Farmacologia 3 Resumo

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FARMACOLOGIA III - RESUMO

1. Medicamentos Genéricos e Denominação Comum Brasileira

Medicamento genérico é a forma comercial que, em relação ao medicamento de referência, possui o mesmo
fármaco=o mesmo princípio ativo, a mesma concentração, a mesma forma farmacêutica e é administrado
pela mesma via.

• São intercambiáveis com os medicamentos de referência (pode trocar um pelo outro).


• Geralmente são produzidos após a expiração da patente de algum produto inovador ou a renúncia
de direitos de exclusividade pela indústria farmacêutica.

No Brasil, existe uma política de medicamentos genéricos; seu objetivo é oferecer uma melhor qualidade
(quando houver a troca de um medicamento de referência por outra medicação existe comprovação
científica de testes de equivalência farmacêutica* e bioequivalência**), um menor preço (porque não
precisa investir em pesquisa e propaganda), propiciando um maior acesso dos pacientes às medicações,
também há a possibilidade de diversas marcas produzirem o mesmo fármaco, o que ↑ concorrência = ↓
preço.

*mesma quantidade de fármaco no comprimido


**quantidade de fármaco no indivíduo

Pré-requisitos para que os fármacos sejam considerados genéricos:

Bioequivalência: um fármaco não pode apresentar diferenças estatisticamente significativas quanto à


biodisponibilidade após a ingestão do fármaco, comparado ao medicamento de referência (essa diferença
pode ser, considerando de 3 a 5 meias-vidas do fármaco, de até 20% da área sob a curva);

A área total do gráfico corresp


medicamento genérico pode t

Ser administrados em
mesma dose molar (mesmo nº de moléculas);
Deve se comprovar que o comprimido possui a mesma quantidade de fármaco (equivalência
farmacêutica);

OBS: existem medicamentos que são isentos de testes de bioequivalência. Medicamentos que apresentam:

• Alta solubilidade e alta permeabilidade (que se sabe que terão absorção de quase 100%)
• Medicamentos com biodisponibilidade absoluta superior à 90%
• Dissolução, a partir da forma farmacêutica, maior que 85% em 15 minutos
• Soluções parenterais sob forma de solução aquosa
• Soluções de uso oral sem incipientes que afetam a motilidade ou a absorção intestinal
• Pós para reconstituição (por exemplo a amoxicilina, que vem em pó e para utilizar se adiciona água)
• Soluções aquosas oftálmicas
• Produtos tópicos dermatológicos
• Medicamentos tópicos
• Produtos para inalação a aerossóis nasais
• Medicamentos de uso oral com fármacos não absorvíveis
• Produtos biológicos ou oriundos de biotecnologia.

Os medicamentos devem ter equivalência farmacêutica: a administração da mesma dose deve apresentar
os mesmos efeitos e o mesmo perfil de segurança (não podem ter mais efeitos adversos e menos efeitos
terapêuticos).

• Devem ser aprovados em padrões de similaridade e qualidade em relação à identidade;


• Dosagem: se o comprimido tem a dosagem necessária;
• Pureza: se existem outros contaminantes além do composto;
• Potência: se o fármaco terá utilidade biológica;
• Uniformidade de conteúdo: se todo o comprimido contém a mesma quantidade se for fracionado;
• Desintegração e dissolução: se o medicamento de referência for de absorção entérica, o genérico
deve ser de absorção entérica também.

Os genéricos são denominados a partir da denominação comum brasileira (DCB): existe uma listagem feita
pena secretaria nacional de vigilância sanitária (desde 1981), que obriga os fármacos a serem registrados
junto à secretaria nacional de vigilância sanitária.

Existem regras de nomenclatura. Ex: fentanil  fentanila A


DCB é a forma oficial de citar as medicações.

Os medicamentos podem ser descritos:

Pela nomenclatura química: 2-(dietilamino)-N-(2,6dimetilfenil)acetamido;


Pelo nome genérico: cloridrato de lidocaína
Pelos nomes comerciais: xilocaína (medicamento de referência), xilestesin (similar), toperma, labcaína.

Não são aceitos para registro como genéricos:

o Suplementos alimentares;
o Soluções parenterais isentas de fármaco; o Agua para injeção; o Solução de
glicose; o Solução de cloreto de sódio; o Demais compostos eletrolíticos e
açúcares; o Produtos biológicos imunoterápicos; o Derivados de plasma e sangue;
o Produtos obtidos por biotecnologia, excetuando-se antibióticos, fungicidas e
outros à critério da anvisa.
o Vitaminas e sais minerais; o Anticoncepcionais e hormônios não sintéticos de uso
oral; o Produtos para fins diagnósticos e contrastes radiológicos; o Medicamentos
isentos de prescrição médica (porém há exceções, ex: paracetamol) o Alguns
medicamentos não esteroides de uso tópico; o Balsâmicos e mucolíticos; o
Antiácidos

* O médico é proibido de prescrever medicações que sejam isentos de registro.

A embalagem dos medicamentos genéricos deve ser padronizada


Tarja vermelha ou preta, conforme a prescrição.

Medicamento de referência: é o produto inovador,


registrado no órgão federal responsável pela vigilância
sanitária (aqui é a secretaria nacional de vigilância
sanitária), com comprovada eficácia, segurança e
qualidade.

Medicamento similar: são os demais medicamentos


comercializados, que não se encaixam na legislação dos
genéricos e não são medicamentos inovadores;
possuem similaridades que podem ser relacionadas ao
princípio ativo, à forma farmacêutica, à concentração, à
via de administração e podem diferir quanto à forma e

tamanho, prazo de validade, embalagem, rotulação e


excipientes (não passam por ensaios de bioequivalência,
Um genérico pode ser trocado por outro genérico de marca diferente, contanto que tenham a por isso não
são intercambiáveis)mesma composição; .

Entre medicamento de referência e o similar só pode haver troca se for manifesta essa possibilidade pelo
profissional prescritor ou se houver comprovada bioequivalência do similar ao medicamento de
referência;
Similar com similar não pode ser trocado, pois não existe comprovação de bioequivalência entre

similares;
Genérico por similar também é vetada a troca.

A prescrição de genéricos é obrigatória no SUS, no setor privado fica a critério do profissional. Também cabe
ao profissional decidir se o medicamento é intercambiável ou não.

PRESCRIÇÃO MÉDICA

• São ordens escritas por médicos, veterinários ou cirurgiões dentistas para que um farmacêutico possa
fornecer ou dispensar uma medicação.
• Serve também de orientação ao paciente de como fazer o uso da medicação.
• Dentro do hospital é uma indicação à equipe de enfermagem de como administrar a medicação.

Antes de fazer a prescrição é necessário seguir algumas etapas:

1) Definir o problema (exceto em casos em que não há diagnóstico, mas se controla os sintomas);
2) Especificar os objetivos da terapêutica;
3) Seleção do tratamento baseado em eficácia e segurança;
4) Prescrição de tratamentos medicamentosos ou de medidas não farmacológicas (ex: para febre
aplicar compressas frias);
5) Informações ao paciente sobre a terapêutica (resultados esperados e efeitos adversos); 6)
Monitoramento do tratamento proposto

Componentes da prescrição:

o Medicamento ou substância (nome comercial ou substância ativa); o


Forma farmacêutica (líquido, comprimido, cápsula); o Concentração
(geralmente em mg por unidade posológica, ex: 10mg/cp); o Quantidade total
de medicamento (6 ampolas, 20 comprimidos); o Via de administração (via
oral, via parenteral); o Intervalo de doses (8/8 horas, 12/12 horas);
o Duração do tratamento (enquanto tiver febre, por 10 dias); o Orientações
(não administrar se tiver diarreia, se tiver vômitos repetir a dose).

Caligrafia: o código de ética médica, artigo 11, diz que é vedado ao médico receitar, atestar ou emitir laudos
de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no conselho, bem como
assinar folhas em branco, receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.

Recomendações:

Procurar um esquema de administração cômodo e acessível ao paciente;


Preferir sempre a monoterapia;

Sempre tentar a menor dose eficaz possível (quanto maior a dose, maior a chance de efeitos
adversos);
Enfatizar a finalidade e a importância do tratamento;
Explicar claramente quando usar o medicamento;
Esclarecer os potenciais efeitos indesejáveis;
Pedir para que o paciente explique como vai tomar a medicação;

Receituários:

Receita simples (branca): feita para medicamentos não tarjados ou medicamentos vendidos sem
necessidade de prescrição médica (OTCs) ou medicamentos de tarja vermelha (que precisam de
prescrição médica);
Receituários de controle especial: medicamentos de tarja vermelha da lista C (retenção da receita),
Notificação de receita (azul): medicamentos de tarja preta da lista B (B1 e B2) – não substitui a
prescrição médica;
Notificação de receita (amarela): medicamentos de tarja preta da lista A– não substitui a prescrição
médica.

Dados da prescrição médica:


Cabeçalho (que geralmente é impresso): nome do profissional ou da instituição, o número de registro do
conselho de classe, endereço, superinscrição (nome do paciente), inscrição (nome do fármaco, forma
farmacêutica, concentração), subinscrição (quantidade a ser dispensada), adscrição (orientações de uso),
data, assinatura, carimbo.
O verso da receita pode ser usado, mas não se recomenda, porque geralmente não se olha o verso.
Podem ser adicionadas orientações gerais: tomar medicamento no horário
prescrito, não interromper o tratamento, retorno no dia seguinte ao término do
tratamento.

O símbolo significa “receba”; é uma referência ao olho de Horus e é usado


pelos médicos para dar proteção à receita. Seu uso é

facultativo.
Pode ser substituído por “uso interno” ou “uso externo”.

• Uso interno: fármaco que tem absorção enteral. Ex: via oral.
• Uso externo: fármaco que não tem absorção enteral. Ex: pomada sobre a pele, colírio, aplicação
intramuscular, medicamentos sublinguais, via retal, via intranasal, intravenoso.

*Recomenda-se não usar essa nomenclatura, pois pode gerar confusão.

Em relação à substâncias e receituários existem listas que definem os medicamentos aos quais é
necessária a notificação de receita ou venda controlada:

o A1 e A2: entorpecentes- medicamentos que geralmente tem efeito relaxante ou indutor de


sono. o B1: psicotrópicos- benzodiazepínicos- mais efeito entorpecente (gerar torpor) do que
estimulante. o B2: anorexígenos e anfetaminas.

o A e B são medicamentos que podem gerar dependência. o C1: medicamentos com ação no
SNC (geralmente de controle especial). o C2: retinóicos - usados para acne (tem potencial
teratogênico). o C3: imunossupressores. o C4: antirretrovirais. o C5: anabolizantes. o Não se
enquadram nessa categoria, mas precisam de retenção de receita: antibióticos.

2. Antidiabéticos
Diabetes Mellitus – é uma doença metabólica, de etiologia variável, multifatorial, que envolve a alteração no
metabolismo dos carboidratos, hiperglicemia (desfecho intermediário - glicemia maior que 126) e
desenvolvimento de complicações macrovasculares (Infarto do miocárdio, doença arterial periférica e
doença vascular cerebral) e microvasculares (polineuropatia e neuropatia diabética devido a inflamação
causada pelo aumento descontrolado da glicemia - desfechos duros ou finais).
Tipo I: deficiência absoluta de insulina; 10% dos casos; de etiologia autoimune contra as células beta
das ilhotas pancreáticas.
Tipo II: deficiência relativa de insulina derivada de uma síndrome metabólica, alterações no receptor
de insulina a nível periférica; secreção de insulina pode estar aumentada no início (hiperinsulinemia);
corresponde a 90% dos casos mais insulina para pôr a glicose dentro da célula.
Outros – medicamentos: uso de corticoides causam aumento na glicemia devido a aumento da
resistência periférica a insulina e ciclosporina que tem sua ação nas células beta do pâncreas.

TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICO (três meses antes do farmacológico)

o Mudanças no estilo de vida – redução no risco cardiovascular  eficaz com pouca efetividade.
o Controle dietético – redução na ingesta calórica em pacientes com sobrepeso e obesidade; redução
na ingesta de gordura; dietas de baixo índice glicêmico (carboidratos de absorção lenta, para não
causar pico de glicose, diminuindo a quantidade necessária de insulina para bota-los dentro da
célula).
o Atividade física – aumento na captação periférica de glicose, mesmo na independência de insulina.
Mudanças no estilo de vida é eficaz (em ambiente controlado) e preferencial para prevenção e cuidados
com a diabetes tipo II com recomendação grau A e nível de evidência nível I

Controle metabólico intensivo (HbA1c < 7%) é eficaz para prevenir complicações da diabetes tipo I e tipo II

INSULINAS

Doses e
concentração:
comercial é de
100 UI/ml
(~3,6mg/ml).

Classificação: aplicação SC ou IV (para pacientes em coma diabético)

o Curta duração: Aspart, Glulisina e Lispro (análogos de ação rápida) e Insulina regular (natural de ação
curta - verdadeira).
o Intermediário: NPH (Insulina natural).
o Lenta: Glarginina e Detemir (análogos).

ASPART – ocorre uma substituição do aa B-28 de prolina para aspartato absorção mais rápida.

GLULISINA – ocorre a substituição no aa B-03 de aspartato por lisina e no aa B-29 de lisina por glutamato.

LISPRO – corre uma inversão nos aa B-28 e B-29, trocando a lisina por prolina e vice-versa (prolis por lispro).

GLARGINA – ocorre subtituição do aa A-21 de arpartato por glicina e um acrésimo ao B-30, adicionando o B-
31 e B-32 (dois de argina) maior tempo de absorção (aplicada 1x/dia)
INSULINA ISÓFANA – NPH (neutral Protamine Hagedorn) Suspensão (insulina, zinco e protamina –
impede absorção rápida); Redução na absorção e maior duração de efeito – pico de ação de 8-12h.

DETEMIR – ocorre uma deleção do B-30 e uma modificação no B-29, adicionando o ácido tetradecanóico
insulina se liga a albumina, causando absorção rápida e menor fração livre/ativa (aplicada 2x/dia).

Efeitos Adversos: endocrinometabólicos (hipoglicemia por dose incorreta e ganho de peso) e cutâneo
(infecções no sítio de aplicação – repetição de seringas e má limpeza do sítio de aplicação).

Aplicabilidade Clínica: é fármaco de escolha para controle de hiperglicemia em


pacientes hospitalizados com DM1 e como terapia alternativa para pacientes de DM2.

• 1 UI reduz a glicemia em 25-30mg/ml.


• A aplicação da agulha deve ser realizada em 90° para pacientes obesos e 45° para
pacientes magros ou crianças.
• A utilização da insulina na emergência ocorre de acordo com o resultado do HGT.

• São utilizados seringas de duas unidades.


Resultado do excesso de insulina:
HIPOGLICEMIA  sintomas de fome, sudorese,
taquicardia e sintomas neuropsiquiátricos (irritabilidade, ansiedade, letargia); o diagnóstico ocorre com HGT
(glicemia capilar) menor de 70 mg/dl. O tratamento é de 10-20g de carboidratos para pacientes conscientes
e glicose 50%-30ml IV (15g de carboidratos) para pacientes letárgicos – ainda pode ser administrado
glucagon 1-2mg IM quando o paciente não tem acesso venoso ou o acesso é difícil.

BIGUANIDAS METFORMINA

Mecanismo de ação: não conhecido, aumenta a sensibilidade periférica à insulina.

Efeitos Adversos: TGI (náusea, epigastralgia, diarreia e distensão abdominal) e hidroeletrolíticos (causa
acidose lática quando associado a contrastes radiológicos e inibidores da anidrase-carbônica –
Acetazolamida e Topiramato).

Aplicabilidade clínica: fármaco de primeira escolha para DM2 (reduz mortalidade e eventos cardiovasculares.
Traz melhor benefício em sobrepeso e obesidade); pode ser utilizado em pacientes com DM1 (mas não
como monoterapia, em obesos); pode-se usar em pacientes com comprometimento renal.
Efeitos: inibição da neoglicogênese hepática; aumento da captação da glicose nos tecidos periféricos; sem
efeito em estado normoglicêmico.

SULFONILUREIAS

Primeira geração – TOLBUTAMINA E CLORPROPRAMIDA (pouco comercializados)

Segunda geração – GLIBENCLAMIDA, GLIMEPIRINA E GLIPIZIDA

Mecanismo de ação: ligação à subunidade SUR1 do canal de K-ATP na célula beta no pâncreas – glicose entra
na célula beta pelo GLUT2, transforma o ADP e ATP, para que o SUR1 não deixe entrar potássio na célula.
Isso causa despolarização da célula, causando a entrada de cálcio pelo canal de cálcio voltagem dependente,
e a consequente liberação das vesículas insulina.

Aplicabilidade Clínica: é fármaco de segunda escolha para DM2 (em paciente com hiperglicemia persistente
após o uso de metformina), uso em associação (sem benefício comprovado de uso isolado), sem
aplicabilidade em pacientes com DM1. Sob uso desse medicamento, ocorre um pico de secreção de insulina
(hipoglicemia) para pacientes diabéticos e não diabéticos.

Efeitos adversos: hipoglicemia, aumento de peso, coma hipoglicêmico e TGI

TIAZOLIDINEDIONAS – ROZIGLITAZONA E PIOGLITAZONA

Mecanismo de ação: Ligam-se ao receptor gama ativado por proliferação peroxissomal (PPAR )

Efeito: modula genes envolvidos no controle glicêmico e aumenta sensibilidade periférica à insulina 
ocorre uma estimulação dos PPAR , para que a glicose vire triglicerídeo, dependendo, ainda, da insulina
para que a glicose entre na célula.

Aplicabilidade clínica: efeito semelhante e metformina, não reduz mortalidade, aumento de peso pelo
aumento dos triglicerídeos e piora da insuficiência cardíaca.

MODULADORES DAS INCRETINAS EXANATIDA E LIRAGLUTIDA

Mecanismo de ação: agonista dos receptores GLP-1

Efeitos: aumento da biossíntese e exocitose da insulina.

Aplicabilidade Clínica: indicados em pacientes sem controle glicêmico com uso de metformina, porém não
tem demonstração na redução da mortalidade.

Efeitos Adversos: endocrinometabólicos (perda de peso) e TGI (náuseas e vômitos).

INIBIDORES DA ALFA-GLUCOSIDASE  MIFLITOL, VOGLILOSE E ACARBOSE

Mecanismo de ação: inibe a -glucosidade intestinal, diminuindo a absorção de dissacarídeos.

Efeitos adversos: causados pela permanência dos dissacarídeos na luz intestinal  diarreia, flatulência,
meteorismo, distensão abdominal e cólicas.

Aplicabilidade clínica: uso com outros antidiabéticos.

RECOMENDAÇÃO PARA PACIENTES DIABETES TIPO II


ESTEROIDES E FARMACOLOGIA DO CÓRTEX SUPRARRENAL
Obejtivo: Fornecimento de glicose ao cérebro  Situação de estresse
Estresse:

 Fisico
 Quimico
 Termico
 Emocional

A medula secreta epinefrina, ao passo que o córtex sintetiza e secreta duas classes principais de hormônios
esteroidais - os adrenocorticosteroides (glicocorticoides e mineralocorticoides) e os androgênios
suprarrenais. A função dos hormônios adrenais é fornecer glicose ao encéfalo. O córtex suprarrenal é
dividido em três zonas que sintetizam vários esteroides a partir do colesterol e os secretam. A zona mais
externa, a glomerulosa, produz mineralocorticoides (aldosterona), que é responsável pela regulação do
metabolismo da água e do sal. A produção de aldosterona é regulada primariamente pelo sistema
reninaangiotensina. A zona intermediária, a fasciculata, sintetiza os glicocorticoides (cortisol), que estão
envolvidos com o metabolismo normal e a resistência ao estresse. A zona interna, a reticular, secreta os
androgênios suprarrenais (desidroepiandrosterona). A secreção das zonas intermediária e interna é
controlado pelo hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), que é liberado em resposta ao hormônio liberador
corticotropina (CRH). Os glicocorticoides servem de retroalimentação inibitória da secreção de
corticotropina e CRH. Os hormônios do córtex suprarrenal são usados no tratamento de reposição, no
tratamento e no controle da asma, bem como de outras doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide,
no tratamento de reações alérgicas graves e no tratamento de alguns cânceres.

A SUPRARRENAL

ACTH  Corticotrofina

CRF  Fator liberador da corticotrofina

GLICOCORTICOIDES

O cortisol é o principal glicocorticoide humano. Tem


pico cedo pela manhã seguido de um declínio e um
pico menor ao final da tarde. Fatores como
estresse e níveis de esteroides e influenciam a
secreção. Seus efeitos são:

1) Promovem o metabolismo normal


favorecendo a gliconeogênese, aumento da
captação de a.a. pelo fígado e
rins, estimulam o
catabolismo proteico dos
músculos, redirecionando ao fígado e aumentando a glicogênese, e a lipólise, favorecendo a
síntese de glicose, e
redirecionando a gordura da periferia ao abdome. Aumenta a reabsorção óssea, liberando mais a.a. para
a corrente (hipercalcemia relativa).
2) Resistência ao estresse provendo de energia que o organismo exige para combater o estresse a
traumatismos, luta, infecções, doenças, cirurgias.
3) Causam diminuição de cél inflamatórias, e aumenta a linhagem vermelha.
4) Ação anti-inflamatória por reduzir a resposta e suprimir a imunidade. Aumenta o número de neutrófilos
e diminui o de eosinófilos.
5) São essenciais para a filtração glomerular normal. Há maior excreção de cálcio; hipercalciúria aumenta
os riscos de nefrolitíase. Aumenta a TFG por aumento da pressão. Inibição das bombas de Na/K,
promovendo uma liberação maior de potássio e reabsorção de sódio/água.

6) Aumento da excitabilidade neuronal, importante ao despertar. A pulsoterapia com corticoide pode


provocar psicose e agitação psicomotora.

Derivação dos demais


hormônios a partir do
colesterol

Cerca de 90% estão ligados a


proteínas plasmáticas. A
principal é a corticoglobulina
(CBG) que possui alta
afinidade pelos corticoides,
porém tem baixa
concentração sérica. A maior
parte do corticoide está
associado a albumina, mais
comum, porém possui baixa
afinidade. Sofre
metabolismo renal e
hepático, pela conjugação
com ác. glicurônico.

Útil na clínica, pois reduz os


sintomas da alergia, como
suplementação na
deficiência renal funcional.

Durante todo o dia é liberado uma carga de 30mg de cortisol, com período definido. No entanto, o pico pode
ser alterado na dependência do estilo de vida da pessoa, podendo ter liberação constante. Quando se
administra corticoide exógeno, dá-se preferência para os horários próximos das 08h da manhã, e evita-se a
partir das 16h. Nesse caso há redução de ACTH por feedback negativo sobre a hipófise, podendo inclusive
atrofiar as suprarrenais, sendo necessário administração continua.

Doses diárias inclui 20mg/dia de PREDNISONA.


MINERALOCORTICOIDES

Secreção  Angiotensina II; Potássio sérico; ACTH

Sistema Renina angiotensina Aldosterona  Rim percebe a quantidade de Na que está passando pelos
túbulos está baixa, ele percebe que o fim não ta filtrando sangue suficiente, liberando Renina que vai para o
Fígado que libera angiotensinogênio que é liberado na circulação que libera angiotensina I que não tem
função biológica conhecida fisiologicamente. Porem quando a Angiotensina I vai pro pulmão ela é convertida
pela ICA para angiotensina II que é o mais potente vasoconstritor mais potente conhecido agindo nos
receptores AT1,AT2 (vasoconstrição) , AT3, AT4. Desse modo, aumenta a TFG e aumenta a quantidade de
Sódio.

Aldosterona  Aumenta Na+, Aumenta H2O, reduz K+

Na e Cl passam do Tubulo distal para o Lumem, A aldosterona ativa a bomba sódio e potássio, tirando o K e
colocando o Na para dentro do sangue, por difusão facilidade o Cl também vai junto. Como aumenta o K no
lumem, ele passava passivamente para o Tubulo e é excretado

Farmacocinética  50-60% ligando a proteínas plasmáticas; meia-vida de 20 minutos; 75 % metabolizado no


fígado

Ações fisiológicas

 Reabsorção de sódio  Renal+++ , Colônica, Salivar


 Ligação a receptor intracelular  Modulação na transcrição genética, Auemento na expressão de
bombas de Na+/K+ - ATPase

Os mineralocorticoides auxiliam no controle do volume de água e da concentração de eletrólitos do


organismo, especialmente Na+ e K+. A aldosterona (principal mineralocorticoide secretado) atua nos túbulos
renais e dutos coletores, causando reabsorção de Na+, HCO3- e H2O. Ela diminui a reabsorção de K+ que, com
o H+, é perdido na urina. Níveis elevados de aldosterona podem causar alcalose e hipopotassemia, e a
retenção de Na+ e H2O leva ao aumento no volume sanguíneo e da pressão arterial. O hiperaldosteronismo é
tratado com espironolactona. No hipoaldosteronismo há perda parcial de Na+ na urina e reabsorção de K+.

No Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona circulante, o angiotensinogênio é produzido pelo fígado, que


requer glicocorticóides do córtex adrenal e estrógeno das gônadas; a renina é liberada pelos rins, enquanto
que a enzima de conversão de angiotensina I em angiotensina II, pela ECA, que é encontrada no endotélio
vascular de vários órgãos. A aldosterona é liberada pelo córtex suprarrenal estimulado pela angiotensina II.
Uma vez ativada a cascata, surgem a angiotensina I e a angiotensina II, que circulam pelo sangue ativando
suas estruturas-alvo: vasos sanguíneos (sobretudo arteríolas sistêmicas), rins, coração, suprarrenais e o
sistema nervoso simpático. A lógica fundamental que preside o funcionamento do sistema é responder a
uma instabilidade hemodinâmica e evitar a redução na perfusão tecidual sistêmica. Atua de modo a reverter
a tendência à hipotensão arterial através da indução de vasoconstricção arteriolar periférica e aumento na
volemia por meio de retenção renal de sódio (através da aldosterona) e água (através da liberação de
ADHvasopressina).

Cerca de 50 a 60% da aldosterona é ligada a proteínas plasmáticas, contudo possui meia vida curta de 75
minutos. Do total, 75% é metabolizada no fígado, através da conjugação com ácido glicurônico.

A administração de fludrocortisona, um potente mineralocorticoide sintético com alguma atividade


glicocorticoide, também pode ser necessária para elevar a atividade mineralocorticoide aos níveis normais,
isto é, repor os níveis de aldosterona. Nos casos de insuficiência renal, hipotensão ortostática e na
Síndrome Cerebral Perdedora de Sal( pcte com algma lesão cerebral com distúrbio diurético).
 FLUDROCORTISONA possui meia vida de 3,5h, logo necessita ser administrada várias vezes ao
dia, no entanto é mais vantajosa do que se utilizasse a própria aldosterona. Liga-se fortemente a
proteínas plasmáticas. Pacientes internado, possuem certo quadro de desnutrição e baixa
concentração de proteínas, logo, há maior fração livre do fármaco, sendo então mais ativa e
mais metabolizada. O principal efeito adverso é retenção de água e sal. Fármaco de alto custo,
precisa ser mantido sob refrigeração e pequena validade
Na ICC há um excesso de estimulação do SRAA, isso promove a hipertensão, retenha sódio e excrete
potássio. Para tal é associado ao tratamento um diurético, e que possua finalidade de retenção de potássio.
 A ESPIRONOLACTONA(Antagonista Minerelacoticoide) associada a Furosemida, um perdedor de
potássio, é usada na ICC, na insuficiência renal e hepática, quando há edema exacerbado, e níveis alterados
de sódio e potássio.

Em pacientes hipocalêmicos possuem benefício no uso de espironolactona. Naqueles com ovários


policísticos, o fármaco antagoniza os efeitos virilizantes da aldosterona. A meia vida da espironolactona é de
1,8h, contudo possui metabólitos ativos com meia vida mais prolongada de até 12h. Possui alta afinidade
por proteínas plasmáticas. Metabolismo hepático. Em homens um dos efeitos adversos é a ginecomastia.
Pode promover a desidratação, e ocorrer hipotensão. Hipercalemia. Hiponatremia. Causa redução da libido
e em mulheres pode provocar irregularidade menstrual. Anti-androgênico

PRINCIPAIS CORTICOIDES: Critérios de escolha  afinidade aos receptores, potência anti-inflamatória,


retenção de sódio e duração de efeito.

Secreção  ACTH

Síntese  Cortex suprarrenal  Zona fasciculada

Farmacocinética  90% ligado a proteína plasmática (CGB – corticoglobulina) porem a maior parte fica
ligado a albumina . Metabolismo renal e hepático ( Conjugação com ácido glicurônico)

Efeitos sistêmicos 

 Efeito metabólicos como catabolismo de aminoácidos nos músculos que passam


para a circulação e vao para o fígado (glicogeniogênese)  Do fígado estimula a
glicose (neoglicogênese)  Essa glicose na circulação pode causar obesidade
central.
 A nível ósseo reabsorve a matriz e tira Calcio do osso, esse cálcio da circulação
aumenta a TFG e é excretado, além disso aumenta a reabsorção de Na e H2O,
excretando K
 Aumenta a excitabilidade neuronal  Podendo causar quadros de psicose em
excesso
 Neutrofilia e Eosinopenia

Utilidade clínica

 Processos alérgicos
 Processos inflamatórios

Ciclo Circadiano  Pico 30 mg,


NA INSUFICIÊNCIA ADRENAL o paciente pode desenvolver hiperpigmentação da pele, já que o ACTH
estimula os melanócitos a produzir melanina, o cabelo mais escurecido, há risco de desenvolver vitiligo,
escurecimento de mamilos e cicatrizes, pode levar a hipotensão arterial por perda volêmica, fraqueza
muscular, perda ponderal importante, e a nível de mucosa também há desenvolvimento de manchas
hiperpigmentadas.

NA HIPERFUNÇÃO ADRENAL, seja por corticoide endógeno ou exógeno, ocorre eritema facial, aumento de
gordura a nível facial (facies de Cushing) e abdominal(abdome em avental ou batráquio), virilização com o
surgimento de pilificação facial, fragilidade capilar, estrias violáceas, pele fina e frágil, hipertensão arterial
por retenção salina, perda de massa muscular por consumo de a.a., dificuldade de cicatrização, e pode
desenvolver edema periférico, perda de matriz óssea (osteoporose). Doença de Cushing  Tumor de
hipófise. Sindrome de Cushing  Sinais e sintomas relacionados ao excesso de hormônios, mesmo exógenos

PRINCIPAIS CORTICOIDES

• HIDROCORTISONA é o fármaco de escolha para a terapia de reposição hormonal. Possui afinidade


relativa. Suas características mostram ser muito semelhante ao hormônio cortisol. Equivalência do
cortisol 1:1. Para reposição necessita de 02-03 tomadas diárias, pois há efeito de duração de 8-12 horas.
• CORTISONA: baixa afinidade pelos receptores, porém é uma pró-droga e necessita ser convertida em
hidrocortisona para fazer efeito. Terapia de reposição hormonal. A vantagem em relação a
hidrocortisona é seu baixo custo. Não é utilizada como anti-inflamatório, porque sua potência é
equivalente à retenção de sódio.
• PREDNISOLONA: fármaco de escolha para efeitos sistêmico e imunossupressor, uma vez que há
administração oral descomplicada, requer uma tomada diária, possui maior afinidade aos receptores
glicocorticoides, além de possuir potência anti-inflamatória significativamente maior do que a retenção
salina, retenção de sódio(0,8). Duração 12-36 horas, geralmente em dose única diária matinal. 4 x mais
potente que o cortisol. Menos efeitos interação medicamentosa com outros fármacos
• PREDNISONA: é um pró-fármaco da prednisolona. O custo é menor, porém com potência semelhante.
Afinidade 0,05 pois é um pró-fármaco. Ação anti-inflamatória 4 x (igual prednisolona).
• METIL-PREDNISOLONA: possui maior afinidade aos receptores glicocorticoides (11,9), e desprezível ação
mineralocorticoide. Fármaco de escolha quando há necessidade de reduzir rapidamente a imunidade
do paciente: esclerose múltipla, nefrite lúpica, glomérulo nefrite aguda. Ação rápida anti-inflamatória.
Efeito duração 12-36 horas

CORTICOIDES FLUORADOS permite maior potência anti-inflamatória e redução da retenção de sódio.

• TRIANCINOLONA: anti-inflamatório potente (5x), baixa afinidade aos glicocorticoides, e duração de


efeito que permite tomada única diária. Mais tóxica em comparação aos demais fármacos. Usada para
uso tópico e nasal para quadros de rinite. Efeitos 12-36 horas
• DEXAMETASONA e BETAMETASONA: são mais seguros que a triancinolona. São 40 a 50 vezes(?) SLIDE:
30 vezes mais potentes que o cortisol. Baixa retenção de sódio (desprezível). É relativamente útil em
emergências, porém seu tempo de efeito é prolongado. Ação imunossupressora e anti-inflamatória.
Quando deve-se evitar retenção de água, usa-se dexametasona IV. Quando deseja-se suprimir a
produção de ACTH, usase dexametasona. Betametasona ( atravessas placenta  Farmaco de escolha
Amadurecimento pulmonar fetal . Intraatriculares e intramusculares a betametasona é um pouco
melhor.
• ALDOSTERONA: baixa afinidade aos glicocorticoides; ausência de atividade anti-inflamatória; potência
de retenção de sódio 500x maior em comparação ao cortisol. Sua duração de efeito menor que 1h.
Raramente usada para reposição.
• FLUDROCORTISONA: fármaco de escolha para reposição mineralocorticoide. Possui discreto efeito
glicocorticoide. Potencia reduzida anti-inflamatória, porém elevada capacidade de retenção de sódio.
Duração de efeito de 08-12h.

SELEÇÃO E PRESCIRÇÂO

 Lúpus Eritematoso Sistêmico


o Tratamento de exacerbação agudas
 Comprometimento renal (nefrite lúpica)
 Hematológico (anemia hemolítica e trombocitopenia)
 Sistema nervoso central (vasculite e psicose lúpica)
o Evidencia que fundamentam essas indicações são esparsas e metodologicamente pobres
 Artrite Reumatoide
o A definição de melhores opções terapêuticas não estabelecidas
 AINES
 Corticosterioide
 DMARDs)
o Corticoides permanecem como alternativa
 Alta eficácia
 Beneficio de longo prazo limitado pela toxicidade
 Doenças musculoesqueléticas
o Artrite gotosa aguda
 Eficácia similar e diferentes perfil de efeitos adversos
 AINES
 Corticosteroides
 Colchicina
 Seleção de tratamento orientada por contraindicação dos pacientes a algum desses
fármacos

CONTRACEPTIVOS HORMONAIS

Objetivo: evitar gravidez, alguns previnem DSTs.

o Métodos comportamentais – tabelinha  evitar gravidez por meio de contagem dos dias férteis, com
abstinência sexual no período mais fértil.
o Métodos de barreira – camisinha, diafragma  previne gravidez, evitando a ascensão do esperma e
infecção de DST (camisinha).
o Métodos hormonais – pílulas, injetáveis, anel vaginal  induzem alteração no aparelho genital feminino.
o Métodos intrauterinos – DIU de cobre (mais abortivo na sua movimentação, mais agressivo) e
hormonal (libera hormônio).
o Método cirúrgico – ligadura (impede a descida do óvulo) e vasectomia (impede a expulsão do
espermatozoide).

ÍNDICE DE PEARL: avalia um método de contraceptivo pela determinação estatística de eficácia de um


método contraceptivo.

Falha Teórica – gestação resultante, mesmo com uso correto (eficácia). Ex: tomar a pílula certo
Falha Real – falha de uso, sem considerar o uso correto oi incorreto do método (total de gestações
durante o uso do método). EX: Esquecer de tomar a pílula
CONTROLE DA FUNÇÃO OVARINA

SÍNTESE HORMONAL
CICLO MENSTRUAL

FSH é contínuo durante o ciclo e estimula.


LH é mais intenso na liberação do óvulo, discreto pico no meio do ciclo, maturação do folículo
ovariano.

GnRH é pulsátil, e o intervalo do dia é que provoca a secreção de FHS e LH, perto do 14ª dia do ciclo,
aumenta a quantidade e frequência dos pulsos.
Folículo ovariano libera estrogênio, que aumenta com a ovulação, próximo ao 14º dia e o segundo no
20ª dia; utilizado para proliferação do endométrio.
Corpo lúteo libera progesterona, próximo ao 14º dia, utilizado para secreção do endométrio.
Endométrio prolifera com estrogênio até metade do ciclo para preparar o tecido para nidação e
progesterona para secreção
EFEITOS CONTRACEPTIVOS:

Inibir ou atrasar a ovulação;


Interferir no corpo lúteo, evitando amadurecimento;
Afeta fertilização (deslocamento do óvulo e contrações tubárias);
Alterar transporte embrionário (reduz receptividade uterina – impede nidação).

Etinilestradiol  Aumento da coaguabilidade

Princípios de ação: na primeira metade do ciclo, são librados progesterona e estrogênio, que suprimem o
FSH, prevenindo maturação folicular e ovulação. Se tiver libração de estrógeno apenas, ocorre uma resposta
cervical e endometrial fisiológica, aumentado a espessura do endométrio, proliferação deste. Na segunda
metade do ciclo, ocorre a liberação de progesterona, que aumenta o efeito secretivo endometrial, efeito
mais fisiológico. Quando ocorre a descontinuação, ocorre descamação endometrial (menstruação).
Etinilestradiol: + utilizado. Estrógeno disponível em todas as pílulas combinadas; em menos dosagem não
reduz risco cardiovascular, mas tem menor controle do ciclo menstrual.

Mais prescritos são os monofásicos que contem <35g de estrogênio e levonorgestrel  mais eficaz e seguro.

PROGESTINAS

• Progesterona – apenas na gestação, reposição em pacientes com risco de perda fetal.


• Ciproterona – diminui efeito virilizante, o que mais diminui a acne  síndrome de ovários policísticos.
o Andrógeno – efeito virilizante, com acne e pelos faciais. o Mineralocorticoide – redução hidrossalina.

CONTRACEPTIVOS COMBINADOS

Sequenciais: com início de estrogênio, na segunda metade, progesterona. Com pausa de 7 dias.
Monofásicos: estrogênio e progesterona em igual quantidade em todo o ciclo. Com pausa de 7 dias.
Bifásicos: estrogênio mais uma progesterona basal, na segunda metade, mais progesterona.
Trifásicos: doses baixas de estrogênio e progesterona, seguido de aumento da dose e finalmente,
diminuição do estrógeno e aumento da progesterona  mais parecido com o fisiológico.

BENEFÍCIOS DOS COMBINADOS:

o Reduz risco de câncer de endométrio, ovário, cólon e reto.

o Reduz acne, independente da combinação  quanto mais androgênico, menor a


redução.

RISCOS DOS COMBINADOS:

o Aumenta risco de câncer de mama, litíase biliar, tromboembolismo venoso (maior risco
com as novas progesteronas), IAM (acima de 35 anos), ↑PA e AVC (acima de 35 anos, em
tabagistas, com migrânia com aura).
CONTRACEPTIVO DE EMERGÊNCIA

o Sexo sem camisinha ou abuso sexual.

o Não deve ser usado como método rotineiro.

o Efeitos Adversos: cefaleia, náusea, vômitos.

---- Método Yuzpe: altas doses de etinilestradiol e levonorgestrel em até 72h do coito. Tem eficácia de 90-
98%.

Indicado pela OMS: O levonorgestrel tem melhor eficácia e menos efeitos adversos – com dose única de
1,5mg até 72h após relação sexual com eficácia de 98%. Quando é administrado de 72h-120h, a eficácia fica
em 50%.
Anti-estrogênicos

 Representante: Clomifeno
 Mecanismo: Antagosniso competitivo com o estrogênio endógeno
 Efeito: Bloqueio dos receptores estrogênicos

Aplicabilidade: Infertilidade em pacientes com hipotálamo funcional

O estrogênio exerce feedback negativo: Inibe de ngrh e inibe o FSH e LH pela hipófise  Induzindo a
ovulação no 14º dia

Moduladores Seletivos Dos Receptores De Estrogenio

 Representantes: Tamoxifeno e Raloxifeno


 Mecanismo de ação: Atuação nos receptores de estrogênio
 Efeito: variáeis (conforme o tecido que atua, por isso não tem aplicabilidade para infertilidade)
 Aplicabilidade Clínica: Neoplasia de mama (ambos); Neoplasia de endométrio (raloxifeno);
Osteoporose
 Efeitos adversos: Fogaços, Câibras, Tromboembolismo venoso, Proliferação endometrial
(tamoxifeno), já o raloxifeno inibe endométrio (Polipose uterina, aumento risco de neoplasia)

PRINCÍOIS GERAIS DO USO DE PSICOFÁRMACOS

HISTÓRICO

• Primeiras descrições que cérebro controlava as emoções são de 200 d.C., por Galeno; ainda, algumas
emoções ainda estavam associadas a outros órgãos.
• Século XVII – pacientes mentais precisavam de tratamento. O principal era isolamento, dando início aos
primeiros sanatórios/manicômios.
• Século XVIII – popularização dos sanatórios.
• Século XIX-XX – procedimentos cirúrgicos para tratar doenças mentais (lobotomia frontal transocular).
• 1928 – Surgiu primeira indução de coma – hipoglicêmico melhora o humor.
• 1930 – Eletrocolvulsoterapia passou a ser utilizada por ser efetiva para transtornos depressivos graves e
esquizofrenia (hoje, tratados com medicamentos).
• 1937 – Criado primeiro inibidor da MAO, derivado as isoniazida (antituberculoso), com efeito
euforizante, melhorando a depressão  iproniazida.
• 1948 – Criado antidepressivos tricíclicos.
• 1952 – Clorpromazina.
• 1972 – Fluoxetina.
• 1993 – Criação de medicamentos novos (venlafaxina)

EPIDEMIOLOGIA

TERAPÊUTICA
Melhora proeminente com menos
Psicoterapia: melhores efeitos a longo prazo.
tempo de medicação.
Psicofármaco: melhor para uso agudo.
Eletroconvulsão (ECT):
o Estimulação Magnética
Transcraniana (EMT): aplica bobina
magnética no cérebro que geram campos elétricos  melhora depressão, mas é inferior a ECT.
o Estimulação elétrica profunda (DBE): cirurgia com eletrodos que manda, por um marca-passo,
uma frequência e intensidade elétrica para estimular o cérebro  melhora sintomas motores,
mas aumenta chance de depressão e suicídio.

PLANO TERAPÊUTICO

• Avaliação clínica completa (clínica e psíquica). Outra causas orgânicas que causam depressão
• Diagnóstico.
• Técnica adequada.
• Monitorização do tratamento.
• Avaliação dos resultados

CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS

 Antidepressivos
 Antipsicóticos
 Ansiolíticos
 Moduladores de humor

DIRETRIZES CLÍNICAS

• Analisada com base no DSM


• Objetivo do tratamento:
• Período de uso (Reavaliação de eficácia, duração do tratamento)
• Abordagem não-farmacológica (adesão ao tratamento)
• Estratégia alternativa (psicoterapia, atividades físicas)
ORIENTAÇÕES

• Educação;
• Automedicação;
o Uso abusivo;
o Superdosagem;
o Tentativa de suicídio;
• Desmitificação;
o Drogas aditivas
o Psicofármacos
• Explicar a diagnóstico e o plano terapêutico;
• Avaliar reações ao tratamento (em especial nas crianças);
• Explicar o tempo de efeito (mais de três semanas para antidepressivos);
• Explicação de efeitos colaterais.
• Enxaqueca  Amitriptilina
ESCOLHA DA DROGA
• Depende do diagnóstico clínico e/ou sintomatológico alvo;
• Histórico farmacológico – resposta anterior, abandono ou não, efeitos adversos;
o Tolerabilidade = capacidade de usar o medicamento baseado nos efeitos adversos.
o Tolerância = necessidade de aumentar a dosagem da medicação, para ter o mesmo efeito
(resultado da dessensibilização que algumas medicações causam nos receptores alvo).
• Preferência de monoterapia;
o Melhor adesão ao tratamento
o Raramente possível em transtornos psiquiátricos
• Necessidade de monitorização;
• Análise de aspectos socioeconômicos (capacidade econômica, habilidade cognitiva).
FRACASSO TERAPÊUTICO

• Diagnostico incorreto;
• Analisar se são sintomas remanescentes ou efeitos colaterais;
• Dose ou tempo de tratamento inadequado;
• Metabolismo individual;
• Interação medicamentosa;
• Adesão ao tratamento e obediência posológica.
CONDIÇÕES ESPECIAIS

• Idosos (mais efeitos de sedação  quedas e fraturas);


• Gestantes;
• Lactentes;
• Crianças;
• Doenças “clínicas” concomitantes.

• Zolpiden (mulheres e idosos usar metade da dose normal(10mg) que é 5 mg, já mulheres idosas 2,5 mg,
maior sedação e queda

NEUROTRANSMISSÃO
Sinapses químicas – alguns aminoácidos servem com neurotransmissores, como glutamato, excitatório,
armazenado em vesículas, exocitados, exercem sua ação pós-sináptica, são endocitados e reutilizados.

Monoamidas (dopamina, noraepinefrina – ambas derivadas da tirosina e serotonina – derivada


do triptofano): produzidas por reações enzimáticas e por vesículas são exocitadas, exercem sua
ação e são reabsorvidas por canais com alta afinidade – pode ser degradada (MAO) ou
reutilizada.
Peptídeos e acetilcolina: síntese, vesículas e liberação – são degradados na própria fenda.
Barreira hematoencefálica: é uma barreira capilar por onde drogas neuroativas devem passar para
chegarem ao seu sítio ativo – não permite a passagem de moléculas muito grandes e íons

Ansiedade: SE “zero” baixa, NE Normal, Dopamina médio


Depressão: SE baixa, NE media, Dopamina média
Esquisofrenia: SE quase normal, NE Normal, Dopamina Mais alta

ANSIEDADE
 Ativação da amigdala
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

Ocorre diminuição da
noraepinefrina e serotonina (5-
HT)

Paciente se sente apático,


sem interesse;

Acredita que uso de álcool e


fumo podem melhorar o
humor;

Insônia por não conseguir


manter sono;

Sonolência diurna;

Fadiga;

Tentativa de suicídio.

TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I


ESQUIZOFRENIA
Sintomas negativos  via do tegumento-pré-frontal é perturbada, causando a apatia (dopaminérgica).

Sintomas positivos  hiperestimulação da via tegumento-acumbens, causando delírio e alucinação


(dopaminérgica).

DEPRESSÃO

EPIDEMIOLOGIA: mais comum em países desenvolvidos, em mulheres, jovens (30 anos) e brancos.
NEUROBIOLOGIA: ocorre um desbalanço de neurotransmissores monoaminas (serotonina(5-HT),
norepinefrina, dopamina – até GABA e glutamato)

Serotonina: na fenda sináptica agem em receptores 5-HT de diversos tipos e são recolhidos no
terminar pré-sináptico pelo canal SERT  produzido no neurônio pré-sináptico a partir do
triptofano, liberado por vesículas, se liga ao receptor, tem sua ação e depois é recolhido, podendo
ser degradada pela MAO, se tornando metabólitos inativos, ou reutilizada.
Norepinefrina: ação nos receptores 2-adrenérgicos pré-sinápticos – recaptados por NET, causando
um bloqueio na formação de vesículas, agindo como feedback negativo. No SNC, tem mais
receptores -adrenérgicos, porém pode se ligar em qualquer receptor adrenérgico.
TEORIA DOS RECEPTORES: Bloqueio dos receptores, para aumentar a concentração de monoaminas 
Porem causa uma endocitose dos receptores, tendo uma down regulation (podendo tirar o fármaco, e tendo
efeito prolongado após)
AFINIDADE COM O RECEPTOR

Interação entre ligante e o receptor.

Constante Ki – expressa em mM (milimolar); é a quantidade mínima


necessária para ligação com intenção de bloquear ou produzir resposta quando em contato com o receptor
 não é indicativo de ação.

Seletividade: ação exclusiva em receptor ou sítio.

ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS – TCA

Bloqueiam NERT e SERT – inibe recaptação.


Não seletivos.
Efeito de aumento de neurotransmissores na fenda sináptica.
Seletividade variável para SERT.
Facilita a manutenção de sono, para pacientes com insônia.
Amitriptilina superior no paciente ansioso do que a Nortriptilina
Imitpramina potencializa o efeito antidepressivo  5-HT2A e 5HT2C
Efeitos adversos: antagoniza H1, causando ganho de peso e efeito sedativo de dose dependente;
antagonista muscarínico, causando alteração cognitiva, visão borrada, xerostomia, taquicardia, constipação
– depende de onde altera a função dos receptores.

INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA – SSRI

Exclusivo para SERT, aumenta a concentração de serotonina na


fenda sináptica;
5-HT1a e 5-HT7 – mais afetados; reduz síntese e liberação de
serotonina; com uso prolongado, causa dessensibilização – piora sintomas na primeira semana, em uso
agudo.

Crianças: Amitriptilina e Fluoxetina

Efeitos adversos:
5-HT2a – hiporregulados; centrais (causa insônia, irritabilidade, redução da libido) e espinhais (disfunção
erétil, anorgasmia e retardo ejaculatório, que pode ser benéfico em quem tem ejaculação precoce –
comum na Paroxetina).
5-HT3 – causa náusea e diarreia (sertralina) em TGI.

Retirada precisa ser gradual – pode causar tontura, cefaleia, ansiedade, náusea, insônia  mais comum na
Paroxetina (por não ter metabólitos ativos).

INIBIDOR NÃO SELETIVO DA RECAPTAÇÃO DA


SEROTONINA E DA NOREPINEFRINA – SNRI

Bloqueia NET e SERT – aumenta concentração na fenda sináptica.


Causam menos efeitos colaterais que SSRI, mesmos efeitos benéficos
Efeitos adversos: náusea, constipação, insônia, cefaleia, HAS (comum em Venlafaxina) e disfunção erétil –
comum nas duas primeiras semanas.

INIBIDORES DA MONOAMINOXIDADESE – IMAO

MAO é uma enzima pré-sináptica que degrada a norepinefrina e serotonina.


Essa classe de fármaco impede essa degradação, causado um aumento na concentração no botão
sináptico de serotonina e noreponefrina  inibição não seletiva de MAO-A e MAO-B.
Para Parkinson utiliza-se apenas o inibidor da MAO-B.
Desuso devido a interação medicamentosa e efeitos adversos.
Efeitos adversos: HAS, inibe degradação de tiramina (presente em vinho e queijo), podendo levar a níveis
pressóricos fatais.

ANTAGONISTAS DO RECEPTOR DA SEROTONINA – ATÍPICOS

Mecanismo de ação controverso.


Usados como coadjuvantes.
Ação em 5-HT2 e 2-adrenérgicos pré-sináptico.
Usado no tratamento de insônia.
Aumenta resposta antidepressiva quando associado a SSRI.
Efeitos adversos: sonolência, aumento de apetite  a Trazodona causa priapismo (reação dolorosa e
prolongada) em 1/6000 casos.

*** Síndrome Serotonérgica: causa hipertermia, hiperreflexia  Tramadol, Triptofano (chocolate) ,


antidepressivos e antipsicóticos. (retirar o fármaco 14 dias antes do uso de qualquer substância)

FARMACOLOGIA DO SISTEMA ENDOCRINOLÓGICO:

FÁRMACOS DA TIREOIDE
Química dos hormônios tireoidianos: na tireoide todos os hormônios são derivados da tironina.

A síntese hormonal é iniciada no folículo tireoidiano, que contém a tireoglobulina (que carrega e facilita a
ligação do iodo à tirosina). O TSH, dentro da célula folicular tireoidiana, abre “portões” que facilitam a
entrada do iodo para dentro da célula, essa entrada vai favorecer a conjugação do I em I2, que poderá ser
usado em reações orgânicas (transforma iodo inorgânico em iodo orgânico); o TSH favorece a organificação
do iodo. Haverá então a formação do MIT (mono-iodotirosina) e do DIT (di-iodotirosina). As junções entre
mono-iodotirosina e di-iodotirosina formarão os hormônios (2 DIT= T4; 1 DIT+1 MIT= T3).

Será liberado na corrente sanguínea 90% de T4 e 10% de T3; esse T4 possui pouca ação orgânica, então será
novamente convertido em T3, que agirá nas células aumentando o metabolismo basal (↑funções
mitocondriais, ↑ consumo de O2...).

A nível celular: quando o T4 chega na célula é deiodinado e vira T3, que se liga a um receptor específico
dentro do núcleo e favorece a transcrição do DNA em RNAm, o que favorece formação de proteínas, que
intermediarão várias reações mitocondriais, enzimas respiratórias, favorecem a expressão e a atividade
das bombas Na/K dependentes de ATP, o consumo de O2 e a taxa metabólica basal celular.

A nível do organismo: favorece o crescimento e desenvolvimento, amadurecimento intelectual, sexual,


celular, ajuda na termorregulação, regula o sistema cardiovascular (a tiroxina tem efeito lusitrópico:
permite o relaxamento diastólico do coração, inotrópico(aumenta força) e cronotrópico(velocidade-FC) ,
aumentando o débito cardíaco), regulação metabólica (auxilia a síntese de HDL, LDL), modula a absorção e
consumo glicídico e modula a secreção e resistência insulínica.

O controle tireoidiano é dado basicamente pelo eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. No hipotálamo é liberado


o TRF, que age na hipófise, que libera TSH, que age na tireoide ajudando tanto na organificação do iodo,
quanto na formação do MIT e DIT em T3 e T4. Esse T3 e T4 farão um feedback negativo impedindo a
liberação do TRF e reduzindo a sensibilidade da hipófise ao TRF.
DISFUNÇÕES NO EIXO TIREOIDIANO

TSH NORMAL: 0,5 – 5

T4 NORMAL: 0,8 – 1,4

TSH – 5,0 – 10,0  Hipotireoidismo Subclínico, geralmente o T4 está normal

TSH > 10  Hipotireoidismo Definido

HIPERTIREOIDISMO
A principal causa de hipertireoidismo é a doença de Graves (mimetiza TSH), que é uma doença autoimune
na qual é produzido um anticorpo (mimetiza) contra o receptor do TSH (TRAB). Essa ação no receptor de
TSH aumenta a liberação de T3 e T4, causando uma inibição do eixo hipotalâmico-hipofisário, reduzindo a
liberação de TSH. TSH BAIXO POIS FOI ATACADO PELO ANTICORPO, ASSIM TEM APENAS ANTICORPO SEM
TSH

Classicamente a doença de Graves terá um TSH suprimido e T4 aumentado.

Diagnóstico de hipertireoidismo: presença de TRAB  ↑ T4 e T3, ↓ TSH.

Características: facies típica do tireóideo, sudorese profusa,


ansiedade, agitação, pode desenvolver exoftalmia (característica
da doença de Graves; rubor facial (por vasodilatação
periférica), ocorre por aumento da gordura periocular
que empurra o olho pra frente- pelo TRAB, então não vai ocorrer
em casos de hipertireoidismo por intoxicação medicamentosa),
hipertermia, taquicardia, hiperfagia, perda ponderal,
tende a ter diarreia, pode haver distúrbio menstrual, tremores,
hiperreflexia e edema localizado geralmente nos membros
inferiores.

Tratamento:

Tioamidas: propiltiouracil e metimazol (tapazol). São drogas estruturalmente relacionadas que inibem a
função tireoidiana.

Farmacodinâmica: ambos inibem a organificação do iodeto, impedindo a formação do MIT e do DIT;


inibem o acoplamento das iodotironinas para formação do T3 e T4; porém o propiltiouracil inibe a
conversão periférica do T4 em T3, o que o metimazol não faz, portanto o propiltiouracil terá uma
ação mais rápida no controle dos sintomas. Em uma crise tireotóxicas utilizar o propiltiouracil

Farmacocinética: o propiltiouracil tem meia-vida de 75 min e o metimazol de 4-6h.

75% do propiltiouracil se liga a proteínas plasmáticas (essa fração não tem ação nem metabolização),
enquanto a ligação do metimazol é desprezível. Usa-se o propiltiouracil em crises tireotóxicas.

Efeitos adversos (semelhantes entre os 2): hepatotoxicidade (mais comum) no propiltiouracil é mais
comum, agranulocitose (idiossincrática)- pacientes em uso fazem hemograma seriado e caso surja suspeita é
suspensa a droga, eritema, miopatia, artrite e polineuropatia.

Iodo Radioativo

I, liberação de radiação y e B, Meia-vida de 8 dias


131

I, liberação de radiação y, Meia-vida de 13 horas


123
Mecanismo de ação: Acúmulo no coloide folicular

 Radiação B possui penetração de poucos milímetros


 Radiação Y pode ser detectado fora do organismo

Efeitos: Picnose e necrose das células foliculares e efeitos citotóxicos prolongados muito além da meia-vida
podendo durar meses

Indicações: Bócio nodular e Doença de Graves (refratária ao tratamento com tioamidas)

Efeitos Adversros: Hipotiroidismo e Piora transitória do hipertireoidismo

HIPOTIREOIDISMO

A doença de Hashimoto é a principal causa de hipotireoidismo, que também é uma doença autoimune, onde
é produzido um anticorpo anti-tireoperoxidase (anti-TPO) – a anti-tireoperoxidase auxilia na produção do
T3 e T4 -, o que impede a síntese de T3 e T4, isso aumenta o feedback do eixo hipotálamo-hipofisário,
aumentando o TSH, POIS O EIXO VAI FICAR HIPERESTIMULADO.

O hipotireoidismo pode ser classificado como primário ou secundário, sendo o primário quando há lesão
tireoidiana, geralmente comum com outras deficiências hormonais (causa mais comum é a doença de
Hashimoto) e o secundário quando há lesão hipofisária (geralmente há deficiência de outros hormônios
concomitantemente).

O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireoide, tendo prevalência maior em mulheres (20:1) e o
diagnóstico característico é ↑TSH e ↓T4.

O T3 tem uma vida muito curta (cerca de


1h), enquanto o T4 tem meia-vida de
cerca de 7 dias, por isso ele é usado para
fazer o diagnóstico.
queda capilar,
Característica: facies mixedematosa,
pensamento lentificado, edema facial da arcada
(mais duro), língua aumentada hipertensão (por
(macroglossia com impressão dentária),
hipotermia, cardiomegalia,
↑RVP), pele fria e seca, pode
desenvolver ascite, pode causar
irregularidade menstrual, fraqueza
muscular, hiporreflexia, edema
em membros inferiores, aumento PA

Tratamento:

Levotiroxina sintética: é estruturalmente idêntica ao hormônio T4;

Efeito: reverte todos os efeitos da deficiência hormonal.

Efeitos adversos: geralmente relacionados a supra dosagem, podendo ter hipertireoidismo.


As dosagens geralmente são muito amplas. A dose inicial é calculada a partir do peso do paciente e o ajuste
da dose é feito com base no TSH. Em idosos, iniciar em 25 mg, verificar após 6 semanas, antes disso não há
efeito

Problemas de uso da droga: existem vários fatores que interferem na ação da levotiroxina. A medicação
deve ser tomada em jejum, 1 hora antes do café da manhã ou 1 hora antes de qualquer medicação.
Qualquer coisa reduz a absorção da levotiroxina.  (Resina de troca RED abs, alumínio RED abs, sulfato
ferroso RED abs, carbonato de cálcio RED abs, inibidores da recaptação da serotonina AUM elima, indutores
enzimáticos AUM elim, gestação AUM demanda, idade RED elim, diarreia RED abs

A gestação aumenta a demanda por tiroxina, podendo ter hipotireoidismo gestacional.

A idade reduz a eliminação da droga, o paciente se intoxica mais rapidamente.

Pacientes idosos geralmente necessitam de uma dose reduzida de levotiroxina, pois também tem chances
mais elevadas de ter arritmias.

O uso do hormônio tireóideo no hipotireioideano é exemplo que não precisa ser fundamentado em ensaios
clínicos, pois visa à reposição do não secretado pelo organismo

FÁRMACOS HIPNO-SEDATIVOS

Existem 4 estágios de sono, segundo a academia brasileira de neurofisiologia (a americana divide em 5):
-Estágio acordado;

-Estágio 1 (dividido em 1A e 1B): sonolência; 1A= não percebe que está dormindo; 1B= quando
“os olhos pesam”;

-Estágio 2: estágio das “pescadas”, quando fecha os olhos e começa a dormir, alguns sonhos
relacionados ao dia a dia, parecem alucinações, continua ouvindo o que acontece no ambiente,
NREM mas parece estar em outro lugar; sono muito leve;

-Estágios 3 e 4: fase de sono mais profundo, onde há redução da atividade elétrica cerebral,
com ondas lentas, mas mesmo assim é um sono frágil da qual se pode despertar facilmente, é um
sono sem sonhos e é um sono pouco reparador;

-Estágio de sono REM (rapid eye moviments): - nessa fase a única musculatura que fica ativa é a ocular,
por isso o nome - aproximadamente 90 minutos após sentir sonolência o pct entra na primeira fase de sono
REM, essa fase fica entre o nível 1 e o despertar, onde há aumento muito importante da atividade elétrica
cerebral, os sonhos são vívidos (mais reais) e são sonhos mais “malucos” e bizarros. A entrada no sono REM
promove um bloqueio à nível medular, que faz relaxamento muscular (reparação intensa). A primeira fase
de sono REM é uma fase muito importante, após aproximadamente 15 minutos de sono REM, o pct volta
para uma fase de sono mais profunda (estágio 3 geralmente), onde fica aproximadamente mais uma hora e
vai entrar em uma fase de sono REM um pouco maior; essa nova fase de sono REM vai durar cerca de 20-40
minutos. Cada descida de fase 2 ou 3 até o sono REM vai aumentando progressivamente a duração do sono
REM. Com 8 horas de sono os períodos de sono REM estão durando aproximadamente 50 minutos. Quanto
mais tempo e mais vezes o paciente permanece em sono REM, mais estará preparado e descansado para o
próximo dia.

Existem doenças relacionadas à ausência ou ao excesso de sono REM:

Cataplexia: doença na qual o paciente está em uma atividade normal e por algum estímulo, seja uma
batida de palmas ou uma risada, ele entra abruptamente em sono REM.
Fibromialgia: doença na qual o paciente tem dores crônicas, intratáveis, as quais são muito associadas a
transtornos psicogênicos (depressão, ansiedade); se percebe que o paciente não consegue entrar em
fases de sono REM; ele vai até a fase profunda (estágios 3-4) e volta aos superficiais sem passar pelo
estágio REM.
Parkinson: alguns estudos demonstram que pacientes, quase 20 anos antes de desenvolver sintomas
motores da doença, já têm sintomas não motores como constipação, anosmia e distúrbio
comportamental do sono REM, no qual o paciente não tem bloqueio completo à nível medular (se mexe
e se debate durante o sono REM).

O GABA (ácido gama-aminobutírico) é o principal neurotransmissor inibitório do SNC; ele tem ligação a
receptores pré e pós-sinápticos (sendo que os pré-sinápticos geralmente são receptores de feedback e os
receptores pós-sinápticos são os que geram potenciais de ação inibitórios pós-sinápticos).

Existem 2 tipos de receptores principais:

-GABA A: ionotrópicos → relacionados a entrada de cloro na célula, o que gera os potenciais


inibitórios;

-GABA B: metabotrópicos → ligados à proteína G, fazem alterações constitucionais celulares.

O receptor GABA A, como principal receptor, distribuído em quase todos os tecidos, é um pentâmero, tem 5
subunidades, sendo que essas subunidades têm unidades α, β e ɤ.

Unidades α: têm variação conformacional, logo sua conformação é diferente conforme sua localização no
sistema nervoso e suas funções.

 As subunidades α1 e α5, quando estimuladas, têm maios associação com ataxia e amnésia.
 As subunidades α2 e α3 estão mais relacionadas ao controle da ansiedade.
 As subunidades α4 e α6 conferem ao receptor insensibilidade aos benzodiazepínicos, então o
receptor que tiver essas subunidades não tem como se ligar aos benzodiazepínicos.

O receptor GABA A possui 2 subunidades α, 2 subunidades


β e uma subunidade ɤ;
O sítio de ligação do GABA se situa entre as unidades α e β
(2 sítios de ligação por receptor);
Entre as unidades ɤ e α fica o sítio de ligação dos
benzodiazepínicos;
O GABA se liga ao receptor, permitindo a entrada de íons
Cl⁻ na célula;

Quando ocorre a ligação de um benzodiazepínico, a frequência de abertura dos canais fica maior (fator
alostérico positivo no receptor), o número de íons cloreto que passam é maior.

Se for mantida a ligação de um benzodiazepínico ao receptor e retirado o GABA o receptor se fecha; logo,
ele não age sem a presença do GABA.

BENZODIAZEPÍNICOS
Os benzodiazepínicos, como agonistas gabaérgicos, possuem ação farmacológica ansiolítica, hipnótica, a
nível periférico bloqueiam os neurônios motores da via reflexógena a nível medular (efeito miorelaxante),
anticonvulsivante (↓ atividade elétrica cerebral pelo aumento da atividade inibitória gabaérgica).

São classificados de acordo com o tempo de ação:

Flunitrazepam  Pctes que muita dificuldade em iniciar o sono, permitido no brasil e proibido fora!

 Boa noite cinderela

Ultra curto  Induz

Curta  Manutenção

Intermediaria  Ansiolítico

Longa  Ansiolítico anticonvulsionantes

Diazepam:

O diazepam é o protótipo dos benzodiazepínicos.

Importante lembrar que devem ser usados VO ou IV; não pode ser administrado IM  Não tem como
prever o tempo e a ação.

Distribui-se rapidamente para o SNC (abortar crise convulsiva  1 a 2 min após IV); sofre metabolismo
hepático (assim como quase todos os benzodiazepínicos, que dependem da glicuronidação hepática);
excreção geralmente renal (muito pouco biliar); meia-vida de aproximadamente 40h (metabólicos ativos
podem durar bem mais).

Se precisar ser intramuscular  Midazolan

Todas as comparações são feitas em relação ao diazepam, tanto em potencial ansiolítico quanto hipnótico,
por ser o protótipo da classe.

Efeitos clínicos:

SONO:

↓ da latência do sono (o período entre o paciente estar acordado e entrar na fase 1 do sono é ↓);

↓ tempo de sono REM; por ter meia-vida longa acaba ↑ o tempo total de sono;
ANTICONVULSIVANTE tem o potencial de abortar uma crise convulsiva em andamento e de preveni-las;

MIORRELAXANTE  pacientes com espasticidade de membros são beneficiados pela inibição das vias
reflexógenas a nível medular (não recupera o movimento do membro, mas ↓ a hipertonia); (AVC, Lesão
medular)

AMNÉSIA  propicia amnésia retrógrada e anterógrada (anterógrada: impede que o paciente adquira novas
memórias; retrógrada: impossibilita que o paciente armazene memórias prévias ao uso).

Aumento da chance de Alzheimer e quedas (sonolência)

Quase todos os benzodiazepínicos sofrem biotransformação a nível hepático.

Midazolam IV → SNC→ se liga ao seu receptor → se desliga do receptor → volta para a circulação → fígado
→ glicuronidação → excreção renal.

Mais hipnótico  Sono!

*Todos os metabólitos são inativos; uma única passagem pelo fígado e imediatamente é excretado, o que
confere a meia-vida curta.

Diazepam → SNC → se liga ao seu receptor → se desliga do receptor → circulação → fígado → convertido
em nordiazepam (metabólito ativo) → circulação → SNC...

*Apesar de o diazepam não ficar na circulação por muito tempo, possui diversos metabólitos ativos que vão
se perpetuando na circulação.

Diazepam→ nordiazepam → oxazepam(atua SNC) -- > fígado glicuronado → metabólito inativo  Rim.

O prazepam é uma pró-droga, quando administrado não tem atividade biológica, primeira precisa ser
convertido em fármaco ativo para depois ter ação.

Considerando o tempo de ação dos fármacos, a ação ansiolítica vai ser muito maior nos que tiverem meia-
vida mais longa; já o potencial hipnótico vai ser muito maior naqueles com meia-vida ultra-curta.

Quando o objetivo for induzir o sono do paciente prefere-se midazolam (sedação consciente  Ex:
Endoscopia, engole o endoscópio e continua a respiração); quando o objetivo for ↓ ansiedade prefere-se
lorazepam, clonazepam, diazepam ou prazepam.

Quanto menor a meia-vida, maior o potencial de tolerância e de abstinência, logo o potencial de adição é
maior; a chance de se viciar em midazolam é muito maior do que a de se viciar em diazepam.

Efeitos adversos (comuns a quase todos os benzodiazepínicos):


 delírio; alucinações; confusão mental;
 lassidão (perda de vontade de fazer as coisas);
 incoordenação motora; ataxia (por um bloqueio na ação das células de Purkinje a nível cerebelar);
 desorientação;
 amnésia preferencialmente anterógrada;
 Dependência psíquica  Paciente acredita que não consegue dormir sem a medicação
 tolerância (necessidade de aumento da dose) → quando o paciente começa a receber um
benzodiazepínico ele acaba fazendo um feedback no qual ocorre endocitose* dos receptores
gabaérgicos, o que faz com que seja necessária uma dose muito maior do fármaco para atingir o
mesmo efeito; dependência física (perda da ação gabaérgica, por endocitose dos receptores) e
psíquica (acha que precisa da medicação) da medicação.
*Quando essa endocitose dos receptores é muito rápida, quando são usadas altas doses de
midazolam na UTI, por exemplo, para sedar um paciente ou cessar um episódio de mal
convulsivo, ocorre a chamada taquifilaxia, que é a necessidade de aumentos rápidos de dose
para poder atingir o mesmo efeito.

Os benzodiazepínicos podem ter um uso não médico: o flunitrazepam (que no Brasil é comercializado com o
nome de rohydorm ou rohypnol) é utilizado como “boa noite cinderela” ou “date rape drug”. A medicação
geralmente é colocada em bebidas, após a ingestão a pessoa não se lembrará de nada do que ocorreu
depois do uso.

Nosso centro de controle respiratório depende tanto da concentração da pressão de O2 quanto da pressão
de CO2. Quando o paciente tem DPOC ele tem perda do controle respiratório pelo PCO2, então ele não vai
compensar se tiver excesso de CO2 (pessoas normais, com o aumento da PCO2, fazem inspirações
profundas, DPOC não tem esse reflexo). Os benzodiazepínicos, especialmente os de meia vida curta,
bloqueiam o centro respiratório dependente da PO2. Por isso: NÃO DEVEM SER USADOS EM PACIENTES
COM DPOC!

Vantagem do uso dos benzodiazepínicos: eles têm uma faixa de ação muito grande (é muito difícil conseguir
se suicidar com benzodiazepínicos); a janela terapêutica é muito ampla;

Possui um antídoto: flumazenil;

 adm IV;
 é um antagonista competitivo dos benzodiazepínicos, possui uma alta afinidade com o receptor
gabaérgico e desloca o benzodiazepínico do sítio de ligação;
 reverte tanto os efeitos elétricos quanto os efeitos comportamentais dos benzodiazepínicos.
 A principal desvantagem do flumazenil é que ele tem alta afinidade pelo receptor, por isso se
desliga muito rapidamente, tendo meiavida biológica de cerca de 30 min.
 Considerando que o midazolam tem meia-vida de aproximadamente 2h, diazepam tem meia-vida
de 40h, clonazepam de 96h, é preciso ficar administrando doses repetidas do flumazenil para poder
manter a reversão das ações dos benzodiazepínicos. 1 mg de flumazenil é capaz de reverter os
efeitos de doses terapêuticas dos benzodiazepínicos, conforme for a dose que o paciente tenha
tomado será necessário aumentar a quantidade de flumazenil a ser administrada.
 A ausência de efeito com o uso de 5mg de flumazenil indica que o paciente está dormindo por outro
mecanismo.

NOVOS HIPNÓTICOS

Já que os benzodiazepínicos induzem um sono não reparador, não fisiológico, induzem dependência, tem
tolerância e vão desenvolver abstinência, se pensou em fármacos que fossem isentos desses efeitos
adversos.

Dessa forma, surgiram os novos hipnóticos não análogos de benzodiazepínicos: zolpidem, zopiclona e a
eszopiclona.

Eles se ligam ao sítio de ligação dos benzodiazepínicos nos receptores GABA A, mas tem seletividade aos
receptores com afinidade a α1, ou seja, não tem efeitos de controle de ansiedade, só tem efeito hipnótico.

Efeito: exclusivamente indução do sono. Não age na manutenção

Por não serem tarja preta, pctes acreditam que é menos pior, porém não é verdade!
As apresentações de liberação imediata servem para tratamento de insônia inicial (pct que não consegue
“pegar no sono”) → existe uma apresentação do zolpidem sublingual.

A duração do efeito do zolpidem é de aproximadamente 480 min (8h), sendo que é quase isento de efeito a
partir desse horário.

Pelo FDA é indicado para tratamento de insônia residual episódica (com duração máxima de tratamento de
10 dias). Não se deve usar acima disso por não se ter evidências de efeitos a longo prazo. Geralmente
pacientes com insônia crônica vão ter uma causa para essa insônia; nesses casos não são utilizados
medicamentos indutores de sono.

Dentro dos 10 dias de uso tem menor potencial de dependência e de abstinência.

Sua segurança só é atestada até 10 dias de uso, acima disso não se tem evidências.

Foram associados, em alguns estudos de caso-controle, com maior incidência de pneumonia em idosos,
maior incidência de demência e de câncer (uso crônico).

BARBITÚRICOS

Representantes: fenobarbital (anti-convulsivante), amobarbital, pentobarbital e tiopental.

São consideradas drogas não seguras.

EM DESUSO

Ligam-se aos canais GABA A, aumentando o tempo de abertura do canal de cloro, não dependendo da
ligação do GABA. Com isso, consegue deprimir correntes de cálcio voltagem dependentes, então a excitação
neuronal dependente da entrada de cálcio é inibida. O paciente fica mais sonolento e tem o efeito da
propagação do efeito neuronal, evitando crises convulsivas.

A sedação é muito intensa, podendo fazer desde sonolência até coma dependendo da dose. Doses altas de
alguns barbitúricos (especialmente tiopental) são usados para indução de coma.

Era usado em sedação anestésica.

Hoje é usado essencialmente para interrupção de crises convulsivas no estado de mal convulsivo.

Foi usado pela CIA como droga da verdade; se colocado em baixas doses em infusão contínua o paciente fica
incapaz de mentir.

Principais efeitos adversos: depressão respiratória, alta chance de desenvolver tolerância, cerca de 50% dos
efeitos sobre o sono são perdidos após 2 semanas de uso, tem tolerância cruzada com outros depressores,
especialmente com álcool, pode causar dependência, incoordenação motora, em altas doses pode provocar
depressão cardiovascular, podendo causar bloqueios de condução cardíaco e queda da PA, o fenobarbital é
indutor enzimático, induz o metabolismo através do citocromo P450 e reduz a ação de outras drogas.

Fármaco de escolha: Abstinência alcoólica

Antídoto: Sem antídoto

TRATAMENTO DA INSÔNIA

É definida como primária ou secundária (= sintomática).


A insônia primária é muito rara, a insônia geralmente é sintoma de outra doença.

Melhores medidas eficazes para insônia: horário para dormir e despertar, higiene do sono, ambiente
silencioso e sem iluminação branca (UV), adaptação ambiental (não utilizar a cama para outras finalidades),
reduzir a ingesta de estimulantes próximo ao horário de dormir (como cafeína, mateína e de uso médico,
como corticoides, metilfenidato, modafilina, lisdexanfetamina).

Tratamento de causas primárias de insônia geralmente envolve tratamento multidisciplinar, com tratamento
de outras doenças.

Uso de abordagens não medicamentosas: higiene do sono, psicoterapia, atividades de relaxamento; terapia
cognitiva, devem preceder o uso de terapia medicamentosa.

Em curto prazo (menor que 10 dias) a eficácia hipnótica dos benzodiazepínicos é bem demonstrada.
Em longo prazo essa eficácia é questionada, pois o paciente começa a desenvolver tolerância e
efeitos adversos.
Acima de 10 dias deve-se preferir medidas não farmacológicas e tratar a causa da insônia.
As vantagens dos novos hipnóticos não são bem demonstradas em ensaios clínicos, os estudos feitos
são pequenos e não existem comparações aos benzodiazepínicos.

Em relação à ansiedade: em pacientes com síndrome do pânico, ansiedade paroxística episódica, transtorno
de ansiedade generalizada, sabe-se que o uso de psicoterapia em conjunto com terapia
cognitivocomportamental deve preceder e tem eficácia superior ao uso de medicamentos a longo prazo. A
curto prazo podem ser usados benzodiazepínicos.

PSCICOESTIMULANTES

Via das hipocretinas (orexinas)

 Partem do hipotálamo  talamos  córtex  ativadoras?

Cafeína

 Química  Metilxantina
 Mecanismo de ação  Antagonismo do receptor purínico A1 e A2
 Efeito  Aumento da sensibilidade de receptores D2
 Aplicabilidade clínica  Droga over-the-counter mais consumida
o Apenia da prematuridade
o Hipotensão ortostática
o Sonolência e fadiga
 Farmacocinética
o Absorção oral completa no intestino delgado  pico plasmático em 1 a 2 horas
o Distribuição em todos tecidos corporais
o Metabolismo hepático
o Excreção: Renal
 Fontes naturais
o Erva-mate
o Café
 Passado ( 40 mg/100ml)
 Espresso (120mg/100ml)
 Solúvel (30 mg/100ml)
o Coca
o Cacau
o Guaraná
 Outras fontes
o Energéticos (30mg/100ml)
o Suplementos (500mg/ comprimido)  Termogênicos em academia
 Dose tóxica  600 mg
 Intoxicação
o Adultos com doses maiores que 400mg
o Crianças com doses maiores que 12 mg/kg
 Síndrome cafeínica
o Agitação e irrealidade
o Taquicardia - Extrassistolia
o Espasmos musculares
o Políuria
o Distúrbios gastrointestinais
o Alteração na fala
o Insônia
 Overdose
o Alteraçãoes de humor
o Lapsos de memória
o Perda de juízo crítico
o Desorientação
o Desinibição
o Psicose
o Rabdomiólise
 Uso clinico
o Narcolepsia  Deficiência das orexinas
 Tétrade diagnóstica
 Sonolência excessiva diurna
 Cataplexia  Indução do sono rindo ou palmas
 Paralisia do sono
 Alucinações hipnagógicas

Modafinila

 Mecanismo de ação
o Não completamente determinado
o Provavelmente relacionado ao DAT
 Inibe a recaptação da dopamina
 Efeito
o Aumento da atividade tônica dopaminérgica
 Estimulação do núcleo tuberculomamilar (tálamo)
 Aumento atividade da orexina e histaminérgica
o Aumento da vigília
 Aplicabilidade clínica
o Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
o Narcolepsia
o Distúrbio de atraso de fase de sono
 Distúrbio de sono relacionado ao trabalho
 Distúrbio do ritmo circadiano
o Sonolência excessiva diurna
 Efeitos adversos
o Náuseas
o Irritabilidade
o Insônia
o Ansiedade
o Distúrbios gastrointestinais
 Tolerância e dependência  Baixo risco de dependência química e psíquica
 Síndrome de retirada
o Anedonia  Apático  sem vontade de fazer nada
o Letargia

Transtorno do Déficit de Atenção

 Atenção seletiva  Córtex dorsal do cíngulo anterior


 Resolução de problemas  Córtex pré frontal dorsolateal
 Sintomas hiperativos  Córtex motor pré-frontal
 Sintomas impulsivos  Córtex orbitofrontal

Metilfenidato

 Mecanismo de ação  inibição alostérica do DAT e NET


 Efeitos  Inib receptor da dopamina e norepinefrina
 Aplicabilidade
Transtorno déficit de atenção e hiperatividade
Naroclepsia
Síndrome da fadiga
 Adição e tolerância
o Moderada chance de dependência química e psíquica
 Maior com uso recreativo
 Efeitos adversos
o Acatisia e discinesias
o Hipertensão e taquicardia
o Insônia e ansiedade
o Inapetência
o Cefaleia
o Angina e arritmias
o Alopecia
o Interrupção de crescimento

Risco de dependência

 Apresentação de liberação prolongada e meia-vida longa  Estimulação tônica


 Liberação imediata e meia-vida curta  Maior chance de tolerância e dependência

ANFETAMINAS

 Representantes
o Anfetamina
o Lisdexanfetamina
o Metanfetamina
o Fenproporex
o Anfepramina
 Mecanismo de ação  Inibição alostérica do DAT e NET
 Efeitos  Inibição da recaptação da dopamina e norepinefrina
 Efeitos colaterais
o Hipertensão
o Insonia
o Ansidedade e irritabil
o Taquicarida e arritimas
o Inapetencia e perda de ponderal
o Acatisia e discinesias
o Ilusões e paranoia
 Tolerânica e dependência
o Alto potencial de adição física e psíquica

ANTIPSICÓTICOS E ESTABILIZANTES DO HUMOR


Os fármacos antips icóticos (também denominados
fármacos neurolépt icos ou tranquilizantes maiores) são usados
principalmente para tratar esquizof renia, mas também são
eficazes em outros estados psicóticos, incluindo estados de
mania com sintomas psicóticos, como grandiosidade ou
paranoia, alucinações e de lírio. Não são curativos e nem
eliminam o transtorno crônico do pensamento, mas com
frequência diminuem a intensidade das alucinações e ilusões.

CARBONATO DE LÍTIO

O lítio é eficaz no tratamento de 60 a 80% dos pacientes que


exibem mania e hipomania. Ele interfere na reciclagem do PIP 2

(fosfatidilinositol-bifosfato), levando a sua depleção relativa na

membrana neuronal do SNC (não atua


perifericamente). O IP 3 também possui
efeitos celulares e nível de núcleo.
Conforme for sendo utilizado pela
célula, o PIP 2 perde gradualmente seus
fosfatos retornando ao composto
inicial inositol integrado à membrana
plasmática.
O uso desse fármaco é relativamente difícil devido a necessidade de monitoramento constante da
concentração plasmática – possui janela terapêutica estreita - e existe potencial para problemas nos casos de
pacientes com lesão renal e de interações medicamentosas, por exemplo, com diuréticos.

É composto inorgânico, de administração oral e eliminação renal. Cerca de metade da dose oral é eliminada
em cerca de 12h, o restante (associado às células) é eliminado durante 1 a 2 semanas. Possui absorção oral
completa. Não faz ligações com proteínas plasmáticas (hepato-independente). Possui penetração lenta no
SNC, com início de ação lenta. A concentração liquórica equivale a 40% da concentração sérica. Meia-vida de
22h, sendo que alguns pacientes podem necessitar apenas de uma tomada diária, ocasionalmente ocorre
discreta queda sérica durante o dia. A dosagem sérica deve ser feita antes da próxima dose a ser
administrada. Limemia = 0,8 – 1,2 mEq/L nos pacientes que utilizam Líto. Em pessoas sem uso, é indetectado

 Abaixo  Não funciona


 Acima  Efeitos adversos

O mecanismo de ação não é completamente esclarecido, sendo provável relação com a inibição do inositol.

Possui efeitos eletrofisiológicos como a característica de substituição do Na+ em tecidos excitáveis, sendo
capaz de penetrar os canais de sódio voltagem dependente que são responsáveis pela geração de potencial
de ação. Contudo, não é bombeado para fora pela Na+/K+-ATPase e, portanto, acumula-se intracelularmente,
desviando o fluxo de K+ para fora, despolarizando-a.
Seus efeitos dependem da concentração sérica que varia de 0,6 - 1,2 mol/L, sendo que níveis > 1,5 mol/L já
possuem efeitos toxicológicos. Em indivíduos normais essas doses não possuem efeito.

 Os principais efeitos adversos:

Tremor postural;
Poliúria (mascara o papel do Na+);
Polidipsia compensatória;
Hipotireoidismo.

 Os principais efeitos tóxicos:

GI (náuseas, vômitos, diarreia);


Tremor, confusão mental, coma;
Efeitos Renais (poliúria – inibição da aldosterona -, lesão tubular grave [monitoramento da função
renal]);
Hipertrofia Tireoideia – às vezes associada a hipotireoidismo;
Efeitos Cardíacos (arritmias).

 Contraindicado durante a gestação, categoria D, associado a más formações cardíacas.

Interações medicamentosas com diuréticos tiazídicos (hctz, indapamida) devido a excreção reduzida em
aproximadamente 25% do lítio, com AINES (AAS, ibuprofeno, diclofenaco) também por diminuição da
excreção renal.

O lítio é o fármaco de primeira escolha no tratamento do episódio de mania, aguda, para reestabelecer o
humor. A fase depressiva da doença bipolar apresenta resposta pobre e discutível o tratamento com lítio e
substitutos. Ou seja, ele é capaz de baixar o humor da crise maníaca e elevar da fase depressiva. Além disso,
anticonvulsivantes (ác. valpróico e carbamazepina) , antipsicóticos e outros fármacos equivalem ao lítio,
sendo indicado durante períodos de latência ou como escolha alternativa em pacientes com
contraindicações formais ao uso de lítio, e a maioria deles conseguem baixar o humor a partir da fase de
mania, e não o contrário.

ANTIPSICÓTICOS
Os fármacos de primeira geração são divididos em “de alta” e “de baixa
potência”, não só para indicar a eficácia clínica do fármaco, mas também para
indicar sua afinidade pelo receptor D2 da dopamina, o que, por sua vez,
influencia o seu perfil de efeitos adversos. São divididos em antipsicóticos
típicos e atípicos.

Os antipsicóticos típicos possui afinidade específica ao receptor D2. Os atípicos


bloqueiam outras vias ou bloqueiam parcialmente D2.

Os atípicos são ditos antagonistas de receptores dopaminérigicos D2 a nível


límbico, e aumento dopaminérgico nas vias nigroestriatais, e 5-HT2A
(serotoninérgico), assim como ação em outros receptores e transportadores de
amina que podem contribuir para sua eficácia no tratamento da depressão
bipolar. O aumento de dopamina na via nigroestriatal impede a maioria dos
efeitos adversos dos antipsicóticos, sendo que os principais efeitos adversos dos
antipsicóticos típicos são sintomas extrapiramidais e envolve o parkinsonismo
medicamentoso (tremor em repouso, bradicinesia e rigidez muscular),
geralmente é dose dependente, logo quanto mais tempo de uso e dose maior serão os efeitos adversos.
Pode ser suprimido ou atenuado, portanto, pelo bloqueio da via serotoninérgicos.

Alguns atípicos bloqueiam parcialmente os receptores D2, logo evita alguns sintomas extrapiramidais.

Os antipsicóticos possuem um ponto de corte hipotético em relação ao bloqueio dopaminérgico a nível


nigroestriatal, podendo gerar efeitos adversos além dos efeitos antipsicóticos. Em relação aos antipsicóticos
atípicos essa faixa de bloqueio dopaminérgico é bastante estreita, em torno de 80%, sendo que abaixo não
há efeito antipsicótico, e acima começam a aparecer sintomas extrapiramidais.

Por outro lado, nos antipsicóticos típicos, a faixa de efeitos extrapiramidais concentra-se acima de 80%,
enquanto que os efeitos terapêuticos giram em torno de 60%, o que lhe confere maior segurança
terapêutica.

O bloqueio dos receptores de serotonina acarreta em um aumento de dopamina a nível nigroestriatal, isso
porque no córtex pré-frontal existe alguns receptores 5-HT que possuem projeções para a substância nigra,
e quando são excitados estimulam neurônios gabaérgicos e impedem a liberação de dopamina a nível do
corpo estriado. Caso sejam bloqueados esses receptores, acarretará na inibição dos neurônios gabaérgicos,
estimulando a liberação de dopamina.

Os neurolépticos possuem afinidade por diversos receptores no SNC para bloqueio. Os principais são:
o D2: responsáveis pela redução dos sintomas psicóticos a nível do córtex mesolímbico, e dos efeitos
adversos no corpo estriado. Os fármacos que bloqueiam receptores D1, D2, D3, D4 e D5 possuem
discutível efeito antipsicótico;
o 5-HT (5-HT2A): agem como redutores dos sintomas extrapiramidais pela ativação nigroestriatal, além
da redução da depressão e de seus efeitos antipsicóticos; 5-HT1: causa aumento de apetite de ganho
de peso; 5-HT3 antiemético;
o H1: está relacionado a sedação e ganho de peso por aumento de apetite; o α1 (noradrenérgico):
geram hipotensão, vertigem, taquicardia reflexa; o α2: geram hipertensão. Bloqueiam o efeito da
clonidina e metildopa; o M1 (anticolinérgicos): reduzem os efeitos extrapiramidais, mas causam
xerostomia, distúrbios cognitivos e constipação, a longo prazo está associado a sintomas cognitivos
relacionados a memória.

D1 Efeito psicoótico

D2  Efeito antipscótico (sintmas positivos)

D3,4,5  Efeito antipsicótico

H1  Sedação e ganho de peso

Alfa1  Hipotensão, vertigem, taquicardia reflexa

Alfa2  Hipertensão

M1 Redução nos efeitos extrapiramidais; Xerostomia, distúrbios congnitivos, constipação

5HT1  Aumento de apetite e ganho de peso

5HT2  Redução nos efeitos extrapiramidais; Efeitos antipsicótico (sintmas negativos)

5HT3  Antiemético

Os efeitos antidepressivos são dados pelo bloqueio dos receptores serotoninérgicos, bloqueio dos canais
SERT, NET e DAT, e D1 e D2.

O efeito antimaníaco é dado pelo bloqueio 5-HT2A, 5-HT1 e dopaminérgico.

Efeitos sedativos são dados especialmente pelo bloqueio de α1, H1 e M4.

Os efeitos cardíacos e metabólicos são atribuídos aos H1, M3, 5-HT2B e outros.
A clorpromazina é o antipsicótico mais antigo, com a maior
quantidade de estudos, e com pequeno efeito antipsicótico, grande
afinidade por receptores histaminérgicos e anticolinérgicos.

A flufenazina possui alta afinidade a receptores dopaminérgicos, mais


recente. Opção de depósito, aplicar a cada 15 dias

O haloperidol é quase especifico dos receptores dopaminérgicos.


Potencial efeito extrapiramidal.

As benzapinas bloqueiam parcialmente os receptores dopaminérgicos,


contudo não atuam sobre os outros, por isso são enquadradas como
típicos.

A risperidona possui principalmente efeitos da inibição da receptação


de serotonina, logo há efeito antidrepressivo associado.

A olanzapina também possui efeito antidepressivo, porém com maior


potência de efeito antipsicótico com faixa bastante ampla entre o
efeito terapêutico e os efeitos adversos extrapiramidais.

A clozapina possui efeito anti - 5-HT2A potente, fazendo com que haja
grande liberação de dopamina a nível nigroestriatal, sendo quase
isenta de efeitos extrapiramidais, sendo o antipsicótico de escolha
para o paciente Parkinsoniano por aumentar os níveis de dopamina
nessas localidades.

A quetiapina é versátil por possuir afinidade dependente de dose. Doses de 25-50 mg tem efeito
basicamente anti-histaminérgico como sedativo (ganho ponderal significativo). De 100-300 mg tem efeito
antidepressivo relacionado aos receptores serotoninérgicos. Acima de 400-1200 mg tem efeito
antidopaminérgico, logo antipsicótico.
A ziprazidona tem alta potência de bloqueio dopaminérgico com estimulação das vias serotonérgicas, logo
tem discreto efeito antidepressivo e potente antipsicótico.

No que se refere a aplicabilidade clínica tem-se os antipsicóticos clássicos (típicos) utilizados na fase aguda
da doença. São considerados fármacos de eleição para o manejo da psicose. Em emergências a droga de
escolha é o haloperidol. Caso almeje afeitos menos potentes utiliza-se a clorpromazina.

Os novos antipsicóticos possuem margens muito restritas no manejo de surtos agudos, tanto em benefício
quanto em segurança, mesmo havendo menores efeitos extrapiramidais, além de existir vieses de
publicações: estudos negativos raramente são publicados.

Farmaco Dose antipsicótica

Clorpromazina 100 mg

Haloperidol 5 mg

Sulprida 50 mg

Ariperizol 10 – 30 mg

Rispiridona 1 – 9 mg

ANTIEPILÉTICOS
A epilepsia é uma alteração caracterizada por convulsões, que
assumem várias formas e decorrem de despolarizações neuronais
episódicas, sendo que o tipo de convulsão depende da parte do
cérebro afetada. Os antiepiléticos atuais são eficazes para controlar
as crises em 70% dos casos, mas seu uso costuma ser limitado pelos
efeitos adversos.

 Crise convulsiva é caracterizado como a ocorrência


transitória de sinais e/ou sintomas decorrentes de uma
atividade cerebral anormal excessiva e/ou sincrônica.

 Epilepsia: é distúrbio (doença) neurológico caracterizado


pela predisposição persistente em gerar
crises convulsivas, e pelas consequências
neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais desta
condição. A definição de epilepsia requer ocorrência de
ao menos uma crise convulsiva.
Em relação a fisiologia, existem neurônios excitatórios que, quando
há despolarização de membrana, ocorre a entrada de Ca2+, pelos
canais de cálcio voltagem dependentes, na célula e consequente
liberação de vesículas sinápticas na fenda sináptica. O material
contido nas vesículas dos neurônios excitatórios atua sobre os
receptores MNDA e AMPA, principalmente, ambos relacionados a
estímulo pelo glutamato  Excitatório.

Em relação aos neurônios pré-sinápticos com estímulo a neurônios


gabaérgicos, tem-se também a despolarização da membrana por
influxo de Na+, que permite a entrada de Ca2+, e esse permite a
liberação das vesículas sinápticas contendo o neurotransmissor
GABA, ativando principalmente os receptores GABAA, que permite o
influxo de cloro intracelular. O Cl- na membrana pós-sináptica induz a
hiperpolarização.

Um desequilíbrio entre as vias inibitórias e excitatórias provocam


atividade elétrica sincrônica, desordenada, com evidenciação de
sinais e sintomas neurológicos como: abalos musculares, sensações anormais; os sintomas especiais
produzidos dependem da função da região afetada no cérebro.
Os fármacos antiepiléticos têm como objetivo inibir a despolarização neuronal anômola, em vez de corrigir a
causa base do fenômeno. Três mecanismos de ação principal parecem ser importantes:

1) Potencialização da ação do GABA;


2) Inibição da função dos canais de sódio(Carbamazepina, Oxcarbazepina, Lamotrigina, Feitoína,
Topiramato, Valporato;

3) Inibição da função dos canais de cálcio(Gabapentina, pregabalina, lamotrigina, Valproato,


Etossuximida).
Atuação dos anticonvulsivantes nos neurônios excitatórios:
Os antiepiléticos que atuam inibindo os canais de sódio afetam a excitabilidade da membrana, impedindo o
influxo de sódio. Os fármacos atuam impedindo-os de retornar ao estado de repouso e, desse modo,
reduzindo o número de canais funcionais disponíveis para gerar potencial de ação. Como efeito diminuem a
liberação de NT, estabilizam a membrana pré-sináptica e bloqueiam a propagação.

Todos os fármacos que são eficazes nas crises de ausência parecem compartilhar a capacidade de bloquear
os canais de cálcio. Inibem diretamente a liberação de NT. Os lingandos de α2δ também bloqueiam os canais
de cálcio, porém ligando-se a outra subunidade, os fármacos atuantes dessa subclasse são gabapentina e
pregabalina.

Atuação dos anticonvulsivantes


nos neurônios inibitórios:

A vigabatrina e o valproato atuam


inibindo irreversivelmente a
enzima GABA T (transaminase),
localizada também dentro dos
astrócitos, responsável pela
inativação do neurotransmissor
(NT).
Já a tiagabina inibe a captação do
GABA pelos neurônios e células da
glia, produzindo aumento da
concentração extracelular do NT
e, portanto, potencializando sua
ação. A gabapentina atua nos canais de cálcio. Benzodiazepínicos e barbitúricos estimulam os receptores
GABAA inibitórios.

Os fármacos moduladores dos receptores GABAA modificam alostericamente o receptor, facilitando ou


prolongando a abertura. Os seus principais representantes são os benzodiazepínicos (diazepam [aguda-IV],
clobazam [início de efeito mais
longo – prevenção]),
fenobarbital, topiramato,
carbamazepina, oxcarbazepina,
também possuem ação parcial
sobre este canal. Eles aumentam
a hiperpolarização da membrana
pela entrada de Cl-, e também
reduzem os disparos focais: os
benzodiazepínicos reduzem os
disparos reduzem as decargas
eletroencefalográficas do tipo
“ponta-onda” relacionadas
as

crises convulsivas; a carbamazepina e oxcarbamazepina (composto ativo) aumentam as descargas


eletroencefalográficas do tipo “ponta-onda”, não sendo úteis nas crises generalizadas, pois podem precipitar
um ataque.
Os inibidores da receptação do GABA aumentam os níveis do NT na fenda sináptica, tendo como
representantes a vigabatrina e a tiagabina. A vigabatrina tem como efeito colateral a cegueira permanente,
sendo sua escolha bastante ponderada, sendo utilizada somente em casos graves, como pacientes com
Síndrome de West que possuem mais de 200 crises por dia, além de retardo mental grave.

Os antagonistas do receptor NMDA, principal representante o felbamato, causa redução das


neurotransmissões excitatórias, além de reduzir a excitotoxicidade glutamatérgica. Uma vez que haja crises
seguidas haverá grande produção de radicais livres e causar toxicidade glutamatérgica, que, se estimulação
durar mais que 30 minutos, pode haver dano neural.

Os bloqueadores do receptor AMPA (fenobarbital, topiramato), tem como função reduzir as


neurotransmissões excitatórias.

Os estimuladores da atividade do HCN – neuropeptídeo cíclico ativado por hiperpolarização – como a


lamotrigina, reduzindo os estímulos hiperpolarizantes e suprime a iniciação de potenciais de ação.

Os ligandos da porteína SV2A – localiza-se em neurônio pré-sináptico – cuja ação é desconhecida, contido
promovem a redução da liberação de NT, reduzindo quase todos os tipos de crises convulsivas.
Representante: levotiracetam.

Os inibidores de anidrase carbônica inibem a enzima a nível cerebral, e promovem o aumento da inibição
mediada pelo GABA, reduzem as correntes mediadas pelo NMDA e aumentam as correntes mediadas pelo
HCN. Logo, possuem capacidade de aumentar a inibição pós-sináptica, reduzir a excitação pós-sináptica e
redução da hiperpolarização pré-sinápitca. Possuem mecanismo pouco conhecido. Os representantes são:
acetazolamida e topiramato.

MODULADORES DOS CANAIS DE Na+  Facilitam a inativação do canal

 Fenitoína [ 1ª dose: 15-20 mg/kg; 2ª dose(20 min após a 1ª): 10-15mg/kg] Cada ampola  250 mg
o Acima de 30 mg/kg  bloqueio cardíaco
o 50 mg/min
o Tem que ser diluída no soro fisiológico  Acima de 30 min começa a precipitar mais
 Carbamazepina (3 x dia)
 Oxcarbazepina (metabólito ativo da carbamazepina  Meia-vida mais longa (2 x dia)
 Lamotrigin (usado com segurança durante a gestação)
 Topiramato
 Valproato
 Efeitos
o Bloqueio da propagação de potenciais de ação
o Estabilização de embana neuronais
o Diminuem a liberação de neurotransmissores

BLOQUEADREOS DO CANAIS DE Ca++

 Mecanismco de ação
o Bloqueio o canal de cálcio
 Represet
o Etossuximida
o Valproato
o Lamotrigina
 Efeitos
o Diminuem a liberação de neurotransmissores

LIGADOS α2δ

 Mecanismo de ação
o Bloqueiam o cnaal de cálcio
 Representante
o Gabapentina
o Pregabalina
 Efeitos
o Diminui a liberação de neurotransmissores

MODULADORES DO RECEPTORES DE GABAa

 Mecanismo
o Modificam alostericamente o receptor facilitando ou prolongado a abertura
 Representes
o Benzodiazeepínicos
 Diazepam
 Clobazam (prevenção de crises  meia-vida longa)
o Fenobarbital
o Topiramato
o Carbamazepina
o Oxcarbazepina
 Efeitos
o Aumentam a hiperpolarização da membrana
o Redução nos disparos focais
 Benzodiazepinicos  reduz as descargas eletrocefalografica do tipo “ponta-onda”
 Carbamazepina e Oxcarbazepina aumentam as descargas eletroencefalográfica do tipo
“ponta-onda”

Ponta-onda  Crise de ausência (VER)

INIBIDORES DA RECAPTÇÃO GABA

 Mecanismo
o Bloqueio o canal de recaptação do GABA
 Representante
o Vigabatrina (paciente fica cego em um ano)
o Tiagabina
 Efeitos
o Aumentam os níveis de GABA na fenda sináptica

ANTAGONISTAS DO RECPT NMDA

 Mecanismos de ação
o Bloqueiam o receptor NMDA
 Representantes
o Felbamato
 Efeitos
o Redução nas neurotransmissões excitatória
o Reduz a excitatoxicidade glutamatérgica
ANTAGONISTA DO RECEPTOR AMPA

 Mecanismo
o Blo
 Representantes
o Fenobarbital
o Topiramato
 Efeitos
o Redução ....

ESTIMULADORES DA ATIVIDADE DO HCN


 Mecanismo de ação
o Aumentam atividade doHCN
 Canal cíclico ativado pela hiperpolarização
 Representatnes
o Lamotrigina
 Efeitos
o Reduz os estímulos hipertolazantes
o Suprime a iniciação do potencial de ação
LIGANDOS DA PROTEÍNA SV2A
 Mecanismo de ação
o Desconhecido
o Ligação à proeitna
 Represennates
o Levetiracetam
 Efeitos
o Reduz a liberação de neutotransmissores

INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA


 Mecanismo de ação
o Inibem a ac ao nível de cérebro
o Mecanismo pouco conhecido
 Representantes
o Acetazolamina
o Topiramato ( fraco porem irreversível )
 Efeitos
o Aumento da inibição mediada pelo GABA
o Redução das correntes mediada pelo NMDA
o Aumento das correntes mediadas pelo HCN
SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO

Escolha de anticonvulsivante
 Diagnóstico de Epilepsia
 Crises Focais ( com ou sem generalização) ou Crises Primariamente Generalizada
 Crises Focais  Carbamazepina, Oxcarbazepina, Fenitoína, Ácido Valpróico(teratogênico),
Fenobarbital
 Crises Primariamente Generalizada  Tonico-clonicas ou Mioclonicas ou Ausencia
o Tonico clonica  Ácido valpróico, Fenitoina, Fenobarbital, Carbamazepina, Oxcarbazepina
o Mioclonicas ou Ausencia  Ácido valpoóico, topiramato, clozanepam
 Carba e Oxcarba são contra indicados e Lamotrina
 Segura na gestação  Lamotrigin
FARMACOLOGIA III – PROVA II
1. BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES

Transmissão neuromuscular: Tem sua ação em fibras mielínicas de nervos eferentes, que formam a placa
motora, formado de receptores colinérgicos  o principal neurotransmissor usado é a molécula dupla de
acetilcolina, que atua nos receptores muscarínicos e nicotínicos. Os receptores nicóticos possuem duas
subunidades (possui cinco subunidades no total), que se ligam a molécula dupla de acetilcolina. Quando o
receptor é ativado, abrem-se os canais de sódio, desencadeando a despolarização inicial da célula e abrindo
os canais de sódio-dependentes de voltagem  OCORRE CONTRAÇÃO MUSCULAR.

Os bloqueadores neuromusculares agem nos receptores, principalmente nicotínicos, com efeito de


relaxamento muscular.

------ Despolarizantes: tem uma estrutura similar a acetilcolina. Causam uma leve contração (espasmos,
tremores) seguidos de um aumento do tempo que despolarização, impedindo a repolarização. Impede a
ligação da acetilcolina endógena.

Suxametônio (succinilcolina) – é uma molécula dupla de acetilcolina, assim como a acetilcolina, causando
despolarização prolongada da placa motora (quando conectada ao receptor). Impede a repolarização e é
degradada por colinesterases séricas inespecíficas, não pela acetilcolinesterase, o que causa maior tempo de
ação do fármaco.

Tem contrações iniciais com administração do fármaco, como fibrilação (tremor), “saco de minhocas”,
seguido de relaxamento.
Inicio de ação de 30-60s (fasciculações), com duração 5-10min (paresia flácida, aclonia).
Aplicabilidade: utilizado na sequência de intubação rápida e laringoespasmo (em crianças, apenas na
emergência).
Complicações: arritmias cardíacas (pois os receptores pré-ganglionares Parassimpaticos e simpáticos
possuem receptores nicotínicos, que seriam repolarizados pelo suxametônio) e hipertermia maligna
(alto gasto de ATP com a liberação de Ca pelo reticulo sarcoplasmático e aumentando temperatura e
denaturando proteína) (comum em crianças com relação genética).
Efeitos adversos: desregulação autonômica (depolarização pré-ganglionar dos receptores nicotínicos –
vasodilatação e vasoconstrição seguidos, desregulando a PA); hipercalcemia, geralmente transitória
mas em alguns pode ser persistente(paciente com queimaduras ou miotomias, vítimas de trauma);
mialgias (contrações musculares desordenadas, causando dor após o procedimento, tanto músculos
antagonistas com agonistar); aumento da pressão intraocular (contrai a musculatura extrínseca);
vômitos (aumento da pressão abdominal, fator de broncoaspiração).
----- Não-despolarizantes (competitivos – impedem a
despolarização da célula): derivados do Curare, que é
um composto orgânico tóxico com ação paralisante
letal. Causa morte por parada respiratória. Era
utilizado por índios da América do Sul.

o Tubucurarina – bloqueia receptores colinérgicos


com uma única molécula (duração de 5-10mim).
Própria substância utilizada pelos índios.

Reversíveis: Aumentar a quantidade de Ach pois é competitiva

Interações medicamentosas:

 Redução de efeito:
o Inibidores da acetilcolinesterase: piridostigmina, neostigmina(antidoto Curares), edrofônio
(não tem BR)  Reduz efeito do curare
 Aumento no efeito:
o Hidrocarbonetos halogenados  Anestésicos inalatórios
o Aminoglicosídeos(contraindicado fraqueza muscular, miastenias graves)
o Bloqueadores dos canais de Ca+

Efeitos Adversos

o Hipotensão arterial: bloqueia receptores nicotínicos de neurônios pré-ganglionares, causando


bradicardia e hipotensão (inibição simpática vascular); liberação de histamina por meio não-alérgico
 tubocurarina, mivacúrio e atracúrio (usado em UTI, podendo fazer broncoespasmo por
histamina).
o Taquicardia: bloqueador muscarínicos  galamina e pancurônio.

2. ANESTÉSICOS GERAIS
“Estado reversível de depressão do SNC, resultando na perda de resposta e percepção à estímulos externos” -
respostas verbais, motoras e autonômicas.

Benefícios:

Sedação e redução de ansiedade;


Inconsciência e amnésia;
Relaxamento muscular;
Supressão de reflexos indesejáveis; Analgesia (retirada
da dor).
Medicação Pré-anestésicos: utilizados para proteção do paciente de efeitos indesejáveis da anestesia e
procedimento cirúrgico.

o IBP ou bloqueadores H2 – diminui secreção de ácido clorídrico no estômago;


o Anticolinérgicos – previnem bradicardia e diminui secreções (atropina – reduz estimulação vagal);
o Antieméticos – previne broncoespasmo de conteúdo gástrico em decorrência da posição supina
usada em cirurgia (posição trendelemburg).
o Anti-histamínicos – previne reações alérgicas; o Benzodiazepínicos – reduz ansiedade (ex.
clonazepam e alprazolam).

ANESTESIA GERAL

A. Indução: entre administração do fármaco e desenvolvimento de anestesia efetiva, com paciente


inconsciente e sem dor. Depende da velocidade com a qual o fármaco alcança o sistema nervoso
central
B. Manutenção: durante o procedimento.
C. Recuperação: período entre a descontinuação do fármaco e o retorno da consciência e reflexos
protetores fisiológicos (por exemplo: tosse).

ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS (IV)

TIOPENTAL SÓDICO  Barbitúrico (mantém receptores GABAa abertos por mais tempo para influxo de
cloro).

Efeito: velocidade de efeito rápido (< 10s); hipnose sem analgesia; reduz fluxo sanguíneo e
metabolismo cerebral (útil em casos de traumatismo craniano)(neuroprotetor); pode causar
laringosespasmo e broncoespasmo (dificuldade de ventilação).
Aplicabilidade: por longo período de tempo foi o fármaco de escolha para indução e manutenção
anestésica (suplantado pelo propofol);

MIDAZOLAM  benzodiazepínico de ação curta (mantem canal GABAa aberto com ajuda do GABA).

Efeito: provoca hipnose sem anagelsia (< 1min), resposta de variação individual(se o pcte usa continuo
em casa, terá tolerância); utilizado em procedimentos ambulatoriais; efeito cardiovascular mínimo;
potencial depressão respiratória, até parada, se DPOC.

Aplicabilidade: causa amnesia anterógrada durante sedação e procedimento (EDA e colonoscopia –


ambulatorial).

PROPOFOL  atua no GABA.

Efeito: velocidade de 30-40s; ação antipruginoso e antiemético (sem histamina e sem vômitos);
recuperação rápida; hipotensão arterial (redistribui fluxo para periferia).
Aplicabilidade: indução e manutenção anestésica primeira escolha (suplantou o tiopental)
ETOMIDATO  ação no GABA (imidazolcarboxilato).

Efeito: velocidade de efeito rápido; dor no sitio de aplicação; atividade mioclônica (espasmos); náusea
e vômito após recuperação.
Aplicabilidade: protocolo de intubação rápida, junto com opioide e bloqueador neuromuscular.
CETAMINA  arilcicloexamina análoga da fenciclidina – não-competitivo do NMDAr, se ligando ao sítio PCP.

Efeito: causa amnésia dissociativa (“separa” córtico-subcórtico, causando alucinação); analgesia;


efeito em 5 min.
Aplicabilidade: indução e manutenção anestésica; broncodilatação; usado com benzodiazepínicos.
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS

• Mecanismo não conhecido;


• Aumenta sensibilidade dos receptores ao GABAa ao GABA;
• Aumenta atividade inibitória da glicina a nível espinhal – efeito relaxante a nível central.
• Bloqueia receptores nicotínicos pós-sinápticos – efeito relaxante a nível periférico.

Concentração do anestésico, a pressão de uma


atmosfera, que suprime a reação motora ao
estímulo nocivo padrão (cirurgia) em 50% dos
pacientes. Para 95% dos p acientes, é necessário
1,3 CAM.

Concentração alveolar mínima (CAM) – menor concentração do anestésico, à pressão de uma atmosfera,
que suprime a resposta motora ao estímulo nocivo padrão (incisão cirúrgica) em 50% dos pacientes

HALOTANO  potente hipnótico; alterações rápidas da profundidade anestésica (por ser lipossolúvel);
relaxamento muscular proporcional a dose; relaxamento uterino (procedimento ginecológicos, parto e
cesáreas); broncodilatação; bradicardia; hipotensão; reduz débito cardíaco; reduz fluxo sanguíneo renal;
tremores pós-operatórios por perda calórica.
ENFLURANO  semelhante ao halotano; causa hipotensão sem redução no débito cardíaco; menos
arritmogênico; menos efeito pós-operatório, como náuseas e tremores.
ISOFLURANO  margem de segurança maior, escolha para cardiopatas; causa hipotensão sem redução no
débito cardíaco; não arritmogênico; dilatação coronariana (benéfico em pacientes com histórico de isquemia
miocárdica).
SERVOFLURANO  indução e recuperação mais precoces; mais hipotensão e maior diminuição do débito
cardíaco. Mais recente e escolha em crianças.
ÓXIDO NITROSO (protoxio de azoto) Único anestésico gasoso naturalmente (gás hilariante) – fraco
hipnótico, mesmo em concentração máxima (80%); não promove relaxamento muscular; promove bloqueio
simpático; grande capacidade analgésica, com efeito sinérgico com opioides; risco de hipóxia devido à alta
concentração necessária para gerar imobilidade; contraindicado em caso de acúmulo de gases nos
alvéolos (DPOC) enfisema pulmonar, devido ao aumento de pressão e volume locais, já que o gás aquece e
aumenta o volume. Usado em associação pois não causa imobilidade sem causar hipóxia.
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RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

Opioide – NALOXONA

Benzodiazepínicos – FLUMAZENIL

Bloqueadores neuromusculares não-despolarizante – ANTICOLINESTERÁSICOS

COMPLICAÇÕES

HIPERTERMIA MALIGNA  ocorre uma depleção no cálcio, saindo do sarcolema. Para recuperar esse cálcio,
há gasto de ATP, causando depleção de ATP. Enquanto gasta ATP para recuperar o cálcio, o músculo libera
calor, tanto que causa ruptura de fibras musculares por desnaturação proteica, lesionando a célula. Causada
por mutação genética autossômica dominante (19q-RYR1 -- rianodina). Causada por:

o Agentes anestésicos voláteis (líquidos e vaporizados para uso – halotano, enflurano). o


Relaxantes neuromusculares despolarizantes.
QUIMIOTERÁPICOS NAS DOENÇAS NEOPLÁSICAS
Definição: são produtos sintetizados em laboratório. Ao contrário dos antibióticos que, em sua maioria, são
sintetizados a partir de produtos naturais.

MODALIDADE TERAPÊUTICA

Cirurgia: restrita a tumores sólidos, localizados.


Quimioterapia: maioria, uso isolado ou em associação  FOCO DA AULA.
Radioterapia: metade dos casos de câncer – curativo e paliativo.
Cuidados paliativos: paciente com melhora na qualidade de vida, evitar a dor e sofrimento.
Adjuvantes: realizado após procedimento primário (cirurgia) Neoadjuvante: realizado antes do
com objetivo de evitar recidiva e redução de metástase, com procedimento principal – redução no
células que podem já estar na corrente sanguínea. tamanho da massa temporal a ser removida.

CICLO CELULAR

• G1 – Produção de compostos para replicação do DNA.


• S – Replicação do DNA  CITARABINA e HIDROXIUREIA.
• G2 – Compostos para replicação celular  METOTREXATO e
MERCAPTOPURINA.
• M – Divisão celular  VINCRISTINA, VIMBLASTINA e PACITAXEL.

Fármacos de fase inespecífica: Agente alquilante, nitrozureias, antibióticos (doxirubicina), procarbazina,


cisplatina e dacarbazina.

--------------------------------- AGENTES ALQUILANTES ---------------------------------

Derivado do gás mostarda, usado na 2ªGM como arma química. Tinha efeitos em mucosa, pele e vasos.
Destrói camadas da pele, forma vesículas. A longo prazo, causa aplasia de medula.

A junção do protótipo da classe, não mais utilizado, a mecloretamina + guanina, pode ter 4 formas de ação:

1. Ligação entrecruzada de ligamentos (melhor efeito)  forma DNA disfuncional.


2. Clivagem do anel imidazólico da guanina  ligação anômala do DNA, não forma a dupla hélice.
3. Causa pareamento anormal de bases  se a guanina conseguir se ligar ao DNA.
4. Não consegue se ligar ao DNA  inibe síntese.

O DNA pode ser disfuncional ou rompido, causando morte celular.

A) CICLOFOSFAMIDA (mais utilizada), MELPHALEN e ISOFOSFAMIDA  mecanismo de ação de adição


de radical alquila às bases nitrogenadas e causa ruptura do DNA.

Efeitos adversos: erupções cutâneas, náusea, vômitos, ototoxicidade, polineuropatia, mielossupressão


(maior causa de morte – neutropenia febril), fibrose pulmonar, infertilidade e amenorreia, alopecia e
estomatite  toxicidade dose dependente.

CICLOFOSFAMIDA: tem efeito colateral importante exclusivo – cistite hemorrágica(epiélio de formação


rápida e continua, dessa forma, ele vai se formar e esta sendo atingido por ciclofosfamida na excreção,
causando os efeitos na bexiga) que causa sangramento devido ao acúmulo de acroleína na bexiga. Para
redução do risco, pode-se administrar mesma, produto que faz a quelação da acroleína, impedindo a ação
tóxica na bexiga.
B) COMPOSTOS DE PLATINA – CISPLATINA (mais usado), CARBOPLATINA e OXAPLATINA  faz ligação
covalente ao nitrogênio da guanina e ruptura do DNA.

Efeitos adversos: polineuropatia +++ , neutropenia febril, TGI com vômitos e náusea, aumento de chance de
TVP e tromboembolismo.

--------------------------------- ANTIMETABÓLITOS ---------------------------------

Impedem a ação do DNA por competição.

Via do folato: dTMP deve ser incorporado ao DNA.

A) AGONISTAS DO ÁCIDO FÓLICO: bloqueia a enzima Di-hidrofolato redutase, impedindo a formação do


DNA.

METOTREXATO: absorção oral completa em doses menores de


25mg/m². Com doses maiores, a administração deve ser IV. Não é
bem absorvido pela barreira hematoencefálica (administração deve
ser intratecal, se uso for no SNC). A excreção é renal.

Aplicabilidade: doenças reumatológicas – artrite reumatoide e


psoríase, como droga modificadora do curso da doença, usada em
baixas doses. Para neoplasia, podem ser usadas para leucemia
linfocítica aguda, meningite leucêmica (intratecal), coriocarcinoma,
neoplasia trofoblástica, linfoma não hodking. É abortivo em situações
de gravidez ectópicas (teratogênico), pela não formação da placenta,
com dose IM de 50mg.

Efeitos adversos: em doses altas, causa alopecia, cirrose, dermatite, mielossupressão, desnudação intestinal
que causa diarreia.

Antídoto: ácido folínico (é o tetra-hidrofolato para síntese de DNA) – tem função de tratar toxicidade
aguda ou evitar toxicidade crônica.

B) BASES PIRIMÍDICAS: citosina, timina e uracila, que com pentose, forma citidina, 5-metil-urudina e
uridina. Análogos pirimidínicos atuam em dois sítios: se inibida a uridina inibem a síntese de RNA e
proteínas. E quando inibe a conversão de uridina em timidina, ocorre inibição da síntese de DNA.

5-FLUORURACILA (5-FU): inibe timedilato-sintase, inibindo a metilação do ácido desoxiuridílico, com efeito
de bloqueio da formação da cadeia de RNA  inibe a síntese de DNA, inibindo a formação da timidina, RNA
e proteínas.

Efeitos adversos: TGI, síndrome mão-pé (vesículas, semelhante a queimadura nas solas dos pés e palmas da
mão), neutropenia, trombocitopenia, menos alopecia que as outras classes e vasoespasmo coronariano
(0,5%) – sintomas semelhantes a angina quando vasoespasmo coronariano.

CAPECITABINA: é a pró-droga da 5-FU, com os mesmos efeitos  possibilidade de administração oral e


dependência da timidina-fosforilase para se tornar droga ativa.

Efeitos adversos: TGI com diarreia, vômitos e estomatite, fadiga e síndrome mão-pé.

C) ANÁLOGOS DA CITIDINA: bloqueia a desoxicitidinase-trofofato, em formação e incorporação do


DNA.

CITARABINA: antagonista competitivo do desoxicitidinase-trifosfato, inibindo a síntese de DNA.

Efeitos adversos: mielosupressão, alopecia, polineuropatia e hepatotoxicidade.


D) BASES PURÍNICAS: possuem anel pirimidínico e imidazólico – adenina (adenosina) e guanina
(guanosina). Se convertem uma na outra (chamada de síntese de novo).

Análogos das purínicas: bloqueia a síntese de novo, formando ácido tiosínico no lugar de formar uma purina,
bloqueando a entrada de purinas no DNA.

FLUDARABINA: antagonista competitivo das purinas com anel fluoratado. Inibe síntese do DNA.

Efeitos adversos: mioelossupressão, polineuropatia, náusea, estomatite e sonolência.

MERCAPTOPURINA (6-MP): é o mais conhecido e mais utilizado. Mecanismo de competição com a adenina e
de inibição da conversão de adenina em guanina. Inibe DNA e síntese de novo.

Efeitos adversos: mielossupressão, diarreia, fotossensibilidade, hiperuricemia e hepatotoxicidade (toxicidade


aumentada com alopurinol, medicamento usado para tratar a hiperuricemia).

TIOGUANINA(6-TG): competição com a guanina. Inibe DNA e síntese de novo das purinas.

Efeitos adversos: mielossupressão, diarreia, fotossensibilidade, hiperuricemia e hepatotoxicidade  sem


relação com o alopurinol.

--------------------------------- PRODUTOS NATURAIS ---------------------------------

1. ALCALOIDES DE VINCA: atuam na formação das tubulinas, que separam as cromátides-irmãs.


Impedem a ação da tubulina.

VINCRISTINA e VIMBLASTINA: impede polimerização e formação dos fusos acromáticos.

Efeitos adversos: polineuropatia e astenia.

2. TAXANOS: atuam na proteína da -tubulina. Impede que os fusos se separem das cromátides,
estabilizando-os, impedindo, também a retração das cromátides  DECETAXEL e PACLITAXEL

Efeitos adversos: mielossupressão e reações de hipersensibilidade.

ANTIBIÓTICOS
1. BETALACTÂMICOS: descoberto por Alexander Flemming em 1928 em uma placa de cultivo para
estafilococos  devido a uma contaminação fúngica, ele descobriu que o fungo impedia o
crescimento do estafilococos.

Estrutura: composto de um anel betalactâmico  PENICILINA, CEFALOSPORINA, CARBAPENÊMICOS E


MONOBACTÂMICOS  eles diferem no radical adicionado ao anel betalactâmico. Eles se ligam a uma
proteína de ligadora de penicilinas (PLP), que são as tranpeptidases e carboxipeptidases, envolvida na
síntese da parede bacteriana.

Os betalactâmicos alteram as PLPs, ligando-se e inutilizando o sítio de ação enzimática pela quebra do anel
betalactâmico, deixando-o aberto  rompe a parede a causa extravasamento do conteúdo citoplasmático
 BACTERICIDA.
PENICILINA
BENZILPENICILINA: são naturais  PENICILINA G (administração parenteral – IV e IM) e PENICILINA V
(oral). Aplicação: para cocos Gram positivos – facilmente hidrolisável pelas penicilinases (enzimas
sintetizadas pelo Stafilococos aureus, que causa inativação da penicilina).
Primeira escolha: Streptococos sp. (principal pneumoniae), Niesseria meningitidis, Tremonema
pallidum, tétano, pneumonia aspirativa (em altas doses), leptospirose. Dose: 1UI é 0,6 g de
penicilina cristalina sódica (1mg equivale a 1660 UI)
Associação a Probemecida: impede a eliminação renal da penicilina, porém é pouco usada
clinicamente.
Apresentação de Depósito: associada a procaína e benzaina – de uso exclusivo IM

Pneumococo: pneumonia pneumocócica (S. pneumoniae)  utiliza-se 20-24 milhoes de unidades.


Meningite pneumocócica: utiliza cefalosporina até comprovar suceptibilidade a penicilina.
Faringite: 1 dose única/IM para reduzir o risco de febre reumática como primeira escolha ou penicilina V
600mg 6/6h por 10 dias.
Fasceíte necrosante: estreptococos (anaeróbio) – utiliza-se cildamimicina associada a penicilina.
Anaeróbios: multimicrobinas e suscetíveis  exceto para Bacterioidis fragilis.
Estafilococos: produtores de penicilinasea, principalmente a E. aureus sensível a oxaciclina (MSSA). Para
aureus resistente, utiliza-se a sulfa-trimetroprim ou clidamicina. Para infecções hospitalares, utiliza-se
vancomicina.
Menigococo.
Gonorreia: utliza-se cefalosporina por causas da resistência a penicilina.
Sífilis: escolha, com dose dependendo da fase da doença.
AMINOPENICILINAS: semissintéticas  AMOXICILINA E AMPILICINA
Utilizadas para cocos Gram positivos e negativos (enterobactérias)
Listeria Monocytogentes: causa listeriose em crianças. Em imunocomprometidos, utiliza a
gentamicina e a ampicilina.
Haemofilus influenzae: responsável por infecções respiratórias alta. Ainda, as infecções podem ser
causadas, principalmente, por Streptococos pneumoniae sensível ou não a oxaciclina, tratado com
amoxicilina (VO).
ISOXAZOLILPENICILINAS: semissintéticas  OXACICLINA (clínica) e METACICLINA (laboratório).
Aplicação: bactérias penicilinase-resistente, ou seja, baterias que formam resistência a penicilina.
S. aureus – menos atividade contra sensíveis a Benzilpenicilina.

INIBIDORES DE BETALACTAMASES: são utilizados quando há resistência a aminopenicilinas e


benzilpenicilinas. O mecanismo é de quebra do anel betalactâmico. Utilizado em associação com a
penicilina. Sem atividade antimicrobiana.
AMOXICILINA E CLAVULANATO: administração de 8-12h, via oral ou IV usados para Gram positivo e
negativos (apenas os comuns) e respiratórios (H. influenzae). O uso é controlado pois induz resistência ao
clavulanato.
AMPICILINA E SULBACTAM: administração de 6/6h, via oral (pró-droga) e IV  Gram positivos e negativos
e anaeróbios. Sem ação contra germes não-fermentadores, como a P. aeruginosa, mas tem boa aplicação
para pneumonia broncoaspirativa.
PIPERACICLINA E TAZOBACTAM: administração 4-6h, IV  usados em infecções hospitalares de cocos
Gram positivos e negativos, aeróbios e germes não-fermentadores. Não tem atividade com MRSA e é
indutor de resistência.

CEFALOSPORINAS
1ª GERAÇÃO  CEFAZOLINA e CEFALOTINA são IV e utilizadas em profilaxia cirúrgica
CEFALEXINA e CEFADROXILA são VO e utilizadas em tratamento de infecções de comunidade, não atravessa
BHE.
Usados em cocos Gram positivos (exceto Enterococo), E. coli, Proteus mirabilis, Klebisella
pneumoniae e MSSA.
Pode ser usada com opção de tratamento em gestantes com infecção urinária (cefalexina)
2ª GERAÇÃO  todas podem ser administrados VO ou IV  CEFOXITINA para profilaxia cirúrgica.
CEFACLOR, CEFUROXIMA e CEFAMANDOL para outras infecções. Não atravessam a BHE.
Anaerobicida – cefoxitina para procedimentos vísceras ocas de abdome. H.
influenzae – cefuroxima.
3ª GERAÇÃO  CEFOTAXIMA, CEFTRIAXONA (não requer adequação para função renal e pode ser
administrado com 1 dose/dia), CEFTAZUDIMA (pseudomonas sp.) e CEFDINIR
Utilizadas para Gram negativos. Induz resistência. Penetração no SNC.
Usadas para meningite, endocardite e peritonites  é usado para gonorreia, mas já está relatado
resistência.
4ª GERAÇÃO  CEFEPIMA ---- S. pneumoniae, MSSA e H. influenzae, pseudomonas e enterobactérias.
Utilizado para infecções hospitalares.
Associado a pacientes com neutropenia febril, causa aumento da mortalidade.

MONOBACTÂMICOS  AZTREONAM ---- usado para Gram negativos aeróbios, como P. aeruginosa, porém
gera resistência

CARBAPENÊMICOS
IMIPENEM, MEROPENEM, ERTAPENEM e DORIPENEM  usado em organismos resistentes à
betalactamases. Em infecções hospitalares graves e resistentes a outros betalactâmicos.
Usado em cocos Gram positivos (exceto MRSA e enterococos faecium); e anaeróbios como C. difficile,
C. perfringes e Bacterioidis fragilis.

SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO

• Hidrofólicos  Gram negativos: ampicilina, amoxacilina, piperaciclina e ticacirclina.


• Hidrofóbicas  espectro restrito: oxaciclina, metaciclina e penicilina G – os mais suscetíveis são
streptococos e stafilococos.

Concentrações: sensível a penicilina G  a menor concentração necessária do agente quando for uma
penicilina, necessita de mais alta concentração de outras medicações, para ter o mesmo efeito.

• Suseptibilidade das transpepetidases: oxaciclina e metaciclina tem especificidade relativa as


transpepetidades do S. aureus.

ALERGIAS

Penicilinas: 0,7-4% nos pacientes e anafilaxia é de 0,1-0,5%.


Cefalosporinas: 10% de reação cruzada com penicilina, 1-3% nos pacientes e anafilaxia em
0,00010,1%.

RESISTÊNCIA

Causado pelo uso indiscriminado de antibiótico.

Produção de betalactamase: Amp-c (algumas cefalosporinas e penicilinas) e ESBL (cefalosporinas).


Produção de carbapenemases: resistência a todos betalactâmicos.
2. INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA:

A) TETRACICLINAS: descoberta em 195 com Benjamin Duggar, um botânico americano. O protótipo do


grupo é a clortraciclina. São bacterioestáticas.

Naturais: são derivadas dos fungos. A Stroptomyces aureofaciens (CLORTETRACICLINA) e Strptomyces


rimosus (OXITETRACICLINA)
Semissintéticas: DOXICIXLINA, MINOCICLINA e TIGECICLINA.
Mecanismo de ação: se liga subunidade 30s, fazendo ligação ao sítio A com bloqueio da ligação do RNAt.

Farmacocinética: absorção enteral incompleta. Competição com cátion bivalentes e trivalentes. Variabilidade
na concentração plasmática. A distribuição se baseia na concentração adequada em todo organismo e
atravessa a BHE íntegra. A excreção é urinária.

Aplicabilidade:

• Infecções do Trato respiratório: boa atividade para S. pneumoniae e H. influenzae. E excelente


atividade para Mycoplasma penumoniae e Chlamydophilia penumoniae.
• Infecções de partes moles: boa atividade ao MRSA (resistente).
• Infecções intra-abdominais: eficaz para Vibrio cholerae e tem resistência para enterobacteriaceae,
Shingella e Salmonella.
• Infecções urinárias: resistência para E. coli.
• DST: usada em associação com outros agentes. Mas eficaz isoladamente para Chlamydia
trachomatis.
Efeitos adversos: TGI como epigastralgia, náusea, e efeitos reduzidos com alimentos, causando redução dos
efeitos terapêuticos. Pode causar superinfecção, causando proliferação de microorganismos resistentes com
Candida, Proteus, Pseudomonas e C. difficile (colite pseudomemebranosa). Fotossensibilidade.
Hepatotoxicidade em altas doses e em pacientes com insuficiência renal. Nefrotoxicidade com piora da
azotemia. Efeitos na dentição como coloração acastanhada nos dentes de crianças. Neurológicos como
“pseudotumor cerebri” (causa aumento da pressão cerebral, causando dores de cabeça e problemas de
visão).

B) CLORANFENICOL: gerado pelo Streptomyces venezuelae com popularização na década e 1940. De fácil
sintetização, expectromais amplo que a penicilina e baixo custo (US$ 0,40/dose) e boa disponibilidade
oral. É bacterioestático, podendo ser bactericida em algumas espécies.

Mecanismo de ação: ocorre na subunidade 50s, próximo ao sítio P e impede reação de transpeptidação.

Farmacocinética: absorção enteral completa e rápida. Distribuição com concentrações adequadas em todo o
organismo e atravessa a BHE íntegra. Eliminação por metabolismo hepático.

Aplicabilidade clínica:
• Meningite bacteriana: como fármaco alternativo para H. influenzae, N. meningitidis e S.
pneumoniae.
• Para Ricketsioses: como fármaco alternativo para alérgicos a tetraciclinas, de função renal
prejudicada e gestantes.
• Infeções por anaeróbios.
• Conjuntivite bacterina.
• Febre tifoide: resistência de 80% em algumas partes do mundo.
Efeitos adversos: toxicidade hematológica dose-dependente como anemia, leucopenia e trombocitopenia. E
efeito idiossincrático como aplasia de medula (1:30.000) e pancitopenia fatal (não contraindica o uso). Pode
causar síndrome do bebê cinzento (sintomas de distensão abdominal, hipotonia, hipotermia e cianose), que
ocorre em neonatos prematuros e pacientes com deficiência de glicuroniltransferase.

C) MACROLÍDEOS: o protótipo do grupo é a eritromicina. Bacterioestático, mas em altas doses pode ser
bactericida.

Naturais: derivados de fungos Strptomyces erythreus (ERITROMICINA).


Semissintéticas: CLARITROMICINA, AZITROMICINA, TELOTROMICINA.
Mecanismo de ação: se liga a subunidade 50s e impede a translocação temporária da cadeia nascente do
sítio P para o sítio A.

Farmacocinética: absorção enteral (eritromicina é inativada em meio ácido; clatromicina e azitromicina é


rápida em completa). A distribuição da eritromicina é pouca em orelha média e claritromicina e azitromicina
são efetivas na maioria dos tecidos, não atravessam a BHE. Eliminação da eritromicina é de 2-5% ativamente
na urina e metabolismo hepático, claritromicina 20-40% ativamente na urina e metabolismo hepático e
eritromicina 12% ativamente a urina com metabolismo hepático.

Aplicabilidade clínica:

• Infecções do trato respiratório: boa atividade para S. pneumoniae e H. influenzae e excelente


atividade para mycoplasma penumoniae, C. pneumoniae e L. pneumophila.
• Infecções de partes moles: alternativa para pacientes alérgicos à penicilina. Eritromicina para MRSA.
• Infecções urogenitais por Chlamídia: azitromicina em dose única e eritromicina (estearado) durante
a gestação.
• Difteria e coqueluche: eritromicina.
• Gastroenterites: eritromicina para Campylobacter jejuni e claritromicina + amoxicilina + omeprazol
para Helicobacter pylori.

Efeitos adversos: hepatotoxicidade, gerando hepatite colestática com estolato de eritromicina, muito raro
com estearato. Hepatotoxicidade grave com telitromicina. Intolerância TGI com eritromicina por ser agonista
motilina. Toxicidade cardíaca com prolongamento do intervalo Q-T.

D) AMINOGLICOSÍDEOS

Natural: STREPTOMICINA (Strptomyces griseus), GENTAMICINA (Micropora purpurea) e NIBRAMICINA


(streptomyces tenebrarius).
Semissintéticas: TOBRAMICINA,
NEOMICINA, AMICACINA.

Mecanismo de ação: ação na subunidade 30s,


fazendo ligação ao RNAt, com inclusão de
aminoácidos na cadeia peptídica, gerando falsas
proteínas.

Farmacocinética: absorção enteral, mas não por


via oral devido à alta polaridade e eliminados
ativamente nas fezes. A distribuição é pouca em tecido adiposo, de alta concentração no parênquima renal,
pouca penetração nas secreções respiratórias e não atravessam a BHE (necessário ser intratecal).

Aplicabilidade clínica:

• Infecções do trato urinário: alternativa para E. coli em infecções não-complicadas.


• Infecções de trato respiratório: não como monoterapia e ausência de atividade para S. pneumoniae.
• Meningites: uso suplantado por cefalosporinas de 3ª geração e pode ser considerada em infecções
por Gram negativos com resistência a betalactâmicos.
• Peritonite em diálise peritonial: diluído em dialisato.
• Endocardite: efeito sinérgico com betalactâmicos.
• Sepse: recomendado em associações para P. aeruginosa e pacientes neutropênicos.
Efeitos adversos: nefrotoxicidade associado a altas doses e uso prolongado. Ototoxicidade associado a altas
doses e uso prolongado. Bloqueio neuromuscular com inibição da liberação pré-sináptica de acetilcolina e
em pacientes portadores de miastenia gravis ou curarizados, podendo desencadear crises.

3. SULFONAMIDAS: são os antimicrobianos mais antigos, tem semelhança estrutural com PABA (são
inibidores competitivos da di-hidropteroato sintetase). São subtancias bacterioestáticas. Possuem
avividade para:
Gram positivos: Streptococos pyogenes, S. pneumoniae e Norcardia.
Gram negativos: E. coli, N. meningitidis, H. influenzae, H. ducreyi, Actinomyces e Calymmatobacterium.
Intracelulares obrigatórios: Chlamydia trachomatis.
Protozoários: Toxoplasma gondii

CLASSIFICAÇÃO:

A) Não-absorvíveis – SULFASSALAZINA
• Ação limitada ao lúmen gastrointestinal;
• Clivagem bacteriana no cólon – sulfapiridina e 5-animossalicilato.
• Sem potencial antibacteriano;
• Ação anti-inflamatória  utilizado em colite granulomatosa e enterite regional e ação
imunossupressora, podendo ser usada em doenças autoimunes.

B) Absorvíveis – absorção e excreção rápida (SULFADIAZINA, SULFISOXAZOL), absorção e excreção


intermediária (SULFAMETOXAZOL) e absorção e excreção lenta (SULFADOXINA).

SULFADIAZINA:

• Pouca solubilidade urinária – pouco útil em infecções urinárias.


• Atinge altos níveis séricos e no líquor.
• Aplicabilidade – nocardiose e toxoplasmose.
SULFADIAZINA DE PRATA: uso tópico, no cuidado de queimadura (padrão-ouro), sem efeito direto da
sulfadiazina (efeito relacionado a liberação de íons de prata)

SULFAMETOXAZOL: infecções urinárias não-complicadas como agente alternativo. Usado para cepas de E.
coli resistentes. O tempo de tratamento não tem diferença de sintomatologia entre 3-5 dias de uso.

Efeitos adversos: hematológicos como anemia hemolítica (deficiência de G6FD), agranulocitose e anemia
aplásica. Reações de hipersensibilidade como urticária e síndrome de steven-johnson (epidermose alérgica
que causa perda da pele).

4. TRIMETOPRIMA: é um análogo do folato que faz inibição seletiva da di-hidrofolato redutase com
efeito bacterioestático. Possui excreção intacta na única, por isso é útil em infecções urinárias não
complicadas.

SULFAMETOXAZOL – TRIMETOPRIMA: COTRIMAZOL  associado em doses fixas de 5:1. Tem benefícios de


alpliação do espectro, diminuição da resistência adquirida e efeito bactericida pela sinergia dos mecanismos
de ação de ambas medicações.

Aplicabilidade: infecções do trato urinário não-complicadas pela alta excreção dos fármacos na urina (25%
da trimetroprima e 60% de sulfametoxazol em 24h); efetivo para bactérias sensíveis em dose única de
cotrimazol 1600/320mg recomendado por 3 dias; profilaxia de infecções recorrentes (dose noturna de
200/40mg); infecções respiratórias para exacerbações agudas de bronquite e pneumocistose; infecções
grastrointestinais como alternativa as fluoroquinolinas
(shingelose e febre
tifoide) e diarreia aguda
(E. coli enteropatogênica)

5. QUINOLONAS: ação para Gram positivas por meio de inibição de topoisomerase IV e para bactérias
Gram-negativas por inibição da DNA-girase durante a replicação do DNA.
Atividade para:

Gram negativos aeróbicos: E. coli, K. pneumoniae, N. meningitidis, H. influenzae, Moxarella catarrhalis,


P. pneumoniae (efeito limitado).
Gram positivos: S. pneumoniae e MSSA (efeito limitados para ambos).
Anaeróbios (efeito limitado).
Micobactérias (efeito limitado).
RESISTÊNCIA: mutações nos genes de codificação (DNA-girase e Topoisomerase IV) e vias de efluxo com
gasto energético.

FARMACOCINÉTICA: por absorção enteral a biodisponibilidade é > 50%. A distribuição é ampla em tecidos e
fluidos. Excreção predominante urinária.

Norfloxacino tem baixos níveis séricos.


APLICABILIDADE CLÍNICA

Infecções do trato urinário: boa atividade para E. coli  ÁCIDO NALIDÍXICO e NORFLOXACINO
Prostatite: boa atividade para E. coli  CIPROFLOXACINO, NORFLOXACINO e OFLOXACINO.
DSTs: contraindicados na gestação. Atividade in vitro para H. ducreyi e Chlamydia trachomatis, com
atividade de resistência crescente para N. gonorrhoeae  CIPROFLOXACINO e OFLOXACINO.
Gastroenterites: são boa alternativa ao cotrimazol. Com boa atividade a Shigella, E. coli
enteropatogênica e Salmonella typhi, com potencial de indução de gene stx2.
Ossos e partes moles: boa atividade para S. aureus.
Infecções do trato respiratório: boa atividade para H. influenzae, M. catarrhalis, S. aureus, Mycoplasma
pneumoniae, Chlamydophilia pneumoniae e Legionella pneumophila. Alguns representantes
possuem atividade para S. pneumoniae  LEVOFLOXACINO, MOXIPLIXACINO e GATIFLOXACINO.

Efeitos adversos: náusea, dor abdominal, superinfecção (pode causar colite pseudomembranosa por C.
difficile); endocrinometabólicos como hipoglicemia, principalmente por Gatifloxacino; neurológico como
alucinações, tonturas e crises convulsivas; osteomusculares com ruptura do tendão de aquiles e tendinites.
FÁRMACOS ANTIPARKINSONIANOS
Doença de Parkinson é uma moléstia que acomete 0,3% da população geral > 40 anos, com
uma crescente prevalência devido ao envelhecimento populacional (quanto maior a idade, maior será
a chance de desenvolver essa patologia).
A prevalência entre 40-49 anos é de 41 pessoas para cada 100.000.
E aos 80 anos a prevalência é 1.900 pessoas para cada 100.000.
A incidência varia de 8-20 pessoas para cada 100.000 pessoas por ano.

 O principal fator envolvido é a redução de vias dopaminérgicas, proveniente da substância


nigrans, com consequente redução de dopamina no corpo estriado (núcleo basal envolvido no
controle motor).
Neurofisiologia normal dos núcleos da base: há uma estimulação do córtex e uma da
substância nigrans (SNc) sobre o corpo estriado (putâmen). Ou seja, existe uma aferência
estimulatória (Glu) e inibitória (DA), respectivamente. Essa estimulação do corpo estriado inibe o
globo pálido interno (GPi), e a inibição do estriado irá reduzir a inibição sobre o globo pálido externo
(GPe). Essa redução de inibição do globo pálido externo irá aumentar a inibição sobre o núcleo
subtalâmico de Lewis (N. SUBTÁL.), que estimularia o globo pálido interno. Por fim, o globo pálido
interno irá reduzir a inibição sobre o tálamo (TAL), que vai estimular o córtex.
Na doença de Parkinson há perda da substância nigrans. Nesse caso, a estimulação do córtex
sobre o corpo estriado
permanece inalterada, no
entanto, a inibição promovida
pela substancia nigrans estará
comprometida. Tanto a
estimulação, quanto a inibição
sobre o estriado, vão estar
reduzidas e isso irá reduzir a
inibição do globo pálido
interno, aumentando a
inibição do globo pálido
externo. Com a inibição do
globo pálido externo
aumentada, a inibição sobre o
núcleo subtalâmico de Lewis
será reduzida e a estimulação
sobre o globo pálido interno
aumentará. Ou seja, o tálamo vai ser totalmente inibido e o córtex vai ser pouco estimulado, a
consequência disso será o surgimento do principal sintoma da doença de Parkinson que é a
bradicinesia (lentificação de movimento devido a redução da estimulação talâmica sobre o córtex).

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
O tremor, o qual tende a ser unilateral ou com predomínio de um dos lados do corpo, é de pequena
amplitude, frequência baixa entre 4-6 Hz, e predominante no repouso (ao contrário do tremor
essencial e de outras doenças). Usualmente acomete as mãos (rolar de moedas). Tende a diminuir
durante a atividade voluntária.
A micrografia: dificuldade para escrever por perda do movimento fino: as letras ficam pequenas e
irregulares. Ocorre supressão dos movimentos voluntários (bradicinesia), devida parcialmente à
rigidez muscular e parcialmente à inércia inerente do sistema motor, o que significa que a atividade
motora é difícil para parar, bem como para começar. Os pacientes possuem marcha arrastada
característica. É dificultoso começar o movimento, interrompê-lo ou mudar sua direção.
A DP está comumente associada a demência, depressão e disfunção autonômica.

ESTÁGIOS DE HOEHN E YAHR: a doença é classificada conforme o comprometimento das funções de


deambulação e equilíbrio do paciente. Existem 5 estágios da doença. Geralmente o diagnóstico é
feito quando o paciente está no estágio 2 e as 5 evoluções levam em torno de 20 anos, todavia, é
variável de paciente para paciente.
I) Estágio Inicial: sintomas unilaterais;
II) Sintomas bilaterais;
III) Perturbação do equilíbrio;
IV) Não consegue deambular sem auxílio; e
V) Restrito ao leito/cadeira de roda.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Como o diagnóstico é anatomopatológico (diagnóstico definitivo: post morten), existem
critérios a fim de confirmar a patologia. Segundo o critério de Londres, a presença de bradicinesia é o
sintoma chave, enquanto
outros sintomas são
secundários, apesar de o
paciente procurar
atendimento devido ao
tremor.
METABOLISMO DA DOPAMINA
Essas transformações ocorrem em vários tecidos (fígado, gânglios simpáticos, subst. nigrans). A
conversão de fenilalanina em  tirosina ocorre no fígado e intestino, de tirosina até 
norepinefrina nos gânglios simpáticos, de tirosina até  epinefrina no córtex medular, de tirosina
até  dopamina na substância nigrans, de tirosina até melanina nos melanócitos. Esta última será
responsável pela coloração pigmentar da substância nigrans. A conversão da dopa em dopamina é
mediada pela dopadescaboxilase (principal enzima envolvida no processo).
TRATAMENTO
*Não Medicamentosos: fisioterapia, terapia ocupacional.

LEVODOPA: Principal tratamento para a doença de Parkinson.


Ela é um precursor dopaminérgico L-Dopa sintética – aumenta
a síntese de dopamina nos neurônios ainda ativos da
substância nigrans -, considerada o mais potente
antiparkinsoniano (paciente com Parkinson deve ter resposta
ao uso da levodopa: critério de exclusão em pacientes que não
tem efeitos). Possui uma ampla janela terapêutica: dose inicial
de 300 mg/dia e dose máxima de 1500 mg/dia (apesar de
alguns pacientes necessitares de até 2 g/dia). É droga inerte até
a descarboxilação, onde se converte em dopamina: ou seja, por
si só a levodopa não possui efeito.
Normalmente a tirosina seria convertida em DOPA, a qual seria
convertida, posteriormente, em dopamina, sendo lançada para os núcleos da base. A levodopa irá
substituir a dopa endógena, sendo descarboxilada em dopamina, exercendo, finalmente, a sua
função biológica. Reduz a rigidez, os tremores e outros sintomas da DP. Todavia, a levodopa, ao nível
periférico (intestino, vasos sanguíneos), também é convertida em dopamina, gerando os principais
efeitos adversos. A dopamina será degradada pela monoaminooxidade (MAO) em ácido-
homovalínico, excretado via renal.
Possui biodisponibilidade alta (75%), contudo compete com proteínas da dieta (paciente que tem
uma dieta rica em proteínas ou que tiver consumindo leite, consequentemente terá redução da
absorção da levodopa, logo recomenda-se que a ingesta da medicação ocorra distante das refeições:
30 minutos antes ou 2 horas depois. A levodopa é biotransformada por três enzimas:
dopadescarboxilase (principalmente), monoamina-oxidade (MAO) e catecol-O-metil-transferase
(CONT).
Excreção renal, após conversão pela MAO.

Efeitos adversos incluem: Se for administrada pura, menos


de 1% chegará ao SNC (não
Periféricos: náuseas e êmese devido ao estímulo da zona
exercendo seu efeito biológico).
do gatilho. Taquicardia e extrassístoles. Hipotensão. Urina e saliva Dessa forma, é
escura pelo pigmento melanina. associada a um inibidor da
dopa-descarboxilase que não
Centrais: discinesias (excesso de dopamina nos núcleos da
ultrapassa a barreira
base) movimentos involuntários. Alucinações visuais e auditivas. hematoencefálica: carbidopa.

INIBIDORES DA DOPA-DESCARBOXILASE
Carbidopa, Benserazida: Estima-se que cerca de 75 mg de carbidopa sejam suficientes para bloquear
toda a dopa-descarboxilase periférica de um paciente de peso médio. No Brasil, estas medicações
existem em associação com a levodopa. A dose comercial mais comum associa 200 mg de levodopa
com 50 mg de benserazida ou 250 mg de levodopa e 50 mg de carbidopa. Seu mecanismo de ação
consiste em bloquear a dopa-descarboxilase periférica, isso porque não consegue transpassar a
barreira hematoencefálica. Ocorre inibição da conversão da levodopa em dopamina
perifericamente, redução dos efeitos periféricos, e aumento da biodisponibilidade central. Possui
meia-vida semelhantes à levodopa.

INIBIDORES DA COMT
Entacapona e Tolcapona: Como a levodopa e a dopamina podem ser degradadas por várias enzimas,
pode-se usar associado a um inibidor da dopa-descarboxilase, um inibidor da COMT.

ENTACAPONA: Inibe a conversão da levodopa em dopamina perifericamente, acarretando um


aumento no tempo de ação da levodopa (ação sobre a COMT periférica). Quando a atividade
periférica da dopamina-descarboxilase éica da dopamincarbidopa, forma-se uma quantidade
significativa de 3-0-metildopa que compete com o Levodopa pelo transporte ativo no SNC. A
inibição da COMT pelo entacapona ou tolcapona reduz a concentração de 3-0-metildopa no
plasma, aumenta a captação central de levodopa e eleva as concentrações cerebrais de dopamina.
Não atravessa a barreira hematoencefálica. Meia-vida semelhante à levodopa. Aumentaria a
quantidade de dopamina
Aplicabilidade: pacientes com sintomas de wearinf-off (quando o paciente está com pouca
levodopa sérica, devido ao final da dose, fica “travado”/rígido). Possibilidade na redução da dose de
levodopa em pacientes com discinesias de fase on (paciente está com efeito melhor da levodopa).

TOLCAPONA: Bloqueia a COMT periférica e central (Atravessa a barreira hematoencefálica). Inibe a


conversão da levodopa em dopamina periféricamente. Inibe a degradação da dopamina em 3-
metilxiloxitiramina, o que provoca aumento no tempo de ação da levodopa e da dopamina ao nível
cerebral. A aplicabilidade é semelhante à entacapona. Possui maior meia-vida, logo, exige menos
tomadas diárias. Exige a necessidade de monitorização hepática trimestralmente (dosagem seriada
de enzimas hepáticas), visto a possibilidade de hepatotoxicidade e necrose hepática fulminante.

INIBIDORES SELETIVOS DA MAO-B - Selegilina e Rasagilina


SELEGILINA: Inibição da degradação da dopamina em ácido 3,4-diidroxifenilacético. Efeito
desprezível sobre a MAO-A (sem risco do “efeito do queijo - TIROSINA”: hipertensão fatal).
Aumenta o tempo da dopamina Pode causar insônia, ansiedade, uma vez que, a selegilina é
biotransformada em anfetaminas e metanfetaminas, potentes estimuladores. A rasagilina possui
efeito 4-5 vezes maior do que a selegilina, sem, no entanto, ser biotransformada em anfetaminas.

AGONISTAS DOS RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS: Agonista dopaminérgico: liga-se diretamente no


receptor dopaminérgico. Ou seja, se o paciente não está produzindo dopamina, ele não terá
dopadescarboxilase, dessa forma, se faz necessário um fármaco que não precise se converter em
dopamina. O primeiro representante foi a Bromocriptina. Outro representante é o Pramipexol.

APOMORFINA: Não disponível no Brasil. A apomorfina é derivada da morfina, todavia, não possui
semelhanças, tanto estrutural como química, c
om os opióides (não tem ação nos receptores opióides). Agonista de receptores dopaminérgicos
(alta afinidade por receptores D4). Utilizada na terapia de resgate em pacientes com sintomas off
(quando o paciente tem uma perda abrupta de efeito, deixando o paciente rígido - hipomobilidade
- aplica-se a apomorfina de modo subcutâneo.
Pode causar náuseas, por estímulo na zona de gatilho, consequentemente associa-se um
antiemético.
BROMOCRIPTINA: É um derivado ergolínico (LSD) agonista de receptores dopaminérgicos. Possui
meiavida prolongada, em comparação à levodopa (uso em doses fixas diárias). Em uso prolongado,
principalmente em altas doses, possui associação com fibrose pulmonar. Além disso, há aumenta o
risco de sintomas psicóticos (aumenta o nível de dopamina na via mesolímbica). Atualmente é
pouco usada. Bastante usada em pacientes com Síndrome Neuroléptica Maligna e naqueles com
aumento na produção de prolactina, seja por prolactinomas ou adenomas de hipófise ou em
situações pós-gestacionais para evitar dor nas mamas. Substituição da dopamina nos receptores

PRAMIPEXOL: Possui seletividade para receptores D2. Meia-vida prolongada em relação à


levodopa, sendo geralmente usado em doses fixas diárias (dose habitual de 3 doses diárias).
Suplantou o uso de derivados ergolinicos (bromocriptina). Causa náuseas, sonolência, hipotensão
ortostática, riscos aumentados do paciente desenvolver compulsão (tendência a jogos de azar e/ou
hipersexualização).

AMANTADINA: Derivado do adamantano. Desenvolvido como antiviral (gripe A). É agonista não
competitivo dos receptores do NMDA (glutamato), maior liberação de dopamina e bloqueio de
receptores colinérgicos. Promove a redução do tremor e da discinesia por outros
antiparkinsonianos. Ainda não se sabe os mecanismos responsáveis por estes efeitos. Efeitos
adversos incluem efeitos anticolinérgicos (limitante de uso, devendo começar com doses baixas):
constipação, hipotensão postural, borramento visual, efeito pró-alucinatório. Livedo reticulares,
edema de tornozelos são efeitos comuns, que não contraindicam seu uso.
NÃO DEU SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO E SELEÇÃO
SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO
EFEITO NEUROPROTETOR: embora esse seja o efeito esperado, atualmente não existe evidencia
inequívoca de efeito neuroprotetor com qualquer antiparkinsoniano. Ou seja, nenhuma medicação
possibilitou a redução da perda neuronal. Existem alguns estudos com vieses: uso de pramipexol e
ropinirol (agonistas dopaminérgicos) e sobre a selegilina e a rasagilina (inibidores da MAO-B). Um dos
estudos que usou o pramipexol mostrou, em uma técnica que acopla neuroimagem e radiofarmacos,
que há uma redução da perda neuronal em pacientes que usavam pramipexol em comparação com
os que usavam levodopa, mas depois pensou-se em outras teorias que explicassem esse efeito
(paciente em uso de levodopa terá um feedback negativo, ocorrendo uma menor liberação de
dopamina, impedindo a ligação do radiofarmaco). Portanto: não se sabe se há ou não efeito
neuroprotetor.

SELEÇÃO DE FÁRMACOS:
Pacientes com DC inicial SEM prejuízo funcional
Selegilina (efeito neuroprotetor: evita a liberação de radicais livres, todavia, esse efeito ainda
não foi comprovado).

Amantadina (reduziria o efeito do tremor): bem tolerada em pacientes jovens.

Pacientes em fase inicial COM prejuízo funcional: agonista dopaminérgicos induzem menos
flutuação motora.

Pramipexol: meia vida prolongada e redução das discinesias de efeito on.


Ropinirol

Pacientes com mais de 70 anos

Levodopa seria o fármaco de escolha (menor chance de discinesias).

Fases avançadas: associação de agonistas dopaminérgicos à levodopa melhora o controle


sintomático. Nessa fase se tem muita discinesia, dessa forma, pode-se reduzir a dose de levodopa,
associando um agonista dopaminérgico.
TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
É uma doença demencial comum em pacientes idosos (pequena parcela tem idade inferior à 65 anos,
a maior parte ocorre em pacientes acima dessa idade). A partir dos 80 anos, a chance do paciente ter
uma doença de Alzheimer é grande. Em virtude disso, o envelhecimento populacional se torna algo
preocupante quanto a prevalência futura dessa patologia.
EPIDEMIOLOGIA: Mulheres tem maior chance de
desenvolver a doença. Ademais, isso se torna
evidente devido ao fato delas terem maior
expectativa de vida. Com 85 anos, 20% das
mulheres terão doença de Alzheimer e os homens
com apenas 12%. Estima-se que em 2050, 14
milhões de pessoas serão afetadas a nível
mundial.
FISIOPATOLOGIA: caracteriza-se pela atrofia
cerebral predominantemente nos lobos frontal e
temporal. Os lobos occipital e parietal geralmente
são preservados. Ocorrerá uma redução do córtex
olfativo, córtex de
associação parieto-têmporo-frontal. Irá ocorrer um acometimento de estruturas subcorticais, como o
núcleo basal de Meynert (núcleo essencialmente colinérgico, com vias relacionadas a memória e
percepção externa).
Dois aspectos microscópicos são característicos da doença:
Placas amiloides: teoria mais aceita. Ocorre depósitos extracelulares amorfos da proteína
βamiloide, sendo essa uma proteína precursora amiloide, que é capaz de regular a integridade
présinaptica e a excito-toxicicidade. Codificada no cromossomo 21. Quando as proteínas mudam sua
conformação, de uma proteína precursora amiloide par a forma β-amiloide, resulta em acumulo
gradual no tecido extracelular. Forma uma estrutura terciária com conformação “em beta-folha” e
possuindo 42 aminoácidos. Esse acúmulo extracelular causará morte neuronal.

 Marcadores amiloides: Amiloide vermelho do Congo: amiloidose


TAU-fosfolirada: essa proteína forma os microtúbulos celulares, possuindo conformação em dupla
hélice. Sendo fosforilada pelo estresse oxidativo pode perder sua conformação natural, pendendo,
então, funções celulares, devido desregulação do citoesqueleto e formação de agregados
neurofibrilares.
A doença de Alzheimer possui etiologia desconhecida, no entanto, pode-se identificar alguns fatores
de risco:

 Genético: sabe-se que 7% dos portadores dessa patologia tem história familiar.
 Idade: é o principal fator de risco (quanto maior a idade, maior será a chance)
 Sexo feminino possui maior prevalência.
 Traumatismo craniano: sabe-se que pacientes que tiveram traumatismos cranianos de
repetição possuem maiores chances de desenvolver a doença.
 Radicais livres: NO e toxinas, como o alumino (existe uma teoria de que o uso de panelas de
alumínio liberaria alumínio, o qual se acumulam nos tecidos cerebrais).
Esses fatores de risco alterariam o metabolismo neuronal, ativando cromossomos 21, 14 e 19,
levando à hipóxia e produção de toxinas. Como a proteína precursora amiloide é codificada no
cromossomo 21, pacientes com Síndrome de Down têm maior chance de desenvolver a doença de
Alzheimer. Essa alteração do metabolismo, levará a formação de peptídeos amiloides,
consequentemente, placas amiloides. No cromossomo 19, a proteína ApoE-4 leva a alterações no
metabolismo da TAU. Também se formariam elementos helicoidais pela TAU fosforilada e formação
de novelos neurofibrilares intracelulares.

Processamento do PPA:
A principal via “fisiológica” origina o sPPA, que exerce várias funções tróficas. A clivagem do PPA
em diferentes locais origina a Aβ, sendo a forma predominante a Aβ40, que é fracamente
amiloidogênica. As mutações no PPA ou nas pré-senilinas aumentam a proporção de PPA, que é
degradado através da via amiloidogênica, e também aumentam a proporção convertida para a
forma Aβ42, mais fortemente amiloidogênica. A agregação da Aβ é prejudicada por mutações no
gene apoE-4. A hiperfosfoirilação da Tau resulta na dissociação desta dos microtúbilos para
formar filamentos helicalmente pareados, os quais aumentam a toxicidade Aβ.

*
PPA: precursor da proteína amiloide.
*
sPPA: PPA secretado.

ACHADOS PATOLÓGICOS E RADIOLÓGICOS: afilamento da lamina cortical, alargamento dos sulcos


corticais, atrofia dos giros, ventriculomegalia (especialmente no corno temporal do ventrículo lateral),
atrofia hipocampal (perdendo volume, causando a ventriculomegalia e afetando a memória.
Tais alterações causam sintomas clínicos característicos:
Atrofia hipocampal é relacionada à perda de memória.
Atrofia dos giros (principalmente das áreas
frontoparietais): alterações de
linguagem relacionadas à memória.
SISTEMA RETICULAR ATIVADOR: Uma das
teorias, relacionadas com o mecanismo sonovigília,
baseia-se na existência de vias do tronco
cerebral ao córtex (colinérgicas ativadoras).
Essas vias ascendentes ativadoras partem do
tálamo para o córtex e em seguida para os
núcleos do locus-ceruleus, e deste novamente
para vias corticais. Essas vias corticais são
relacionadas com a nossa percepção externa
(vias essencialmente colinérgicas). Alguns
estudos demonstram que existe uma perda de
neurônios nesta via, o que pode estar
relacionado com a perda cognitiva.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

MEDICAMENTOS DA CLASSE DOS ANTICOLINÉRGICOS -


neostigmina, donezepila, rivastigmina e galantamina.

DONEZEPILA: Mecanismo de ação: inibidor reversível não competitivo da acetilcolinesterase (AChE)


a nível de SNC, pois conta com a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. Causa um
aumento na biodisponibilidade cerebral de acetilcolina – melhora a neurotransmissão colinérgica
nos neurônios remanescentes. Tem maior afinidade às acetilcolinesterases cerebrais em relação às
periféricas. É administrada em dose única diária, pois meia vida prolongada. Resulta na melhora
comportamental, discreta melhora cognitiva, sem, contudo, melhora na qualidade de vida, usada em
pacientes com doença em fase inicial. Principal efeito adverso é a diarreia.
RIVASTIGMINA: É inibidor pseudo-irreversível da AChE, possui maior afinidade. Aumenta a
biodisponibilidade cerebral de ACh. É administrada em doses fracionadas, geralmente 2 x/dia, ou em
um adesivo transdérmico válido por 24 horas. Atua na melhora comportamental e cognitiva.
Recomendado em pacientes com doença em fase inicial. Os efeitos adversos incluem náuseas e
diarreia. Apesar da droga ter ação no SNC, pode atuar no TGI e podendo causar diarreia. Geralmente
inicia-se com doses baixas.

GALANTAMINA: Inibidor reversível competitivo da AChE, além de reforçar a ativação de receptores


nicotínicos da ACh por meio alostérico. Acarreta em aumento na biodisponibilidade cerebral de
acetilcolina e potencialização da atividade colinérgica, isso porque o receptor pós-sináptico torna-se
mais sensível à acetilcolina. Causa um possível aumento nos níveis cerebrais de glutamato (essencial
para a memória) e serotonina (relacionada ao comportamento). A aplicabilidade é semelhante aos
demais anticolinesterásicos, isto é, comparando aos outros fármacos, não possui mais efeito, embora
tenha efeitos extras. Causa náuseas e diarreia. Doses de início são de 8 mg para evitar os efeitos
gastrointestinais, porém só vai agir com 16mg, e aumenta gradualmente até 24mg.

MEMANTINA: É antagonista não competitivo dos receptores glutamatéricos NMDA. Interage com os
sítios de ligação do Mg2+, prevenindo ativação anormal e a excitotoxicidade glutamatérgica: quando o
neurônio é exacerbadamente estimulado pelo glutamato, ocorre influxo de íons, levando a aumento
do consumo de O2, ocasionando a produção de radicais livres, predispondo à morte neuronal. Resulta
em aumento discreto no desempenho cognitivo de pacientes com doença moderada à avançada, pois
evita a morte neuronal pela excitotoxicidade glutamatérgica. Como o glutamato está relacionado com
a possibilidade de perda de novas memórias, sendo assim, nas fases iniciais ela não é recomendada,
logo a memantina está reservada para as fases mais avançadas. Dentre os efeitos adversos mais
comuns, a cefaleia é mais prevalente. A posologia inicia-se com dose de 5mg e se alcança 25mg no
período de 1 mês.

EFICÁCIA COMPROVADA

 Doença em fase inicial: inibidores da AChE possuem discreta melhora cognitiva, discreta
melhora na função global, melhora comportamental, sem melhora comprovada na qualidade
de vida.

 Fases moderada e avançada: antagonistas glutamatérgicos (memantina): todavia sem


comprovação inequívoca de efeito, devido a estudos pequenos e com muitas perdas. Não
recomendado nas fases iniciais pela possibilidade de perda de novas memórias.
OUTRAS TERAPIAS
GINKGO BILOBA: eficácia duvidosa em fases iniciais da doença. Possível relação com a redução da
produção de radicais livres, de mediadores inflamatórios ao nível de SNC, uma vez que tem ação de
antagonista das prostaglandinas. Além disso, diminui a função plaquetária (por isso a associação
com hemorragia digestiva: principalmente quando associado com AAS e clopidogrel).

REPOSIÇÃO HORMONAL: não há evidencia de que a terapia com estrógenos previna ou altere a
progressão da doença

ESTATIVAS: a dislipidemia se encontra entre os fatores de risco. Todavia, seu uso não é recomendável
exclusivamente pela doença de Alzheimer e sim, na prevenção de comorbidades.

PRECURSORES COLINÉRGICOS: levocarnitina, colina, lecitina são fundamentais para a formação da


acetilcolina, todavia, não há evidencia que comprovem a eficácia.

VITAMINAS: cianocobalamina (B12): sua deficiência faz diagnóstico diferencial com doença de
Alzheimer (paciente com quadro demencial, deve ter os níveis periféricos de B12 aferidos); tiamina
(B1) em estudos não demonstrou diferenças contra placebo; tocoferol (vit E) possui efeito
antioxidante, todavia sem comprovada eficácia.

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