU APOIO) SOCIAL

Instrumento: JCQ

Suporte da chefia
38. O meu supervisor preocupa-se com o bem-estar de seus subor-
dinados.
39. O meu supervisor presta atenção às coisas que eu digo.
41. O meu supervisor ajuda-me a fazer meu trabalho.
42. O meu supervisor promove o trabalho em equipa.

Suporte dos colegas


43. As pessoas com quem trabalho são competentes na realização
das suas tarefas.
44. As pessoas com quem trabalho interessam-se pelo que me
acontece.
46. As pessoas com quem trabalho são simpáticas.
47. As pessoas com quem trabalho ajudam-me na realização do
meu trabalho.

RELAÇÕES DE PODER E LIDERANÇA DISRUPTIVAS

Instrumento: COPSOQ III

Qualidade da Liderança
Em relação à sua chefia direta, até que ponto considera que...
40. Oferece aos indivíduos e ao grupo boas oportunidades de de-
senvolvimento/formação?
41. Faz um bom planeamento do trabalho?
42. É eficaz a resolver conflitos?
43. Dá prioridade à satisfação no trabalho?

MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE 69 PNSOC


DOCUMENTO DE CONSENSO DE PERITOS NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO DO RISCO PSICOSSOCIAL EM CONTEXTO LABORAL

Anexos CONFLITO “TRABALHO-FAMÍLIA”

Instrumento: WFC

Interferência do trabalho na família baseado no tempo


1. O meu trabalho faz com que não possa estar tanto com a minha
família como gostaria.
2. O tempo que tenho de dedicar ao meu trabalho não permite de-
dicar-me de igual modo a atividades e responsabilidades da casa.
3. Tenho de faltar a atividades familiares devido ao tempo que tenho
de dedicar ao trabalho.

Interferência do trabalho na família baseado na tensão


4. Quando chego a casa do trabalho estou frequentemente dema-
siado exausto para participar em atividades/responsabilidades fa-
miliares.
5. Muitas vezes, quando chego a casa do trabalho, estou tão esgota-
do emocionalmente que isso impede de me dedicar à minha família.
6. Devido a todas as pressões no trabalho, por vezes quando chego
a casa estou demasiado stressado para fazer as coisas que me dão
prazer.

INSEGURANÇA NO EMPREGO

Instrumento: JI

1. Provavelmente, perderei o meu emprego em breve.


2. Tenho a certeza que perderei este emprego.
3. Sinto-me inseguro com o meu futuro, neste emprego.
4. Eu sinto que posso perder este emprego num futuro próximo.

ASSÉDIO

Instrumento: INSAT

No meu trabalho estou exposto a:


• assédio sexual (ex.: piropos, insinuações verbais, contacto físico
forçado, ...)
• assédio moral (ex.: intimidação, hostilidade, humilhação, ...)

PNSOC 70 MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE


Direção-Geral da Saúde
Alameda D. Afonso Henriques, 45
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Fax: +351 218 430 530
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