Atividade Avaliativa de Recuperação - 1º Ano-1-2
Atividade Avaliativa de Recuperação - 1º Ano-1-2
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AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO
1. Mesopotâmia
O estabelecimento das primeiras aldeias
De acordo com estudos arqueológicos, a região da Mesopotâmia, já era ocupada por grupos
humanos por volta de 8000 a.C. Esses grupos que, que já haviam domesticado cabritos e
carneiros e sabiam cultivar trigo e a cevada, forma aos poucos abandonando a vida nômade e
se estabeleceram em aldeias.
Entre esses grupos humanos da Mesopotâmia, estavam os sumérios que provavelmente foram
os primeiros a utilizar técnicas de irrigação em suas lavouras. Eles construíram canais e represas
que permitiam o aproveitamento das águas dos rios Tigre e Eufrates para irrigar as plantações.
Dessa forma, eles ampliaram as áreas cultivadas e conseguiram produzir mais alimentos do que
o necessário para a alimentação de todos.
O excedente de alimentos ocasionou grandes modificações no modo de vida dos povos da
Mesopotâmia. As populações aumentaram e as aldeias cresceram. Muitas pessoas puderam
deixar de trabalhar na agricultura para se dedicar a outras atividades. Surgiram então, vários
tipos de trabalhadores especializados como tecelões, carpinteiros e comerciantes.
A sociedade mesopotâmica
As primeiras cidades da Mesopotâmia foram governadas por reis. Eram forças unidades
autônomas, com governo e força militar próprios, instaladas em determinado território, por isso
chamadas de cidades-Estado. Quando um rei dominava outras cidades-Estado, ele formava um
reino como fez Sargão que foi o primeiro
rei que uniu diversos povos: sumérios,
acádios, assírios, caldeus, hititas, etc.
O rei era o poder máximo autocracia
(governante com poder ilimitado e
independente), mas abaixo dele havia uma
rede de outros poderes como o Patesí
chefe político e religioso local que
governava as cidades-Estado , altos
funcionários, militares e os sacerdotes
que ajudavam na administração do reino e
tinham autoridade sobre o restante da
população.
Quanto ao restante da sociedade
camponeses e artesãos, havia muitos
grupos com diferentes situações sociais:
comerciantes, escribas, médicos, soldados, camponeses, artesãos, pedreiros, carregadores de
água, escravos, etc. desses a maioria era formada pelos camponeses que trabalhavam sob o
regime da servidão coletiva. Na Mesopotâmia, as terras pertenciam aos templos. Os
camponeses para cultiva-las, pagavam parte da colheita e estavam obrigados a trabalhar em
obras públicas.
Muitos escravos eram prisioneiros de guerra. Mas um homem livre em dificuldades financeiras
ou obrigado pela fome podiam vender os filhos ou a si mesmo e a toda a família como escravos.
O escravo por dividas podia reconquistar sua liberdade, caso conseguisse pagar suas dívidas.
Interação
O poder das autocracias não foi exclusividade masculina. Na Mesopotâmia existiram rainhas
que ficaram conhecidas pela sua autoridade e conhecimento com Shibtu, de Mari e Shudi-Ad,
de Ur.
Mari, uma cidade de luxo situada na região superior do rio Eufrates. Esse reino dos primórdios
da região da Suméria era famoso pelos seus tapetes e carroças de madeira de alta qualidade,
seus magníficos cantores, suas cervejas com sabor de romã – e pela sua literatura. Rainha
durante vinte anos e uma das estrelas da comunicação de Mari, Shibtu e seu marido Zimri-Lim
deixaram uma montanha de cartas de amor, arquivos de funcionários e memorandos escritos
em argila, oferecendo uma imagem íntima e vívida de suas vidas. Originária de Alepo (atual
Síria), naquela época a fonte de influência da região, Shibtu era filha de um rei. Ela se casou com
Zimri-Lim com o objetivo de efetuar uma aliança política, após a qual seu pai ajudou seu novo
marido a expulsar os assírios de Mari. Casamento arranjado ou não, Shibtu e Zimri-Lim
obviamente tiveram sorte e desenvolveram entre eles o que chamamos de química, tanto física
como intelectual.
Atividades econômicas
A economia mesopotâmica baseava-se nas atividades desenvolvidas em dois espaços
diferentes: o campo e a cidade.
Na área rural, os mesopotâmicos plantavam principalmente trigo e cevada. O gergelim era
cultivado para a extração de óleo usado na alimentação e na iluminação. A atividade pecuária
também era muito importante. Eles criavam porcos, carneiros e cabritos para a produção de
carne, lã, leite e seus derivados. Outros animais, como boi, jumentos serviam para transporte e
para puxar o arado. Os cavalos e os camelos eram utilizados principalmente no transporte.
Boa parcela do que era produzido no campo destinava-se à alimentação dos moradores das
cidades, entre eles, havia vários profissionais, como comerciantes, artesãos, barbeiros,
escultores e carpinteiros. Muitos desses profissionais trabalhavam em suas próprias casas, pois
nas cidades da mesopotâmia era comum as moradias serem também utilizadas como oficinas
de artesanato.
Os povos da mesopotâmia realizaram também conquistas importantes para a humanidade
como a metalurgia do ferro. Baseados em seus estudos astronômicos criaram um calendário e
o relógio de sol, dividiram o dia em 24 horas o círculo em 360 graus. Também se destacaram na
fabricação de tijolos, no trabalho em pedra para a construção.
A religião na Mesopotâmia
Os povos mesopotâmicos eram politeístas, isto é, acreditavam na existência de vários deuses,
entre eles Anu (deus-pai), Shamash (deus-sol), Sin (deus da lua), Inanna (deusa do amor e da
guerra), Enki (deus das águas doces) e Elil (deus dos ventos).
Os Zigurates tinham grande importância nas praticas religiosas mesopotâmicas. Era no alto
dos zigurates que ficavam localizados os templos onde os cultos eram realizados. Os cultos
consistiam em orações, sacrifícios de animais e oferendas aos deuses. Pois acreditava-se que só
assim os deuses ajudariam o povo proporcionando-lhes água, alimentos e vitórias nas guerras.
A escrita cuneiforme
O Código de Hammurabi
O Código de Hamurabi foi organizado entre 1792 e 1750 a.C., durante o governo de
Hammurabi, rei da Babilônia. Era composto de 282 artigos que tratavam temas variados, desde
pequenos delitos até crimes graves. Com a diversificação das atividades e o aumento
populacional, provocou conflitos sociais que o rei precisava administrar e julgar. Para assegurar
a justiça a toda a população, Hammurabi mandou gravar em pedra suas sentenças e leis. Eram
centenas de regras que tratavam de diversos assuntos e das punições a serem aplicadas aos
culpados. O código abrangia questões relacionadas à família, à terra, ao comercio, à
propriedade, à herança e a escravidão. Em sua maior parte, o código segue o principio da Lei de
Talião, “Olho por olho, dente por dente”. De acordo com esse princípio, o responsável por crime
deveria receber um castigo semelhante ao crime que cometeu. Veja alguns exemplos:
Apesar do código ser baseado no principio de Talião, havia casos em que apenas eram aplicadas
conforme a camada social das pessoas envolvidas: ricos, pessoas de menos posses e escravos
recebiam penas diferenciadas.
Quem tem medo de fantasma? – Os mesopotâmicos acreditavam que as almas dos mortos
vagavam pela terra. Por esse motivo
realizavam rituais funerários tentando
evitar assombrações, mas serviço dos
sacerdotes que realizavam esses rituais
era muito caro. Em túmulos
mesopotâmicos foram encontrados
objetos que tinha função de propiciar conforto ao morto em sua jornada.
Atividades
1. Leia o texto e responda às questões a seguir.
Na Mesopotâmia suméria desenvolveu-se uma civilização literária, caracterizada por um
complexo sistema de governo e por uma hierarquia religiosa, administrativa e social. Essa
civilização alcançou sucesso ao organizar pela primeira vez na história, massa de pessoas a fim
de realizar obras publicas em grande escala, explorando os rios Tigre e Eufrates para irrigação.
[...] Com tantos deuses, não era de se estranhar que eles estivessem presentes em todas as
situações. Os sumérios viam a mão divina em ação nas artes através das quais a cultura e a
civilização humana, eram sustentadas: fazer fogo, moldar o tijolo, o cuidado dos rebanhos, acura
do doente, a invenção da escrita, a criação da justiça e da lei. Os deuses se faziam muito
próximos e participavam da criação do cotidiano junto com o próprio povo.
ROSSI, Luiz Alexandre. Sumérios, In: FUNARI, Pedro Paulo (Org.). As religiões que o mundo esqueceu: como os egípcios, gregos,
celtas, astecas e outros povos que cultivavam seus deuses. São Paulo: Contexto, 2014. P. 19-20.
3.