CNU Sprint Final Bloco 8 Administrativo Gustavo Brigido

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DIREITO ADMINISTRATIVO

PROF. GUSTAVO BRÍGIDO


Organização administrativa brasileira
Terceiro Setor
Administração Pública
Sentido subjetivo, formal são as pessoas jurídicas, os Administração Pública
ou orgânico órgãos e os agentes que
exercem atividades
administrativas
Sentido objetivo, material é a própria função ou administração pública
ou funcional atividade administrativa
(ex.: poder de polícia,
serviços públicos, fomento e
intervenção do Estado no
domínio econômico)
Desconcentração Descentralização

Criação de órgãos. Criação de entidades da Administração


Indireta, bem como delegação
Não possuem personalidade Possuem personalidade Jurídica
jurídica própria. Própria.
Há hierarquia ou subordinação Não há hierarquia entre as entidades da
entre órgãos componentes de Administração Indireta em relação aos
uma mesma pessoa jurídica. entes da Administração Direta, apenas
vinculação.
Descentralização por delegação Descentralização por outorga legal
(por colaboração ou negocial)

o Poder Público transfere apenas a pressupõe a criação, por força de lei


execução do serviço, durante prazo instituidora ou autorizativa, de
determinado, conservando sua entidade da administração indireta
titularidade. (autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou
fundação pública), situação em que
o Estado transfere a própria
titularidade da prestação do serviço
Classificação dos órgãos
quanto à posição estatal

Independentes São os Poderes do Estado Presidência da República,


Assembleias legislativas.

Autônomos Possuem autonomia Ministérios e Secretarias


administrativa, técnica e
financeira.
Superiores Detêm poder de direção em Departamento de Polícia
relação aos assuntos de sua Federal
competência.
Subalternos Possuem atribuições de zeladoria, RH
mera execução.
Teorias da manifestação da
vontade do órgão
Teoria do mandato O agente público é um simples
mandatário da vontade do Estado.

Teoria da representação O agente público é representante do


poder público.
Teoria do órgão (imputação A vontade do Estado se exterioriza
volitiva) pela atuação do agente, ou seja, a
vontade do agente se confunde com
a vontade do ente estatal.
Administração Direta Administração Indireta
(Centralizada)

União Autarquias, inclusive as associações


públicas
Estados Fundações Públicas

DF Empresas Públicas

Municípios Sociedades de economia mista


Administração Criação ou Objeto Social Personalidade Bens
Indireta autorização Jurídica
Autarquias Criadas por lei Serviço Público Direito Público Bens Públicos
específica
Fundações Criadas por lei Sem fins Direito Público Patrimônio
Públicas de específica lucrativos Personificado
Direito Público
Fundações Autorizadas por Sem fins Direito Privado Patrimônio
Públicas de lei específica lucrativos Personificado
Direito Privado
Empresas Autorizadas por Serviço Público ou Direito Privado Bens Privados
Públicas lei específica Atividade
Econômica
Sociedades de Autorizadas por Serviço Público ou Direito Privado Bens Privados
Economia Mista lei específica Atividade
Econômica
Agências Reguladoras Agências Executivas

São autarquias especiais São autarquias ou fundações

Criadas por lei específica celebrado Contrato de Gestão com o


respectivo Ministério supervisor

Quarentena de 6 meses, assegurada Ter um plano estratégico de


a remuneração compensatória reestruturação e de
desenvolvimento institucional em
andamento
ANATEL, ANP, ANAC, ANVISA, ANEEL, INMETRO
ANCINE, ANA, ANTAQ, ANTT, ANS,
ANM
Terceiro Setor

Entidades Paraestatais

Serviços Sociais Autônomos Parafiscalidade

OS Contrato de Gestão

OSCIP Termo de Parceria

Entidades de Apoio Convênio


OS OSCIP
LEI Nº 9.637, DE 15 DE MAIO DE 1998.
Lei 9637/1998 Lei 9790/1999
CAPÍTULO I
DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
Contrato de Gestão Termo de Parceria

Qualificação Discricionária Qualificação Vinculada

Conselho de Administração Conselho Fiscal

Sem experiência 3 anos de experiência


Poderes Administrativos
Poderes da Administração Pública
Abuso de poder

desvio de poder o agente público desvia sua


finalidade, utilizando o poder de
forma inapropriada para atender a
interesses próprios ou de terceiros,
em detrimento do interesse público

excesso de poder acontece quando a autoridade


ultrapassa os limites impostos pela
lei ou pela Constituição no exercício
de suas funções
PODERES DICA 1 DICA 2
ADMINISTRATIVOS
VINCULADO IRREVOGÁVEL ALVARÁ DE LICENÇA
DISCRICIONÁRIO REVOGÁVEL ALVARÁ DE
AUTORIZAÇÃO
HIERÁRQUICO SUBORDINAÇÃO CONTROLE INTERNO
NORMATIVO DECRETOS ATOS SECUNDÁRIOS
REGULEMENTARES
DISCIPLINAR PUNITIVO EM REGRA,
VINCULADO
POLÍCIA ADMINISTRATIVA TAXAS DAC
Poder Normativo
Poder Regulamentar Decreto Regulamentar Decreto Regulamentar
(Decreto Regulamentar) Executivo Autônomo
Chefe do Poder Executivo Art. 84. Compete privativamente Art. 84. Compete privativamente
ao Presidente da República: ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer VI – dispor, mediante decreto,
publicar as leis, bem como expedir sobre:
decretos e regulamentos para sua a) organização e funcionamento
fiel execução; da administração federal, quando
não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos
públicos;
b) extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos;
Resoluções, portarias,
deliberações, instruções
normativas
Poder Disciplinar
Poder Punitivo do Estado

Servidores Públicos Com hierarquia

Particulares com vínculo específico Sem hierarquia


com a Administração Pública
Poder Hierárquico Tem como objetivo ordenar,
A relação hierárquica caracteriza-se coordenar, controlar e corrigir as
da seguinte maneira: atividades administrativas, no
âmbito interno da Administração
Pública.
a) é uma relação estabelecida entre
órgãos, de forma necessária e
permanente;
b) que os coordena;

c) que os subordina uns aos outros;

d) e gradua a competência de cada


um
Poder de Polícia

Pelo conceito clássico ligado à concepção liberal do século


XVIII, o poder de polícia compreendia
a atividade estatal que limitava o
exercício dos direitos individuais em
benefício da segurança.

Pelo conceito moderno adotado no direito brasileiro, o


poder de polícia é a atividade do
Estado consistente em limitar o
exercício dos direitos individuais em
benefício do interesse público.
Tributo Taxa – Fatos Geradores

Polícia Administrativa artigo 78 do Código Tributário Nacional:


“considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes
de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos”.

Serviço Público Específico e Divisível


Polícia Administrativa Polícia Judiciária

Preventiva Repressiva

Incide sobre bens, serviços e Incide sobre pessoas


atividades
Não depende de órgãos Depende de órgãos especializados
especializados
Ilícitos administrativos Ilícitos penais

Rege-se pelo direito administrativo Rege-se pelo direito processual


penal
Atributos dos Atos Administrativos Atributos do Poder de Polícia

Presunção de Legitimidade Discricionariedade

Auto-executoriedade Auto-executoriedade

Tipicidade Coercibilidade

Imperatividade
Auto-executoriedade
Exigibilidade resulta da possibilidade que tem a Administração
pode-se dizer que a exigibilidade está de tomar decisões executórias, ou seja, decisões
que dispensam a Administração de dirigir-se
presente em todas as medidas de polícia, preliminarmente ao juiz para impor a obrigação ao
mas não a executoriedade. administrado. A decisão administrativa impõe-se ao
particular ainda contra a sua concordância; se este
quiser se opor, terá que ir a juízo.

Executoriedade consiste na faculdade que tem a Administração,


quando já tomou decisão executória, de realizar
diretamente a execução forçada, usando, se for o
caso, da força pública para obrigar o administrado a
cumprir a decisão.
Ciclos de Polícia
Ordem de polícia é o ciclo ou fase que envolve a edição de uma norma de
polícia. Por exemplo, a norma que dispõe que os carros
devem parar quando o sinal está vermelho.
Consentimento de polícia é o ciclo ou fase que envolve a concordância da
administração pública com o exercício de um direito ou
atividade por um particular. Por exemplo, quando a
administração pública concede a um cidadão que
preencheu todos os requisitos legais licença para dirigir.

Fiscalização de polícia é o ciclo ou fase que envolve a fiscalização pela


administração pública do cumprimento das ordens de
polícia, por exemplo, a inspeção da vigilância sanitária
em um estabelecimento que venda alimentos.

Sanção de polícia é a fase ou ciclo que envolve a aplicação de sanções caso


sejam constatadas violações às ordens de polícia. Por
exemplo, a interdição ou a aplicação de multa a um
estabelecimento pelo descumprimento de normas
sanitárias.
CICLOS DE POLÍCIA DELEGABILIDADE

1º - ORDEM DE POLÍCIA NÃO

2º - CONSENTIMENTO DE POLÍCIA SIM

3º - FISCLAIZAÇÃO ADMINISTRATIVA SIM

4º - SANÇÃO DE POLÍCIA NÃO


Tese: STF: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei,
a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime
não concorrencial”.
Atos administrativos
Elementos (Requisitos)

Competência

Finalidade

Forma

Motivo

Objeto
Elementos Atos Vinculados Atos Discricionários
(Requisitos)
Competência

Finalidade

Forma

Motivo

Objeto
Convalidação “Em decisão na qual se evidencie não
❑O
acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão
ser convalidados pela própria
Administração”.

não acarretarem lesão ao interesse


público
nem prejuízo a terceiros

defeitos sanáveis

pela própria Administração


Motivo Pressupostos de fato de fato e de
direito que ensejam a prática do
ato administrativo

Motivação Exposição dos motivos

Móvel Intenção com que se pratica o ato

Teoria dos Motivos Determinantes O agente se vincula aos motivos


expostos na prática do ato
Motivação obrigatória para os atos que
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato


administrativo.
Mérito Administrativo

Conveniência + Oportunidade

Motivo + Objeto
Atributos
ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Presunção de Legitimidade

Auto-executoriedade

Tipicidade

Imperatividade
EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Extinção natural a) Cumprimento dos efeitos: diz respeito à
execução da situação apresentada no ato.
b) Advento do termo: o fim do prazo estabelecido
para a execução do ato.
Renúncia O beneficiário renuncia a um ato ampliativo dado
pela Administração Público
Cassação o beneficiário descumpre os requisitos
autorizadores do ato.
Caducidade Dá-se a caducidade quando lei superveniente
prejudica a manutenção do ato até então válido. A
ilegalidade é superveniente e decorre de alteração
legislativa, sem culpa do beneficiário.
EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Anulação A anulação é a retirada de atos inválidos, ou seja,
ilegais, viciados. Trata-se de controle de legalidade
do ato administrativo.

Revogação A revogação é a retirada de um ato válido, mas


inoportuno ou inconveniente. Cuida-se de controle
de mérito administrativo.
Serviço Público
Princípios do Serviço Público: Serviço Adequado
Generalidade (ou universalidade) o serviço deve ser prestado ao maior número de
usuários possível
Atualidade compreende a modernidade das técnicas, do
equipamento e das instalações e sua conservação,
bem como a melhoria e expansão do serviço.
Modicidade as tarifas cobradas aos usuários deve ter o valor
mais baixo possível.

Regularidade o serviço deve ser perene, constante.


Cortesia é o bom trato com os particulares que se utilizam
Segurança o serviço não pode apresentar
Eficiência presteza, rendimento, qualidade
Continuidade o serviço não pode sofrer interrupções. A prestação
do serviço público deve ser contínua
Princípio da Eficiência

Lei 8987/1995
CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 6o § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as
condições de regularidade, continuidade,
eficiência, segurança, atualidade, generalidade,
cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.

EC/19 - 1998 Art. 37. A administração pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Exceções à continuidade
do Serviço Público

situação de emergência Sem aviso prévio

razões de ordem técnica Com aviso prévio


ou de segurança das
instalações

por inadimplemento do Com aviso prévio A interrupção do serviço não


poderá iniciar-se na sexta-feira, no
usuário, considerado o sábado ou no domingo, nem em
interesse da coletividade feriado ou no dia anterior a
feriado.
Classificação
Súmula dos 41: O serviço
Vinculante Conceito Custeio
de iluminação pública não pode
Serviços Públicos
ser remunerado mediante taxa.

ServiçosArt.
CRFB/1988. singulares O poder
149-A Os Municípios público
e o Distrito Federalpode Facultativos:
poderão tarifa naou
instituir contribuição,
forma dasuti singuli leis, paramensurar
respectivas o custeio doo serviço
quantodecada preçopública,
iluminação público.observado o
disposto no art. 150, I e III. (Incluído
usuáriopela Emenda Constitucional
utilizou. nº 39, de 2002)
Compulsórios: taxa.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura
de consumo
Serviçosdeuniversais
energia elétrica. (Incluído pela
Não é possível Emenda
mensurar Constitucional
São custados pelanº 39, de
receita
2002)
uti universi o quanto cada usuário decorrente do
utilizou. pagamento de impostos.
Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode
ser remunerado mediante taxa.

CRFB/1988. Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na


forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura
de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de
2002)
FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS

Direta quando o próprio Estado, sem


intermediários, presta o serviço
público.

Indireta por outorga ou delegação


Outorga (descentralização por Delegação (descentralização por
serviço) colaboração)
Transferência da execução e da Transferência apenas da execução
titularidade do serviço públicos. dos serviços públicos.
Feita a pessoas jurídicas de direito Feita a pessoas jurídicas de direito
público da Administração Indireta privado da Administração Indireta
através de lei. através de lei.
Feita a particulares através de
concessão, permissão – ambos
contratos administrativo – e
autorização – ato administrativo.
Serviços Públicos

próprios são aqueles prestados diretamente pelo


Estado, por meio de seus agentes, ou
mesmo indiretamente, por meio de
concessionários ou permissionários de
serviço público.

impróprios seriam aqueles que, apesar de serem


dotados de interesse coletivo, são
prestados por particulares, sendo apenas
autorizados, fiscalizados e regulamentos
pelo Estado.
Formas de Delegação
concessão de serviço público a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo
competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco
e por prazo determinado

concessão de serviço público precedida a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação
ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público,
da execução de obra pública delegados pelo poder concedente, mediante licitação, na
modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade
para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o
investimento da concessionária seja remunerado e amortizado
mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo
determinado

permissão de serviço público a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de


serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou
jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua
conta e risco.

autorização de serviço público ato administrativo unilateral, precário e discricionário


Extingue-se a concessão por

advento do termo contratual

encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por
motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização

caducidade A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a


declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais

rescisão O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no


caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante
ação judicial especialmente intentada para esse fim. Os serviços prestados pela
concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial
transitada em julgado.

anulação

falência ou extinção da empresa concessionária e


falecimento ou incapacidade do titular, no caso de
empresa individual
Concessão de Serviço Público
Comum a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade
concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou
consórcio de empresas que demonstre capacidade para
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado

Especial Concessão patrocinada é a concessão de serviços


públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987,
de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado
Concessão administrativa é o contrato de prestação de
serviços de que a Administração Pública seja a usuária
direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
LEI Nº 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004.

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-
privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

Parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos
Poderes Executivo e Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações
públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou
administrativa.

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº
8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja


a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços
públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Controle da Administração Pública
Controle da Administração Pública
Quanto à natureza

Administrativo é o controle realizado pela própria


Administração Pública em relação aos seus
próprios atos, com base na autotutela
administrativa.
Legislativo desempenhado pelo Poder Legislativo com
o auxílio do Tribunal de Contas. Inclui o
controle político e financeiro dos Poderes
Executivo, Judiciário e do próprio
Legislativo.
Judicial controle exercido pelo Poder Judiciário, no
exercício de sua função típica, sobre os
atos da Administração Pública
Improbidade Administrativa
Efeitos constitucionais do ato de Art. 37. § 4º - Os atos de improbidade
improbidade administrativa importarão a suspensão
dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da
ação penal cabível.

P perda da função pública


A
R ressarcimento ao erário
I indisponibilidade dos bens
S suspensão dos direitos políticos
Improbidade Administrativa

Condutas dolosas a vontade livre e consciente de


(Só dolo, só dolo, Só dolo, só dolo, alcançar o resultado ilícito
Só dolo, só dolo) tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 da Lei
8429/1992
O mero exercício da função ou afasta a responsabilidade por ato
desempenho de competências de improbidade administrativa
públicas, sem comprovação de ato
doloso com fim ilícito
Tipos de Dolo
Direto é aquele em que a vontade do agente é
direcionada ao atingimento de um
(é o tipo exigido para a prática do ato de determinado resultado. Existe finalidade
improbidade) precisa, bem definida na conduta.

Indireto a vontade não está direcionada à obtenção


de resultado determinado. Divide-se em
dolo eventual e alternativo. No alternativo,
o agente atua em ordem a obtenção de
um ou outro resultado, sem definição
específica. O agente deverá responder pelo
resultado mais grave. Por fim, no dolo
eventual, o agente não deseja o resultado,
mas assume o risco de produzi-lo.
CONCEITO DE AGENTE PÚBLICO
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente
político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Tipos de Improbidade
Enriquecimento Ilícito (EI) receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou
imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta
ou indireta, a título de comissão, percentagem,
gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto
ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público;
Lesão ao Erário (LE) permitir que terceiro se enriqueça ilicitamente;

Atos contra os Princípios da nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,


colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive,
Administração Pública (AP) da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão
ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230,
de 2021)
Art. 9° Constitui ato de Art. 9º Constitui ato de
improbidade administrativa improbidade administrativa
importando enriquecimento ilícito importando em enriquecimento
auferir qualquer tipo de vantagem ilícito auferir, mediante a prática
patrimonial indevida em razão do de ato doloso, qualquer tipo de
exercício de cargo, mandato, vantagem patrimonial indevida em
função, emprego ou atividade nas razão do exercício de cargo, de
entidades mencionadas no art. 1° mandato, de função, de emprego
desta lei, e notadamente: ou de atividade nas entidades
referidas no art. 1º desta Lei, e
notadamente: (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 10. Constitui ato de Art. 10. Constitui ato de
improbidade administrativa que improbidade administrativa que
causa lesão ao erário qualquer causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou ação ou omissão dolosa, que
culposa, que enseje perda enseje, efetiva e
patrimonial, desvio, apropriação, comprovadamente (NÃO PODE SER
malbaratamento ou dilapidação PRESUMIDA), perda patrimonial,
dos bens ou haveres das entidades desvio, apropriação,
referidas no art. 1º desta lei, e malbaratamento ou dilapidação
notadamente: dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º desta Lei, e
notadamente:
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do
fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano
patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de
responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda
da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa
civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos; (Redação
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12
(doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o
poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze)
anos; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela
Lei nº 14.230, de 2021)
Suspensão dos direitos políticos Multa Proibição de contratar/Receber
benefícios

Enriquecime 8---10 3 x Acréscimo 10 anos


nto Ilícito

Lesão ao 5---8 2 x Dano 5 anos


Erário

Atos contra 3---5 100 x Remun 3 anos


os Princípios

Enriquecime Até 14 anos Equival. Ao Até 14 anos


nto Ilícito acréscimo

Lesão ao Até 12 anos Equival. Ao Dano Até 12 anos


Erário

Atos contra - Até 24 x Até 4 anos


os Princípios Remuneração
Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será
proposta pelo Ministério Público e seguirá o procedimento comum
previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo
Civil), salvo o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de
2021) (Vide ADI 7042) (Vide ADI 7043)
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei
prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato
ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a
permanência. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
STF decide que mudanças na lei de improbidade não retroagem para
condenações definitivas 18 08 2022
Administrativa (LIA - Lei 8.429/1992), com as alterações inseridas pela Lei
14.230/2021, não pode ser aplicado a casos não intencionais (culposos) nos
quais houve condenações definitivas e processos em fase de execução das
penas.
O Tribunal também entendeu que o novo regime prescricional previsto na lei
não é retroativo e que os prazos passam a contar a partir de 26/10/2021, data
de publicação da norma.
Prevaleceu o entendimento do relator, ministro Alexandre de Moraes, de que
a LIA está no âmbito do direito administrativo sancionador, e não do direito
penal. Portanto, a nova norma, mesmo sendo mais benéfica para o réu, não
retroage nesses casos.

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