Relatório de Geologia - Ciclo Das Rochas

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia –


UESB Departamento de Ciências Biológicas – DCB
Laboratório de Geociências - LabGeo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA -


UESB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - DCB

O CICLO DAS ROCHAS

Discentes: Heloisa Santos Amorim


Professor: Artêmio
Período: 03/09/2024

Relatório de aula*prática*apresentado à disciplina*


de* Geologia* Geral* como parte dos requisitos das
atividades didáticas dos*discentes.

Jequié - BA
03 de setembro de 2024

Laboratório!de!Geociências
Av.!José!Moreira!Sobrinho,!s/n!; 45.206;190!; Jequié!; BA!; Brasil
1. Introdução

O ciclo das rochas é um processo geológico fundamental que descreve a transformação


contínua e cíclica das rochas na litosfera terrestre. Este ciclo envolve três principais tipos de rochas:
ígneas, sedimentares e metamórficas, cada uma das quais pode se transformar nas outras através de
processos naturais como intemperismo, erosão, sedimentação, compactação, metamorfismo e fusão.
A compreensão do ciclo das rochas é essencial para a geologia, pois ele explica como os
materiais da Terra são reciclados e renovados ao longo de milhões de anos. Este relatório explorará
as etapas do ciclo das rochas, os processos envolvidos em cada transformação.
Rochas ígneas se formam a partir do resfriamento e solidificação do magma, que é o material
rochoso fundido no interior da Terra. Quando esse magma sobe e se resfria na superfície ou próximo
a ela, forma rochas ígneas extrusivas, como o basalto. Se o resfriamento ocorre em profundidade,
formam-se as rochas ígneas intrusivas, como o granito.
Com o tempo, as rochas ígneas expostas à superfície terrestre são desgastadas pela ação do
intemperismo, que inclui a decomposição química e o desgaste físico causado por fatores como a
água, o vento e as variações de temperatura. Esse processo gera sedimentos que, ao serem
transportados pela água, vento ou gelo, são eventualmente depositados em camadas em bacias
sedimentares. A pressão das camadas superiores sobre as inferiores compacta esses sedimentos,
transformando-os em rochas sedimentares, como o arenito e o calcário.
As rochas sedimentares, assim como as ígneas, podem ser soterradas ainda mais
profundamente na crosta terrestre, onde são submetidas a altas pressões e temperaturas. Esse
ambiente extremo pode provocar mudanças na composição mineralógica e na estrutura das rochas,
transformando-as em rochas metamórficas. Por exemplo, o calcário pode se transformar em mármore,
e o xisto pode se transformar em ardósia.
Finalmente, as rochas metamórficas podem ser aquecidas a tal ponto que derretem,
reiniciando o ciclo ao se transformarem novamente em magma. Esse magma pode subir novamente
à superfície, formando novas rochas ígneas e continuando o ciclo.
Este ciclo é essencial para a compreensão da dinâmica terrestre, pois ele mostra como os
materiais da crosta terrestre estão em constante movimento e transformação, influenciando a
formação de paisagens, a composição dos solos e até mesmo a vida na Terra. Cada etapa do ciclo
das rochas está interligada, evidenciando a natureza interdependente dos processos geológicos que
ocorrem no planeta.
2. Objetivos gerais

Reconhecer os diferentes tipos de rochas e entender sua origem dentro do ciclo das rochas
com o intuito de identificar os tipos de rochas apresentados em laboratório.

3. Objetivos específicos

• Reconhecer as rochas apresentadas no laboratório.


• Classificar os tipos de rochas.
• Discutir sobre o ciclo das rochas e o processo de formação de cada tipo.

4. Materiais

• Caneta esferográfica.
• Agenda.
• Câmera fotográfica do celular.
• Cartão com centímetros.
• Pano preto.
• Rochas disponibilizadas no laboratório.

5. Metodologia

No laboratório de Geociências três grupos de as rochas foram dispostas na bancada para


observação, cada grupo foi composto por três tipos diferentes e cada uma teve sua descrição dada
pelo professor. Foram feitas observações que facilitaram a identificação de cada rocha dos grupos e
a partir disso as análises foram feitas. Para a conclusão do relatório, foi feita uma pesquisa na literatura
e em sites acadêmicos da web, além de informações dos conteúdos dado em aula.

6. Resultados alcançados

No processo de observação visual dos grupos de rochas com as que foram observadas e a
partir da literatura, foi possível identificar cada grupo de rochas e cada rocha individualmente.
Os grupos foram separados em três para que a classificação e reconhecimento fosse mais
preciso.
6.1. Ciclo das rochas (Fig.1):

(Fig.1: representação do ciclo das rochas)

O ciclo das rochas, também conhecido como ciclo litológico, é o processo contínuo de
transformação das rochas na Terra ao longo do tempo geológico. Este ciclo envolve a formação,
destruição e a transformação de diferentes tipos de rochas, e é impulsionado por processos geológicos
como o intemperismo, erosão, sedimentação, metamorfismo e fusão.

6.2. Rochas Ígneas magmáticas:

Rochas ígneas ou magmáticas são formadas pelo resfriamento e solidificação do magma, que
é uma rocha fundida presente no interior da Terra. Dependendo de onde e como ocorre esse processo
de solidificação, as rochas ígneas podem ser classificadas em dois tipos principais:

• Rochas Ígneas Intrusivas (ou plutônicas): rochas que se formam quando o magma
esfria lentamente abaixo da superfície terrestre. Devido ao resfriamento lento, os
minerais têm tempo para se cristalizar e crescer, formando cristais grandes e visíveis
a olho nu. Exemplos comuns de rochas ígneas intrusivas incluem o granito e o diorito.

• Rochas Ígneas Extrusivas (ou vulcânicas): essas rochas se formam quando o


magma atinge a superfície da Terra, geralmente através de erupções vulcânicas, e
esfria rapidamente. O resfriamento rápido não permite a formação de cristais grandes,
resultando em rochas de granulação fina ou até mesmo em uma textura vítrea.
Exemplos de rochas ígneas extrusivas são o basalto e a obsidiana.

As rochas ígneas desempenham um papel fundamental na composição da crosta terrestre e


são a base para o desenvolvimento de outros tipos de rochas através dos processos de intemperismo,
erosão, compactação e recristalização, que dão origem às rochas sedimentares e metamórficas.
Os três tipos de rochas ígneas magmáticas que foram apresentados nos laboratórios foram:
O basalto (Fig. 2) é uma rocha ígnea de origem vulcânica que se forma a partir do resfriamento
rápido do magma. É rica em ferro e magnésio e com baixo conteúdo em sílica e constitui uma das
rochas mais abundantes na crosta terrestre. O basalto também ocorre nas superfícies da Lua e de
Marte, assim como em alguns meteoritos.

(Fig. 2 – basalto: pedra mais escura com um cartão ao lado)

A pedra pomes (Fig. 3) é uma rocha vulcânica que consiste em vidro de textura áspera
altamente vesicular e geralmente de cor clara. É criado quando o magma líquido saturado de gás
entra em erupção como uma bebida carbonatada e esfria tão rapidamente que a espuma resultante
se solidifica em um copo cheio de bolhas de gás.

(Fig. 3 – pedra pomes: pedra retangular clara com um cartão ao lado.)

Os granitos (Fig. 4) são formados pelo resfriamento do magma em profundidade, por isso são
denominados de rochas plutônicas ou intrusivas. O magma que dá origem aos granitos é produto
direto da fusão parcial da crosta terrestre, em zonas tectônicamente ativas, promovendo assim sua
reciclagem.

(Fig. 4 – granitos: pedra rosada do lado do cartão)


6.3. Rochas Sedimentares:

São rochas que se formam na superfície da crosta terrestre sob temperaturas e pressões
relativamente baixas, pela desagregação de rochas pré-existentes seguida de transporte e de
deposição dos detritos ou, menos comumente, por acumulação química.
Elas são classificadas como: clásticas, bioclasticas e químicas.

• Clásticas: são aquelas formadas pela deposição de fragmentos de outras rochas


(ígneas, metamórficas ou mesmo sedimentares). Esses fragmentos, principalmente
quartzo e silicatos, constituem os sedimentos e surgem por efeito da erosão. Chuva,
vento, calor e gelo vão fragmentando as rochas e os pedaços que se soltam são
transportados para lugares mais baixos pela ação da gravidade, de rios, de geleiras ou
do vento.

• Bioclasticas: Em contraste com as rochas clásticas, as rochas sedimentares biogênicas


são formadas por materiais gerados por organismos vivos, como corais e moluscos,
que cobrem o fundo do oceano com camadas de calcita (mineral de carbonato de
cálcio) que pode, mais tarde, formar calcários.

• Químicas: são originadas a partir da precipitação de solutos, devido à diminuição da


solubilidade da água ou mesmo por evaporação. Os sedimentos químicos formados
pela diminuição da solubilidade são mais comumente os carbonatos, que se precipitam
devido ao aumento da temperatura da água do mar com a profundidade permitindo que
a água dissolva materiais.

Os três tipos de rochas sedimentares apresentadas no laboratório foram:

Arenito (Fig. 4), rocha clástica:

(Fig. 4: arenito – maior rocha disposta ao lado do cartão


Corais (Fig. 5), rocha bioclastica:

(Fig. 5: coral – pequena rocha na parte inferior com cartão ao lado)

Calcário (Fig.6), rocha química:

(Fig. 6: calcário – rocha retangular ao lado do cartão)

6.4. Rochas Metamórficas

Estas são formadas por mudanças mineralógicas ou físicas de rochas preexistentes (ígneas,
sedimentares ou mesmo metamórficas), provocadas por aumento de pressão e temperatura.
Metamorfismo pode envolver recristalização de minerais preexistentes, mudança na textura (tamanho
e arranjo dos grãos) da rocha e cristalização de novos minerais por recombinação de elementos
químicos. O metamorfismo ocorre devido a uma necessidade de ajuste da rocha a novas condições
de pressão e temperatura, em geral, resultado de soterramento profundo, que coloca a rocha em
condições físicas diferentes de sua formação e das condições físicas que ocorrem na superfície da
terra. O processo também pode envolver alterações na composição química da rocha.
As rochas metamórficas apresentadas no laboratório foram:
Gnaisse (Fig. 7): é uma rocha metamórfica de médio a alto grau, portanto, foi submetida a
temperaturas e pressões elevadas. É uma das rochas metamórficas mais comum. Pode ser formada
pelo metamorfismo do granito, ou de rochas sedimentares quartzo-argilosas.

(Fig. 7: gnaisse – rocha arrendondada na parte superior do lado do cartão)

Mármore (Fig. 8): é uma rocha metamórfica que se forma quando o calcário é submetido a
condições mais altas de pressão e temperatura. É composto principalmente de calcita e/ou dolomita.
Geralmente, apresenta outros minerais, como quartzo, talco, tremolita, diopsídio ou olivina, que podem
ser utilizados para estimar a temperatura e pressão a que a rocha esteve submetida.

(Fig. 8: mármore – rocha retangular branca acima do cartão)


Granito (Fig. 9): é uma rocha sedimentar clástica resultante da deposição de areias que, após
um processo de compactação e cimentação, se transformam em rochas. São constituídas por grãos
de quartzo, que é um mineral muito resistente tanto à abrasão (desgaste físico) como a processos
químicos.

(Fig. 9: granito – rocha retangular “pixelada” com o cartão acima)

A partir da observação das rochas no laboratório, conseguimos descobrir quais são as


características dessas rochas, onde se classificam e como são formadas.

Discussão

As análises e as pesquisas feitas foram compatíveis com a aula dada pelo professor na aula
teórica e com as aulas práticas, assim, todos os objetivos foram alcançados.
A pesquisa mostrou que as rochas desempenham um papel crucial na geologia e na ciência
em geral, servindo como registros físicos da história da Terra. Elas contêm informações valiosas sobre
a formação e evolução do nosso planeta, incluindo dados sobre a tectônica de placas, a história
climática, e os processos de formação e transformação que moldaram a crosta terrestre ao longo de
bilhões de anos. A importância das rochas se estende também ao nosso cotidiano, fornecendo
recursos essenciais, como minerais e combustíveis fósseis, que sustentam a economia global.
Referências

ARAGAO, A. Basalto. Disponível em: <https://mineracaosustentavel.org.br/basalto/>. Acesso em: 3


set. 2024.

Arenito - Materiais Didáticos. Disponível em:


<https://didatico.igc.usp.br/rochas/sedimentares/arenito/>. Acesso em: 3 set. 2024.

BORGES, D. Ciclo das rochas, o que é? Definição, tipos e transformações rochosas.


Disponível em: <https://conhecimentocientifico.r7.com/ciclo-das-rochas/>. Acesso em: 6 set. 2024.

Granito - Materiais Didáticos. Disponível em: <https://didatico.igc.usp.br/rochas/igneas/granito/>.


Acesso em: 3 set. 2024.

Jovem Explorador. Disponível em:


<http://www.jovemexplorador.iag.usp.br/index.php?p=blog_classificacao-rocha-sedimentar>. Acesso
em: 3 set. 2024.

MAHMUT, M. A. T. O ciclo das Rochas. Disponível em: <https://pt.geologyscience.com/geologia/o-


ciclo-das-rochas/>. Acesso em: 6 set. 2024.

MAHMUT, M. A. T. Pedra-pomes. Disponível em: <https://pt.geologyscience.com/rocks/igneous-


rocks/extrusive-igneous-rocks/pumice/>. Acesso em: 3 set. 2024.

Mármore - Materiais Didáticos. Disponível em:


<https://didatico.igc.usp.br/rochas/metamorficas/marmore/>. Acesso em: 3 set. 2024.

Rochas Metamórficas. Disponível em: <https://didatico.igc.usp.br/rochas/metamorficas/>. Acesso


em: 3 set. 2024.

Rochas Sedimentares. Disponível em: <https://didatico.igc.usp.br/rochas/sedimentares/>. Acesso


em: 3 set. 2024.

Sedimentares. Disponível em:


<https://wp.ufpel.edu.br/museudesolosrochaseminerais/rochas/sedimentares/>. Acesso em: 3 set.
2024.

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