Farmacologia 3 Resumo
Farmacologia 3 Resumo
Farmacologia 3 Resumo
Medicamento genérico é a forma comercial que, em relação ao medicamento de referência, possui o mesmo
fármaco=o mesmo princípio ativo, a mesma concentração, a mesma forma farmacêutica e é administrado
pela mesma via.
No Brasil, existe uma política de medicamentos genéricos; seu objetivo é oferecer uma melhor qualidade
(quando houver a troca de um medicamento de referência por outra medicação existe comprovação
científica de testes de equivalência farmacêutica* e bioequivalência**), um menor preço (porque não
precisa investir em pesquisa e propaganda), propiciando um maior acesso dos pacientes às medicações,
também há a possibilidade de diversas marcas produzirem o mesmo fármaco, o que ↑ concorrência = ↓
preço.
Ser administrados em
mesma dose molar (mesmo nº de moléculas);
Deve se comprovar que o comprimido possui a mesma quantidade de fármaco (equivalência
farmacêutica);
OBS: existem medicamentos que são isentos de testes de bioequivalência. Medicamentos que apresentam:
• Alta solubilidade e alta permeabilidade (que se sabe que terão absorção de quase 100%)
• Medicamentos com biodisponibilidade absoluta superior à 90%
• Dissolução, a partir da forma farmacêutica, maior que 85% em 15 minutos
• Soluções parenterais sob forma de solução aquosa
• Soluções de uso oral sem incipientes que afetam a motilidade ou a absorção intestinal
• Pós para reconstituição (por exemplo a amoxicilina, que vem em pó e para utilizar se adiciona água)
• Soluções aquosas oftálmicas
• Produtos tópicos dermatológicos
• Medicamentos tópicos
• Produtos para inalação a aerossóis nasais
• Medicamentos de uso oral com fármacos não absorvíveis
• Produtos biológicos ou oriundos de biotecnologia.
Os medicamentos devem ter equivalência farmacêutica: a administração da mesma dose deve apresentar
os mesmos efeitos e o mesmo perfil de segurança (não podem ter mais efeitos adversos e menos efeitos
terapêuticos).
Os genéricos são denominados a partir da denominação comum brasileira (DCB): existe uma listagem feita
pena secretaria nacional de vigilância sanitária (desde 1981), que obriga os fármacos a serem registrados
junto à secretaria nacional de vigilância sanitária.
o Suplementos alimentares;
o Soluções parenterais isentas de fármaco; o Agua para injeção; o Solução de
glicose; o Solução de cloreto de sódio; o Demais compostos eletrolíticos e
açúcares; o Produtos biológicos imunoterápicos; o Derivados de plasma e sangue;
o Produtos obtidos por biotecnologia, excetuando-se antibióticos, fungicidas e
outros à critério da anvisa.
o Vitaminas e sais minerais; o Anticoncepcionais e hormônios não sintéticos de uso
oral; o Produtos para fins diagnósticos e contrastes radiológicos; o Medicamentos
isentos de prescrição médica (porém há exceções, ex: paracetamol) o Alguns
medicamentos não esteroides de uso tópico; o Balsâmicos e mucolíticos; o
Antiácidos
Entre medicamento de referência e o similar só pode haver troca se for manifesta essa possibilidade pelo
profissional prescritor ou se houver comprovada bioequivalência do similar ao medicamento de
referência;
Similar com similar não pode ser trocado, pois não existe comprovação de bioequivalência entre
similares;
Genérico por similar também é vetada a troca.
A prescrição de genéricos é obrigatória no SUS, no setor privado fica a critério do profissional. Também cabe
ao profissional decidir se o medicamento é intercambiável ou não.
PRESCRIÇÃO MÉDICA
• São ordens escritas por médicos, veterinários ou cirurgiões dentistas para que um farmacêutico possa
fornecer ou dispensar uma medicação.
• Serve também de orientação ao paciente de como fazer o uso da medicação.
• Dentro do hospital é uma indicação à equipe de enfermagem de como administrar a medicação.
1) Definir o problema (exceto em casos em que não há diagnóstico, mas se controla os sintomas);
2) Especificar os objetivos da terapêutica;
3) Seleção do tratamento baseado em eficácia e segurança;
4) Prescrição de tratamentos medicamentosos ou de medidas não farmacológicas (ex: para febre
aplicar compressas frias);
5) Informações ao paciente sobre a terapêutica (resultados esperados e efeitos adversos); 6)
Monitoramento do tratamento proposto
Componentes da prescrição:
Caligrafia: o código de ética médica, artigo 11, diz que é vedado ao médico receitar, atestar ou emitir laudos
de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no conselho, bem como
assinar folhas em branco, receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.
Recomendações:
Sempre tentar a menor dose eficaz possível (quanto maior a dose, maior a chance de efeitos
adversos);
Enfatizar a finalidade e a importância do tratamento;
Explicar claramente quando usar o medicamento;
Esclarecer os potenciais efeitos indesejáveis;
Pedir para que o paciente explique como vai tomar a medicação;
Receituários:
Receita simples (branca): feita para medicamentos não tarjados ou medicamentos vendidos sem
necessidade de prescrição médica (OTCs) ou medicamentos de tarja vermelha (que precisam de
prescrição médica);
Receituários de controle especial: medicamentos de tarja vermelha da lista C (retenção da receita),
Notificação de receita (azul): medicamentos de tarja preta da lista B (B1 e B2) – não substitui a
prescrição médica;
Notificação de receita (amarela): medicamentos de tarja preta da lista A– não substitui a prescrição
médica.
facultativo.
Pode ser substituído por “uso interno” ou “uso externo”.
• Uso interno: fármaco que tem absorção enteral. Ex: via oral.
• Uso externo: fármaco que não tem absorção enteral. Ex: pomada sobre a pele, colírio, aplicação
intramuscular, medicamentos sublinguais, via retal, via intranasal, intravenoso.
Em relação à substâncias e receituários existem listas que definem os medicamentos aos quais é
necessária a notificação de receita ou venda controlada:
o A e B são medicamentos que podem gerar dependência. o C1: medicamentos com ação no
SNC (geralmente de controle especial). o C2: retinóicos - usados para acne (tem potencial
teratogênico). o C3: imunossupressores. o C4: antirretrovirais. o C5: anabolizantes. o Não se
enquadram nessa categoria, mas precisam de retenção de receita: antibióticos.
2. Antidiabéticos
Diabetes Mellitus – é uma doença metabólica, de etiologia variável, multifatorial, que envolve a alteração no
metabolismo dos carboidratos, hiperglicemia (desfecho intermediário - glicemia maior que 126) e
desenvolvimento de complicações macrovasculares (Infarto do miocárdio, doença arterial periférica e
doença vascular cerebral) e microvasculares (polineuropatia e neuropatia diabética devido a inflamação
causada pelo aumento descontrolado da glicemia - desfechos duros ou finais).
Tipo I: deficiência absoluta de insulina; 10% dos casos; de etiologia autoimune contra as células beta
das ilhotas pancreáticas.
Tipo II: deficiência relativa de insulina derivada de uma síndrome metabólica, alterações no receptor
de insulina a nível periférica; secreção de insulina pode estar aumentada no início (hiperinsulinemia);
corresponde a 90% dos casos mais insulina para pôr a glicose dentro da célula.
Outros – medicamentos: uso de corticoides causam aumento na glicemia devido a aumento da
resistência periférica a insulina e ciclosporina que tem sua ação nas células beta do pâncreas.
o Mudanças no estilo de vida – redução no risco cardiovascular eficaz com pouca efetividade.
o Controle dietético – redução na ingesta calórica em pacientes com sobrepeso e obesidade; redução
na ingesta de gordura; dietas de baixo índice glicêmico (carboidratos de absorção lenta, para não
causar pico de glicose, diminuindo a quantidade necessária de insulina para bota-los dentro da
célula).
o Atividade física – aumento na captação periférica de glicose, mesmo na independência de insulina.
Mudanças no estilo de vida é eficaz (em ambiente controlado) e preferencial para prevenção e cuidados
com a diabetes tipo II com recomendação grau A e nível de evidência nível I
Controle metabólico intensivo (HbA1c < 7%) é eficaz para prevenir complicações da diabetes tipo I e tipo II
INSULINAS
Doses e
concentração:
comercial é de
100 UI/ml
(~3,6mg/ml).
o Curta duração: Aspart, Glulisina e Lispro (análogos de ação rápida) e Insulina regular (natural de ação
curta - verdadeira).
o Intermediário: NPH (Insulina natural).
o Lenta: Glarginina e Detemir (análogos).
ASPART – ocorre uma substituição do aa B-28 de prolina para aspartato absorção mais rápida.
GLULISINA – ocorre a substituição no aa B-03 de aspartato por lisina e no aa B-29 de lisina por glutamato.
LISPRO – corre uma inversão nos aa B-28 e B-29, trocando a lisina por prolina e vice-versa (prolis por lispro).
GLARGINA – ocorre subtituição do aa A-21 de arpartato por glicina e um acrésimo ao B-30, adicionando o B-
31 e B-32 (dois de argina) maior tempo de absorção (aplicada 1x/dia)
INSULINA ISÓFANA – NPH (neutral Protamine Hagedorn) Suspensão (insulina, zinco e protamina –
impede absorção rápida); Redução na absorção e maior duração de efeito – pico de ação de 8-12h.
DETEMIR – ocorre uma deleção do B-30 e uma modificação no B-29, adicionando o ácido tetradecanóico
insulina se liga a albumina, causando absorção rápida e menor fração livre/ativa (aplicada 2x/dia).
Efeitos Adversos: endocrinometabólicos (hipoglicemia por dose incorreta e ganho de peso) e cutâneo
(infecções no sítio de aplicação – repetição de seringas e má limpeza do sítio de aplicação).
BIGUANIDAS METFORMINA
Efeitos Adversos: TGI (náusea, epigastralgia, diarreia e distensão abdominal) e hidroeletrolíticos (causa
acidose lática quando associado a contrastes radiológicos e inibidores da anidrase-carbônica –
Acetazolamida e Topiramato).
Aplicabilidade clínica: fármaco de primeira escolha para DM2 (reduz mortalidade e eventos cardiovasculares.
Traz melhor benefício em sobrepeso e obesidade); pode ser utilizado em pacientes com DM1 (mas não
como monoterapia, em obesos); pode-se usar em pacientes com comprometimento renal.
Efeitos: inibição da neoglicogênese hepática; aumento da captação da glicose nos tecidos periféricos; sem
efeito em estado normoglicêmico.
SULFONILUREIAS
Mecanismo de ação: ligação à subunidade SUR1 do canal de K-ATP na célula beta no pâncreas – glicose entra
na célula beta pelo GLUT2, transforma o ADP e ATP, para que o SUR1 não deixe entrar potássio na célula.
Isso causa despolarização da célula, causando a entrada de cálcio pelo canal de cálcio voltagem dependente,
e a consequente liberação das vesículas insulina.
Aplicabilidade Clínica: é fármaco de segunda escolha para DM2 (em paciente com hiperglicemia persistente
após o uso de metformina), uso em associação (sem benefício comprovado de uso isolado), sem
aplicabilidade em pacientes com DM1. Sob uso desse medicamento, ocorre um pico de secreção de insulina
(hipoglicemia) para pacientes diabéticos e não diabéticos.
Mecanismo de ação: Ligam-se ao receptor gama ativado por proliferação peroxissomal (PPAR )
Efeito: modula genes envolvidos no controle glicêmico e aumenta sensibilidade periférica à insulina
ocorre uma estimulação dos PPAR , para que a glicose vire triglicerídeo, dependendo, ainda, da insulina
para que a glicose entre na célula.
Aplicabilidade clínica: efeito semelhante e metformina, não reduz mortalidade, aumento de peso pelo
aumento dos triglicerídeos e piora da insuficiência cardíaca.
Aplicabilidade Clínica: indicados em pacientes sem controle glicêmico com uso de metformina, porém não
tem demonstração na redução da mortalidade.
Efeitos adversos: causados pela permanência dos dissacarídeos na luz intestinal diarreia, flatulência,
meteorismo, distensão abdominal e cólicas.
Fisico
Quimico
Termico
Emocional
A medula secreta epinefrina, ao passo que o córtex sintetiza e secreta duas classes principais de hormônios
esteroidais - os adrenocorticosteroides (glicocorticoides e mineralocorticoides) e os androgênios
suprarrenais. A função dos hormônios adrenais é fornecer glicose ao encéfalo. O córtex suprarrenal é
dividido em três zonas que sintetizam vários esteroides a partir do colesterol e os secretam. A zona mais
externa, a glomerulosa, produz mineralocorticoides (aldosterona), que é responsável pela regulação do
metabolismo da água e do sal. A produção de aldosterona é regulada primariamente pelo sistema
reninaangiotensina. A zona intermediária, a fasciculata, sintetiza os glicocorticoides (cortisol), que estão
envolvidos com o metabolismo normal e a resistência ao estresse. A zona interna, a reticular, secreta os
androgênios suprarrenais (desidroepiandrosterona). A secreção das zonas intermediária e interna é
controlado pelo hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), que é liberado em resposta ao hormônio liberador
corticotropina (CRH). Os glicocorticoides servem de retroalimentação inibitória da secreção de
corticotropina e CRH. Os hormônios do córtex suprarrenal são usados no tratamento de reposição, no
tratamento e no controle da asma, bem como de outras doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide,
no tratamento de reações alérgicas graves e no tratamento de alguns cânceres.
A SUPRARRENAL
ACTH Corticotrofina
GLICOCORTICOIDES
Durante todo o dia é liberado uma carga de 30mg de cortisol, com período definido. No entanto, o pico pode
ser alterado na dependência do estilo de vida da pessoa, podendo ter liberação constante. Quando se
administra corticoide exógeno, dá-se preferência para os horários próximos das 08h da manhã, e evita-se a
partir das 16h. Nesse caso há redução de ACTH por feedback negativo sobre a hipófise, podendo inclusive
atrofiar as suprarrenais, sendo necessário administração continua.
Sistema Renina angiotensina Aldosterona Rim percebe a quantidade de Na que está passando pelos
túbulos está baixa, ele percebe que o fim não ta filtrando sangue suficiente, liberando Renina que vai para o
Fígado que libera angiotensinogênio que é liberado na circulação que libera angiotensina I que não tem
função biológica conhecida fisiologicamente. Porem quando a Angiotensina I vai pro pulmão ela é convertida
pela ICA para angiotensina II que é o mais potente vasoconstritor mais potente conhecido agindo nos
receptores AT1,AT2 (vasoconstrição) , AT3, AT4. Desse modo, aumenta a TFG e aumenta a quantidade de
Sódio.
Na e Cl passam do Tubulo distal para o Lumem, A aldosterona ativa a bomba sódio e potássio, tirando o K e
colocando o Na para dentro do sangue, por difusão facilidade o Cl também vai junto. Como aumenta o K no
lumem, ele passava passivamente para o Tubulo e é excretado
Ações fisiológicas
Cerca de 50 a 60% da aldosterona é ligada a proteínas plasmáticas, contudo possui meia vida curta de 75
minutos. Do total, 75% é metabolizada no fígado, através da conjugação com ácido glicurônico.
Secreção ACTH
Farmacocinética 90% ligado a proteína plasmática (CGB – corticoglobulina) porem a maior parte fica
ligado a albumina . Metabolismo renal e hepático ( Conjugação com ácido glicurônico)
Efeitos sistêmicos
Utilidade clínica
Processos alérgicos
Processos inflamatórios
NA HIPERFUNÇÃO ADRENAL, seja por corticoide endógeno ou exógeno, ocorre eritema facial, aumento de
gordura a nível facial (facies de Cushing) e abdominal(abdome em avental ou batráquio), virilização com o
surgimento de pilificação facial, fragilidade capilar, estrias violáceas, pele fina e frágil, hipertensão arterial
por retenção salina, perda de massa muscular por consumo de a.a., dificuldade de cicatrização, e pode
desenvolver edema periférico, perda de matriz óssea (osteoporose). Doença de Cushing Tumor de
hipófise. Sindrome de Cushing Sinais e sintomas relacionados ao excesso de hormônios, mesmo exógenos
PRINCIPAIS CORTICOIDES
SELEÇÃO E PRESCIRÇÂO
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
o Métodos comportamentais – tabelinha evitar gravidez por meio de contagem dos dias férteis, com
abstinência sexual no período mais fértil.
o Métodos de barreira – camisinha, diafragma previne gravidez, evitando a ascensão do esperma e
infecção de DST (camisinha).
o Métodos hormonais – pílulas, injetáveis, anel vaginal induzem alteração no aparelho genital feminino.
o Métodos intrauterinos – DIU de cobre (mais abortivo na sua movimentação, mais agressivo) e
hormonal (libera hormônio).
o Método cirúrgico – ligadura (impede a descida do óvulo) e vasectomia (impede a expulsão do
espermatozoide).
Falha Teórica – gestação resultante, mesmo com uso correto (eficácia). Ex: tomar a pílula certo
Falha Real – falha de uso, sem considerar o uso correto oi incorreto do método (total de gestações
durante o uso do método). EX: Esquecer de tomar a pílula
CONTROLE DA FUNÇÃO OVARINA
SÍNTESE HORMONAL
CICLO MENSTRUAL
GnRH é pulsátil, e o intervalo do dia é que provoca a secreção de FHS e LH, perto do 14ª dia do ciclo,
aumenta a quantidade e frequência dos pulsos.
Folículo ovariano libera estrogênio, que aumenta com a ovulação, próximo ao 14º dia e o segundo no
20ª dia; utilizado para proliferação do endométrio.
Corpo lúteo libera progesterona, próximo ao 14º dia, utilizado para secreção do endométrio.
Endométrio prolifera com estrogênio até metade do ciclo para preparar o tecido para nidação e
progesterona para secreção
EFEITOS CONTRACEPTIVOS:
Princípios de ação: na primeira metade do ciclo, são librados progesterona e estrogênio, que suprimem o
FSH, prevenindo maturação folicular e ovulação. Se tiver libração de estrógeno apenas, ocorre uma resposta
cervical e endometrial fisiológica, aumentado a espessura do endométrio, proliferação deste. Na segunda
metade do ciclo, ocorre a liberação de progesterona, que aumenta o efeito secretivo endometrial, efeito
mais fisiológico. Quando ocorre a descontinuação, ocorre descamação endometrial (menstruação).
Etinilestradiol: + utilizado. Estrógeno disponível em todas as pílulas combinadas; em menos dosagem não
reduz risco cardiovascular, mas tem menor controle do ciclo menstrual.
Mais prescritos são os monofásicos que contem <35g de estrogênio e levonorgestrel mais eficaz e seguro.
PROGESTINAS
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS
Sequenciais: com início de estrogênio, na segunda metade, progesterona. Com pausa de 7 dias.
Monofásicos: estrogênio e progesterona em igual quantidade em todo o ciclo. Com pausa de 7 dias.
Bifásicos: estrogênio mais uma progesterona basal, na segunda metade, mais progesterona.
Trifásicos: doses baixas de estrogênio e progesterona, seguido de aumento da dose e finalmente,
diminuição do estrógeno e aumento da progesterona mais parecido com o fisiológico.
o Aumenta risco de câncer de mama, litíase biliar, tromboembolismo venoso (maior risco
com as novas progesteronas), IAM (acima de 35 anos), ↑PA e AVC (acima de 35 anos, em
tabagistas, com migrânia com aura).
CONTRACEPTIVO DE EMERGÊNCIA
---- Método Yuzpe: altas doses de etinilestradiol e levonorgestrel em até 72h do coito. Tem eficácia de 90-
98%.
Indicado pela OMS: O levonorgestrel tem melhor eficácia e menos efeitos adversos – com dose única de
1,5mg até 72h após relação sexual com eficácia de 98%. Quando é administrado de 72h-120h, a eficácia fica
em 50%.
Anti-estrogênicos
Representante: Clomifeno
Mecanismo: Antagosniso competitivo com o estrogênio endógeno
Efeito: Bloqueio dos receptores estrogênicos
O estrogênio exerce feedback negativo: Inibe de ngrh e inibe o FSH e LH pela hipófise Induzindo a
ovulação no 14º dia
HISTÓRICO
• Primeiras descrições que cérebro controlava as emoções são de 200 d.C., por Galeno; ainda, algumas
emoções ainda estavam associadas a outros órgãos.
• Século XVII – pacientes mentais precisavam de tratamento. O principal era isolamento, dando início aos
primeiros sanatórios/manicômios.
• Século XVIII – popularização dos sanatórios.
• Século XIX-XX – procedimentos cirúrgicos para tratar doenças mentais (lobotomia frontal transocular).
• 1928 – Surgiu primeira indução de coma – hipoglicêmico melhora o humor.
• 1930 – Eletrocolvulsoterapia passou a ser utilizada por ser efetiva para transtornos depressivos graves e
esquizofrenia (hoje, tratados com medicamentos).
• 1937 – Criado primeiro inibidor da MAO, derivado as isoniazida (antituberculoso), com efeito
euforizante, melhorando a depressão iproniazida.
• 1948 – Criado antidepressivos tricíclicos.
• 1952 – Clorpromazina.
• 1972 – Fluoxetina.
• 1993 – Criação de medicamentos novos (venlafaxina)
EPIDEMIOLOGIA
TERAPÊUTICA
Melhora proeminente com menos
Psicoterapia: melhores efeitos a longo prazo.
tempo de medicação.
Psicofármaco: melhor para uso agudo.
Eletroconvulsão (ECT):
o Estimulação Magnética
Transcraniana (EMT): aplica bobina
magnética no cérebro que geram campos elétricos melhora depressão, mas é inferior a ECT.
o Estimulação elétrica profunda (DBE): cirurgia com eletrodos que manda, por um marca-passo,
uma frequência e intensidade elétrica para estimular o cérebro melhora sintomas motores,
mas aumenta chance de depressão e suicídio.
PLANO TERAPÊUTICO
• Avaliação clínica completa (clínica e psíquica). Outra causas orgânicas que causam depressão
• Diagnóstico.
• Técnica adequada.
• Monitorização do tratamento.
• Avaliação dos resultados
Antidepressivos
Antipsicóticos
Ansiolíticos
Moduladores de humor
DIRETRIZES CLÍNICAS
• Educação;
• Automedicação;
o Uso abusivo;
o Superdosagem;
o Tentativa de suicídio;
• Desmitificação;
o Drogas aditivas
o Psicofármacos
• Explicar a diagnóstico e o plano terapêutico;
• Avaliar reações ao tratamento (em especial nas crianças);
• Explicar o tempo de efeito (mais de três semanas para antidepressivos);
• Explicação de efeitos colaterais.
• Enxaqueca Amitriptilina
ESCOLHA DA DROGA
• Depende do diagnóstico clínico e/ou sintomatológico alvo;
• Histórico farmacológico – resposta anterior, abandono ou não, efeitos adversos;
o Tolerabilidade = capacidade de usar o medicamento baseado nos efeitos adversos.
o Tolerância = necessidade de aumentar a dosagem da medicação, para ter o mesmo efeito
(resultado da dessensibilização que algumas medicações causam nos receptores alvo).
• Preferência de monoterapia;
o Melhor adesão ao tratamento
o Raramente possível em transtornos psiquiátricos
• Necessidade de monitorização;
• Análise de aspectos socioeconômicos (capacidade econômica, habilidade cognitiva).
FRACASSO TERAPÊUTICO
• Diagnostico incorreto;
• Analisar se são sintomas remanescentes ou efeitos colaterais;
• Dose ou tempo de tratamento inadequado;
• Metabolismo individual;
• Interação medicamentosa;
• Adesão ao tratamento e obediência posológica.
CONDIÇÕES ESPECIAIS
• Zolpiden (mulheres e idosos usar metade da dose normal(10mg) que é 5 mg, já mulheres idosas 2,5 mg,
maior sedação e queda
NEUROTRANSMISSÃO
Sinapses químicas – alguns aminoácidos servem com neurotransmissores, como glutamato, excitatório,
armazenado em vesículas, exocitados, exercem sua ação pós-sináptica, são endocitados e reutilizados.
ANSIEDADE
Ativação da amigdala
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Ocorre diminuição da
noraepinefrina e serotonina (5-
HT)
Sonolência diurna;
Fadiga;
Tentativa de suicídio.
DEPRESSÃO
EPIDEMIOLOGIA: mais comum em países desenvolvidos, em mulheres, jovens (30 anos) e brancos.
NEUROBIOLOGIA: ocorre um desbalanço de neurotransmissores monoaminas (serotonina(5-HT),
norepinefrina, dopamina – até GABA e glutamato)
Serotonina: na fenda sináptica agem em receptores 5-HT de diversos tipos e são recolhidos no
terminar pré-sináptico pelo canal SERT produzido no neurônio pré-sináptico a partir do
triptofano, liberado por vesículas, se liga ao receptor, tem sua ação e depois é recolhido, podendo
ser degradada pela MAO, se tornando metabólitos inativos, ou reutilizada.
Norepinefrina: ação nos receptores 2-adrenérgicos pré-sinápticos – recaptados por NET, causando
um bloqueio na formação de vesículas, agindo como feedback negativo. No SNC, tem mais
receptores -adrenérgicos, porém pode se ligar em qualquer receptor adrenérgico.
TEORIA DOS RECEPTORES: Bloqueio dos receptores, para aumentar a concentração de monoaminas
Porem causa uma endocitose dos receptores, tendo uma down regulation (podendo tirar o fármaco, e tendo
efeito prolongado após)
AFINIDADE COM O RECEPTOR
Efeitos adversos:
5-HT2a – hiporregulados; centrais (causa insônia, irritabilidade, redução da libido) e espinhais (disfunção
erétil, anorgasmia e retardo ejaculatório, que pode ser benéfico em quem tem ejaculação precoce –
comum na Paroxetina).
5-HT3 – causa náusea e diarreia (sertralina) em TGI.
Retirada precisa ser gradual – pode causar tontura, cefaleia, ansiedade, náusea, insônia mais comum na
Paroxetina (por não ter metabólitos ativos).
FÁRMACOS DA TIREOIDE
Química dos hormônios tireoidianos: na tireoide todos os hormônios são derivados da tironina.
A síntese hormonal é iniciada no folículo tireoidiano, que contém a tireoglobulina (que carrega e facilita a
ligação do iodo à tirosina). O TSH, dentro da célula folicular tireoidiana, abre “portões” que facilitam a
entrada do iodo para dentro da célula, essa entrada vai favorecer a conjugação do I em I2, que poderá ser
usado em reações orgânicas (transforma iodo inorgânico em iodo orgânico); o TSH favorece a organificação
do iodo. Haverá então a formação do MIT (mono-iodotirosina) e do DIT (di-iodotirosina). As junções entre
mono-iodotirosina e di-iodotirosina formarão os hormônios (2 DIT= T4; 1 DIT+1 MIT= T3).
Será liberado na corrente sanguínea 90% de T4 e 10% de T3; esse T4 possui pouca ação orgânica, então será
novamente convertido em T3, que agirá nas células aumentando o metabolismo basal (↑funções
mitocondriais, ↑ consumo de O2...).
A nível celular: quando o T4 chega na célula é deiodinado e vira T3, que se liga a um receptor específico
dentro do núcleo e favorece a transcrição do DNA em RNAm, o que favorece formação de proteínas, que
intermediarão várias reações mitocondriais, enzimas respiratórias, favorecem a expressão e a atividade
das bombas Na/K dependentes de ATP, o consumo de O2 e a taxa metabólica basal celular.
HIPERTIREOIDISMO
A principal causa de hipertireoidismo é a doença de Graves (mimetiza TSH), que é uma doença autoimune
na qual é produzido um anticorpo (mimetiza) contra o receptor do TSH (TRAB). Essa ação no receptor de
TSH aumenta a liberação de T3 e T4, causando uma inibição do eixo hipotalâmico-hipofisário, reduzindo a
liberação de TSH. TSH BAIXO POIS FOI ATACADO PELO ANTICORPO, ASSIM TEM APENAS ANTICORPO SEM
TSH
Tratamento:
Tioamidas: propiltiouracil e metimazol (tapazol). São drogas estruturalmente relacionadas que inibem a
função tireoidiana.
75% do propiltiouracil se liga a proteínas plasmáticas (essa fração não tem ação nem metabolização),
enquanto a ligação do metimazol é desprezível. Usa-se o propiltiouracil em crises tireotóxicas.
Efeitos adversos (semelhantes entre os 2): hepatotoxicidade (mais comum) no propiltiouracil é mais
comum, agranulocitose (idiossincrática)- pacientes em uso fazem hemograma seriado e caso surja suspeita é
suspensa a droga, eritema, miopatia, artrite e polineuropatia.
Iodo Radioativo
Efeitos: Picnose e necrose das células foliculares e efeitos citotóxicos prolongados muito além da meia-vida
podendo durar meses
HIPOTIREOIDISMO
A doença de Hashimoto é a principal causa de hipotireoidismo, que também é uma doença autoimune, onde
é produzido um anticorpo anti-tireoperoxidase (anti-TPO) – a anti-tireoperoxidase auxilia na produção do
T3 e T4 -, o que impede a síntese de T3 e T4, isso aumenta o feedback do eixo hipotálamo-hipofisário,
aumentando o TSH, POIS O EIXO VAI FICAR HIPERESTIMULADO.
O hipotireoidismo pode ser classificado como primário ou secundário, sendo o primário quando há lesão
tireoidiana, geralmente comum com outras deficiências hormonais (causa mais comum é a doença de
Hashimoto) e o secundário quando há lesão hipofisária (geralmente há deficiência de outros hormônios
concomitantemente).
O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireoide, tendo prevalência maior em mulheres (20:1) e o
diagnóstico característico é ↑TSH e ↓T4.
Tratamento:
Problemas de uso da droga: existem vários fatores que interferem na ação da levotiroxina. A medicação
deve ser tomada em jejum, 1 hora antes do café da manhã ou 1 hora antes de qualquer medicação.
Qualquer coisa reduz a absorção da levotiroxina. (Resina de troca RED abs, alumínio RED abs, sulfato
ferroso RED abs, carbonato de cálcio RED abs, inibidores da recaptação da serotonina AUM elima, indutores
enzimáticos AUM elim, gestação AUM demanda, idade RED elim, diarreia RED abs
Pacientes idosos geralmente necessitam de uma dose reduzida de levotiroxina, pois também tem chances
mais elevadas de ter arritmias.
O uso do hormônio tireóideo no hipotireioideano é exemplo que não precisa ser fundamentado em ensaios
clínicos, pois visa à reposição do não secretado pelo organismo
FÁRMACOS HIPNO-SEDATIVOS
Existem 4 estágios de sono, segundo a academia brasileira de neurofisiologia (a americana divide em 5):
-Estágio acordado;
-Estágio 1 (dividido em 1A e 1B): sonolência; 1A= não percebe que está dormindo; 1B= quando
“os olhos pesam”;
-Estágio 2: estágio das “pescadas”, quando fecha os olhos e começa a dormir, alguns sonhos
relacionados ao dia a dia, parecem alucinações, continua ouvindo o que acontece no ambiente,
NREM mas parece estar em outro lugar; sono muito leve;
-Estágios 3 e 4: fase de sono mais profundo, onde há redução da atividade elétrica cerebral,
com ondas lentas, mas mesmo assim é um sono frágil da qual se pode despertar facilmente, é um
sono sem sonhos e é um sono pouco reparador;
-Estágio de sono REM (rapid eye moviments): - nessa fase a única musculatura que fica ativa é a ocular,
por isso o nome - aproximadamente 90 minutos após sentir sonolência o pct entra na primeira fase de sono
REM, essa fase fica entre o nível 1 e o despertar, onde há aumento muito importante da atividade elétrica
cerebral, os sonhos são vívidos (mais reais) e são sonhos mais “malucos” e bizarros. A entrada no sono REM
promove um bloqueio à nível medular, que faz relaxamento muscular (reparação intensa). A primeira fase
de sono REM é uma fase muito importante, após aproximadamente 15 minutos de sono REM, o pct volta
para uma fase de sono mais profunda (estágio 3 geralmente), onde fica aproximadamente mais uma hora e
vai entrar em uma fase de sono REM um pouco maior; essa nova fase de sono REM vai durar cerca de 20-40
minutos. Cada descida de fase 2 ou 3 até o sono REM vai aumentando progressivamente a duração do sono
REM. Com 8 horas de sono os períodos de sono REM estão durando aproximadamente 50 minutos. Quanto
mais tempo e mais vezes o paciente permanece em sono REM, mais estará preparado e descansado para o
próximo dia.
Cataplexia: doença na qual o paciente está em uma atividade normal e por algum estímulo, seja uma
batida de palmas ou uma risada, ele entra abruptamente em sono REM.
Fibromialgia: doença na qual o paciente tem dores crônicas, intratáveis, as quais são muito associadas a
transtornos psicogênicos (depressão, ansiedade); se percebe que o paciente não consegue entrar em
fases de sono REM; ele vai até a fase profunda (estágios 3-4) e volta aos superficiais sem passar pelo
estágio REM.
Parkinson: alguns estudos demonstram que pacientes, quase 20 anos antes de desenvolver sintomas
motores da doença, já têm sintomas não motores como constipação, anosmia e distúrbio
comportamental do sono REM, no qual o paciente não tem bloqueio completo à nível medular (se mexe
e se debate durante o sono REM).
O GABA (ácido gama-aminobutírico) é o principal neurotransmissor inibitório do SNC; ele tem ligação a
receptores pré e pós-sinápticos (sendo que os pré-sinápticos geralmente são receptores de feedback e os
receptores pós-sinápticos são os que geram potenciais de ação inibitórios pós-sinápticos).
O receptor GABA A, como principal receptor, distribuído em quase todos os tecidos, é um pentâmero, tem 5
subunidades, sendo que essas subunidades têm unidades α, β e ɤ.
Unidades α: têm variação conformacional, logo sua conformação é diferente conforme sua localização no
sistema nervoso e suas funções.
As subunidades α1 e α5, quando estimuladas, têm maios associação com ataxia e amnésia.
As subunidades α2 e α3 estão mais relacionadas ao controle da ansiedade.
As subunidades α4 e α6 conferem ao receptor insensibilidade aos benzodiazepínicos, então o
receptor que tiver essas subunidades não tem como se ligar aos benzodiazepínicos.
Quando ocorre a ligação de um benzodiazepínico, a frequência de abertura dos canais fica maior (fator
alostérico positivo no receptor), o número de íons cloreto que passam é maior.
Se for mantida a ligação de um benzodiazepínico ao receptor e retirado o GABA o receptor se fecha; logo,
ele não age sem a presença do GABA.
BENZODIAZEPÍNICOS
Os benzodiazepínicos, como agonistas gabaérgicos, possuem ação farmacológica ansiolítica, hipnótica, a
nível periférico bloqueiam os neurônios motores da via reflexógena a nível medular (efeito miorelaxante),
anticonvulsivante (↓ atividade elétrica cerebral pelo aumento da atividade inibitória gabaérgica).
Flunitrazepam Pctes que muita dificuldade em iniciar o sono, permitido no brasil e proibido fora!
Curta Manutenção
Intermediaria Ansiolítico
Diazepam:
Importante lembrar que devem ser usados VO ou IV; não pode ser administrado IM Não tem como
prever o tempo e a ação.
Distribui-se rapidamente para o SNC (abortar crise convulsiva 1 a 2 min após IV); sofre metabolismo
hepático (assim como quase todos os benzodiazepínicos, que dependem da glicuronidação hepática);
excreção geralmente renal (muito pouco biliar); meia-vida de aproximadamente 40h (metabólicos ativos
podem durar bem mais).
Todas as comparações são feitas em relação ao diazepam, tanto em potencial ansiolítico quanto hipnótico,
por ser o protótipo da classe.
Efeitos clínicos:
SONO:
↓ da latência do sono (o período entre o paciente estar acordado e entrar na fase 1 do sono é ↓);
↓ tempo de sono REM; por ter meia-vida longa acaba ↑ o tempo total de sono;
ANTICONVULSIVANTE tem o potencial de abortar uma crise convulsiva em andamento e de preveni-las;
MIORRELAXANTE pacientes com espasticidade de membros são beneficiados pela inibição das vias
reflexógenas a nível medular (não recupera o movimento do membro, mas ↓ a hipertonia); (AVC, Lesão
medular)
AMNÉSIA propicia amnésia retrógrada e anterógrada (anterógrada: impede que o paciente adquira novas
memórias; retrógrada: impossibilita que o paciente armazene memórias prévias ao uso).
Midazolam IV → SNC→ se liga ao seu receptor → se desliga do receptor → volta para a circulação → fígado
→ glicuronidação → excreção renal.
*Todos os metabólitos são inativos; uma única passagem pelo fígado e imediatamente é excretado, o que
confere a meia-vida curta.
Diazepam → SNC → se liga ao seu receptor → se desliga do receptor → circulação → fígado → convertido
em nordiazepam (metabólito ativo) → circulação → SNC...
*Apesar de o diazepam não ficar na circulação por muito tempo, possui diversos metabólitos ativos que vão
se perpetuando na circulação.
Diazepam→ nordiazepam → oxazepam(atua SNC) -- > fígado glicuronado → metabólito inativo Rim.
O prazepam é uma pró-droga, quando administrado não tem atividade biológica, primeira precisa ser
convertido em fármaco ativo para depois ter ação.
Considerando o tempo de ação dos fármacos, a ação ansiolítica vai ser muito maior nos que tiverem meia-
vida mais longa; já o potencial hipnótico vai ser muito maior naqueles com meia-vida ultra-curta.
Quando o objetivo for induzir o sono do paciente prefere-se midazolam (sedação consciente Ex:
Endoscopia, engole o endoscópio e continua a respiração); quando o objetivo for ↓ ansiedade prefere-se
lorazepam, clonazepam, diazepam ou prazepam.
Quanto menor a meia-vida, maior o potencial de tolerância e de abstinência, logo o potencial de adição é
maior; a chance de se viciar em midazolam é muito maior do que a de se viciar em diazepam.
Os benzodiazepínicos podem ter um uso não médico: o flunitrazepam (que no Brasil é comercializado com o
nome de rohydorm ou rohypnol) é utilizado como “boa noite cinderela” ou “date rape drug”. A medicação
geralmente é colocada em bebidas, após a ingestão a pessoa não se lembrará de nada do que ocorreu
depois do uso.
Nosso centro de controle respiratório depende tanto da concentração da pressão de O2 quanto da pressão
de CO2. Quando o paciente tem DPOC ele tem perda do controle respiratório pelo PCO2, então ele não vai
compensar se tiver excesso de CO2 (pessoas normais, com o aumento da PCO2, fazem inspirações
profundas, DPOC não tem esse reflexo). Os benzodiazepínicos, especialmente os de meia vida curta,
bloqueiam o centro respiratório dependente da PO2. Por isso: NÃO DEVEM SER USADOS EM PACIENTES
COM DPOC!
Vantagem do uso dos benzodiazepínicos: eles têm uma faixa de ação muito grande (é muito difícil conseguir
se suicidar com benzodiazepínicos); a janela terapêutica é muito ampla;
adm IV;
é um antagonista competitivo dos benzodiazepínicos, possui uma alta afinidade com o receptor
gabaérgico e desloca o benzodiazepínico do sítio de ligação;
reverte tanto os efeitos elétricos quanto os efeitos comportamentais dos benzodiazepínicos.
A principal desvantagem do flumazenil é que ele tem alta afinidade pelo receptor, por isso se
desliga muito rapidamente, tendo meiavida biológica de cerca de 30 min.
Considerando que o midazolam tem meia-vida de aproximadamente 2h, diazepam tem meia-vida
de 40h, clonazepam de 96h, é preciso ficar administrando doses repetidas do flumazenil para poder
manter a reversão das ações dos benzodiazepínicos. 1 mg de flumazenil é capaz de reverter os
efeitos de doses terapêuticas dos benzodiazepínicos, conforme for a dose que o paciente tenha
tomado será necessário aumentar a quantidade de flumazenil a ser administrada.
A ausência de efeito com o uso de 5mg de flumazenil indica que o paciente está dormindo por outro
mecanismo.
NOVOS HIPNÓTICOS
Já que os benzodiazepínicos induzem um sono não reparador, não fisiológico, induzem dependência, tem
tolerância e vão desenvolver abstinência, se pensou em fármacos que fossem isentos desses efeitos
adversos.
Dessa forma, surgiram os novos hipnóticos não análogos de benzodiazepínicos: zolpidem, zopiclona e a
eszopiclona.
Eles se ligam ao sítio de ligação dos benzodiazepínicos nos receptores GABA A, mas tem seletividade aos
receptores com afinidade a α1, ou seja, não tem efeitos de controle de ansiedade, só tem efeito hipnótico.
Por não serem tarja preta, pctes acreditam que é menos pior, porém não é verdade!
As apresentações de liberação imediata servem para tratamento de insônia inicial (pct que não consegue
“pegar no sono”) → existe uma apresentação do zolpidem sublingual.
A duração do efeito do zolpidem é de aproximadamente 480 min (8h), sendo que é quase isento de efeito a
partir desse horário.
Pelo FDA é indicado para tratamento de insônia residual episódica (com duração máxima de tratamento de
10 dias). Não se deve usar acima disso por não se ter evidências de efeitos a longo prazo. Geralmente
pacientes com insônia crônica vão ter uma causa para essa insônia; nesses casos não são utilizados
medicamentos indutores de sono.
Sua segurança só é atestada até 10 dias de uso, acima disso não se tem evidências.
Foram associados, em alguns estudos de caso-controle, com maior incidência de pneumonia em idosos,
maior incidência de demência e de câncer (uso crônico).
BARBITÚRICOS
EM DESUSO
Ligam-se aos canais GABA A, aumentando o tempo de abertura do canal de cloro, não dependendo da
ligação do GABA. Com isso, consegue deprimir correntes de cálcio voltagem dependentes, então a excitação
neuronal dependente da entrada de cálcio é inibida. O paciente fica mais sonolento e tem o efeito da
propagação do efeito neuronal, evitando crises convulsivas.
A sedação é muito intensa, podendo fazer desde sonolência até coma dependendo da dose. Doses altas de
alguns barbitúricos (especialmente tiopental) são usados para indução de coma.
Hoje é usado essencialmente para interrupção de crises convulsivas no estado de mal convulsivo.
Foi usado pela CIA como droga da verdade; se colocado em baixas doses em infusão contínua o paciente fica
incapaz de mentir.
Principais efeitos adversos: depressão respiratória, alta chance de desenvolver tolerância, cerca de 50% dos
efeitos sobre o sono são perdidos após 2 semanas de uso, tem tolerância cruzada com outros depressores,
especialmente com álcool, pode causar dependência, incoordenação motora, em altas doses pode provocar
depressão cardiovascular, podendo causar bloqueios de condução cardíaco e queda da PA, o fenobarbital é
indutor enzimático, induz o metabolismo através do citocromo P450 e reduz a ação de outras drogas.
TRATAMENTO DA INSÔNIA
Melhores medidas eficazes para insônia: horário para dormir e despertar, higiene do sono, ambiente
silencioso e sem iluminação branca (UV), adaptação ambiental (não utilizar a cama para outras finalidades),
reduzir a ingesta de estimulantes próximo ao horário de dormir (como cafeína, mateína e de uso médico,
como corticoides, metilfenidato, modafilina, lisdexanfetamina).
Tratamento de causas primárias de insônia geralmente envolve tratamento multidisciplinar, com tratamento
de outras doenças.
Uso de abordagens não medicamentosas: higiene do sono, psicoterapia, atividades de relaxamento; terapia
cognitiva, devem preceder o uso de terapia medicamentosa.
Em curto prazo (menor que 10 dias) a eficácia hipnótica dos benzodiazepínicos é bem demonstrada.
Em longo prazo essa eficácia é questionada, pois o paciente começa a desenvolver tolerância e
efeitos adversos.
Acima de 10 dias deve-se preferir medidas não farmacológicas e tratar a causa da insônia.
As vantagens dos novos hipnóticos não são bem demonstradas em ensaios clínicos, os estudos feitos
são pequenos e não existem comparações aos benzodiazepínicos.
Em relação à ansiedade: em pacientes com síndrome do pânico, ansiedade paroxística episódica, transtorno
de ansiedade generalizada, sabe-se que o uso de psicoterapia em conjunto com terapia
cognitivocomportamental deve preceder e tem eficácia superior ao uso de medicamentos a longo prazo. A
curto prazo podem ser usados benzodiazepínicos.
PSCICOESTIMULANTES
Cafeína
Química Metilxantina
Mecanismo de ação Antagonismo do receptor purínico A1 e A2
Efeito Aumento da sensibilidade de receptores D2
Aplicabilidade clínica Droga over-the-counter mais consumida
o Apenia da prematuridade
o Hipotensão ortostática
o Sonolência e fadiga
Farmacocinética
o Absorção oral completa no intestino delgado pico plasmático em 1 a 2 horas
o Distribuição em todos tecidos corporais
o Metabolismo hepático
o Excreção: Renal
Fontes naturais
o Erva-mate
o Café
Passado ( 40 mg/100ml)
Espresso (120mg/100ml)
Solúvel (30 mg/100ml)
o Coca
o Cacau
o Guaraná
Outras fontes
o Energéticos (30mg/100ml)
o Suplementos (500mg/ comprimido) Termogênicos em academia
Dose tóxica 600 mg
Intoxicação
o Adultos com doses maiores que 400mg
o Crianças com doses maiores que 12 mg/kg
Síndrome cafeínica
o Agitação e irrealidade
o Taquicardia - Extrassistolia
o Espasmos musculares
o Políuria
o Distúrbios gastrointestinais
o Alteração na fala
o Insônia
Overdose
o Alteraçãoes de humor
o Lapsos de memória
o Perda de juízo crítico
o Desorientação
o Desinibição
o Psicose
o Rabdomiólise
Uso clinico
o Narcolepsia Deficiência das orexinas
Tétrade diagnóstica
Sonolência excessiva diurna
Cataplexia Indução do sono rindo ou palmas
Paralisia do sono
Alucinações hipnagógicas
Modafinila
Mecanismo de ação
o Não completamente determinado
o Provavelmente relacionado ao DAT
Inibe a recaptação da dopamina
Efeito
o Aumento da atividade tônica dopaminérgica
Estimulação do núcleo tuberculomamilar (tálamo)
Aumento atividade da orexina e histaminérgica
o Aumento da vigília
Aplicabilidade clínica
o Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
o Narcolepsia
o Distúrbio de atraso de fase de sono
Distúrbio de sono relacionado ao trabalho
Distúrbio do ritmo circadiano
o Sonolência excessiva diurna
Efeitos adversos
o Náuseas
o Irritabilidade
o Insônia
o Ansiedade
o Distúrbios gastrointestinais
Tolerância e dependência Baixo risco de dependência química e psíquica
Síndrome de retirada
o Anedonia Apático sem vontade de fazer nada
o Letargia
Metilfenidato
Risco de dependência
ANFETAMINAS
Representantes
o Anfetamina
o Lisdexanfetamina
o Metanfetamina
o Fenproporex
o Anfepramina
Mecanismo de ação Inibição alostérica do DAT e NET
Efeitos Inibição da recaptação da dopamina e norepinefrina
Efeitos colaterais
o Hipertensão
o Insonia
o Ansidedade e irritabil
o Taquicarida e arritimas
o Inapetencia e perda de ponderal
o Acatisia e discinesias
o Ilusões e paranoia
Tolerânica e dependência
o Alto potencial de adição física e psíquica
CARBONATO DE LÍTIO
É composto inorgânico, de administração oral e eliminação renal. Cerca de metade da dose oral é eliminada
em cerca de 12h, o restante (associado às células) é eliminado durante 1 a 2 semanas. Possui absorção oral
completa. Não faz ligações com proteínas plasmáticas (hepato-independente). Possui penetração lenta no
SNC, com início de ação lenta. A concentração liquórica equivale a 40% da concentração sérica. Meia-vida de
22h, sendo que alguns pacientes podem necessitar apenas de uma tomada diária, ocasionalmente ocorre
discreta queda sérica durante o dia. A dosagem sérica deve ser feita antes da próxima dose a ser
administrada. Limemia = 0,8 – 1,2 mEq/L nos pacientes que utilizam Líto. Em pessoas sem uso, é indetectado
O mecanismo de ação não é completamente esclarecido, sendo provável relação com a inibição do inositol.
Possui efeitos eletrofisiológicos como a característica de substituição do Na+ em tecidos excitáveis, sendo
capaz de penetrar os canais de sódio voltagem dependente que são responsáveis pela geração de potencial
de ação. Contudo, não é bombeado para fora pela Na+/K+-ATPase e, portanto, acumula-se intracelularmente,
desviando o fluxo de K+ para fora, despolarizando-a.
Seus efeitos dependem da concentração sérica que varia de 0,6 - 1,2 mol/L, sendo que níveis > 1,5 mol/L já
possuem efeitos toxicológicos. Em indivíduos normais essas doses não possuem efeito.
Tremor postural;
Poliúria (mascara o papel do Na+);
Polidipsia compensatória;
Hipotireoidismo.
Interações medicamentosas com diuréticos tiazídicos (hctz, indapamida) devido a excreção reduzida em
aproximadamente 25% do lítio, com AINES (AAS, ibuprofeno, diclofenaco) também por diminuição da
excreção renal.
O lítio é o fármaco de primeira escolha no tratamento do episódio de mania, aguda, para reestabelecer o
humor. A fase depressiva da doença bipolar apresenta resposta pobre e discutível o tratamento com lítio e
substitutos. Ou seja, ele é capaz de baixar o humor da crise maníaca e elevar da fase depressiva. Além disso,
anticonvulsivantes (ác. valpróico e carbamazepina) , antipsicóticos e outros fármacos equivalem ao lítio,
sendo indicado durante períodos de latência ou como escolha alternativa em pacientes com
contraindicações formais ao uso de lítio, e a maioria deles conseguem baixar o humor a partir da fase de
mania, e não o contrário.
ANTIPSICÓTICOS
Os fármacos de primeira geração são divididos em “de alta” e “de baixa
potência”, não só para indicar a eficácia clínica do fármaco, mas também para
indicar sua afinidade pelo receptor D2 da dopamina, o que, por sua vez,
influencia o seu perfil de efeitos adversos. São divididos em antipsicóticos
típicos e atípicos.
Alguns atípicos bloqueiam parcialmente os receptores D2, logo evita alguns sintomas extrapiramidais.
Por outro lado, nos antipsicóticos típicos, a faixa de efeitos extrapiramidais concentra-se acima de 80%,
enquanto que os efeitos terapêuticos giram em torno de 60%, o que lhe confere maior segurança
terapêutica.
O bloqueio dos receptores de serotonina acarreta em um aumento de dopamina a nível nigroestriatal, isso
porque no córtex pré-frontal existe alguns receptores 5-HT que possuem projeções para a substância nigra,
e quando são excitados estimulam neurônios gabaérgicos e impedem a liberação de dopamina a nível do
corpo estriado. Caso sejam bloqueados esses receptores, acarretará na inibição dos neurônios gabaérgicos,
estimulando a liberação de dopamina.
Os neurolépticos possuem afinidade por diversos receptores no SNC para bloqueio. Os principais são:
o D2: responsáveis pela redução dos sintomas psicóticos a nível do córtex mesolímbico, e dos efeitos
adversos no corpo estriado. Os fármacos que bloqueiam receptores D1, D2, D3, D4 e D5 possuem
discutível efeito antipsicótico;
o 5-HT (5-HT2A): agem como redutores dos sintomas extrapiramidais pela ativação nigroestriatal, além
da redução da depressão e de seus efeitos antipsicóticos; 5-HT1: causa aumento de apetite de ganho
de peso; 5-HT3 antiemético;
o H1: está relacionado a sedação e ganho de peso por aumento de apetite; o α1 (noradrenérgico):
geram hipotensão, vertigem, taquicardia reflexa; o α2: geram hipertensão. Bloqueiam o efeito da
clonidina e metildopa; o M1 (anticolinérgicos): reduzem os efeitos extrapiramidais, mas causam
xerostomia, distúrbios cognitivos e constipação, a longo prazo está associado a sintomas cognitivos
relacionados a memória.
Alfa2 Hipertensão
5HT3 Antiemético
Os efeitos antidepressivos são dados pelo bloqueio dos receptores serotoninérgicos, bloqueio dos canais
SERT, NET e DAT, e D1 e D2.
Os efeitos cardíacos e metabólicos são atribuídos aos H1, M3, 5-HT2B e outros.
A clorpromazina é o antipsicótico mais antigo, com a maior
quantidade de estudos, e com pequeno efeito antipsicótico, grande
afinidade por receptores histaminérgicos e anticolinérgicos.
A clozapina possui efeito anti - 5-HT2A potente, fazendo com que haja
grande liberação de dopamina a nível nigroestriatal, sendo quase
isenta de efeitos extrapiramidais, sendo o antipsicótico de escolha
para o paciente Parkinsoniano por aumentar os níveis de dopamina
nessas localidades.
A quetiapina é versátil por possuir afinidade dependente de dose. Doses de 25-50 mg tem efeito
basicamente anti-histaminérgico como sedativo (ganho ponderal significativo). De 100-300 mg tem efeito
antidepressivo relacionado aos receptores serotoninérgicos. Acima de 400-1200 mg tem efeito
antidopaminérgico, logo antipsicótico.
A ziprazidona tem alta potência de bloqueio dopaminérgico com estimulação das vias serotonérgicas, logo
tem discreto efeito antidepressivo e potente antipsicótico.
No que se refere a aplicabilidade clínica tem-se os antipsicóticos clássicos (típicos) utilizados na fase aguda
da doença. São considerados fármacos de eleição para o manejo da psicose. Em emergências a droga de
escolha é o haloperidol. Caso almeje afeitos menos potentes utiliza-se a clorpromazina.
Os novos antipsicóticos possuem margens muito restritas no manejo de surtos agudos, tanto em benefício
quanto em segurança, mesmo havendo menores efeitos extrapiramidais, além de existir vieses de
publicações: estudos negativos raramente são publicados.
Clorpromazina 100 mg
Haloperidol 5 mg
Sulprida 50 mg
Ariperizol 10 – 30 mg
Rispiridona 1 – 9 mg
ANTIEPILÉTICOS
A epilepsia é uma alteração caracterizada por convulsões, que
assumem várias formas e decorrem de despolarizações neuronais
episódicas, sendo que o tipo de convulsão depende da parte do
cérebro afetada. Os antiepiléticos atuais são eficazes para controlar
as crises em 70% dos casos, mas seu uso costuma ser limitado pelos
efeitos adversos.
Todos os fármacos que são eficazes nas crises de ausência parecem compartilhar a capacidade de bloquear
os canais de cálcio. Inibem diretamente a liberação de NT. Os lingandos de α2δ também bloqueiam os canais
de cálcio, porém ligando-se a outra subunidade, os fármacos atuantes dessa subclasse são gabapentina e
pregabalina.
Os ligandos da porteína SV2A – localiza-se em neurônio pré-sináptico – cuja ação é desconhecida, contido
promovem a redução da liberação de NT, reduzindo quase todos os tipos de crises convulsivas.
Representante: levotiracetam.
Os inibidores de anidrase carbônica inibem a enzima a nível cerebral, e promovem o aumento da inibição
mediada pelo GABA, reduzem as correntes mediadas pelo NMDA e aumentam as correntes mediadas pelo
HCN. Logo, possuem capacidade de aumentar a inibição pós-sináptica, reduzir a excitação pós-sináptica e
redução da hiperpolarização pré-sinápitca. Possuem mecanismo pouco conhecido. Os representantes são:
acetazolamida e topiramato.
Fenitoína [ 1ª dose: 15-20 mg/kg; 2ª dose(20 min após a 1ª): 10-15mg/kg] Cada ampola 250 mg
o Acima de 30 mg/kg bloqueio cardíaco
o 50 mg/min
o Tem que ser diluída no soro fisiológico Acima de 30 min começa a precipitar mais
Carbamazepina (3 x dia)
Oxcarbazepina (metabólito ativo da carbamazepina Meia-vida mais longa (2 x dia)
Lamotrigin (usado com segurança durante a gestação)
Topiramato
Valproato
Efeitos
o Bloqueio da propagação de potenciais de ação
o Estabilização de embana neuronais
o Diminuem a liberação de neurotransmissores
Mecanismco de ação
o Bloqueio o canal de cálcio
Represet
o Etossuximida
o Valproato
o Lamotrigina
Efeitos
o Diminuem a liberação de neurotransmissores
LIGADOS α2δ
Mecanismo de ação
o Bloqueiam o cnaal de cálcio
Representante
o Gabapentina
o Pregabalina
Efeitos
o Diminui a liberação de neurotransmissores
Mecanismo
o Modificam alostericamente o receptor facilitando ou prolongado a abertura
Representes
o Benzodiazeepínicos
Diazepam
Clobazam (prevenção de crises meia-vida longa)
o Fenobarbital
o Topiramato
o Carbamazepina
o Oxcarbazepina
Efeitos
o Aumentam a hiperpolarização da membrana
o Redução nos disparos focais
Benzodiazepinicos reduz as descargas eletrocefalografica do tipo “ponta-onda”
Carbamazepina e Oxcarbazepina aumentam as descargas eletroencefalográfica do tipo
“ponta-onda”
Mecanismo
o Bloqueio o canal de recaptação do GABA
Representante
o Vigabatrina (paciente fica cego em um ano)
o Tiagabina
Efeitos
o Aumentam os níveis de GABA na fenda sináptica
Mecanismos de ação
o Bloqueiam o receptor NMDA
Representantes
o Felbamato
Efeitos
o Redução nas neurotransmissões excitatória
o Reduz a excitatoxicidade glutamatérgica
ANTAGONISTA DO RECEPTOR AMPA
Mecanismo
o Blo
Representantes
o Fenobarbital
o Topiramato
Efeitos
o Redução ....
Escolha de anticonvulsivante
Diagnóstico de Epilepsia
Crises Focais ( com ou sem generalização) ou Crises Primariamente Generalizada
Crises Focais Carbamazepina, Oxcarbazepina, Fenitoína, Ácido Valpróico(teratogênico),
Fenobarbital
Crises Primariamente Generalizada Tonico-clonicas ou Mioclonicas ou Ausencia
o Tonico clonica Ácido valpróico, Fenitoina, Fenobarbital, Carbamazepina, Oxcarbazepina
o Mioclonicas ou Ausencia Ácido valpoóico, topiramato, clozanepam
Carba e Oxcarba são contra indicados e Lamotrina
Segura na gestação Lamotrigin
FARMACOLOGIA III – PROVA II
1. BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES
Transmissão neuromuscular: Tem sua ação em fibras mielínicas de nervos eferentes, que formam a placa
motora, formado de receptores colinérgicos o principal neurotransmissor usado é a molécula dupla de
acetilcolina, que atua nos receptores muscarínicos e nicotínicos. Os receptores nicóticos possuem duas
subunidades (possui cinco subunidades no total), que se ligam a molécula dupla de acetilcolina. Quando o
receptor é ativado, abrem-se os canais de sódio, desencadeando a despolarização inicial da célula e abrindo
os canais de sódio-dependentes de voltagem OCORRE CONTRAÇÃO MUSCULAR.
------ Despolarizantes: tem uma estrutura similar a acetilcolina. Causam uma leve contração (espasmos,
tremores) seguidos de um aumento do tempo que despolarização, impedindo a repolarização. Impede a
ligação da acetilcolina endógena.
Suxametônio (succinilcolina) – é uma molécula dupla de acetilcolina, assim como a acetilcolina, causando
despolarização prolongada da placa motora (quando conectada ao receptor). Impede a repolarização e é
degradada por colinesterases séricas inespecíficas, não pela acetilcolinesterase, o que causa maior tempo de
ação do fármaco.
Tem contrações iniciais com administração do fármaco, como fibrilação (tremor), “saco de minhocas”,
seguido de relaxamento.
Inicio de ação de 30-60s (fasciculações), com duração 5-10min (paresia flácida, aclonia).
Aplicabilidade: utilizado na sequência de intubação rápida e laringoespasmo (em crianças, apenas na
emergência).
Complicações: arritmias cardíacas (pois os receptores pré-ganglionares Parassimpaticos e simpáticos
possuem receptores nicotínicos, que seriam repolarizados pelo suxametônio) e hipertermia maligna
(alto gasto de ATP com a liberação de Ca pelo reticulo sarcoplasmático e aumentando temperatura e
denaturando proteína) (comum em crianças com relação genética).
Efeitos adversos: desregulação autonômica (depolarização pré-ganglionar dos receptores nicotínicos –
vasodilatação e vasoconstrição seguidos, desregulando a PA); hipercalcemia, geralmente transitória
mas em alguns pode ser persistente(paciente com queimaduras ou miotomias, vítimas de trauma);
mialgias (contrações musculares desordenadas, causando dor após o procedimento, tanto músculos
antagonistas com agonistar); aumento da pressão intraocular (contrai a musculatura extrínseca);
vômitos (aumento da pressão abdominal, fator de broncoaspiração).
----- Não-despolarizantes (competitivos – impedem a
despolarização da célula): derivados do Curare, que é
um composto orgânico tóxico com ação paralisante
letal. Causa morte por parada respiratória. Era
utilizado por índios da América do Sul.
Interações medicamentosas:
Redução de efeito:
o Inibidores da acetilcolinesterase: piridostigmina, neostigmina(antidoto Curares), edrofônio
(não tem BR) Reduz efeito do curare
Aumento no efeito:
o Hidrocarbonetos halogenados Anestésicos inalatórios
o Aminoglicosídeos(contraindicado fraqueza muscular, miastenias graves)
o Bloqueadores dos canais de Ca+
Efeitos Adversos
2. ANESTÉSICOS GERAIS
“Estado reversível de depressão do SNC, resultando na perda de resposta e percepção à estímulos externos” -
respostas verbais, motoras e autonômicas.
Benefícios:
ANESTESIA GERAL
TIOPENTAL SÓDICO Barbitúrico (mantém receptores GABAa abertos por mais tempo para influxo de
cloro).
Efeito: velocidade de efeito rápido (< 10s); hipnose sem analgesia; reduz fluxo sanguíneo e
metabolismo cerebral (útil em casos de traumatismo craniano)(neuroprotetor); pode causar
laringosespasmo e broncoespasmo (dificuldade de ventilação).
Aplicabilidade: por longo período de tempo foi o fármaco de escolha para indução e manutenção
anestésica (suplantado pelo propofol);
MIDAZOLAM benzodiazepínico de ação curta (mantem canal GABAa aberto com ajuda do GABA).
Efeito: provoca hipnose sem anagelsia (< 1min), resposta de variação individual(se o pcte usa continuo
em casa, terá tolerância); utilizado em procedimentos ambulatoriais; efeito cardiovascular mínimo;
potencial depressão respiratória, até parada, se DPOC.
Efeito: velocidade de 30-40s; ação antipruginoso e antiemético (sem histamina e sem vômitos);
recuperação rápida; hipotensão arterial (redistribui fluxo para periferia).
Aplicabilidade: indução e manutenção anestésica primeira escolha (suplantou o tiopental)
ETOMIDATO ação no GABA (imidazolcarboxilato).
Efeito: velocidade de efeito rápido; dor no sitio de aplicação; atividade mioclônica (espasmos); náusea
e vômito após recuperação.
Aplicabilidade: protocolo de intubação rápida, junto com opioide e bloqueador neuromuscular.
CETAMINA arilcicloexamina análoga da fenciclidina – não-competitivo do NMDAr, se ligando ao sítio PCP.
Concentração alveolar mínima (CAM) – menor concentração do anestésico, à pressão de uma atmosfera,
que suprime a resposta motora ao estímulo nocivo padrão (incisão cirúrgica) em 50% dos pacientes
HALOTANO potente hipnótico; alterações rápidas da profundidade anestésica (por ser lipossolúvel);
relaxamento muscular proporcional a dose; relaxamento uterino (procedimento ginecológicos, parto e
cesáreas); broncodilatação; bradicardia; hipotensão; reduz débito cardíaco; reduz fluxo sanguíneo renal;
tremores pós-operatórios por perda calórica.
ENFLURANO semelhante ao halotano; causa hipotensão sem redução no débito cardíaco; menos
arritmogênico; menos efeito pós-operatório, como náuseas e tremores.
ISOFLURANO margem de segurança maior, escolha para cardiopatas; causa hipotensão sem redução no
débito cardíaco; não arritmogênico; dilatação coronariana (benéfico em pacientes com histórico de isquemia
miocárdica).
SERVOFLURANO indução e recuperação mais precoces; mais hipotensão e maior diminuição do débito
cardíaco. Mais recente e escolha em crianças.
ÓXIDO NITROSO (protoxio de azoto) Único anestésico gasoso naturalmente (gás hilariante) – fraco
hipnótico, mesmo em concentração máxima (80%); não promove relaxamento muscular; promove bloqueio
simpático; grande capacidade analgésica, com efeito sinérgico com opioides; risco de hipóxia devido à alta
concentração necessária para gerar imobilidade; contraindicado em caso de acúmulo de gases nos
alvéolos (DPOC) enfisema pulmonar, devido ao aumento de pressão e volume locais, já que o gás aquece e
aumenta o volume. Usado em associação pois não causa imobilidade sem causar hipóxia.
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RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA
Opioide – NALOXONA
Benzodiazepínicos – FLUMAZENIL
COMPLICAÇÕES
HIPERTERMIA MALIGNA ocorre uma depleção no cálcio, saindo do sarcolema. Para recuperar esse cálcio,
há gasto de ATP, causando depleção de ATP. Enquanto gasta ATP para recuperar o cálcio, o músculo libera
calor, tanto que causa ruptura de fibras musculares por desnaturação proteica, lesionando a célula. Causada
por mutação genética autossômica dominante (19q-RYR1 -- rianodina). Causada por:
MODALIDADE TERAPÊUTICA
CICLO CELULAR
Derivado do gás mostarda, usado na 2ªGM como arma química. Tinha efeitos em mucosa, pele e vasos.
Destrói camadas da pele, forma vesículas. A longo prazo, causa aplasia de medula.
A junção do protótipo da classe, não mais utilizado, a mecloretamina + guanina, pode ter 4 formas de ação:
Efeitos adversos: polineuropatia +++ , neutropenia febril, TGI com vômitos e náusea, aumento de chance de
TVP e tromboembolismo.
Efeitos adversos: em doses altas, causa alopecia, cirrose, dermatite, mielossupressão, desnudação intestinal
que causa diarreia.
Antídoto: ácido folínico (é o tetra-hidrofolato para síntese de DNA) – tem função de tratar toxicidade
aguda ou evitar toxicidade crônica.
B) BASES PIRIMÍDICAS: citosina, timina e uracila, que com pentose, forma citidina, 5-metil-urudina e
uridina. Análogos pirimidínicos atuam em dois sítios: se inibida a uridina inibem a síntese de RNA e
proteínas. E quando inibe a conversão de uridina em timidina, ocorre inibição da síntese de DNA.
5-FLUORURACILA (5-FU): inibe timedilato-sintase, inibindo a metilação do ácido desoxiuridílico, com efeito
de bloqueio da formação da cadeia de RNA inibe a síntese de DNA, inibindo a formação da timidina, RNA
e proteínas.
Efeitos adversos: TGI, síndrome mão-pé (vesículas, semelhante a queimadura nas solas dos pés e palmas da
mão), neutropenia, trombocitopenia, menos alopecia que as outras classes e vasoespasmo coronariano
(0,5%) – sintomas semelhantes a angina quando vasoespasmo coronariano.
Efeitos adversos: TGI com diarreia, vômitos e estomatite, fadiga e síndrome mão-pé.
Análogos das purínicas: bloqueia a síntese de novo, formando ácido tiosínico no lugar de formar uma purina,
bloqueando a entrada de purinas no DNA.
FLUDARABINA: antagonista competitivo das purinas com anel fluoratado. Inibe síntese do DNA.
MERCAPTOPURINA (6-MP): é o mais conhecido e mais utilizado. Mecanismo de competição com a adenina e
de inibição da conversão de adenina em guanina. Inibe DNA e síntese de novo.
TIOGUANINA(6-TG): competição com a guanina. Inibe DNA e síntese de novo das purinas.
2. TAXANOS: atuam na proteína da -tubulina. Impede que os fusos se separem das cromátides,
estabilizando-os, impedindo, também a retração das cromátides DECETAXEL e PACLITAXEL
ANTIBIÓTICOS
1. BETALACTÂMICOS: descoberto por Alexander Flemming em 1928 em uma placa de cultivo para
estafilococos devido a uma contaminação fúngica, ele descobriu que o fungo impedia o
crescimento do estafilococos.
Os betalactâmicos alteram as PLPs, ligando-se e inutilizando o sítio de ação enzimática pela quebra do anel
betalactâmico, deixando-o aberto rompe a parede a causa extravasamento do conteúdo citoplasmático
BACTERICIDA.
PENICILINA
BENZILPENICILINA: são naturais PENICILINA G (administração parenteral – IV e IM) e PENICILINA V
(oral). Aplicação: para cocos Gram positivos – facilmente hidrolisável pelas penicilinases (enzimas
sintetizadas pelo Stafilococos aureus, que causa inativação da penicilina).
Primeira escolha: Streptococos sp. (principal pneumoniae), Niesseria meningitidis, Tremonema
pallidum, tétano, pneumonia aspirativa (em altas doses), leptospirose. Dose: 1UI é 0,6 g de
penicilina cristalina sódica (1mg equivale a 1660 UI)
Associação a Probemecida: impede a eliminação renal da penicilina, porém é pouco usada
clinicamente.
Apresentação de Depósito: associada a procaína e benzaina – de uso exclusivo IM
CEFALOSPORINAS
1ª GERAÇÃO CEFAZOLINA e CEFALOTINA são IV e utilizadas em profilaxia cirúrgica
CEFALEXINA e CEFADROXILA são VO e utilizadas em tratamento de infecções de comunidade, não atravessa
BHE.
Usados em cocos Gram positivos (exceto Enterococo), E. coli, Proteus mirabilis, Klebisella
pneumoniae e MSSA.
Pode ser usada com opção de tratamento em gestantes com infecção urinária (cefalexina)
2ª GERAÇÃO todas podem ser administrados VO ou IV CEFOXITINA para profilaxia cirúrgica.
CEFACLOR, CEFUROXIMA e CEFAMANDOL para outras infecções. Não atravessam a BHE.
Anaerobicida – cefoxitina para procedimentos vísceras ocas de abdome. H.
influenzae – cefuroxima.
3ª GERAÇÃO CEFOTAXIMA, CEFTRIAXONA (não requer adequação para função renal e pode ser
administrado com 1 dose/dia), CEFTAZUDIMA (pseudomonas sp.) e CEFDINIR
Utilizadas para Gram negativos. Induz resistência. Penetração no SNC.
Usadas para meningite, endocardite e peritonites é usado para gonorreia, mas já está relatado
resistência.
4ª GERAÇÃO CEFEPIMA ---- S. pneumoniae, MSSA e H. influenzae, pseudomonas e enterobactérias.
Utilizado para infecções hospitalares.
Associado a pacientes com neutropenia febril, causa aumento da mortalidade.
MONOBACTÂMICOS AZTREONAM ---- usado para Gram negativos aeróbios, como P. aeruginosa, porém
gera resistência
CARBAPENÊMICOS
IMIPENEM, MEROPENEM, ERTAPENEM e DORIPENEM usado em organismos resistentes à
betalactamases. Em infecções hospitalares graves e resistentes a outros betalactâmicos.
Usado em cocos Gram positivos (exceto MRSA e enterococos faecium); e anaeróbios como C. difficile,
C. perfringes e Bacterioidis fragilis.
SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO
Concentrações: sensível a penicilina G a menor concentração necessária do agente quando for uma
penicilina, necessita de mais alta concentração de outras medicações, para ter o mesmo efeito.
ALERGIAS
RESISTÊNCIA
Farmacocinética: absorção enteral incompleta. Competição com cátion bivalentes e trivalentes. Variabilidade
na concentração plasmática. A distribuição se baseia na concentração adequada em todo organismo e
atravessa a BHE íntegra. A excreção é urinária.
Aplicabilidade:
B) CLORANFENICOL: gerado pelo Streptomyces venezuelae com popularização na década e 1940. De fácil
sintetização, expectromais amplo que a penicilina e baixo custo (US$ 0,40/dose) e boa disponibilidade
oral. É bacterioestático, podendo ser bactericida em algumas espécies.
Mecanismo de ação: ocorre na subunidade 50s, próximo ao sítio P e impede reação de transpeptidação.
Farmacocinética: absorção enteral completa e rápida. Distribuição com concentrações adequadas em todo o
organismo e atravessa a BHE íntegra. Eliminação por metabolismo hepático.
Aplicabilidade clínica:
• Meningite bacteriana: como fármaco alternativo para H. influenzae, N. meningitidis e S.
pneumoniae.
• Para Ricketsioses: como fármaco alternativo para alérgicos a tetraciclinas, de função renal
prejudicada e gestantes.
• Infeções por anaeróbios.
• Conjuntivite bacterina.
• Febre tifoide: resistência de 80% em algumas partes do mundo.
Efeitos adversos: toxicidade hematológica dose-dependente como anemia, leucopenia e trombocitopenia. E
efeito idiossincrático como aplasia de medula (1:30.000) e pancitopenia fatal (não contraindica o uso). Pode
causar síndrome do bebê cinzento (sintomas de distensão abdominal, hipotonia, hipotermia e cianose), que
ocorre em neonatos prematuros e pacientes com deficiência de glicuroniltransferase.
C) MACROLÍDEOS: o protótipo do grupo é a eritromicina. Bacterioestático, mas em altas doses pode ser
bactericida.
Aplicabilidade clínica:
Efeitos adversos: hepatotoxicidade, gerando hepatite colestática com estolato de eritromicina, muito raro
com estearato. Hepatotoxicidade grave com telitromicina. Intolerância TGI com eritromicina por ser agonista
motilina. Toxicidade cardíaca com prolongamento do intervalo Q-T.
D) AMINOGLICOSÍDEOS
Aplicabilidade clínica:
3. SULFONAMIDAS: são os antimicrobianos mais antigos, tem semelhança estrutural com PABA (são
inibidores competitivos da di-hidropteroato sintetase). São subtancias bacterioestáticas. Possuem
avividade para:
Gram positivos: Streptococos pyogenes, S. pneumoniae e Norcardia.
Gram negativos: E. coli, N. meningitidis, H. influenzae, H. ducreyi, Actinomyces e Calymmatobacterium.
Intracelulares obrigatórios: Chlamydia trachomatis.
Protozoários: Toxoplasma gondii
CLASSIFICAÇÃO:
A) Não-absorvíveis – SULFASSALAZINA
• Ação limitada ao lúmen gastrointestinal;
• Clivagem bacteriana no cólon – sulfapiridina e 5-animossalicilato.
• Sem potencial antibacteriano;
• Ação anti-inflamatória utilizado em colite granulomatosa e enterite regional e ação
imunossupressora, podendo ser usada em doenças autoimunes.
SULFADIAZINA:
SULFAMETOXAZOL: infecções urinárias não-complicadas como agente alternativo. Usado para cepas de E.
coli resistentes. O tempo de tratamento não tem diferença de sintomatologia entre 3-5 dias de uso.
Efeitos adversos: hematológicos como anemia hemolítica (deficiência de G6FD), agranulocitose e anemia
aplásica. Reações de hipersensibilidade como urticária e síndrome de steven-johnson (epidermose alérgica
que causa perda da pele).
4. TRIMETOPRIMA: é um análogo do folato que faz inibição seletiva da di-hidrofolato redutase com
efeito bacterioestático. Possui excreção intacta na única, por isso é útil em infecções urinárias não
complicadas.
Aplicabilidade: infecções do trato urinário não-complicadas pela alta excreção dos fármacos na urina (25%
da trimetroprima e 60% de sulfametoxazol em 24h); efetivo para bactérias sensíveis em dose única de
cotrimazol 1600/320mg recomendado por 3 dias; profilaxia de infecções recorrentes (dose noturna de
200/40mg); infecções respiratórias para exacerbações agudas de bronquite e pneumocistose; infecções
grastrointestinais como alternativa as fluoroquinolinas
(shingelose e febre
tifoide) e diarreia aguda
(E. coli enteropatogênica)
5. QUINOLONAS: ação para Gram positivas por meio de inibição de topoisomerase IV e para bactérias
Gram-negativas por inibição da DNA-girase durante a replicação do DNA.
Atividade para:
FARMACOCINÉTICA: por absorção enteral a biodisponibilidade é > 50%. A distribuição é ampla em tecidos e
fluidos. Excreção predominante urinária.
Infecções do trato urinário: boa atividade para E. coli ÁCIDO NALIDÍXICO e NORFLOXACINO
Prostatite: boa atividade para E. coli CIPROFLOXACINO, NORFLOXACINO e OFLOXACINO.
DSTs: contraindicados na gestação. Atividade in vitro para H. ducreyi e Chlamydia trachomatis, com
atividade de resistência crescente para N. gonorrhoeae CIPROFLOXACINO e OFLOXACINO.
Gastroenterites: são boa alternativa ao cotrimazol. Com boa atividade a Shigella, E. coli
enteropatogênica e Salmonella typhi, com potencial de indução de gene stx2.
Ossos e partes moles: boa atividade para S. aureus.
Infecções do trato respiratório: boa atividade para H. influenzae, M. catarrhalis, S. aureus, Mycoplasma
pneumoniae, Chlamydophilia pneumoniae e Legionella pneumophila. Alguns representantes
possuem atividade para S. pneumoniae LEVOFLOXACINO, MOXIPLIXACINO e GATIFLOXACINO.
Efeitos adversos: náusea, dor abdominal, superinfecção (pode causar colite pseudomembranosa por C.
difficile); endocrinometabólicos como hipoglicemia, principalmente por Gatifloxacino; neurológico como
alucinações, tonturas e crises convulsivas; osteomusculares com ruptura do tendão de aquiles e tendinites.
FÁRMACOS ANTIPARKINSONIANOS
Doença de Parkinson é uma moléstia que acomete 0,3% da população geral > 40 anos, com
uma crescente prevalência devido ao envelhecimento populacional (quanto maior a idade, maior será
a chance de desenvolver essa patologia).
A prevalência entre 40-49 anos é de 41 pessoas para cada 100.000.
E aos 80 anos a prevalência é 1.900 pessoas para cada 100.000.
A incidência varia de 8-20 pessoas para cada 100.000 pessoas por ano.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
O tremor, o qual tende a ser unilateral ou com predomínio de um dos lados do corpo, é de pequena
amplitude, frequência baixa entre 4-6 Hz, e predominante no repouso (ao contrário do tremor
essencial e de outras doenças). Usualmente acomete as mãos (rolar de moedas). Tende a diminuir
durante a atividade voluntária.
A micrografia: dificuldade para escrever por perda do movimento fino: as letras ficam pequenas e
irregulares. Ocorre supressão dos movimentos voluntários (bradicinesia), devida parcialmente à
rigidez muscular e parcialmente à inércia inerente do sistema motor, o que significa que a atividade
motora é difícil para parar, bem como para começar. Os pacientes possuem marcha arrastada
característica. É dificultoso começar o movimento, interrompê-lo ou mudar sua direção.
A DP está comumente associada a demência, depressão e disfunção autonômica.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Como o diagnóstico é anatomopatológico (diagnóstico definitivo: post morten), existem
critérios a fim de confirmar a patologia. Segundo o critério de Londres, a presença de bradicinesia é o
sintoma chave, enquanto
outros sintomas são
secundários, apesar de o
paciente procurar
atendimento devido ao
tremor.
METABOLISMO DA DOPAMINA
Essas transformações ocorrem em vários tecidos (fígado, gânglios simpáticos, subst. nigrans). A
conversão de fenilalanina em tirosina ocorre no fígado e intestino, de tirosina até
norepinefrina nos gânglios simpáticos, de tirosina até epinefrina no córtex medular, de tirosina
até dopamina na substância nigrans, de tirosina até melanina nos melanócitos. Esta última será
responsável pela coloração pigmentar da substância nigrans. A conversão da dopa em dopamina é
mediada pela dopadescaboxilase (principal enzima envolvida no processo).
TRATAMENTO
*Não Medicamentosos: fisioterapia, terapia ocupacional.
INIBIDORES DA DOPA-DESCARBOXILASE
Carbidopa, Benserazida: Estima-se que cerca de 75 mg de carbidopa sejam suficientes para bloquear
toda a dopa-descarboxilase periférica de um paciente de peso médio. No Brasil, estas medicações
existem em associação com a levodopa. A dose comercial mais comum associa 200 mg de levodopa
com 50 mg de benserazida ou 250 mg de levodopa e 50 mg de carbidopa. Seu mecanismo de ação
consiste em bloquear a dopa-descarboxilase periférica, isso porque não consegue transpassar a
barreira hematoencefálica. Ocorre inibição da conversão da levodopa em dopamina
perifericamente, redução dos efeitos periféricos, e aumento da biodisponibilidade central. Possui
meia-vida semelhantes à levodopa.
INIBIDORES DA COMT
Entacapona e Tolcapona: Como a levodopa e a dopamina podem ser degradadas por várias enzimas,
pode-se usar associado a um inibidor da dopa-descarboxilase, um inibidor da COMT.
APOMORFINA: Não disponível no Brasil. A apomorfina é derivada da morfina, todavia, não possui
semelhanças, tanto estrutural como química, c
om os opióides (não tem ação nos receptores opióides). Agonista de receptores dopaminérgicos
(alta afinidade por receptores D4). Utilizada na terapia de resgate em pacientes com sintomas off
(quando o paciente tem uma perda abrupta de efeito, deixando o paciente rígido - hipomobilidade
- aplica-se a apomorfina de modo subcutâneo.
Pode causar náuseas, por estímulo na zona de gatilho, consequentemente associa-se um
antiemético.
BROMOCRIPTINA: É um derivado ergolínico (LSD) agonista de receptores dopaminérgicos. Possui
meiavida prolongada, em comparação à levodopa (uso em doses fixas diárias). Em uso prolongado,
principalmente em altas doses, possui associação com fibrose pulmonar. Além disso, há aumenta o
risco de sintomas psicóticos (aumenta o nível de dopamina na via mesolímbica). Atualmente é
pouco usada. Bastante usada em pacientes com Síndrome Neuroléptica Maligna e naqueles com
aumento na produção de prolactina, seja por prolactinomas ou adenomas de hipófise ou em
situações pós-gestacionais para evitar dor nas mamas. Substituição da dopamina nos receptores
AMANTADINA: Derivado do adamantano. Desenvolvido como antiviral (gripe A). É agonista não
competitivo dos receptores do NMDA (glutamato), maior liberação de dopamina e bloqueio de
receptores colinérgicos. Promove a redução do tremor e da discinesia por outros
antiparkinsonianos. Ainda não se sabe os mecanismos responsáveis por estes efeitos. Efeitos
adversos incluem efeitos anticolinérgicos (limitante de uso, devendo começar com doses baixas):
constipação, hipotensão postural, borramento visual, efeito pró-alucinatório. Livedo reticulares,
edema de tornozelos são efeitos comuns, que não contraindicam seu uso.
NÃO DEU SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO E SELEÇÃO
SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO
EFEITO NEUROPROTETOR: embora esse seja o efeito esperado, atualmente não existe evidencia
inequívoca de efeito neuroprotetor com qualquer antiparkinsoniano. Ou seja, nenhuma medicação
possibilitou a redução da perda neuronal. Existem alguns estudos com vieses: uso de pramipexol e
ropinirol (agonistas dopaminérgicos) e sobre a selegilina e a rasagilina (inibidores da MAO-B). Um dos
estudos que usou o pramipexol mostrou, em uma técnica que acopla neuroimagem e radiofarmacos,
que há uma redução da perda neuronal em pacientes que usavam pramipexol em comparação com
os que usavam levodopa, mas depois pensou-se em outras teorias que explicassem esse efeito
(paciente em uso de levodopa terá um feedback negativo, ocorrendo uma menor liberação de
dopamina, impedindo a ligação do radiofarmaco). Portanto: não se sabe se há ou não efeito
neuroprotetor.
SELEÇÃO DE FÁRMACOS:
Pacientes com DC inicial SEM prejuízo funcional
Selegilina (efeito neuroprotetor: evita a liberação de radicais livres, todavia, esse efeito ainda
não foi comprovado).
Pacientes em fase inicial COM prejuízo funcional: agonista dopaminérgicos induzem menos
flutuação motora.
Genético: sabe-se que 7% dos portadores dessa patologia tem história familiar.
Idade: é o principal fator de risco (quanto maior a idade, maior será a chance)
Sexo feminino possui maior prevalência.
Traumatismo craniano: sabe-se que pacientes que tiveram traumatismos cranianos de
repetição possuem maiores chances de desenvolver a doença.
Radicais livres: NO e toxinas, como o alumino (existe uma teoria de que o uso de panelas de
alumínio liberaria alumínio, o qual se acumulam nos tecidos cerebrais).
Esses fatores de risco alterariam o metabolismo neuronal, ativando cromossomos 21, 14 e 19,
levando à hipóxia e produção de toxinas. Como a proteína precursora amiloide é codificada no
cromossomo 21, pacientes com Síndrome de Down têm maior chance de desenvolver a doença de
Alzheimer. Essa alteração do metabolismo, levará a formação de peptídeos amiloides,
consequentemente, placas amiloides. No cromossomo 19, a proteína ApoE-4 leva a alterações no
metabolismo da TAU. Também se formariam elementos helicoidais pela TAU fosforilada e formação
de novelos neurofibrilares intracelulares.
Processamento do PPA:
A principal via “fisiológica” origina o sPPA, que exerce várias funções tróficas. A clivagem do PPA
em diferentes locais origina a Aβ, sendo a forma predominante a Aβ40, que é fracamente
amiloidogênica. As mutações no PPA ou nas pré-senilinas aumentam a proporção de PPA, que é
degradado através da via amiloidogênica, e também aumentam a proporção convertida para a
forma Aβ42, mais fortemente amiloidogênica. A agregação da Aβ é prejudicada por mutações no
gene apoE-4. A hiperfosfoirilação da Tau resulta na dissociação desta dos microtúbilos para
formar filamentos helicalmente pareados, os quais aumentam a toxicidade Aβ.
*
PPA: precursor da proteína amiloide.
*
sPPA: PPA secretado.
MEMANTINA: É antagonista não competitivo dos receptores glutamatéricos NMDA. Interage com os
sítios de ligação do Mg2+, prevenindo ativação anormal e a excitotoxicidade glutamatérgica: quando o
neurônio é exacerbadamente estimulado pelo glutamato, ocorre influxo de íons, levando a aumento
do consumo de O2, ocasionando a produção de radicais livres, predispondo à morte neuronal. Resulta
em aumento discreto no desempenho cognitivo de pacientes com doença moderada à avançada, pois
evita a morte neuronal pela excitotoxicidade glutamatérgica. Como o glutamato está relacionado com
a possibilidade de perda de novas memórias, sendo assim, nas fases iniciais ela não é recomendada,
logo a memantina está reservada para as fases mais avançadas. Dentre os efeitos adversos mais
comuns, a cefaleia é mais prevalente. A posologia inicia-se com dose de 5mg e se alcança 25mg no
período de 1 mês.
EFICÁCIA COMPROVADA
Doença em fase inicial: inibidores da AChE possuem discreta melhora cognitiva, discreta
melhora na função global, melhora comportamental, sem melhora comprovada na qualidade
de vida.
REPOSIÇÃO HORMONAL: não há evidencia de que a terapia com estrógenos previna ou altere a
progressão da doença
ESTATIVAS: a dislipidemia se encontra entre os fatores de risco. Todavia, seu uso não é recomendável
exclusivamente pela doença de Alzheimer e sim, na prevenção de comorbidades.
VITAMINAS: cianocobalamina (B12): sua deficiência faz diagnóstico diferencial com doença de
Alzheimer (paciente com quadro demencial, deve ter os níveis periféricos de B12 aferidos); tiamina
(B1) em estudos não demonstrou diferenças contra placebo; tocoferol (vit E) possui efeito
antioxidante, todavia sem comprovada eficácia.