Lista de Exercicios Adjunto Adnominal
Lista de Exercicios Adjunto Adnominal
Lista de Exercicios Adjunto Adnominal
Adjunto adnominal
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A ideia de ciberguerra tem sido questionada por alguns estudiosos,
tanto militares quanto civis. Para Thomas Rid, por exemplo, não houve até
o momento qualquer ciberataque que possa enquadrar na clássica
definição de Clausewitz para o “ato de guerra”. Para o pensador
prussiano, basicamente se pode classificar como ato de guerra algo
relacionado a ações violentas. Além disso, o ato de guerra é sempre
“instrumental”, isto é, através da violência física ou da ameaça do uso da
força é possível impelir o inimigo a realizar aquilo que o atacante deseja. E
ainda não se deve esquecer uma terceira característica do ato de guerra:
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o ataque deve ser algum tipo de ideia-noção ou intenção¸ de meta
política. Um dos problemas apresentados aqui é pensar aquilo que se
entende por “violência”. Nesse caso, conforme Jarno Limnéll, estamos
lidando com um conceito ambíguo, que agrega mais do que causas físicas
ou a morte.
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A ciberguerra compõe parte daquilo que alguns chamam de
“guerra não convencional”. 4A ocorrência de um incidente envolvendo
ataques à rede de um determinado país logo desperta comparações com a
vasta filmografia sobre “revoltas de computadores”, sobre os indomáveis
hackers. Mas, ao contrário, talvez fosse interessante diminuir os excessos
sobre o assunto e trazê-lo cuidadosamente para o lugar da história.
O texto “Cyberwar is coming!”, de John Arquilla e David Ronfeldt,
foi um dos primeiros a apontar a singularidade de novos modos de
conflito. Publicado pela Rand Corporation, agência reconhecida por
subsidiar o Departamento de Defesa norte-americano, o trabalho da dupla
repercutiu ao apresentar a necessidade de pensar as tecnologias da
informação como aspecto central nas novas estratégias militares. 5Arquilla
e Ronfeldt destacam a necessidade de conhecer o campo inimigo, revelam
inspiração nos mongóis do século XIII, afirmam a importância de
considerar a relação histórica entre mudanças tecnológicas e novas
formulações para as doutrinas militares.
Anos depois, a mesma dupla de pesquisadores publicaria outro
trabalho, procurando delimitar aquilo a que chamaram de netwar, a
guerra em rede. Para eles, esse modo de conflito ganharia
preponderância, haja vista que, para levar adiante uma ciberguerra, seria
LISTA DE EXERCÍCIOS
necessária uma quantidade maior de recursos financeiros e um repertório
menor de artefatos a serem utilizados. A netwar seria típica de conflitos
de baixa intensidade, sendo perceptível com maior nitidez nas ações de
grupos como o Hamas e os zapatistas.
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Provavelmente, a diferença mais visível entre os dois tipos de
conflito, ciberguerra e guerra em rede, possa ser observada no fato de
que o primeiro exige o uso de ambientes cibernéticos, enquanto o
segundo não. Sendo assim, as ciberguerras apresentam um maior
potencial para serem empreendidas por agentes estatais, 7embora isso
não seja uma regra. Os formatos em torno da ciberguerra também
evidenciam a necessidade do uso das redes de computadores para que os
resultados esperados sejam atingidos.
Nye Jr. chama a atenção para a força que os conflitos cibernéticos
ganharam neste século. O fato de possibilitarem a participação de agentes
não estatais e a inserção cada vez mais profunda dos computadores e
softwares na vida cotidiana somente reforça a necessidade de
considerarmos os influxos desse tipo de ação. Evidentemente,
acompanhar a ideia de que existe ciberguerra envolve a compreensão das
semelhanças e diferenças em relação ao que classicamente consideramos
uma guerra.
Numa guerra do tipo clássico, o aspecto físico exerce papel
fundamental. Deve-se levar em conta o preparo de tropas fisicamente
saudáveis, habilidosas no manejo de armamentos e com a possibilidade
de movimentação em diferentes terrenos. Em tal modalidade de guerra,
os combates tendem a cessar a partir da exaustão das tropas ou por seu
desgaste. Por um lado, os governos dispõem de um quase monopólio do
uso da força em larga escala, e os defensores precisam conhecer muito
bem o terreno de movimentação. Além disso, é preciso considerar que um
combate desse tipo requer consideráveis recursos de manutenção,
mobilidade e investimentos financeiros. Afinal de contas, deslocar tropas
do Atlântico Norte para o Pacífico ou da América do Sul para a África exige
tempo e considerável gasto com combustíveis, entre outros.
Toda essa situação ganha contornos diferentes na ciberguerra. Nela
podem atuar diversos atores, estatais e não estatais, identificados e
anônimos. A distância física é quase irrelevante, o ataque se sobrepõe à
defesa, já que a rede mundial de computadores não foi pensada como
algo a ser necessariamente defendido. Outra característica está no fato de
que a parte maior, e oficialmente mais poderosa, tem capacidade limitada
para desarmar ou destruir o inimigo, ocupar o território ou usar
efetivamente estratégias de força contrária.
LISTA DE EXERCÍCIOS
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Em 2014, por exemplo, nos confrontos entre a Rússia e a Ucrânia, o
sistema de comunicações via telefone celular ucraniano foi atacado. 9A
companhia Ukrtelecom teve suas instalações invadidas por homens
armados que danificaram cabos de fibra ótica, comprometendo
seriamente o fornecimento do serviço. Por outro lado, grupos de hackers
ucranianos, a exemplo do Cyber-Berkut, atacaram as páginas russas. O site
da agência de comunicação estatal Rússia Today foi invadido e nele a
palavra “russos” foi substituída por “nazistas”.
Justamente por suas características, trata-se de um conflito que
mais frequentemente se desenvolve nas sombras, com certa discrição. Se
há cibercomandos, eles são anunciados sempre como unidades de função
defensiva, não de ataque. Ao mesmo tempo, é importante pensar que as
intervenções cibernéticas podem servir como ato de abertura de uma
guerra mais convencional. Dito de outro modo, um ataque cibernético
pode ser o primeiro passo em uma ação maior.
LEÃO, Kari; SILVA, Francisco. Por que a guerra?: Das batalhas gregas à
ciberguerra - uma história da violência entre os homens. 1ª ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2018, p. 469 - 472 (texto adaptado).
Adam Zagajewski
Poeta, ensaísta e romancista polonês, publicou Another Beauty, sem
edição no Brasil.
a) 1 - 2 - 2 - 3
b) 2 - 1 - 3 - 1
c) 2 - 3 - 1 - 2
d) 1 - 1 - 2 - 3
"Já fiz muita coisa esquisita nesta vida, mas nunca imaginei que um dia eu
teria que dar banho nas compras."
a) Verbo transitivo direto, adjunto adnominal, adjunto adverbial,
conjunção integrante, objeto direto.
b) Verbo intransitivo, adjunto adnominal, adjunto adverbial, conjunção
integrante, objeto direto.
c) Verbo intransitivo, complemento nominal, adjunto adverbial, conjunção
integrante, objeto direto.
d) Verbo transitivo direto, complemento nominal, adjunto adverbial,
conjunção integrante, objeto direto.
e) Verbo transitivo direto, adjunto adnominal, adjunto adverbial, pronome
relativo, complemento nominal.
“Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em
1985, num livreto do teórico da comunicação americano Neil Postman:
Amusing ourselves to death (Nos divertindo até morrer), relembrado por
seu filho Andrew em artigo recente no The guardian.” (ref. 3)
“Em Mariana, a igreja, cujo sino é de ouro, foi levada pelas águas”.
a) adjunto adnominal
b) objeto direto
c) complemento nominal
d) objeto indireto
e) vocativo
LISTA DE EXERCÍCIOS
Gabarito
Resposta da questão 1:
[B]
Resposta da questão 2:
[C]
Nas opções [A], [B], [D] e [E] a classificação é incorreta, pois o adjetivo
apresenta função sintática de
Resposta da questão 3:
[A]
Resposta da questão 4:
[B]
LISTA DE EXERCÍCIOS
“com o prefeito” é complemento nominal, indicando o alvo da
insatisfação.
“com experiência” é adjunto adnominal, especificando “profissionais”.
“de pescadores” é agente da passiva, já que realiza a ação de cercar a
prefeitura.
“de madeira” é adjunto adnominal, caracterizando “ponte”.
Resposta da questão 5:
[C]
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[D]
Resposta da questão 8:
[C]
Resposta da questão 9:
[D]
[A]