PCCMeio Ambiente

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 52

Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e


Tecnológica
Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Projeto Pedagógico de Curso do Curso Técnico em Meio Ambiente


Integrado ao Ensino Médio
AUTORIZADO PELA RESOLUÇÃO Nº 007, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2016.

Alvorada, 05 de julho de 2016.

Prof. Fábio Azambuja Marçal


Diretor Geral Pró-Tempore
Campus Alvorada – IFRS
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dilma Rousseff

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Michel Temer

MINISTRO DA EDUCAÇÃO
José Mendonça Bezerra Filho

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - SETEC


Marcos Antônio Viegas Filho

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO


GRANDE DO SUL – IFRS REITOR
Osvaldo Casares Pinto

PRÓ-REITORA DE ENSINO
Clarice Monteiro Escott

PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO
Viviane Silva Ramos

PRÓ-REITOR DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO


Eduardo Girotto

PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO
Tatiana Weber

PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL


José Eli Santos dos Santos
Corpo Dirigente do Campus:
Fábio Azambuja Marçal – Diretor Geral Pró-Tempore
Fone (51) 9103-1584 [email protected]

Guilherme Brandt de Oliveira – Diretor de Ensino


Fone (51) 9103-1584 [email protected]

Antônio Fernando Burkert Bueno – Diretor Administrativo e de Patrimônio


Fone (51) 9103-1584 [email protected]

Ademilde Irene Petzold Prado – Coordenadora de Ensino


Fone (51) 9103-1584 [email protected]

Luciana Delgado da Silva – Coordenadora de Extensão


Fone (51) 9103-1584 [email protected]

Márcia Fernanda Mello de Mendes – Coordenadora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação


Fone (51) 9103-1584 [email protected]
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Denominação do Curso: Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio


Forma de oferta: Integrado ao Ensino Médio
Modalidade: Presencial
Habilitação: Técnico em Meio Ambiente
Local de oferta: Campus Alvorada
Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde
Turno de funcionamento: manhã ou tarde
Número de vagas: 32
Periodicidade: anual
Carga horária total: 3.454 horas
Mantida: IFRS
Tempo de integralização: 4 anos
Tempo máximo de integralização: 8 anos
Diretor de Ensino: Guilherme Brandt de Oliveira
Fone (51) 9103-1584 [email protected]
Coordenador do curso: Neudy Alexandro Demichei
Fone (51) 9103-1584 [email protected]
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PPC

● Ademilde Irene Petzold Prado


● Elisângela Ribas dos Santos
● Fábio Azambuja Marçal
● Guilherme Brandt de Oliveira
● Jorge de Lima Brasil
● Luciana Delgado da Silva
● Márcia Fernanda de Mello Mendes

Neudy Alexandro Demichei


Sumário
1. Apresentação.........................................................................................................................7
2. Histórico............................................................................................................................... 8
3. Caracterização do Campus................................................................................................10
4. Justificativa.......................................................................................................... 13
5. Proposta político pedagógica do curso............................................................................. 16
5.1. Objetivo geral.......................................................................................................... 16
5.2. Objetivos específicos........................................................................................................17
5.3. Perfil do curso.......................................................................................................... 17
5.4. Perfil do egresso.......................................................................................................... 18
5.5. Diretrizes e atos oficiais.................................................................................................. 19
5.6. Formas de Ingresso.......................................................................................................... 19
5.7. Princípios filosóficos e pedagógicos do curso................................................................20
5.8. Representação gráfica do perfil de formação............................................................... 25
5.9. Orientação para construção da organização curricular do curso.............................. 26
5.9.1. Matriz curricular.......................................................................................................... 27
5.9.2. Atividades Complementares........................................................................................28
5.9.3. Programa por componentes curriculares...................................................................28
6. Estágio Curricular.......................................................................................................... 44
6.1. Não obrigatório.......................................................................................................... 44
7. Avaliação do processo de ensino e de aprendizagem...................................................... 44
7.1.1. Da recuperação paralela.............................................................................................. 46
7.1.2. Da Progressão Parcial.................................................................................................. 46
7.1.3. Critérios de aproveitamento de estudos e certificação de conhecimentos.............. 47
8. Metodologias de Ensino..................................................................................................... 47
9. Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão.................................................... 48
10. Acompanhamento Pedagógico........................................................................................ 49
11. Núcleo de Ações Afirmativas (NAAf) – Campus Alvorada.......................................... 49
12. Colegiado do Curso.......................................................................................................... 50
13. Quadro de pessoal.......................................................................................................... 50
13.1.1. Corpo docente................................................................................................... 50
13.1.2. Corpo técnico-administrativo....................................................................................51
14. Certificados e diplomas....................................................................................................51
15. Infraestrutura.......................................................................................................... 51
16. Casos omissos.......................................................................................................... 52
17. Referências.......................................................................................................... 52
7

1. Apresentação

O presente documento trata do Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Meio


Ambiente Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia - Campus Alvorada. Este projeto está fundamentado nas bases legais e nos
princípios norteadores presentes na Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96), no compromisso
firmado pela lei de criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Lei
Nº 11892/2008), no conjunto de leis, decretos, pareceres e referenciais curriculares que
normatizam a Educação Profissional no sistema educacional brasileiro, como o Catálogo
Nacional dos Cursos Técnicos. Estão presentes também, como marcos orientadores desta
proposta, as decisões institucionais traduzidas nos objetivos desta instituição e na
compreensão da educação como uma prática social.
A partir dos documentos supracitados e da perspectiva institucional que se tem
construído no Campus Alvorada, o objetivo é ofertar um curso Técnico na Área de Meio
Ambiente aos estudantes oriundos do Ensino Fundamental que pretendam adquirir
conhecimentos nesta área e concluir o Ensino Médio, de forma a poder prosseguir nos seus
percursos educativos e contribuir financeiramente para o sustento próprio e de sua família,
por meio do seu trabalho. O curso está elaborado de forma integrada, a estrutura curricular
proposta permite tanto uma formação geral, como também uma diplomação de Técnico em
Meio ambiente, constituindo uma formação mais ampla, favorecendo sua adaptação no
mundo do trabalho, tornando-o apto a agir como transformador da realidade.
A proposta curricular do Curso Técnico em Meio Ambiente está baseada na
perspectiva escola no território em todo o seu percurso, com os estudantes interagindo
continuamente com o entorno. O curso está organizado por áreas do conhecimento que irão
interagir com o território sob o enfoque da perspectiva do ambiente, saúde e sociedade.
Com duração de 4 anos, o curso possui a organização seguindo as diretrizes da
Organização Didática do IFRS, constituindo-se em:
I. Núcleo de base comum: conhecimentos e habilidades nas áreas de linguagens e
códigos, ciências humanas, matemática e ciências da natureza, vinculados à Educação
Básica, inclusive do nível anterior, como elementos essenciais para a formação integral e o
desenvolvimento do cidadão;
II. Núcleo profissional: correspondente ao eixo tecnológico Ambiente e Saúde,
compreendendo os fundamentos científicos, sociais, organizacionais, econômicos, políticos,
8

culturais, ambientais, estéticos e éticos que alicerçam as tecnologias e a contextualização no


sistema de produção social.
Sendo assim, este Plano de Curso busca atender ao novo paradigma de educação
profissional, que direciona a base de conhecimentos educacionais para o desenvolvimento de
saberes, incorporando a adoção de novos conceitos e princípios foco do trabalho educacional.
Ele também se fundamenta na preocupação global com a preservação e a exploração racional
do Meio Ambiente.

2. Histórico

O município de Alvorada está localizado na região metropolitana de Porto Alegre,


conta com uma população de 206 mil habitantes, em uma área de 71.311 km² (FEE, 2016). O
município é relativamente jovem, em 2015, completou-se 50 anos da sua emancipação de
Viamão.
Sobre o Campus Alvorada do IFRS, cabe destacar que a caminhada para a construção
de uma escola técnica nesta cidade vem de longa data. Em 2009, um grupo de lideranças
políticas da cidade esteve junto ao Ministério da Educação, em Brasília, articulando a
possibilidade da construção de uma escola técnica nesse município. Esta iniciativa parte da
visível política de atenção a este campo da educação, expressa na ampliação da Rede Federal
de Educação Tecnológica, a organização dessa rede nos Institutos Federais de Educação
Ciência e Tecnologia, e o grande investimento nas escolas estaduais através do programa
Brasil Profissionalizado, entre outras políticas em vigor na época. Ainda em 2009, ficou
acordado com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC-MEC) que
Alvorada seria contemplada pelo Brasil Profissionalizado, com investimentos na Escola
Estadual Gentil Viegas Cardoso e com a construção de uma Escola Técnica. Dentro dessa
política, a escola seria construída com recursos federais, mas gerida e mantida pelo Governo
do Estado do Rio Grande do Sul.
Com a política de expansão da Rede Federal em pleno exercício, o Instituto Federal
do Rio Grande do Sul (IFRS) ficou com a responsabilidade de expandir-se pela região
metropolitana de Porto Alegre. Devido ao perfil sócioeconômico de Alvorada, o IFRS
indicou esta cidade para implantar um de seus Campi com os municípios de Viamão e
Vacaria. Assim, Alvorada passou a fazer parte dessa instituição que tem sua Reitoria em
Bento Gonçalves e mais dezesseis Campi implantados, na Região da Serra Gaúcha, na
9

Capital do Estado, no Litoral nas Regiões Sul e Norte do estado. A prefeitura de Alvorada
teria de doar o terreno e disponibilizar a infraestrutura mínima (água, luz e saneamento) para
a efetivação da obra.
Em 2011, procurou-se o Governo do Estado para que o terreno que havia sido doado
pela prefeitura, por conta do do primeiro projeto (via Brasil Profissionalizado), fosse
transferido para a construção de um campus do IFRS.
Em 31 de outubro, foi realizada a primeira audiência pública na cidade, para
apresentar o Instituto Federal, sua potencialidade e objetivos na cidade. Na ocasião, foi
formado o Grupo de Trabalho (GT) que organizaria as futuras audiências definidoras dos
eixos tecnológicos a serem implantados em Alvorada. Organizado o GT, composto por
representantes dos empresários, dos trabalhadores, dos estudantes, do poderes executivo e
legislativo do município, por representantes do governo do estado do Rio Grande do Sul e
pelo IFRS, definiu-se a primeira reunião de trabalho para 15 de dezembro do referido ano.
No dia 1º de dezembro, a Reitora do IFRS, professora Cláudia Schiedeck Soares de
Souza, através da portaria 743 de 2012, indicou o servidor Fábio Azambuja Marçal como
representante do IFRS na implantação do Campus Alvorada. Em 15 de dezembro de 2011, o
GT reunido definiu que as audiências seriam descentralizadas, sendo efetivadas em cinco
bairros diferentes da cidade, e uma audiência final para apresentar os resultados indicados
pelas anteriores. Definiu-se que as escolas das redes públicas estaduais e municipais, bem
como setores vinculados à economia e cultura da cidade, seriam estratégicos nesse processo.
Dessa forma, organizou-se um calendário entre os meses de março e Abril de 2012 para
ocorrerem esses diálogos com a comunidade.
Em dezembro de 2012, foi efetivada a dominialidade do terreno para efetivação da
escola, de forma que o IFRS tornou-se proprietário do espaço, podendo efetivar a licitação
para a construção da obra.
Em junho de 2013, foi assinado o convênio entre o IFRS e a prefeitura de Alvorada,
de modo a ofertar cursos PRONATEC. No mesmo momento, foi inaugurado o escritório de
implantação em espaço cedido pelo prefeito municipal da cidade, através da secretaria da
educação. Assim, os gestores da implantação atuam no Centro de Educação Florestan
Fernandes, localizado na Rua Vereador Lauro Barcelos, 285, no bairro Água Viva.
Ao longo dos anos de 2013 e 2014, o campus ofertou cursos do Programa Nacional
Mulheres Mil e Pronatec, além de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) em Língua
Brasileira de Sinais (Libras) Básico.
10

No ano de 2015, ocorreu a abertura da primeira turma de curso técnico do Campus


Alvorada, de Tradução e Interpretação de Língua Brasileira de Sinais - Libras na forma
subsequente, com ingresso através de processo seletivo complementar. No segundo semestre
do mesmo ano, foi realizada uma parceria com o município de Alvorada e de Novo
Hamburgo, que viabilizou a oferta de um curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde aos
profissionais em exercício nessa área.
Finalmente, em 2016/02 está previsto o ingresso de 30 estudantes no curso Técnico
subsequente ao ensino médio de Processos Fotográficos.

3. Caracterização do Campus

Sublinhando alguns elementos que caracterizam o município de Alvorada, pode-se


destacar que a sua economia é baseada em serviços, 61%, especialmente o comércio, e
indústria, 38%. No ano de 1971, Alvorada constituiu seu polo industrial, fator que contribui
para a economia da região. Contudo, grande parte da população precisa se deslocar para
municípios vizinhos em busca de oportunidades de trabalho, especialmente para a capital
gaúcha, fato que caracteriza o município como cidade-dormitório (FEE, 2016).
Alvorada, como dito anteriormente, pertencia ao município de Viamão até o ano de
emancipação. A população que constituiu grande parte das moradias da região era
considerada como excedente dos municípios mais desenvolvidos, o que atribuiu, desde sua
origem, uma característica de maior vulnerabilidade dos cidadãos.
Podemos ver, no quadro abaixo, a partir de alguns dados apurados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística sobre a população do município e sua escolaridade, a
existência de um significativo passivo educacional:

Quadro 1: Indicadores socioeconômicos de Alvorada


Município Indicadores

População em 2010 195.673

População estimada em 2015 206.561

Área da unidade territorial (Km²) 71,311 km2


Alvorada
Densidade demográfica (hab/Km²) 2.743,94 hab/km2

Nº de Matrículas – Ano 2012

Total - Ensino fundamental 34.359


11

Ensino fundamental - escola pública estadual 14.868

Ensino fundamental - escola pública 17.312


municipal

Total - Ensino médio 7.624

Ensino médio - escola pública estadual 7.327

Ensino médio - escola pública federal 0

Ensino médio - escola privada 297

A análise dos dados econômicos nos mostra uma enorme prevalência do setor de
serviços sobre os setores de produção industrial e agropecuária. Abaixo, seguem os valores
do Produto Interno Bruto (PIB) de Alvorada, em comparação com o estado do Rio Grande do
Sul e o Brasil.

Quadro 2: Relação do Produto Interno Bruto de Alvorada com o Rio Grande do Sul e
o Brasil.

Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)

Variável Alvorada Rio Grande do Sul Brasil

Agropecuária 1.739 8.764.507 105.163.000

Indústria 291.618 37.475.448 539.315.998

Serviços 1.272.738 77.628.594 1.197.774.001

Assim, o PIB per capita apurado para o ano de 2012 é de R$ 8.599,33. Atualmente, a
cidade apresenta um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, apurado no ano de 2010
(IDHM 2010), de 0,699.
Em relação ao número de matrículas escolares no ensino fundamental, em 2012,
houve um total de 34.359, destas 14.868 em escolas estaduais e 17.312 em escolas municipais.
No ensino médio, um total de 7.624, 7.327 em escolas públicas estaduais e 297 em escolas
privadas. O município conta com 53 estabelecimentos de ensino, que atendem um total de 20
mil alunos. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Educação (2016), dentre essas
instituições, 14 são escolas públicas que ofertam Ensino Médio e 1 instituição privada que
oferta Ensino Superior. Fica evidente que existe uma lacuna de oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica em nível Superior. Atualmente, os estudantes interessados em
12

uma formação que vá além do Ensino Médio precisam se deslocar a outros municípios,
especialmente para Porto Alegre, onde se encontra a maior oferta educacional na rede pública
e privada. Nas audiências públicas para a implantação do campus, ocorreu a apresentação do
Instituto Federal e sua política; do estudo do perfil social, econômico e cultural da cidade; e
do catálogo dos cursos técnicos da educação profissional. Logo em seguida, a comunidade foi
dividida em pequenos grupos, de forma a sugerir os eixos técnicos a serem implantados em
Alvorada. Depois desse debate, as indicações surgidas seriam socializadas no grande grupo.
O GT teve o papel de tabular as indicações e verificar as possibilidades, de acordo com as
condições objetivas do Instituto Federal do Rio Grande do Sul.
Para implantar um campus do IFRS, que atendesse ao contexto da cidade, ocorreu o
chamamento da população para participação em audiências públicas. Estas aconteceram com
grande participação da comunidade. A metodologia foi encaminhada, conforme o combinado
em um GT - composto por servidores do IFRS e por membros da sociedade civil de Alvorada
- que coordenou os espaços de escuta dos alvoradenses.
Assim, as audiências indicaram os eixos com os quais o Campus Alvorada veio a
trabalhar, de acordo com os arranjos produtivos e culturais locais. Desta maneira, o campus
vem ofertar cursos técnicos nos seguintes eixos tecnológicos: Ambiente, Saúde e Segurança;
Gestão e Negócios; Informação e Comunicação; Produção Cultural e Design; e cursos da área
de formação profissional em Língua Brasileira de Sinais, dentro do eixo tecnológico
Desenvolvimento Educacional e Social.
Para implantar o Campus Alvorada, o IFRS tem a previsão de 70 docentes e 45
técnico-administrativos em educação atuando nesta instituição. Quando estiver plenamente
implantado, esta instituição deverá contemplar 1.200 estudantes regularmente matriculados
( Port. MEC 246/2016).
Estando de acordo com a Lei de Criação dos Institutos Federais (11.892/2008), o
Campus Alvorada prevê que 50% de suas vagas sejam ofertadas na educação básica,
prioritariamente no ensino médio integrado. Além disso, seus cursos têm como princípio a
integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
Neste sentido, atualmente, temos estudantes em cursos regulares de Tradução e
interpretação em Língua Brasileira de Sinais - Libras (formando-se a primeira turma no
primeiro semestre de 2015) e estudantes no curso de Agente Comunitário de Saúde. Cabe
esclarecer que esse é curso ofertado em parceira com a Escola do Hospital Conceição de
Porto Alegre, com turmas em Alvorada e Novo Hamburgo, compostas por agentes
comunitários vinculados às prefeituras municipais.
13

4. Justificativa

O desenvolvimento de um território está atrelado a diversos fatores que orbitam


sobre as temáticas econômicas, sociais e ambientais. Inserida à temática social, temos a
elevação dos níveis de escolaridade dos sujeitos presentes nesse território, elemento central
para o desenvolvimento econômico, diminuição da desigualdade social e preocupação com
o ambiente. Assim, o cenário atual de avanços dos conhecimentos científicos e tecnológicos
amplia a importância da educação formal da população, para assim, dinamizar a sua
capacidade de intervenção na sociedade e no mundo do trabalho.
Entretanto, para que estas afirmações sejam observadas, o processo educativo precisa
estar sintonizado com a realidade regional em que se inclui. A concretização desses
objetivos, com qualidade, faz parte do projeto de expansão e interiorização das Instituições
Federais de Educação. Partícipe desta política, o IFRS tem ampliado sua atuação em
diferentes municípios do estado do Rio Grande do Sul, com a oferta de cursos em diversas
áreas profissionais e do conhecimento, a partir da avaliação das demandas comunitárias por
formação. Assim, a implantação do Campus Alvorada do IFRS poderá contribuir
decisivamente para o desenvolvimento social e econômico da Região Metropolitana, sendo
esta a primeira Instituição Federal de Educação no município.
Nesse sentido, segundo Pacheco (2011), o governo federal, através do Ministério da
Educação, criou um modelo institucional absolutamente inovador em termos de proposta
político pedagógica: os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Essas
instituições têm suas bases em um conceito de educação profissional e tecnológica sem
similar em nenhum outro país. São 38 institutos, com 400 campi espalhados por todo o
território brasileiro, além de várias unidades avançadas, atuando em cursos técnicos (50%
das vagas), em sua maioria na forma integrada com o ensino médio.
Assim, uma das prioridades dos Institutos Federais é a oferta de cursos técnicos,
prioritariamente na forma integrada ao ensino médio, para os concluintes do ensino
fundamental”, como determina o inciso I do artigo 7º da Lei nº 11.892/2008, bem como
para o alcance da oferta de 50% (cinquenta por cento) de vagas para cursos técnicos,
percentual exigido no artigo 8º da mesma lei. Também continuará a “promover a integração
e a verticalização da educação básica à educação profissional e educação superior,
otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão”, como
14

determina o inciso III do artigo 6º da referida lei, uma vez que está prevista a abertura de
um curso superior no Eixo de Ambiente e Saúde, o trâmite de aprovação de um Proeja neste
eixo e a já existência de um subsequente.
Seguindo Pacheco (2011), entre as intencionalidades dos Institutos Federais está a
atuação em favor do desenvolvimento local e regional na perspectiva da construção da
cidadania. Para tanto, o autor destaca a necessidade da existência de um diálogo permanente
das instituições com a realidade local e regional. Em síntese, o educador afirma que os
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia constituem um novo desenho para a
Política de Educação, que traz como principal função a intervenção na realidade, cujo núcleo
consiste na irradiação das ações para o desenvolvimento local e regional. O papel que está
previsto para os Institutos Federais é o de garantir a perenidade das ações que visem
incorporar, antes de tudo, setores sociais que historicamente foram aliados dos processos de
desenvolvimento e modernização do Brasil. Para que a transformação social aconteça, é
necessário viabilizar aos grupos sociais que constituem o território a possibilidade de
participação e inserção nos diversos espaços públicos existentes. Nesse sentido, a interação
da instituição educacional com os diversos grupos e espaços que formam o território
constitui-se como uma ferramenta fundamental na construção de saberes, proporcionando aos
sujeitos condições para o desenvolvimento de conhecimentos necessários à consolidação e à
ampliação da cidadania.
Nesse sentido, considerando a realidade do território de Alvorada, vemos a presença
de problemas ambientais como uma das questões que afetam diretamente a qualidade de vida
da população que reside no município. Problemas ambientais que se manifestam com
enchentes que anualmente afetam parte da população local, a falta de saneamento básico,
como o tratamento de esgoto, a constituição de moradias irregulares e sem planejamento, a
degradação dos recursos hídricos, entre outros.
Diante dessa realidade, a constituição de Curso Técnico em Meio Ambiente Integrado
ao Ensino Médio possibilitará ao estudante uma perspectiva de totalidade do conhecimento,
onde os temas abordados no decorrer do curso poderão ser contextualizados conforme a
realidade local, estabelecendo uma visão sistêmica do processo de conhecimento. A
organização dos conhecimentos enfatiza o resgate da formação humana, considerando o
estudante como sujeito histórico, que produz sua existência pelo enfrentamento consciente da
realidade dada, produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por sua ação criativa.
Faz-se necessário o comprometimento em sustentar uma proposta de formação consistente e
ideal para os estudantes que ingressarem no IFRS Campus Alvorada, de forma a contribuir
15

para a constituição do sujeito autônomo, criativo, crítico e cidadão, com a perspectiva da


elevação do desenvolvimento socioeconômico do município de Alvorada e da Região
Metropolitana de Porto Alegre.
Somada à realidade local, temos a realidade nacional. No tocante à questão ambiental,
a legislação ambiental brasileira se apresenta como uma das mais completas do mundo, são
mais de 17 ferramentas legais que visam garantir a preservação do grande patrimônio natural
do país. Neste sentido, o foco cada vez maior e o crescimento das atividades relacionadas a
questões ambientais acabam por refletir uma demanda do mercado de trabalho para Técnicos
em Meio Ambiente. Desta forma, considerando o exposto e seguindo a premissa do artigo 4º
da Resolução CNE/CEB N° 04/99 (que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Profissional de Nível Técnico), o Campus Alvorada do IFRS apresenta a proposta
de inclusão do Curso Técnico Integrado em Meio Ambiente, buscando atender às demandas
dos cidadãos, do mercado e da sociedade.
A área profissional de meio ambiente necessita de profissionais que desenvolvam
atividades relacionadas à preservação de ecossistemas, redução de emissões atmosféricas,
minimização de resíduos, eficiência energética, implementação de novas tecnologias, entre
outras. Atualmente, existem demandas de diversos setores da sociedade por profissionais
técnicos em meio ambiente, como os setores de energias renováveis, reciclagem e tratamento
de resíduos sólidos e de efluentes industriais, transporte público, construções de
equipamentos com eficiência no uso de energia, agricultura e florestas sustentáveis, serviços
ambientais, entre outros. Em muitos casos, há falta destes profissionais no mercado. O
Técnico em Meio Ambiente será um facilitador no desenvolvimento de ações de preservação
ambiental, redução de emissões nocivas, minimização de resíduos, eficiência energética,
implementação de novas tecnologias, tratamento de resíduos, entre outros, atuando junto a
órgãos governamentais e não governamentais, indústrias, empresas de serviços e consultorias.
Analisando as grandes modificações ambientais vistas ao longo dos últimos anos,
pode-se perceber, por parte da população mundial, um movimento de reflexão e mudança de
comportamento. Os profissionais dessa área de atuação são vitais para esse processo de
transformação comportamental e igualmente importantes na manutenção e na ampliação de
ações que visem à aplicação de tecnologias sustentáveis, as quais protegem o meio ambiente
da ação devastadora do desenvolvimento industrial sem o devido controle ambiental.
Tais perspectivas se alinham com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que prevê
a qualificação para o trabalho como objetivo da educação básica, ou seja, oportunizar ao
educando o aprender a fazer, que consista não só na aquisição dos conhecimentos para
16

inserção no mundo do trabalho, como também a aprendizagem integral dos valores da


responsabilidade, criatividade, ética e empatia.
A partir da constituição de um currículo integrado, que trabalha de forma articulada
os conhecimentos profissionais e de formação geral, associada ao estabelecimento nas
últimas décadas, cada vez maior, da preocupação com o meio ambiente em função dos
recursos naturais existentes em território brasileiro, surge a relevância de um curso como o
ora apresentado.
Tal fato exige de nosso país não só o devido interesse da comunidade externa, mas
também em função de nossa própria necessidade de sobrevivência, a formação de
profissionais cada vez mais capacitados quanto à busca de uma relação harmoniosa e
sustentável com o ambiente onde vivemos e do qual dependemos. Esta maior capacitação,
por consequência, exige cada vez mais cedo a formação de profissionais com conhecimentos
especializados na área ambiental, que possam atuar compreendendo que todas as políticas de
desenvolvimento econômico de uma região devem estar associadas à melhoria da qualidade
de vida, à conservação e utilização da natureza, desenvolvimento e inovação do aparato
tecnológico de suporte e atenção à saúde. Abrangem ações de proteção e preservação dos
seres vivos e dos recursos ambientais, da segurança de pessoas e comunidades, do controle e
avaliação de risco e programas de educação ambiental.

5. Proposta político pedagógica do curso

5.1. Objetivo geral

O Curso Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio tem como objetivo
geral a formação de sujeitos críticos, para interagirem com a comunidade no território em
que estão inseridos, atuando de forma crítica, ética e reflexiva para desenvolver suas
atividades profissionais, como a identificação e controle dos impactos socioambientais das
atividades produtivas, na gestão sustentável de empreendimentos; na elaboração e
implementação de políticas públicas e na manutenção da qualidade ecológica e ambiental
dos ecossistemas.
17

5.2. Objetivos específicos

- Preparar os estudantes para trabalharem e atenderem às diversas demandas


existentes na área ambiental.
- Desenvolver o senso crítico dos estudantes, fundamentando-se em parâmetros
legais, éticos e profissionais.
- Oferecer uma formação profissional abrangente, de forma a subsidiar a atuação nas
áreas da saúde, saneamento básico, licenciamento ambiental, gestão ambiental e
educação ambiental.
- Possibilitar ao estudante o conhecimento da legislação ambiental e dos órgãos
públicos responsáveis pela gestão ambiental no Brasil e no estado.
- Desenvolver saberes para observação e interpretação de paisagens e aspectos
ambientais em escala local e regional.
- Desenvolver saberes para interpretar e elaborar mapas, de acordo com as técnicas
cartográficas, subsidiando o desenvolvimento de trabalhos que necessitem de
conhecimentos específicos de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento.
- Preparar o estudante para atuar na elaboração de estudos ambientais.
- Desenvolver projetos e programas de educação ambiental.
- Propor alternativas para resolução de problemas ambientais, a partir da análise e
diagnóstico da realidade local e regional.
- Estimular a construção da identidade do estudante, enquanto ator social e político.
- Organizar e relacionar a informação e utilização das habilidades e saberes
desenvolvidos nas diferentes áreas do conhecimento, demonstrando compreensão dos
fundamentos científico-tecnológicos e da inter-relação entre teoria e prática.

5.3. Perfil do curso

O Curso Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio está estruturado


numa perspectiva de desenvolver uma formação profissional ampla, que possibilita atender à
demanda significativa por esses profissionais na Região Metropolitana de Porto Alegre,
valorizando, assim, a geração de trabalho e renda, de forma a responder às necessidades
sociais e ambientais da área de abrangência do Campus Alvorada. O curso busca formar
18

profissionais técnica e politicamente preparados para atender às demandas da sociedade,


visando à compreensão da complexidade da relação da sociedade com a natureza e os
possíveis desdobramentos dessa relação.
Com base em conhecimentos multidisciplinares, que serão trabalhados a partir de
diferentes práticas pedagógicas, como aulas teóricas e práticas, leituras e estudos de caso a
partir do território, desenvolveremos uma visão integrada dos problemas socioambientais e
das técnicas adequadas e disponíveis para a sua gestão na busca da sustentabilidade
ambiental e do desenvolvimento socioeconômico local.
Nesse sentido, além do desenvolvimento de atividades em sala de aula, buscaremos
o desenvolvimento de Visitas Técnicas, Trabalhos de Campo e Atividades de Laboratórios,
possibilitando o conhecimento dos processos produtivos locais; a gestão ambiental adotada
pelos sistemas produtivos e as tecnologias utilizadas para a minimização das alterações nos
diferentes compartimentos ambientais; a observação do território e análises de amostras
ambientais.

5.4. Perfil do egresso

O técnico em Meio Ambiente, em consonância com o Catálogo Nacional dos Cursos


Técnicos, ao concluir sua formação, estará apto a:
- compreender a sociedade, sua constituição e transformação, bem como o seu papel como
agente social;
- coletar, armazenar e interpretar informações, dados e documentações ambientais;
- colaborar na elaboração de laudos, relatórios e estudos ambientais;
- auxiliar na elaboração, acompanhamento e execução de sistemas de gestão ambiental;
- atuar na organização de programas de educação ambiental, de conservação e preservação de
recursos naturais;
- identificar as intervenções ambientais, analisar suas consequências e operacionalizar a
execução de ações para preservação, conservação, otimização, minimização e remediação dos
seus efeitos.
- promover o desenvolvimento racional dos recursos naturais e operar estações de tratamento
de água, efluentes e de resíduos sólidos.
- gerenciar e executar o controle ambiental das diversas atividades impactantes, dentro das
perspectivas do desenvolvimento sustentável.
19

5.5. Diretrizes e atos oficiais

- Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da


Educação Nacional (atualizada);
- Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos;
- Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes;
- Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências;
- Decreto nº 8.268, de 18 de junho de 2014. Altera o Decreto nº 5.154, de 23 de julho
de 2004, que regulamenta o § 2º do art. 36 e os Arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996;
- Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do Art. 36 e os Arts. 39
a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da Educação Nacional e dá outras providências;
- Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental;
- Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012. Estabelece Diretrizes Nacionais para a
Educação em Direitos Humanos;
- Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena. Conforme Lei nº
9.394/96, com redação dada pelas Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008 e pela
Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004;
- Lei nº 12.287, de 13/07/2010, referente ao ensino da Arte;
- Lei nº 11.769, de 18/08/2008, referente ao ensino da Música na Educação Básica;
- Lei nº 11.161, de 5/08/2005, que dispõe sobre o ensino da Língua Espanhola;
- Lei nº 11.684, de 02/06/2008, que estabelece a inclusão da Filosofia e da Sociologia
como disciplinas obrigatórias nos currículos do Ensino Médio;
- Resolução CNE/CEB nº 01/2014;
- Resolução CNE/CEB nº 06/2012;
- Resolução CNE/CEB nº 02/2012;
- Resolução Confea nº 473, de 26 de novembro de 2002;
- Resolução Normativa CFQ nº 198, de 17 de dezembro de 2004.

5.6. Formas de Ingresso

O candidato ao Curso Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio deve


ter concluído o Ensino Fundamental e ser aprovado no processo de ingresso discente
organizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
(IFRS).
20

Todo processo deverá ocorrer em concordância com as legislações vigentes e


normativas do IFRS, a saber:

I. Lei nº 12.711, de 29/08/2012;


II. Decreto nº 7.824, de 11/10/2012;
III. Portaria Normativa nº 18 de 11/10/2012, do MEC;
IV. Resolução do CONSUP do IFRS, que regulamenta as normas para o Processo
de Ingresso Discente;
V. Política de Ingresso Discente do IFRS;
VI. Edital de Processo de Ingresso Discente Unificado.

5.7. Princípios filosóficos e pedagógicos do curso

A educação é um processo contínuo, cumulativo e gradativo, em todos têm acesso à


cultura acumulada pela humanidade, ou seja, nos educamos durante toda a vida e nas
diferentes situações. Além disso, vamos construindo novos conceitos que vão sendo
agregados aos já assimilados, de acordo com o ritmo de cada ser humano.

A compreensão que se tem de ser humano “é de um ser histórico, cultural, inacabado,


é um ser de relações que, na convivência com outros seres, se constitui (IFRS/ PPI, 2012).
Desse modo, a educação é a ação exercida inicialmente pelas gerações adultas sobre as novas,
no entanto, quando as gerações mais novas tornam-se preparadas para a vida social, passam a
contribuir para a elaboração dos saberes populares, científicos e tecnológicos.

Sendo assim, os processos educativos ocorrem de maneira intencional - com


programações previamente estabelecidas - e não intencional, quando o ser humano adquire a
educação pela convivência social. A escola é uma instituição especializada na educação,
direito público subjetivo de todos e todas, independente de sua idade. Tem a finalidade de
levar os educandos a conhecerem o patrimônio acumulado pela humanidade e, além disso,
auxiliar os mesmos na busca do aprender a aprender, despertando vocações, vislumbrando as
potencialidades e competências individuais.

O papel da educação é abordado no documento “A Declaração Mundial sobre a


Educação para Todos” (UNESCO, 1990), enfatizando as quatro aprendizagens essenciais:
aprender a conhecer (aprender a aprender, buscar através da reflexão e da ação as
21

informações), aprender a fazer (aprender as habilidades necessárias ao mundo do trabalho),


aprender a viver junto (escola como espaço solidário e de respeito do outro) e aprender a ser
(envolve o autoconhecimento). É importante que a escola, como um todo, compreenda essas
dimensões e construa espaços para discuti-las e incorporá-las em seu fazer pedagógico.

A educação oportuniza a criação de novas atitudes, o que supõe também novas


relações no que tange às questões de gênero, raça, etnia, classe social, orientação sexual,
entre outras. Para isto, as práticas pedagógicas precisam estar vinculadas também a um
processo reflexivo constante por parte do professor, bem como a uma perspectiva que
considere a aprendizagem como um processo dinâmico, resultado das múltiplas relações que
se estabelecem entre aquele que aprende (e também ensina) e aquele que ensina ou pretende a
ensinar (e que igualmente aprende).

Para isso, o ser humano tem direito de acesso e permanência na escola. Diante desse
fato, a preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania acontece através do contato
e compreensão da cultura viva nas ciências e nas artes da realidade em que vivem. Portanto,
queremos formar um cidadão capaz de atuar de maneira crítica, consciente, reflexiva e
transformadora na sociedade, construindo a sua cidadania. Acreditamos que, construindo um
ser humano autônomo, certamente construiremos uma sociedade justa, igualitária e feliz,
onde todos possam viver com dignidade. Um dos caminhos para a construção de um novo
modelo de sociedade passa pela participação política, não só pelo voto, mas também pelo
acompanhamento das ações de seus eleitos, fiscalização e exigência de que os recursos sejam
aplicados na melhoria das condições de vida da população, principalmente, na vivência
cotidiana, nas ações nos bairros, nas escolas, nas igrejas, nos movimentos sociais.

Uma das finalidades das instituições escolares é oportunizar aos estudantes um espaço
para aquisição de conhecimentos da base nacional comum, da parte diversificada e de saberes
relativos à área profissionalizante. Além disso, o estímulo à consciência profissional
oportuniza seu preparo para o exercício da cidadania e da qualificação para o trabalho, o que
poderá contribuir para que cada um se sinta responsável pela transformação do mundo e pela
construção de uma sociedade melhor.

A Lei 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação nacional, em seu


artigo 2º afirma: "A educação [...], inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". Também em outros
22

documentos educacionais, como as Diretrizes e os Parâmetros Curriculares Nacionais, essa


meta da ação educativa recebe um tratamento privilegiado.

A ampliação da rede Federal, com a expansão da educação profissional e tecnológica,


fortaleceu o vasto trabalho que é realizado em escolas públicas por todo o Brasil, e também
no atendimento da demanda do país em relação à qualificação de seus profissionais. Com
essa nova realidade, surgem rupturas e muitos desafios da educação profissional para os
docentes, gestores e a sociedade em geral, buscando a inserção de todos neste processo de
mudanças.

A atuação deve se dar em todos os níveis e modalidades da educação profissional,


com estreito compromisso com o desenvolvimento integral do trabalhador cidadão. A partir
da consolidação dessas políticas, um novo arranjo educacional se apresenta, abrindo novas
perspectivas para a educação profissional e tecnológica, de modo que a sociedade brasileira
possa entender e participar da construção de um caminho sólido em busca de um Brasil mais
justo, igualitário e desenvolvido.

O sucesso da tarefa de propiciar um debater reflexivo na construção e reconstrução de


valores e princípios éticos depende de um esforço conjunto de toda instituição, no qual cada
profissional da educação, além de sua função específica, representa um agente comprometido
com valores que se traduzem em responsabilidades e atitudes próprias ao mundo escolar. O
desenvolvimento do trabalho pedagógico incentivará o estudante a buscar informações,
selecioná-las e analisá-las criticamente para construir e reconstruir conhecimentos. Desse
modo, a ação pedagógica estimulará uma postura de pesquisa, curiosidade, reflexão,
cooperação e solidariedade, estabelecendo relação com o meio em que está inserido,
auxiliando na formação humana e sua atuação no mundo.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os conteúdos são apresentados em


três grandes categorias: conteúdos conceituais, que envolvem a abordagem dos conceitos,
fatos e princípios; conteúdos procedimentais, referentes a procedimentos; conteúdos
atitudinais, que envolvem a abordagem de valores, normas e atitudes. Questões similares às
contempladas no documento “A Declaração Mundial sobre a Educação para Todos”. Diante
disso, verificamos que os saberes prévios dos educandos deverão ser considerados,
conduzindo-os para a assimilação dos conhecimentos científicos e posterior construção de
saberes elaborados através da interdisciplinaridade e da contextualização dos conteúdos.
23

Os PCNs deixam claro a necessidade de trabalhar a interdisciplinaridade e a


contextualização. O conhecimento mantém um diálogo permanente com outros
conhecimentos, por isso, numa abordagem interdisciplinar é importante para que o aluno
aprenda a olhar o mesmo objeto sob perspectivas diferentes ou integradoras, tendendo ao
desaparecimento das fronteiras entre os componentes curriculares, tanto no desenvolvimento
de projetos de trabalho coletivos como na organização e condução de atividades
diversificadas como feiras, mostras, palestras, etc.

Todo ser humano precisa organizar a sua vida pensando suas ações futuras, ou seja,
isso é o planejamento que faz parte de nossas vidas. Para Vasconcellos (2009), planejamento
é o ato de pensar sobre as práticas, organizar as ideias e decidir o que será realizado, sendo
flexível, contínuo, possibilita a transformação da prática, tendo a reflexão como parte
integrante do processo. A função do planejamento é exatamente dar consistência e forma às
ideias, princípios, objetivos e metas, além de orientar a efetiva realização destes, construindo
caminhos e alternativas de ação educacional relacionados ao mundo. Além disso, deve existir
a reflexão sobre as práticas pedagógicas em reuniões específicas, as quais possibilitem a
formação continuada em serviço, qualificação das ações, além de troca de ideias, experiências
e conhecimentos, sendo um espaço permanente de estudo e debate.

O tratamento transversal que deve ser dado aos temas a seguir relacionados não
implica, de forma alguma, que ninguém tem a responsabilidade de lidar com eles. Ao
contrário, traz um compromisso coletivo e individual, que deve ser expresso, seja através da
construção de um projeto transversal a todas as áreas, neste curso denominado Produção de
Áudio e Vídeo, que seja presente no plano de ensino anual dos componentes curriculares. O
planejamento deve ser de tal forma que, ao fim do curso, os estudantes tenham tido acesso a
todos esses temas. A instituição como um todo se compromete com os temas, sendo eles,
segundo expresso na Resolução CNE/CEB 2/2012, que define as DCN do Ensino Médio:

Educação Alimentar e Nutricional (Lei nº 11.947/2009), que dispõe sobre o


atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos estudantes
da Educação Básica;

Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso, de forma a eliminar


o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria (Lei nº 10.741/2003), que dispõe
sobre o Estatuto do Idoso;
24

Educação para o Trânsito (Lei nº 9.503/97), que institui o Código de Trânsito


Brasileiro;

Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99), que dispõe sobre a Política Nacional de


Educação Ambiental;

Educação em Direitos Humanos (Decreto nº 7.037/2009), que institui o Programa


Nacional de Direitos Humanos – PNDH 3.

Serão realizadas ações integradas com intuito de debater os princípios da proteção e


defesa civil em consonância com a Lei n° 12.608/2012 (que inclui o §7 do art. 26 da Lei n°
9394/1996). Adicionalmente, será constituído projeto institucional interdisciplinar que
viabilizará sessões de filmes nacionais, de acordo com art. 26 §8 da Lei n° 9.394/1996,
incluído pela Lei nº 13.006/2014.

O presente Projeto Político Pedagógico propõe-se a assegurar a integração entre as


ações desenvolvidas pelo Campus Alvorada, em todos os aspectos que permeiam o processo
de ensino, aprendizagem, avaliação e inserção do aluno no mundo do trabalho. O Campus
Alvorada adota estes pressupostos metodológicos em seus Projetos de Curso, com vistas a
formar profissionais conscientes de sua cidadania, preocupados em transformar a realidade,
para se alcançar uma sociedade mais democrática, solidária e humanista.
25

5.8. Representação gráfica do perfil de formação

1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO

P P P P
R R R R
CIÊNCIAS CIÊNCIAS CIÊNCIAS CIÊNCIAS
O O O O
HUMANAS HUMANAS HUMANAS HUMANAS
J J J J
E E E E
T T T T
O CIÊNCIAS O CIÊNCIAS O CIÊNCIAS O CIÊNCIAS
NATURAIS NATURAIS NATURAIS NATURAIS
I I I I
N N N N
T T T T
E E E E
LINGUAGENS G LINGUAGENS G LINGUAGENS G LINGUAGENS
G
R R R R
A A A A
D D D D
O O O O
MATEMÁTICA R MATEMÁTICA R MATEMÁTICA R MATEMÁTICA
R

E E E E
M M M M
AMBIENTE, AMBIENTE,
GESTÃO EDUCAÇÃO
SAÚDE E M SAÚDE E M AMBIENTAL M AMBIENTAL
M SOCIEDADE SOCIEDADE
E E E E
I I I I
O O O INFORMÁTICA,
TECNOLOGIAS
O
DA INFORMAÇÃO
INFORMÁTICA, A A E A
A TECNOLOGIAS INFORMÁTICA, DESENVOLVIME
M M TECNOLOGIAS M NTO. DE
M MUNDO DO
DA INFORMAÇÃO DA
B E B INFORMAÇÃO E
B TECNOLOGIAS B TRABALHO
I DESENVOLVIME I DESENVOLVI- I SUSTENTÁVEIS I E DIREITOS
MENTO. DE
E NTO. DE E TECNOLOGIAS
E MUNDO DO E HUMANOS
TECNOLOGIAS N SUSTENTÁVEIS N TRABALHO E N
N SUSTENTÁVEIS
T T T DIREITOS T
E E E HUMANOS E

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
26

5.9. Orientação para construção da organização curricular do curso

Para construção do Projeto Pedagógico, foram consideradas as diretrizes oficiais e


demais normativas que regulamentam o Ensino Médio, bem como aquelas que orientam a
construção de cursos técnicos.
A estrutura do currículo se efetiva em anos (1º, 2º e 3º e 4º anos) organizados em
componentes curriculares, cada qual incorporando saberes plurais dentro de uma determinada
área do conhecimento. Desta maneira, cada componente poderá ser ministrado por mais de
um professor, de forma a atingir a compreensão desta pluralidade de saberes. O planejamento,
execução, avaliação e expressão do resultado deverão ser feitos de forma única e coletiva
pela totalidade dos professores responsáveis pelo componente. Como afirmam as DCN do
Ensino Médio:

A organização por áreas de conhecimento não dilui nem exclui componentes


curriculares com especificidades e saberes próprios construídos e sistematizados,
mas implica no fortalecimento das relações entre eles e a sua contextualização
para apreensão e intervenção na realidade, requerendo planejamento e execução
conjugados e cooperativos dos seus professores (BRASIL, 2012).

Esta forma de organização curricular tem como princípio norteador a integração


dentro de cada componente e entre todos os componentes, sejam eles do mesmo núcleo de
formação ou não.
Destaca-se que no componente curricular de Ciências Humanas haverá trabalho
integrado entre as áreas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia. De forma a atender o
disposto na Lei 11.684/2008, que altera o artigo 36 da Lei 9.394/96, e oportunizar as reais
condições para sua efetivação. Haverá atuação em todos os anos do curso de professores
habilitados em licenciatura nas áreas de Filosofia e Sociologia, além da implementação do
trabalho em torno dos saberes descritos na ementa e de bibliografias específicas.
27

5.9.1. Matriz curricular

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano Total de horas


Hora Hora Hora Hora Hora Hora Hora Hora Hora Hora
relógio aula relógio aula relógio aula relógio aula relógio aula

F
Ciências
O humanas 66 80 66 80 166 200 166 200 464 560
R
M
A
Ciências
Ç naturais 100 120 100 120 66 80 100 120 366 440
Ã
O

B Linguagens 166 200 166 200 166 200 166 200 664 800
Á
S
I
C Matemática 166 200 166 200 100 120 66 80 498 600
A

Subtotal 498 600 498 600 498 600 498 600 1992 2400
Informática,
Tec. da
Informação e
Desenv. de 66 80 66 80 66 80 198 240
Tecnologias
Sustentáveis

Ambiente,
Saúde e 200 240 200 240 400 480
P Sociedade
R
O
F Gestão
Ambiental 133 160 133 160
I
S
S
I Educação
Ambiental 200 240 200 240
O
N
A
L Projeto
Integrador em 66 80 66 80 66 80 66 80 264 320
Meio Ambiente

Mundo do
Trabalho e
Direitos 66 80 66 80 132 160
Humanos

Subtotal 332 400 332 400 331 400 332 400 1327 1600

Subtotal 830 1000 830 1000 835 1000 835 1000 3340 4000

Atividades
complementares 120
TOTAL 3.460
28

5.9.2. Atividades Complementares

As atividades complementares regem-se pela flexibilidade e aprendizado continuado,


uma vez que estabelecem mais uma modalidade constituída por uma diversidade de saberes
que articulam a teoria e a prática, superando a tradicional dicotomia existente entre esses
dois processos de aprendizagem.
De acordo com as orientações curriculares nacionais, as atividades complementares
são compreendidas como um componente curricular e se constituem em uma atividade
articuladora entre o ensino, a pesquisa e a extensão, balizadora de uma formação integral de
sujeitos para atuar em um mundo repleto de desafios e em constante mudança.
Assim, as atividades complementares são obrigatórias e devem ser realizadas pelo
estudante paralelamente ao currículo obrigatório. Elas devem ser comprovadas pelo
estudante mediante adequada certificação, respeitados os prazos legais e regimentais. A
carga horária mínima de atividades complementares exigida na matriz curricular do Curso
Técnico em Meio Ambiente é de 120 horas.

5.9.3. Programa por componentes curriculares

Componente Curricular: Ciências Humanas

Objetivos - 1º, 2º, 3º e 4º ano

Compreender as ações e as elaborações intelectuais que a sociedade constrói no âmbito das


relações sociais que estabelece entre os sujeitos, reconhecendo que tais relações se
desenvolvem em escalas de similaridade e/ou igualdade e/ou subordinação entre diferentes
sujeitos, tanto em termos propriamente individuais quanto coletivos.

Ementas

1º ano

● Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias


formas de uso e apropriação dos processos de comunicação e modernidade;
● Interpretar as diferentes representações gráficas e cartográficas;
● Analisar o papel das grandes navegações e seus significados histórico-geográficos nas
relações de poder entre as nações;
● Compreender as transformações tecnológicas nas configurações sociais;
● Analisar ação dos processos de globalização e transformações no espaço global/local.
29

2º ano

● Compreender a dinâmica dos modos de produção;


● Identificar os processos de modernização, industrialização e urbanização;
● Compreender o processo de constituição de identidades e alteridades;
● Analisar os processos de desenvolvimento e desigualdades sociais;
● Analisar a origem e dimensões dos conflitos e tensões no mundo atual.

3º ano

● Relacionar Ética, Política e Justiça;


● Analisar os efeitos de autoritarismos e democracia nas organizações e instituições
sociais, políticas e econômicas;
● Dialogar sobre os desafios sociais contemporâneos;
● Debater os problemas contemporâneos da relação sociedade e natureza;
● Debater sobre os diferentes povos e grupos sociais;
● Conhecer o processo de formação das identidades culturais dos povos e grupos da
sociedade brasileira;

4º ano

● Dialogar sobre os desafios sociais contemporâneos;


● Debater os problemas contemporâneos da relação sociedade e natureza;
● Debater sobre os diferentes povos e grupos sociais;
● Conhecer o processo de formação das identidades culturais dos povos e grupos da
sociedade brasileira;

Bibliografia Básica

OLIVEIRA, P.S. Introdução à Sociologia. Volume único. São Paulo: Editora Ática, São
Paulo 2001.
MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a wittgenstain.
5 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: ática, 2008.
FAUSTO, Bóris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, IMESP, 2000.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2014.
RÉMOND, René. O século XX. São Paulo, Cultrix, 1999.
CHOSSUDOVSKY, Michel. A globalização da pobreza. São Paulo: Moderna. 1999.
BOLIGIAN, Levon e ALVES, Andressa. Geografia Espaço e Vivência. São Paulo:
Atual, 2012.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Editora Edusp, 2012.
TEIXEIRA, Wilson (org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia editora Nacional,
2010.
FAUSTO, Boris. História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Bertrand Brasil,
2007.
30

Bibliografia Complementar

BARBOSA, Alexandre Freitas. O mundo globalizado. São Paulo. Contexto, 2001.


BOFF, L. Saber Cuidar. Ética do humano – compaixão pela terra. 11. ed. Petrópolis:
Editora Vozes, 2004.
DASHEFSKY, H. Esteven. Dicionário de educação ambiental – um guia de A a Z.
Editora Gaia. São Paulo. 2001.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.
GUARESCHI, P. Sociologia Crítica. Alternativas de mudança. 56 ed. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 2004.
IRWIN, William (org.). Super-heróis e a filosofia. São Paulo: Madras, 2009.
MAY, Tim. Pesquisa Social. Questões, métodos e processos. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
PAZZINATO, Luiz Alceu/SENISE, Maria Valente. História Moderna e
contemporânea. Vol. Único. 15 ed. São Paulo: Editora Ática, 2006.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1999.
SÁTIRO, Angélica e WUENSCH, Ana M. Pensando Melhor - Iniciação ao Filosofar.
São Paulo: Saraiva, 1997.
SCOTT, John. 50 sociólogos fundamentais. São Paulo: Contexto, 2007.
VÁZQUEZ, Adolfo Sanches. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

● Componente Curricular: Ciências Naturais

Objetivo - 1º, 2º, 3º e 4º ano

Associar a ciência ao desenvolvimento da humanidade, desse modo, sendo construída


histórica e socialmente.

Ementas

1º ano

● Associar a ciência ao desenvolvimento da humanidade sendo, portanto, desse


modo, construída histórica e socialmente;
● Utilizar os conhecimentos das ciências para interpretar e compreender os
fenômenos da natureza;
● Perceber que a ciência está presente no seu cotidiano;
● Relacionar o conhecimento das ciências com a tecnologia, o meio ambiente e a
sociedade;
● Reconhecer a importância da preservação meio ambiente, o descarte correto do
lixo sólido; bem como, a importância da reciclagem para a manutenção da vida na
Terra;
● Utilizar os conhecimentos das ciências para interpretar e compreender a formação
e composição do Universo;
● Utilizar diferentes linguagens e formas de representação, como esquemas,
diagramas, tabelas e gráficos.
31

2º ano

● Empregar conhecimentos das ciências para a saúde individual e coletiva;


● Pesquisar em fontes e utilizar as informações obtidas para solucionar problemas
de natureza científica;
● Utilizar diferentes linguagens e formas de representação, como esquemas,
diagramas, tabelas e gráficos;
● Analisar e interpretar textos de caráter científico e suas possíveis aplicações;
● Desenvolver senso crítico, utilizando o conhecimento de ciências para
identificação de problemas sociais e ambientais;
● Compreender conceitos científicos que colaborem na elaboração e aprimoramento
de questões técnicas da área de meio ambiente.

3º ano

● Identificar o conhecimento das ciências e a sua presença nos mais variados ramos
da atividade humana;
● Apreciar métodos, processos ou procedimentos que possam diagnosticar ou
solucionar problemas de ordem ambiental, social, econômica ou a mescla de
ambos;
● Reconhecer as diferentes formas de geração de energia para emprego social ou em
determinado ambiente;
● Identificar as diferentes fontes de energia e os seus diferentes impactos
ambientais, sociais e econômicos.

4º ano

● Utilizar diversos meios de comunicação para empregar e divulgar conhecimentos


científicos e tecnológicos;
● Propor ações, utilizando o conhecimento científico para minimizar problemas
sociais, ambientais e de saúde pública;
● Relacionar e reconhecer o emprego das ciências naturais no mundo do trabalho
atual;
● Desenvolver senso crítico e exercer sua cidadania, utilizando o conhecimento de
ciências para identificação de problemas sociais, ambientais e de saúde pública;
● Interpretar de forma crítica meios de comunicação que são empregados para
divulgação da ciência ao público leigo.

Bibliografia Básica

BUENO, S. G. Lopes C. Rosso, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2013.


FONSECA, M. R. M. Química. São Paulo: Ática, 2013.
GASPAR, A. Compreendendo a Física. São Paulo: Ática, 2013.
KANTOR, C.A.; Paotiello Jr, L. A. ; Menezes, L.C. ; Bonetti, M. C. ; Canato Jr, O.; Alves,
V. M. Quanta Física. São Paulo: Pearson, 2015.
MÁXIMO, A.; Alvarenga, B. Física. São Paulo: Scipione, 2013.
MENDONÇA, V. L. Biologia. São Paulo: AJS, 2013.
32

MORTIMER, E. F.; Machado, A. H. Química, 2. ed. São Paulo, Editora Scipione: , 2013.
DIAS, S. L. P.; Bohrer, F. M. G.; Luca, M. A.; Vaghetti, J. C. P.; Brasil, J. L. Análise
Qualitativa em Escala Semimicro. Porto Alegre: Bookman, 2016.
DIAS, S. L. P.; Vaghetti, J. C. P.; Lima, E. C.; Brasil, J. L.; Pavan, F. A. Química Analítica
Teoria e Prática Essenciais. Porto Alegre: Bookman, 2016.

Bibliografia complementar

CASTRO, E. N. F. C. Silva, G. S.; Mól, G. S.; Matsunaga, R. T.; Farias, S. B.; Santos, S. M.
O.; Dib, S. M. F.; Santos W. L. P.; Química Cidadã. São Paulo: AJS, 2013.
JÚNIOR, C. S.; Sasson, S.; Júnior, N. C. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2013.
OKUNO, E.; Caldas, L. I.; Chow, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. São
Paulo: Harper e Row do Brasil, 1982.
PIETROCOLA, M.; Pogibin, A.; Andrade, R. Romero, T. R. Física - Conceitos e Contextos.
São Paulo: FTD, 2013.
UCKO, D. Química para as Ciências da Saúde. São Paulo: Manole, 1992.

● Componente Curricular: Matemática

Objetivo - 1º, 2º, 3º e 4º ano

Identificar a importância da matemática para o desenvolvimento humano e da ciência.

Ementas

1º ano

● Articular a língua portuguesa, a linguagem artística e científica com as linguagens


matemáticas;
● Aplicar conceitos e os procedimentos matemáticos para a compreensão e análise
de fenômenos naturais, de fatos do cotidiano e da produção tecnológica;
● Consultar, analisar e interpretar textos e comunicações que envolvam linguagens
matemáticas;
● Utilizar a linguagem matemática na elaboração de comunicações orais e escritas.

2º ano

● Apropriar-se da linguagem matemática para fazer uso das tecnologias e de


instrumentos de medição;
● Identificar em dada situação-problema as informações ou as variáveis relevantes,
organizar dados e elaborar possíveis estratégias para resolvê-la.
● Formular generalizações a partir da identificação de regularidades, identidades,
condições invariantes e transformações;
● Fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados.

3º ano
33

● Reconhecer, utilizar, interpretar e propor conceitos, procedimentos matemáticos,


modelos para resolver situações-problema;
● Apropriar-se de recursos tecnológicos para compreender a matemática como
ferramenta para o avanço da tecnologia e a tecnologia como ferramenta para
impulsionar a matemática;
● Compreender a construção do conhecimento matemático como um processo
histórico, relacionado às condições sociais, políticas e econômicas de uma
determinada época;
● Compreender a Matemática em suas diferentes manifestações como parte
integrante da cultura humana contemporânea.

4º ano

● Reconhecer e avaliar o desenvolvimento tecnológico contemporâneo, suas


relações com a Matemática, seu papel na vida humana, sua presença no mundo
cotidiano e seus impactos na vida social;
● Compreender a responsabilidade social associada à aquisição e ao uso do
conhecimento matemático, utilizando-o no exercício da cidadania;
● Reconhecer-se como sujeito responsável pelo seu desenvolvimento e aplicação;
● Ser capaz de utilizar a linguagem matemática para descrever fenômenos da
natureza.

Bibliografia Básica

BONJORNO, J. R. et al. Matemática: uma nova abordagem. Volume Único. São Paulo:
FTD, 2002.
DANTE, L. R. Matemática - Contexto e Aplicações. Volume único – Ensino Médio. São
Paulo: Ática, 2006.
LEONARDO, F. M. Conexões com a Matemática. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2013.

Bibliografia Complementar

IEZZI, G. et al. Fundamentos de Matemática Elementar. Coleção Completa de 11


volumes. São Paulo: Atual, 2010.
LOPES, L. F.; CALLIARI, L. R. Matemática Aplicada na Educação Profissional. Volume
Único. Curitiba: Base Editorial, 2010.
SMOLE, K. C. S.; Diniz, M. I. S. V. Matemática Ensino Médio. Saraiva, 2013.
PAIVA, M. R. Matemática Paiva. São Paulo: Moderna, 2013.

● Componente Curricular: Linguagens

Objetivo 1º, 2º, 3º e 4º anos

Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de


organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão,
comunicação e informação.
34

Ementas

1º ano

● Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens,


relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização
das suas manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção;
● Compreender a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação
e integradora da organização do mundo e da própria identidade;
● Recuperar, pelo estudo do texto literário e das artes em geral, as formas instituídas
de construção do imaginário coletivo e o patrimônio da cultura;
● Reconhecer e analisar os elementos da narrativa;
● Respeitar e preservar as diferentes manifestações das linguagens utilizadas por
diferentes grupos sociais, construindo categorias de diferenciação, apreciação e
criação;
● Proporcionar conhecimento sobre aspectos históricos, culturais, linguísticos,
educacionais e sociais da surdez e da prática da língua de sinais;
● Desenvolver a sensibilidade estética, possibilitando ao educando apreciar, criar,
refletir e elaborar seus próprios sentidos com relação ao mundo;
● Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-
los aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos
problemas que se propõem a solucionar;
● Compreender as representações e práticas sociais que constituem a cultura
corporal de movimento, estruturada em diversos contextos históricos;
● Proporcionar a aquisição de saberes corporais e conceituais produzidos pela
experimentação das práticas, o conhecimento da estrutura e dinâmica das
manifestações corporais e problematização dos conceitos e significados atribuídos
à Educação Física;
● Proporcionar vivências, conhecimentos e o gosto por práticas esportivas,
ginásticas, lutas, atividades lúdicas, práticas corporais expressivas, práticas
corporais junto à natureza,, entre outros;
● Vivenciar e elaborar produções artísticas, utilizando elementos da linguagem
visual, dança, música e teatro;
● Estabelecer relações entre as manifestações artísticas (dança, teatro, música e artes
visuais) locais, nacionais e internacionais em diferentes contextos, respeitando as
diferentes culturas.

2º ano

● Analisar e discutir de forma crítica e criativa o(s) tema(s) foco de cada trimestre;
● Usar a escrita com correção linguística e domínio das técnicas de composição de
vários gêneros textuais;
● Reconhecer o tema, gênero discursivo, suportes textuais, formas e recursos
expressivos, identificando os elementos organizacionais e estruturais, bem como a
função predominante (informativa, persuasiva etc.);
● Construir e distinguir conceitos gramaticais;
35

● Ler, discutir e analisar o texto literário e seu contexto de criação, explorando os


elementos constitutivos das obras, períodos e autores de cada trimestre;
● Desenvolver as competências de compreensão auditiva, leitora e de produção
escrita e oral de nível básico, priorizando o uso de instrumentos (textos, vídeos,
etc.) e produção de materiais direcionados ao contexto profissional de uso da
língua espanhola e ao estímulo à aproximação entre culturas diversas;
● Propiciar o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética,
caracterizando um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana;
● Analisar a estrutura narrativa do roteiro e desenvolver a escrita criativa;
● Demonstrar consciência cinestésica, concentração e foco nas atividades da cultura
corporal como práticas esportivas, ginásticas, lutas, atividades lúdicas, práticas
corporais expressivas, dança, teatro e práticas corporais junto à natureza;
● Pesquisar, organizar e registrar manifestações culturais (dança, teatro, música,
artes visuais de abordagem contemporânea) de contextos culturais variados,
relacionando suas próprias experiências pessoais como criadores, intérpretes e
apreciadores de dança;
● Compreender a relação entre a lógica de funcionamento do mercado de bens e
consumo e o mundo da cultura corporal de movimento e das manifestações
artísticas.

3º ano

● Utilizar com eficácia os recursos linguísticos na produção de textos orais e


escritos;
● Ler, analisar e debater sobre os autores, obras literárias e períodos estudados em
cada trimestre;
● Reconhecer e utilizar o padrão culto da Língua Portuguesa, sendo capaz de ler,
entender, questionar e argumentar os diferentes níveis de linguagem verbal;
● Conhecer e usar língua inglesa como instrumento de acesso a informações e a
outras culturas e grupos sociais;
● Ler e debater sobre a temática das políticas públicas e direitos humanos (ética,
legislação, controle social);
● Estabelecer relações e confrontar opiniões e pontos de vista sobre os
conhecimentos construídos nas diferentes áreas envolvidas na formação do
técnico em meio ambiente;
● Desenvolver a sensibilidade, a percepção e a imaginação no domínio do
conhecimento artístico, necessário para compreender a arte como meio de
humanização da realidade;
● Escrever e falar sobre manifestações artísticas e práticas corporais, demonstrando
conhecimento e manejo das mais diversas formas de articulação;
● Discorrer e escrever sobre seu próprio processo de execução, criação e produções
realizadas, bem como soluções encontradas para resolver problemas;
● Conhecer técnicas corporais comuns entre os diferentes estilos de práticas
corporais introspectivas;
● Compreender os princípios de treinamento e sua aplicação para o
desenvolvimento das capacidades físicas;
● Realizar atendimentos básicos de primeiros socorros frente às lesões mais comuns
36

nas práticas corporais.

4º ano

● Formular opinião sobre determinado fato artístico, científico ou social,


defendendo-a por meio de argumentação lógica e fundamentada;
Construir sentido pela comparação entre textos a partir de diferentes relações
intertextuais;
● Relacionar diferentes produções artísticas e culturais contemporâneas com outras
obras do passado, procurando aproximações de tema e sentido;
● Relacionar a produção textual presente à herança cultural acumulada pela língua
portuguesa, nos processos de continuidade e ruptura, analisando-a de acordo com
o(s) contexto(s) de produção e recepção;
Construir um conceito de modernidade que explique fenômenos culturais e
literários contemporâneos, relacionando, a partir desse conceito, as diferentes
produções culturais contemporâneas;
● Usar adequadamente a norma-padrão formal da língua portuguesa na elaboração
de texto dissertativo-argumentativo, analisando e revisando o próprio texto em
função dos objetivos estabelecidos, da intenção comunicativa e do leitor a que se
destina;
● Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e
em outros contextos relevantes para sua vida;
● Relacionar as diferentes manifestações artísticas, culturais e práticas corporais
com os aspectos do cotidiano;
● Observar e reconhecer o patrimônio cultural de seu entorno, bem como de outras
etnias e culturas;
● Compreender a saúde como um direito do cidadão, valorizando e reivindicando
ações voltadas a sua promoção/manutenção, proteção e recuperação;
● Estabelecer critérios para avaliar seu próprio trabalho, produções, execuções e
vivências, assim como o de outros.

Bibiografia Básica

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.


BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1979.
FERNÁNDEZ, Gretel Eres; MORENO, Concha. Gramática Contrastiva del Español para
brasileños. Madrid: Sgel Educación, 2005.
GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? crenças e preconceitos em torno da
língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
GOMBRICH, E. A História da Arte. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1985.
NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea da língua portuguesa.
São Paulo: Scipione,1999.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola, 2009.
SILVA, T. T. (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais.
Petrópolis: Vozes, 2000.
MURPHY, R. Essential grammar in use. Cambridge: University Press, 2007.
37

ALCALDE, E.; GARCIA, M.; PENUELAS, S. Informática Básica. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 1991.

Bibiografia Complementar

ARGAN, G. C. Arte Moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São


Paulo: Companhia de Letras, 1992.
FARACO, C.; TEZZA, C. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2010.
GOMES, Anie; HEINZELMANN, Renata. Cadernos Conecta Libras 1. Petropolis: Arara
Azul, 2015.
HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto,
2007.
NICOLA, J. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 2002.
SEÑAS. Diccionario para la enseñanza de la Lengua Española para brasileños.
Universidad de Alcalá de Henares.
STANGOS, Nikos (org.) Conceitos da arte moderna: com 123 ilustrações. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Ed., 2000.
TERRA, Ernani; NICOLA, José de. Práticas de Linguagem. Leitura e produção de textos.
São Paulo: Scipione,2001.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. 2. ed. São Paulo:
Ática, 1991.

● Componente Curricular: Mundo do Trabalho e Direitos Humanos

Objetivo 3º e 4º ano

● Refletir sobre concepções de trabalho e formas de organização social, enfocando a


articulação entre as categorias trabalho, educação e meio-ambiente. A disciplina
busca incentivar a leitura crítica em relação a questões que marcam a sociedade
contemporânea. Perceber o trabalho do técnico em meio-ambiente a partir de suas
especificidades.

Ementas

3º ano

● Reconhecimento e valorização de saberes adquiridos na experiência do trabalho.


● Direito à educação como direito humano
● Direito à cultura como princípio humano.
● Trabalho como princípio educativo.
● Cuidado de si na experiência do trabalho.
● Segurança e saúde do trabalhador.
● Trabalho em cultura e produção cultural.
● Proteção e defesa civil.

4º ano
38

● Direitos Humanos: história e fundamentos na sociedade moderna.


● Ética Profissional.
● Alteridade e direito à diversidade.
● Política de equidade.
● Trabalho e relações de raça e gênero.
● Acessibilidade e direito das pessoas com deficiência.
● Classe social, produção da riqueza e sociedade do trabalho.
● Direito ao trabalho digno.
● Legislação do profissional em cultura.
● Legislação e direitos trabalhistas.
● Problemática ambiental, educação ambiental e as práticas permanentes de
educação e sua aplicação no cotidiano do trabalho.

Bibliografia Básica:

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade


do mundo do trabalho. 16ª. ed. São Paulo, Cortez Editora, 2015.
CHAUI, MARILENA; SANTOS, BOAVENTURA DE SOUSA. Direitos Humanos,
Democracia e Desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2013
PEREIRA, Isabel Brasil; LIMA, Júlio Cesar França. Dicionário da educação profissional
em saúde. 2.ed. rev. ampl. - Rio de Janeiro: EPSJV, 2008.

Bibliografia complementar:

BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis (RJ): Vozes,
2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 50ª ed. Petrópolis, Editora Vozes, 2011.
RIOS,Gilvando Sa Leitao. O que é cooperativismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 2007.
SENNETT, Richard. A corrosão do caráter : as conseqüências pessoais do trabalho no
novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2004.
SOUZA, André Ricardo; CUNHA, Gabriela Cavalcanti; DAKUZAKU, Regina Yoneko
(org).Uma outra economia é possível - Paul Singer e a economia solidária. São Paulo:
Editora Contexto, 2003.

Componente Curricular: Ambiente, Saúde e Sociedade

Objetivo 1º e 2º ano

Compreender os princípios, conceitos, dados e noções que oferecem base para o


entendimento e aplicação dos conhecimentos técnicos científicos com ênfase nos diversos
ecossistemas e na relação sociedade x natureza e os processos produtivos que desencadeiam
os problemas ambientais.

Ementas

1º ano
39

Ecologia e microbiologia aplicada. Biossegurança. Química ambiental. Ética, cidadania e


meio ambiente. Direito Ambiental. Economia Ambiental. Energias renováveis. Meio
ambiente, saúde e saneamento. Turismo e turismo ecológico. Sustentabilidade. Recursos
ambientais. História das políticas de saúde no Brasil e questões ambientais. Estrutura e
funcionamento do Sistema Único de Saúde, seus princípios e diretrizes. A inter-relação do
processo saúde/doença e o meio ambiente, promoção à saúde.

2º ano

Poluição e controle da qualidade da água, Poluição e controle da qualidade do solo, Poluição


e controle da qualidade do ar. Turismo e a degradação do ambiente. A urbanização e
degradação do ambiente. A produção agrícola e a degradação do ambiente. Saneamento na
prevenção de doenças.

Bibliografia Básica

ATKINS, P; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio


Ambiente. 3ª ed., Porto Alegre. Bookmann, 2006.
BARBAULT. Ecologia Geral - Esrutura e Funcionamento da Biosfera. R.J. Vozes. 1ª Ed.
BRUSCHI. Denise Marília (coord.). Manual de saneamento e proteção ambiental
para os municípios: Município e meio ambiente. v.1. 3.ed. - Belo Horizonte:
DI BERNARDO, L.; DANTAS A. D. B. Métodos e técnicas de tratamento de água.
2ª ed., Vol 1 e 2. São Carlos: Rima, 2005;
FELICIDADE, N.; MARTINS, R. C. e LEME, A. L. Uso e Gestão dos Recursos
Hídricos no Brasil: velhos e novos desafios para a cidadania. São Paulo: Ri Ma,
2004. 238 pp.
MACÊDO, Jorge Antônio Barros de. Métodos Laboratoriais de Análises físico químicas e
microbiológicas. 2 ed. Belo Horizonte: 2003.
MOTA, Suetônio. Urbanização e meio ambiente. 3 ed. Rio de Janeiro. ABES.
356p. 2003.
RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara/Koogan, 2003.
ROCHA, J. C., ROSA, A. H., CARDOSO, A. A. Introdução à Química Ambiental. Porto
Alegre: Bookman, 2009. 256p.
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, CL. Microbiologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed,
2010.

Bibliografia Complementar

AGATTO, P.A. & BERTOLETTI, E. Ecotoxicologia Aquática – Princípios e Aplicações.


2º Ed. São Carlos: RiMa, 2008. 472p.
BECKER, B. et al Tecnologia e Gestão do Território. Rio de Janeiro: Editora
UFRJ, 1988.
FERNANDES, A. M. O.; SILVA, M. C. & OLIVEIRA, S. D. Gestão de Saúde,
Biossegurança e Nutrição do Trabalhador. v. 4. Goiânia: Editora AB. 2006.
FILIZOLA, h.f; GOMES, M.A.F.; SOUZA, M.D. Manual de Procedimentos de Coleta de
Amostras em Áreas Agrícolas para Análise da Qualidade Ambiental: Solo, Água e
Sedimentos. Jaguariúna. Embrapa Meio Ambiente, 2006
KAPUSTA, S.C. & FREITA, S.M.F. Bioindicadores Ambientais. In: Introdução ao
40

Gerenciamento Ambiental. POLETO, C. (org.) Rio de Janeiro: Editora Interciência,


2010. p. 109-179.
LIBÂNIO, Marcelo. Fundamentos de Qualidade e Tratamento de água. 3. Ed. Campinas, SP:
Editora átomo, 2010. 494p.

MELO, Itamar S.; AZEVEDO, João L. Microbiologia Ambiental. 2ª ed. : Jaguariúna, SP.
EMBRAPA, 2008. 647 p.
NUVOLARI, Ariovaldo, et al. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e
reuso agrícola. 1. ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 2003.
PELCZAR Jr., M. J; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R. Microbiologia: conceitos e aplicações.
V 1. São Paulo:Pearson Makrom Books, 2005.
SILVA, Carlos Henrique Dantas da. Plano Diretor: Teoria e Prática. 1º ed. São
Paulo: Saraiva, 2008. 181 p.

Componente Curricular: Gestão Ambiental e Políticas Públicas para o Desenvolvimento


Local

3º ano

Objetivo

Trabalhar os saberes ligados à legislação e gestão ambiental que estabelecem e orientam a


implementação de ações que venham a combater a exploração indiscriminada dos recursos
naturais, bem como promover a sustentabilidade ambiental e a saúde da população.

Ementa

Gestão de resíduos sólidos urbanos e industriais, Licenciamento ambiental e avaliação de


impactos ambientais, Gestão de recursos hídricos, Sistemas de gestão ambiental,
Planejamento ambiental urbano e rural, Políticas Públicas e Desenvolvimento Local
Legislação ambiental; Vigilância em saúde: conhecer a estrutura e organização da Vigilância
Sanitária e Vigilância em Saúde do Trabalhador a nível federal, estadual e municipal.
A intersetorialidade nas políticas públicas.

Bibliografia Básica

SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de impacto ambiental – conceitos e métodos. São


Paulo: Oficina de Textos, 2008. 495 p.
ALMEIDA, L. T. de (1998) Política ambiental: uma análise econômica. Campinas, SP:
Papirus; São Paulo: Fundação Editora da Unesp.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 17 ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 2009.
SANTOS, R. F. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de textos, 2004.
ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C.; PHILIPPI Jr. A. Curso de gestão ambiental. Barueri:
Manole, 2004.

Bibliografia Complementar
41

BITAR, O. Y.; FORNASARI FILHO, N.; CONSONI, A. J. A abordagem do meio físico em


EIA através do
estudo de processos: um método recomendado para empreendimentos em ambientes
tropicais. Avaliação de
Impactos Ambientais, v.1, n.2, p.35-45, 1996.
COELHO, M. C. N. Impactos ambientais em áreas urbanas - teorias, conceitos e métodos de
pesquisa. In:
CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. Avaliação e perícia ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1999. 266p.
ALMEIDA, J. R. Gestão ambiental: para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro:
Thex, 2006.
CUNHA, Sandra Batista; GUERRA, Antonio José Teixeira (orgs.). Avaliação e
Perícia Ambiental. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. 294p.

Componente Curricular: Informática, Tecnologias da Informação e Desenvolvimento de


Tecnologias Sustentáveis

Objetivos 1º, 2º e 3º ano

Fornecer subsídios para um melhor entendimento e aplicação cotidiana dos recursos de


informática, das tecnologias da informação e tecnologias sustentáveis.

Ementas

1º ano

Introdução a Informática, Aplicações da informática na sociedade e em questões relativas aos


estudos ambientais. Sistemas de informações: conceito e aplicação no meio ambiente.
Criação de gráficos dinâmicos aplicados ao meio ambiente.

2º ano

Cartografia e Geoprocessamento aplicado. Sistemas correntes de unidades de medida. Ordens


de grandeza. Cartográfica. Instrumentos e aparelhos para georreferenciamento e sistemas
cartográficos. Uso de GPS e projeções cartográficas.

3º ano

Programas (Softwares) para desenho e adequação de paisagens. Noções de fotointerpretação.


Elaboração de mapas de usos do solo. Cartografia social.

Bibliografia Básica

CÂMARA, Gilberto et al. Anatomia de Sistemas de Informação Geográfica.


Curitiba: Sagres Editora, 1997.
FERRARI JÚNIOR, Roberto. Viagem ao SIG: planejamento estratégico,
viabilização, implantação e gerenciamento de sistemas de informação geográfica Curitiba:
Sagres, 1997. 178 p.
42

FLORENZANO, Teresa Gallotti. Iniciação em sensoriamento remoto: imagens de


satélites para estudos ambientais. 2 ed. São Paulo, Oficina de Textos. 2007. 101 p.

Bibliografia Complementar

MENDES, C. A. B.; CIRILO, J. A. Geoprocessamento em recursos hídricos:


princípios, integração e aplicação. Porto Alegre: ABRH, 2001.
MOURA, Ana Clara Mourão. Geoprocessamento na Gestão e Planejamento
Urbano. Belo Horizonte: Edição da autora, 2003. 294p.
NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia: representação, comunicação e visualização de
dados espaciais. 2 ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008. 314 p.
SANTOS, R. F. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de
textos, 2004.
SILVA, J. X. Geoprocessamento para análise ambiental. Rio de Janeiro: O autor, 2001.

Componente Curricular: Educação Ambiental

4º ano

Objetivo

Conhecer a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento, visando ao


fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e qualidade de vida e sua
aplicação no cotidiano do trabalho.

Ementa

Elaboração de projetos ambientais local, Educação ambiental, Fundamentos em


Agroecologia, Manejo e recuperação de áreas degradadas. Saúde coletiva; Conceito de
educação permanente e sua aplicação no cotidiano do trabalho
Interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento visando ao fortalecimento da
participação da população na promoção da saúde e qualidade de vida
Ações intersetoriais

Bibliografia Básica

ARAUJO. G. H. de S.; et al. Gestão Ambiental de Áreas degradadas.2005


BERNA. Vilmar. Como Fazer Educação Ambiental. Ed. Paulus. 2001. 127p.
FIUZA. Sandra M. Módulo V - Educação Ambiental. Apostila do Curso de Gestão
Ambiental em Urbanização de Assentamentos. Ministério das Cidades. 2008.
PHILIPPI. Arlindo Jr. et al. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Coleção
Ambiental. Editora Manole. 2004.
PHILIPPI. Arlindo Jr. E PELICIONI, M. Cecília. Educação Ambiental;
desenvolvimento de cursos e projetos. 350p. 2000.

Bibliografia Complementar
43

PHILIPPI. Arlindo Jr. Saneamento, Saúde e Ambiente. Capítulo 16: Educação


Ambiental – Evolução e Conceitos. Editora Manole. 2005. 842p.
RUSCHEINSKY. Aloísio. Educação Ambiental – Abordagens Múltiplas. Ed. Arimed.
2002. 183p.
CARVALHO, I. C. de M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 4ª
Edição. São Paulo: Editora Cortez, 2008
DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 9º Edição. São Paulo: GAIA, 2004.
MEDINA, N. M.; SANTOS, E. C. Educação Ambiental – Uma metodologia participativa
de formação. 3ª Edição. Petrópolis: editora Vozes, 2003.

Componente Curricular: Projeto Integrador em Meio Ambiente

1º, 2º, 3º e 4º ano

Objetivo

Integrar os conhecimentos trabalhados ao longo do período letivo, desenvolvendo saberes


como a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação os conhecimentos trabalhados
no presente período, focando com o mundo do trabalho e o desenvolvimento tecnológico.

Bibliografia Básica

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do Trabalho Científico. 6.ed. São


Paulo: Atlas, 2001. 132p.
PEREIRA, H. F.; BONNAS, D. S.; PINTO, L. S. R. C.; NEHME, V. F. Normas para
elaboração de projetos de pesquisa, trabalhos acadêmicos (TCC), dissertações, teses e
relatórios de estágio. 2009. (Material didático e Institucional).
ROCHA, José Sales Mariano da. Manual de projetos ambientais. Santa Maria:
Imprensa Universitária, 1997.
FRANCO, M. da A. R. Planejamento Ambiental para a cidade sustentável.
Coordenadoria de projetos Especiais do Ministério da Marinha. ARAMAR. Rio de
Janeiro: CODESP, 1998.

Bibliografia Complementar

CARVALHO, A. M. Aprendendo Metodologia Cientifica. Uma orientação para alunos de


graduação. 4º edição. Editora O Nome da Rosa. 2006. 128p.
LAKATOS, E.M & MARCONI, M.A. Metodologia do Trabalho Científico: Procedimentos
básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos.
São Paulo: Editora Atlas, 7ed., 2007, 216p.
CHALMERS, A. F. O que é Ciência Afinal? São Paulo, SP, Editora Brasiliense,1993, p.216.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa, 3 ed., São Paulo: Atlas, 1998
POPPER, Karl. A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo, SP, Editora Cultrix Ltda, 9ª ed,
1972, p.566.
44

6. Estágio Curricular
6.1. Não obrigatório

O estágio curricular não obrigatório é uma atividade acadêmica desenvolvida,


opcionalmente, pelo estudante em área relacionada ao mercado de Áudio e Vídeo. Busca
complementar a formação através do aperfeiçoamento técnico, científico e de
relacionamento humano. O aluno que desejar, poderá realizar estágios não curriculares.
Esses poderão iniciar a partir do primeiro ano do curso, desde que não coincidam com o
turno de desenvolvimento do curso. A avaliação será realizada através de relatório semestral
pelo coordenador do curso. A realização do estágio deverá atender a legislação vigente.

7. Avaliação do processo de ensino e de aprendizagem

Avaliar significa mudar o ensino, a forma de ver a aprendizagem, as concepções do


que é ensinar e aprender. Por melhores que sejam as informações obtidas com a avaliação,
elas serão inócuas se não levarem à mudança, ao redirecionamento das relações e das ações
didáticas. A avaliação não pode se limitar à mera apreciação sobre o desenvolvimento e a
aprendizagem dos alunos. Ela deve levar a uma revisão dos saberes selecionados, dos
métodos utilizados, das atividades realizadas e das relações estabelecidas em sala de aula.

A avaliação deve voltar-se também às práticas de sala de aula, para a escola e para a
forma de organização do trabalho pedagógico; deve envolver todos os agentes escolares. Os
instrumentos avaliativos devem servir de ferramenta para que estudantes e professores
possam diagnosticar a efetividade de suas ações. Precisam ser aplicados ao longo do período
letivo, para que haja tempo de interferir no processo, caso os objetivos não estejam sendo
alcançados.

A avaliação é uma etapa muito importante do processo de ensino e aprendizagem, esta


deverá estar fundamentada nos pressupostos de que a aprendizagem se dá continuamente de
forma:

● Diagnóstica: para que o professor compreenda os conhecimentos prévios de seus


alunos, procedendo então o seu planejamento e fazendo retomadas ao longo do
processo, quando necessário;
45

● Contínua e somativa: pois não ocorrerá apenas ao final de um período letivo, mas
deverá acontecer ao longo de todo processo, proporcionando oportunidade de
recuperação paralela, quando o estudante não alcançar os objetivos propostos;
● Funcional: visto que se realiza em função das aptidões e objetivos, entendendo-se
que os mesmos deverão ser atingidos no decorrer do processo de aprendizagem
dos alunos;
● Sistemático: pois não é improvisado, insere-se num processo mais amplo, que é o
sistema de aprendizagem;
● Integral: envolvendo o aluno como um todo.
Além dos domínios cognitivos, são efetuados registros a partir da observação dos
aspectos socioafetivos referentes à cooperação, postura, responsabilidade, participação e
iniciativa. Além dos processos avaliativos individuais, realizados por cada professor, haverá
espaços coletivos, por meio de reuniões colegiadas, formadas pelos professores e equipe
pedagógica. Esses espaços serão consolidados com intuito de se obter uma visão mais ampla
a respeito do desenvolvimento cognitivo, afetivo e social de cada estudante.

O processo de avaliação, quando em consonância com a concepção do curso, promove


a adequação do programa de aprendizagem às aptidões, propiciando o alcance dos objetivos
propostos. Desta maneira, a recuperação da aprendizagem ocorrerá ao longo do curso, não
apenas no final do período letivo, por meio de estratégias variadas. Partindo do pressuposto
de que o aluno não desaprende o que aprendeu, por isso, sob hipótese nenhuma será aceita
substituição de nota alcançada pelo aluno em avaliação de conhecimento por uma nota
inferior.

A avaliação da aprendizagem no curso Técnico em Meio Ambiente, contempla o


previsto na Resolução nº 046, de 08 de maio de 2015, que dispõe sobre a Organização
Didática do IFRS, cujo texto está amparado na legislação vigente. O resultado da avaliação
do desempenho do estudante em cada componente curricular será expresso trimestralmente
através de notas, com no mínimo 2 (duas) avaliações, registradas de 0 (zero) a 10 (dez),
sendo admitida apenas uma casa decimal após a vírgula.

A nota mínima da média anual (MA) para aprovação em cada componente curricular
será 7,0 (sete), calculada através da média aritmética das notas do trimestre, conforme a
equação a seguir:
46

Média Anual = 1º Trimestre + 2º Trimestre + 3º Trimestre ≥ 7,0

O estudante que não atingir média anual igual ou superior a 7,0 (sete) ao final do
período letivo, em determinado componente curricular, terá direito a exame final (EF).

A média final (MF) será calculada a partir da nota obtida no exame

final (EF) com peso 4 (quatro) e da nota obtida na média anual (MA)

com peso 6 (seis), conforme a equação abaixo: MF = (MA*0,6) + (EF*0,4)

≥ 5,0.

O estudante deve obter média anual (MA) mínima de 1,8 (um vírgula oito) para poder
realizar exame final (EF).
O exame final constará de uma avaliação dos conteúdos trabalhados no componente
curricular durante o período letivo.
O estudante poderá solicitar revisão do resultado do exame final, até 2 (dois) dias
úteis após a publicação deste, através de requerimento fundamentado, protocolado no setor de
Registros Escolares, dirigido à Direção de Ensino ou à Coordenação de Curso.

7.1.1. Da recuperação paralela

A recuperação paralela, de acordo com a Lei 9.394, LDB, e com a Organização


Didática, “é uma intervenção contínua, oportunizada a todos aqueles que, no
desenvolvimento dos componentes curriculares, não estiverem acompanhando o processo
educacional” (BRASIL, 1996).
No decorrer do período letivo, serão oferecidas aos estudantes oportunidades de
recuperação paralelas ao desenvolvimento dos componentes curriculares. Os professores
organizarão os instrumentos e as estratégias necessárias para contemplar as peculiaridades
dos componentes curriculares.

7.1.2. Da Progressão Parcial


47

O aluno com desempenho insuficiente em até 02 (dois) componentes curriculares ao


término do período letivo e, também, após a realização do exame final, será considerado
aprovado em regime de progressão parcial. O aluno em progressão parcial realizará as aulas
do(s) componente(s) curricular(es) do ano anterior em turno inverso ao regular de estudo. Os
componentes curriculares cursados em regime de progressão parcial serão considerados
pertinentes ao período letivo corrente. Tal oportunidade está sendo regulamentada em
convenção coletiva e todas as orientações serão esclarecidas a todos os envolvidos.

7.1.3. Critérios de aproveitamento de estudos e certificação de


conhecimentos
Haverá aproveitamento de estudos anteriores e certificação de conhecimentos prévios,
de acordo com as normas expedidas pela Organização Didática do IFRS, regidos por editais
específicos a serem publicados pelo Campus Alvorada.

8. Metodologias de Ensino

Os processos de ensino e de aprendizagem são complementares e, no Campus


Alvorada, são coletivos e estão em consonância com o Projeto Político Pedagógico do IFRS,
uma vez que “Logo, tudo ensina e todos ensinam a todos, independentemente do sentido e
dos julgamentos de valor, em um processo que é individual e coletivo ao mesmo tempo,
observando-se que há, sobretudo, um coletivo em cada indivíduo. (IFRS/PDI, 2014).

Dessa forma, a ação didática prevê a intencionalidade pedagógica externalizada no


planejamento docente, o qual descreve suas ações para promoção de espaços de
aprendizagem. Tal planejamento pode ser individual, mas a coletividade será estimulada em
prol de trocas de informações e compartilhamento de saberes. Essa coletividade envolverá os
estudantes, a fim de que tenham seus saberes prévios valorizados e se sintam responsáveis
por todo processo educativo.

Em conformidade com Freire (1996, p. 30), destacamos a importância de discutir com


o aluno o conhecimento a ser trabalhado:

Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais a mente, à escola,
o dever de não só respeitar os saberes que os educandos, sobretudo os das
classes populares [...] mas também, [...] discutir com os alunos a razão de
ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos.
48

Nesse processo de ensino e de aprendizagem, a educação problematizadora torna o


educador um mediador, o diálogo fortalece a relação e faz com que ambos cresçam juntos.
Além disso, a avaliação da aprendizagem é parte integrante do processo, tendo os aspectos
qualitativos prevalência sobre os quantitativos.

Ensinar não se reduz a transmitir informações e, consequentemente, aprender não é


apenas repetir estas mesmas informações. Há um compromisso com o desenvolvimento do
aluno enquanto pessoa e com a valorização de sua individualidade, bem como do efetivo
papel do professor enquanto mediador no processo.

Nesse sentido, o professor tem autonomia para construir práticas educacionais que
estimulem a aprendizagem de seus estudantes. Espera-se que tais práticas sejam
diversificadas, a fim de contemplar os múltiplos perfis de aprendizagem que permeiam o
âmbito escolar. Serão estimuladas estratégias didáticas integradoras que visem a superar a
dicotomia entre saberes profissionais e saberes específicos do Ensino Médio.

Serão incentivados, ainda, espaços de problematização a partir de temas emergentes


do cotidiano, debates mediados, interação com profissionais em diferentes áreas, visitas
técnicas orientadas e demais estratégias que contribuam para que professores e estudantes
interajam com questões científicas da atualidade e do mundo do trabalho. As tecnologias de
informação e comunicação serão trabalhadas no curso, a fim de viabilizar essa construção e
de ser um instrumento de pesquisa, produção de conhecimento e de diálogo entre os pares,
entre estudantes e professores e demais integrantes da comunidade interna e externa.

9. Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão

Os Institutos Federais apresentam em sua premissa básica a perspectiva de


indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão (BRASIL, 2010; IFRS, 2012). Essa
realidade não é apenas possibilitada a professores, que podem atuar de forma integrada e
verticalizada entre os diferentes níveis e modalidades de ensino, mas também oportuniza que
todos os estudantes possam usufruir dos espaços constituídos e, assim, possam contribuir para
a construção de uma visão de mundo e de sociedade mais complexa.
Desta maneira, será ofertada aos estudantes a possibilidade de participação em
projetos de ensino, pesquisa e extensão, de forma a complementar a sua formação ou, ainda,
aprofundar os conhecimentos adquiridos de acordo com seus interesses. A carga horária
49

referente a estes projetos poderá ser validada parcialmente como Atividades Complementares,
reguladas em documento próprio; ou certificadas individualmente, à parte da carga horário do
curso.

10. Acompanhamento Pedagógico

O acompanhamento pedagógico é ação articulada entre o Setor de Ensino e estudantes,


com objetivo de avaliar continuamente os processos de ensino e aprendizagem, para superar
dificuldades encontradas. O acompanhamento emerge dos Conselhos de Curso/reuniões
pedagógicas entre o corpo docente, coordenação de curso, direção de ensino, coordenação de
assistência estudantil, coordenação pedagógica, os quais em conjunto definem estratégias de
trabalho.
Cabe destacar que o Setor de Ensino tem em sua composição a Coordenação de
Assistência Estudantil que, por sua vez, tem o propósito de contribuir com a ampliação das
condições de acesso, permanência e êxito dos estudantes, atentando às demandas
educacionais. A ação compartilhada dessas duas áreas, tende a identificar, encaminhar e
acompanhar situações relacionadas a questões sociais, psicológicas e pedagógicas que
interferem no processo de ensino e aprendizagem.

11. Núcleo de Ações Afirmativas (NAAf) – Campus Alvorada

O Campus Alvorada constituiu, no ano de 2015, o seu Núcleo de Ações Afirmativas


(NAAf), responsável por desenvolver - de forma articulada com as ações do Ensino, da
Pesquisa e da Extensão - a política de inclusão aprovada pela Resolução Nº 22/2014, do
Conselho Superior do IFRS. O NAAf tem como objetivo geral a promoção do respeito à
diversidade socioeconômica, cultural, étnico-racial, de gênero e de pessoas com deficiência
(PcD), assim como, da defesa dos direitos humanos.
O Núcleo de Ações Afirmativas tem importantes desafios a enfrentar nesse contexto:
o exercício de apoiar e promover ações de ampliação do acesso, permanência e êxito em
todos os níveis e modalidades de ensino, compreendendo e valorizando as particularidades da
história de vida e de formação do(a) estudante; o incentivo e assistência a projetos de ensino,
50

pesquisa e extensão comprometidos com a temática da educação inclusiva, diversidade e


direitos humanos; a elaboração, desenvolvimento e avaliação da política de ações afirmativas,
construindo a educação para as relações na diversidade.

12. Colegiado do Curso

O Colegiado do Curso é um órgão normativo e consultivo de cada curso. Tem por


finalidade acompanhar a implementação do Projeto Pedagógico, avaliar alterações dos
currículos plenos, discutir temas ligados ao curso, planejar e avaliar as atividades acadêmicas
do curso. Para tanto, são observadas as políticas e normas do IFRS, os relatórios de
autoavaliação institucional e de avaliação externa para a tomada de decisões em relação ao
planejamento e ao desenvolvimento de suas atividades. O Colegiado também analisa e reflete
sobre o andamento do curso, visando ao aprimoramento do processo de ensino e
aprendizagem.
O Colegiado de Curso é constituído pelo Coordenador do Curso, pelos professores em
efetivo exercício que compõem a estrutura curricular do curso, pelos servidores do Setor de
Ensino do Campus e por pelo menos um representante do corpo discente, por turma, do curso.

13. Quadro de pessoal


13.1.1. Corpo docente

-Relação de Servidores Docentes lotados no Campus Alvorada e que atuarão no Curso.


Fábio Azambuja Marçal Licenciado em História – Mestre em História-
Doutor em Educação
Gisele Maciel Monteiro Rangel Licenciada em Geografia – Mestra em
Educação, Aprovada no Exame Nacional de
Certificação de Proficiência em Língua
Brasileira Sinais (Prolibras)

Jorge de Lima Brasil Licenciado em Química, Mestre e Doutor em


Química
Luciana Delgado da Silva Licenciada em Letras - Português e Espanhol –
Especialista em Língua Espanhola
51

Márcia Fernanda de Mello Mendes Licenciada em Educação Física. Mestre em Saúde


Coletiva
Neudy Alexandro Demichei Licenciado em Geografia e Mestre em Geografia
Renata Ohlson Heinzelmann Bosse Licenciada em Letras-Libras e Letras-Literatura,
Mestre em Educação

13.1.2. Corpo técnico-administrativo

Relação de Servidores Técnicos Administrativos que atuarão diretamente no curso


Ademilde Irene Petzold Prado Assistente Social
Diziane Aguiar Raupp Assistente de Alunos
Elisangela Ribas dos Santos Pedagogo
Guilherme Brandt de Oliveira Pedagogo
Nilo Cesar Ferreira Alvira Técnico em Laboratório/Informática
Walkyria Quedi Taborda Borsato Assistente em Administração

14. Certificados e diplomas

Após a integralização dos períodos letivos organizados por componentes curriculares,


será conferido ao concluinte do curso o Diploma de Técnico em Meio Ambiente. No
diploma, constará o eixo tecnológico no qual o curso se insere (Ambiente e Saúde) e o
número de registro no Sistec, de acordo com a resolução CNE/CEB nº 06/2012.

15. Infraestrutura

- Infraestrutura atualizada do Campus Alvorada, destacadas as que serão utilizadas pelo curso:

Infraestrutura existente Infraestrutura que será utilizada pelo


Campus em 2016/02 Curso

6 salas de aula x

1 Laboratório de x
Informática
52

Biblioteca x

5 salas administrativas

1 sala de bolsistas x

1 auditório x

16. Casos omissos

Caberá ao Colegiado do Curso tomar providências em relação aos casos omissos.

17. Referências

BRASIL. Concepção e Diretrizes do Institutos Federais. Disponível em


<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6691-if-
concepcaoediretrizes&category_slug=setembro-2010-pdf&Itemid=30192>. Acesso em 20 de
junho de 2016.

_______. Resolução nº 06 de 20 de setembro de 2012. Define Diretrizes Curriculares


Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. 2012. Disponível em:
http://www.cps.sp.gov.br/emissao-de-parecer-tecnico/resolucao-cne-ceb-6-2012.pdf. Acesso
em 04 de junho de 2016.

Fundação de Economia e Estatística, FEE. Perfil Socioeconômico dos municípios.


Disponível em <http://www.fee.rs.gov.br/perfil-
socioeconomico/municipios/detalhe/?municipio=Alvorada>. Acesso em 05 de Maio de 2016.

UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos. Plano de ação para satisfazer
as necessidades básicas de aprendizagem.Tailândia, 1990.

IFRS. Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Bento Gonçalves: 2014.

Você também pode gostar