Estudo - Deus É Veraz

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

AULA MINISTRADA POR TIAGO RODRIGUES NA EBD DE DOMINGO, 19 DE FEVEREIDO DE

2023 EM CLASSE ÚNICA NA PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE MURIAÉ.

Série: Atributos de Deus

Texto: João 17.3

“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, que enviaste.”

Aula: Deus é Veraz

Ideia central: A autenticidade de Deus nos dá segurança e nos leva a louvá-Lo.

Briefing: Estamos em um tempo em que somos forçados a desconfiar da autenticidade de


muitas coisas e pessoas. Mas isso não acontece quando nos referimos a Deus. Vamos
percorrer hoje nas Escrituras relembrando que não servimos a um Deus falso, nem a uma
invenção ou uma mera imitação. Ele é o único Deus verdadeiro – distinto dos ídolos feitos
pelas mãos dos homens e os falsos deuses nascidos nas imaginações corruptas dos homens.
Essa é a razão de estarmos seguros. Deus é veraz e isso nunca mudará.

Palavras-chaves: Autenticidade, verdade, fidelidade, imutabilidade.

Textos correlatos: Jeremias 10.10, 1Tessalonicenses 1.9, Apocalipse 6.10, Salmo 115.3-9

INTRODUÇÃO

Vivemos em um tempo das “Fake News”. Notícias falsas que correm as mídias tradicionais e
mídias sociais visam tentar mudar a visão de pessoas que, por sua vez, não possuem boas
referências do que, de fato, pode ser verdadeiro. Esta ideia não é nova, sempre existiu. Desde
a antiguidade isso possui o nome de propaganda. É ela é quem faz com as pessoas passam a
aderir novos pensamentos e hábitos para sua vida. É ela quem influencia a visão de mundo das
pessoas.

No livro 1984 de George Orwell, Winston, que é o personagem principal, faz parte do órgão do
Ministério da Verdade que reescreve a história. Um episódio muito curioso é que o governo
reduziu a ração de chocolate da população de 30 gramas por semana para 20 gramas. Esta
notícia saiu no jornal e as pessoas ficaram revoltosas, chegando a se manifestar. No outro dia,
Winston recebeu a tarefa de reescrever a matéria dizendo que o Ministério da Pujança havia
aumentado a ração de chocolate de 10 gramas semanais para 20 gramas. Isso foi feito e as
pessoas, que colocavam sua crença total no governo do Grande Irmão, aceitaram a mudança
dizendo que essa mudança foi para melhor, pois a propaganda fora feita com muita maestria.

Isso não acontece com as coisas de Deus. Não existe propaganda com sua mensagem, mas
anúncio da verdade. Não existe engano em Deus, mas um Deus que é o mesmo ontem, hoje e
eternamente (Hebreus 13.8).
SIGNIFICADO DAS PALAVRAS

A palavra integridade vem do latim integer, que se refere a algo completo ou inteiro. Quando
usado com relação a Deus, a palavra significa que o caráter de Deus é inteiro, sem falta e
inalterável. Há três palavras que podem ser empregadas para descrever a integridade de Deus:
(1) Deus é Verdadeiro – Ele é real; não fabricado, inventado ou uma imitação. (2) Deus é Veraz
– Ele só age e fala dentro da esfera da verdade. A falsidade é contrária à Sua natureza. (3) Deus
é Fiel – Ele fará tudo o que prometeu.

Nas Escrituras, a palavra verdadeiro é traduzida do hebraico ‘emeth e do grego alethinós. As


duas palavras indicam não somente a veracidade de Deus, mas Sua autenticidade. Deus é
genuíno ou real. Ele é exatamente como se revela a Si mesmo. Ele não é falso, uma invenção
ou uma mera imitação.

A VERDADE DE DEUS1

Segundo o sistemático Batista James Boyce, a expressão “verdade de Deus” é ambígua, ou


seja, possui dois lados e deve ser considerada sob os termos específicos que estabelecem seus
vários significados. É nesta mesma percepção que caminharemos juntos.

I. Sua Verdade. Ele é Deus Verdadeiro.

Existe uma correspondência exata da natureza de Deus com o ideal de perfeição absoluta. A
base disso tudo pode ser indeterminada. Podemos notar que isso pode ser proveniente da
natureza de Deus, da sua vontade que procede de sua natureza ou ainda nos princípios
eternos do ajuste, isto é, a necessidade de justiça, que coincidem exatamente com essa
natureza, Deus e esse ideal devem ser contrapartes perfeitas.

Portanto não se pode ter uma ideia errônea sobre a veracidade de Deus, visto que em toda
sua natureza, caráter e atributos são mantidos debaixo de um mesmo atributo que é sua
fidelidade.2

Esse ideal só pode ser parcialmente compreendido por qualquer uma de suas criaturas, por
causa de suas imperfeições; mas é conhecido por Deus em toda a sua excelência suprema, e
sua natureza deve corresponder plenamente a ela, assim conhecida. Caso contrário, ele não
seria Deus.

É nesse aspecto da verdade de Deus que as Escrituras o chamam de Deus verdadeiro. Vejamos
alguns textos:

“Mas o SENHOR é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno; a terra
estremece diante do seu furor, e as nações não podem suportar a sua ira.”
(Jeremias 10.10)

1
Neste deste subtítulo, toda reflexão será feita com base na Teologia sistemática de James P. Boyce,
publicada pela editora Pronobis.
2
Contribuição minha.
“9 Porque eles mesmos anunciam de que maneira fomos recebidos entre vós,
de que forma vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e
verdadeiro,...” (1Tessalonissenses 1.9)

“Eles clamaram em alta voz, dizendo: Ó Soberano, santo e verdadeiro, até


quando aguardarás para julgar os que habitam sobre a terra e vingar o nosso
sangue?” (Apocalipse 6.10)

II. Sua veracidade.

Por veracidade, entende-se a incapacidade de Deus de enganar. É um atributo de sua


natureza, que como seu poder, existe e faz dele o que ele é, mesmo que não exista relação
externa com ele. Em virtude disso, ele é a fonte de toda verdade, não apenas moral, mas
também matemática.

Em relação com as criaturas, Deus é o fundamento de sua confiança no conhecimento obtido


através do uso de suas próprias faculdades, seja por intuição, observação ou razão. Qualquer
imperfeição que exista nesse conhecimento é percebida como oriunda da criatura, e não de
Deus, o criador. Na esfera da veracidade, também se baseia a crença nas revelações que Deus
faz ao homem de fatos além da obtenção de poder meramente humano.

As Escrituras afirmam a veracidade de Deus em termos veementes. Além de sua afirmação em


numerosas passagens, somos informados, em Salmos 108.4, de que sua “verdade chega aos
céus”. Em Tito 1.2, ele é chamado “Deus, que não pode mentir”.

UM DEUS VERDADEIRO NÃO É UM ÍDOLO

Uma visão errada de Deus pode fazer com que sejamos criadores de ídolos. Um ídolo nada
mais é que uma projeção de nós mesmos, isto é, o falso deus que criamos é um mordomo de
nossas vontades e uma amplificação do nosso ego. Com esta percepção é que podemos ter
uma visão de errada de Deus o tornando um mero servo de nossas vontades.

Hoje, muitos pregam um deus fraco e submisso ao homem. Um deus que cumpre as
declarações de pessoas que não possuem conhecimento bíblico da pessoa de Deus. Eles
dizem: “eu declaro!”, “eu determino!”, “eu não aceito!”, “eu ordeno!”. Todas essas palavras
são chaves que mostram o quanto as pessoas tentam fazer de Jesus um gênio da lâmpada que
precisa cumprir seus desejos.

Vejamos o Salmo de número 115, versos de 3 a 9:

“3 Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo de acordo com sua vontade. 4
Os ídolos deles são de prata e ouro, obra das mãos do homem. 5 Têm boca,
mas não falam; têm olhos, mas não veem; 6 têm ouvidos, mas não ouvem; têm
nariz, mas não cheiram; 7 têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não
andam; nem som algum lhes sai da garganta. 8 Tornem-se semelhantes a eles
aqueles que os fazem e todos os que neles confiam. 9 Israel, confia no SENHOR;
ele é seu auxílio e escudo.” (Salmo 115.3-9)

Este é um texto que denuncia a lástima daqueles que produzem ídolos para si e, ao mesmo
tempo, amaldiçoa qualquer um que se entrega a adoração de um deus falso.
Não podemos criar um deus à nossa imagem e semelhança, pois se tentarmos fazê-lo, ele não
será deus. Deus não pode ser criado segundo às nossas concepções, pois, se fosse criado, não
seria Deus e se ele fosse submisso ao que pensamos quem ele realmente é, ele não pode ser
Deus.

Toda a verdade sobre quem Ele é está subordinada à revelação que ele faz de si mesmo por
meio da ação sobrenatural sobre a humanidade, isto é, ele se revelou a meros homens por
vontade própria com agência eficaz do Espírito. Por isso não podemos imaginar um deus
segundo nossas preferências, mas sermos submissos a um Deus forte e poderoso que se faz
conhecer por meio de sua própria Palavra.

APLICAÇÕES:

1 – Não permita que notícias falsas ou propagandas tendenciosas ditem quem é Deus em sua
vida.

2 – Se esforce em conhecer a Deus todos os dias por meio das práticas da leitura bíblica,
oração e exposição às Escrituras por meio do ensino na igreja.

3 – Jesus não é um ídolo, ele é Deus. Sirva-o!

4 – Jesus nos ensina toda verdade. Ele é Deus, Deus é verdadeiro, logo, Jesus é a verdade!

Lembremos de João 14.6: “Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida;
ninguém chega ao Pai, a não ser por mim”.

Nota: Esta declaração é de grande importância. Jesus não apenas ensinou a verdade, mas Ele é
a verdade. Ele é a própria essência de toda verdade e a fonte de toda a verdade. Em Sua
pessoa encontra-se a maior revelação da verdade. As Escrituras testificam em Efésios 4:21 que
a verdade está “em Jesus”.

Você também pode gostar