Analise Novo Testestamento - Avaliacao

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

INSTITUTO WESLEYANO DE EDUCAÇÃO

– Avaliação–
ANÁLISE DO NOVO TESTAMENTO
1ª período

ALUNOS:
Brenda Cauane Santos Guedes Martins
Lindomar
Louise Gomes
Luana Santos
Vitor Queiroz Cavalcante de Oliveira

Porto Velho 07/07/2024


1. Explique o que são os Evangelhos Sinóticos. (Filologia; quem cunhou esse termo;
porque esse termo é importante; como surgiu esse termo e quando; onde ele é utilizado;
onde/trechos em que são sinópticos)
O termo sinótico vem do grego “synopsis” e quer dizer “ver em conjunto”, foi
utilizado pela primeira vez para designar o estudo comparativo de Mateus, Marcos e Lucas,
no final do século XVIII, pelo estudioso alemão chamado J. Griesbach, ao trazer a ideia de
que a análise dos três Evangelhos é mais eficaz quando realizada conjuntamente.
A designação dos Evangelhos Sinóticos aconteceu após a constatação de que Mateus,
Marcos e Lucas apresentam milagres, localizações geográficas e ensinamentos de Jesus de
forma muito parecida, em contraste com o Evangelho de João, que se destaca por sua
perspectiva única.
No que se refere a sua importância os Evangelhos Sinóticos são cruciais para a análise
comparativa entre eles, aprofundando a compreensão da vida e obra de Jesus. Assim, ainda
que retratem a vida de Jesus por diferentes prismas, Mateus, Marcos e Lucas, proporcionam,
em razão de suas semelhanças, uma visão de conjunto da vida, ministério e paixão de Cristo.
Vale destacar que os Evangelhos Sinóticos são semelhantes por possuírem coisas em
comum, mas não são idênticos. Nos Evangelhos Sinóticos há diferenças textuais em questão
de estilo de linguagem utilizada e objetivo pretendido pelo escritor. Marcos, por exemplo, não
dá tanto destaque aos discursos de Jesus, como Lucas e Mateus. No livro de Marcos também
não há nenhuma menção à gravidez de Maria e o nascimento de Jesus, como descrito nos
demais sinóticos. Além disso, as diferenças também estão relacionadas ao público-alvo que
cada autor tinha em mente. Mateus direcionou seu Evangelho aos judeus, na intenção de
mostrar que Jesus era o cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Já Lucas escreveu
primeiro para explicar os fatos da vida de Jesus para um homem chamado de Teófilo e para os
gregos, objetivando demonstrar que Jesus era totalmente homem e totalmente Deus. Por fim,
Marcos tinha como público alvo os gentios e romanos e deu maior ênfase aos milagres e
atitudes de Jesus.
Trechos que são sinóticos:
Exemplo 1:
“Se tentar se apegar à sua vida, a perderá. Mas, se abrir mão de sua vida por minha causa, a
encontrará.” Mateus 16:25 NVT, sinótico em: Marcos 8:35 (NVT) e Lucas 9:24 (NVT).
Exemplo 2:
“Nesse instante, uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragia se aproximou por trás
dele e tocou na borda de seu manto,”Mateus 9:20 NVT, sinótico em: Marcos 5:25, 27
(NVT) e Lucas 8:43-44 (NVT)

2. Fale sobre as origens do Evangelho de Mateus. (A singularidade do Evangelho de


Mateus: escrita, teologia e composição de tradição rabínica)

3. Qual é a principal mensagem do Evangelho de Marcos?

4. Construa uma tese teológica simples/simplificada do Evangelho de João.


O evangelho de João tem seus principais temas: a divindade de Jesus (ele é Deus), estava no
início da criação, a fonte da vida, Jesus com salvador da humanidade, novo nascimento, o
amor de Cristo. Discorrendo sobre cada um desses tópicos, tem-se:

a) Divindade de Jesus – início da Criação – fonte da vida: o apóstolo João inicia seu
evangelho afirmando que Jesus era o “verbo” (a palavra – Logos), que ele era Deus,
estava no início da criação do mundo e desta forma dele tudo foi originado (Jo 1. 1-3),
pois nele estava a vida (Jo 1. 4).

“1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava


com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
4 A vida estava nele e a vida era a luz dos
homens.”
(Jo1.1-4 - versão Almeida revista e atualizada)

João inicia seu livro dessa forma enfatizando as afirmações de Jesus sobre si
registradas pelo autor. Jesus refere-se a si mesmo como “o pão da vida” (Jo 6. 35); “a
luz do mundo” (Jo 8. 12); “a porta das ovelhas” (Jo 10. 9); “a ressureição e a vida” (Jo
11. 25); “o caminho a verdade e a vida” (Jo 14. 6); “a videira verdadeira” (Jo 15. 1-5).
Ainda, João registra Jesus como sendo “fonte de água viva” (Jo 4. 14 e 7.38). Em um
breve contexto, naquela região e naquele tempo não era tão fácil conseguir água, então
ter uma fonte de água viva, ou corrente, era algo desejável. Outrossim, uma fonte de
água corrente simbolizava a presença abençoada de Deus, e um símbolo de vida. Essa
expressão também aparece em outros livros da bíblia associada com o Deus altíssimo.
Por exemplo, em Jeremias 2. 13 tem-se:

“13 Porque dois males cometeu o meu povo: a


mim me deixaram, o manancial de águas
vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que
não retêm as águas.”
(Jr 2.13 - versão Almeida revista e atualizada)

e em Jeremias 17.13:
“13 Ó Senhor, Esperança de Israel! Todos
aqueles que te deixam serão envergonhados; o
nome dos que se apartam de mim será escrito
no chão; porque abandonam o Senhor, a fonte
das águas vivas.”
(Jr 17.13 - versão Almeida revista e atualizada)

Daqui pode-se concluir que Deus é fonte de vida e que Jesus, sendo fonte de vida, é
também Deus convergindo para o que João descreve no início de seu evangelho.
Outro ponto a ressaltar em relação a expressão anterior, é o relatado no livro de
Genesis: “[...]o Espírito de Deus pairava sobre as águas. [...]” (Gen. 1.2). Uma vez já
entendido a relação de Jesus como fonte da vida (água viva), conclui-se que está água
descrita representa, metaforicamente, Cristo no início da criação, demonstrado que ele
já era e já estava antes de tudo existir. Cristo participa da criação e por isso “todas as
coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. Ainda
que o versículo segundo de Genesis em si não apresente tanta contundência na
presença de Cristo na criação, o versículo 26 demonstra claramente a presença de mais
de um com o poder de criar vida (Jesus), conforme mostrado abaixo:

“26 Também disse Deus: Façamos o homem à


nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
tenha ele domínio sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus, sobre os animais
domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os
répteis que rastejam pela terra.”
(Gen 1.26 - versão Almeida revista e atualizada)

b) Jesus com salvador da humanidade: João continua seu registro e traz um ponto
importante: Jesus encarnou em forma humana com o propósito de salvar a
humanidade condenada pelo pecado. Aqueles que aceitam (recebem) Jesus como
salvador são salvos mediante a fé nele e feitos filhos de Deus.
“12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-
lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que creem no seu nome;”
(Jo 1.12 - versão Almeida revista e atualizada)

Este é um ponto de grande importância, pois é a cerne da missão de Jesus neste


mundo. Em conversa com Nicodemos, Cristo explica como o homem pode alcançar a
salvação, que se dá para aqueles que crerem nele como o Messias prometido de Deus.

“15 para que todo o que nele crê tenha a vida


eterna.
16 Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna.
17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao
mundo, não para que julgasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele.
18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê
já está julgado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de Deus.”
(Jo 3.15-18 - versão Almeida revista e atualizada)
João demonstra que Jesus mais uma vez demonstra que ele é aquele que leva o
homem até Deus Pai, e sendo o único que pode fazer.

6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a


verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão
por mim.
(Jo 14.6 - versão Almeida revista e atualizada)

c) Novo nascimento: João afirma em Jo 1.13 que, uma vez que receberam a Jesus como
salvador, há a mudança no ser, na mentalidade e nas ações – um renascimento no
Espírito. Ainda durante a conversa com Nicodemos, Jesus expõe a necessidade do
novo nascimento, não de forma literal, mas o “nascer do Espírito”. Isto é referente a
regeneração daquele que aceita Cristo como salvador, por meio da ação do Espírito
Santo (“...o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3. 6), porque Ele convence o
homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16. 8).
O apóstolo Paulo em carta para Tito também retorna as palavras de Jesus em
relação a mudança do ser:

“5 não por obras de justiça praticadas por nós,


mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo,”
(Tt 3.5 - versão Almeida revista e atualizada)

O próprio apóstolo João é um grande exemplo da regeneração causada pelo


Espírito. No evangelho de Marcos, o autor menciona que João e seu irmão foram
apelidados de filhos do trovão devido a personalidade que aqueles dois tinham (eram
explosivos, barulhentos, fortes e impactantes). Lucas ilustrou uma situação no capítulo
9 em que Jesus não é recebido pelos samaritanos. João, junto com seu irmão,
demonstram estarem ofendidos e questionam o mestre se ele quer que orem para
aqueles que não os receberam fossem consumidos pelo fogo (Lc 9. 54).

“54 Vendo isto, os discípulos Tiago e João


perguntaram: Senhor, queres que mandemos
descer fogo do céu para os consumir?”
(Lc 9.54 - versão Almeida revista e atualizada)

Quando se observa o enfoque do evangelho de João no amor que Cristo


demonstrou às pessoas, conclui-se que João – outrora o filho do trovão – havia sido
mudado pelo Espírito, tanto que é conhecido como o apóstolo do amor devido a
natureza de seus descritos.

d) O amor de Cristo, a marca do seguidor de Jesus: João tem uma perspectiva muito forte
em torno do amor que Cristo demonstrou e que seus seguidores devem ter. Tem-se
passagens demonstram a preocupação de Jesus em resgatar aqueles que estavam
perdidos em trevas, sem julgamentos. Em João 8. 1-11 tem-se a perícope da mulher
adúltera, em que Jesus não a condena conforme a lei de Moises, mas perdoa-a.

“10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém


mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher,
onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém
te condenou?
11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então,
lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno;
vai e não peques mais.”
(Jo 8.10-11 - versão Almeida revista e atualizada)

Jesus, no capítulo 10, afirma novamente a marca do seu amor inconteste pela
humanidade ao afirmar que é “o bom pastor”.

11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a


vida pelas ovelhas.
(Jo 10.11 - versão Almeida revista e atualizada)

Igualmente, Jesus, aplicou uma lição de amor e humildade aos seus discípulos,
levando-lhes os pés (Jo. 1-11). E de forma explicita afirma que aqueles que o seguem
manifestam o amor de Cristo para uns com os outros, conforme descrito em Jo 13. 34-
35:

“34 Novo mandamento vos dou: que vos


ameis uns aos outros; assim como eu vos
amei, que também vos ameis uns aos outros.
35 Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
(Jo 13.34-35 - versão Almeida revista e atualizada)
Por último, não se pode deixar de citar a prova mais contundente do amor e de Deus e
Cristo, por meio de sua obediência ao Pai, para com a humanidade, retratada no trecho
mais conhecido do evangelho de João.
“16 Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna. “
(Jo 3.16 - versão Almeida revista e atualizada)

5. Explique a conexão entre o Evangelho de Lucas e o livro de Atos.


Os livros de Lucas e de Atos foram escritos pelo mesmo autor Lucas na intenção de
transmitir os fatos testemunhados pelos seguidores de Jesus Cristo ao teólogo Teófilo. Lucas
queria que ambos os livros fossem lidos como uma única história, que testifique a ação de
Deus em meio ao cumprimento de suas promessas.
Como podemos verificar em Atos dos Apóstolos, a história continuou sobre o
evangelho de Jesus, visando assegurar ao destinatário a verdade sobre todas as lições
aprendidas no Evangelho de Lucas.
O foco do livro de Lucas concentrou-se na figura de Jesus como homem e como Deus
por meio do poder do Espírito Santo o capacitando a fazer grandes obras. Neste livro, vimos
uma divisão do protagonismo entre Jesus e o Espírito Santo, porque Jesus é apresentado na
sua humanidade, no entanto revestido do Espírito Santo para ser usado para realizar milagres
e maravilhas, conforme descrito em todo o livro.
Já no livro de Atos dos Apóstolos, verificamos a ação do Espírito Santo guiando os
discípulos a pregarem a palavra a todo mundo. E como podemos notar, o Espírito Santo é o
personagem principal do livro de Atos que se move a partir de Jerusalém levando a mensagem
de Cristo aos quatro cantos da terra, inclusive aos gentios.
Dessa forma, podemos verificar que a conexão entre os dois livros, além de sua
autoria, retrata a obra de Jesus com a ação contínua do Espírito Santo na vida da Igreja de
Cristo.

Você também pode gostar