TCC S
TCC S
TCC S
RIO DE JANEIRO / RJ
2024
FAVENI
Trabalho de conclusão de
curso apresentado como
requisito parcial à obtenção do
título especialista em
Administração Escolar.
RIO DE JANEIRO / RJ
2024
2
A GESTÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO
DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM AUTISMO
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
4
Pesquisa do tipo bibliográfica com abordagem de natureza qualitativa e
método descritivo, apresentando como análise resumos de artigos produzidos sobre
o tema: A gestão escolar e a formação de professores no desenvolvimento de
crianças com autismo.
Para desenvolver o estudo, delineou-se o caminho metodológico, onde a
abordagem se encaixa dentro da tipologia dos estudos de caso e de natureza
descritiva. Sendo assim, a pesquisa foi aplicada através de levantamento dos
artigos científicos relacionados ao assunto.
A pesquisa bibliográfica tem como base, permitir o embasamento teórico
científico necessário para a construção deste trabalho. Sustenta-se por meio de
consulta em livros, revistas e artigos permitindo o conhecimento detalhado e
verídico no que o estudo pretende desenvolver. Resumo do caminho e dos
instrumentos para se concluir os objetivos e resolver os problemas. Aqui são
definidos o tipo e as fontes de pesquisa, a coleta e a análise dos dados e a análise
dos resultados.
Segundo Marconi e Lakatos (1992, p.71):
5
possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão
com os outros, sua natureza e suas características.
6
As obras repetidas em bases de dados e divergentes foram descartadas e,
diante disso, analisou-se seu primeiro registro. No primeiro momento os artigos
foram armazenados em computador, para que em seguida fosse realizada uma pré-
seleção de acordo com a leitura dos resumos. Nesta etapa, investigou-se a
associação entre o conteúdo, título, resumo, e se respondiam ao objetivo do
presente estudo.
Realizada a triagem das obras, foram selecionadas 23 (vinte e três)
publicações, as quais 05 (cinco) estavam associadas diretamente com o tema.
Para análise e síntese do material observaram-se os seguintes procedimentos:
1. Leitura informativa ou exploratória, que constituiu na visualização ampla do
conteúdo que o material bibliográfico tem a contribuir;
2. Leitura seletiva, que explanaram partes relevantes para o estudo que está
sendo trabalhado;
3. Leitura crítica ou reflexiva que buscou um significado a partir dos arquivos
pesquisados, interagindo o conhecimento textual e do leitor.
RESULTADOS
7
e direta com os pais e demais
profissionais, a implantação de
um projeto Político Pedagógico
inclusivo, entre outras.
LOBATO; Os desafios da escola Foi possível compreender que é
BARROSO no atendimento aos necessário a capacitação dos
alunos com transtorno professores que lidam com os
do espectro autista. alunos autistas diariamente,
pois, torna-se um meio
facilitador para a realização do
seu trabalho.
CHAVES; O papel da gestão Com base na observação feita
SOUSA; SOUZA escolar na construção in loco pode-se observar que
da escola inclusiva como os docentes, diretores e
funcionários apresentam papéis
específicos, mas precisam agir
coletivamente para que a
inclusão escolar seja efetivada
nas escolas.
CARVALHO; Gestão escolar na As ações gestoriais
LINO educação inclusiva: a permaneceram direcionadas
produção acadêmica para a solução de conflitos e
stricto sensu paulista e ações burocráticas, com
uma realidade escolar fragilidades na formação inicial e
continuada, não acessando
pesquisas acadêmicas sobre o
tema e apresentando ações
insuficientes. Imprescinde a
continuidade de estudos que
orientem a intervenção gestorial,
bem como uma autonomia
docente para a busca dos
mesmos.
FREITAS; Formação e atuação do Os dados obtidos revelam a
8
OLIVEIRA gestor escolar na relevância de a formação, tanto
perspectiva da inicial quanto continuada,
educação inclusiva abarcar alguns elementos
básicos como: o
reconhecimento da inclusão
escolar como um direito,
valorização da diversidade.
Apontam ainda a existência de
lacunas na formação inicial
quanto a conteúdo específico
referentes à inclusão e ao papel
de líder do gestor na promoção
de uma educação inclusiva
Fonte: Elaborado pela autora (2024).
DISCUSSÃO
9
deverá permitir aos professores e outros funcionários desenvolverem um processo
de aprendizagem inclusivo em que as salas de aula e outros processos de
aprendizagem sejam planeados tendo em conta o francês de cada aluno.
Para apoiar a sua visão, os autores citam teorias que abordam a questão da
preparação das equipas de aprendizagem e de outras pessoas envolvidas no
processo de aprendizagem e enfatizam a relevância da aprendizagem democrática
para incluir diferenças no seu planeamento. Portanto, os teóricos citados no fórum:
Mantoan e Pietro (2006) e Amancio e Mitsumori (2005).
Outro desafio levantado pelos autores centra-se nas questões financeiras e
no fato de esta questão poder restringir o acesso a cursos de formação. No entanto,
embora este desafio possa limitar o progresso da formação do corpo docente e de
outros funcionários, é possível promover equipes de aprendizagem dentro da própria
escola. Continuando, o investimento financeiro permite uma formação inicial mais
aprofundada pelo que a discussão da mesma numa prática que inclui. Observou-se
que o estudo abordado pelos autores se baseou em uma análise explicativa de dois
principais desafios do gestor escolar à luz de dois teóricos que abordam a gestão
democrática e inclusiva.
O estudo realizado por Chaves, Sousa e Souza (2020) teve como objetivo
analisar o papel do gestor escolar na promoção de uma escola inclusiva. Utilizando
uma abordagem qualitativa, com estudo de caso e entrevistas individuais, a
pesquisa buscou investigar as práticas adotadas pelo gestor para garantir a
efetivação do processo de inclusão, sem mencionar diretamente o autismo. Entre os
obstáculos enfrentados pela gestão, a falta de professores especializados, recursos
tecnológicos e estrutura física adequada foram destacados. Além disso, a aceitação
da inclusão por parte das instituições, sem o devido preparo para receber os alunos,
também foi apontada como um desafio. A escassez de recursos foi apontada como
um fator que tem prejudicado o ensino e aprendizagem dos estudantes.
A ausência de capacitação contínua também foi mencionada como um
desafio, onde a prefeitura da cidade nem sempre promove esse tipo de formação.
Esse é um aspecto presente em todas as instituições, sejam elas inclusivas ou não.
Os docentes estão cada vez mais sobrecarregados, sem recursos e sem tempo para
participar de cursos de formação contínua visando melhorar suas práticas.
O estudo realizado por Carvalho e Lino (2023) baseou-se na análise de
trabalhos acadêmicos que abordam a gestão inclusiva, além de entrevistas com
10
gestores escolares. Foi observado que a produção acadêmica sobre a gestão
escolar na educação inclusiva está progredindo lentamente, com poucos estudos
sobre o tema em questão. Acrescenta-se que o incentivo e a capacitação de
profissionais docentes especializados são fundamentais para todo educando com
necessidades educacionais especiais.
Destaca-se a importância da capacitação e do treinamento contínuo para os
profissionais da área educacional e demais participantes do processo de inclusão de
indivíduos autistas. É fundamental garantir que os educadores estejam devidamente
preparados para lidar com as particularidades desses alunos. As abordagens de
ensino para crianças autistas devem ser adaptadas de acordo com suas
necessidades e transtornos específicos, sendo essencial oferecer um atendimento
personalizado com métodos adequados. Para isso, é necessário estar bem-
informado e atualizado com base em evidências científicas (CARVLHO; LINO,
2023).
Referente ao gestor escolar, é evidente os obstáculos que a educação
inclusiva enfrenta. Portanto, é essencial que o gestor esteja apto para enfrentar tais
desafios, buscando aprimorar tanto as instalações físicas quanto as práticas
pedagógicas dos professores, de acordo com as necessidades específicas da
inclusão escolar de alunos com Autismo.
Os estudos dos pesquisadores revelaram que os desafios enfrentados pelos
gestores na implementação da gestão inclusiva estão ligados à falta de preparo
adequado. A falta de capacitação dos gestores resulta em falta de conhecimento e
escolhas equivocadas, o que os impede de implementar práticas e recursos que
promovam a inclusão nas escolas.
A investigação realizada pelos autores revelou uma dificuldade evidente,
envolvendo um gestor e um coordenador. A postura burocrática e centralizadora do
gestor estava diretamente ligada à sua formação desatualizada e despreparada para
lidar com a inclusão, o que resultava em obstáculos como a falta de acessibilidade
arquitetônica para alunos com deficiências físicas, impedindo seu acesso a
determinados ambientes devido à presença de escadas. Concluiu-se que as
dificuldades estavam relacionadas à formação limitada e à falta de conhecimento
para implementar a inclusão de forma eficaz.
A pesquisa realizada por Freitas e Oliveira (2021) teve como objetivo analisar
o papel do gestor escolar em uma escola inclusiva e identificar a formação
11
adequada para essa função. O estudo foi baseado em uma revisão bibliográfica e na
técnica de revisão narrativa. O desafio abordado neste estudo está relacionado à
formação dos gestores, que atualmente é oferecida principalmente através do curso
de Pedagogia e especializações. No entanto, essa formação inicial tem sido
insuficiente no que diz respeito à inclusão escolar, já que os cursos de Pedagogia
geralmente oferecem apenas uma ou duas disciplinas sobre o tema.
Freitas e Oliveira (2021) destacam a importância do papel do gestor na
conscientização de todos em uma escola inclusiva, ressaltando que a aprendizagem
de todos está diretamente ligada à atuação da gestão na organização do Projeto
Político Pedagógico (PPP) para legitimar e estruturar as práticas pedagógicas
inclusivas. Nesse sentido, eles dialogam com o estudo de Hees, Ramírez e Santos
(2023) sobre a importância do PPP na promoção de ações inclusivas.
Por outro lado, Chaves, Sousa e Souza (2020) realizaram entrevistas com o
gerente geral, professora de sala de recursos multifuncionais e coordenadora
pedagógica de uma escola que busca promover a inclusão de alunos com
necessidades educativas especiais. A coordenadora ressalta a importância da
adaptação da escola e da formação contínua dos professores. Já o gestor destaca
ações como atendimento individual, formação continuada e conscientização para
garantir a inclusão de todos.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
13
MAANEN, V. J. Reclaiming Qualitative Methods for Organizational Research: A
Preface. Administrative Science Quaterly, v. 24, n. 4, p. 520-526, 1979.
14